Turbo Maquinas Estrutural PDF
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Turbo Maquinas Estrutural PDF
Adhemar Castilho
Aprovada por :
________________________________________
Prof. Murilo Augusto Vaz, Ph.D
________________________________________
Prof. Tiago Alberto Piedras Lopes, D.Sc.
________________________________________
Prof. Paul Eugene Allaire, Ph.D
________________________________________
Prof. Moysés Zindeluk, D.Sc.
________________________________________
Prof. Breno Pinheiro Jacob, D.Sc.
ii
DEDICATÓRIA
Dedico esta Tese à minha família que muito me apoiou em todos os momentos
difíceis desta jornada.
Dedico também esta Tese a todos os meus Amigos, que de muitas formas
incentivaram, patrocinaram, fomentaram, viabilizaram e permitiram que este sonho tenha
se tornado uma realidade.
Embora os seus nomes não apareçam aqui explicitados, estou bem certo que todos
eles conhecem perfeitamente o tamanho da minha dívida de gratidão
iii
AGRADECIMENTO
Para agradecê-Lo farei uso da linguagem poética empregada pelo rei Davi no
Salmo oitavo da Bíblia Sagrada.
DEUS deu ao homem delegação sobre todo o conhecimento, de tal forma que
nenhum conhecimento está oculto ao gênero humano. Todo novo conhecimento
representa um presente de DEUS, uma dádiva do DEUS ETERNO.
Todo novo conhecimento tem por finalidade promover o Amor e a Paz dentro do
Universo. Neste sentido espero que este trabalho possa contribuir de alguma forma para
o bem de todos que se proponham a usar, aperfeiçoar ou implementar estas idéias aqui
elaboradas.
Esta Tese é uma declaração de Fé.
Toda Honra e Toda Glória são devidas a DEUS “ Soli Deo Gloria ”.
iv
Resumo da Tese apresentada à COPPE/UFRJ como parte dos requisitos necessários para
a obtenção do grau de Doutor em Ciências (D. Sc.)
Adhemar Castilho
Setembro de 2007
Esta Tese tem seu foco principal na discussão das técnicas rotodinâmicas associadas
ao equacionamento e à solução da equação de movimento de rotores flexíveis. A
metodologia utilizada é o sucessivo equacionamento e solução de problemas de
complexidade crescente e que possibilitem a completa compreensão dos fenômenos
físicos envolvidos.
O equacionamento é inicialmente feito com a ajuda de modelação contínua. Na
medida em que o modelo fica mais complexo torna-se imperativo o uso de técnicas
discretas, as quais apresentam um elevado nível da abstração e conseqüentemente
comprometem o sentido físico. Especial ênfase é dada ao método dos Elementos Finitos.
O aspecto inovador desta Tese é o desenvolvimento de um novo método de solução
das equações de movimento de sistema giroscópicos conservativos.
v
Abstract of Thesis presented to COPPE/UFRJ as a partial fulfillment of the
requirements for the degree of Doctor of Science (D. Sc.)
Adhemar Castilho
September, 2007
vi
ÍNDICE DO TEXTO
I INTRODUÇÃO Pagina
1.1 Histórico (004)
1.1.1 Análise e Revisão do Conhecimento Rotodinâmico (004)
1.1.2 Revisão do Conhecimento sobre Suportação de Máquinas (006)
1.1.3 Revisão Histórica dos Métodos de Redução de Matrizes (009)
1.1.4 História Rotodinâmica dos Últimos Anos no BRASIL (010)
1.1.5 Rotodinâmica nos últimos 10 anos no Mundo (013)
1.2 Diretrizes Utilizadas para a Construção do Conhecimento (018)
1.2.1 Foco da Tese (018)
1.2.2 Apresentação dos Capítulos: Corpo da Tese (022)
1.2.3 Impacto da Pesquisa (026)
1.2.4 Aspectos Inovadores da Pesquisa (027)
1.2.5 Não constitui foco desta Tese os seguintes aspectos (028)
vii
3.1.3 Solução da Equação Diferencial de Movimento (053)
3.1.3.1 Determinação das Freqüências Naturais (054)
3.1.3.2 Determinação dos Modos Normais de Vibração (059)
3.1.4 Exemplos : Caso de Estudo (060)
3.1.4.1 Influência da Variação Diâmetro – Suspensão Rígida (061)
3.1.4.2 Influência da Variação do Comprimento do Eixo (062)
3.1.4.3 Modos Normais de Vibração (063)
3.2 Equação de Movimento Rotor Bi-Apoado (064)
3.2.1 Determinação da Equação de Movimento (064)
3.2.2 Caracterização das Condições de Contorno (066)
3.2.3 Solução da Equação Diferencial de Movimento (067)
3.2.3.1 Determinação das Freqüências Naturais (071)
3.2.3.2 Determinação dos Modos Naturais de Vibração (073)
viii
V ELEMENTOS FINITOS NA ROTODINÂMICA 3
5.1 Elementos Finitos em Turbomáquinas (109)
5.1.1 Diferentes Formas de Energia (111)
5.1.1.a Energia Cinética do Eixo (111)
5.1.1.b Energia Cinética do Impelidor (112)
5.1.1.c Energia Potencial do Eixo (112)
5.1.1.d Energia Potencial das Molas dos Mancais (113)
5.1.2 Aplicação da Teoria de Vigas para Eixos (113)
5.1.3 Discretização do Eixo em Elementos Finitos (115)
5.2 Estabelecimento das Matrizes de Elementos Finitos (116)
5.2.1 Matriz de Rigidez do Rotor (116)
5.2.2 Matrizes de Massa/Inerciais/Giroscópica do Rotor em YZ (126)
5.3 Equação de Movimento do Rotor (Rotação Constante) (136)
5.3.1 Equação de Movimento do Eixo (136)
5.3.2 Equação de Movimento do Eixo/Disco (136)
5.3.3 Equação de Movimento do Eixo/Disco/Mancais (139)
5.4 Discussão sobre a Rigidez dos Mancais (141)
5.5 Discussão sobre o Amortecimento dos Mancais (143)
5.6 Solução da Equação de Movimento ( Autovalor) (146)
5.6.1 Transformações em Sistemas Lineares : Propriedades (148)
5.6.2 Solução da Equação de Movimento com Amortecimento Puro (150)
5.6.2.a Solução Simplificada, Sistema com Amortecido Proporcional (151)
5.6.2.b Solução Simplificada para o Problema de Resposta Dinâmica (Truncamento) (153)
5.6.2.c Solução Simplificada do Sistema com Amortecimento (154)
5.6.2.d Solução Geral da Equação do Sistema com Amortecimento Puro (156)
5.6.3 Solução da Equação do Sistema Giroscópico Puro : (Forma Padrão) (158)
5.6.3.a Problema de Autovalor : Sistema Giroscópico (Forma Padrão) (158)
5.6.3. a-1 Exercício Giroscópico 1 (Roda de Bicicleta 1) (159)
5.6.3. a-2 Prova de Desacoplamento das Equações do Sistema Giroscópico Puro : (165)
5.6.3. a-3 Exercício Giroscópico 2 (Roda de Bicicleta 2) (175)
5.6.3. a-4 Prova de Desacoplamento das Equações do Sistema Giroscópico Puro N GL: (185)
5.6.3. a-5 Exercício Giroscópico 3 (8X8 - Rotor em Balanço ) (189)
5.6.4 Autovalores do Sistema Giroscópico Puro (Equação de Estado) (197)
5.6.4.a Problema de Resposta Dinâmica em Sistema Giroscópico Puro (202)
5.6.5 Solução Equação do Sistema Giroscópico Amortecido (208)
5.6.5.a Sistema Giroscópico Amortecido Simplificado (209)
5.6.5.b Sistema Giroscópico Amortecido (Problema de Autovalor) (209)
5.6.6 Resposta Dinâmica do Sistema Giroscópico Amortecido (212)
ix
VI INSTABILIDADE EM ROTORES FLEXÍVEIS
6.1 Precessão ou Chicoteamento (218)
6.1.1 Diferentes do Formas Mecanismo de Precessão (219)
6.1.1.1 Instabilidade Histerética (220)
6.1.1.2 Instabilidade Hidrodinâmica (Oil Whirl) (224)
6.1.1.3 Força de Alford (Folga no topo de palhetas) (225)
6.1.1.4 Instabilidade por Atrito Seco (Rubbing dry friction/whip) (226)
6.1.1.5 Instabilidade por Fluido Aprisionado no Rotor (227)
6.1.1.6 Instabilidade de Compressores de Alta Pressão (228)
6.1.2 Diagnóstico de Vibrações Auto-excitadas (228)
6.1.2.1 Diferenças entre Chicoteamento e Outras Vibrações (228)
6.1.2.2 Identificação, Diagnose e Solução (230)
6.1.3 Simulação dos Fenômenos de Instabilidade (231)
6.1.3.1 Simulação com Um Grau de Liberdade (231)
6.1.3.2 Simulação com Dois Graus de Liberdade (233)
6.1.3.2.1 Exercício de Estabilidade 1 ( Instabilidade Histerética) (233)
6.1.3.2.2 Exercício de Estabilidade 2 ( Instabilidade Hidrodinâmica) (237)
6.1.4 Ampliação do Conceito de Instabilidade (244)
6.1.4.1 Exercício de Estabilidade 3 (Routh Hurwttz) (245)
6.1.5 Generalização do Conceito de Instabilidade em Sistemas Lineares (247)
6.2 Instabilidade Paramétrica (251)
6.3 Atrito Variável Prende-Solta (253)
6.4 Comentários Finais (254)
x
VIII EXEMPLO ROTODINÂMICO – 2 (SUPORTE FLEXÍVEL):
8.4.2 Solução do Modelo: Freqüências Naturais Amortecidas e Modos Vibrar Acoplados (282)
8.5 Solução de Compromisso: (283)
8.5.1 Modificações da Estrutura (Filosofia) (283)
8.5.2 Primeira Proposta (Compromisso Resultado Simplicidade) (283)
8.5.3 Interação Rotor/Mancais/Estrutura (Análise Assíncrona) (284)
8.6 Comentários finais (286)
8.6.1 A Melhor Opção: Coluna de Concreto Conforme Modelo (286)
8.6.2 Resultado de Campo (286)
I X CONCLUSÃO (287)
BIBLIOGRAFIA
xi
INDICE DE FIGURAS
I INTRODUÇÃO
xii
IV FREQÜÊNCIAS/MODOS DE VIBRAÇÃO (Hamilton):
FIG 4.1 - ROTOR ESQUEMÁTICO SUPORTADO P/ MOLA
FIG 4.2 - VALORES ω QUE ANULAM DET [M] P/ Ω = cte
FIG 4.3 - TABELA ESQUEM. FREQÜÊNCIAS NATURAIS
FIG 4.4 - VARÇ. PRIM. FREQ. NAT. COM DIÂMT. DO DISCO
FIG 4.5 - VARÇ. SEG. FREQ. NAT. COM O DIÂM. DO DISCO
FIG 4.6 - VARÇ. PRIM. FREQ. NAT. COM A POSIÇ. DO DISCO
FIG 4.7 - VARÇ. SEG. FREQ. NAT. COM A POSIÇ. DO DISCO
FIG 4.8 - VARÇ. TERC. FREQ. NAT. COM A POSIÇ. DO DISCO
xiii
FIG 6.6 - “ CROSS COUPLING “ HIDRO-DINÂMICO
FIG 6.7 - “CROSS COUPLING “ CAUS. FRÇ DE ALFORD
FIG 6.8 - “CROSS COUPLING “ CAUS. P/ ATRITO SECO
FIG 6.9 - “CROSS COUPLING “ CAUS. P/ LÍQ. ROTOR
FIG 6.10 - CRITÉRIO DE ESTABILIDADE DE COMP.
FIG 6.11 - DIAGR. CASCATA P/ DIAGNS. INSTABILIDADE.
FIG 6.12 - MOVM. VIBRATÓRIO ESTÁVEL/INSTÁVEL
FIG 6.13 - EFEITO DO ACOPLAMENTO CRUZADO.
FIG 6.14 - MODELO MATEMÁTICO PARA 2 .GL
FIG 6.15 - ROTOR EM MOVM. DE ROT. E PREC.
FIG 6.16 - EQUILÍBRIO DINÂMICO DO ROTOR :
FIG 6.17 - FRÇS EM UM MANCAL NORMAL
FIG 6.18 - AMORTECEDOR DE ÓLEO PRENSADO
FIG 6.19 - FRÇS EM MANCAL COM ÓLEO PRENSADO
xiv
VIII EXEMPLO ROTODINÂMICO – 2 (SUPORTE FLEXÍVEL)
xv
ÍNDICE DE TABELAS
xvi
LISTA DE SÍMBOLOS
D Adimensional de Inércia
D Diâmetro da palheta
xvii
D Matriz de saída (out-put)
E Adimensional Elástico
r = re e
Vetor em Coordenadas Cilíndricas
er ,.e θ ,.e z ≡ er ,.eθ ,.e z Vetores Unitários do Referencial Cilíndrico
EC , CE Energia Cinética
EP, PE Energia Potencial
EP( z , t ), EC ( z , t ) Energia Cinética e Potencial em função de Z
E Modulo de Young ( F / L2 )
xviii
{h} = {η } =
q&
Variável auxiliar (autovalor)
q
H xyz Vetor Momento Cinético
H& x
Derivada em t do Momento Cinético (x)
H& xyz
Derivada Total do Momento Cinético.
[H] Matriz de Resposta em Freqüência
H Hamiltoniano
H Altura da Palheta da Turbina (Força de Alford)
i .,.j.,.k ≡ i, j, k Vetores Unitários do Referencial Inercial.
”I”,”J”, Funções Transcendentais da Elástica
I P = Kg .m 2 Momento Polar de Inércia do Disco. ML2
[K e ] ⇒ Matriz de Rigidez
K x1 , K x 2 , K x 3 , K x 4
Elementos da Matriz de Rigidez
Kℵ
Rigidez cruzada
[K seq ]
( s) = [G ( s )]
−1
Rigidez dinâmica Equivalente
xix
LM Linha dos Mancais
LC Linha de Centro do Disco
L{G ( z )} = G ( S ) = G Transformada de Laplace
l ,L Comprimento do Eixo/Elemento.
M Momento Fletor no eixo (FL)
M X , MY Fletor nas Direções X e Y (FL)
m( z ) Massa distribuída do Eixo como função de Z
ms ( Z ) Função de distribuição de Inércia
[M e ] ⇒ Matriz de Inércia
M x1 , M x 2 , M x 3 , M x 4
Elementos da Matriz de Inércia
Mancal Floaded Sem cavitação
Mancal Starved Com cavitação
M Preload (pré-carga do Mancal)
′ ″
N e, N e , N e Função de Interpolação do Elemento e Derivadas
Os, O Cenytro do Eixo
(P,T) Carregamento Dinâmico do Disco (Força e Torque)
P ( Z ); Q( Z ) Funções Periódicas
[P] Auto-vetor
P Carga Axial (F)
{Q} Vetor Posição
Q(Z ) Elástica do Eixo
Q (S ) Elástica do Eixo no Domínio de Laplace
Qe Coordenadas Generalizadas dos nos do elemento
xx
q1 uYi
q φ
2 Xi
= =Q
e
Coordenadas Generalizadas dos nos do elemento
q u
3 Yj
q4 φ XJ
Ω
rr =
ωr Velocidade Modal Relativa
r;s Autovalores
S,s Variável No Domínio de Laplace
S Adimensional de Rotação
S = E. ε Tensão no Eixo
s = λ ± iω d
Autovalor
s Freqüência Complexa
(T = K (+ ) jKℵ )
Numero Complexo T
(T ′ = K (− ) jK ℵ ) Complexos conjugados T ′
uY ( Z , t ) Vetor dos Deslocamento Generalizados do rotor
U = (u X , uY ) Coordenada Generalizadas em X e Y
UVZ Referencial Rotativo
U Auto-vetor
u Variáveis de input
ν& = Aν + Bu Equação Diferencial (teoria de controle)
ν = T {q} Variável de Estado ;
v = r&er + ωreθ Vetor Velocidade Coordenadas Cilíndricas
V Auto-vetor
X Eixo Principal do Triedro Inercial
XYZ Referencial Inercial , Fixo ou Global
xyz Referencial Móvel solidário ao eixo, não gira
xyz, x’y’z’, x”y”z”, xo yo zo Referenciais Móveis auxiliares
(X, θ) - Deslocamento CG e Ângulo de Rotação do Disco
Y Eixo Principal do Triedro Inercial
y = Dx (I / O) Teoria de Controle
xxi
.z i Vetor Norma
.z i .∞
Vetor Norma Infinita
∂.EP ( z , t )
Gradiente de EP ( z , t )
∂qi
ε Parâmetro Transcendental Eixo
ε Deformação Específica (strain)
ε Deformação Específica (strain)
∂u Z
ε ZZ = E
∂Z Deformação específica axial (strain)
(φ,ψ,θ,) Ângulos de Euler
xxii
φ Defasagem entre forças, Auto-vetor
{ϕ} =
q& q&
e {ϕ&} = Vetor auxiliar na solução do autovalor
q q&&
ϕ ,η Autovetores
kl
γ =
EI Parâmetros Adims de Rig. Tors. do mancal do Eixo
q&
η ( z) = Vetor Espacial de Posição de (X,Y,Z)
q&&
∂η ∂ 2η ∂ 4η
, , ,η&&,η&
∂Z ∂Z 2 ∂Z 4 São as derivadas do Vetor η ( z)
η ( z ) {Q( z, t )} Coordenadas Modais Generalizadas
η ( z) Autovetor
η ( z) = X + Y Posição espacial do Elemento em (x,y,z)
η Amortecimento Cruzado Relativo
{η } =
q& q&
e {η&} = Função auxiliar na solução do autovalor
q q&&
[λ ] Matriz de Autovalores
λ Espessura do Disco
λ = −ω 2 Autovalor / Eigenvalue.
λ.(x) Saída (output) do Sistema Global
Kl 3
Γ=
EI Parâmetros Adims de Rigidez do mancal do Eixo
xxiii
∑ F ,T , M Somatório de Forces, Torques e Momentos
µ1 e µ 2 Coeficientes de atrito de Coulomb
µ ,ϕ ,ψ Autovetores
µ ( z − c) "Função" Degrau Unitário
v Vetor Posição em coordenadas Cilíndricas
ν Coeficiente de Poison
[Λ ] Matriz de Autovalores
∏ Tensor de Inércia do Disco
θ& Velocidade angular na direção Y
(θ) Ângulos de Euler
ρ Raio de curvatura do Eixo
σ ZZ = Eε ZZ Tensão principal direção Z
σ Tensão
σ MAX Tensão Máxima
ω Freqüência de Precessão do Eixo
xxiv
I INTRODUÇÃO
1
Todo o esforço feito na fase de projeto para garantir o bom desempenho
rotodinâmico de uma turbomáquina, pode ser perdido caso os aspectos relacionados à
montagem não sejam convenientemente tratados.
Especial atenção deve ser dedicada à estrutura de suportação da máquina. É
muito importante registrar que um bom projeto rotodinâmico de uma turbomáquina,
não é garantia real de que este equipamento vá funcionar bem no campo (baixos níveis
de vibração), quando o mesmo for instalado em seu berço de trabalho. Este problema é
ainda mais sério, na medida em que sabemos que as engenharias de construção civil,
aeronáutica e naval não dominam a tecnologia de modelagem dos protótipos virtuais no
caso da instalação de turbomáquinas.
Nos projetos de construção civil são aplicados métodos estáticos para projeto das
fundações, que têm a sua eficácia comprovada, todavia existe um risco inerente ao
processo de simplificação, que faz com que em muitos casos os níveis de vibração
observados no campo sejam bem superiores àqueles medidos na base inercial (teste
realizado no fabricante). Em alguns casos estes níveis são tão elevados que
comprometem o funcionamento da turbomáquina, como será mostrado no caso de
estudo apresentado no Capítulo VIII.
A utilização de programas de elementos finitos para o projeto dos suportes,
empregada na engenharia aeronáutica e naval, aumenta as chances de sucesso do
projeto, todavia não é suficiente para representar o acoplamento dinâmico entre as
diversas partes inter-relacionadas (abordagem simplificada), exigindo custosos esforços
experimentais após a construção do primeiro protótipo, para garantir a inexistência de
problemas.
Em termos mais específicos, podemos afirmar que as freqüências naturais do rotor
serão distintas para configurações diferentes do suporte (variações da ordem de 10%
são percebidas conforme as condições de contorno do suporte). Como se trata de um
problema acoplado, também as freqüências naturais do suporte são alteradas quando o
rotor é acoplado à estrutura (menores variações são observadas).
Desta forma, a simulação da interação rotor/estrutura/mancais é necessária e
essencial para uma representação correta do modelo físico, correspondendo a um
protótipo virtual verdadeiramente representativo.
2
Em alguns sistemas, onde são instaladas múltiplas máquinas sobre uma única
estrutura de suportação, a estrutura de suporte pode ser excitada por uma grande gama
de harmônicos e sub-harmônicos das máquinas, elevando bastante o risco do projeto
desta estrutura (o trem de compressão pode ser composto de diversas turbomáquinas
trabalhando com diferentes rotações).
Segundo o API-617 (Norma Internacional dedicada a compressores centrífugos
para uso na indústria do petróleo), a rigidez da base de uma máquina deve ser no
mínimo 3,5 vezes superior à rigidez do mancal. Caso esta exigência não seja cumprida,
as freqüências naturais calculadas pelo estudo rotodinâmico estarão comprometidas e,
conseqüentemente, as margens de separação (segurança) esperadas serão diferentes.
O nível de rigidez exigido pelo API-617, pode, em alguns casos, ser muito
elevado e tornar-se inexeqüível na prática. Mesmo assim, essa recomendação poderia
não ser suficiente para garantir o sucesso do projeto.
Sabemos também que o amortecimento proporcionado pelos mancais é
seriamente prejudicado pela baixa rigidez da fundação. Caso a rigidez do suporte tenha
valor inferior a cerca de 10 vezes à rigidez dos mancais, as conseqüências serão notadas
no fator de amplificação da resposta dinâmica da máquina.
As estruturas de suportação acima discutidas podem ser, por exemplo:
1) Um mezanino em uma planta industrial,
2) O casco de um submarino ou de um navio de Guerra,
3) Uma plataforma marítima de petróleo “off shore”,
4) A asa de um avião responsável pela suportação de suas turbinas a gás.
3
com rotação Ω. Este movimento é caracterizado também por uma ou mais freqüências
de precessão ω, independentes da freqüência de rotação Ω do rotor.
O eixo deforma-se em uma curva espacial, denominada curva elástica do rotor
(reversa no espaço). Esta curva tem grande importância no projeto das máquinas, na
medida em que define as tensões máximas de projeto do eixo, bem como as folgas
internas mínimas da máquina. A obtenção da curva elástica tem sido facilitada pelo uso
de programas de computador.
A ciência da Rotodinâmica é pouco estudada nas universidades brasileiras,
notadamente pela completa inexistência de fabricantes de turbomáquinas no Brasil.
Os fabricantes de turbomáquinas são os usuários que mais demandam este
conhecimento. A Petrobras, na qualidade de maior operadora de turbomáquinas do
Brasil, tem se esforçado para desenvolver esta particular área da dinâmica.
Antes do estabelecimento das diretrizes deste trabalho e de iniciarmos a
construção do nosso ferramental analítico para enquadramento das dificuldades teóricas
que serão aqui discutidas, cabe uma revisão do estado atual da arte desta ciência, a
Rotodinâmica.
1.1 Histórico
4
do efeito giroscópio na freqüência natural de rotores com grande disco. Esta idéia é
posteriormente estendida por GREEN (1958).
HOLZER (1921) apresentou um método manual para calcular freqüências
críticas em compressores alternativos. Este método foi modificado e é usado hoje na
forma de matrizes para análise torcional. MYKLESTAD (1945) desenvolveu um
método para cálculo de freqüências naturais de asas de avião ao mesmo tempo em que
PROHL (1945) apresentou um método para cálculo de freqüências naturais em rotores
de turbomáquinas.
Estes três métodos (HOLZER, MYKLESTAD, PROHL ) formam a base para os
atuais métodos rotodinâmicos e marcam uma nova era na análise das vibrações,
caracterizada pela mudança do contínuo para os métodos discretos. MILLER (1953)
introduziu a discussão sobre suportes flexíveis e discutiu a resposta dinâmica lateral de
vigas.
RAUL (1970) investigou a resposta dinâmica ao desbalanceamento, utilizando
análise matricial. Os livros texto de VANCE (1988) e CHILD (1993) mostram a
grande quantidade de trabalhos realizados nesta área.
RUHL e BOOKER (1972) desenvolveram as matrizes de massa e rigidez do
elemento e LUND (1974) desenvolveu o método de matriz de transferência para
cálculo de estabilidade e freqüências naturais amortecidas de sistemas rotor/mancais
hidro-dinâmicos, levando em consideração o amortecimento interno (histerético) e as
forças aerodinâmicas de acoplamento cruzado, “cross coupling”.
NELSON e McVAUGH (1976) desenvolveram diferentes matrizes elementares
para diferentes elementos no rotor. Utilizaram o conceito de função de interpolação e
aplicaram o princípio dos trabalhos virtuais.
MURPHY e VANCE (1983) apresentaram um método para calcular o polinômio
característico a partir do método da matriz de transferência. KIM e DAVID (1990)
apresentaram variação do método de matriz de transferência com matrizes diferentes
para massa, rigidez e inércia rotatória, podendo calcular o polinômio característico
diretamente, o qual era convertido em problema de autovalor. WILKINSON e
REINSCH (1971) resolveram este problema.
MASLEN e BILK (1992) apresentaram modelo para inclusão de mancais
magnéticos na análise rotodinamica. A análise de estabilidade foi executada na forma
de espaço-estado “ state –space”.
5
1.1.2 Revisão do Conhecimento sobre Suportação de Máquinas
Desde os primeiros trabalhos rotodinâmicos estava clara a importância da
fundação nos cálculos rotodinâmicos. Algumas das pesquisas feitas em suportes
flexíveis são apresentadas abaixo.
BOHM (1964) discutiu a necessidade de incluir características do suporte e da
carcaça na análise de turbomáquinas. BANNISTER e THOMAN (1964) apresentaram
o método da impedância para caracterizar a flexibilidade das fundações. Este trabalho
foi desenvolvido por EWINS (1984).
LUND (1965) propôs método para cálculo limite de estabilidade em rotores
flexíveis em mancais com suporte flexível e amortecido. Com este modelo simples
mostrou que as características do suporte afetam grandemente a estabilidade do rotor.
Em suportes sem amortecimento a estabilidade cai e, no caso em que haja
amortecimento, a estabilidade cresce.
GUNTER e TRUMPLER (1969) mostraram o efeito da anisotropia do suporte no
limite da estabilidade. Esta análise foi feita usando modelo modificado de JEFFCOTT.
GUNTER (1970) estudou amortecedores de óleo prensado “squeeze film” e
mostrou sua influência na resposta dinâmica. KIRK e GUNTER (1972) usando o
modelo modificado de JEFFCOTT (1919), mostraram o efeito do suporte na reposta
síncrona. Discutiram a sintonia do suporte flexível e suas conseqüências na
rotodinâmica do rotor.
BASAL e KIRK (1975) apresentaram um método para incluir a fundação flexível
na matriz de transferência (one mass-spring-damper).
KIRK e GUNTER (1976) estudaram um modelo de uma massa para
representação de mancais planos em suporte flexível do tipo “ squeeze film”.
BLACK (1976) estudou a estabilidade do rotor sujeito à força histerética e
externamente amortecido no suporte. Estudou ainda o efeito da rigidez e do
amortecimento na estabilidade rotodinâmica.
CHOUDHURY,et all (1976) mostraram o efeito da rigidez e do amortecimento do
suporte na freqüência natural.
GASH (1976) usou dados experimentais para simular a fundação. As
características do modelo são função da rotação. O autor usou dados experimentais
para modificar os coeficientes dos mancais inclusive os “cross couplings”. A matriz
global é aumentada para incluir o efeito do suporte. Esta contribuição é efetiva para a
6
resposta dinâmica, que será função da freqüência de vibração, mas não é adequada para
o estudo de estabilidade
BARRETT, GUNTER e ALLAIRE (1978) discutiram um método rápido e
aproximado para calcular rigidez e amortecimentos ótimos para resposta e estabilidade
de mancais próximo da crítica, mostrando a influência do suporte.
HASHISH e SANKAR (1984) incluíram na análise rotodinâmica diversos efeitos
lineares e não lineares no amortecimento e na rigidez de mancais em suportes flexíveis.
QUEITZSCH (1985) apresentou um método para cálculo da resposta dinâmica
em suportes flexíveis. As estruturas são analisadas independentemente e então
juntadas. A função impedância da estrutura é acoplada aos mancais e usa a função de
transferência como ferramenta de cálculo.
BARRETT e NICHOLAS (1986) usaram resposta em freqüência da carcaça de
uma turbina para modificar os coeficientes dos mancais conseguindo melhor
compromisso entre resultados experimentais e analíticos.
LUND e WANG (1986) usaram um método onde resolvem o rotor e a estrutura
independentemente, acoplando os resultados posteriormente.
NICHOLAS e BARRETT (1986) apresentaram um método para incluir o suporte
flexível na análise rotodinâmica. Derivaram coeficientes equivalentes que incluem os
parâmetros do suporte. O exemplo aplica a teoria a uma máquina real com mancais de
sapatas pivotadas “tilting pad”, sem incluir o efeito “cross coupling”
NICHOLAS e WHAREN (1986) aplicaram esta mesma teoria para calcular a
resposta forçada em uma turbina a vapor. Usou Função de Resposta em Freqüência
(FRF) experimental para derivar os coeficientes. O autor considera o amortecimento
10% do crítico.
KAZAO e GNTER (1987) ampliaram o método de matriz de transferência para
incluir múltiplos rotores.
EARLES e PALAZZOLO (1988) apresentaram um método para cálculo
rotodinâmico em suportes flexíveis por elementos finitos. Este método foi usado para
cálculo de resposta dinâmica de um modelo.
FAN e NOAH (1989) utilizaram um sistema de redução (modal reduction) do
modelo para nálise de rotores flexíveis independentemente e posterior acoplamento aos
mancais. Apresentam um exemplo onde rotor e suporte são analisados
independentemente e então acoplados.
7
WANG e TSAI (1989) apresentaram estudo sobre o efeito anisotrópico do suporte
sobre a instabilidade aerodinâmica. O rotor Delaval foi usado para o estudo de um grau
de liberdade na fundação. O efeito anisotrópico da fundação ficou explicado mostrando
que em alguns casos este efeito pode melhorar a estabilidade
BRENO (1989) Estende a modelação a sistemas não lineares, como estruturas
“off shore”. Apresenta ainda uma abrangente revisão bibliográfica, na qual é
apresentado um trabalho completo que relaciona estruturas lineares e não lineares.
ROUCH e McMAINS (1989), usam a Função de Resposta em Freqüência (FRF)
para representar a fundação, no estudo de resposta dinâmica do rotor. Esta análise é
feita em elementos finitos e o autor investiga duas alternativas, o amortecimento
proporcional e a utilização da informação de fase.
STEPHENSON e ROUCH (1992) apresentam um método de determinação das
matrizes dinâmicas usando dados experimentais. O autor usa ”Least Square Method-
LSM” para calcular as matrizes do sistema, a partir de um conjunto completo de vetores
modais.
WYGANT (1993) incluiu a influência do pedestal flexível e da carcaça usando
informação modal. Este estudo inclui pedestal “cross talk” dentro de um procedimento
de matriz de transferência. As informações modais podem vir de um modelo analítico
ou de um resultado experimental.
REDMOND (1996) discutiu a imprecisão dos testes de impedância experimental
de suportes e implementa procedimento para subtrair o efeito dinâmico do rotor dos
dados originais. O sistema de suportação considera um modelo de um grau de
liberdade e contempla o “cross coupling e o cross talk” entre mancais (aplica-se para o
cálculo de resposta dinâmica).
VAZQUEZ e BARRETT (1998) sistematizaram um método para incluir a
flexibilidade dos suportes nos cálculos rotodinâmicos. Os suportes são representados
usando-se funções de transferência polinomiais e é aplicado para resposta dinâmica e
estudo de estabilidade.
LEES e FRISWEEL (1998) descreveram um método para modelação dinâmica
da fundação a partir da resposta dinâmica. Isto é obtido pela formulação inversa do
problema de resposta do rotor e a partir do modelo do rotor para identificação das
forças aplicadas nos mancais. Estas forças são combinadas com os deslocamentos
encontrados no pedestal e é usado para calcular os parâmetros da fundação.
8
FENG e HAHN (1998) apresentaram um método para calcular parâmetros modais
da fundação a partir de informações de desbalanceamento. Aplica-se a máquinas
montadas em suportes flexíveis, rigidamente ligadas ao solo.
RIEGER e ZHOU (1998) usaram o método da matriz de transferência para rotor
suportado em pedestal flexível, suportado em fundação flexível. O autor deduz a
matriz de transferência da fundação para propriedades diferentes em X e Y.
9
PAZ, (1984) apresentou um método iterativo para cálculo do autovalor de um
grande sistema, usando redução dinâmica. O ”eigenvalue solver” requer matrizes de
coeficientes constantes.
VANCE, MURPHY et all, (1987) usaram teste modal para verificar resultados
analíticos em diversos rotores.
HASSENPFKUG, (1988) desenvolveu um método para criar modelos
matemáticos a partir dos resultados modais. Neste enfoque alguns graus de liberdade
são selecionados e uma transformação modal inversa é aplicada para gerar um modelo
matemático de ordem reduzida em coordenadas físicas.
LUND, (1994) revisou algumas técnicas modais usadas na análise rotodinâmica.
Especial ênfase foi dada ao cálculo de sistemas amortecidos, a redução modal e ao
cálculo da matriz de resposta em freqüência, erroneamente chamada de matriz da
função de transferência.
BARRETT e ALLAIRE, (1988) usaram redução dinâmica dos coeficientes de um
mancal “tilting pad” reduzindo para 8 o número de coeficientes. Este “paper” usa o
método de montagem das sapatas, para calcular os 8 coeficientes.
VAZQUEZ e ARRETT, (1998a) apresentaram um método de representação de
mancal “tilting pad”, usando função de transferência para explicitar a redução dinâmica
dos graus de liberdade, expressando-os como taxa de polinômios.
VAZQUEZ e BARRETT,. (1998c) usaram um teste modal para verificar o
modelo de rotor utilizado em seu trabalho, mostrando bons resultados nas freqüências
naturais e nos modos de vibração. Expandiu-se esta análise para quantificar diferenças
do modelo do rotor, na estabilidade e na resposta dinâmica.
10
Método dos Elementos Finitos.
RENATO, (1996) desenvolveram protótipos de sistema rotodinâmico flexível em
laboratório, com a construção de modelos matemáticos para a estrutura e para o rotor
em elementos finitos. Discutem métodos para identificação de modelos matemáticos.
Modelam o rotor e a estrutura usando programas de elementos finitos (com
identificação dos modelos e função de Resposta em Freqüência). Discutem técnicas de
redução de modelos estática e modal, aplicando síntese modal e truncamento modal.
Em 2000, Marcelo de Souza Murta apresentou sua tese de mestrado, intitulada
"Projeto, Construção e Avaliação Dinâmica de Um Rotor Vertical Suportado em
Mancais Hidrodinâmicos", COPPE / UFRJ.
MOHAMME, (2000) analisaram o processo de contato entre o rotor e o estator
em máquinas rotativas, objetivando melhorar a capacidade das mesmas de evitar o
roçamento, bem como poder resistir ao mesmo nas circunstâncias em que se tornem
inevitáveis
Mais recentemente, em 2003, Ítalo Márcio Madeira apresentou na COPPE /
UFRJ, uma tese de mestrado cujo objetivo é a modelagem em elementos finitos de
máquinas rotativas com efeitos não-lineares, orientado por ZINDELUK.
MARCIO, (2004) discutem a utilização de um excitador eletromagnético capaz de
excitar o conjunto rotativo em seus modos normais diretos e retrógrados. Modelam o
rotor através de elementos finitos e discutem o problema da instabilidade paramétrica,
usando para isto a equação de Mathieu (que não possui solução analítica) e excitação
experimental, na investigação de áreas de estabilidade e instabilidade.
Em ATAYDE, J. P. e WEBER, H. I., (2006) é discutida a dinâmica de máquinas
rotativas em mancais hidrodinâmicos, com a substituição de coeficientes dos mancais
obtidos pelos programas de cálculo de mancais nos programas de rotodinâmica.
Além dos trabalhos comentados nos parágrafos anteriores, podem também ser
citados os seguintes trabalhos desenvolvidos por grupos de pesquisa em Rotodinâmica
da USP, Universidade Federal deCampinas e Universidade Federal de Uberlândia:
- ZACHARIADIS, DC, Critical Speeds and Unbalance Response of a Jeffcott Rotor on
Angular Misaligned Hydrodynamic Bearings, In: SAE Brasil International Mobility Congress
and Exhibition, 2001, São Paulo, Brasil
- ZACHARIADIS, DC, Stability versus unbalance response of statically indeterminate rotors
supported on hydrodynamic journal bearings, In: IFToMM Sixth International Conference on
Rotor Dynamics, 2002, Sydney, Australia
11
- ZACHARIADIS, DC, Unbalance Response of Statically Indeterminate Rotors Supported on
Hydrodynamic Journal Bearings: Use of the 32 Dynamic Coefficients Bearing Model, In:
International Conference on Noise and Vibration Engineering ISMA 2006, Leuven, Bélgica
- ZACHARIADIS, DC, Unbalance Response of Rotors Supported on Hydrodynamic Bearings
Placed Close to Nodal Points of Excited Vibration Modes, ASME Journal of Engineering for
Gas Turbines and Power, USA, v. 128, n. 3, p. 661-669, 2006.
- CAVALCA, KL e LINS, HQ, Dynamic analysis of horizontal rotating mahinery, In: Sae
Technical Papers, USA, v. 1, n. 1, p. 1-10, 1999
- CAVALCA, KL e CAVALCANTE, PF, Estudo da Interação entre rotores e estrutura de
suporte, In: 9o Congreso Chileno de Engenharia Mecânica, COCIM-CONAE, Valparaiso,
Chile, v. 1. p. 1-7, 2000
- CAVALCA, KL e SBRAVATI, A, Dynamic Analysis of Flexible Gear Coupling Efforts in
Rotating Machinery, SAE Technical Papers, USA, v. 1, n. 1, p. 1-12, 2002
- CAVALCA, KL e CAVALCANTE. An experimental analysis of rotors on flexible structure,
In: Sixth IFToMM 2002 - International Conference on Rotor Dynamics, Sydney, Autralia, v. 1.
p. 531-538, 2002
- CAVALCA, KL, CAVALCANTE, PF e OKABE, EP, An investigation on the influence of
the supporting structure on the dynamics of the rotor system, In: Mechanical Systems And
Signal Processing, UK, v. 19, n. 1, p. 157-174, 2006.
- CAVALCA, KL, CASTRO, HF e NORDMANN, R, Rotor-bearing system instabilities
considering a non-linear hydrodynamic model. In: IFToMM2006 - Proceedings 7th
International Conference on Rotordynamics, Vienna, v. 1. p. 1-10, 2006
- CAVALCA, KL, OKABE, EP, Rotordynamic analysis of systems with a non-linear model of
tilting-pad bearings. In: IFToMM2006- Proceedings 7th International Conference on Rotor
Dynamics, Vienna, v. 1. p. 21-30, 2006
- SALDARRIAGA, MRV e STEFFEN JR, V, Modelagem de Rotores flexíveis montados sobre
Suportes Viscoelásticos, In: III National Congress of Mechanical Engineering – CONEM –
Belém, Brasil, 2004
- Tese de doutorado: Eduardo Paiva Okabe - Interação Rotor-Estrutura: Modelo Teórico-
Experimental. 2007, Universidade Estadual de Campinas - UniCamp, orientador: Katia
Lucchesi Cavalca Dedini
12
1.1.5 Rotodinâmica nos Últimos 10 Anos no Mundo
A disciplina Rotodinâmica é hoje considerada uma ciência madura, onde os
conhecimentos estão bem consolidados e em fase de otimização. Mesmo dentro desta
realidade, constatamos que a comunidade científica mundial tem optado por trilhar
alguns caminhos particulares, esquecendo-se, em alguns casos, de investigar outras
opções de pesquisa. Neste contesto, esta Tese propõe uma nova alternativa de solução
de sistemas giroscópicos conservativos.
A conseqüência natural desta realidade, é que o número de trabalhos em
rotodinâmica vem declinando e dando lugar a outros enfoques, como é o caso das
suspensões com mancais magnéticos e das investigações em suportes flexíveis. Dentro
desta percepção, apresentaremos alguns trabalhos recentemente escritos sobre esta
disciplina, através da apresentação de alguns artigos mais recentes
NICHOLAS et all, (2000) propõem um método para introdução da flexibilidade
do mancal nos cálculos rotodinâmicos, usando para isso análise modal experimental,
levantando a função “compliance” de resposta em freqüência (inverso da rigidez
dinâmica) e corrigindo, desta forma, os valores calculados para a velocidade crítica em
base inercial.
SAWICKI e GENTA (2001), propõem um enfoque diferente e particular para
desacoplar os sistemas de equações de movimento (rotodinâmicos), sem contudo fugir
da solução do problema de autovalor, empregando matrizes 2n × 2n.
KASARDA e MENDONZA, 2003, apresentam um mecanismo para controlar
vibrações sub-síncronas através de amortecimento ativo de mancais magnéticos.
Apresenta também resultados reduzindo as amplitudes de vibração críticas.
HU, FENG, et all (2004), discutem a sensibilidade da resposta em posição do
centro das órbitas dos mancais de turbomáquinas em função da metodologia empregada
nos cálculos hidrodinâmicos.
HENNIN e INGOLSTAD, (2005), discutem a viabilidade das técnicas de
otimização de medidas de vibração para caracterizar trincas em eixos de
turbomáquinas. Usa elementos finitos e o enfoque das forças modais no avanço das
trincas. Usa algoritmo de otimização global para identificação das trincas.
Como referência adicional, podemos citar os seguintes trabalhos:
13
Artigos: Rotordynamics
CONF Ano Título Autores
ASME 1999 Use of the Campbell Diagram in Lalanne, M.; Ferraris, G.
Biennial Rotordynamics
ASME 2001 Jorgen Lund: A Perspective on His Anthony J. Smalley, Southwest
Biennial Contributions to Modern Research Institute
Rotordynamics (Invited Paper)
ASME 2001 Rotordynamics Involving Axial Dara W. Childs and Nameer A.
Biennial Rubbing Against a Disk Siddiqui, Texas A & M University
IGTI 1996 Experience in Full Load Testing Alain Gelin, Jean-Marc Pugnet,
Natural Gas Centrifugal Daniel Bolusset, Patrick Friez,
Compressors For Rotordynamics FRAMATOME Division
Improvements THERMODYN, Le Creusot,
France
IGTI 1997 Rotordynamics Modeling for an B.M. Antkowiak, The Charles Stark
Actively Controlled Magnetic Draper Laboratory, Inc.,
Bearing Gas Turbine Engine Cambridge, MA, USA; F.C.
Nelson, College of Engineering,
Tufts University, Medford, MA,
USA
IGTI 2000 A New CFD-Perturbation Model for Namhyo Kim, David H. Rhode,
the Rotordynamics of Texas A&M University, College
Incompressible Flow Seals Station, TX, USA
IGTI 2001 Finite Element and Transfer Matrix Jorgen L. Nikolajsen, Staffordshire
Methods for Rotordynamics - A University, Stafford, England
Comparison
IGTI 2001 Predicted Effects of Shunt Injection Namhyo Kim, Weatherford
on the Rotordynamics of Gas International, Inc., Houston, TX,
Labyrinth Seals USA; Sung-Young Park, David L.
Rhode, Texas A&M University,
College Station, TX, USA
IGTI 2001 Experimental Evaluation of Hybrid Steven E. Buchanan,
Damper Seals with Brush Elements Schlumberger, Rosharon, TX,
- Effect of the Bristles on Power USA; John M. Vance, Texas A&M
Dissipation and Rotordynamics University, College Station, TX,
USA
IMechE 2000 Rotordynamics and leakage - J Sobotzik, R Nordmann, F Hip,
measurements and calculations on and K Kwanka
labyrinth gas seals and their
application to large turbomachinery
ISCORMA 2001 Rotordynamics and DDM Design A. S. Lee, J. W. Ha
Sensitivity Analysis of an APU Gas
Turbine Having a Spline Shaft
Connection
ISCORMA 2001 Fact and Fallacy in Linear A. Caldwell
Rotordynamics Analysis
ISMB 1996 Experimental Verification of Urednicek, M., Bear, C.
Magnetic Bearing System
Rotordynamics Code
ISMB 2000 Noncolocation Effects on Rigid Giancarlo Genta, Stefano
Body Rotordynamics of Rotors on Carabelli, Politecnico di Torino,
AMB Italy
ISROMAC 1996 Studies in Spontaneous Fredric Ehrich
Sidebanding in Rotordynamics
ISROMAC 1996 System Rotordynamics Model Jorg Wauer
Based on a Hybrid Composition of
the Global Deformation
14
ISROMAC 1996 Rotordynamics on the pc: Transient David P. Fleming
Analysis with ARDS
ISROMAC 1998 Rotordynamics on the PC: Further D. P. Fleming
Capabilities of ARDS
TAMU 1998 Pump Rotordynamics Made Simple Mark A. Corbo, Stanley B.
Pump Malanoski
Show
TAMU 1997 Annular Gas Seals And Dara W. Childs, Leland T. Jordan,
Turbo Rotordynamics Of Compressors John M. Vance
Show And Turbines
TAMU 2000 Designing High Performance Steam Stephen L. Edney, George M.
Turbo Turbines with Rotordynamics as a Lucas
Show Prime Consideration
IFToMM 2002 Practical applications of singular Cloud CH, Foiles WC, Li G,
value decomposition in Maslen EH and Barrett LE
rotordynamics
IFToMM 2002 Rotordynamics of turbomachinery Childs DW
... looking back ... looking forward
ISROMAC 2002 Determination of Rotordynamics A Antonio-García, J Gömez-
Parameters for the Jeffcott Rotor- Mancilla, V V Kucherenko
bearing Model
ISROMAC 2002 Non-linear Rotordynamics: T J Chalko
Computational Strategies
ISROMAC 2002 Enhanced Rotordynamics for High J V Madison
Power Cryogenic Turbine
Generators
IGTI 2003 CFD Determination of Pre-Chamber David L. Rhode, Texas A & M
Flow Pertubation Inlet Boundary University, United States; Ganesh
Conditions for Seal Rotordynamics Venkatesan, Adapco, India
Models
ASME 2003 Rotordynamics Analysis: Jean-Jacques Sinou, David
Biennial Experimental and Numerical Demally, Cristiano Villa, Fabrice
Investigations Thouverez, Michel Massenzio,
Franck Laurant
ISCORMA 2003 Numerical Modelling and Simulation G. Genta
in Rotordynamics
ISCORMA 2003 Non-Axisymmetrical 3D Element for M. Silvagni, G. Genta, and A.
FEM Rotordynamics Tonoli
IGTI 2004 Squeeze-Film Damper Predictions Cyril Defaye,Franck
for Simulation of Aircraft Engine Laurant;Philippe Carpentier;Mihai
Rotordynamics Arghir,Olivier Bonneau;Samuel
Colboc
IMechE 2004 Rotordynamics of turbine labyrinth J Schettel and R Nordmann
seals – a comparison of CFD
models to experiments
IMechE 2004 Integrating experimental tests and L Gregori, G A Zanetta, D Lucci,
rotordynamics analysis for solving and C Lupetti
vibration problems on geothermal
turbogenerator sets
IMechE 2004 Parametric characterization of rub R J Williams
induced whirl instability using an
instrumented rotordynamics test rig
ISCORMA 2005 ROTORDYNAMICS SIGNATURE Carabelli, S., Macchi, P., Silvagni,
FOR EMBEDDED SYSTEM M., Tonoli, A., Visconti, M.
ISCORMA 2005 THE BEAUTY OF Genta, G.
ROTORDYNAMICS
ISCORMA 2005 SOME CONSIDERATIONS ON Genta, G., Silvagni, M.
15
CYCLIC SYMMETRY IN
ROTORDYNAMICS
ASME 2005 Structural Finite Element Modeling Antti Laiho, Helsinki University of
Biennial of Electromechanical Interaction in Technology, Espoo, Espoo,
Rotordynamics of Electrical Finland, Timo P. Holopainen, ABB
Machines Electrical Machines, Helsinki,
Finland, Paul Klinge, VTT
Industrial Systems, Helsinki,
Finland, Antero Arkkio, Laboratory
of Electromechanics, Helsinki,
Finland
IGTI 2005 Nonlinear Rotordynamics of Luis San Andrés, Juan Carlos
Automotive Turbochargers: Rivadeneira, Murali Chinta,
Predictions and Comparisons to Kostandin Gjika, and Gerry La
Test Data Rue
IGTI 2005 Mechanism and Impact of Damper Thom M. Eldridge and Thomas A.
Seal Clearance Divergence on the Soulas
Rotordynamics of Centrifugal
Compressors
16
Threshold Speeds of Rotordynamic
Instability
ISROMAC 1998 Transition to Fluid-Induced Limit A. Muszynska
Cycle Self-Excited Vibrations of a
Rotor and Instability Threshold
Hysteresis
TAMU 1998 Application of a Heat Barrier Sleeve Frits M. de Jongh, Pieter van der
Turbo to Prevent Synchronous Rotor Hoeven
Show Instability
TAMU 1999 Unexpected Rotordynamic Ed Wilcox
Turbo Instability in a "Proven" FCC Wet
Show Gas Compressor
TAMU 2001 Rotor Instability Problems in an Peter M. Gruntfest, Leo Andronis,
Turbo Integrally Geared Compressor William D. Marscher
Show Supported by Tilting Pad Bearings
IGTI 2002 Seal and Bearing Upgrade for Jiming Li, Pranabesh De
Eliminating Rotor Instability Choudhury, Elliott Company,
Vibration in a High Pressure Natural Jeannette, PA, USA; Rogerio
Gas Compressor Tacques, Petrobras S/A, Rio de
Janeiro, BRAZIL
IFToMM 2002 Electromagnetic circulatory forces Holopainen TP, Tenhunen A and
and rotordynamic instability in Arkkio A
electric machines
IFToMM 2002 Instability and control of a cantilever Wang J and Meng G
rotor supported on MR fluid damper
and sliding bearing
IFToMM 2002 Part I – Theoretical model for a Balbahadur AC and Kirk RG
synchronous thermal instability
operating in overhung rotors
IFToMM 2002 Part II – Case studies for a Balbahadur AC and Kirk RG
synchronous thermal instability
operating in overhung rotors
ISROMAC 2002 Darmstadt Rotor No. 2-Part V: S Wagner, S Kablitz, D K
Experimental Investigation of the Hennecke, U Schmidt-Elsenlohr
Instability Behaviour of an Aft-swept
Transonic Compressor Rotor
TAMU 2003 Synchronous Thermal Instability R. Gordon Kirk, Zenglin Guo,
Turbo Prediction for Overhung Rotors Avinash C. Balbahadur
Show
ISCORMA 2003 Instability Induced by Iron Losses in N. Takahashi, M. Hiroshima, H.
Rotor-Active Magnetic Bearing Miura, and Y. Fukushima
System
IMechE 2004 Experiments and modelling of a M L Adams and A H Falah
three-bearing flexible rotor for
unbalance response and instability
thresholds
IMechE 2004 Parametric characterization of rub R J Williams
induced whirl instability using an
instrumented rotordynamics test rig
ISCORMA 2005 APPLICATION OF ROTOR L’vov, M. M., Gunter, E. J.
DYNAMIC ANALYSIS FOR
EVALUATION OF
SYNCHRONOUS SPEED
INSTABILITY AND AMPLITUDE
HYSTERESIS AT 2ND MODE FOR
A GENERATOR ROTOR IN A
HIGH-SPEED BALANCING
17
FACILITY
ISCORMA 2005 EXPERIMENTS AND ANALYSIS Gómez-Mancilla, J., Machorro-
FOR A COMMON CASE OF López, J.
CRACKED ROTORS INSTABILITY
AIDING ITS DETECTION
ISMB 2006 Thermally Induced Synchronous Naohiko Takahashi, Haruo Miura
Vibration Instability in a Magnetic and Yasuo Fukushima, Hitachi
Bearing Supported Highspeed Plant Technologies, Ltd., Japan.
Rotor
IFToMM 2006 Investigation of a Rotordynamic J.J. Moore*, Southwest Research
Instability in a High Pressure Institute, USA; M. Camatti, GE Oil
Centrifugal Compressor Due to & Gas, Italy; A.J. Smalley, Tony
Damper Seal Clearance Smalley Consulting, LLC, USA; G.
Divergence Vannini, GE Oil & Gas, Italy; L.L.
Vermin, Shell Petroleum
Development Co. of Nigeria, Ltd.,
Nigeria
IFToMM 2006 Swirl Breaking Devices and Their R. Subbiah*, V. Choudhry,
Effectiveness in Reducing Rotor Siemens Power Generation Inc.,
Instability USA
18
Nos capítulos II, III e IV são discutidas, até ao limite, as possibilidades de
representação da ciência Rotodinâmica, dentro de uma modelação que utilize a teoria
do contínuo.
Nestes capítulos podemos identificar que esta abordagem é muita rica de
significado físico, apesar de seu elevado nível de abstração, permitindo o crescimento
balanceado da capacidade de simulação, enquanto desenvolve-se uma importante
compreensão dos fenômenos físicos associados a esta disciplina.
Entretanto esta abordagem experimenta restrições crescentes em complexidade
matemática, bem como uma crescente dificuldade de resolução dos problemas
numéricos associados à solução da equação diferencial de movimento. Os simuladores
até aqui desenvolvidos são excessivamente teóricos e não são capazes de retratar um
rotor real (praticamente esgotando as possibilidades atualmente disponíveis para a
representação destes rotores).
Neste contexto surge a possibilidade do tratamento destes modelos físicos com o
uso de técnicas discretas de modelação, as quais trabalham com níveis de abstração
muito superiores e que, por isto mesmo, dificultam a compreenção física do problema.
Dificultam portanto, a capacidade de representação dos conceitos mecânicos, tão
necessários ao completo entendimento destas questões.
Dentre as técnicas discretas de modelação matemática dos rotores reais, a técnica
de elementos finitos tem se mostrado, nos últimos anos, a mais adequada para o
tratamento global das questões rotodinâmicas, não só pela sua ilimitada capacidade de
retratar os rotores reais (como veremos no Capítulo V), como também pelas
possibilidades que oferece na simplificação das soluções.
Podemos ainda complementar esta idéia dizendo que a experiência tem
comprovado que a melhor forma de resolver os complicados sistemas de equações de
movimento axial, torcional e lateral, é através do Método de Elementos Finitos, o qual
permite fácil formulação de suas matrizes de massa, rigidez e amortecimento.
No Capítulo V é feito um trabalho cuidadoso de dedução das matrizes de rigidez,
inércia e giroscópica, dentro da teoria de elementos finitos, usando para isto a equação
de Lagrange. É ainda apresentado grande conjunto de métodos para solução das
equações de movimento, dos sistemas dinâmicos, em diversos cenários reais.
Ainda no Capítulo V é desenvolvido um método novo para solução de sistemas
giroscópicos conservativos (característicos de sistemas giroscópios de elevada rotação),
19
método este que viabiliza o desacoplamento das equações diferenciais do movimento
destes sistemas, com o emprego dos autovetores da matriz giroscópica.
Este método para solução de sistemas de equações de movimento é fundamentado
em uma propriedade particular dos autovetores giroscópicos, segundo a qual estes
autovetores são capazes de desacoplar as equações de movimento de um sistema
giroscópico conservativo.
A demonstração desta propriedade é feita inicialmente para um modelo contínuo,
através da demonstração da propriedade dos autovetores adjuntos da matriz
giroscópica, de desacoplar as equações de movimento do sistema giroscópico
conservativo. Posteriormente prova-se que estes autovetores desacoplam as matrizes de
massa e rigidez de um sistema n x n, em n/2 sistemas independentes de equações
duplas.
Esta prova é posteriormente complementada (por analogia), fazendo-se uso da
formulação da teoria do contínuo, como poderá ser visto no Capítulo V.
O caráter inedito desta metodologia é fortalecido através de pesquisa bibliográfica
realizada pela Biblioteca Central da Petrobras.
No Capitulo VI é discutido o problema conhecido como “instabilidade
rotodinâmca” de uma forma precisa, abrangente e profunda.
No Capítulo VII é apresentado o primeiro exemplo rotodinâmico, no qual é
simulado um rotor real, de uma das refinarias da Petrobras, para efeito de
exemplificação da tecnologia discutida, sendo apresentado sob a forma de um exercício
completo.
No Capítulo VIII desta tese é discutido o segundo exemplo rotodinâmico. Neste a
tecnologia de integração de um rotor real à sua estrutura de suporte real, que é flexível
(segundo exemplo rotodinâmico). A estrutura é simulada através de um modelo de
elementos finitos e é representativa de sistemas existentes em plataforma off-shore, asa
de avião, submarino, etc. Este objetivo é alcançado através da discussão de um caso
real de um problema ocorrido nas instalações da Petrobras.
A tecnologia discutida no Capítulo VIII é nova e é de propriedade exclusiva do
ROMAC, não tendo sido possível uma pesquisa mais profunda e a completa
explicitação da sua metodologia, que está parcialmente aqui apresentada.
Esta metodologia foi usada na solução de um complexo problema de vibração,
ligado ao projeto inadequado do sistema de suportação de um compressor de amônia,
20
localizado em uma das plantas de fertilizantes da Petrobras. Este trabalho foi discutido
em artigo elaborado por ALLAIRE, ROCKWELL, CASTILHO ET ALL (2005).
Este método de análise foi desenvolvida pelo Consórcio Multi-Cliente ROMAC
(Rotating Machinery Research Industrial Program - Virginia University) sob supervisão
do Professor Paul E. Allaire. A Petrobras faz parte deste consórcio desde 1986 e
participou deste projeto, sendo representada pelo autor desta tese.
Essa tecnologia é capaz de superar as limitações impostas pelos métodos
atualmente utilizados, os quais são muito dependentes da percepção humana. Neste
caso particular, todas as tentativas de solução do problema, realizadas ao longo de vinte
anos de funcionamento desta planta foram frustradas. A tecnologia do ROMAC
permitiu a obtenção de resultados precisos através de um protótipo virtual, com a
utilização dos programas de computador normalmente utilizados no ROMAC.
A correta simulação da interação rotor/estrutura e mancais é necessária e essencial
para representação do rotor real, viabilizando a idéia de um protótipo virtual. A
construção deste protótipo foi decisiva para a obtenção dos bons resultados obtidos.
O pioneirismo desta tecnologia fica evidenciado a partir de reunião realizada em
17 de agosto de 2006, entre os Consultores da Universidade de Virginia com os
Consultores da Boeing, assessorados por Consultores do Nastran (consórcio
Boeing/Nastran). No aludido encontro, a Boeing apresentou seu desenvolvimento
conjunto Boeing/Nastran para simulação da interação rotodinâmica de suas turbinas a
gás com a estrutura da asa de seus aviões. Nesta reunião ficou evidente a dificuldade,
por parte do consórcio Boeing/Nastran, da representação precisa dos efeitos de rigidez
cruzada e do amortecimento real dos mancais. Esta reunião objetivou a implementação
da nova tecnologia, discutida no Capítulo VIII, nos códigos dos programas
desenvolvidos pelo consórcio Boeing/Nastran.
Essa dissertação também representa o fechamento de todo um esforço pessoal de
pesquisa (durante mais vinte anos), objetivando a compreensão global dos fenômenos
vibratórios em turbomáquinas, notadamente aqueles comportamentos complexos que
surgem quando colocamos uma turbomáquina em suportes flexíveis.
Essa tese também caracteriza um esforço de transferência de tecnologia, já que
este conhecimento não está ainda ao alcance de nossos técnicos.
Tal tecnologia está alicerçada em um tripé tecnológico, representado por uma boa
capacidade de simulação de mancais hidrodinâmicos, associada a uma boa capacidade
21
de simulação rotodinâmica e complementada com a ajuda de programas como o
ANSYS, o Nastran e outros, para simulação da estrutura de suportação.
A partir deste trabalho, um completo roteiro de simulação dinâmica da interação
rotorestrutura fica disponibilizado, bem como a tecnologia que viabiliza a construção
do protótipo virtual, conforme mostrado no Capítulo VIII.
Este tripé tecnológico promove o consórcio ROMAC à categoria de Centro de
Excelência Mundial em simulação e estudos dos fenômenos dinâmicos associados à
interação de rotores com a sua estrutura de suportação.
Esta tese encontra sua motivação na vontade que a Petrobras tem de conhecer e
dominar todos os processos tecnológicos dentro daquelas áreas consideradas por ela
estratégicas. Turbomáquinas são classificadas como equipamentos estratégicos.
Após a solução de um complexo problema de vibração em um de seus
compressores, problema esse que exigiu grande esforço científico para sua solução, a
Petrobras decidiu investir na direção da maior compreensão desta tecnologia.
O estudo de caso denominado rotodinâmico 2, no Capítulo VIII, pretende
registrar todo o conhecimento adquirido neste intercâmbio, destacando as novas
experiências científico-tecnológicas realizadas pelos pesquisadores da Universidade de
Virginia, no processo de identificação da causa básica deste problema.
Objetivando a compreensão do conhecimento, esta tese discute diversos aspectos
importantes no universo das vibrações de turbomáquinas. Entre estes aspectos
destacamos os temas:
1) identificação das Freqüências Naturais;
2) determinação da Resposta Dinâmica;
3) compreensão do Fenômeno de Instabilidade Rotodinâmica,
4) apresentação de exemplos reais de modelação matemática, aplicado a simulação de
rotores de turbomáquinas (Capítulo VII) e da interação rotor-estrutura (Capítulo VIII).
22
No Capítulo III o mesmo problema é equacionado e resolvido, agora já com uma
abordagem contínua, a qual já exige um nível mais elevado de abstração. O modelo da
FIG-1.1 já aparece com uma representação esquemática diferente na FIG-1.2. A Lei de
Newton é usada para equacionar o problema que é resolvido com ajuda de uma
matemática mais elaborada.
A solução da equação diferencial que governa este movimento (sendo o disco e as
molas introduzidos como condição de contorno) traz uma importante compreensão da
participação do efeito giroscópico no cálculo das freqüências naturais e dos modos
naturais de vibração, bem como caracteriza, de forma inequívoca, a independência
linear dos autovetores giroscópicos, em um sistema giroscópico conservativo.
Ainda no Capítulo III, e com o mesmo enfoque usado no equacionamento do
problema anterior, é deduzida a equação de movimento do rotor bi-apoiado mostrado
esquematicamente na figura FIG-1.3.
23
FIG 1.2 - ROTOR CONTÍNUO EM BALANÇO.
Esta abordagem discute o problema anterior de uma forma bem mais abstrata,
procurando eliminar dúvidas que foram levantadas durante o equacionamento do
problema anterior, relativas ao sinal do efeito giroscópico dentro da equação de
movimento. PRODONOFF, V., CASTILHO, (1989 ). A independência linear dos
autovetores giroscópicos, também aqui, fica assegurada.
24
No Capítulo V é introd uzido o equacionamento do movimento do rotor com o
auxilio da técnica de Elementos Finitos. A utilização do Princípio Variacionaes no
processo de equacionamento do movimento do rotor admite uma capacidade muito
superior de representação das particularidades geométricas de um rotor da vida real.
É interessante registrar que se trata de uma abordagem muito abstrata, como será
discutido oportunamente. Neste Capítulo, são discutidos aspectos originais do
equacionamento e solução de sistemas lineares de segunda e de primeira ordem.
25
as diversas formas de análise praticadas em um processo de projeto de rotor, onde são
mostrados os diversos aspectos do funcionamento de um rotor real.
26
Isto é equivalente a dizer que os modos de vibração giroscópicos constituem uma
base para o desacoplamento das equações do movimento de sistemas giroscópicos..
Com base neste conhecimento é desenvolvido um novo método de solução de equações
de movimento, para sistemas giroscópicos conservativos.
O Capítulo VIII apresenta uma ferramenta extremamente precisa, desenvolvida
pelo consórcio ROMAC, sob supervisão do Professor Paul Allaire, para resolver
complexos problemas de vibração provocados por um mau projeto da suportação de
campo de um compressor de amônia.
Esta solução, apresentada em ALLAIRE, P. E., ROCKWELL, D. R.,
CASTILHO, A., ET ALL, (2005) ainda não foi completamente implementada até o
momento, porém, os resultados parciais já obtidos do campo são tão encorajadores que
projetam um grande salto no estado da arte desta tecnologia.
Esta nova tecnologia pode lidar com muitas das limitações hoje existentes na
experiência de modelação dos atuais projetistas de estruturas de suportação. É ainda
capaz de assegurar bons resultados em suas análises ainda que os modelos da estrutura
de suporte não sejam exatos (devem ser precisos na faixa de interesse).
27
ocorrido no compressor de amônia 105-J (FAFEN/SE), problema este associado ao
projeto inadequado de seu sistema de suportação.
28
I I CINEMÁTICA DE UM ROTOR EM BALANÇO
29
FIG-2.2 ÂNGULOS DE EULER.
30
2.3 Coordenadas Globais de um Volante
Para descrever a posição de um volante no espaço, faremos uso de dois sistemas
de coordenadas, um fixo e um móvel. Seja XYZ um sistema fixo ou global de
coordenadas. Para o nosso rotor flexível, a origem deste sistema estará normalmente
fixada a um mancal. O eixo Z é coincidente com a linha de centro dos mancais, e o eixo
Y normalmente vertical enquanto o eixo X completa o triedro direto FIG-2.1
O sistema móvel x yz tem as seguintes características:
a) a origem pertence ao centro de gravidade do volante;
b) o eixo z é tangente à elástica do eixo flexível do rotor;
c) o plano x y coincide com o plano do disco, sendo que, na posição de repouso, x é
paralelo a X, e y é paralelo a Y.
Da definição acima, vê-se que o sistema x y z possui todos os movimentos
angulares do disco, a menos da rotação Ω em torno do eixo z. Em outras palavras,
possui os movimentos do disco montado em um eixo (fatia do rotor).
A posição genérica do disco no espaço, considerado como corpo rígido, envolve
três coordenadas cartesianas do centro de massa (X, Y, Z) e três coordenadas
generalizadas de ângulos de orientação do volante em relação ao seu CG, definidas
pêlos ângulos de Euler (ψ, θ, φ).
Embora no caso geral sejam necessárias 6 coordenadas, esta formulação usará
apenas 4 (X, Y, θ, φ), assumindo as simplificações seguintes.
a) O CG se desloca em um plano paralelo a XYZ. (pequenos deslocamentos) ;
b) Devido à simetria radial do disco, não há necessidade de indicar a posição específica
de um raio do mesmo.
A primeira destas simplificações é perfeitamente válida para o caso de pequenas
deformações do eixo. A segunda indica ser a orientação do disco a mesma do sistema
móvel x y z, que coincide com os eixos principais de inércia do volante.
31
2.4 Orientação Angular do Disco em termos da Elástica
Foi mostrado acima que a posição angular do volante pode ser descrita como
sendo idêntica à posição do referencial móvel x y z. Tomando, inicialmente, um
sistema xo yo zo, paralelo a X Y Z, e procedendo-se três rotações de seus eixos,
podemos fazê-lo coincidir com uma posição qualquer genérica de x y z.
As três rotações referidas são definidas a seguir com a ajuda da FIG-2.3.
ψ& = 0 (2.1)
∂X& ( Z , t )
θ& = (2.2)
∂Z
∂Y& ( Z , t )
φ& = − (2.3)
∂Z
32
2.3.2) Girando y’ de um ângulo (θ), x’, y’, z’’
33
2.5 Velocidades e Acelerações Angulares do Disco
A velocidade angular absoluta do referencial móvel x y z pode ser escrita como:
∂Y& ∂X&
ω xyz = - ex + e y = ω x ex + ω y e y (2.5)
∂Z ∂Z
x y z.
Tendo em vista que o sistema móvel x y z não é solidário ao volante, a
velocidade angular absoluta do volante é:
∂Y& ∂X&
ω xyz
v
=- ex + e y + Ωe z (2.6)
∂Z ∂Z
I d 0 0 ω x ex
H xyz = ∏ ×ωi ei = 0
v
Id 0 ω y ey i = x, y, z (2.7)
0
0 I p Ωez
∂Y& ∂X&
H xyz = - I d ex + I d e y + I p Ωez (2.8)
∂Z ∂Z
onde:
H = vetor momento cinético do disco;
Id
= momento de inércia de massa, diametral, do volante;
Ip
= momento de inércia de massa, polar, do volante.
34
Tomando agora a derivada total do vetor, momento cinético H, temos:
∂X&
e& x = ω xyz × e x = ( ω x e x + ω y e y ) × e x = −ω y ez = − ez (2.10)
∂Z
∂Y&
e& y = ω xyz × e y = ( ω x e x + ω y e y ) × e y = +ω x ez = − ez (2.11)
∂Z
∂X& ∂Y&
e& z = ω xyz × e z = ( ω x e x + ω y e y ) × e z = −ω x e y + ω y e x = + ex + ey (2.12)
∂Z ∂Z
ex ≅ i ey ≅ j ex ≅ k
; ; (2.14)
Considerando ainda que a massa do disco se distribui apenas sobre o seu plano
médio, paralelo às faces (volante sem espessura), pode-se dizer que:
Ip = 2 Id (2.15)
35
∂Y&& ∂X&
H& ⋅ i = − Id( - 2.Ω ) (2.17)
∂Z ∂Z
∂X&& ∂Y&
H& ⋅ j = + Id( + 2.Ω ) (2.18)
∂Z ∂Z
&
onde H ⋅ i e H ⋅ j
&
são as componentes do somatório dos momentos aplicados ao
( )
L L 2
EC = ∫ MVxyzδV =
1 & 2 + Y& 2 δZ EC = mL
2 ∫0
M X (2.19)
0 s2
l ω l ω
EC = ∫ ∫ H xyzδω.dz = ∫∫ Π.ω δω.dz
v
xyz (2.20)
0 0 0 0
δω xyz
v
α =v
= ω& x e x + ω& Y eY + ω& Z eZ + ω x e& x + ω y e& y + ω z e& z (2.21)
δt
xyz
δωxyz
v
∂Y&& ∂X&& ∂Y& ∂X& ∂X& ∂Y& ∂X& ∂Y&
αxyz =
v
= - ex + ey + ez − ez + Ω ex + Ω e y (2.22)
δt ∂Z ∂Z ∂Z ∂Z ∂Z ∂Z ∂Z ∂Z
δω xyz
v
∂Y&& ∂X& ∂X&& ∂Y&
= − +Ω e x + +Ω e y (2.23)
δt ∂Z ∂Z ∂Z ∂Z
∂Y& ∂X ∂X& ∂Y
δω xyz
v
= − δ + Ωδ e x + δ + Ωδ e y + δΩez (2.24)
∂Z ∂Z ∂Z ∂Z
l ω
∂Y& ∂X& ∂Y& ∂X ∂X& ∂Y
EC = ∫.∫.−Id ex +Id ey +I pΩ..ez . −δ +Ωδ .ex+δ +Ωδ .ey+δ.Ω..ez (2.25)
o 0 ∂Z ∂Z ∂Z ∂Z ∂Z ∂Z
lω
∂Y& ∂Y& ∂Y& ∂X ∂X& ∂X& ∂X& ∂Y
. −Id δ −IpΩ δ ..+ Id δ +2IdΩ δ +IpΩδ.Ω..dz
EC = ∫∫ (2.25a)
o 0 ∂Z ∂Z ∂Z ∂Z ∂Z ∂Z ∂Z ∂Z
l
1 ∂Y& ∂Y& ∂X 1 ∂X& ∂X& ∂Y
2 2
36
2.7 Freqüências Naturais de um Rotor em Balanço
Neste Capítulo e usado o modelo matemático simplificado, sugerido por
THOMSON (1977), para solução do problema físico apresentado na FIG-1.1 Através
dele serão apresentadas algumas idéias e conceitos, inerentes aos fenômenos, que ficam
mais simples quando focalizadas por intermédio deste modelo.
Na abordagem discreta, que é aqui discutida, são admitidas as seguintes
simplificações: o eixo contém rigidez elástica distribuída, embora não possua massa; as
extremidades possuem pequenos trechos rígidos, simulando os comprimentos
pertencentes aos mancais e volante; o sistema é analisado com apenas dois graus de
liberdade, X e θ, conforme a Fig-2.4; o disco é considerado rígido e perfeitamente
balanceado. Esta última hipótese tem a finalidade de generalizar o estudo rotação x
precessão, uma vez que o desbalanceamento gera precessão síncrona.
X F α11 α12
= [α ] × ; [α ] = (2.27)
θ Μ α 21 α 22
37
FIG-2.4 COORDENADAS (X, θ) DO MODELO DISCRETO
l3 λ2l λl 2 1 L2 l2 lλ L
α11 = + + + + ; α 12 = + + ;
3EI EI EI K K 2 EI EI K
l 1 Ω
α 22 = + ; F = Mω 2 X ; Μ = I d ω 2 (a − 1)θ (2.28)
EI K ω
Ω
F = Mω 2 X ; Μ = I d ω 2 (a − 1)θ (2.29)
ω
38
Ω
(α 11 Mω − 1) − α 12 I d ω (a ω − 1) X 0
2 2
Ω = (2.30)
α 12 Mω 2 α 22 I d ω 2 (a − 1) − 1 θ 0
ω
α 22 I d α 22 I d
D= , Fator de Inércia; E= , Fator Elástico (2.31)
α 11 M α 11 M
2 α 11 S
( F − 1) − α EDF (a F − 1) X 0
2
12
= (2.32)
α F 2 − DF 2 (a S − 1) + 1 θ 0
12 F
39
( D + 1) 1
F 4
+ F 2
−
D ( E − 1) D ( E − 1)
S = (2.33)
1
aF ( F 2
+ )
E − 1
A equação (2.33) é uma extensão daquela apresentada por DEN HARTOG, J. P.,
(1972) com os refinamentos seguintes: suspensão elástica, eixo rígido nas extremidades
e relação mais geral entre os momentos de inércia de massa do disco a = Ip/Id,
conforme THOMSON, W. T., (1977)
40
DEN HARTOG, (1972) apresenta considerações importantes para
desenvolvimento de sentimento físico dos fenômenos rotodinâmicos e entre elas o
exemplo seguinte:
41
III FREQÜÊNCIAS E MODOS NATURAIS EM
ROTORES
42
j) O eixo é perfeitamente balanceado, o centro geométrico coincide com o centro de
gravidade em cada seção reta do eixo.
∂FY
∑F = .m .a * e F = FX .i + FY . j ; - FY + FY + dZ = (m∂Z )Y&& (3.1)
∂Z
d
∑ M =∑ T *
= − H& = (Π × ω v )
dt
(3.2)
onde:
Π - Tensor de inércia do corpo
ω =ω v d
- Velocidade angular do corpo/disco
a* - Aceleração do centro de gravidade
m - Massa por unidade de comprimento
∑ M = ∑ T - Torques no centro de gravidade (torque de inércia).
*
43
Como a curva elástica resultante da deformação do eixo gira com a velocidade de
precessão, a mesma será analisada projetando-a em dois planos ortogonais. Desta
forma, a posição no espaço do elemento de cota Z fica definida pelo vetor η , o qual, é
decomposto vetorialmente. (ver FIG-3.2)
jX = Y ; jY = − X (3.4)
44
3.1.1.1) Relação Entre a Curvatura e o Momento Fletor
Quando não se considera o cisalhamento e pressupõe-se curvatura plana, pode-se
dizer que a curvatura do eixo é integralmente provocada pelo momento fletor. A
expressão matemática do raio de curvatura plana é a seguinte:
ρ=
(1 + (Y ′) ) 2
3
2
, ρ = raio de curvatura em YZ (3.5)
Y ′′
∂Y ( Z , T )
Y′ = (3.5a)
∂Z
∂ 2Y ( Z , T )
Y ′′ = (3.5b)
∂Z 2
( ρ + h)∂θ − ρ .∂θ h h
ε= = ; S = E ; ε = E. (3.6a)
ρ .∂θ ρ ρ
E EI
M = ∫ Sh∂A =
ρ∫
h 2 ∂A = (3.7)
ρ
45
Substituindo (3.6) em (3.7), teremos:
M = EI ⋅ Y ′′ (3.8)
∂ 2Y
MX = − EI (3.9)
∂Z 2
∂2 X
M Y = EI (3.10)
∂Z 2
∑M = − H& ; (3.2)
46
&
Conforme demonstrado no Capítulo II e substituindo-se H de acordo com a
equação (2.16), pode-se então dizer que no plano Y Z:
∂Y&& I p ∂X&
∑ M X = I d ⋅ (- + Ω
∂Z I d ∂Z
)⋅i (3.2.a)
mR 2 I
Ip = ∂Z ; p = 2 sendo ;
4 Id
m = massa por unidade de comprimento do eixo
R = raio do eixo
O somatório dos momentos ∑M X
, é obtido com auxílio da FIG 3.1.
∂M X mR 2 ∂Y&& ∂X&
FY = + ⋅ − 2Ω ) (3.12)
∂Z 4 ∂Z ∂Z
escreve-se a equação que falta para completar o equilíbrio do elemento de eixo, ou seja,
a equação de equilíbrio das forças externas
∂FY
- FY + FY + dZ = (mdZ )Y&& (3.1.a)
∂Z
∂FY
= mY&& (3.1.b)
∂Z
47
Substituindo nela as equações (3.1.b) e (3.9) tem-se:
∂ 4Y && = mR ( ∂ Y - 2Ω ∂ X )
2 2 && 2 &
EI + mY (3.14)
∂Z 4 4 ∂2Z ∂Z 2
∂4 X && = mR (- ∂ X − 2Ω ∂ Y )
2 2 && 2 &
− EI − mX (3.14.b)
∂Z 4 4 ∂ 2Z ∂Z 2
∂4 X && = mR ( ∂ X + 2Ω ∂ Y )
2 2 && 2 &
EI + mX (3.15)
∂Z 4 4 ∂ 2Z ∂Z 2
48
∂ 4η mR 2 ∂ 2η&& mR 2 ∂ 2η&
EI + mη&& − + 2i Ω = 0, (3.16)
∂Z 4 4 ∂2Z 4 ∂Z 2
∂ 4η
EI - parcela associada à reação elástica
∂Z 4
mη&& - parcela associada à inércia translação
mR 2 ∂ 2η&&
- parcela associada à inércia de rotação
4 ∂ 2Z
mR 2 ∂ 2η&
2 jΩ - parcelala associada ao efeito giroscópio
4 ∂Z 2
∂M X mR 2 ∂Y&& ∂X&
FY = + ⋅ − 2Ω ) (3.12)
∂Z 4 ∂Z ∂Z
é bastante utilizada no estudo de vigas, salvo a segunda parcela que é relativa aos
movimentos de rotação e precessão do eixo.
Será convencionado como positivo o cortante representado na FIG 3.1.
A representação de um cortante negativo será obtida pela inversão das setas da
mesma figura.
49
Como a solução da equação diferencial de movimento dependerá do
comportamento das extremidades do conjunto, estabeleceremos as condições de
contorno que completam a simulação matemática do modelo físico em estudo.
∂ 3Y mR 2 ∂Y&& ∂X&
FY = − EI + ( - 2 Ω ) (3.17)
∂Z 3 4 ∂Z ∂Z
∂ 3Y mR 2 ∂Y&& ∂X&
− MY&& = − EI + ( - 2Ω ) (3.18)
∂Z 3
4 ∂Z ∂Z
∂ 3 X mR 2 ∂X&& ∂Y&
MX&& = EI − ( + 2Ω ) (3.18.a)
∂Z 3
4 ∂Z ∂Z
50
Multiplicando a equação (3.18) por - j e somando com (3.19), tem-se:
∂3 mR 2 ∂ ∂
Mη&& = EI η − η&& - 2 jΩ η& , (3.20)
∂Z 3 4 ∂Z ∂Z
∂ 2Y ∂Y&& ∂X&
-EI = Id ( − 2Ω ) (3.21)
∂Z 2
∂Z ∂Z
∂2 X ∂X&& ∂Y&
EI = Id ( + 2Ω ) (3.22)
∂Z 2
∂Z ∂Z
∂ 2η ∂η&& ∂η&
EI 2 = − I d (− − 2iΩ ) (3.23)
∂Z ∂Z ∂Z
51
FIG-3.5 CONDIÇÃO DE CONTORNO DE MOLA
∂ 3Y mR 2 ∂Y&& ∂X&
-KY= - EI + ( - 2 Ω ) (3.24)
∂Z 3 4 ∂Z ∂Z
∂ 2Y
- M X = − EI (3.26.a)
∂Z 2
Sendo o momento mostrado na FIG 3.5, conforme convenção adotada
∂Y
M X = − Kφ = - K (3.26.b)
∂Z
Substituindo acima, obtemos:
52
∂Y ∂ 2Y ∂X ∂2 X
K = − EI (3.27) ; -K = − EI (3.27.a)
∂Z ∂Z 2 ∂Z ∂Z 2
Girando o referencial através do operador j obteremos (3.27.a)
Compondo as coordenadas X e Y para obtenção do complexo η temos
∂ 2η ∂η
EI =- K (3.28)
∂Z 2
∂Z
∂ 3η mR 2 ∂η&& ∂η&
EI = + K η + ( - 2iΩ ) (3.26)
∂Z 3
4 ∂Z ∂Z Z = 0
∂ 2η ∂η
EI =- K (3.28)
∂Z 2
∂Z Z =0
∂ 3η mR 2 ∂ ∂
EI = Mη&& + η&& - 2iΩ η& (3.20)
∂Z 3
4 ∂Z ∂Z Z = l
∂ 2η ∂η&& ∂η&
EI = Id ( − 2iΩ ) (3.23)
∂Z 2
∂Z ∂Z Z = l
53
O parâmetro ω (velocidade de precessão) aparece no processo de solução da
equação diferencial e representa a velocidade de rotação do plano que contém a linha
elástica.
∂ 4η ∂ 4 F iωt
η& = iωFeiωt , η&& = −ω 2 Feiωt , = e , etc.. (3.29)
∂Z 4 ∂Z 4
∂ 4 F mR 2 2 ∂2F
− mω 2 F + EI + (ω − 2 Ωω ) =0 ; (3.30)
∂Z 4 4 ∂Z 2
∂3F mR 2 ∂F
EI = -KF + ( ω 2 − 2Ωω ) (Z=0) (3.31.a)
∂Z 3
4 ∂Z
∂2F ∂F
EI =-K (Z=0) (3.31.b)
∂Z 2
∂Z
∂3F mR 2 ∂F
EI = -mω 2
F - ( ω 2 − 2Ωω ) (Z=L) (3.31.c)
∂Z 3
4 ∂Z
∂2F ∂F
EI = I d (ω 2− - 2Ωω ) ( Z = L) (3.31.d)
∂Z 2
∂Z
54
Objetivando dar ao estudo uma maior abrangência, adotemos a variável
adimensional de posição "z", tal que:
Z
z= , 0 ≤ z ≤1 (3.32)
L
∂F ∂F ∂z 1 ∂F 1
= = = F′ (3.33.a)
∂Z ∂z ∂Z l ∂z l
∂2F 1
= F ′′ (3.33.b)
∂Z 2 l 2
∂F 3 1
= F ′′′ (3.33.c)
∂Z 3 l 3
∂ 4 F 1 iv
= F (3.33.d)
∂Z 4 l 4
substituindo:
∂F ∂2F ∂3F ∂4F
F′ = , F ′′ = 2 , F ′′′ = 3 , F iv = 4 teremos:
∂z ∂z ∂z ∂z
mR2l 2 2 mω2l 4
Fiv + (ω - 2Ωω)F.ii − F = 0 ou F iv + αF ii − β 4 F = 0 (3.34)
4EI EI
mR2l 2 2 mω 2l 4
onde α e β 4 , dados por α = (ω − 2Ωω) e β 4 = , são valores adimensionais
4EI EI
Z
Analogamente, fazendo z = nas condições de contorno, teremos:
L
Kl 3
F ′′′ = − F + αF ′ (Z=0) (3.34.a)
EI
Kl
F ′′ = − F′ (Z=0) (3.34.b)
EI
F ′′′ = − β 4 F − αF ′ ( Z = 1) (3.34.c)
F ′′ = α F ′ (Z=1) (3.34.d)
Sendo α e β 4
parâmetros adimensionais, relativos ao volante, cujas expressões
Idl 2 Mω 2 l 3
são α = (ω − 2Ωω ) e β 4 =
EI EI
55
A equação diferencial ordinária linear de quarta ordem, com coeficientes
constantes F iv + αF ′′ − β 4 F = 0 tem sua solução na forma:
α α2 α α2
onde: ε= + +β4 (3.35.a); δ= − + + β4 (3.35.b)
2 4 2 4
Para que tenhamos uma melhor visão dos parâmetros adimensionais ε e
δ ,façamos uma breve discussão sobre seus valores.
a) ε = δ sempre que α =0, o que ocorre por exemplo, sempre que ω = 2Ω
b) Os valores numéricos de ε e δ , para um certo sistema, dependem dos
parâmetros Ω e ω e são sempre positivos.
Na FIG-3.5 apresentam-se os valores de ε e δ nas extremidades de um diagrama
Ω × ω arbitrariamente escolhido.
56
BKl 3 Kl 3
A(ε 2 − αε ) + + C (δ 3 − αδ ) + D =0 (3.36)
EI EI
klε klδ
A − Bε 2 + C + Dδ 2 = 0 . (3.37)
EI EI
A{−ε 3 cos(ε ) + β 4 sen(ε ) + αε cos(ε )} +
B{−ε 3 sen(ε ) + β 4 cos(ε ) − αε sen(ε )} +
C {−δ 3 cosh(δ ) + β 4 senh(δ ) + αδ cosh(δ )} +
D{δ 3 senh(δ ) + β 4 cosh(δ ) + αδsenh(δ )} = 0 (3.38)
57
Em forma compacta, a equação matricial (3.40), envolvendo as constantes a
determinar, com as expressões dos parâmetros adimensionais que serão utilizados.
Kl 3 Kl 3
− ε − αε
2
δ 3 − αδ A 0
EI EI
kl ε kl δ
−ε2 δ2 B 0
EI EI
− ε 3 cos( ε ) (3.40)
− ε 3 sen (ε ) − δ 3 cosh( δ ) δ 3 senh (δ )
× =
+ β sen (ε ) + β 4 cos( ε ) + β 4 senh (δ ) + β 4 cosh( δ ) C 0
4
+ αε cos( ε
− αε sen (ε )
+ αδ cosh( δ )
+ αδ senh (δ )
− ε 2 sen (ε ) − ε 2 cos( ε ) δ 2 senh (δ ) δ 2 cosh( δ ) D 0
+ α ε sen (ε )
− α δ senh (δ )
− α ε cos( ε ) − α δ cosh( δ )
Ω ω1 ω2 Ω3
1OOO ___ —— ——
mR 2 l 2 2 mω 2 l 4 I l Kl 3
α= (ω − 2Ωω ) ; β =
4
; α i = di (ω 2 − 2Ωω ) ; ;
4 EI EI EI EI
Mω 2 l 3 α α2 α α2 klδ klε
β 4= ; ε= + +β4 ; δ = − + +β4 ; ; (3.40.a)
EI 2 4 2 4 EI EI
58
3.1.3.2) Determinação dos Modos Naturais de Vibração
a 21 A + a 22 B + a 23 C + a 24 D = 0
a31 A + a32 B + a33C + a34 D = 0 (3.41)
a A + a B + a C + a D = 0
41 42 43 44
a 22 B + a 23C + a 24 D = −a 21 A
a32 B + a33 C + a34 D = − a31 A (3.42)
a B + a C + a D = − a A
42 43 44 41
∆B ∆ ∆
B= ; C = C ; D = D , onde os determinantes (3.42.a)
∆ ∆ ∆
∆ B = −(∆α12 ) ; ∆ C = −(∆α 13 ) ∆ D = −(∆α14 )
; são: (3.42.b)
− a 21 A + a 23 + a 24 a 22 − a 21 A + a 24
∆ B = − a31 A + a33 + a34 ; ∆ C = a 32 − a 31 A + a 32 ;
− a 41 A + a 43 + a 44 a 42 − a 41 A + a 44
a 22 + a 23 − a 21 A a 22 + a 23 + a 24
∆ D = a32 + a33 − a31 A ; ∆ = a32 + a33 + a34 (3.42.c)
a 42 + a 43 − a 41 A a 42 + a 43 + a 44
59
Podemos escrever, em uma representação simplificada que, ∆ B = −(∆α12 ) ⋅ A ;
Equação da Elástiuca
∆α ∆α ∆α
Fn (Z) = An senε.Z − ..12 cosε.Z + ..13 senhδ.Z − ..14 coshδ.Z (3.43)
∆α..11 ∆α..11 ∆α..11
Onde n representa o n-ésimo autovetor linearmente independente da série infinita.
60
3.1.4.1) Influência da Variação do Diâmetro – Suspensão Rígida
A FIG- 3.9 relativa a 1ª freqüência natural, mostra que existe uma forte
influência do diâmetro nas curvas de freqüência natural.
O crescimento do diâmetro aumenta a massa do disco e em conseqüência cai o
valor da freqüência natural, para uma velocidade de rotação nula. O aumento do
diâmetro provoca ainda um fortalecimento da atuação do efeito giroscópio. Isto pode
ser percebido em todas as curvas de freqüência natural apresentadas pela acentuada
diferença das freqüências “forward” e “backward”.
61
FIG-3.10 VARIAÇÃO DO COMPRIMENTO
62
3.1.4.3) Modos Naturais de Vibração
Na FIG-3.11 podemos observar a forma que a elástica assume nos três
primeiros modos naturais de vibração para dois valores distintos da velocidade de
rotação, tais que: Ω = - 1000 rpm e Ω = 1000 rpm
63
3.2 Equação de Movimento de Rotor Bi-Apoiado
m s (Z) = m + M δ ( Z – C ) (3.44)
mR 2
I s (Z) = + Idδ ( Z – C ) (3.45)
4
64
Substituindo a equação (3.44) na equação (3.13), a equação (3.45) na equação
(3.12) e seguindo o mesmo processo da Seção 3.1, com a notação η = X + i.Y ,
chegamos a seguinte expressão:
∂ 4η ∂ ∂η&& ∂η&
EI + m sη&& = I s . ( + 2iΩ ) (3.46)
∂Z 4
∂Z ∂ Z ∂Z
∂ 4η mR 2 ∂ 2η&& ∂ 2η&
EI + m η
&& + Mη&&δ ( Z − C ) − ( + 2i Ω )-
∂Z 4 4 ∂2Z ∂Z 2
∂ ∂η&& ∂η&
- Id ( - 2iΩ )δ ( Z − C ) = 0 (3.47)
∂Z ∂ Z ∂Z
∂η&& ∂η&
Chamando de QZ = ( - 2iΩ ) a derivada da expressão entre parenteses
∂Z ∂Z
∂
será igual a Q(Z) ⋅ δ (Z − C) = Q(C)δ .i (Z − C) ; onde δ ′( Z − C ) é a "função" binário
∂Z
unitário, obtida da derivação do pulso unitário, ver Apêndice 3.1.
Levando este resultado na equação (3.47), teremos a equação diferencial de
movimento do conjunto rotor:
∂ 4η mR 2 ∂ 2η&& ∂ 2η&
EI + m η
&& + Mη&&δ ( Z − C ) − ( - 2i Ω )
∂Z 4 4 ∂2Z ∂Z 2
∂η&& ∂η&
- Id ( − 2iΩ ) δ ′( Z − C ) = 0 (3.48)
∂Z ∂Z Z = C
65
Todos os termos da expressão acima têm a dimensão de uma força por unidade
de comprimento, a saber:
∂ 4η
EI - força de reação elástica (3.48.a)
∂Z 4
mR 2 ∂ 2η&&
- inércia de rotação de um elemento de eixo (3.48.d)
4 ∂2Z
∂η&&
Id δ ′( Z − C ) - inércia de rotação do disco (3.48.e)
∂Z Z = C
mR 2 ∂ 2η&
⋅ 2iΩ 2 - efeito giroscópico do elemento de eixo (3.48.f)
4 ∂Z
∂η&
I d ⋅ 2iΩ ) δ ′( Z − C ) = 0 - efeito giroscópico devido ao disco (3.48.g)
∂Z Z = C
η (0) =0 (3.49)
∂η 2
=0 (3.50)
∂Z 2 z =0
η (l) =0 (3.51)
∂η 2
=0 (3.52)
∂Z 2 z =l
66
3.2.3) Solução da Equação Diferencial de Movimento
A curva elástica do rotor flexível se obtém com a solução da equação diferencial
(3.48), sujeita às condições de contorno (3.49) a (3.52).
Na pesquisa da solução da equação diferencial supomos a separação de variáveis
para o deslocamento complexo:
η ( Z , t ) = Q ( Z ) ⋅ e iω t (3.53)
onde:
Q(Z) é a curva elástica do eixo, podendo, inclusive, ser da forma complexa
∂ 4Q mR 2ω 2 ∂ 2 Q ∂ 2Q
EI − m ω 2
Q − Mω 2
Q δ ( Z − C ) + ( − 2 Ωω )
∂Z 4 4 ∂2Z ∂Z 2
∂Q ∂Q
+ I dω 2 δ ′( Z − C ) - I d Ωω δ ′( Z − C ) = 0 (3.54)
∂Z Z =C ∂Z Z =C
∂Q ∂Q ∂z 1 ∂Q 1
= = = Q′
∂Z ∂z ∂Z l ∂z l (3.33.a)
∂ 2Q 1
= Q′′
∂Z 2 l 2 (3.33.b)
∂ 3Q 1
= Q′′′
∂Z 3 l 3 (3.33.c)
∂ 4Q 1 iv
= Q
∂Z 4 l 4 (3.33.d)
67
1
δ ( Z − C ) = δ * ( z − c) (3.33.e)
l
1 *
δ ′( Z − C ) = δ ′ ( z − c) (3.33.f)
l2
l4
Re-escrevendo (3.54) após a mudança de variável e multiplicando por , temos:
EI
mω 2 l 4 Mω 2 l 3 mR 2l 2 2
Q iv − Q− Qδ * ( z − c ) + (ω − 2Ωω )Q ′′ +
EI EI 4 EI
Idl 2
(ω − 2Ωω )Q ′ δ ′* ( z − c) =0 (3.55)
EI z =c
Note-se que os coeficientes de (3.55) são todos reais e, portanto, a função Q(z)
também é real. Isto implica em dizer que a curva elástica η ( z , t ) está contida em um
plano, η(Z , t ) = q1(Z , t ) cos(ωt ) + iq1(Z , t )sen(ωt ) = q1(Z , t )eiwt , pois todos os pontos do
eixo estão igualmente defasados no tempo.
Q iv − β 4Q − β 4Qδ * ( z − c ) + αQ ′′ + α Q ′ z = c δ ′* ( z − c) =0 (3.56)
Q ( 0) = 0 (3.56.a)
Q ′′(0) = 0 (3.56.b)
Q (1) = 0 (3.56.c)
Q ′′(1) = 0 (3.56.d)
68
Observamos, então, que a equação (3.56) não é de solução imediata, como ocorre
no caso da equação (3.34) da seção 3.1, pois neste caso os coeficientes não são
constantes em toda a extensão O < z < l.
Tratando-se de uma equação diferencial ordinária linear, a solução será obtida
com o auxílio da transformada de Laplace, conforme NOWACKI, W.,(1963).
A transformada de uma função G(z) é definida como sendo.
∞
L{G ( Z )} = ∫ e − SZ G ( S )∂Z = G ( S ) = G
0 (3.57)
( S 4 + αS 2 − β 4 )Q = Q(0)( S 3 + αS ) + Q′(0)( S 2 + α )
+ SQ′′(0) + Q′′′(0) + β 4Q (c)e − cS − α Q′(c) Se − cS (3.59)
Sabendo que ( S 4 + αS 2 − β 4 ) = ( S
2
−δ 2
)( S 2
+ ε 2
) , onde:
α α2 α α2
ε= + +β4 ; δ= − + +β4 (3.35.a,b)
2 4 2 4
Q =
1
( S 2 − δ 2 )( S 2 + ε 2 )
(Q (0)( S 3 + αS ) + Q′(0)( S 2 + α ) + )
SQ′′(0) + Q′′′(0) + β 4Q (c)e − cS − α Q′(c) Se − cS (3.60)
69
1 1 1 1
= 2 2
2
− 2 2
(3.61)
( S − δ )( S + ε ) ε + δ ( S − δ ) ( S + ε )
2 22 2 2
1 S3 S3 αS αS
Q (S ) = Q ( 0 )
S −δ − + − +
2
ε +δ 2
2
2 2
S 2
+ ε 2
S 2
− δ 2
S 2
+ ε
S2 S2 α α
+ Q ′′(0) 2
S S
+ Q′(0) 2 − + 2 − 2 2
− 2 +
S − δ 2
S 2
+ ε 2
S − δ 2
S + ε S −δ
2
S +ε2
1 1 e − cS e − cS
+ Q′′′(0) 2 − + β 4
Q ( c ) −
S2 −δ 2 S2 +ε 2 -
S −δ S2 + ε 2
2
Se − cS Se − cS
− α Q′(c) 2 −
2
(3.62)
S − δ 2
S 2
+ ε
70
Para que a equação (3.63) possa ser escrita de forma mais compacta, definiremos
as funções:
1 senhδz senεz
E= ( − ) (3.63.a)
ε +δ
2 2
δ ε
1
E′ = F = (cosh δz − cos εz ) (3.63.b)
ε +δ 2
2
1
F′ = G = (δsenhδz + εsenεz ) (3.63.c)
ε +δ 2
2
1
G′ = H = (δ 2 cosh δz + ε 2 cos εz ) (3.63.d)
ε +δ 2
2
1
H′ = (δ 3 senhδz + ε 3 senεz ) (3.63.e)
ε +δ22
71
Q"(O) = Q"(1) = 0 (3.56.f)
Q ( z ) = Q ′ ( 0 )( G ( z ) + α E ( z )) + Q ′′′ ( 0 ) E ( z )
Q ′ ( z ) = Q ′ ( 0 )( H ( z ) + α F ( z )) + Q ′′′ ( 0 ) F ( z ) +
β 4 Q ( c ) F ( z − c ) µ ( z − c ) − α Q ′( c ) G ( z − c ) µ ( z − c ) (3.66)
Q ′′( z ) = Q ′( 0 )( H ′( z ) − α G ( z )) + Q ′′′( 0 )( G ( z )
+ β 4 Q ( c ) G ( z − c ) µ ( z − c ) − α Q ′( c ) H ( z − c ) µ ( z − c ) (3.67)
Utilizando-se as equações (3.66) e (3.67), as condições de contorno restantes
q(1)=0 e q"(1) = O, e escrevendo os valores de Q(c) e Q’ (c), montaremos o
sistema homogêneo abaixo (3.68):
72
que se constitui em um problema de autovalor. O sistema (3.69) é homogêneo de
quarta ordem (4 equações e 4 incógnitas), e sua solução será Q’(0)=Q’’(0)=Q(c)=0
Q’(c) = O (solução trivial), a menos que o determinante da matriz dos coeficiente se
anule.
A anulação do determinante estabelece uma equação de freqüência. Para cada
valor escolhido de Ω existe um número infinito de valores de ω que anulam o
determinante, formando o conjunto das freqüências naturais.
A equação de freqüência será resolvida numericamente, usando-se o mesmo
algoritmo do da seção 3.1.
A solução Q(z) terá sua forma bem definida (problema de autovalor) quando o
determinante obtido de (3.69) se anular, ou seja,
Q ( z ) = Q′(0)(G ( z ) + αE ( z )) + Q′′′(0) E ( z )
onde Q’(0), Q”’(0), Q(c) e Q’(c) vêm da solução do sistema indeterminado abaixo,
pela atribuição de um valor arbitrário à incógnita Q’(0)
∆Q ′′′(0) ∆Q ( c ) ∆Q ′(c)
Q ′′′(0) = ; Q (c ) = ; Q ′(c) = ; (3.71)
∆ ∆ ∆
onde:
73
− a 21Q ′(0) + a 23 + a 24 a 22 − a 21Q ′(0) + a 24
∆Q ′′′(0) = − a31Q ′(0) + a33 + a34 ; ∆Q (c) = a32 − a31Q ′(0) + a32 ;
− a 41Q ′(0) + a 43 + a 44 a 42 − a 41Q ′(0) + a 44
a 22 + a 23 − a 21Q ′(0) a 22 + a 23 + a 24
∆Q′(c) = a32 + a33 − a31Q ′(0) ; ∆ = a32 + a33 + a34 (3.72)
a 42 + a 43 − a 41Q ′(0) a 42 + a 43 + a 44
Equação da Elástica
∆ α 12
Q n ( Z ) = Q n′ ( 0 ) ( G ( z ) + α E ( z )) − E(z) +
∆ α 11
∆ α 13 4 ∆ α 14
+ β E ( z − c)µ ( z − c) − α F ( Z − c ) µ ( Z − c ) (3.70)
∆ α 11 ∆ α 11
74
IV FREQÜÊNCIAS/MODOS DE VIBRAÇÃO
(HAMILTON):
Na prática todavia, todas estas restrições não representam nenhuma limitação real
ao método de modelação rotodinâmica de turbomáquinas. A aplicação deste modelo
teórico é plenamente adequada aos objetivos.
75
4.2 Parcelas da Energia de Flexão (Equilíbrio Dinâmico)
EC =
1L
2 O∫
{(
m X& 2 + Y& 2 ∂Z )} (2.19)
EC = ∫ Id − 2Ω
+ Id + 2Ω
+ I pΩ2 ∂Z (2.26)
2 0 ∂Z ∂Z ∂Z ∂Z ∂Z ∂Z
EC=
1 b
∑
2 i =1
(
Mi X&i 2 + Y&i 2 ) (2.19)
2
1 b ∂Y&i ∂Y&i ∂Xi
2
EC = ∑ I di − 2Ω
2 i =1 ∂Z ∂Z ∂Z
+
+ ∑ I di + 2Ω + ∑ I pi Ω 2 (2.26)
2 i =1 ∂Z ∂Z ∂Z 2 i =1
2
1
L
∂ 2η
EP = ∫ EI 2 ∂Z , sendo η(Z ) = X (Z )i + Y (Z ) j (4.1)
2 O ∂Z
1
L ∂ 2 X 2
∂ 2Y
2
2 O∫ ∂Z 2
EP = EI + 2 ∂Z (4.2)
∂Z
76
4.2.4) Energia Potencial das Molas EP
Sabemos que a energia potencial elástica de uma mola linear e de torção é dada
por:
1 1 1 1
K1 X 0 + K 2Y0 + K 3 X L + K 4YL +
2 2 2 2
EP =
2 2 2 2
1 ∂X 1 ∂Y 1 ∂X 1 ∂Y
2 2 2 2
+ k1 0 + k 2 0 + k3 L + k 4 L (4.3)
2 ∂Z 2 ∂Z 2 ∂Z 2 ∂Z
A energia total armazenada no rotor em rotação dada por:
δ ∫ {( EC − EP) + W } = 0
∆T
Princípio Variacional de Hamilton (4.6)
δ ∫ {( EC − EP)} = 0
∆T
Princípio Hamilton Conservativos (4.7)
77
Para chegarmos à equação diferencial do movimento, faremos a integração por
partes das equações (4.6), até que apareça a variação elementar das variáveis
deslocamento δX e δY . A integração por partes é representada por:
∫ {u.δv}
∆T
= u.v - ∫ {v.δu}
∆T
Integração por partes (4.8)
.
2.19) EC =
1L
∫
2O
{m(X& 2 + Y& 2 )}∂Z (2.19)
EC = ∫ I d − 2Ω
+ Id + 2Ω + I pΩ2 ∂Z (2.26)
2 0 ∂Z ∂Z ∂Z ∂Z ∂Z ∂Z
78
t2 L & 2
1 ∂Y ∂Y& ∂X ∂X& 2 ∂X& ∂Y
⇒ δ ∫∫ Id − 2Ω + Id + 2Ω + I pΩ2 ∂Zδt =0 (4.11)
2 ∂Z
t1 0
∂Z ∂Z ∂Z
∂Z ∂Z
mR 2 ∂ 2η&& ∂ 2η&
Esta parcela de energia irá compor o termo ( 2 - 2Ω ) da equação
4 ∂ Z ∂Z 2
diferencial deduzida no Capítulo III e mostrada a seguir:
∂ 4η mR 2 ∂ 2η&& ∂ 2η&
EI + m η
&& + Mη&&δ ( Z − C ) − ( - 2 i Ω )
∂Z 4 4 ∂2Z ∂Z 2
∂η&& ∂η&
- Id ( − 2iΩ ) δ ′( Z − C ) = 0 (3.48)
∂Z ∂Z Z = C
Procedendo à integração:
}}u ∂v
1 ∂Y& 2 ∂X& 2
L t2 L t2
∂Y& ∂Y& ∂X& ∂X&
⇒ δ ∫ ∫ Id + + 2Ω ∂Zδt = ∫∫ Id − δ + δ ∂Zδt =
2
(4.13)
2 ∂Z ∂Z 0 t1
∂Z ∂Z ∂Z ∂Z
0 t1
L L
t2
∂Y& ∂X&
t2 L
∂2Y& ∂ ∂2 X& ∂
Id ∫ δY& + δX& ∂t − I d ∫∫ ∂Z 2 ∂t ∂Z 2 ∂t δX ∂Zδt = 0
δY + (4.14)
t1 ∂Z ∂Z 0 t1 0
0
t2 L
∂ 2Y&& ∂ 2 X&&
Id ∫ ∫ ∂Z 2 ∂Z 2 δX ∂Zδt ⇒
t1 0
δY + Equação Diferencial (4.15)
L L
t2
∂Y& & ∂X& & ⇒
Id ∫ δY + δX ∂t
Condiçoes de Contorno (4.16)
t1 ∂Z ∂Z
0 0
t2 L
1 ∂X& ∂Y ∂Y& ∂X
δ ∫∫ I d 2Ω − 2Ω ∂Zδt =
t1 0 2 ∂Z ∂Z ∂Z ∂Z
t2 L
∂Y ∂X& ∂X& ∂Y ∂X ∂Y& ∂Y& ∂X
= I d Ω ∫∫ I d δ + δ − δ − δ ∂Zδt = (4.17)
t1 0 ∂Z ∂Z ∂Z ∂Z ∂Z ∂Z ∂Z ∂Z
79
t2 L
∂Y ∂X& ∂X& ∂Y
I d Ω ∫ ∫ I d δ + δ ∂Zδt = (4.18)
t1 0 ∂Z ∂Z ∂Z ∂Z
L
∂Y & ∂ X&
L
t2 L
∂ 2Y
L
∂ 2 X& = (4.19)
IdΩ ∫ δX − ∫ δ X& + δY − ∫ δ Y ∂t
t1 ∂Z 0 ∂Z 2 ∂Z 0 ∂Z 2
0 0
t2
L ∂ 2Y& L
∂ 2 X&
⇒ 2 I d Ω ∫ ∫ ∂X − ∫ ∂Y ∂Zδ t +
t1 0 ∂Z
2
0
∂Z 2
L L
∂Y ∂X & ∂ X& ∂ Y&
L L
t2
(4.20)
+ IdΩ ∫ δ X& − δY + δY − δX ∂t = 0
t1 ∂ Z ∂Z ∂Z ∂Z
0 0 0 0
L ∂ 2Y&
t2
∂ X
L 2 &
2 I d Ω ∫ ∫ 2 ∂X − ∫ 2 ∂Y ∂Zδ t
Equação Diferencial (4.21)
t 1 0 ∂Z 0 ∂Z
L L
∂Y ∂X & ∂X& ∂Y&
L L
t2
Condiçoes de Contorno (4.22)
IdΩ∫ δX& − δY + δY − δX .∂.t
t1 ∂ Z ∂Z ∂Z ∂Z
0 0 0 0
EC =
1L
2 O∫
{m(X& 2 + Y& 2 )}∂Z (2.19)
{ ( )}
t2
1 b
δ∫ ∑ M i X& i + Y&i δt = 0
2 2
(4.23)
t1
2 i =1
Equação Diferencial
80
Integrando por parte a energia cinética de rotação do impelidor e aplicando
Hamilton à energia temos:
t2
1 b
& 2 & 2
∂X ∂Y
⇒ δ ∫ ∑ I di i + i + 2Ω 2 ∂Z∂t +
2 i =1 ∂Z ∂Z
t1
∂X& ∂Y ∂Y& ∂X i
t2
1 b
δ∫ ∑ I di 2Ω i i − 2Ω i
∂Z ∂Z
∂Z∂t
∂Z ∂Z
(4.27)
t 1 2 i =1
b
∂η&& ∂η&
Esta parcela de energia irá compor o termo ∑I ∆′(Z −Z ) ∂Z −2iΩ∂Z
di i
1
da equação diferencial deduzida anteriormente e mostrada a seguir:
∂ 4η b
− EI − mη&& − ∑ M iη&&i ∆(Z − Z i ) +
∂Z 4 1
Procedendo a integração
t2 & 2 & 2
∂X i ∂Yi
1 b 2
⇒ δ ∫ ∑ I di +
+ 2Ω ∂Z∂t = (4.29)
t 1 2 i =1 ∂Z ∂Z
b t2 L
∂X&& ∂Y&&
∑ I ′
di ∫ ∫ ∆ ( Z − Z i )
δX + ∆′( Z − Z i ) δY ∂Z ∂t ………
(4.30)
i =1 t1 0 ∂Z ∂Z
b t2 L
∂X&& ∂Y&&
∑ I ′ δX + ∆′(Z − Zi ) δY ∂z∂t
di ∫∫ ∆ (Z − Zi ) Equação Diferencial (4.31)
i =1 t1 0 ∂Z ∂Z
81
∂X& ∂Y ∂Y& ∂X i
t2
1 b
δ∫ ∑ I di 2Ω i i − 2Ω i
2 i =1 ∂Z ∂Z ∂Z ∂Z
∂Z∂t = 0 ⇒ (4.32)
t1
t2 L
∂Y ∂X& ∂X& ∂Y
⇒ ∫∫ I dI Ω ∆( Z − Z i ) δ + ∆( Z − Z i ) δ ..∂Z .∂..t = 0 ⇒
t1 0 ∂ Z ∂Z ∂Z ∂Z
∂X ∂Y & ∂Y& ∂X
t2 L
⇒ - ∫ ∫ I dI Ω ∆( Z − Z i ) δ − ∆( Z − Z i ) δ ∂Z∂t (4.33)
t1 0 ∂Z ∂Z ∂Z ∂Z
∂X& ∂Y
t2
1 b
⇒ δ ∫ ∑ I di 2Ω i i ∂Z∂t = 0 ⇒ (4.34)
t1 2 i =1 ∂Z ∂Z
t 2
L
∂Y&i
t2
∂X&
⇒ I dI Ω ∫ ∫ ∆′( Z − Z i ) δX − ∫ ∆′( Z − Z i ) i δY ∂t∂Z = 0 ⇒ (4.35)
0 t1
∂Z t1
∂Z
L t2
∂Y&
t 2
∂X&
⇒ I dI Ω ∫ ∫ ∆′( Z − Z i ) i δX − ∫ ∆′( Z − Z i ) i δY ..∂t∂Z (4.36)
0 t1 ∂Z t1 ∂Z
t2 L
∂Y& ∂X&
⇒ 2IdiΩ∫∫∆′(Z − Zi ) δX − IdiΩ∆′(Z −Zi ) δY..∂Zδt Equação Diferencial (4.37)
t10 ∂Z ∂Z
1 L ∂ 2 X
2 2
t2
∂ 2Y
δ ∫ − ∫ EI 2 + 2 ∂Zδt (4.38)
2 0 ∂Z ∂Z
t1
t2 L
∂ 2 X ∂2 X ∂ 2Y ∂ 2 X
− EI ∫ ∫ 2 δ 2 + 2 δ 2 ∂Z ∂t = (4.39)
t 1 0 ∂Z ∂Z ∂Z ∂Z
Equação Diferencial
t 2 l
∂ 4 X ∂ 4Y
− EI ∫∫ δ X + δ Y ∂ Z δ t (4.40)
∂ Z ∂Z
4 4
t1 0
82
L L
∂X ∂3 X ∂y ∂ 3Y
L L
t2 ∂ 2 X ∂ 2Y (4.41)
− EI ∫ 2 .δ − δX + 2 .δ − δY ∂t
t1 ∂Z ∂Z ∂Z 3 ∂Z ∂Z ∂Z 3
0 0
0
0
1 1 1 1
K1 X 0 + K 2Y0 + K 3 X L + K 4YL +
2 2 2 2
EP =
2 2 2 2
1 ∂X 1 ∂Y 1 ∂X 1 ∂Y
2 2 2 2
+ k1 0 + k 2 0 + k3 L + k 4 L (4.3)
2 ∂Z 2 ∂Z 2 ∂Z 2 ∂Z
t2 L
δ ∫ ∫ − [EP ]∂Z ∂t =0 onde K1 = K 2 ; K 3 = K 4 e k1 = k 2 ; k 3 = k 4 (4.42)
t1 0
1 2 ∂X 2 ∂Y 2
( )
t2 L
1 2
δ ∫∫ − ∑ K j ∆( Z − Z J ) X 2
+ Y 2
− ∑ k j ∆( Z − Z J ) + ..∂Zδ ..t
∂Z ∂Z
(4.43)
t1 0 2 j =1 2 j =1
L L
2 t2 2 t2
∂X ∂X ∂Y ∂Y
− ∑ ∫
j = 1 t1
K j ( X δX + YδY ) − ∑ ∫
j = 1 t1
k j(
∂Z
δ
∂Z
+
∂Z
δ
∂Z
) (4.44)
0 0
83
Escrevendo a equação diferencial em YZ, tem-se:
∂ 4Y
&& − ∑ M Y&&∆(Z − Z ) + δX∂t∂Z +
L t2 b
∫0 t∫1 ∂Z 4
− EI − mY i i i
1
L t2
∂ 4η b
∫ ∫ − EI ∂Z 4
− mη&& − ∑ M iη&&i ∆(Z − Z i ) + δX ∂t∂Z +
0 t1 1
onde:
∂ 4η
EI força de reação elástica;
∂Z 4
mR 2 ∂ 2η&&
inércia de rotação de um elemento de eixo;
4 ∂2Z
∂η&&
Id ∆′( Z − Z i ) inércia de rotação do disco;
∂Z Z = C
mR 2 ∂ 2η&
⋅ 2iΩ 2 efeito giroscópico devido ao elemento de eixo;
4 ∂Z
∂η&
I d ⋅ 2iΩ ) ∆′( Z − Z i ) efeito giroscópico devido ao disco.
∂Z Z = C
84
4.4 Solução da Equação Diferencial
∂ 4Q b
mR 2 2 ∂ 2Q
EI − mω 2
Q − ∑1 i
M ω 2
Q∆ ( Z − Z ) + (ω − 2ω Ω ) +
∂Z 4 ∂2Z
i
4
( ) ∂∂QZ = 0
b
+ ∑ I di ∆ ′( Z − Z i ) ω 2 − 2ωΩ (4.47)
1
Z Z
Fazendo z = , sendo 0 ≤ z ≤ 1 , zi = i e
l l
∂Q ∂Q ∂z 1 ∂Q 1 ∂ 2Q 1 ∂ 3Q 1 ∂ 4Q 1 iv
= = = Q′ ; = Q′′ ; = Q′′′ ; = Q ;
∂Z ∂z ∂Z l ∂z l ∂Z 2 l 2 ∂Z 3 l 3 ∂Z 4 l 4
∆ (Z − Z i ) = ∆ * ( z − zi ) ; ∆′(Z − Z i ) = ∆′ * ( z − zi )
1 1
(4.48)
l l2
mω 2l 4 Mω 2l 3 * mR 2l 2 2
Q iv − Q− Q∆ ( z − zi ) + (ω − 2Ωω )Q′′ +
EI EI 4 EI
∆ ′ * ( z − zi ) = 0
Id l 2
+ (ω − 2Ωω )Q′ (4.49)
EI Z =C
85
suprimindo o "*" em ∆ * ( z − zi ) e ∆′ * ( z − zi ) = 0 , e como os coeficientes são reais
(Q(z) é real), logo depreende-se que a elástica Q(Z) = q1 (Z)+i q2 (Z) está no plano eos
autovetores são linearmente independentes. Reescrevendo a equação (4.23) obtemos:
b b
Q iv + αQ ′′ + ∑ α i ∆ ′( z − z i )Q ′ − β 4 Q − ∑ β i ∆( z − z i )Q = 0
4
(4.50)
1 1
onde:
mR 2 l 2 2 mω 2 l 4 I l M ω 2l 3
α= (ω − 2Ωω ) ; β 4 = ; α i = di (ω 2 − 2Ωω ) ; β 4 = i
4 EI EI EI EI
∂ 2η ∂ 2η
simplificadas: η (0) = 0 ; =0 ; η (l) = 0 ; =0
∂Z 2 z =0
∂Z 2 z =l
∂ 3η mR 2 ∂η&& ∂η& ∂ 2η ∂η
-K η = - EI + ( - 2 j Ω ) (3.26) E (3.28) EI =- K (4.51)
∂Z 3
4 ∂Z ∂Z ∂Z 2
∂Z
b b
Q iv + αQ ′′ + ∑ α i ∆ ′( z − z i )Q ′ − β 4 Q − ∑ β i ∆( z − z i )Q = 0
4
(4.52)
1 1
Kl 3 Kl 3
Q′′′ = Q − αQ′ ; = Q′′′ = ΓQ − αQ′ ; ( Z = 0;1 ) Γ = (4.53)
EI EI
kl kl
Q′′ = − Q′ ; = Q ′′ = −γQ ′ ; ( Z = 0 ;1) γ = (4.54)
EI EI
86
4.4.3 ) Solução da Equação Diferencial de Movimento
A solução da equação diferencial é desenvolvida a seguir:
b b
Q iv + αQ′′ + ∑ α i ∆′( z − zi )Q′ − β 4Q − ∑ β i ∆( z − zi )Q = 0
4
(4.55)
1 1
Kl 3 Kl 3
Q′′′ = Q − αQ′ = Q′′′ = ΓQ − αQ′ ; ( Z = 0;1 ) Γ=
EI EI
kl kl
Q′′ = − Q′ = Q ′′ = −γQ ′ ; ( Z = 0 ;1) γ =
EI EI
mR 2 l 2 2 mω 2 l 4 I l
Adimensionais: α = (ω − 2Ωω ) ; β 4 = ; α i = di (ω 2 − 2Ωω )
4 EI EI EI
Miω2l 3 α α2 α α2 Kl 3 kl
βi 4 = ; ε= + +β4 ; δ = − + +β4 ; Γ = ; γ = ;
EI 2 4 2 4 EI EI
87
Tratando-se de uma equação diferencial ordinária linear de quarta ordem com
coeficientes variáveis, a solução será obtida com o auxílio da transformada de Laplace,
conforme NOWACKI, (1963). A transformada de uma função G(z) é definida no
Capítulo III como sendo.
∞
L{G ( Z )} = ∫ e − SZ G ( S )∂Z = G ( S ) = G
0 (4.56)
( S 4 + αS 2 − β 4 )Q = Q(0)( S 3 + αS ) + Q′(0)( S 2 + α ) +
b b
+ SQ ′′(0) + Q ′′′(0) + ∑ β i Q( z i )e − zi S -
1
4
∑ α Q ′( z )Se
1
i i
− zi S
(4.58)
Q=
1
( S − δ )( S + ε )
2 22 2
(
Q(0)( S 3 + αS ) + Q′(0)( S 2 + α ) + )
1 b b
+
(S − δ )(S + ε )
2 2 2 2
SQ′′(0) + Q′′
′ (0) + ∑
1
βi
4
Q( zi )e − zi S
− ∑
1
αi Q′(zi )Se−ziS
(4.59)
Sabendo-se que: ( S 4 + αS 2 − β 4 ) = ( S
2
−δ 2
)( S 2
+ ε 2
) e que
1 1 1 1
= 2 2 2 2 − 2 2 (4.60)
(S − δ )(S + ε ) ε + δ (S − δ ) (S + ε )
2 2 2 2
podemos escrever:
88
1 S3 S3 αS αS
Q (S ) = Q ( 0 )
− + 2 − 2 +
ε +δ
2 2
S −δ
2 2
S +ε
2 2
S −δ 2
S + ε 2
S2 S2 α α
+ Q ′′(0) 2
S S
Q ′(0) 2 − + 2 − 2 − 2 +
S −δ S +ε S −δ S +ε2 S −δ S +ε2
2 2 2 2 2
1 1 b 4 e − zi S e − zi S
+ Q ′′′(0) 2 − 2 ∑ i
+ β Q ( z )
i −
S −δ S +ε2 S −δ S2 +ε 2
2 2 2
1
b
Se − zi S Se − zi S
− ∑ α i Q ′( z i ) 2 − (4.61)
S −δ S2 +ε2
2
1
1 senhδz senεz
E= ( − ) (4.63)
ε +δ
2 2
δ ε
1
E′ = F = (cosh δz − cos εz ) (4.64)
ε +δ 2 2
1
F′ = G = 2 (δsenhδz + εsenεz ) (4.65)
ε +δ 2
1
G′ = H = 2 (δ 2 cosh δz + ε 2 cos εz ) (4.66)
ε +δ 2
1
H′ = 2 (δ 3 senhδz + ε 3 senεz ) (4.67)
ε +δ 2
\
Substituindo estes valores na equação (4.62), teremos a equação:
89
Q( z ) = Q(0)( H + αF ) + Q ′(0)(G + αE ) + Q ′′(0) F + Q ′′′(0) E +
n n
+ ∑ β 4Q( zi ) E ( z − zi ) µ ( z − zi ) − ∑ α Q′( zi ) F ( z − zi ) µ ( z − zi )
1 1 (4.68)
Esta é a forma mais geral da curva elástica do eixo, para quaisquer condições de
contorno. Conforme já foi dito, esta curva é plana, pois seus coeficientes são reais.
Q ( 0 ), Q ′ ( 0 ), Q ′′ ( 0 ), Q ′′′ ( 0 ), Q ( z 1 ), Q ′ ( z1 ), Q ( z 2 ), Q ′ ( z 2 )
∑β
1
4
Q( zi ) E ( z − zi ) µ ( z − zi ) − ∑ α Q′( zi ) F ( z − zi ) µ ( z − zi )
1
(4.69)
90
Q′′′( z ) = Q(0)( L + αI ) + Q′(0)( J + αH ) + Q′′(0) I + Q′′′(0) H +
n n
+ ∑ β 4Q( zi ) H ( z − zi ) µ ( z − zi ) − ∑ α Q′( zi ) I ( z − zi ) µ ( z − zi ) (4.72)
1 1
[
Simplificando, vem Q0 L0 + αI 0 − ΓH 0 − ΓαF 0 + αI 0 + α 2G 0 + ]
[
+ Q′0 J 0 + αH 0 − ΓG 0 − ΓαE 0 + αH 0 + α 2 F 0 + ]
+ Q′′0[I 0 − ΓF 0 + αG 0] + Q′′′0[H 0 − ΓE 0 + αF 0] = 0 (4.82)
91
Q′0[γαF 0 + αG 0 + γH 0 + I 0] +
Q′′0[γG 0 + H 0] + Q′′′0[γF 0 + G 0] = 0 (4.84)
92
4.4.3.2 ) Solução do Sistema Algébrico:
( MATRIZ M DOS COEFICIENTES 8 X 8 - PROBLEMA E AUTOVALOR)
(4.91)
[
A 1,1 - Q0 α G 0 − αΓF 0 + 2αI 0 − ΓH 0 + L0
2
]
[
A 1,2 - Q′0 α 2 F 0 − αΓE 0 + 2αH 0 − ΓG 0 + J 0 ]
A 1,3 - Q′′0[αG 0 − ΓF 0 + I 0]
A 1,4 - Q′′′0[αF 0 − ΓE 0 + H 0]
A 1,5 - 0
A 1,6 - 0
A 1,7 - 0
A 1,8- 0
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
A 2,1 - Q0[γαG 0 + αH 0 + γI 0 + J 0]
A 2,2 - Q′0[γαF 0 + αG 0 + γH 0 + I 0]
A 2,3 - Q′′0[γG 0 + H 0]
A 2,4 - Q′′′0[γF 0 + G 0]
A 2,5 – 0 ; A 2,6 – 0 ; A 2,7 – 0 ; A 2,8 - 0
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
[
A 3,1 - Q0 α 2G1 − αΓF1 + 2αI1 − ΓH 1 + L1 ]
[
A 3,2 - Q′0 α 2 F1 − αΓE1 + 2αH 1 − ΓG1 + J 1 ]
93
A 3,3 - Q′′0[αG1 − ΓF1 + I1]
A 3,4 - Q′′′0[αF1 − ΓE1 + H 1]
A 3,5 - Q( z1) β 4 [αF (1 − z1) − ΓE (1 − z1) + H (1 − z1)]
A 3,6 - Q′( z1)α 1.[− αG (1 − z1) + ΓF (1 − z1) − I (1 − z1)]
A 3,7 - Q( z 2) β 4 [αF (1 − z 2) − ΓE (1 − z 2) + H (1 − z 2)]
A 3,8 - Q′( z 2)α 2.[− αG (1 − z 2) + ΓF (1 − z 2) − I (1 − z 2)]
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
A 4,1 - Q0[γαG1 + αH 1 + γI1 + J 1]
A 4,2 - Q′0[γαF1 + αG1 + γH 1 + I1]
A 4,3 - Q′′0[γG1 + H 1]
A 4,4 - Q′′′0[γF1 + G1]
A 4,5 - Q( z1) β 4 [γF (1 − z1) + G (1 − z1)]
A 4,6 - Q′( z1)α 1.[− γG (1 − z1) − H (1 − z1)]
A 4,7 - Q( z 2) β 4 [γF (1 − z 2) + G (1 − z 2)]
A 4,8 - Q′( z 2)α 2.[− γG (1 − z 2) − H (1 − z 2)]
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
A 5,1 - Q0[− Hz1 − αFz1]
A 5,2 - Q′0[− Gz1 − αEz1]
A 5,3 - Q′′0[− Fz1]
A 5,4 - Q′′′0[− Ez1] ; A 5,5 -1 ; A 5,6-0 ; A 5,7 -0 ; A 5,8 -0
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
A 6,1 - Q0[− Iz1 − αGz1]
A 6,2 - Q′0[− Hz1 − αFz1]
A 6,3 - Q′′0[− Gz1]
A 6,4 - Q′′′0[− Fz1] ; A 6,5 -0 ; A 6,6 -1 ; A 6,7 -0 ; A 6,8 -0
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
A 7,1 - Q0[− Hz 2 − αFz 2]
A 7,1A 7,2 - Q′0[− Gz 2 − αEz 2]
A 7,1A 7,3 - Q′′0[− Fz 2]
A 7,4 - Q′′′0[− Ez 2]
[
A 7,5 - Q( z1) − β 4 F ( z 2 − z1) µ ( z 2 − z1) ]
A 7,6 - Q′( z1)[α 1G ( z 2 − z1) µ ( z 2 − z1)] ; A 7,7 – 1 ; A 7,8 - 0
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
A 8,1 - Q0[− Iz 2 − αGz 2]
A 8,2 - Q′0[− Hz 2 − αFz 2]
A 8,3 - Q′′0[− Gz 2]
A 8,4 - Q′′′0[− Fz 2]
[
A 8,5 - Q( z1) − β 4 F ( z 2 − z1) µ ( z 2 − z1) ]
A 8,6 - Q′( z1)[α 1G ( z 2 − z1) µ ( z 2 − z1)] ; A 8,7 – 0 ; A 8,8 – 1
94
4.92 Q(0) Q’(0) Q’’(0) Q’’’(0) Q(z1) Q’(z1) Q(z2) Q’(z2)
Eqc. A 1,1 A 1,2 A 1,3 A 1,4 0 0 0 0
1
Eqc. A 2,1 A 2,2 A 2,3 A 2,4 0 0 0 0
2
Eqc. A 3,1 A 3,2 A 3,3 A 3,4 A 3,5 A 3,6 A 3,7 A 3,8
3
Eqc. A 4,1 A 4,2 A 4,3 A 4,4 A 4,5 A 4,6 A 4,7 A 4,8
4
Eqc. A 5,1 A 5,2 A 5,3 A 5,4 1 0 0 0
5
Eqc. A 6,1 A 6,2 A 6,3 A 6,4 0 1 0 0
6
Eqc. A 7,1 A 7,2 A 7,3 A 7,4 A 7,5 A 7,6 1 0
7
Eqc. A 8,1 A 8,2 A 8,3 A 8,4 A 8,5 A 8,6 0 1
8
(4.92)
95
Definido o valor de Ω , existe um número infinito de valores de ω , capazes de
anular Det[ M ]=0
Os valores de ω que anulam o determinante são as freqüências naturais de
vibração (autovalores) do sistema rotor e, para determiná-las, procede-se como segue:
1) Fixar um valor para o parâmetro Ω .
2) Dá-se valores continuamente ao parâmetro ω , até que DET [M] = O.
(No presente trabalho selecionamos as três primeiras raízes somente). (veja a FIG-4.2)
3) Dá-se novo valor para Ω = cte e repete-se a instrução item (2). Organiza-se,
então, uma tabela esquematica, conforme mostrado na FIG-4.3.
Ω = ω1 ω2 ω3
......... ∞ ......... ...... ∞ ........ ........ ∞ ........ ....... ∞ ..........
Ω = -2000
ω1, −2000 ω 2, −2000 ω3, −2000
Ω = -1000
ω1, −1000 ω 2, −1000 ω3, −1000
Ω =0
ω1,0 ω 2,0 ω 3, 0
Ω = 1000
ω1,1000 ω 2,1000 ω3,1000
Ω = 2000
ω1, 2000 ω 2, 2000 ω3, 2000
....... ∞ ...... ......... ∞ ....... ....... ∞ ....... .... ∞ ......
FIG 4.3 TABELA ESQUEMÁTICA FREQÜÊNCIAS NATURAIS
96
4.4.3.3 ) Definição da Elástica: Autovetor
Re-escrevendo-se a equação (4.30), vem:
97
∆α12 ∆α13 ∆α14
Qn ( Z ) = Qn (0) ( H ( z ) + αF ( z )) − (G ( z ) + αE ( z )) + F ( z) − E ( z ) +
∆α11 ∆α11 ∆α11
∆α ∆α16
+ 15 β14 E ( z − z1) µ ( z − z1) − α1F ( z − z1) µ ( z − z1) +
∆α11 ∆α11
∆α ∆α 18
+ 17 β 24 E ( z − z 2) µ ( z − z 2) − α 2 F ( z − z 2) µ ( z − z 2) (4.98)
∆α 11 ∆α 11
Rotor bi-apoiado
A figura 4.4 mostra como varia a primeira freqüência natural do rotor com o
diâmetro do disco.
98
FIG 4.4 VARIAÇÃO DA PRIMEIRA FREQÜÊNCIA NATURAL COM O DIÂMETRO DO DISCO
A figura 4.5 mostra como varia a segunda freqüência natural do rotor com o
diâmetro do disco. Mostra também a mudança do modo de vibração causada pelo
efeito giroscópico, efeito este que produz resultados no plano de deformação do eixo.
O efeito giroscópico também enrijece o eixo neste caso.
99
FIG 4.5 VARIAÇÃO SEGUNDA FREQÜÊNCIA NATURAL COM O DIÂMETRO DO DISCO
A figura 4.6 apresenta a primeira freqüência natural do mesmo rotor, apenas com
o disco colocado em diferentes posições, fora do centro. Como nestas posições o
disco experimenta rotação transversal oscilante, há uma variação acentuada das
freqüências naturais do eixo com a rotação e com a posição do disco. O exemplo
mostra ainda a elástica deformada no plano.
100
FIG 4.6 VARIAÇÃO PRIMEIRA FREQÜÊNCIA NATURAL COM A POSIÇÃO DO DISCO
101
FIG 4.7 VARIAÇÃO SEGUNDA FREQÜÊNCIA NATURAL COM A POSIÇÃO DO DISCO
102
FIG 4.8 VARIAÇÃO TERCEIRA FREQÜÊNCIA NATURAL COM A POSIÇÃO DO DISCO
103
FIG 4.9 VARIAÇÃO 1 e 2 FREQÜÊNCIA NATURAL COM A ROTAÇÃO PARA K ≈ 109
104
FIG 4.10 VARIAÇÃO 1 CRITICA COM A RIGIDEZ DO MANCAL K
105
A figura 4.11 apresenta as variações da primeira e da segunda críticas do rotor
com a colocação de dois rotores no eixo e para K rígido.
106
4.6 Conclusões Sobre a Pertinência do Método
107
V ELEMENTOS FINITOS NA ROTODINÂMICA:
108
5.1 Elementos Finitos em Turbomáquinas:
Sendo a técnica de elementos finitos muito abstrata, ela não requer uma grande
discussão teórica em seu processo de implementação. Até mesmo as hipóteses teóricas
requeridas nos Capítulos II,III,IV são aqui desnecessárias.
Com o objetivo de colocar esta questão em evidência, vamos reapresentar aqui, as
hipóteses teóricas discutidas nos Capítulos iniciais.
a) O material do eixo é homogêneo e isotrópico, apresentando comportamento
elástico linear (aplica-se a Lei de Hooke).
Podemos dizer que esta tão importante hipótese, está embutida na matriz de
rigidez do eixo passando completamente desapercebida ao usuário desta matriz.
b) São consideradas apenas as deflexões laterais (em planos ortogonais)
suficientemente pequenas para que a teoria linear tenha valor.
Esta hipótese, importante para a linearização das equações do efeito giroscópico,
são aqui desnecessárias, passando completamente desapercebida ao usuário do método
c) Os elementos são considerados como vigas de Rayleigh (levam em conta o
efeito da rotação nos nós do sistema em x e y ).
Esta hipótese, importante para a representação da inércia de rotação e do efeito
giroscópico do elemento de eixo, está na realidade embutida dentro da formulação das
funções de interpolação do modelo de elementos finitos, não sendo nem mesmo
percebida pelo usuário desta matriz.
d) Seções planas permanecem planas após deflexão.
Esta hipótese, importante para a linearização das equações elásticas (momento e
cortante), está, na verdade, embutida dentro da formulação das funções de interpolação
do modelo de elementos finitos.
e) O amortecimento estrutural é desconsiderado na solução do problema de
autovalor.
Esta hipótese tão restritiva para o problema contínuo é tratada de forma simples
na abordagem de elementos finitos, perdendo sua importância, como veremos
posteriormente.
f) O modelo adotado leva em conta somente a flexão. (a torção que só é
importante na fase transiente não é considerada).
109
Normalmente os programas de elementos finitos para solução de problemas
rotodinâmicos tratam os movimentos de torção e axial independentemente.
g) Deslocamentos e cargas axiais são desconsiderados.
A matriz de rigidez associada a cargas axiais (normalmente não utilizada), pode
ser facilmente introduzida dentro da matriz de rigidez, se necessário(LALANNE, M.,
FERRARIS, G.,1998, pp.9
h) O disco é considerado rígido e apresenta espessura desprezível, sendo
considerado ponto de massa concentrada, sem rigidez, com inércia de rotação e efeito
giroscópico (FIG-5.2).
O método de elementos finitos introduz o impelidor no modelo matemático com
grande facilidade, conforme veremos.
110
Na realidade nenhuma destas restrições teóricas, acima referidas, traz qualquer
limitação real para a aplicabilidade do modelo matemático, o qual é capaz de simular
o modelo físico com grande representatividade.
Portanto, o elevado nível de abstração reinante no método elementos finitos reduz
a importância destas questões teóricas sem introduzir nenhuma restrição à sua
aplicabilidade, permitindo que elas se tornem imperceptíveis ao analista.
EC = ∫ Ie − 2Ω
+ Ie + 2Ω
+ I pΩ2 ∂Z
2 0 ∂Z ∂Z ∂Z ∂Z ∂Z ∂Z
(5.2)
2
mR
Sendo I P = 2Id = ⇒ Momento Polar Inércia,
2
Considerando o caso de um sistema discreto com n graus de liberdade, a expressão
da energia cinética, (em coordenadas generalizadas) pode ser apresentada da forma
seguinte:
EC = T2 + T1 + T0 , onde (5.3)
1 L ∂X& ∂Y&
2 2
1 n n
2 i =1 j =1
1L
2O
2 2
( )
T2 = ∑∑ mij q&i q& j ⇒ ∫ m X + Y ∂Z + ∫ I d + ∂Z
2 O ∂Z ∂Z
(5.4)
111
n
1L ∂X& ∂Y ∂Y& ∂X
T1 = ∑ f .(q1 .q 2 .q3 .q 4 .q5 .....)q&1 ⇒ ∫ I d 2Ω − 2Ω ∂Z (5.5)
j =1 2O ∂Z ∂Z ∂Z ∂Z
EC =
1 b
(
∑ Mi X&i 2 + Y&i 2
2 i =1
) (5.7)
EC = ∑ di
I
2 i=1 ∂Z
− 2Ω + ∑ di
I
∂Z ∂Z 2 i=1 ∂Z
+ 2Ω + ∑IpiΩ2
∂Z ∂Z 2 i=1
(5.8)
1
L ∂θ 2 ∂θ y
2
2 O∫ ∂Z ∂Z
EP = EI x + ∂Z +
∂X ∂Y 1 ∂X ∂Y
2 2 2 2
1L L
−θy + + θ X ∂Z +
2 O∫ 2 O∫ ∂Z ∂Z
kGA P + ∂Z (5.10)
∂Z ∂Z
onde:
E
G= Modulo de Cisalhamento,
2(1 + ν )
E Modulo de Elasticidade,
I xx = I = I yy = L4 ( ) Momento de Inércia Transversal de Área,
ν Coeficiente de Poisson,
A Área,
k Fator de Forma,
P Carga Axial,
112
A energia potencial de deformação (com o efeito de cisalhamento e carga axial) é
dada por NELSON, H. D., McVAUGH, J.,M.,1976 e podemos escrever:
1 T
EP = q ( K Flexão + K Cisalhamento + K Axial )q (5.11)
2
1 1 1 1
K1 X 0 + K 2Y0 + K 3 X L + K 4YL +
2 2 2 2
EP =
2 2 2 2
1 ∂X 1 ∂Y 1 ∂X 1 ∂Y
2 2 2 2
+ k1 0 + k 2 0 + k3 L + k 4 L (5.12)
2 ∂Z 2 ∂Z 2 ∂Z 2 ∂Z
Embora outras formas de energia possam ocorrer no rotor, estas são as mais
importantes.
∂u x
φy = + deslocamento Angular no plano xz (Gr)
∂z
∂u y
φx = − deslocamento Angular no plano yz (Gr)
∂z
113
FIG 5.3 - CONVENÇÃO DO FLETOR POSITIVO EM YZ.
∂ 2u X
M Y = EI XX momento fletor na direção X
∂Z 2
∂ 2uY
M X = EIYY momento fletor na direção Y
∂Z 2
∂ ∂ 2u X ∂
FX = EI XX = MY força de cisalhamento na direção X
∂Z ∂Z 2 ∂Z
∂ ∂ 2uY ∂
FY = EIYY = MX força de cisalhamento na direção Y
∂Z ∂Z 2 ∂Z
∂ 4η mR 2 ∂ 2η&& mR 2 ∂ 2η&
EI + m η
&& − + 2i Ω = 0, (5.13)
∂Z 4 4 ∂Z 2 4 ∂Z 2
mR 2
I P = 2Id = momento polar de inércia
2
η = X + iY variável complexa auxiliar
114
GASH, R., (1976), propõe outros termos para esta equação, como por exemplo
a combinação do cisalhamento com a inércia de rotação. Entretanto, conforme já foi
dito anteriormente, o efeito do cisalhamento é desprezível em rotores de
turbomáquinas, portanto, o termo da combinação do cisalhamento/inércia de rotação
não será considerado
Na Seção (5.2) será discutida a modelação do eixo, dos impelidores e dos mancais
através da teoria de elementos finitos aplicada ao rotor.
Com este propósito, precisamos dividir o rotor em pequenos elementos
(elementos finitos), modelados inicialmente como viga, conforme figura 5.4 .
A forma geral do deslocamento lateral dos pontos, dentro da teoria de elementos
finitos, é apresentada abaixo, para uma viga:
q1
q
2
uY (z,t) = uX(z,t) = N eQe = [N1,N2,N3,N4] q (Deslocamentos Generalizados) (5.14)
3
q4
115
A Transformada de Lagrange é, então, aplicada ao conteúdo de energia do rotor
para, finalmente, se obter a equação de movimento do elemento eixo, como a seguir:
Neste Capítulo será discutida a vibração lateral 3D, juntamente com o efeito
giroscópico do elemento de eixo e do impelidor.
A matriz do elemento é similar nos planos XZ e YZ, sendo que os sinais são
diferentes, na medida em que YZ está no sentido direto e XZ está no sentido inverso.
Na teoria de flexão do eixo de Euler-Bernoulli, a energia de deformação pode
ser determinada da seguinte forma:
∂uY
O deslocamento axial u Z = − y em um elemento de viga ocorre sempre que
∂z
existe movimento (vertical ou horizontal) dos nós uY .
A deformação específica associada a este movimento é dada por
∂u Z ∂ 2uY
ε ZZ = = −y = B = − y N ′′ (associada à flexão lateral do eixo).
∂z ∂z 2
∂uZ ∂ 2u
σ ZZ = Eε ZZ = E = − Ey 2Y = − E.[B ]
∂z ∂z
116
a - Energia de Deformação Lateral do Eixo (Plano YZ)
2 2
Conforme a equação (5.9) EPE ( z , t ) = 1 EI ∂ X2 ∂ 2Y
L 2
2 O∫ ∂ Z
+ ∂ Z (5.16)
∂Z
2
EP E ( z , t ) = U E ( z , t ) = ∫ (1 2 ε
V
ZZ σ ZZ )∂ V = ∫ ∫ (1 2 A ε
A l
ZZ σ ZZ )∂ A ∂ z
T T
∂2N e ∂2N e ∂2N e ∂2N e
1
2 zA
T
( 1
)
= E ∫ ∫ B B ∂A ∂z = E ∫ y ∂A ∫
2 A
2
∂z 2 ∂z 2
1
∂z = EI ∫
2 z ∂z 2 ∂z 2
∂z (5.17).
z
∂ 2 X 2 2
EP ( z , t ) = ∑ e = 1 E ∫ ∫ (B B )∂ A ∂ z ∫ EI
E 1 1
L
∂ 2Y
T
+ ∂ Z (5.18)
2 zA 2 O ∂ Z 2 ∂Z
2
q1
q
uY ( z, t ) = [N1, N2 , N3, N4 ] 2 = NeQe Função de interpolação do eixo (5.19)
q3
q4
3 z 2 2 z 3 z 2z 2 z3
N e = [N 1 , N 2 , N 3 , N 4 ] = 1 − 2 + 3 ; L − 2 + 3 ;
L L L L L
3 z 2 2 z 3 z 2 z 3
2 − 3 ; L − 2 + 2 (5.20)
L L L L
Variáveis nodais:
q1 uYi
q φ
2 Xi
= =Q
e
(5.20*)
q u
3 Yj
q4 φ XJ
u ( z , t ) = q1 N1 + q2 N 2 + q3 N 3 + q4 N 4
Valores entre nós uY ( z, t ) (5.21)
117
A função Hermitiana interpola, simultaneamente, valores intermediários do
deslocamento u ( z , t ) a partir das quatro coordenadas generalizadas que definem a
representações gráficas:
3z 2 2 z 3 1 6z 6z 2
N1 = 1 − + ; N ′ = − +
L L L2
1
L2 L3
z 2z2 z3 4 z 3z 2
N 2 = L − 2 + 3 ; N 2′ = 1 − + 2 ;
L L L L L
3z 2 2 z 3 1 6z 6z 2
N3 = − ; N ′ = − 2
L L
3
L2 L3 L
z 2 z3 2 z 3z 2
N 4 = L − 2 + 3 ; N 4′ = − + 2
L L L L
118
As primeiras derivadas de uY ( z, t ) em relação a z e t são:
∂uY ( z , t ) ′
≡ φ ; Q e N e = [N1′, N 2′ , N 3′ , N 4′ ]Q e
∂z
1 6z 6z2 4 z 3z 2 1 6 z 6 z 2 2 z 3z 2
− + 2 ; 1 − + 2 ; − 2 ; − + 2 (5.23)
L L L L L L L L L L
∂uY ( z , t )
≡ φ ( z , t ) = q 1 N 1′ + q 2 N 2′ + q 3 N 3′ + q 4 N 4′ (5.24)
∂z
∂uy (z,t)
= U& y = N eQ& e = [N 1 , N 2 , N 3 , N 4 ].Q& e velocidade generalizada (5.25)
∂t
∂ 2uY ( z , t ) ″
≡ φ ′ ; N e = [N 1′′, N 2′′, N 3′′, N 4′′ ]
∂z 2
1
[
= 3 (− 6 L + 12 z ); (− 4 L2 + 6 Lz ); (6 L − 12 z ); (− 2 L2 + 6 zL )
] (5.26)
L
∂ 2uY ( z , t )
≡ φ′ ; φ 1′ ( z , t ) = q 1 N 1′′ + q 2 N 2′′ + q 3 N 3′′ + q 4 N 4′′ (5.26)
∂z 2
∂ 2uY ( z , t )
∂z 2
L
1
[
≡ φ ′ = 3 (− 6L +12z)q1 + (− 4L2 + 6Lz)q2 + (6L −12z)q3 + (− 2L2 + 6zL)q4 ] (5.27)
∂ 3u Y ( z , t )
≡ φ ′′ ; φ ′′( z , t ) = q1 N 1′′′+ q 2 N 2′′′ + q 3 N 3′′′ + q 4 N 4′′′ (5.28)
∂z 3
∂ 3u Y ( z , t ) 12 6 12 6
≡ φ ′′ ; q + 2 q2 − 3 q3 + 2 q4 (5.29)
∂z 3 L3 1
L L L
∂u y ( z , t )
= U& y = N Q
e &e
velocidade generalizada (5.30)
∂t
∂ 2u y (z, t)
&& e = [N1, N2, N3, N4 ].Q
= U&& y = N eQ && aceleração generalizada (5.31)
∂t 2 e
119
b - Matriz de Rigidez Lateral (Plano YZ)
T
∂2 Ne ∂2 Ne
EP ( z , t ) =
1
2 ∫∫
T
( ) 1
E B B ∂A∂z = E∫ y ∂A∫ 2
2
∂z (5.33)
zA 2 A l ∂z ∂z2
− 6 L + 12 z
∂2Ne
E
( )
EP(z,t) = ∑e=1 E∫∫ BT B ∂A∂zE ; − y
∂z2
= B e = − 3 (− 4 L2 + 6 Lz )
y
L 6 L − 12 z
(5.34)
zA
(
− 2 L + 6 zL
2
)
A energia elástica de um elemento de viga deformada na direção q1 é dada por:
(− 6L + 12.z ).q1
) ]( )
− 4L2 + 6.Lz .q
L
E
EP..(z, t) = 6 ∫∫L
[
(− 6L + 12.z )q1 + − 4L(
2
+ 6L.z )
q2 + (6L − 12.z )q3 + −(2L2
+ 6.L.z. q4 .
(6L −12.z ).q3
2
..∂.z
(5.35)
( )
A
− 2L + 6z.L .q4
2
∂L ∂L
d -
∂q& ∂q
+ ∂R = 0; L = ∑ECe + ∑EPe ⇒ Lagrangiano, (5.36)
dt j j ∂q& j
onde j=1,2,3..J
EC = ∑ ECe energia cinética do eixo
R função de dissipação
q j deslocamento nodal: q& j ⇒ Velocidade Nodal; j coordenada do elemento
T T
∂L ∂EP ∂ E ∂2Ne ∂2Ne 2 E ∂2Ne ∂2Ne ∂ E
= = 6 ∫V
.q i .∂z. =
6 ∫V i
q .∂qi.∂z = 6 ∫ qi aijδq j (5.37)
∂qi ∂qi ∂qi 2L ∂z ∂z
2 2
L ∂z ∂z
2 2
∂qi L
120
∂ ( q1 a11 .q1 ) ∂ ( q1 a12 .q 2 ) ∂ ( q1 a13 .q 3 ) ∂ ( q1 a14 .q 4 )
∂ q1 ∂ q1 ∂ q1 ∂ q1
∂ ( q 2 a 21 .q1 ) ∂ ( q 2 a 22 .q 2 ) ∂ ( q 2 a 23 .q 3 ) ∂ ( q 2 a 24 .q 4 )
∂ . EP ( z , t ) ∂q2 ∂q2 ∂q2 ∂q2
(5.38)
= [K ]{Q }
E
= 6
∂qi L ∂ ( q 3 a 31 .q1 ) ∂ ( q 3 a 32 .q 2 ) ∂ ( q 3 a 33 .q 3 ) ∂ ( q 3 a 34 .q 4 )
∂ q3 ∂q3 ∂ q3 ∂ q3
∂ ( q 4 a 41 .q1 ) ∂ ( q 4 a 42 .q 2 ) ∂ ( q 4 a 43 .q 3 ) ∂ ( q 4 a 44 .q 4 )
∂q4 ∂q4 ∂q4 ∂q4
L
E 2 L 12 EIL3
L6 ∫A ∫0
a11 = y 2
∂ A (144 z 2
+ 36 L2
− 144 Lz ).dz = 48 z 3
+ 36 L2
z − 72 Lz = (5.39)
0 L6
12 EI
a11 = (5.40)
L3 1
( )
L
E 3 L 6EIL4
L6 ∫A ∫0
a12 = y 2
∂A 24 L3
− 84 L2
z + 72 Lz 2
.dz = .( 24 L3
z − 42 L2 2
z + 24 Lz ) ⇒ (5.41)
0 L6
6 EIL 6 EI
a12 = a 21 ⇒ 3
= (5.42)
L L2
L
E 2 2 L 12EIL3
L6 ∫A ∫0
a13 = y ∂A ( −144z 2
− 36 L2
+ 144Lz ).dz = −48 z 3
− 36 L2
z + 72 Lz = − (5.43)
0 L6
12 EI
a13 = a31 ⇒ − (5.44)
L3
6 EI
a14 = a41 ⇒ 2 (5.45)
L
L
( )
L
E 2 36 2 3 48 3 2 4EIL5 4EI
L6 ∫A ∫0
a22 = y ∂A 16L4
+ 36L2 2
z − 48L3
z .dz = (16L4
z + L z − L z ) . = = (5.46)
3 2 0 L6 L
4 EIL2 4 EI
a22 = = (5.47)
L3 L
( )
L
E L EI
a23 = 6 ∫ y2∂A∫ − 24L3 + 84L2 z − 72Lz2 .dz = (−24L3 z + 42L2 z 2 − 24Lz3 ) . = 6 ∫ − 6L4.dA (5.48)
L A 0
0 L A
6 EIL 6 EI
a 23 = a32 ⇒ − 3
=− 2 (5.49)
L L
121
Re-escrevendo-se a equação (5.37), vem:
T T
∂EP ∂ E ∂2N e ∂2N e 2 E ∂2N e ∂2N e
= ∫ .q i .∂z. = 6 ∫V i ∂ 2 z ∂ 2 z .∂qi .∂z KYZ .QYZ (5.54)
e e
q
∂q i ∂qi 2 L6 V ∂ z
2
∂ z
2
L
12 6l − 12 6l
∂EP EI yy 6l 4l 2 − 6l 2l 2 e
e
KYZ e
.QYZ = [Ke ] ⇒ Ke = 3 . QYZ
∂q j l − 12 − 6l 12 − 6l
2
6l 2l − 6l 4l
2
K y1 K y2 − K y1 K y2 u yi
K − K y2 K y 4 φ
K y3 xi
KYZ .QYZ =
e e y2
− K y1 (5.56)
− K y2 K y1 − K y2 u yj
φ xj
K y 2 K y4 − K y2 K y 3
K x1 − K x 2 − K x1 − K x 2 u xi
− K φ
K x3 Kx2 K x 4 yi e
.QXZ= x 2
e e
KXZ ; Kx1 = Ky1; Kx2 = Ky2;..
e e e
(5.57)
− K x1 K x 2 K x1 K x2 u
xj
φ yj
− K x 2 K x 4 Kx2 K x3
122
d - Matriz de Rigidez Lateral Tridimensional
O deslocamento no plano XZ ( u xi = q1 , φ yi = q 4 , u xj = q5 , φ yj = q8 ) é
123
u x1 ( z, t ) = u1e ( z, t ) = q1 N1 + q 4 N 2 + q5 N 3 + q8 N 4 (deslocamento em XZ) (5.58)
u x 2 ( z , t ) = u3e ( z , t ) = q1 N1 + q4 N 2 + q5 N 3 + q8 N 4 (5.62)
u y 2 ( z , t ) = u4e ( z , t ) = q2 N1 + q3 N 2 + q6 N 3 + q7 N 4 (5.63)
12 0 0 6l − 12 0 6l q1
0
0 12 − 6l 0
0 − 12 − 6l 0 q2
0 − 6l 4l 2 0 0 6l 2l 2 0 q3
e
K xyz
EI
= 3yy 6l 0 0 4l 2 − 6l 0 0 2l 2 q4 (5.66)
l − 12 0 0 − 6l 12 0 0 − 6l q5
0 − 12 6l 0 0 12 6l 0 q6
0 − 6l 2l 2
0 0 6l 4l 2 0 q7
6l 0 0 2l 2 − 6l 0 0 4l 2 q8
124
[ ] =[ ]
K .XZ
e .T
K .XZ
e
referencial e
K XYZ , enquanto outros preferem trabalhar no referencial KYXZ
e
. Não
{. + u .xi. . + u. yi. + .φ.xi + .φ.yi.. . + .u.xj. . + .u. yj. + .φ.xj. + .φ. yj. .}
u xi + K x11 0 0 + K x 21 −K x 31 0 0 K x 41 q1
u 0
yi + K y11 − K y 21 0 0 − K y 31 − K y 41 0 q2
φ xi 0 − K y12 K y 22 0 0 K y 32 K y 42 0 q3
e
K XYZ =
φ yi K x12 0 0 K x 22 − K x32 0 0 + K x 42 q4
u
− K x13 0 0 − K x 23 K x33 0 0 − K x 43 q5
xj
u yj 0 − K y13 K y 23 0 0 K y 33 K y 43 0 q
6
φ xj 0 − K y14 + K y 24 0 0 K y 34 K y 44 0 q7
φ yj
K x14 0 0 + K x 24 − K x 34 0 0 K x 44 q8
{.+ q.1. . + q.2. .. + q.3. . + q.4. ..+ ..q.5. . + q.6. . + q.7. . + q.8. .} (5.74)
{. + u . yi. . + u.xi. + .φ.yi + .φ.xi.. . + .u.yj. . + .u.xj. + .φ. yj. + .φ.xj. .}
u yi + K y11 0 0 − K y 21 − K y 31 0 0 − K y 41 q1
u 0
xi + K x11 + K x 21 0 0 − K x 31 + K x 41 0 q 2
φ yi
e
KYXZ =
0
K x12 K x 22 0 0 − K x 32 K x 42 0 q3
φ xi − K y12 0 0 K y 22 K y 32 0 0 + K y 42 q 4
u
yj − K y13 0 0 K y 23 K y 33 0 0 K y 43 q5
u xj
0 − K x13 − K x 23 0 0 K x 33 − K x 43 0 q6
φ
yj 0 K x14 + K x 24 0 0 − K x 34 K x 44 0 q7
φ yj
− K y14 0 0 + K y 24 K y 34 0 0 K y 44 q8
{.+ q.1. . + q.2. .. + q.3. . + q.4. ..+ ..q.5. . + q.6. . + q.7. . + q.8. .} (5.75)
125
5.2.2) Matrizes de Massa/Inerciais/Giroscópica do Rotor em YZ
( )
L L
1
EC = ∫ MVxyzδV = M X& 2 + Y& 2 δZ
2 ∫0
(Translação ) (5.76)
0
EC=
1 b
∑
2 i =1
M i Yi
2
( ) (coordenadas cartesianas no plano) (5.77)
EC E = ∫V
1
2
[ ] [U& ]∂ V
ρ U& yz
T
yz U& yz = NQ& yz ; (5.78)
EC E = Q& yz [ ] ∫ T 1
ρ [N ]T [N ]∂ V Q& yz [ ]
2
Q [M e .] Q& e
1 & eT
(5.79)
V 2
1 N &T &
ECT = ∑e =1 ECe =
N
∑
2 e =1
ρQ ∫ N T
N ∂V (
Q ) (5.80)
V
A função de interpolação da velocidade é dada por:
q&1
∂uy (z,t) q&
2
U& y = = q&1 N1 + q&2 N2 + q&3 N3 + q&4 N 4 = [N1 , N 2 , N3 , N4 ] = N eQ& e (5.81)
∂t q&3
q&4
1 &T T &
Aplicando-se Lagrange a ECE = ∫ ρQ N NQ∂V , vem:
V 2
1
d ∂ ∫V ρ Q& N N Q& ∂ V ∂ 1
T T
d &2
2 = ∫ ρN T N ∂V Q (5.82)
∂Q 2
∂ Q& &
dt dt V
[M ] = 1 ∫V ρ . N T N .∂ V =
1
ρ A ∫ N T N .∂ z (5.84)
2 2 l
126
procedendo de forma semelhante ao que foi feito na seção (5.2.1-a), vem:
L
ρA L z2 z3 z4 z5 z6 z3 z4 9 z5 z6 4 z7
a11 = ∫(1−6 2 + 4 3 +9 4 −12 5 + 4 6 ).dz = z −2 2 + 3 + 4 − 2 5 + 6 (5.85)
20 L L L L L L L 5L L 7L 0
ρAl
mT 1 = 156a , mT 2 = 22la , mT 3 = 54a , mT 4 = 13la , mT 5 = 4l 2a , mT 6 = 3l2a , a = (5.88)
420
onde:
ρ - massa / unidade de volume,
A - área da seção transversal,
l - comprimento do elemento.
− mT 4
e e
mT 1 mT 2 mT 3 u&&yi
m − mT 6 θ&&
[M ]{Q&& }
e
TYZ
e
XZ =
T2
mT 3
mT 5 mT 4
− mT 2
xi
(5.89)
mT 4 mT 1 u&&yj
θ&&xi
− mT 4 − mT 6 − mT 2 mT 5
e
− mT 2
e
mT 1 mT 3 mT 4 u&&xi
− m θ&&
− mT 4 − mT 6
[M ]{Q&& }
e
TXZ
e
XZ = T2
mT 3
mT 5
− mT 4 mT 2
yi
&& (5.90)
mT 1 u xj
θ&&yi
mT 4 − mT 6 mT 2 mT 5
127
b - Matriz 3D de Massa em Translação
A matriz 3D abaixo é a matriz consistente de massa em translação sendo sempre
simétrica e positiva definida. Aqui também os dois planos são desacoplados. Uma
deformação angular infinitesimal na direção X não provoca nenhuma deformação em
Y, de tal forma que: ∆q1 ⇒ δq1 ,0q2 ,0q3 , δ ′q4 , δ ′′q5 ,0q6 ,0q7 , δ ′′′q8 ,
Ou seja:
156 0 0 22l 54 0 0 − 13l q&&1
0
156 − 22 l 0 0 54 13l 0 q&&2
0 − 22l 4l 2
0 0 − 13l − 3l 2 0 q&&3
e && e
= 22l
M T .Q
0 0 4l 2 13l 0 0 − 3l 2 q&&4 (5.91)
54 0 0 13l 156 0 0 − 22 l q&&5
0 54 − 13l 0 0 156 22 l 0 q&&6
0 13l − 3l 2
0 0 22l 4l 2 0 q&&7
− 13l 0 0 − 3l 2 − 22l 0 0 4l 2 q&&8
q&&1 u&&xi
q&& u&&
2 yi
q&&3 φ&&xi
&&
&& e = q&&4 = φ yi
∂ 2u y ( z , t ) = Q
q&& u&& ; Laplace
∂t 2 5 xj
q&&6 u&&yj
&& &&
q 7 φ xj
q&&8 φ&&yj
1
∂ ∫V ρQ& N NQ& ∂V d
([ ] ) [ ]
T T
d
= M Q& = M Q
&& (5.92)
2
dt ∂Q& dt
128
Após a aplicação da Transformação de Lagrange às parcelas de energia potencial
e cinética, começa a tomar forma a equação homogênea de movimento do rotor:
∂ 4η
EI + mη&& =0 (problema de autovalor) (5.95)
∂Z 4
∫ 2 I (ω )
L
1
+ ωy ∂z (coordenadas Cartesianas)
2 2
EC = d x (5.97)
0
1
ECR = ∑e =1 ECe = ∑e =1 Q& Ty , z ∫ I d [N ′] [N ′]∂z Q& y , z
N N T
(5.98)
l2
aplicando a Transformada de Lagrange
[M ] = ∫ I .N ′ N ′.∂z = ∫ I
Ryz
l
d
T
l
d N ′T N ′.∂z (5.100)
129
− 6Lz + 6z2
3 2
2 L − 4zL + 3z L
2
[M ] = 3 ∫L(e) [−6Lz + 6z , L − 4zL + 3z L,6Lz − 6z ,−2zL + 3z L]
Id 2 3 2 2 2 2
∂z (5.101)
L 6Lz − 6z2
− 2zL + 3z L
2 2
L L
z2 z4 z3 36 z 3 L2 z 5 z 4 L 36
a11 = I d ∫ (36 4 + 36 6 − 72 5 ).dz ⇒ 6 ( + − ) = (5.102)
0 L L L L 3 5 2 0 30 L
36 I d 36 I d
q1a11q1 = q1 .q1 ⇒ m.11 = (5.103)
30 L 30 L
Id L 3L
6 ∫
a12 = ( −6 L4 z + 30 L3 z 2 − 42 L2 z 3 + 18Lz 4 ).dz = (5.104)
L 0 30 L
L L
z2 z4 z3 36 z3L2 z5 z4L 36
a13 = Id ∫ (−36 4 − 36 6 + 72 5 ).dz⇒− 6 ( + − ) =− (5.105)
0 L L L L 3 5 2 0 30L
L L
I 1 120L6 225L6 108L6 3L
a14 = d6 ∫ (12L3 z 2 − 30L2 z 3 + 18Lz 4 ).dz ⇒ 6 ( − + ) = (5.106)
L 0 L 30 30 30 0 30L
Id L 4 4L2
L4 ∫0
a22 = (L − 8 3
zL + 22z2 2
L − 24Lz3
+ 9z4
) = (5.107)
30L
L
I L 1 90L6 300L6 315L6 108L6 −3L
a23 = d6 ∫ (6L4 z −30L3 z2 + 42L2 z3 −18Lz4 ).dz ⇒ 6 ( − + − ) = (5.108)
L 0 L 30 30 30 30 0 30L
L
Id L 1 −L2
L4 ∫0
a24 = (−2 3
zL + z
11 2 2
L −18Lz3
+9z4
).dz⇒ (−60
..z2 3
L + 220
..z3 2
L −270Lz
.. 4
+108
..z5
) = (5.109)
60L4 0 30..L
L
I L 1 120.L6 225.L6 108.L6 − 3L
a34 = d6 ∫ (−12.L3 z 2 + 30.L2 z 3 −18.L.z 4 ).dz ⇒ 6 (− + − ) = (5.110)
L 0 L 30 30 30 0 30L
L
I L 4L.2
a44 = d4 ∫ 4.z 2 L2 − 12.L.z 3 + 9z 4 ).dz ⇒ (...).. ⇒ (5.111)
L 0 0
30L
e
36 3.l − 36 3.l u&&xi
e
130
As matrizes consistentes de inércia rotatória multiplicadas pela aceleração são:
e
mR1 − mR2 − mR1 − mR2 u&&xi
e e e
mR1 mR2 − mR1 mR2 u&&xi
θ&&
; [M e ]{ &&e = − mR2 mR3 mR2 − mR4 θ&&yi (5.114)
[M ]{ }
e
RXYZ
&&e = mR2 mR3 − mR2 − mR4 yi
Q
− mR1 − mR2 mR1 − mR2 u&&xj
RYXZ Q } − mR1 mR2 mR1
mR2 u&&xj
&&
mR2 − mR4 − mR2 mR3 θyi − mR2 − mR4 mR2 mR3 θ&&yi
131
1 ∂Y ∂X 1 ∂X& ∂Y ∂Y& ∂X
n L L
ECG = T1 = ∑. f .(q1.q2......)q&1 ⇒ ω ω
2 ∫0 2 ∫0 ∂Z ∂Z ∂Z ∂Z
2Ω.I − ∂
.. z = Ω.IP − ..∂z (5.118)
∂Z ∂Z
d y x
j =1
d T1 T1 T 0 1
= ge − ge = − ge − ge = G = ∫ IP[N′] [N′]∂l
T
− (5.120)
dt ∂Q ∂Q
&
l
−1 0
−2
T
1 1 T0 1
G= g eT
− g = ∫ IP[N′] [N′].∂l −∫ IP[N′] [N′].∂l = ∫ IP[N′] [N′].∂l
e T T
l2
l2
l 2
−1 0
T 0 1
G = ∫ I P [N′] [N′].∂l matriz giroscópica (5.121)
l
− 1 0
A notação mostrada nas equações (5.120) e (5.121) nos permite a pronta
montagem da matriz giroscópica 3D a partir da matriz de inércia de rotação 3D
(GUNTER, E. J., WEN, J.C., 2005).
d T1 T1 0 1
G= − = g e T
− g e
= −2 g e
= ∫ I P [N′]T [N ′]∂l (5.122)
dt ∂Q& ∂Q
l
− 1 0
T 1 ∂ Q& T 1 I [N ′ ]T [N ′ ]∂ l Q
d ∂ . Q& XZ ∫l 2 I P [N ′] [N ′]∂ l Q YZ XZ ∫l 2 P YZ
T
(Ω) −
dt ∂ Q& ∂Q
Xz
0 − 1
Ω.[G ]Q& = Ω . ∫ I P [N ′ ] [N ′]∂ l Q&
T
1 (5.123)
l
0
Sabemos que:
132
36 3l − 36 3l
3l 4l 2 − 3l − l 2
1 1
∫l [N ′] [N ′]∂l =
T
(5.124)
2 30l − 36 − 3l 36 − 3l
3l − l2 − 3l 4l 2
e, portanto temos
L
L
z2 z4 z3 36 z3L2 z5 z4L 36 0 − 1
a11 = IP ∫(36 4 + 36 6 − 72 5 ).dz ⇒ 6 ( + − ) = (5.125)
0
L L L L 3 5 2 0 30L 1 0
3l.I P 0 3l 0 − 1 I 3l 0
q&1a17q.7 = q&1 .q7 ⇒ P . ⇒ g17 , g18 , g27 , g28 (5.129)
30l − 3l 0 1 0 30L 0 3l
4l 2 .I P 4l 2 0 0 − 1 I P 0 − 4l 2
q&3a33q3 = q&3 .q3 2 ⇒ . ⇒ g33 , g34 , g 43 , g 44 (5.130)
30l 0 4l 1 0 30L 4l 2 0
− 3l.I P 0 3l 0 − 1 I 3l 0
q&3a35q5 = q&3 .q5 ⇒ P . ⇒ g35 , g36 , g45 , g46 (5.131)
30l − 3l 0 1 0 30L 0 3l
− l 2.I P 0 − 1 − l 2 0 I 0 − 36
q&5a55q5 = q&5 .q5 2
⇒ P . ⇒ g55, g56 , g65, g66 (5.132)
30l 1 0 0 − l 30L 36 0
133
f - Matriz 3D Giroscópica
A matriz 3D abaixo é a matriz giroscópica consistente, sendo anti-simétrica.
Nesta expressão matricial vemos o vetor velocidade nodal multiplicando a matriz
giroscópica. No caso da matriz de inércia de rotação, a mesma está multiplicada pelo
vetor aceleração nodal.
0 −36 3.l 0 .0 +36 3.l 0 q&1
...+36 0 0 3.l −36.... 0 0 3.l q&2
−3l 0 0 −4.l 2 3.l.. 0 0 l 2 q&3
[G ].Q&
e e
=
2 ρAR 2
0 −3.l +4.l2 0 0... 3.l.. −l 2
0 q&4
0 q&5
G G
120l 0 +36 +3.l ...0 ....0 −36 −3.l
−36 0 0 −3.l ..+36 0.0 ..0.0 −3.l q&6
−3l 0 0 ..l 2 ..+3l 0 0 −4.l 2 q&7
0 −3.l −l 2 ...0 ...0 +3.l +4.l 2 0 q&8
2 ρAR 2
mG1 = 36b , mG 2 = 3lb , mG 3 = 4l 2b , mG 4 = l 2b e b = (5.135)
120l
0 − mG 1 mG 2 0 0 mG 1 mG 2 0
m 0 0 mG 2 − mG 1 0 0 mG 2
G1
− mG 2 0 0 − mG 3 mG 2 0 0 mG 4 2 ρAr 2
− mG 2 mG 3 mG 2 − mG 4 0 120l = Ge
[ ] (5.137)
0 0 0
0 mG 1 mG 2 0 0 − mG 1 − mG 2 0
− m 0 0 − m mG 1 0 0 − mG 2
G1 G2
− mG 2 0 0 mG 4 mG 2 0 0 − mG 3
0 − mG 2 − mG 4 0 0 mG 2 mG 3 0
∂ 4η ∂ 2η&& ∂ 2η&
− EI − mη&& + I
d − 2 j Ω =0 (5.138)
∂Z 4 ∂Z
2
∂Z 2
134
A seguir mostraremos que o efeito giroscópico parece acoplar, num certo sentido,
o movimento das coordenadas X e Y, usando, para isso a similaridade desta
abordagem com a teoria do modelo contínuo
Sendo η = X + jY , conforme apresentado no Capítulo III, pode-se re-escrever
∂ 4η mR 2 ∂ 2η&& mR 2 ∂ 2η&
EI + m η
&& − + 2i Ω =0 (5.139)
∂Z 4 4 ∂2Z 4 ∂Z 2
substituindo η = X + jY , vem:
∂4(X ) && ) + I ∂ ( X ) + 2 Ω ∂ (Y ) = 0
2 && 2 &
− EI − m ( X d
∂Z 4 ∂ Z
2
∂ Z 2
(5.141)
∂ 4 (Y ) ∂ 2 (Y&&) ∂ 2 ( i. X& )
j − EI − m (Y&&) + I d 2 − 2Ω = 0
∂Z 4
∂ Z ∂ Z 2
Podemos ver que as duas equações parecem ser acopladas nas variáveis X e Y
∂4(X ) && ) + I ∂ ( X ) + 2 Ω ∂ (Y ) = 0
2 && 2 &
− EI − m ( X d
∂Z 4 ∂ Z
2
∂ Z 2
(5.142)
∂ 4 (Y ) ∂ 2 (Y&&) ∂ 2 ( X& )
− EI − m (Y&&) + I d 2 − 2 Ω =0
∂Z 4
∂ Z ∂Z 2
135
5.3 Equação de Movimento do Rotor (Rotação Constante)
d ∂L ∂L
- = 0 ; onde j = 1,2,3.J ; (5.143)
dt ∂q& ∂q j
j
∂ 4η ∂ 2η&& ∂ 2η&
− EI − mη&& + I
∂Z 2 − 2 j Ω =0
∂Z 4 ∂Z 2
d
∂ 4η ∂ 2η&& ∂ 2η&
L t2
∫0 t∫1 ∂Z 4
− EI − m η
&& + I
d − 2 j Ω δX ∂t∂Z = 0 (5.145)
∂Z
2
∂Z 2
i i i i i i
i =1 t1 0
b t2 L
∂ X&& ∂ Y&&
∑ I di ∫ ∫ ∆ ′( Z − Z i ) δX + ∆ ′( Z − Z i ) δ Y ∂ z∂ t
i =1 t1 0 ∂Z ∂Z
∂Y& ∂X&
t2 L
2 I di Ω ∫ ∫ ∆′( Z − Z i ) δX − ∆′( Z − Z i ) δY ∂Zδt (5.147)
t1 0
∂Z ∂Z
136
Matriz de energia cinética do disco (Impelidor)
md 0 0 0 0 0 0 0
0 md 0 0 0 0 0 0
EC =
1
{q&d }T {q& d } + 1 ΩI P {qd }T {q& } (5.148)
2 0 0 Id 0 2 0 0 0 IP d
0 0 0 Id 0 0 − IP 0
M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0
[M dT ] = 0 M 0 0 ; [M ] = 0 0 0
0 ; [G ] = 0 0 0 (5.150)
dR d
0 0 0 0 0 0 Id 0 0 0 0 Ip
0 0 0 0 0 0 0 Id 0 0 −Ip 0
∂ 2η&& ∂ 2η& b
∂ η&& ∂ η& = 0 (5.152)
+ I d − 2 i Ω + ∑ I di ∆ ′ ( Z − Z i ) − 2 iΩ
∂Z ∂Z 2 ∂Z ∂Z
2
1
137
Na Seção (5.6.1) é analisada a ortogonalidade do efeito giroscópico. Cabe
registrar que o método de elementos finitos não facilita esta discussão, por ser abstrato.
Este fato pode induzir o usuário do método a pensar que o efeito giroscópico acopla as
equações de movimento (modos de vibração) de um rotor.
Sendo Z o eixo de rotação, um momento aplicado em Y produzirá uma reação
em X, ou vice-versa ( reação é um acoplamento dinâmico). Isto não quer dizer que haja
modos naturais acoplados, pois eles são independentes, com já foi demonstrado.
Em termos de sistema discreto mostraremos que “só pode” haver acoplamento
das equações diferenciais em pares de autovalores conjugados λ = ±iω .
As matrizes globais de resposta dinâmica ao desbalanceamento são:
M 0 0 0 0 0 0 0
0 M 0 0 0 0 0 0
0 0 Id 0 0 0 0 0
0 0 0 Id 0 0 0
0 = [M dT ] + [M dR ] (5.154)
0 0 0 0 M 0 0 0
0 0 0 0 0 M 0 0
0 0 0 0 0 0 Id 0
0 0 0 0 0 0 0 I d
0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 − ΩIP 0 0 0 0
0 0 ΩIP 0 0 0 0
0 = [Gd ] (5.155)
0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 − ΩIP
0 0 0 0 0 0 ΩIP 0
138
5.3.3) Equação de Movimento do Eixo/Disco/Mancais
As matrizes dos dois mancais podem ser divididas em dois nós ou não, para
efeito dos programas rotodinâmicos. Deve ainda ser considerada a rotação constante.
K XX K XY 0 0 0 0 0 0
K K 0 0 0 0 0 0
YX YY
0 0 0 0 0 0 0 0
matrize de rigidez do mancal (5.158)
0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0
C XX C XY 0 0 0 0 0 0
C C YY 0 0 0 0 0 0
YX
0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 matrize de amortecimento do mancal (5.159)
0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0
([M eT ] + [M eR ] + [M dT ] + [M dR ]){q&&e (t )} +
([Cb ] + Ω[Ge + Gd ]){q&e (t )} + [K b + K e ]{qe (t )} = 0 (5.160)
139
Após a montagem das matrizes globais, temos a equação de resposta dinâmica:
Esta última equação pode tornar-se mais geral com a introdução das forças
circulatórias, (conforme MEIROVITCH, L.,1997), que são usadas para representar
o acoplamento cruzado dos mancais (discutido na Seção 5.6.4.c):
140
5.4 Discussão sobre a Rigidez dos Mancais
No caso de mancais isotrópicos (mancais que possuem as mesmas propriedades
nas direções ortogonais X e Y, Kxx= Kyy ), os termos cruzados são considerados nulos
( K xy , K yx = 0)
corpo rígido do sistema, serão: (ω1 )2 = 2 K e (ω2 )2 = 6 K conforme ilustrado na figura 5.7.
m m
Quando os mancais são isotrópicos as órbitas de todos os elementos do eixo se
configuram como círculos no espaço e a solução do problema de autovalor está contida
no plano. (Solução no PlanoYZ é idêntica a solução no plano XZ desde que ( Kxx = Kyy ).
141
O primeiro efeito indesejável é a possibilidade de uma resposta dinâmica com
precessão no sentido inverso da rotação (backward). LALANNE, M., F. G.,1998
discute este fenômeno, o qual poderá ser observado na prática, somente nos casos em
que os níveis de amortecimento forem tão baixos que permitam a sua manifestação.
A precessão reversa pode ocorrer em freqüências próximas a uma das críticas do
mancal, quando as mesmas são diferentes (as rigidezes nas direções X e Y são
diferentes).A vibração reversa pode também estar associada à freqüência natural
backward do diagrama de Campbel, estando, neste caso, associada ao efeito
giroscópico e a algum mecanismo de rotação reversa backward como o roçamento
(rubbing) ou a alguma excitação eletromagnética.
142
5.5 Discussão sobre o Amortecimento dos Mancais
O amortecimento da vibração das turbomáquinas é um tópico da maior
importância no projeto das mesmas, sendo esta uma das principais razões que tornam
os mancais hidrodinâmicos a solução ideal para suspensão dos rotores de máquinas.
A matriz de amortecimento, utilizada na simulação dos mancais hidrodinâmicos,é
normalmente assimétrica. Por este motivo ela se torna em um dos tópicos responsáveis
pela complicação da solução do problema de autovalor. O amortecimento não permite
que o problema de autovalor possa ser projetado em uma única base ortogonal.
O acoplamento físico introduzido pelo amortecimento permite que a vibração de
um modo se superponha a vibração do outro modo. (Os autovetores não são ortogonais,
no sentido amplo e a solução da elástica está fora do plano).
Objetivando a apresentação didática do processo de solução do problema de
autovalor em sistemas amortecidos, são apresentadas algumas hipóteses para a
simplificação do equacionamento antes de se partir para a solução do geral
(assimétrico).
1) Amortecimento muito pequeno (de ordem inferior). Nestes casos o sistema
é considerado desacoplado. Assume-se que os elementos fora da diagonal são
pequenos (segunda ordem) e podem ser ignorados.
2) Na hipótese de amortecimento viscoso proporcional ambos os sistemas
(amortecido e não amortecido) possuem os mesmos autovetores. Na prática esta
hipótese aplica-se a estruturas de suporte de rotores Crr = ([αM + β K ])
A parcela de amortecimento da equação de movimento do eixo será:
143
(Φ T
α [M ]Φ +Φ T
β [K ] Φ ) {η& ( t ) }
Φ T
( α [M]+ β [K]) Φ {η& ( t ) } [C] η&r (t ) (5.162)
144
O fator de amortecimento modal pode ser calculado a partir do conceito do
decremento logarítmico, conforme CLOUD,C.H,BARRETT,L.E, MASLEM,E.H,2004,
por:
δ δ
ξ= ≈ (5.168)
4π + δ
2 2 2π
onde,
q.(t )
δ = ln é o decremento logarítmico, (5.169)
q.(t + T )
60a
δ ≈− (5.172)
Nd
145
5.6 Solução da Equação de Movimento (Autovalor)
solução harmônica usual, {q(t )}= {Q} eiω .t , à equação de movimento, revela-se o
problema de autovalor:
146
(“standard state”) e poderá ser resolvido seguindo-se a metodologia usualmente
empregada na solução de problemas de vibração, conforme mostrado abaixo.
A solução usual passa pela separação das variáveis z, t e em seguida tem-se que
resolver o problema apresentado na equaçao (5.175) e definir seus autovalores e seus
auto-vetores para uma rotação constante (“eigensolvers”).
N
Fazendo {Q(t )} = {Q} eiω .t = Φ{η}= ∑ {φrηr } e substituindo-se na
1
equaçao(5.175), tem-se:
onde:
Φ T {P(t )} = Fr = Fr (t ) (5.183)
147
Se o sistema de equações torna-se desacoplado, isto equivale a dizer que [M] e
[K] podem ser diagonalizadas e possuem inversa (simétricas positivas definidas)
O sistema de equações diferenciais será, portanto, constituído de equações
diferenciais ordinárias de segunda ordem independentes, que podem ser resolvidas uma
a uma, explicitando, desta forma, as freqüências naturais e a resposta dinâmica
associadas a cada modo de vibração.
Resolvendo a equação de movimento:
1 1 1
η&&r + ω 2 rηr = ΦT {Pr (t )} = .Fr = ω 2 r Fr (t ) ; (5.185)
M
r M
r Kr
e sendo Fr (t ) = 1.senΩt , tem-se:
ω r
iΩt iΩt
{η(t)} = Fr 1 2 e ;
N
1
{q(t )} = ∑ {φr }.. Fr
Kr
e (5.187)
Kr Ω 2
1 − ωr
1
1 − Ω
ω r
, M r = φ r [M ] φ r
T
[M]- Matriz de massa modal ⇒ Mr
148
Ortogonalidade das Bases Modais em Sistemas Giroscópicos
Neste ponto é conveniente uma breve reflexão sobre a ortogonalidade em
sistemas lineares. Na equação homogênea abaixo, temos a resolver um sistema
giroscópico, o qual possui uma matriz anti-simétrica [G], dada por
∂ 4η b
− EI − mη&& − ∑ M iη&&i ∆(Z − Z i ) +
∂Z 4 1
149
Nós sabemos da teoria das equações diferenciais ordinárias de ordem n (com
coeficientes constantes e reais), que a sua solução é linearmente independente e
pertence a um plano. Portanto, podemos afirmar que o efeito giroscópico não acopla os
autovetores de sua base ortogonal.
Infelizmente, o problema de autovalor relacionado à solução da equação de
movimento do modelo giroscópico discreto não é simétrico.
Dentro da formulação de elementos finitos, torna-se difícil caracterizar a
independência linear dos modos naturais de vibração dos sistemas giroscópicos,
mesmo sabendo que os seus autovetores são linearmente independentes.
Nas seções (5.6.3, a e b) mostra-se que o problema de autovalor giroscópico
conservativo pode tornar-se simétrico positivo definido, após a separação da variável
“tempo”. Mostra-se ainda que é possível o desacoplamento das equações de
movimento do modelo de elementos finitos (consistente) do rotor, empregando-se a
base dos autovetores bi-ortogonais da matriz giroscópica [G].
O método de solução proposto para resolver esta equação é válido para casos em
que o amortecimento é pequeno. Requer-se a definição inicial de uma base não
amortecida para o sistema (problema de autovalor).
150
Este sistema, constituído somente palas matrizes [M ] e [K ] , foi resolvido na
N
Fazendo-se {q(t )} = Q.ei.w.t = Φ{η} = ∑{φrηr } e pré-multiplicando-se por Φ T ,
1
K r = φr [K ]φr ωr M rr
T 2
[K] - matriz de rigidez Modal
151
1 T 1 1
η&&r + 2ξrωrη&r + ω 2rηr = Φ Pr (t ) = Fr (t ) = ω 2r .eΩ.t (5.196)
M rr M rr Kr
1
η&&r + 2ξ rωrη&r + ω 2 rη r = ω 2 r .eΩ.t , r = 1,2,..,N e (5.197)
Kr
Crr
ξr = ξ rr = ξ r ⇒ fator de amortecimento modal. (5.198)
2 M rrωrr
Fr
K
η r (t ) = r
cos( Ω t − α r ) (5.199)
(1 − r )r
2 2
+ (2 ξ r r r )2
2rrξ r
tan α r = , ângulo de fase α (5.200)
1 − rr
2
N
=∑ (
φ ir φ jr
)
(1 − r ) r
2 2
(1 − r ) + (2 ξ
Parte Imaginária I ( H ij ) (5.201)
)2
2
r =1 Kr
r
2
r rr
N φ ir φ jr − 2 ξ r rr
∑( )
( )
Parte Real (FRF) R( H ij ) = (5.202)
+ (2ξ r rr )
2 2
r =1 Kr 1 − rr 2
152
varredura, sendo que os cálculos são realizados para cada rotação da máquina (rigidez
dos mancais).
Seja: [M] (n × n ) ; [C] (n × n ) ; [K] (n × n ) e Φ [ ] (n × 3)
Projetando-se estas matrizes em sua base modal, tem-se as n equações
independentes abaixo.
[ ]
Seja Φ ⇒ (3 × 3) , obtido de [Φ ] ⇒ (n × n ) , pela eliminação das últimas (n-3)
colunas.
A solução truncada surge quando aplicamos [Φ ] às matrizes originais, fazendo:
∑ {φ η }e
3
Q.eω .t = Φ {η }ei.Ω.t = j j
i . Ω .t
(5.204)
1
onde:
[M*](3x3) ; [G*](3x3) ; [K*](3x3) ; [P*] (3x3) (5.207)
153
[φ ]T M [φ ]η&&r (t ) + [φ ]T C[φ ]η&r (t ) + [φ ]T K [φ ]ηr (t ) = [φ ]T Q = Q (5.209)
C(0)= [C ] = Ma0 [D ] = a0 [M ] ;
0
C(1)= [D ]
−2
[C ] = Ma1 (K M ) = a1[K ] ;
C(2)= [C ] = Ma2 [D ]
2
s
[C ] = M ∑ a j [D]j = a−2M[D] + a−1M[D] + a0M + a1K + Ma2[D]
−2 2
(5.212)
j =−s
tem-se:
[U ]η&&r + [M ]−1[C ][U ]η&r + [M ]−1[K ][U ]ηr = [M ]−1Q ; [D ] = [M ]−1[K ] (5.214)
154
[V ]T [U ]{η&&} + [V ]T [M ]−1[C][U ]{η&} + [V ]T [M ]−1[K ][U ]{η} = [V ]T [M ]−1Q (5.215)
e substituindo-se, vem:
r
η&&r + ∑ a jωr 2 j .η&r + ωr2 .ηr = V T .[M ]−1 Q (5.218)
j=−s
onde o termo escalar
2
( )
r
deverá ser calculado para cada equação independente e leva à contribuição não apenas
da freqüência natural do modo de vibração, como no caso da superposição modal, mas
também à contribuição de uma série formada a partir da freqüência natural de interesse.
O amortecimento proporcional é um caso particular desta abordagem, pois
155
No mundo das turbomáquinas com mancais hidrodinâmicos, o amortecimento
não é considerado pequeno e é responsável pelo acoplamento dos modos normais
(autovetores).
O amortecimento é um dos elementos responsáveis pela distorção da elástica,
fazendo com que ela se torne uma curva reversa no espaço. Re-escrevendo-se a
equação(5.256) na forma de equação de estado e considerando
[I ].{q& (t )} − [I ].{q& (t )} = 0 , obtem-se:
q& 0 q [0 ]
. .
η& (t ) = =
I
+ − 1 {F }
(5.222)
−1
q&& − M K − M −1C q& [M ]
onde:
.
0 I
A= ; η ( z ) = q e η& ( z ) q&
= (5.222a)
−1
− M K − M −1C q& q&&
.
0 I
λη (t ) = [ A] η (t )
.
; λη = −1 −1
η (5.224)
− M K − M C
([A] − λI )η = 0 (5.225)
0 I
det ([ A] − λI ) = det −1 −1
− λI = 0 (5.226)
− M K − M C
156
Este problema pode também ser abordado usando-se a teoria de controle, na qual
é feita a integração, no domínio do tempo, das equações de estado (matriz não
simétrica). Com a ajuda da teoria de controle nós podemos resolver este sistema de I/O
(imput/output) para identificar as suas variáveis de saída pela “integração no tempo”.
As saídas deste sistema rotodinâmico são deslocamentos nodais e velocidades
nodais do sistema global original (não reduzido) e podem ser escritas na forma de
variáveis de estado (resposta dinâmica):
η& ( t ) = A η ( t ) + Bu ( t )
(5.227)
Y = D η (t )
[0] [I ] .
0
.
157
Este método baseia-se na independência linear dos modos de vibração de um
sistema giroscópico puro, o qual não acopla por si só os diversos autovetores do
sistema rotodinâmico.
[− ω 2
M + iω Ω G + K ] {u } = o (5.230)
[
det . − ω 2 M + i ω Ω G + K ]
.
= 0 (5.231)
[
det . − ω 2 M + iωΩG + K ]
T
[
= det . − ω 2 M − iωΩG + K = 0 ].
(5.232)
158
Dentro desta metodologia, vamos introduzir os conceitos desenvolvidos nesta
pesquisa de tese. Esta abordagem será útil para o estabelecimento de conceitos
associados ao efeito giroscópico.
Calculemos a matriz giroscópica representativa do sistema da figura 5.8: (roda de
bicicleta).
EC =
1
2
[ 2
]
m ( x& − Ωy ) + ( y& + Ωx ) =T
2 .
(5.233)
Energia Potencial
EP =
1
2
[ .
]
Kx 2 + Ky 2 = U (5.234)
(T − U )dt = 0
t2
δ∫ (5.235)
t1
m&x& − 2mΩy& − mΩ 2 x + Kx = 0
(5.236)
m&y& + 2mΩx& − mΩ y + Ky = 0
2
159
x u1
trocando-se por {q} = , vem:
y u2
− 2mΩ
. .
m 0 K − mΩ 2
[G ] =
0 0
sendo M = K =
;
0 m 0
;
K − mΩ 2 2mΩ 0
Equação característica λ2 + 4m 2Ω 2 = 0
Podemos dizer que a matriz giroscópica possui duas freqüências naturais: uma
“forward” e outra ”backward”. Considerando-se λ1 = +2imΩ e substituindo-se na
primeira equação “forward whirl” .
{u}1 =
a
Fazendo u1 = a u2 = −ia λ1 = +2imΩ e (autovetor 1)
− ia
Considerando λ2 = −i 2mΩ na primeira equação tem-se u2 = i.u.1 “backward
whirl”
160
{u}2 =
b
Fazendo u1 = b u2 = ib λ1 = −2imΩ e (autovetor 2)
ib
Os autovalores desta matriz são complexos puros conjugados: λ1, 2 = ±2imΩ
{b, ib }
b
{u}2T {u}2 = = b 2 + i 2 .b 2 =0 (5.244)
ib
161
1 1
[U] = − i i (5.247)
− λ.v1 + 2mΩv2 = 0
equação característica λ2 + 4m2Ω2 = 0 (5.249)
− 2mΩ.v1 − λ.v2 = 0
{v1} =
c
Fazendo-se v1 = c v2 = ic λ1 = +2imΩ e (auto-vetor 1)
ic
Considerando-se λ2 = −i2mΩ e substituindo-se na primeira equação tem-se:
d
v2 = −iv1 . Fazendo-se v1 = d v2 = −id λ1 = −2imΩ e {v2 } = (auto-vetor 2)
− id
Os autovalores de [G ] são complexos puros conjugados: λ1,2 = ±2imΩ , os auto-
T
vetores de [G ]
T
são complexos conjugados e são não ortogonais:
162
c ic c d c2 +i2.c2 cd−i2cd 0 2cd
[V] =
cd
[V]T
[V] = d −idic −id = =
2 2 (5.252)
ic − id cd−i cd d +i .d 2cd 0
2 2
1 b
{u}2T {v}2 = {b, ib} d = 2bd {v}1 = ; {v}2 =
1 d
(5.255)
−id 2bd ib 2bd − id
a − ia c d
2 ac 2 bd = 1 0 = [I ]
[U ]T [V ] = 2 ac
b ib
2 ac
ic − id 0 1 (5.256)
2 bd 2 bd 2 ac 2 bd
Como a, b, c, d são valores arbitrários, sejam a=1 ; b=1 ; c=1 ; d=1.
1 1 1 1 1 1 1 0
[U ]n = − i i = [U ] ; [V ]n = i − i = [V ] ; [U]n [V]n = 0 1
T
(5.257)
2 2
1 1 1 1 1 1
Observando as matrizes normalizadas [U] = e [V ] = , vemos
2 −i i
2 i − i
{u}1 = =
1
que o auto-vetor x da base [G] se transforma no auto-vetor
− i
163
{v}2 =
1
y da matriz transposta [G ] , o que sugere que a operação de
T
− i
transposição da matriz giroscópica, equivale a uma rotação do referencial inercial.
T K − mΩ 0
2
Diagonalização da matriz de rigidez [K] = [V ] .[U]
0 K − mΩ2
=
(
1 2 K − mΩ2 ) 0 K − mΩ2 0
= [U ] [K ][V ]
=
T
2 0 (
2 K − mΩ2 ) 0 K − mΩ2
(5.261)
164
da matriz Giroscópica [G ] serão portanto empregados para desacoplar as
165
Portanto, o determinante e a equação característicos são
−λ g.1,2
= 0 λ + g1, 2 g1, 2 = 0 λ.1 = −ig12 ; λ.2 = +ig12
2
Det... (5.264)
− g.
1,2 λ
Procedendo-se igualmente, sendo {u}2 = 1 e {v}2 = 1 , tem-se que [U ] e [V ] de [G ]
são:
− i i i − i 1− i
[U ] = i i 1 0
e [V ] = , sendo [V] [U] = = 2.
T
(5.265)
1 1 1 1 − i 1 1
1
0 1
( λ2 [M ] + λ [G ] + [K ] ) {u } = 0 (5.266)
( 2 2
)
m.1,1m..2,2λ.4 + (m.1,1K.2,2 + m.2,2K.1,1)λ2 + k.1,1K.2,2 − (λ2m.1,2 + K.1,2 ) − (λg.1,2 ) = 0 (5.268)
(m m
.1,1 .2,2 ) ( ) ( )
−m21,2 .ω.4 + −m.1,1K.2,2 −m2,2K1.1 + 2m1,2K1,2 − g21,2 .ω2 + k.1,1K.2,2 − K21,2 = 0 (5.269)
166
A matriz da equação (5.267) é reapresentada na forma de sistema de equações
homogêneas.
(λ m2
.1,1 ) (
+ k.11 .u.1 + λ2m.1,2 − λg.1,2 + k.1,2 .u2 = 0 ) (5.270)
(λ m 2
.1, 2 + λg.1, 2 + k.1, 2 ).u.1 + (λ2 m2, 2 + k2, 2 ).u2 = 0 (5.271)
dizer:
=
(
− λ1 m2, 2 + k2, 2 .
2
) u1 =
(
− k2, 2 − ω 2 m2, 2 . )
(λ ) u2 ⇒
(1) (1)
⇒
u1
1
2
m.1, 2 + λ1 g.1, 2 + k.1, 2 .
u2
(− m ω − ig.1, 2ω + k.1, 2 ).
.1, 2
2
⇒ u1 =
( ) [(
− k2, 2 − m2, 2ω 2 × k.1, 2 − m.1, 2ω 2 + (i.g.1, 2ω ) ) ]u
.
⇒
(k .1, 2 )
− m.1, 2ω 2 + (g.1, 2ω )
2 2 2
u
(1)
=
[− m 2,2 m1,2ω4 + (k2,2m1,2 + k12m2,2 )ω2 − k2,2k1,2 − i. k2,2 g.1,2ω − m2,2 g.1,2ω3 ] (
.
)u
.
(1)
(5.272)
1
(k
.1,2 − m.1,2ω ) + (g ω)
2 2
.1,2
2 2
u
(2)
=
[− m m ω4 + (k2,2m1,2 + k12m2,2 )ω2 − k2,2k1,2 + i. k2,2 g.1,2ω − m2,2 g.1,2ω3 ×.
2,2 1,2 ] (
.
) (2)
u2 (5.273)
1
(k.1,2 − m.1,2ω ) + (g ω)
2 2
.1,2
2
= 1 e u2 = 1 , teremos:
(1) ( 2)
e fazendo-se u2
B C B C
−i +i
{u1}= A A e {u 2 } = A A (5.277)
1 1
167
b − ic b + ic
= c [U ] = [{u1}, {u2 }] =
B C
Fazendo-se =b e 1 (5.278)
A A 1
segue:
0 g1, 2 0 − g1,2
[G ]T = [G] =
0
e
− g1, 2 g1,2 0
Para tanto, substituem-se nas equações (5.274) a (5.276) o valor de g1, 2 por
B′ C′ B′ C′
{v1} = A′ + i A′ e {v2 } = A′ − i A′ (5.282)
1 1
B′ C′ b + ic b − ic
Fazendo-se
A′
=b e
A′
= −c [V] = [{v1},{v2}] = U = [] 1
(5.283)
1
168
b + ic 1 b − ic b + ic b2 + c 2 + 1 b2 + 2ibc − c2 + 1
[V ]T [U ] = .
(5.284)
b − ic 1 1 1 b − 2ibc − c + 1
2 2
b2 + c 2 + 1
b 2 + 2ibc − c 2 + 1 = 0
b2 − c2 + 1 = 0 e bc = 0 (5.285)
b − 2ibc − c + 1 = 0
2 2
− i i i − i
[U ] = e [V ] = (5.286)
1 1 1 1
Vamos também mostrar que, no caso de B = 0 e C = A , os valores encontrados
para ω , fornecidos através da relação B + C − A = 0 ≈ (5.269), são idênticos aos
autovalores do sistema dinâmico fornecidos pela sua equação característica (5.269):
B+C − A=0⇒ (− m 1, 2 )
m.2,2 − m21,2 .ω.4 − m2,2 g1,2ω3 +
( ) ( )
+ m.1, 2 k.2, 2 + m2, 2 k.1, 2 + 2m1, 2 k1, 2 − g 21, 2 .ω 2 + k2, 2 g.1, 2ω − k.1, 2 k.2, 2 + k 21, 2 = 0 (5.287)
Como esta equação não possui os termos m1,1 e k1,1 , precisaremos usar a equação
169
B ′′ C ′′ B ′′ C ′′
+i −i
{v1} = A ′′ A ′′ e {v2 } = A ′′ A′′
(5.289)
1 1
A ′′ = − k 1 ,1 + m 1 ,1ω 2
(5.290)
B ′′ = k 12 − m 1 , 2 ω 2
(5.291)
C ′′ = − g .1 , 2 ω (5.292)
B′ + C′ − A′ = 0 (− m
1, 2 − m.1,1 ).ω 2 − g1,2ω + (k.1,1 + k.12 ) = 0
(m m
.1,1 .2,2 ) ( ) ( )
−m21,2 .ω.4 + −m.1,1K.2,2 −m2,2K1.1 + 2m1,2K1,2 − g21,2 .ω2 + k.1,1K.2,2 − K21,2 = 0 (5.294)
Conclusão da Prova:
Os autovetores adjuntos da matriz [G ] são idênticos aos autovetores de
são eles
− i i i − i
[U ] = e [V ] = [ ]
1 1 , sendo [V ] = U (conjugado) e [V ] [U ] =
T 2 0
0 2 (5.296)
1 1
170
Na seqüência mostraremos que as condições necessárias para a diagonalização
das matrizes [M ] , [K ] são também atendidas pela mesmas condições impostas
anteriormente: B = 0 , C = A. , B′′ = 0 e C ′′ = A′′ .
Pré e pós multiplicando [M ] e [K ] por seus autovetores adjuntos temos:
m.11 − m22 + 2im.12 = 0; m.11 = m22.;.k.11 =k22 ; m.12 = m21 = k.12 = k21 = 0 ; g.1,2 =−g21=g (5.299)
B=0 e B′′ = 0
(5.3000)
( ) (
A − C = g 2ω.2 − k − mω2 gω = − mω2 − gω + kω2 gω = 0 A = C ) (5.300)
( ) ( )
A′′ − C′′ = − k − mω2 − gω = − − mω2 + gω + k = 0 A′′ = C ′′ (5.301)
171
Este é, portanto, um contra-exemplo concreto para a afirmativa corrente, que diz:
O efeito giroscópico acopla os modos de vibração de um sistema rotodinâmico.
Premultiplicando por [V ]n
T
, vem:,
[V ]nT [M ][U ]n.{η&&}+ [V ]nT [G][U ]n.{η&}+ [V ]nT [K ][U ]n.{η} = [V ]nT {Q} = {Q} (5.304)
. .
2imΩ 0 k −mΩ2
m
0
0
{η&&} + {η&} + 0
2
{η} =[V]nT{Q} = Q = 1
Q
{} (5.305)
m 0 −2imΩ 0 k −mΩ Q2
( ) (
η&&1 + 2iΩη&1 + k m − Ω 2 η1 ⇒ r 2 + 2iΩ.r + k m − Ω 2 = Q1 ) (5.307)
172
( )
η&&2 − 2iΩ η&2 + k m − Ω 2 η 2 ⇒ r 2 − 2iΩ.r + k m − Ω 2 = Q2 ( ) (5.308)
ou,
Substituindo-se os valores η2 =e.rt ; η&2 = re.rt ;η&&2 = r2e.rt na equação (5.308), tem-se:
i . Ω − k t i . Ω + k t
η 2 = D1e.r t + D2e.r t ⇒ D1e
.1 .2 m
+ D2e m
r.1,2 = .i.Ω ± k (5.311)
m
1 − i iη1
{q} =
X
= [U ].n {η } [U ]n {η} = (5.313)
Y 2m 1 1η2
logo:
173
X 1 − iη1 iη2
= (5.314)
Y 2m η1 + η2
1 ..t +
X .(t ) = E 1 cos . Ω + k ..t + F .sen . Ω + k
2m m 1
m
1 ..t +
Y.(t) = E 2 cos . Ω + k ..t + F .sen . Ω + k
2m
m 2
m
Observamos que E2 = F1 ; F2 = − E1 ; G2 = − H1 ; H 2 = G1
Tem-se, portanto, quatro constantes arbitrárias de integração que devem ser
determinadas a partir das quatro condições iniciais X (0) ; X& (0) ; Y (0) ; Y& (0)
174
5.6.3.a-3) Exercício Giroscópico 2 (Roda de Bicicleta 2):
m 0 0 0 0 − 2m 0 0 K − m.Ω2 0 0 0
0 2m 0
m 0 0
.{η&&.} + .Ω..
0 0
.{η&.} + . 0 K − m..Ω2 0 0
.{η} = 0
0 0 I 0 0 0 0 − 2I 0 0 κ 0
0 0 0 I 0 0 2I 0 0 0 0 κ
X u1
Y u
onde: {η..} = = 2; m ⇒ massa da roda; I ⇒ inércia da roda (5.317)
θX u3
θY u4
175
Pesquisa de Base Modal com Matriz de Autovetores Giroscópica [G]:
Os autovalores e autovetores da matriz [G] podem ser calculados como abaixo:
0 −2m.Ω 0 0 −λ − 2m.Ω 0 0
2m.Ω 0 0 0 [..[G..] −λ...[Ι..]..] {u} 2m.Ω −λ 0 0 {u}= {0} (5.318)
[G] = . .
0 0 0 −2I.Ω 0 0 − λ − 2I.Ω
0 0 2I.Ω 0 0 0 2I.Ω − λ
−λ − 2m.Ω 0 0
Det. 2m.Ω −λ 0 0 Det. − λ − 2m.Ω X Det. − λ − 2I .Ω
=0 (5.319)
. 2m.Ω − λ 2I .Ω − λ
0 0 − λ − 2I.Ω
0 0 2I.Ω − λ
−λ −2m.Ω
Det =0 λ.2 = −4m2Ω2 λ..1,2 = ±.2.i.m.Ω (5.320)
2m.Ω −λ
−λ −2I.Ω
Det = 0 λ.2 = −4I 2.Ω2 λ...3,4 = ±.2..i.I.Ω (5.321)
2I.Ω −λ
2.im.Ω 0 0 0
0 − 2.im.Ω 0 0
[λ] = . ; λ1 + λ2 + λ3 + λ4 = Tr[G] = 0 (5.322)
0 0 2.iI.Ω 0
0 0 0 − 2.iI.Ω
1
− i
Fazendo .u1 = 1 e .u.2 = −i λ1 = −2imΩ e {u1}= (autovetor 1)
0
0
176
1
i
Fazendo-se u1 = 1 e u2 = i λ2 = 2imΩ e {u2} = (autovetor 2)
0
0
0
0
Fazendo-se .u.3 = 1 e .u4 = −i λ.3 = −2i.I .Ω e {u3}= (autovetor 3)
1
− i
0
0
Fazendo-se .u.3 = 1 e .u4 = i λ.3 = 2i.I .Ω e {u4}= (autovetor 4)
1
i
1 1 0 0 1 − i 0 01 1 0 0 0 2 0 0
−i i 0 0 1 i 0 0 − i i 0 0 2 0 0 0
[U] = . [U ] [U ] =
T
. = (5.326)
0 0 1 1 0 0 1 − i 0 0 1 1 0 0 0 2
0 0 −i i 0 0 1 i 0 0 − i i 0 0 2 0
177
Determinação de autovalores e autovetores Adjunto [G ] :
T
−λ 2m.Ω 0 0
[[G ]T
]
− λ [.Ι ] {u}
− 2mΩ. − λ
0 0 {u}= {0}
. (5.327)
0 0 −λ 2 I .Ω
0 0 − 2 I .Ω − λ
−λ 2m.Ω 0 0
− 2m.Ω − λ 0 Det. −λ 2m.Ω −λ 2I.Ω
−2I.Ω −λ =0
Det. 0
. −2m.Ω −λ X Det. (5.328)
0 0 − λ 2I.Ω
0 0 − 2I.Ω − λ
2.im.Ω 0 0 0
; λ1 + λ2 + λ3 + λ4 = Tr[G] = 0
0 − Ω 0
[λ ] =
2.im. 0
.
(5.330)
0 0 2.iI .Ω 0
0 0 0 − 2.iI .Ω
1
Fazendo-se v1 = 1 e .v.2 = i {v1} = i
(autovetor 1)
0
0
178
1
− i
Fazendo-se v1 = 1 e v2 = −i {v2 } = (autovetor 2)
0
0
0
Fazendo-se .v.3 = 1 e .v4 = i {v3 }= 0
(autovetor 3)
1
i
0
Fazendo-se .v.3 = 1 e .v 4 = −i {v.4 }= 0 (autovetor 4)
1
− i
1 1 0 0 1 1 0 0
i 0
Assim: [U ] = − i i 0 0 ; [V ] =
−i 0
(5.333)
0 0 1 1 0 0 1 1
0 0 −i i 0 0 i − i
1 −i 0 0 0 2m.Ω 0 0 1 1 0 0
1
i 0 0 −2m.Ω 0 0 0 i −i 0 0
[U]T[G]T[V] = . . .
0 0 1 −i 0 0 0 2I.Ω 0 0 1 1
0 0 1 i 0 0 −2I.Ω 0 0 0 i −i
− 4imΩ 0 0 0
0 4imΩ 0 0
[U]T [G]T [V ] = . . (5.334)
0 0 − 4iIΩ 0
0 0 0 4iIΩ
179
Logo a matriz [U ] é linearmente independente da matriz [V ] e os autovetores de [G ]
1 1 1
+ i −i
{u1} {v1} = {1,−i,0,0} = 2
T 1 1 i
{u1}n = ; {v1}n = (5.335)
0 20 2 0
0 0 0
1 1 1
− .i i
1 1 − .i
{u2} {v2} = {1, i,0,0} = 2 {u 2 }n =
T
. ; {v2 }n = (5.336)
0 2 0 20
0 0 0
1 − i 0 0 1 1 0 0
0 i − i 0 1
1 1 i 0 0
[U ]T n [V ]n = .
2 0 0 1 − i 0 0 1 1 2
0 0 1 i 0 0 i − i
1 0 0 0
0 0 =
[U]T n[V]n = 1 0
. [I ] (5.338)
0 0 1 0
0 0 0 1
(orto-normal) ;
1 1 00 1 1 0 0
− i
i 0 0 1 i − i 0 0
[U ]n = 1 . , [V ]n = (5.339)
20 0 1 1 2 0 0 1 1
0 0 −i i 0 0 i − i
180
Diagonalização das Matrizes [M], [G], [K] Modais:
1 i 0 0 0 − 2m.Ω 0 0 1 1 0 0
1 − i
0 0 2m.Ω 0 0 0 − i i 0 0 1
[V ]T [G][. U] = 1 . . .
2 0 0 1 i 0 0 0 − 2I.Ω 0 0 1 1 2
0 0 1 − i 0 0 2I.Ω 0 0 0 −i i
2.im.Ω 0 0 0
0 − 2.im.Ω 0 0
[λ] = . (5.340)
0 0 2.iI.Ω 0
0 0 0 − 2.iI.Ω
2 .im Ω 0 0 0
0 − 2 .im .Ω 0
[U]T [G]T [V ] =
0
. (5.341)
0 0 2 .iI Ω 0
0 0 0 − 2 .iI Ω
1 i 0 0 m 0 0 0 1 1 0
0 m 0 0 0
1 − i 0 0 0 m 0 0 − i
i 0 0 1 = 0 0
[V ]T [M ][. U ] = 1 .. .. . m 0
.
(5.342)
2 0 0 1 i 0 0 I 0 0 0 1 1 2 0 0 I 0
0 0 1 − i 0 0 0 I 0 0 −i i 0 0 0 I
1 i 0 0 K −m..Ω..2 0 0 0 1 1 0 0 K − m.Ω..2 0 0 0
[V ] [K ][. U ] = 1 1
T
−i 0 0 0
.. K −m..Ω..2
0 0 −i
..
.
=
i 0 0 1 0
K − m..Ω..2 0
0 (5.343)
2 0 0 1 i 0 0 Κ 0 0 0 1 1 2 0 0 Κ 0
0 0 1 −i 0 0 0 Κ 0 0 −i i 0 0 0 Κ
181
Solução da Equação Diferencial de Movimento
Tomando-se a equação
u.1,.1 u.1,.4
u u
.2,.1 .2,.4
e fazendo-se {q} = [U ]n {η } = η.1 +... + η.4 , podemos escrever:
u.3,.1 u.3,.4
u.4,.1 u.4,.4
m 0 0 0 0 −2m 0 0 k−m.Ω2 0 0 0
0
m 0 0 .
T 2m
0 0 0 . 0 k−m.Ω2
[V]Tn. ..[U]n {.η&&.}.+.Ω..[V] n. ..[U]n .{η&..}.+.[V] n
T
0
..[U]n .{η..} =.[V] n.[Q]
0 0 . T (5.347)
0 0 I 0 0 0 0 −2I 0 K 0
0 0 0 I 0 0 2I 0 0 0 0 K
.
m 0 0 0 2.im 0 0 0 k − m.Ω2 0 0 0 Q1
0
m 0 0 0 − 2.im 0 0 − .Ω2 T Q2
.{η} = [Vn ] (5.348)
.{η&&}+ Ω. .{η&}+ 0 k m 0 0
0 0 I 0 0 0 2.iI 0 0 0 K 0 Q3
Q.4
0 0 0 I 0 0 0 − 2.iI 0 0 0 K
.
k − Ω 2 0 0 0
1 0 0 0 2.i 0 0 0
m Q1
0 0 − 2.i 0 0 k − Ω2 0 0 (5.349)
1 0 0 0 T Q 2
.{.η&&}+ Ω .{η&}+ .{η } = [Vn ]
m
0 0 1 0 0 0 2.i. 0 0 0 K 0 Q3
I
0 0 0 1 0 0 0 − 2.i. 0 0 0 K Q.4
I
182
Fica claro que as quatro equações estão desacopladas. Fazendo-se uso do
método mostrado, podemos escrever diretamente as equações características do
sistema:
( )
η&&1 + 2iΩη&1 + k m − Ω 2 η1 = {Vn } 1{Q1}
T
(primeiro autovetor) (5.350)
( )
η&&2 − 2iΩη&2 + k m − Ω 2 η 2 = {Vn }T 2 {Q2 } (segundo autovetor) (5.351)
η&&4 − 2iΩη&4 + K I η4 = {Vn }T 4 {Q4 }; (1×4) ⊗(4×1) =(1×1) (quarto autovetor) (5.353)
o que leva a:
183
i . Ω − k t i . Ω + k t
η 2 = D1e r t + D2 e r t ⇒ D1e
.1 .2 m
( forward ) + D2 e m
( backward ) (5.357)
η 2 = D1 cos . − Ω + k m .t − i.sen.. − Ω + k m .t +
−i . Ω + K I t −i . Ω − K I t
η3 = E1e r t + E 2 e r t ⇒ E1e
3 4
+ E2 e
⇒ (5.359)
i . Ω − k t i . Ω + k t
η 4 = F1e r .t + F2 e r .t ⇒ F1e
3 4 I
+ F2 e I
(5.361)
X
Y
{q} = = [U ]. n {η } podemos calcular {q} conforme (5.363)
θX
θX
X = q1 =
1
[η 1 + η 2 ] ; Y = q2 =
1
[− i η 1 + i η 2 ];
2 2
θ X = q3 =
1
[η 3 + η 4 ] ; θ y = q4 =
1
[− iη3 + iη 4 ] (5.364)
2 2
184
5.6.3.a-4) Prova do Desacoplamento das Equações do Sistema
Giroscópico Puro N G.L.
−ω2[M] {u} + iω.[G]{u} + [K]{u} = {0} e − ω2[M].{v} + iω.[G]T {v} + [K]{v} = {0}
.
(5.365)
{v }
j
T
⇒ − ωi .[M ].{ui } + i.ωi .[G ].{ui } + [K ].{ui } = {0}
2
(5.366-a1)
185
(ω i
2 2
)
− ω j {v j } [M ] {ui } − i (ωi − ω j ){
T
. v j } [G ]{ui } + {0} = {0}
. T
(5.368)
(ω + ω ){v } [M ] {u } = 0
i j j
T .
i (5.370)
somente será igual a zero nos casos em que seus autovalores ωi e ω j sejam complexos
[ ]
j = i(2.n +1) + 1 ; Exemplos: ω1 +ω2 = 0 ; ω7 +ω8 = 0 ou ainda ω2n+1+ω2n+2 =0. (5.371)
Pode-se, desta forma, concluir que, baseado na equação (5.372), que {v j } [K ]{ui },
T
186
Mostramos que os autovetores {ui }da matriz [G ] e os autovetores {v j } de [G ]T ,
desacoplam as equações do sistema giroscópico puro, em n sistemas independentes
2
formados por pares de equações cujos autovalores são λi = − λ j .
λ.11 0
0 0
0 − λ11
= [V ] [G][U ] ,M.Espectral
0 T .
(5.374)
λ.i.i 0
0 0 −λ 0 .
i,i
0
λ 0
. m. m
0 0 0 − λm,.m
m11 im12
0 0
−im21 m22
0
mi.i imi.,.i+1 = [V ]T [M ][
.
U] (5.375)
0 −im m 0
i+1.,.i i.+1,.i+1
0
mn−1,n−1 imn−1,n
0 0 −im
n,n−1 mn.n
K11 iK12
−iK21 K22
Ki.i Ki.,.i+1 = [V ]T [M ][
.
U] (5.376)
K
i+1.,.i Ki.+1,.i+1
iKn−1,n
Kn−1,n−1
−iK Kn.n
n,n−1
187
[M ]{q&&(t )} + (Ω [G ]) {q& (t )} + [K ]{q (t )}= 0 (5.377)
onde:
m m
i+1,.i i +1,i+1 0 − λi,i k k
i +1,.i i +1,i +1
Sendo: g i , j = − g j , i ; mi , j = m j ,i ; K i , j = K j ,i
mR2l 2 2 mω2l 4
Fiv + (ω - 2Ωω).F′′ − F = 0 Fiv +α.F′ −β4.F = 0 F(z) = X(z) +i.Y(z) (5.380)
4EI EI
Portanto, as soluções oriundas de um sistema rotodinâmico são linearmente
independentes, ou, em outras palavras, os efeitos inerciais (entre eles o giroscópico) e
de rigidez do eixo não acoplam as suas soluções (autovetores).
Semelhantemente podemos mostrar que após a transformação linear (pré e pós
multiplicação pelos autovetores adjuntos) efetuada em cada uma das matrizes
consistentes [M eT ] , [M eR ] e [K e ] , os termos da diagonal oposta das matrizes
apresentadas, m.i ,i +1 e m.i +1,i , k.i ,i +1 e k.i +1, i se anulam, sendo esta a condição necessária
188
1 1 i mi,.i mi,.i +1 1 1 1 1 mi,.i − mi,.i +1 m.i.,.i + mi,.i +1
[V ]T [M ][U ] = . = (5.381)
2 1 − i mi+1,.i mi+1,.i+1 2 − i i 2mi +1,.i − mi+1,.i +1 mi+1,.i + mi +1,.i +1
Estas duas condições, m.i ,i = m.i +1,.i +1 e m.i ,.i +1 = m.i +1, i = 0 são atendidas pelas
189
Seguindo-se o método desenvolvido anteriormente vamos escrever a equação de
movimento do eixo constituído de um elemento que possui rigidez e inércia
distribuídas. Este problema foi tratado de forma simplificada no Capítulo II.
Reescrevendo a equação (5.151), vem:
([MeT ] + [MeR ] + [MdT ] + [M dR ]){q&&e (t )} + Ω ([G e ]+ [Gd ]) {q&e (t )} + ([Ke ]){qe (t)} =0 (5.383)
ROTOR EM BALANÇO
ρAl
= 0,0365 Kg.m ércia de massa de translação eixo
420
ρAR 2 Ie
Ie = = 0.00032 kg.m Inércia de massa em rotação do eixo
120l 30.l
2 ρAR 2 2 ρAR 2
I p = 2I d = = = 0.00064 kg.m Inércia polar do eixo
120l 4 × 30l
E .I
l =1 3
= 0.307.Kg * / m
l
[M d ] ⇒ Massa do disco = 49,01 kg m = 0,0365 × 1341 = 49,01 Kg
Inércia de rotação do disco = 0,50 Kg × m 2 m = 0,00032 ×1562 = 0,50 Kg × m 2
190
Pesquisa de Base Modal com Matriz de Autovetores Giroscópica [G]:
4.8..i 0 0 0 0 0 0 0
0 − 4.8..i 0 0 0 0 0 0
0 0 0
λ1 + λ2 + λ3 + λ4 = Tr[G] = 0
0 0.17..i 0 0 0
; (5.384)
0 0 0 − 0.17..
i 0 0 0 0
[λ] =
0 0 0 0 0.33..i 0 0 0
0 0 0 0 0 − 0.33..i 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0
− 1 −1 0 0 0 0 − 2 0
i
0
−i 0 0 0 0 0 2
autovetor de [Ge ] (5.385)
0 −1 −1 − i i 0 0
10 − i −1 −1 0
[U ]n =
0 i 0
2 1 1 0 0 0 0 − 2 0
− i i 0 0 0 0 0 2
0 0 −1 −1 i −i 0 0
0 0 i −i 1 1 0 0
− 1 −1 0 0 0 0 − 2 0
[Ge ]T
− i i 0 0 0 0 0 2 autovetor (5.386)
0 0 −1 −1 i −i 0 0
1 0 −i −1 −1 0
[v ]n =
0 i 0
2 1 1 0 0 0 0 − 2 0
i −i 0 0 0 0 0 2
0 0 −1 −1 −i i 0 0
0 0 −i i 1 1 0 0
191
Diagonalização das matrizes [M], [G] e [K] modais:
[M eT ] + [M dT ]
156 0 0 − 22 54 0 0 13 106.0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 106.0 0
156 22 0 0 54 − 13
0 0 0 0 0
0 22 4 0 0 13 −3 0 0 0 .15 0 0 0 0 0 (5.387)
− 22 0 0 4 − 13 0 0 −3 0 0 0 .15 0 0 0 0
54 0 0 − 13 1497 0 0 22 0 0 0 0 1.02 0 0 0
0 54 13 0 0 1497 − 22 0
0 0 0 0 0 1.02 0 0
0 − 13 − 3 0 0 − 22 4 0 0 0 0 0 0 0 226. 0
13 −3 4
0 0 22 0 0 0 0 0 0 0 0 0 226.
[M eR ] + [M dR ]
+ 36 ...0 0 − 3 − 36 0 − 3 0 .09 0 0 0 0 0 0 0
..0 0 0
+ 36 + 3. 0 0 − 36 + 3 0 .09 0 0 0 0 0
0 +3 .+4 0 0 − 3 −1 0 0 0 1 .0 0 0 0 0 0
(5.388)
−3 0 +4 +3 0 − 1 0
0 0 0 0 1 .0 0 0 0 0
− 36 0 0 + 3 36 0 0 3 0 0 0 0 1.0 0 0 0
0
− 36 − 3 0 0 36 − 3 0 0 0 0 0 0 1 .0 0 0
0 +3 −1 0 0 − 3 1566 0 0 0 0 0 0 0 0 0
−3
0 0 −1 3 0 0 1566 0 0 0 0 0 0 0 0
[G e ] + [G d ]
0 −36 −3 0 .0 +36 −3 0 .18.i 0 0 0 0 0 0 0
+36 0 0 −.18.i 0 0 0
0 −3 −36 0 0 −3 0 0 0
+3 0 0 −4 −3 0 0 +1 0 0 2.01.i 0 0 0 0 0 (5.389)
0 − 2.01.i
. 0 +3. +4 0 0 −3 −1 0 0 0 0 0 0 0
. .
0 +36 +3. 0 0 −36 +3 0 0 0 0 0 2.02..i 0 0 0
−36 0 0 +3. +36 0.0 +3
0
0 0 0 0 0 − 2.02.i 0 0
+3 0 0 +1 −3 0 0 −1570... 0 0 0 0 0 0 0 0
0 +3
−1 0 0 −3 +1570 0 0 0 0 0 0 0 0 0
[K e ]
−6 − 12 0 −6 29 .5 0 0 0 0 0 0 0
12 0 0 0
0
0 + 12 6 0 0 − 12 6 0 29 .5 0 0 0 0 0 0
0 6 +4 0 0 −6 2 0 0 0 7 .4 0 0 0 0 0
(5.390)
− 6 0 0 +4 6 0 0 2 0 0 0 7 .4 0 0 0 0
− 12 0 0 6 12 0 0 + 6 0 0 0 0 2 .5 0 0 0
0
− 12 −6 0 0 + 12 −6 0 0 0 0 0 0 2 .5 0 0
0 6 2 0 0 −6 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0
−6 0 0 2 −6 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0
192
Solução da Equação Diferencial de Movimento
Fazendo {q} = [U ]n {η }, pode-se escrever a equação:
[V ]n T ([M e ] [M d ] [M Re ] [M Rd ])[U ]. n {η&&}+ Ω[V ]n T ([G e ] [G d ])[U ]. n {η&}+ [V ]n T [K ][U ]. n {η } = [V ]..nT {Q } (5.392)
106.1 0 0 0 0 0 0 0 .184 0 0 0 0 0 0
0 106.1 0 −.184 0
0 0 0 0 0
0 0 0 0
0 0 0 0
{η&&}+ i.Ω. × {η&}+
0 1.15 0 0 0 0 2.01 0 0 0
0 0 0 1.15 0 0 0 0 0 0 −2.01 0 0 0
.
0 0 0 0 2.02 0 0 0 0 0 0 2.02 0 0
0 0 0 0 0 2.02 0 0 0 0 0 0 −2.02 0
0 0 0 0 0 0 226. 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 226. 0 0 0 0 0 0 0 0
29 . 5 0 0 0 0 0 0 0 Q1
0 Q
29 . 5 0 0 0 0 0 2
0
0 7 .4 0 0 0 0 0
{η } = [V ]Tn Q 3
(5.393)
0 0 0 7 .4 0 0 0 0 Q 4
+ .
0 0 0 0 2 .5 0 0 0 Q 5
Q 6
0 0 0 0 0 2 .5 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 Q 7
Q 8
0 0 0 0 0 0 0 0
193
1 0 0 0 0 0 0 0 1.73 0 0 0 0 0 0
0 0 −1.73 0 0 0 0 0
1 0 0 0 0 0 0
0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1747 0 0 0 0
i.Ω 0 0 0 −1747 0 0 0
. .{η&} +
0 0 0 1 0 0 0 0
. .{η&&.}+ . 3 × ..
0 0 0 0 1 0 0 0 10 0 0 0 0 1000 0 0
0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 −1000 0
0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
0..28 0 0 0 0 0 0
0 0
0 0..28 0 0 0 0 0 0
0 0 6.43 0 0 0 0 0 0
0 0 0 6.43 0 0 0 0 T 0
.{.η} = [V]n ⇒
(5.394)
+.
0 0 0 0 1..24 0 0 0 0
0
0 0 0 0 0 1..24 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
0
0 0 0 0 0 0 0 0
1.73 .i.Ω
η&&1 + η&1 + .28.η1 = 0 (5. 395)
10 3
1.73.i.Ω
η&&2 − η&2 + .28 .η 2 = 0 (5. 396)
10 3
η&&3 + 1.747.i.Ω.η&3 + 6.43.η3 = 0 (5. 397)
194
r 2
+ 0 . 28 = 0 ⇒ r1 , 2 = . 084 Hz = 5 , 04 rpm (5.401)
Fazendo-se Ω = 0 tem-se:
r 2
+ 6 . 43 = 0 ⇒ r 3 , 4 = 0 . 4 Hz = 24 . 2 rpm (5.403)
Fazendo-se Ω = 0 tem-se:
195
FIG 5. 12 RESULTADO ESQUEMÁTICO (CAMPBEL)
(− ω f 1 )× t
η1 = A1e − r t + A2 e r t ⇒ A1e + A2 e (ω b 2 )×t ⇒ A1e−ir1t forward + A2 e e backward
ir2 t
1 2
(5.407)
(ω f 1 )×t
η2 = B1er t + B2e−r t ⇒ B1e
1 2
( forward) + B2e(−ωb 2 )×t (backward) (5.409)
η1, 2 = C1[cos.(ωb2 ).t −i.sen..(ωb2 ).t] + C2 [cos.(ωf 1).t + i.sen..(ωf 1 ).t] (5.410)
(− ω f 3 )× t
η 3 = D1e − r .t + D 2 e r
3 4 .t
⇒ D1e + D 2 e (ω b 4 )× t ⇒ (5.411)
(ω f 3 )× t
η 4 = E 1e r 3 .t
+ E 2 e − r4 . t ⇒ E 1 e + E 2 e ( − ω b 4 )× t ⇒ (5.412)
196
Substituindo os valores η5, 6 = e.rt ;
(− ω f 5 )× t
η 5 = G 1e − r 5 .t
+ G 2 e r6 . t ⇒ G 1 e + G 2 e (ω b 6 )× t ⇒ (5.414)
(ω f 5 )× t
η 6 = H 1e r 5 .t
+ H 2 e − r6 . t ⇒ H 1 e + H 2 e ( − ω b 6 )× t ⇒ (5.415)
η5, 6 = I1[cos.(ωb6 ).t − i.sen.(ωb6 ).t ] + I2 .[cos.(ω f 5 ).t + i.sen.(ω f 5 ).t] (5.416)
η7 = J1 + J 2 .t ⇒ sendo J 2 = 0 ⇒ η7 = J1 ⇒ (5.417)
Existe uma outra forma para se resolver este problema de autovalor, conforme
proposto por MEIROVITCH,L,1997, no caso de sistemas giroscópicos conservativos.
Esta abordagem também confirma o desacoplamento dos modos naturais de vibração
dos sistemas giroscópicos conservativos. (Desacoplamento dos modos)
Este problema pode ser tratado re-escrevendo-se o sistema na sua forma de
equação de estado (sistema de primeira ordem), porém, o sistema continua complexo,
conforme mostrado na seguência.
197
Para transformar este sistema em real, tiraremos vantagem do conhecimento
adquirido na Seção (5.6.1.c), oportunidade em que mostraremos que a separação da
variável tempo projeta o sistema giroscópico puro em seu plano giratório, o qual roda
com velocidade igual à velocidade de precessão do eixo.
Inicialmente transforma-se este sistema de segunda ordem em um outro associado
de primeira ordem, conforme segue:
Todavia a matriz [G ] * .
não é simétrica nem positiva definida, não permitindo
uma pronta solução para o problema de autovalor (a matriz giroscópica torna o
sistema não simétrico). Assim:
[K ] [0]
= [M * ]
T
M* = simétrica positiva definida (5.425)
[0] [M ]
[0] − [K ]
G* = = − G*
T
[ ] anti-simétrica (5.426)
[K ] [G ]
198
Re-escrevendo-se esta equação na forma de “equação de estado”, vem:
[M ]
.
*
(5.427)
onde:
K * X = λM * X ; K *Y = λM *Y ; K* = [G *] [M *] [G *] ; ω 2 = λ
T −1
(5.431)
[K ] [0]
M* = =M*
T
simétrica positiva definida (5.433)
0 M
KM−1K KM−1G
K*=G*T M*G*= T −1 =(K *)
T
T −1
simétrica positiva definida (5.434)
G M K K +G M G
( )T
( ) T
KM −1G ⇒ KM −1G = GT M −1 K T = GT M −1 K = GT M −1K ( ) (5.435)
199
As matrizes K * e...M * agora são reais, simétricas, positivas e definidas.
Tem-se assim, dois sistemas de equações de estado, ( 2n × 2n equações de
primeira ordem) com coeficientes reais, constantes e idênticos, que podem ser
diagonalizadas, conforme equações apresentada na sequência
É oportuno destacar que transformamos um problema de autovalor originalmente
assimétrico e complexo, em dois outros problemas de auto-valor (idênticos),
representados por matrizes reais simétricas positivas definidas, estando as soluções,
projetada nos planos (YZ) e (XZ) respectivamente
O resultado mostrado por Meirovitch é muito interessante, na medida em que o
novo sistema a ser mostrado tem duas soluções iguais.
A bi-ortogonalidade se torna em mono-ortogonalidade, já que as duas soluções,
nos planos XZ e YZ são idênticas e iguais à solução encontrada no plano móvel,
plano este que gira com o eixo. O conjunto de autovetores projetados nos planos XZ e
YZ, pode ser montado em um plano móvel com a ajuda do operador j ( η = X + jY ).
O plano móvel (que gira com o tempo) é congelado quando extraímos a variável “t”
tempo.
Os dois conjuntos de autovetores estão colocados de tal forma que um conjunto
de soluções está avançada de 90 graus uma em relação a outra. As soluções
observadas no plano XZ, são idênticas às soluções que serão observadas no plano YZ,
δ T segundos após a passagem por XZ. (posicionado 90 graus avante, no sentido
trigonométrico de rotação do eixo). Resolvendo o problema de autovalor, vem :
Na Seção (5.6.1.a) foi mostrado que existe uma matriz [A] real e simétrica que
permite escrever-se a equação acima na forma apresentada na equação (5.200), sempre
que K * e.M * forem reais simétricas positivas definidas. Então:
onde:
200
[Λ ] é a matriz dos autovalores giroscópicos;
[P] é a matriz dos autovetores giroscópicos.
201
que representa a projeção do movimento (problema de autovalor não simétrico)
no plano girante, pode ser apresentada como um problema de autovalor clássico,
conforme mostrado abaixo.
Seja Q * uma matriz não singular.
T
( )
K * X = λM * X K * (Q *).−1 P = λ..(Q *) .Q * (Q *).−1 P Q*T K * Q* P = λP
−1
( ) −1
(5.440)
sendo:
[Q ]
K*
* T *
“É fácil verificar que, neste caso, a análise modal clássica falha em sua
capacidade de produzir uma solução significativa para o problema, na medida em
que [U ] [G ][
. U ] é uma matriz nula ”.
T
202
Imaginaremos, por simplicidade, um carregamento modal plano contido em um
plano que gira com a freqüência igual à rotação do eixo e analisemos a projeção de sua
solução em um plano que roda com a mesma freqüência de rotação do eixo.
Re-editando-se a equação (5.461) em sua forma de equação de estado e
considerando-se que:
[K ] [0] 0 − K
M* = = M *T , G* = = −G *T (5.444)
0 M K G
sendo
{η ( t ) } = [q T
( t ) q& T ( t ) ]
T
2n [
e Β.(t ) = 0T , Q(t ) ]
T
(5.445)
.ωr .[M *]{X r } = −[G *]{Yr } ; .ωr .[M *]{Yr } = [G *]{X r } (5.447)
[ ]
Seja M * matriz real, simétrica positiva definida e [Q *] matriz não singular.
.
Seja X ⇒ X = (Q *). −1 [P ] .
Seja Β(t ) = [Β]{u(t )} input (carregamento)
Assim:
203
T
Pi Pi M i* (5.448)
⇒ ⇒ Pi T
T
X i .M i * X i
[Q ] * T
Mi*
[ ]
Q*
P = I
[Q * ]T [Q * ] i
T
Pi
[0] −
Pi
[ ]
T
[Q ]
P P Ki
* T Q*
X .Gi * Xi ⇒ T Gi * i* ⇒
T
[ ]
i
[ ]
i (5.449)
Q* Q =∆
PT P Pi
T
Pi
i T K i i* Gi *
[ ]
Q * Q [ ] [Q ]* T [ ]
Q
n
η ( t ) = ∑ p i n .i ( t ) = P {n } (5.450*)
i =1
n
η(t ) = [P]n(t ) = ∑(ξ.i .(t ).xi + n.i .(t ).yi ) n ( t ) = [ξ 1 ( t ) n1 ( t )ξ 2 ( t ) n 2 ( t )..... ξ n ( t ) n n ( t ) ]
i =1
n
[P ]n ( t ) = ∑ (ξ .i .( t ). x i + n . i .( t ). y i ) ξ i ( 0 ) = M *i x T i .η ( 0 ) e
i =1
n i ( 0 ) = M * i . y T i η ( 0) (5.450)
M *
[P ]n& ( t ) = − G * [P ]. n ( t ) + B ( t ) (5.452)
204
n&.(t ) = −[A].n.( t ) + N (t ) (5.454)
[
η (t ) = n(t ).[P ] [P] = Q* 1 x1 , Q* 1 y1 , Q* 2 x2 , Q* 2 y2 ,.....Q* n xn , Q* n yn
T T T T T T
]
T
~
ξ.i n~.i
ηi = Q* iQ*i yi ηi (t ) = ξˆ.i (t )M * xi + nˆ.i (t )M * yi = ni (t )[P]
T T
Q* iQ*i xi +
*T *T
Q i Q i
n
η (t ) = ∑ (ξ.i (t ) xi + n.i (t ) yi ) = n(t ).[P ]
i =1
n ( t ) = [ξ 1 ( t ) n1 ( t )ξ 2 ( t ) n 2 ( t )..... ξ n ( t ) n n ( t ) ] (5.455)
~
ξ.i .(t)
Portanto ξ.i (t) = Q* iQ*i = ξˆ.i (t)M * ; n . i .( t ) = nˆ .i .( t ). M * ,
T
*T
Q i
η i ( t ) = ξ .i ( t ) x i + n .i ( t ) y i M *η i ( t ) = ξ .i ( t ) M * x i + n .i ( t ) M * y i
xi M *ηi (t ) = ξ.i (t ) xi M * xi + n.i (t ) xi M * yi xi M *ηi (t) = ξ.i (t) ξ.i (0) = xi M *ηi (0)
T T T T T
ξ i (0) = M *
i x T iη ( 0 ) e ni (0) = M *
i y T i η ( 0) (5.456)
205
ξ
n& i (t ) = −[A]ni (t ) + N i (t ) ξ i = − [A ] i + X i ( t )
&
n& i n Y (t)
i i
ξ
n = ; A = [P]G [P] e
G [ ] *
[0 ] −
Pi
[Q ]
T
Ki
Pi
[ ]
[ ]
* * T
.
= Q* (5.458)
n M* .
PT P Pi
T
Pi
i T K i i*
[ ]
Q * [ ]
Q [Q ]
* T
Gi
[ ]
Q *
1
[
ξi .( s ) = s 2 + ω 2 sX i ( s ) + ωi .Yi ( s ) + sξi (0) + ωi .ni .(0) ]
i
(5.461)
n .i ( s ) =
1
[
sYi ( s) − ωi . X i .( s ) + sni .(0) − ωi .ξi .(0) ]
s 2 + ωi
2
206
As coordenadas modais iniciais são: ξi (0) = xT i .M *η(0) e ni (0) = yT i .M * η (0)
ξi (t ) = ∫ [xT i .(t )Β(τ ) cos ωi .(t − τ ) + y T i .(t )Β(τ ) senωi .(t − τ )].dt +
t
+ xT i .(t ) M *η (0) cos ωi .(t ) + yxT i .(t ) M *η (0) senωi .(t ) (5.462)
[ ]
t
ni (t ) = ∫ y T i .(t )Β(τ ) cos ωi .(t − τ ) − xT i .(t )Β(τ ) senωi .(t − τ ) .dt +
0
xTi .(t − dt)Β(τ ) = yTi .(t)Β(τ ) = xTi .(t)Β(τ ) e y i .(t − dt)M = y i .(t)M = x i .(t)M
T * T * T *
(5.464)
ξi (t ) = ∫ [xT i .(t )Β(τ ) cos ωi .(t − τ ) + y T i .(t )Β(τ ) senωi .(t − τ )].dt +
t
∫ [y ]
t
= T
i .(t − dt )Β(τ ) cos ωi .(t − dt − τ ) − xT i .(t − dt )Β(τ ) senωi .(t − dt − τ ) .dt +
0
yT i .(t − dt)M *η (0) cosωi .(t − dt) - xT i .(t − dt)M *η (0)senωi .(t − dt) = ni (t − dt ) (5.465)
207
Constata-se desta forma, que:
Para cada variável estado, sua resposta dinâmica permanece idêntica após rotação
de 90 graus do eixo rotativo (o plano da elástica gira com rotação igual à do eixo).
Isto equivale a dizer que o efeito giroscópico mantém a resposta dinâmica no
plano original de deformação, sendo o conjunto de autovetores adjuntos idênticos,
estando desacopladas as bases bi-ortogonais.
No caso geral, todavia (com amortecimento; “cross coupling”; com distribuição
espacial do desbalanceamento e com rigidez dos mancais diferentes nas direções X e
Y), a elástica torna-se reversa no espaço e precisa de duas bases bi-ortogonais para sua
definição da elástica reversa no espaço 3D (mancais ortotrópicos).
Nestes casos, a caracterização tridimensional da elástica é dada pela soma da
equação (5.462) com a equação (5.461), conforme apresentado na equação abaixo:
η(t) = ∑∫ [(xi xT i + yi yT i ).(t)Β(τ ) cosωi .(t −τ ) + (xi yT i − yi xT i ).(t)Β(τ )senωi .(t −τ )].dt +
n t
1 0
∑(x x ) ( )
n
+ i
T
i + yi yT i .(t)M *η(0) cosωi .(t) + xi yT i − yi xT i .(t)M *η(0)senωi .(t) (5.466)
1
208
5.6.5.a) Sistema Giroscópico Amortecido Simplificado
Conforme discutido na Seção (5.6.3) pode-se dizer que, no caso de baixos níveis
de amortecimento, as bases modais do problema de autovalor são ortogonais, tanto
para valores baixos como para valores elevados de efeito giroscópico.
Estas bases entretanto, serão diferentes para rotores fortemente giroscópicos
(resultam da solução do problema de autovalor giroscópico) e para rotores pouco
giroscópicos (solução do problema de autovalor de [M ] e [K ] ). Nos dois casos, estas
equações podem ser desacopladas e estarão contidas em um único plano rotativo.
Na medida em que o efeito giroscópico cresce, as bases se tornam diferentes,
sendo ainda ortogonais. Existe um nível de efeito giroscópico a partir do qual não
devemos mais empregar a base não giroscópica.
Outro aspecto importante a se considerar diz respeito à independência do sistema
da rotação, em outras palavras, se o sistema é invariante com o tempo ou não.
Para sistemas com baixo efeito giroscópico, a base modal pode ser considerada
independente da rotação, já no outro caso, o sistema somente deverá ser considerado,
independente da rotação, no entorno de cada rotação.
É importante ainda destacar que, no caso de turbo-máquinas, a rigidez e o
amortecimento dos mancais também devem ser considerados, variáveis com a rotação.
A solução de sistemas com baixo amortecimento e baixo efeito giroscópico pode,
em alguns, casos ser resolvida projetando-se o sistema na base modal não amortecida,
conforme já foi apresentado na Seção (5.6.2.a).
209
em suas bases bi-ortogonais. Para se resolver este problema de resposta dinâmica,
apresentado na equação (5.468), devemos, inicialmente, identificar os autovalores e os
autovetores de sua base bi-ortogonal, resolvendo-se a equação homogênea:
η& ( t ) = A η ( t ) (5.468*)
onde,
0 I
A =
[C + G ]
−1 −1 (5.469)
− M K −M
210
da mesma forma, considerando-se o vetor à esquerda, podemos dizer que:
V = ∑b j .y j (5.475)
por conseguinte:
Y T
X = I ; Y T AX = Λ Y T = X −1 e X −1 A. X = Λ (5.478)
η ( t ) = Xe [Λ ].t .Y T η ( 0 ) (5.482)
[Λ ]. t t 2 2 t3 3 t 4 4
onde: e = I + tΛ + Λ + Λ + Λ + .... (5.483)
2! 3! 4!
A convergência da série é garantida e depende do produto (t × max [λi ] ), sendo
211
A equação (5.482) fornece a posição de qualquer um dos vetores de estado do
sistema vibratório ao longo do tempo (variação da posição do nó no tempo).
Esta solução da equação homogênea η (t ) = Xe.[Λ ].t .Y Tη (0) , é apresentada no
domínio do tempo e é dada a partir da identificação dos autovetores adjuntos da base
bi-ortogonal ( X ; Y ). A posição dos vetores de estado, em função do tempo, pode
também ser estabelecida sem a necessidade da resolução do problema de autovalor.
conforme demonstrado a seguir:
[Λ ]. t t2 t3 t4
φ ( t ) ⇒ Xe Y T
= X I + tΛ + Λ2 + Λ3 + Λ4 + ....Y T
2! 3! 4!
t2 t3 t4
XY T
+ t. X Λ Y T
+ .XΛ2Y T
+ . X Λ 3Y T
+ .XΛ4Y T
+ ....
2! 3! 4!
t2 t3 [ A ]. t
XYT + t.XΛY T + XΛY T XΛY T + .XΛY T XΛY T XΛY T + ....= e (5.484)
2! 3!
Considerando-se (5.225) e sabendo-se que Y T X = I ; A = X .Λ.Y T (5.485)
e [ A ]. t
t2 2 t3 3
I + t. A + A + A + ....= = Φ (t ) matriz de transição (5.486)
2! 3!
onde:
212
{Q(t )} vetor de carga associado ao desbalanceamento
η& (t ) = Aη (t ) + Bu(t )
(5.489)
Y = Dη (t )
[0] [I ]
.
, 0
.
213
Para calcular as saídas do sistema acima, estas equações devem ser integradas no
domínio do tempo, nas bases da teoria de controle.
Para definir uma formula geral que resolva o sistema apresentado na equação
(5.468*), com soluções para o sistema homogênea e para as soluções particulares,
multiplicaremos à esquerda os dois lados desta equação pela matriz, não singular, K (t ) .
d
[K (t )η (t )] − K& (t )η (t ) = K (t ) Aη (t ) + K (t ) Bu (t ) (5.492)
dt
sendo:
[ A ]. t t 2 2 t3 3
K& (t) = −AK(t) K (t ) = e − A.t .K (0) e = I +t.A+ A + A +.... (5.493)
2! 3!
214
Φ ( t )η ( 0 ) (5.497)
Φ.(t −τ) = Φ.(t,τ) = eA.(t −τ.) = I +(t −τ.)A+(t −τ.) A2 +(t −τ.) A3 +....
2 3
(5.499)
2! 3!
Φ .( t ) = I + tAI + t A I + t A I +.......+ t A I +. t A (5.501)
2 3 n −1 n
t
η (t ) = Φ.(t ).η (0) + ∫ Φ.(t − τ ) Bu (τ )dτ (5.502)
0
215
VI INSTABILIDADE EM ROTORES FLEXÍVEIS .
216
A instabilidade rotodinâmica se estabelece quando algumas condições
particulares se fazem presentes e, nestes casos, os níveis de vibração crescem até o
surgimento de algum efeito não-linear que limite o seu desenvolvimento.
Na simulação matemática com um grau de liberdade, o fenômeno da vibração
auto-excitada pode ser interpretado ou compreendido como sendo a resposta
dinâmica de um sistema físico provido de amortecimento negativo (pouco comum
no universo mecânico). Simplificadamente este sistema pode ser descrito por um
modelo linear massa/mola/amortecedor de coeficientes constantes.
No universo da Rotodinârnica, as vibrações auto-excitadas tomam a forma de
precessão do eixo fletido em uma freqüência inferior à da rotação da máquina. Por
este motivo, é chamada de vibração sub-síncrona e conduz o nível de vibrações a
amplitudes muito elevadas, obrigando a uma imediata redução da rotação do
equipamento para evitar danos irreparáveis.
Esta classe de vibração, com a precessão diferente da rotação do eixo, é
particularmente destrutiva por ocasionar tensões de flexão alternativas no eixo
responsáveis pela fadiga.
Três casos clássicos, citados na literatura especializada, mostram os grandes
prejuízos ocasionados pela instabilidade das turbomáquinas:
217
Mecanismos mais freqüentes de instabilidade de vibração:
1) Precessão ou chicoteamento;
2) Instabilidade paramétrica;
218
6.1.1 Diferentes Formas do Mecanismo de Precessão
Nesta mais importante classe de vibrações auto-excitadas, o mecanismo de
excitação é uma força tangencial fixa ao rotor. A força provém do fluido
comprimido ou de algum mecanismo de atrito interno do rotor. Esta força
propulsora do movimento de precessão do eixo possui características bem definidas.
Esta classe de fenômenos de instabilidade rotodinâmica pode ser simulada por
um sistema linear que nos permite uma fácil percepção das implicações físicas deste
distúrbio.
219
1) Instabilidade histerética (histeretic whirl);
2) Instabilidade hidrodinâmica (oil whirl);
3) Folga da selagem no topo da palheta – (Alford force);
4) Precessão devido ao atrito seco (rubbing);
5) Fluido aprisionado no rotor (fluid trapped in the rotor);
6) Instabilidade de compressores de alta pressão (compressor whirl).
220
Na figura 6.2 a deflexão estática do eixo é devida ao peso próprio do disco e
do eixo. No caso de movimento, em ausência de histerese, teremos que a linha
neutra de deformação (LND) da seção coincidente com a linha neutra de tensão
(LNT).
Em conseqüência, a força de reação elástica do eixo, que é perpendicular à linha
neutra de tensões, é orientada para a linha de centro dos mancais, como mostra a
figura 6.3. Neste caso, a reação elástica não produz nenhuma componente
perpendicular ao deslocamento do eixo.
Em oposição a este quadro, quando o material do eixo apresenta histerese, as
linhas neutras de deformação e tensão não são mais coincidentes, havendo um ângulo
de fase entre elas, como pode ser observado na figura 6.3.
A reação elástica à deflexão do eixo, sendo perpendicular à linha neutra de
tensões, terá uma componente , FR , dirigida para a linha de centro dos mancais, e
outra componente, FT , perpendicular a esta direção. Esta última componente é a
responsável pelo movimento de precessão, ao qual o eixo fica submetido.
Os diagramas tensão-deformação dos pontos da periferia da seção do eixo são
também mostrados. À medida que se eleva a velocidade de rotação Ω (“spin”) do
eixo, a força tangencial, FT , e o ângulo de defasagem vão crescendo, aumentando a
área marcada, sendo maior a energia dissipada por histerese.
É importante observar que só haverá força tangencial quando houver o efeito
alternado de tração e compressão das fibras longitudinais do eixo.
Esta condição existe quando a rotação Ω é diferente da precessão ω (“whirl”)
ou quando a deformação estática do eixo (“bow”) do eixo é grande. A força
histerética será desestabilizante quando Ω > ω (sub-harmônica), e estabilizante
quando Ω < ω, na vibração super-harmônica.
Conseqüentemente, a precessão devido à histerese pode produzir uma vibração
sub-harmônica, sendo freqüentemente Ω > ω. Para entendimento desta assertiva,
desestabilizante ou estabilizante, devemos considerar as fibras do eixo como
trabalhando sob a influência de amortecedores do tipo viscoso, conforme visto na
figura 6.4
221
FIG 6.3 FORÇAS ELÁSTICAS DE DEFLEXÃO DO EIXO
a) Sem histerese
b) com histerese
222
Os amortecedores simulam o efeito de retardamento da LN de deformação em
relação à tensão, devido a histerese. Em um sistema como este, o deslocamento está
sempre em atraso em relação à força aplicada. Isto significa que somente alguns
instantes após a força ter atingido um máximo é que ocorrerá o máximo de
deslocamento. A figura 6.5a mostra o caso em que Ω > ω.
223
6.1.1.2 Instabilidade Hidrodinâmica (Oil Whirl)
Este fenômeno também é caracterizado pelo aparecimento de forças
desestabilizastes, que são tangenciais à trajetória do centro de gravidade do eixo.
A origem da força desestabilizante pode ser entendida com o auxílio da figura 6.6.
Observe-se que o eixo está deslocado radialmente em relação ao centro do mancal.
Em relação à linha que une os dois centros, o perfil de pressão desenvolvido no fluido
será assimétrico ao longo da parede do mancal.
224
6.1.1.3 Força de Alford (Folga no Topo de Palhetas)
Máquinas de fluxo axiais, como turbinas a vapor, estão sujeitas a um efeito
desestabilizante adicional, causado pela influência da folga do topo da palheta na
eficiência da turbina.
Conforme mostrado na figura 6.7, uma pequena deflexão radial do eixo da
turbina produz uma melhor vedação da selagem (no topo) das palhetas, de um lado da
máquina, e um vazamento acentuado, no lado oposto, a 180°. A região melhor selada
operará de forma mais eficiente, extraindo mais trabalho e absorvendo um empuxo
tangencial superior ao absorvido no lado oposto, de menor eficiência.
63000 × HP × β
Falford =
DP × H × rpm (6.1)
β =coeficiente de ajuste; H=altura da palheta; D=diâmetro da palheta;HP= potência
225
6.1.1.4 Instabilidade por Atrito Seco (Rubbing dry frictionwhip)
O mecanismo de instabilidade dinâmica desenvolvido, neste caso, é
característico das forças de atrito seco entre duas superfícies, e induz a uma precessão
de sentido oposto ao da rotação. De acordo com a ilustração da figura 6.8, o eixo
mantem atrito com alguma parte estacionária e não lubrificada da carcaça, dando
origem a forças tangenciais.
226
6.1.1.5 Instabilidade por Fluido Aprisionado no Rotor
Este mecanismo de instabilidade é produzido quando existe a possibilidade de
retenção líquida no interior de um “eixo oco”, por exemplo, turbinas a gás figura 6.9.
Com o eixo fletido e em movimento de precessão, a força centrífuga joga o
líquido contra a parede interna do cilindro oco. Quando as velocidades de rotação e
precessão são idênticas, o C.G. do líquido fica aprisionado no mesmo plano da
deflexão do eixo. Entretanto, tal não acontece quando rotação e a precessão são
diferentes.
227
6.1.1.6 Instabilidade de Compressores de Alta Pressão
O modelo proposto por Alford, com uma força de excitação relacionada às
folgas, explica razoavelmente o mecanismo de instabilidade aerodinâmica nas
turbinas e compressores axiais. Entretanto, torna-se inadequado quando se pretende
explicar o fenômeno de instabilidade em compressores centrífugos.
Testes realizados no Californian Intitute of Tecnology acusaram a existência de
um elevado efeito cruzado, quando existe a deflexão do eixo.
Surge, então, o movimento instável, sendo aparentemente insensível ao
amortecimento. Objetivando administrar e superar restas incertezas quanto à origem
das forças desestabilizadoras do impelidor, Kirk e Donald propuseram um tratamento
empírico para prever a estabilidade dos compressores centrífugos multi-estágios.
O tratamento baseia-se na observação de que o funcionamento das máquinas se
torna instável com o aumento da relação Ω /Ωcritica (rotação do eixo/primeira
velocidade crítica), bem como aumento da densidade do gás e da potência consumida
(figura 6.10).
228
O efeito de precessão que ocorre é atribuído à existência de pré-rotação do
fluido no interior de labirintos e tambores de balanceamento, passando os mesmos a
operar como mancais hidrodinâmicos. Outro componente que muito contribui
bastrante para a instabilização de rotores de compressores são os selos a óleo.
Um dos recursos atualmente empregados pela indústria é a utilização de
labirintos que impedem a pré-rotação do gás na selagem, como os selos honey comb,
Como já foi dito na Seção 6.1.1, existem diversas famílias de fenômenos
físicos capazes de desenvolver, dentro das turbomáquinas forças de acoplamento
cruzado, forças estas responsáveis pela principal e mais freqüente causa de
instabilidade rotodinâmica.
229
6.1.2.2 Identificação, Diagnose e Solução
Obviamente, o primeiro passo para a solução de um problema de instabilidade
rotodinâmica é a sua correta identificação. Um diagnóstico errado acarreta grande
perda de tempo, produção e, conseqüentemente, dinheiro.
Para detecção de uma vibração nociva logo no seu início, é importante que as
turbomáquinas sejam equipadas com sensores de deslocamento radial. Esta
providência possibilita o acompanhamento e a identificação dos distúrbios.
Possibilita ainda, o desarme da máquina no caso da ocorrência de vibrações
excessivas.
Ao se evidenciar um problema de vibração, faz-se necessária a utilização de
uma quantidade maior de instrumentos para diagnose. Entre os mais úteis,
destacam-se os analisadores de freqüência, osciloscópios, filtros, gravadores de sinais
FM, além de outros. O diagrama em cascata, apresentado na figura 6.11, é uma
ferramenta extremamente útil na identificação das causas de vibrações.
230
No exemplo ilustrado, percebe-se uma resposta dinâmica com freqüência
idêntica à rotação da máquina, bem como mais dois harmônicos, em freqüências
iguais a duas ou três vezes a rotação da máquina.
O mesmo diagrama mostra o aparecimento repentino de uma vibração sub-
síncrona no instante em que a rotação da máquina atinge170 Hz. Este
comportamento é uma forte evidência de que existe instabilidade. Embora existam
diversos outros fenômenos geradores de vibrações sub-harmônica, nenhum deles
costuma aparecer tão subitamente com os da instabilidade.
231
X = X 0 e st
(6.3)
2
C K C C
s1, 2 =− ±i − =− ± iω d = λ ± iωd , onde (6.4)
2M M 2M 2M
onde:
ωd = freqüência natural amortecida
( A cos ωd t + bsenωd t )
Ct
X = X 0e 2M
(6.5)
232
6.1.3.2 Simulação com Dois Graus de Liberdade
O modelo com um grau de liberdade permite à massa executar um movimento
de translação somente em uma direção. Entretanto, um rotor pode executar
movimentos orbitais de precessão. Desta forma, seu movimento é melhor descrito
por um modelo de dois graus de liberdade. O centro do rotor descreve uma trajetória
em um plano perpendicular à linha dos mancais.
Vimos, anteriormente, que as instabilidades que produzem a precessão são
causadas por uma força tangencial, como conseqüência de um deslocamento radial do
eixo. Generalizando, denominamos de forças de acoplamento cruzado (cross
coupling) àquelas que aparecem devido ao deslocamento da massa na direção
ortogonal (figura 6.13).
M 0 X&& C XX 0 X& K XX K XY X
+ + = 06 (6.6)
0
M Y&& 0 CYY Y& KYX KYY Y
233
KXY = CiΩ KYX = −CiΩ C XY Y& e CYX X& - Força Dinâmica;
; ;
K XY Y e KYX X CYX X& - Força estática. (6.7)
MY&& + CY& − Kℵ X + KY = 0
K + Cs+ Ms2 Kℵ A1
2
= 0, ou (Ms2 + Cs + K )2 + K 2ℵ = 0 ; (6.10)
Kℵ K + Cs+ Ms A2
s = λ ± iω d (6.11)
.
234
M2s4 + 2MCs3 + 2MKCs
3
+C2s2 + 2CKs+ K2 + K2ℵ = 0 ⇒ ou seja
(6.12)
SOLUÇÃO ALGÉBRICA
( Ms 2 + Cs + K ) 2 + K 2ℵ = 0 ⇒ ( Ms 2 + Cs + K ) 2 − ( jKℵ )2 = 0 (6.13)
( Ms 2 + Cs + T ).( Ms 2 + Cs + T ′) = 0 (6.15)
C C 2 − 4 MT C C 2 − 4 MT ′
S1 = − + S3 = − −
2M 4M 2 2M 4M 2
C C 2 − 4 MT C C 2 − 4 MT ′
S2 = − − S4 = − + (6.16)
2M 4M 2 2M 4M 2
C 2 − 4 MT C 2 − 4 MT ′
2
C
S1 × S3 = − − × = (6.17)
2M 4M 2 4M 2
C 4 − 4C 2 MT − 4C 2 MT ′ + 16 M 2TT ′
2
C
− − = (6.17*)
2M 16 M 4
235
C
S1 × S 3 = − −
2
(C 2
− 4MK ) 2
+
16 M 2 K 2ℵ
(6.17**)
2M 16 M 4 16 M 4
4 MK − C 2
Sendo: ωd2 = − a freqüência natural amortecida sem cross coupling
4M 2
2
C C 2 K
λ=− ± + ωd − coeficiente de amortecimento s/ cross coupling
2M 2M M
C 2 C − 4MK
S1 × S3 = − −
2 2
( ) 2
+
16 M 2 K 2ℵ
(6.18)
2M 16 M 4 16 M 4
S =−
C
.±.4
+
(
C2 − 4MK 16M 2 K 2ℵ
=−
C
±
)
C 2 K
2
+ ωd − = λ = 0
2
(6.19)
4 4
2M 16M 16M 2M 2M M
(C 2
− 4 MK )
2
+
16 M 2 K 2ℵ C 2 K 2 4 KM
= + ωd − = ωd −
2
C
+
2
(6.20)
16M 4 16 M 4 2M M 4M 2 4M
2
VANCE, J. M., 1987, propos que a variação ωd2 = ∆ω 2 d varia com Kℵ conforme
motrado a seguir:
ωd2 =
4 KM − C 2
+
(C 2
− 4MK ) + 16M 2 K 2ℵ
2
,
4M 2 4M 2
4 MK − C 2
ω 2d = − , ωn2 = K/M (6.21)
4M 2
236
A equação (6.11), nos permite escrever:
Ao contrário dos outros temas discutidos neste Capítulo, esta abordagem foi
apresentada no artigo PRODONOFF, V., CASTILHO, A., 1990, e constitui-se em
um ensaio teórico para uma melhor compreensão deste tema.
O modelo matemático que permite a análise deste tipo de instabilidade, pode ser
idealizado conforme o esquema mostrado na figura 6.14:
M 0 X&& C XX C XY X& K XX K XY X
+ + =0
0
M Y&& CYX CYY Y& KYX KYY Y
(6.23)
237
Neste modelo fazem-se presentes os dois tipos de forças de efeito cruzado:
tanto as forças "estáticas", proporcionais ao deslocamento do eixo, como as forças
"dinâmicas", proporcionais à sua velocidade
K + Cs + Ms 2 Kℵ + Cℵs A1
= 0 , ou (6.25)
− Kℵ + Cℵs K + Cs + Ms 2 A2
( Ms 2 + Cs + K ) 2 − (Cℵ2 s − K 2ℵ ) = 0
238
FIG 6.15 ROTOR EM MOVIMENTO DE ROTAÇÃO E PRECESSÃO
r = re e
(6.27)
As forças externas que atuam sobre o rotor são de dois tipos: as devidas ao
deslocamento ( FEstatica ) e as devidas à velocidade ( FDinamica ) do rotor.
Cada uma delas, por sua vez, tem duas componentes: uma na direção do
deslocamento, ou da velocidade, e a outra perpendicular à primeira direção.
239
FIG 6.16 EQUILÍBRIO DINÂMICO DO ROTOR:
(a) ESTÁTICAS (b) DINÂMICAS
r (t ) = Re − st (6.35)
240
Substituindo-se a equação (6.35) nas equações (6.32 e 33), encontram-se dois
valores possíveis para o expoente s
C Cℵω0 + K − mω0 2 C 2
s1, 2 = − ±i −
2m m 2m (6.36)
s1, 2 = λ ± iω d
(6.37)
Cω 0 − K ℵ
− ×t
2 mω 0 − Cℵ
r (t ) = Re
, (6.39)
onde a constante R continua arbitrária. Compatibilizando-se,
Cω 0 − K ℵ
− ×t
r (t ) = Re 2 mω 0 − Cℵ
r (t ) = Re(λ ± iω d )×t (6.40)
e igualando-se a parte real e a parte imaginária das duas soluções concluímos que:
R = (arbitrário), (6.41)
ωd = 0 e (6.42)
C C ω0 − Kℵ
λ=− =− (6.43)
2m 2mω0 − Cℵ
A primeira das equações mostra que o raio inicial é arbitrário, dependendo das
condições iniciais do movimento.
241
A segunda equação indica uma informação importantíssima: não há oscilação
no módulo do raio (deslocamento do eixo K x = K y ). Sua variação é estritamente
Cℵ C2 K
ω 20 − ω0 + 2 − = 0 (6.44)
m 4m m
2
Cℵ K Cℵ C2
ω0 = − ± + − (6.45)
2m m 2 m 4m 2
Introduzindo-se, a notação de amortecimento relativo, vem::
C C
ξ= = (amortecimento externo relativo) (6.46)
2mωn Cc
Cℵ C
η= = ℵ (amortecimento cruzado relativo) (6.47)
2mωn Cc
A equação (6.45) pode ser colocada sob a forma seguinte (para a única
freqüência com sentido físico, a freqüência positiva), como abaixo:
(
ω0 = η + 1 + η 2 + ξ 2 ωn ,) ωn = K m
(6.48)
Cℵ C C C
η= = ℵ e ξ= = (6.49)
2mωn Cc 2mωn Cc
Comparando-se com a equação (6.21) do problema anterior, constata-se a
simplificação trazida pela mudança de sistema de coordenadas:
242
ω =24KM − C2
±
(C 2
− 4MK ) + 16M 2 K 2ℵ 2
2
, ω d = −
4MK − C2
, ωn2 =K/M (6.50)
d
8M 2 8M 2
4M 2
Cω0 − Kℵ
≥ 0
2 m ω 0 − Cℵ (6.52)
( )
2mω0 − Cℵ = 2mωn η + 1 + η 2 + ξ 2 − 2mωnη = 2mωn 1 + η 2 + ξ 2 .
243
Kℵ = Ci Ω Ω lim =
C
Ci
C
(
ω0 = η + 1 + η 2 + ξ 2 ω n
Ci
) (6.54)
C Cω0 − Kℵ
− = − ... ⇒ 2Cm ω 0 − CC ℵ = 2 mC ω 0 − 2 mK ℵ (6.55)
2m 2 m ω 0 − Cℵ
CCℵ = 2m Kℵ ≡ (6.56)
Esta condição deverá existir entre as diversas grandezas envolvidas para que ω0
possa ser considerada como constante. Pode-se concluir, pelas considerações acima,
que o crescimento do amortecimento externo torna o sistema mais estável,
aumentando a velocidade limite de estabilidade.
r n + a1 r n −1 + a 2 r n − 2 + a 3 r n−3 ...... + a n −1 r + a n
= 0 (6.57)
244
Construímos então a Matriz H de ROUTH-HURWITZ, como:
a1 1 0 0 0 0 0 0 ...
a a2 a1 1 0 0 0 0 ...
3 =H (6.58)
a5 a4 a3 a 2 a1 1 0 0 ...
a 7 a6 a5 a 4 a3 a2 a1 1 ...
a 9 a8 a7 a 6 . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . .
Pode-se obter
H 1 ; H 2 ; H 3 ............H n ,
H 1 = det[H 1 ] = a1
a 1
H 2 = det[H 2 ] = det 1 = a1 a 2 − a3 (6.59)
a3 a 2
H n = det[H n ]
245
A solução do movimento livre será fornecida por:
mr 2 + Cr + K XX − aΩr + K XY A1
= 0 (6.61)
aΩr + KYX mr 2 + Cr + KYY A2
2C 3 K XX K YY C 2 (aΩ) 2 2
r4 + r + + + 2 + r +
m m m m m2
CK XX CK YY a K K −K K
+ 2
+ 2
+ 2 ( K KY − K YX )Ω r + KK YY 2 KY YK = 0 (6.62)
m m m m
onde:
2C K K C 2 (aΩ) 2
a1 = ; a 2 = XX + YY + 2 + ;
m m m m m 2
CK XX CK YY a
6.42.c) a 3 = 2
+ 2
+ 2 ( K KY − K YX )Ω ,
m m m
K K −K K
a 4 = KK YY 2 KY YK (6.63)
m
Sendo o amortecimento C do mancal for muito pequeno e igual a ε , tem-se:
2ε aΩ (aΩ) 2
( K − K )
H1 = m ; H 2 = m 2 KY YX H 3 = m 4 ( K KY − K YX ) 2
; -
(K KK K YY − K KY K YK )a 2 Ω 2 ( K KY − K YX ) 2
H4 = m6 (6.64)
(aΩ) 2
Observa-se que o sistema é instável, já que H 3 = - 4
( K KY − K YX ) 2 é
m
obviamente, negativa, não ficando, todavia, caracterizada a rotação limite de
estabilidade. Caso o amortecimento do mancal se mostre significativo tem-se:
2C
H1 = ;
m
CK XX CKYY 2C 3 a 2Ca 2 Ω 2 aΩ
2 + 2 + 3 − 2 ( K KY − KYX )Ω +
H2 = m m m m m3 m2 (K KY − KYX )
246
CKXX CKYY a 4C 2
2 + 2 + 2 (KKY − KYX )Ω
H3 = m m m ; H 2 = m 4 (K KK KYY − K KY KYK )
K KK K YY − K KY K YK
H4 = m2 H3
(6.65)
Uma abordagem ainda mais ampla, mais abrangente e ainda mais abstrata do
conceito de instabilidade, vem da teoria geral de controle e se aplica a sistemas de
equações diferenciais, lineares e de primeira ordem (equações de estado).
Os conceitos aqui apresentados em caráter informativo, não serão
acompanhados das respectivas demonstrações, já que as mesmas fogem ao escopo da
discussão apresentada neste Capítulo e encontram-se em MEIROVITCH, L.,1997.
Como já foi mostrado, a análise de estabilidade pode estar baseada na solução
da equação de movimento, muito embora, nem sempre existe uma solução
fechada.
O método de Liapunov representa uma forma de tratamento do problema de
estabilidade dinâmica que não requer a solução da equação diferencial de movimento.
O método consiste em submeter o sistema dinâmico a uma função escalar de
teste, que seja definida no espaço estado e cuja derivada total no tempo ajude a
investigar a estabilidade do ponto de equilíbrio. Caso exista tal função de teste, ela
será chamada de função de Liapunov. Conclusões sobre a estabilidade do sistema
são tomadas com base nas propriedades do sinal desta função e de sua derivada total.
247
[ ] [ ] são reais simétricas positivas definidas demonstra-se que os
.
Se M ij e K ij
.
[M ]
ij
.
são também matrizes estáveis, segundo o critério de estabilidade de Liapunov.
x& = f ( x ) (6.66)
248
Considerando, como exemplo, uma função de teste η ( x ) , quadrática tal que:
η ( x ) = x T [A ]. x (6.67)
onde [A] é uma matriz real e simétrica, como no caso dos sistemas dinâmicos
conservativos, homogêneos e naturais. Nestes caso pode-se dizer que o sinal de
dη 2n
∂η dx i
η& ( x ) = =∑ = x& T Λ η = f T Λ η (6.68)
dt i =1 ∂ x i dt
onde Λη = gradiente de η .
L = EC − EP Lagrangeano (6.70)
n
∂L
H = ∑. q& K − L (6.71)
K =1 ∂q& K
n
∂L
H = ∑ q&K − L = 2EC2 + EC1 −(EC2 + EC1 − EP0) = EC2 + EP0 Hamiltoniano (6.72)
K=1 ∂q
&K
249
Sabe-se, da Física, que a energia cinética é sempre positiva definida ( EC ≥ 0 ),
logo, a natureza do sinal de H dependerá da natureza do sinal da energia potencial
dinâmica ( EP0 = V − EC0 ). Sendo:
∂H dq d ∂L ∂L
H& =
∂q dt
= q& T − = q& T (Q − Cq& + h.q ) = −q& T Cq& − q& T h.q ( ) (6.73)
dt ∂q& ∂q
onde: C amortecimento viscoso;
h forças circulatórias;
Q carga externa nula
d ∂L ∂L
− trabalho das forças não conservativas
dt ∂q& ∂q
250
FIG 6.17 FORÇAS EM UM MANCAL NORMAL
Este tipo de instabilidade é de natureza bastante distinta das anteriores até aqui
apresentadas. A diferença consiste em que as instabilidades analisadas se
apresentavam com todas as características do rotor se mantendo constantes no tempo.
Por exemplo, a reação elástica, os coeficientes de amortecimento e os
coeficientes de rigidez, as forças axiais do eixo, etc, são constantes no tempo.
Em nossa simulação linear isto era caracterizado pelos coeficientes constantes
das equações diferenciais. Entretanto, existem muitos sistemas de engenharia que
podem ser modelados por equações diferenciais lineares, mas contendo coeficientes
periódicos, como a equação (6.74), onde p(z) e q(z) são funções periódicas de z, não
constantes, como vimos em casos precedentes.
d 2Y dY
2
+ P(Z ) • + Q( Z ) • Y = 0 (6.74)
dZ dZ
251
simplesmente analisada pelas raízes de uma equação característica, típicas de um
problema de autovalor.
Um caso clássico de instabilidade paramétrica em turbo-máquinas ocorre
quando o eixo apresenta rigidez a flexão diferente nas duas direções principais da
seção, EI1 ≠ EI 2 .
Nestes casos, o centro de gravidade do rotor, em órbita sobre um plano
perpendicular a linha de centro dos mancais, tem o seu movimento descrito pelas
seguintes equações diferenciais:
Com:
ω12 + ω22 ω12 − ω22 K yy
a= b= ω12 = K xx m ...;...ω22 =
2 ; 2 ; m (6.76)
sendo ω1 e ω2 as freqüências naturais de vibração, em torno das duas
direções principais da seção transversal do sistema.
µ ×t
A solução da equação (6.74), pode ser do tipo y (t ) = e φ (t ) , onde: φ (t ) é
uma função periódica e µ = α + iβ .
Dependendo dos valores de a e b, o eixo pode sofrer violentas vibrações auto-
excitadas, quando em operação, na velocidade crítica N c , ou seus sub-harmônicos
252
∂ 4Y ∂ 2Y ∂ 2Y
EI − P (1 − 2γCos 2ωt ) + m =0 (6.77)
∂Z 4 ∂Z 2 ∂t 2
Uma carga axial pulsante causa uma variação periódica na rigidez a flexão,
sendo capaz de induzir uma instabilidade paramétrica, tanto na viga (eixo
estacionário), como no eixo girante. Se a viga for bi-apoiada, a solução pode ser
dada, por meio de separação de variáveis, como:
Nπz
y ( z , t ) = f (t ) Sen (6.78)
l
253
Com a alternância dos trechos, cria-se uma variação cíclica da velocidade
relativa, gerando forças de contato periódicas. Este é o mecanismo que ocorre com
o roçamento do rotor sobre o estator, com forças de atrito variáveis, alternando fases
de STICK (alto coeficiente de atrito) com fases de SLIP (baixo coeficiente de atrito).
A conseqüência é um movimento auto-excitado. A freqüência de vibração
deste movimento é bem maior do que aquela associada à rotação. As vibrações
associadas a este efeito prende-solta são de natureza torcional embora vibrações
planas laterais possam também ocorrer.
Cumpre notar que este tipo de instabilidade não é comum em turbo-máquinas,
sendo mais freqüente em máquinas ferramentas.
Os dois primeiros são de natureza geral, enquanto que o último encerra medidas
particulares para cada fenômeno de instabilidade. A introdução de amortecimento
externo adicional é uma medida eficaz para a elevar o limite de estabilidade Ω lim .
É possível mostrar que a relação entre a freqüência limite de estabilidade e a
freqüência natural aumenta com o acrescimo do amortecimento externo,
possibilitando elevar a primeira freqüência natural para um valor superior à
freqüência de trabalho.
254
FIG 6.18 AMORTECEDOR DE ÓLEO PRENSADO
255
FIG 6.19 FORÇAS EM MANCAL COM ÓLEO PRENSADO
256
VII EXEMPLO ROTODINÂMICO–1 (SUPORTE RÍGIDO):
257
TAB 7.1 GEOMETRIA DO ROTOR
Nó L M De Di LT
258
FIG 7.1 DESENHO ESQUEMÁTICO DO ROTOR DA TURBINA
259
FIG 7.2 DESENHO ESQUEMÁTICO DO ROTOR DA TURBINA
260
7.3 Cálculo da Rigidez e Amortecimento dos Mancais
261
MANCAL INTERNO QUADRILOBULAR com precarga: 02 V/H
1 1000.00
0.6966853E+05 0.4692057E+05 -0.9990323E+05 0.8984960E+06
0.4155434E+03 0.1884308E+02 0.1884309E+02 0.3161546E+04
2 3000.00
0.1080025E+06 0.6594598E+05 -0.7294751E+05 0.5208885E+06
0.2597311E+03 0.1894435E+02 0.1894436E+02 0.8011061E+03
3 5000.00
0.1361477E+06 0.7608693E+05 -0.7474667E+05 0.4509929E+06
0.2108033E+03 0.1152061E+02 0.1152062E+02 0.4623459E+03
4 6550.00
0.1543310E+06 0.8124643E+05 -0.7858748E+05 0.4306703E+06
0.1831830E+03 0.8818687E+01 0.8818710E+01 0.3547018E+03
5 9000.00
0.1791188E+06 0.8808676E+05 -0.8515368E+05 0.4187048E+06
0.1541093E+03 0.6181808E+01 0.6181826E+01 0.2643521E+03
262
FIG 7.4 RESPOSTA DINÂMICA NO MANCAL EX., PESO NO CENTRO
263
FIG 7.6 RESPOSTA DINÂMICA NO MANCAL INT., PESO NO CENTRO
264
FIG 7.8 RESPOSTA DINÂMICA NO CENTRO, PESO NAS PONTAS
265
Estas figuras mostram também diversos picos de segundas críticas amortecidas
do rotor em 7000, 9000 e 9700 rpm.
Isto ocorre porque os diferentes sensores observam o fenômeno vibratório, de
forma diferente (conforme a sua posição).
De maneira geral, também podemos destacar que a excitação no segundo modo
praticamente não excita a primeira freqüência natural, com exceção para a figura 7.8,
na qual é possível identificar a primeira crítica no diagrama “Bode”
266
FIG 7.11 SEGUNDO MODO AMORTECIDO A 1000 RPM
267
FIG 7.13 QUARTO MODO AMORTECIDO A 6550 RPM
268
FIG 7.15 SEGUNDO MODO AMORTECIDO A 9000 RPM
269
7.6 Conclusões Finais do Relatório Rotodinâmico
270
O diagrama cascata apresentado na figura 7.18 foi obtido no programa DA-4,
programa este desenvolvido pelo laboratório LEDAV/COPPE/UFRJ através do
trabalho dos professores TIAGO E TROYMAN.
Pode-se também dizer que o desbalanceamento provocado por uma
engrenagem colocada na extremidade do rotor, (para efeito de monitoração da
rotação), acarreta um aumento na vibração do eixo da turbina, pelo menos três
vezes superior ao aumento de vibração provocado por um mesmo desbalanceamento
modal equivalente, de primeira ordem.
É portanto desejável que esta engrenagem seja perfeitamente centrada e
balanceada na rotação de operação, em câmara de vácuo.
Caso o balanceamento desta engrenagem não atenda os requisitos de
balanceamento de elevada qualidade, para 6550 rpm, esta máquina retornará de
manutenção com elevados níveis de vibração.
Este rotor reduzirá sua vibração substancialmente se balanceado em câmara de
vácuo a 6550 rpm. As duas primeiras críticas são bem amortecidas, o rotor é bem
robusto ao desbalanceamento e o eixo deforma pouco.
271
VIII EXEMPLO ROTODINÂMICO – 2
(SUPORTE FLEXÍVEL):
272
FIG. 8.1 - CONJUNTO COMPRESSOR 105-J
273
A representação total desta plataforma exigiu uma modelagem pesada, com
mais de 80.000 graus de liberdade, a qual precisou ser reduzida significativamente
para tornar-se compatível com os modelos do rotor e dos mancais.
O modelo completo revelou duas freqüências naturais pouco amortecidas
próximo a 2N (freqüência que é excitada pelo desalinhamento).
Além disto, estavam associadas a movimentos verticais nos mancais,
desqualificando todos os trabalhos de contraventamento anteriormente realizados e
que estão mostrados na figura 8.2.
Os dados reportados pelo campo, fundamentais para o processo de
identificação e aferição do modelo, estavam incompletos sendo impossível a
realização de um levantamento mais detalhado, nos moldes de uma análise modal.
A identificação modal é aplicada em sistemas lineares, causais, estáveis e
invariantes no tempo,VAN DEN ENDEN e VERHOECKX, (1989).
Os dados obtidos em testes de campo, revelaram a existência de diversas
freqüências naturais, dentro da faixa de freqüência de 0Hz a 75Hz.
274
FIG. 8.2 - SAÍDA DO ANSYS MODELO COMPLETO
275
8.1.3 Função de Resposta em Freqüência
As Funções de Resposta em Freqüência (FRF) da estrutura, são calculadas com
a ajuda do ANSYS e representam a resposta de um nó do modelo quando o sistema é
excitado por uma força senoidal de freqüência variável no mesmo nó. Os cálculos
realizados consideram uma taxa de amortecimento de 1%.
As FRF’s são calculadas para quatro condições de excitação diferentes. A
figura 8.4 mostra as FRF’s vertical, horizontal e axial (no mancal próximo ao
redutor). A FRF é resultado de uma excitação senoidal com varredura de freqüência
(no mesmo lugar), sendo sua amplitude igual a 1 Newton na direção vertical.
Estas FRF’s são imprecisas em seu conteúdo de amplitude e fase, na medida
em que não existe limite teórico para os erros associados a esta modelação
(truncamento).
F r e q u e n c y R e s p o n s e D u e t o U n it V e r t ic a l F o r c e
a t G e a r b o x S id e B e a r in g
7 . 0 0 E -0 9
V e rt ic a l D is p la c e m e n t
H o riz o n t a l D is p la c e m e n t
6 . 0 0 E -0 9
A x ia l D is p la c e m e n t
Magnitude of Displacement (m)
5 . 0 0 E -0 9
4 . 0 0 E -0 9
3 . 0 0 E -0 9
2 . 0 0 E -0 9
1 . 0 0 E -0 9
0 .0 0 E + 0 0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
F r e q u e n c y (H z )
276
Para simular o desbalanceamento mecânico e elétrico, foi aplicada a análise de
resposta dinâmica síncrona(segundo API 617) e assíncrona, respectivamente. Pode-
se sumarizar a análise dizendo que o rotor opera entre a primeira e a segunda críticas.
8.2.1 Modelação do Rotor
O conjunto rotor do motor está mostrados nas figuras 8.5e 8.5A.
O modelo “free-free” (livre livre) deste rotor foi, inicialmente, realizado
considerando-se 57 nós.
(X Y ) 0 4 M a y 2 0 0 3 C R T S P 2 U n d a m p e d M o d e S h a p e s
F R E E F R E E C R T S P 2 V e r s io n 3 .0 7
P e tr o b r a s M o t o r R o to r A n a ly s is (1 8 A P R 2 0 0 0 )
( C R T S P 2 D a t a F ile )
C r it ic a l S p e e d s (rp m ):
In p u t F ile N a m e : C :\ T e m p \r o t o r 2 c .d a t
M o d e 1 = .0 0
O u t p u t F ile N a m e : C :\ T e m p \r o t o r 2 c .o u t
M o d e 2 = .0 0
P lo t F ile N a m e : C : \T e m p \ r o t o r 2 c . p lt
M o d e 3 = 3 6 9 3 .3 4
M o d a l F ile N a m e : C :\ T e m p \r o t o r 2 c .m o d
M o d e 4 = 8 0 1 3 .9 8
M o d e 5 = 1 5 1 4 6 .8 4
M o d e 6 = 2 3 3 8 5 .8 1
M o d e 7 = 3 0 6 0 2 .5 9
1 .2 M o d e 8 = 4 1 0 2 6 .2 2
0 .8
0 .6
Relative Displacement (Dim)
0 .4
C a s e 1 R o to r 1 M o d e 1
0 .2 C a s e 1 R o to r 1 M o d e 2
C a s e 1 R o to r 1 M o d e 3
C a s e 1 R o to r 1 M o d e 4
0 C a s e 1 R o to r 1 M o d e 5
-0 .2
-0 .4
-0 .6
-0 .8
-1
R
R O
O M
M A
A C
C
-1 .2
LL aa bb oo rr aa tt oo rr ii ee ss
0 5 0 1 0 0 1 5 0 2 0 0
L e n g th ( in )
277
8.2.2 Análise dos Mancais Hidrodinâmicos
8.2.2.1 Análise dos Mancais (Velhos).
Os coeficientes dinâmicos dos mancais precisam ser conhecidos para
possibilitar a introdução das molas e dos amortecimentos na análise rotodinâmica,
entretanto este assunto está fora do escopo desta tese. Os mancais interno e externo
deste motor são idênticos, tendo geometria fixa, todavia as suas cargas são diferentes
pelo fato do rotor ser assimétrico. O eixo gira a 1800 rpm. A geometria do mancal
está mostrada na figura 8.7 e seus dados geométricos estão mostrados na tabela 8.2.
278
A filosofia de projeto será manter a rigidez próxima da atual e aumentar o
amortecimento ao máximo. Para tanto, precisamos garantir uma alimentação de óleo
satisfatória para os novos mancais, bem como aumentar o comprimento do mancal.
Estes mancais e seus desenpenhos estão sumarizados nas tabelas 8.3 e 8.4.
279
vezes. Os melhores resultados são obtidos pela escolha manual da maioria dos GL's
principais, realizando a chamada Síntese Modal dos Componentes da Estrutura
(SCM). Foi escolhido um conjunto com 155 GL's principais, de tal forma que o
modelo reduzido e o original tenham as mesmas freqüências naturais e modos
normais de vibração, até 75 Hz, conforme mostrado na tabela 8.1.a
280
[M ]{q&&(t )} + [C ]{q& (t )}+ [K ]{q(t )} = {0} (8.1)
1 .6 0 E -0 9
V e r t ic a l D is p la c e m e n t
H o r iz o n t a l D is p la c e m e n t
1 .4 0 E -0 9
A x ia l D is p la c e m e n t
1 .2 0 E -0 9
Magnitude of Displacement (m)
1 .0 0 E -0 9
8 .0 0 E -1 0
6 .0 0 E -1 0
4 .0 0 E -1 0
2 .0 0 E -1 0
0 .0 0 E + 0 0
0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 0 1 0 0
F re q u e n c y (H z )
F re q u e n c y R e s p o n s e D u e t o U n it V e r t ic a l F o r c e
a t G e a r b o x S id e B e a r in g
7 .0 0 E -0 9
V e r t ic a l D is p la c e m e n t
H o riz o n t a l D is p la c e m e n t
6 .0 0 E -0 9
A x ia l D is p la c e m e n t
Magnitude of Displacement (m)
5 .0 0 E -0 9
4 .0 0 E -0 9
3 .0 0 E -0 9
2 .0 0 E -0 9
1 .0 0 E -0 9
0 .0 0 E + 0 0
0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 0 1 0 0
F re q u e n c y (H z )
Nos dois casos foi aplicada a mesma excitação senoidal, no mesmo local, com
magnitude de 1Newton na direção vertical.
281
8.4 Análise das Propostas de Modificação da Estrutura e Mancais
Depois do truncamento do modelo e da construção das FRF’s das caixas de
mancais do motor, pode-se discutir a alteração dos coeficientes de rigidez e de
amortecimento dos mancais a partir da colocação desta máquina em uma estrutura de
suporte que permita o movimento dos mancais em operação (não inercial).
VAZQUEZ, (2001), estudou este fenômeno e propôs um método exato para
quantificação da redução dos coeficientes de rigidez e de amortecimento dos mancais,
levando-se em consideração a sua flexibilidade (FRF do movimento).
282
Para o caso de folga máxima, há uma crítica do rotor perto de 3600 rpm e, ainda
pior, existe um modo de vibração da subestrutura perto deste valor. Em qualquer
destes casos o primeiro harmônico será amplificado. Pode-se dizer que não é um
bom projeto. Os dois primeiros modos são translacionais e cônicos.
283
F r e q u e n c y R e s p o n s e D u e to U n it V e r tic a l F o r c e
a t G e a r b o x S id e B e a r in g
7 .0 0 E -0 9
V e r t ic a l D is p la c e m e n t
H o r iz o n t a l D is p la c e m e n t
6 .0 0 E -0 9
A x ia l D is p la c e m e n t
4 .0 0 E -0 9
3 .0 0 E -0 9
2 .0 0 E -0 9
1 .0 0 E -0 9
0 .0 0 E + 0 0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
F re q u e n c y (H z )
F r e q u e n c y R e s p o n s e D u e t o U n it V e r t ic a l F o r c e
a t G e a r b o x S id e B e a r in g
7 . 0 0 E -0 9
V e r t ic a l D is p la c e m e n t
H o riz o n t a l D is p la c e m e n t
6 . 0 0 E -0 9
A x ia l D is p la c e m e n t
Magnitude of Displacement (m)
5 . 0 0 E -0 9
4 . 0 0 E -0 9
3 . 0 0 E -0 9
2 . 0 0 E -0 9
1 . 0 0 E -0 9
0 . 0 0 E + 0 0
0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 0 1 0 0
F r e q u e n c y (H z )
F re q u e n c y R e s p o n s e D u e to U n it V e r tic a l F o r c e
a t G e a r b o x S id e B e a r in g
7 .0 0 E -0 9
V e r t ic a l D is p la c e m e n t
H o r iz o n t a l D is p la c e m e n t
6 .0 0 E -0 9
A x ia l D is p la c e m e n t
Magnitude of Displacement (m)
5 .0 0 E -0 9
4 .0 0 E -0 9
3 .0 0 E -0 9
2 .0 0 E -0 9
1 .0 0 E -0 9
0 .0 0 E + 0 0
0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 0 1 0 0
F re q u e n c y (H z )
284
Geralmente, as diferenças não são muito grandes na maioria dos casos. Neste
caso particular, são muito importantes, como pode ser visto nas figuras 8.13 à 8.16
F re q u e n c y re s p o n s e w it h a n d w it h o u t P e d e s t a l(C o u p lin g )
1
W it h p e d e s t a l
W /O p e d e s t a l
0 . 9
0 . 8
0 . 7
Magnitude (mils)
0 . 6
0 . 5
0 . 4
0 . 3
0 . 2
0 . 1
0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0
F re q u e n c y (H z )
1 .2
1
Magnitude (mils)
0 .8
0 .6
0 .4
0 .2
0
0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0
F re q u e n c y (H z )
0 . 8
0 . 7
0 . 6
Magnitude (mils)
0 . 5
0 . 4
0 . 3
0 . 2
0 . 1
0
0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0
F re q u e n c y (H z )
3 . 5
3
Magnitude (mils)
2 . 5
1 . 5
0 . 5
0
0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0
F re q u e n c y (H z )
285
8.6 Comentários finais
286
I X CONCLUSÃO
287
Nos capítulos II, III e IV são discutidas, até ao limite, as possibilidades de
representação da ciência Rotodinâmica, dentro de uma modelação da teoria do
contínuo. É também deixado muito claro que, independentemente da complexidade
retratada nestes modelos contínuos, a existência da ortogonalidade, (propriedade
característica), dos autovetores giroscópicos é assegurada em todos estes modelos.
O capítulo II mostra um modelo discreto excessivamente simplificado, com
apenas dois graus de liberdade. Por este motivo apresenta uma distorção muito
grande, pois está substituindo uma infinidade de curvas de freqüência natural por
apenas duas curvas. A curva inferior, entretanto, pode ser considerada como uma boa
aproximação da curva de primeira freqüência natural.
As hipóteses teóricas demandadas pelo modelo contínuo (explicitamente) e
também do modelo discreto (implicitamente), são relembradas a seguir.
288
equação de Lagrange. É ainda apresentado grande conjunto de métodos para solução
das equações de movimento, dos sistemas dinâmicos, em diversos cenários reais.
Ainda neste capítulo é desenvolvido um método novo para solução de sistemas
giroscópicos conservativos, método este que viabiliza o desacoplamento das
equações diferenciais do movimento destes sistemas, com o emprego dos autovetores
da matriz giroscópica. Este método para solução de sistemas de equações de
movimento é fundamentado em uma propriedade particular dos autovetores da
matriz giroscópica, segundo a qual estes autovetores são capazes de desacoplar as
equações de movimento de um sistema giroscópico conservativo, propriedade esta já
anteriormente demonstrada, nos capítulos III e IV para sistemas contínuos.
Portanto podemos concluir que, as soluções oriundas de um sistema
rotodinâmico giroscópico conservativo (discreto ou contínuo), são linearmente
independentes, ou, em outras palavras, os efeitos inerciais (entre eles o giroscópico)
e de rigidez do eixo não acoplam as suas soluções (autovetores). Esta nova idéia
permite a introdução do efeito giroscópico e da inércia de rotação, nos mapas das
críticas (anteriormente restrito a massa e rigidez).
No Capitulo VI é discutido o problema conhecido como “instabilidade
rotodinâmca” de uma forma precisa , abrangente e profunda. Neste capítulo são
sugeridos três procedimentos para a minimização dos riscos de instabilidade:
a) Introduzir amortecimento para elevação da velocidade limite de estabilidade, Ω n ;
289
A elevação da freqüência natural tem, como conseqüência, a possibilidade de
290
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302
APÊNDICE A
Relatório Relativo a Estudo de Caso Real
COMPRESSOR 105-J da FAFEN/SE
(SUPORTE FLEXÍVEL)
Neste Relatório será apresentada uma tecnologia inédita e extremamente precisa,
usada para resolver um complexo problema de vibração ocorrido em um compressor
de amônia (105-J, Plantas de Fertilizantes da Petrobras FAFEN/SE), problema este
associado ao projeto inadequado de seu sistema de suportação.
Este trabalho foi discutido no artigo ALLAIRE, P. E., ROCKWELL, D.R.,
CASTILHO, A., ET ALL, (2005).
Esta metodologia de análise foi desenvolvida sob supervisão do Professor Paul
E. Allaire, da Universidade de Virgínia.
A Petrobras faz parte deste consórcio desde 1986 e participou deste projeto,
sendo representada pelo autor da tese. Esta solução foi apresentada em dezembro de
2003 e ainda não foi totalmente implementada, até esta data.
O pioneirismo desta tecnologia fica claramente evidenciado a partir de reunião
realizada em 17 de agosto de 2006, entre os consultores da Universidade de Virginia
com os consultores da Boeing, assessorados por consultores do NASTRAN (consórcio
Boeing/NASTRAN).
No referido encontro, a Boeing apresentou seu desenvolvimento conjunto
Boeing/NASTRAN para simulação da interação rotodinâmica de suas turbinas a gás
com a estrutura da asa de seus aviões. Nesta apresentação evidenciou-se a dificuldade
de uma precisa representação dos efeitos de “cross coupling” e de amortecimento reais
dos mancais, sendo este o foco da reunião.
Esta reunião objetivou a implementação dessa nova tecnologia, aqui apresentada,
nos códigos desenvolvidos pelo consórcio Boeing/Nastran.
Esse trabalho representa o ponto alto de todo um esforço pessoal de pesquisa
(durante mais vinte anos), objetivando a compreensão global dos fenômenos vibratórios
em turbomáquinas, notadamente aqueles comportamentos anormais que surgem
303
quando colocamos uma turbomáquina em suportes flexíveis tais como: asas de aviões,
submarinos, navios, plataformas “off shore” e mezaninos industriais.
Tal tecnologia se apóia em um tripé tecnológico, compreendido por:
304
FIG. A.1 - CONJUNTO COMPRESSOR 105-J
305
FIG. A.2 - SAÍDA DO ANSYS PRIMEIRA TENTATIVA
Este primeiro modelo tentativa mostrou uma freqüência natural com baixo
amortecimento, próxima a 60 HZ (o motor trabalha a 1800 rpm – 1N, e, portanto,
2N corresponde 3600 rpm ou 60 Hz), todavia quando este sistema foi acoplado com
o modelo rotodinâmico, estas expectativas não se confirmaram, mostrando que tais
modo de vibração não afetavam o comportamento do rotor.
Foi, então, desenvolvido um modelo mais completo em elementos finitos,
envolvendo todo o conjunto plataforma e máquinas. Este novo modelo revelou a
existência de duas freqüências naturais, uma perto de 60 Hz e outra perto de 30 Hz.
Quando o mesmo foi acoplado ao sistema rotodinâmico, os efeitos no rotor ficaram
evidentes.
A análise rotodinâmica mostrou que a segunda crítica do conjunto estava muito
próxima do segundo harmônico do rotor. A simulação mostrou ainda que o suporte
tinha grande responsabilidade no mau desempenho rotodinâmico do conjunto.
Esta impropriedade tornou a máquina susceptível a problemas como
desbalanceamento elétrico do motor, desbalanceamento do rotor e desalinhamento.
A representação total desta plataforma exigiu uma modelagem pesada, com mais
de 80.000 graus de liberdade, a qual precisou ser reduzida significativamente para
tornar-se compatível com os modelos do rotor e dos mancais.
306
O modelo completo revelou duas freqüências naturais pouco amortecidas
próximo a 2N (freqüência que é excitada pelo desalinhamento).
Além disto, estavam associadas a movimentos verticais nos mancais,
desqualificando todos os trabalhos de contraventamento anteriormente realizados e que
estão mostrados na figura A.2.
A modelação completa mostrou-se crucial para a eficácia deste trabalho.
Os dados reportados pelo campo, fundamentais para o processo de identificação
e aferição do modelo, estavam incompletos sendo impossível a realização de um
levantamento mais detalhado, nos moldes de uma análise modal.
A identificação modal só pode ser aplicada em sistemas lineares, causais, estáveis
e invariantes com o tempo, conforme VAN DEN ENDEN, A.W.M., VERHOECKX,
N. A. M., (1989).
Entre os dados de campo, encontravam-se alguns espectros do tipo “peak-hold”
(retém maior valor), realizados durante o processo de partidas e paradas da máquina.
Alguns dados obtidos em testes de impacto, no campo, revelaram a existência de
diversas freqüências naturais na faixa operacional, dentro da faixa de freqüência de 0Hz
a 75Hz.
307
Por simplicidade, a caixa de redução, o motor e os compressores são modelados
como objeto sólido homogêneo e a densidade foi escolhida em função do peso e do
centro de gravidade.
Colunas de Concreto
Seção: 0.45 m x 0.45 m
Altura: 3.1 m
Vigas de Suporte
Seção: 0.3 m x 0.9 m
Espessura de Parede: 2 cm
Viga do Motor:
Seção: 0.3 m x 0.2 m
Viga - I
Seção: 0.26 m x 0.3 m
Espessura do Flange: 2 cm
Espessura da alma: 3 cm
Viga Caixão
Seção: 0.26 m x 0.3 m
Espessura de Parede: 2 cm
As máquinas são tratadas como massa discreta, as colunas, vigas e máquinas são
rigidamente conectadas entre si e as colunas são rigidamente conectadas ao solo.
Na modelação do conjunto, mostrou ser pouco importante a geometria detalhada
de cada uma das máquinas, as quais foram modeladas como paralelepípedos de
densidade constante.
O posicionamento de cada uma das máquinas na estrutura está rigorosamente de
acordo com os desenhos. A densidade e a altura de cada máquina foram estabelecidas
de modo a garantir o correto posicionamento do C.G. delas (tabela A.3).
A figura A.3 mostra o modelo da estrutura de suportação do compressor 105-J.
O mancal externo do motor, bem como seu mancal interno, estão corretamente
posicionados na estrutura, embora estejam escondidos.
308
matriz aproximada formada a partir de um conjunto limitado de graus de liberdade,
conforme será visto na Seção (A.2).
A tabela A.4 mostra os valores de freqüências naturais do sistema, levantados no
campo com ajuda de teste de impacto e as freqüências naturais do modelo completo.
Concreto*
Módulo de Young: 23 GN/m2
Densidade: 2400 kg/m3
Poisson: 0.18
Steel Beams, Rebar (typical values for steel)
Módulo de Young: 200 GN/m2
Densidade: 7860 kg/m3
Poisson: 0.33
Motor
Massa Total: 26760 kg
Mass without Rotor: 17837 kg
Módulo deYoung: 200 GN/m2
Densidade: 1355 kg/m3
Poisson: 0.33
Caixa de Engrenagem
Massa: 6900 kg
Módulo de Young: 200 GN/m2
Densidade: 5690 kg/m3
Poisson: 0.33
Compressor Radial 1
Massa: 9200 kg
Módulo de Young: 200 GN/m2
Densidade: 2700 kg/m3
Poisson: 0.33
Compressor Radial 2
Massa: 13800 kg
Módulo de Young: 200 GN/m2
Densidade: 2270 kg/m3
Poisson: 0.33
309
FIG. A.3 - SAÍDA DO ANSYS MODELO COMPLETO
Motor 17,837
Multiplicaora 4,536
Compressor 1 10,614
Compressor 2 14,134
310
TAB A.4 FREQÜÊNCIAS NATURAIS DA ESTRUTURA DE SUPORTE
311
FIG. A.4 - QUARTO MODO DE VIBRAÇÃO DA ESTRUTURA
312
FIG. A.5 N O N O M O D O E DÉCIMO MODO
313
Frequency R esponse D ue to U nit V ertical Force
at Gearbox Side B earing
7.00E -09
V ertical Displacem ent
Horizontal Dis placem ent
6.00E -09
A xial Dis placem ent
4.00E -09
3.00E -09
2.00E -09
1.00E -09
0.00E +00
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Fre que ncy (Hz)
314
F r e q u e n c y R e s p o n s e D u e t o U n it H o r iz o n t a l F o r c e
a t G e a r b o x S id e B e a r in g
3 .5 0 E -0 8
V e rt ic a l D is p la c e m e n t
H o riz o n t a l D is p la c e m e n t
3 .0 0 E -0 8
A x ia l D is p la c e m e n t
2 .0 0 E -0 8
1 .5 0 E -0 8
1 .0 0 E -0 8
5 .0 0 E -0 9
0.00E + 00
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
F r e q u e n c y (H z )
1 . 2 0 E -0 8
V e rt ic a l D is p la c e m e n t
H o riz o n t a l D is p la c e m e n t
1 . 0 0 E -0 8 A x ia l D is p la c e m e n t
Magnitude of Displacement (m)
8 . 0 0 E -0 9
6 . 0 0 E -0 9
4 . 0 0 E -0 9
2 . 0 0 E -0 9
0 .0 0 E + 0 0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
F re q u e n c y (H z )
7 . 0 0 E -0 8
V e rt ic a l D is p la c e m e n t
H o riz o n t a l D is p la c e m e n t
6 . 0 0 E -0 8
A x ia l D is p la c e m e n t
Magnitude of Displacement (m)
5 . 0 0 E -0 8
4 . 0 0 E -0 8
3 . 0 0 E -0 8
2 . 0 0 E -0 8
1 . 0 0 E -0 8
0 .0 0 E + 0 0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
F r e q u e n c y (H z )
315
A.2 Modelação Rotodinâmica pelos programas do ROMAC
316
A.2.1 Modelação do Rotor
O conjunto rotor do motor está mostrados na figura A.10. O rotor pesa 5738
kg, sendo o rotor de 4-pólos, bobinas e armadura, dois ventiladores, um acoplamento e
ainda outras partes, conforme mostrado na figura A.10.
O comprimento total do rotor é 5.168 mm. O peso total do conjunto é 8.923
kg mais acoplamento, totalizando 9392.9 kg.
A modelação do rotor é, geralmente, feita pelo Método de Elementos Finitos
ou por Matriz de Transferência. Os resultados serão os mesmos se usado o elemento
de barra normalmente empregado em simulações rotodinâmicas.
Nesta análise, é feita a simulação do esquema mostrado, sendo a rigidez à flexão
calculada conforme esta geometria. O modelo “free-free” (livre livre) deste rotor foi,
inicialmente, realizado considerando-se 57 nós.
NÓ M L De Di Lt
1 4.996 1.620 5.240 .000 .000
2 32.011 2.719 9.406 .000 1.620
3 55.015 2.719 9.576 .000 4.339
4 347.001 2.719 9.745 .000 7.058
5 804.021 2.719 9.915 .000 9.776
6 71.142 3.661 10.000 .000 12.495
7 118.275 3.152 14.764 .000 16.157
8 154.306 3.152 14.764 .000 19.308
9 130.833 3.933 11.024 .000 22.460
10 107.359 3.933 11.024 .000 26.393
11 136.598 3.387 14.764 .000 30.326
12 165.837 3.387 14.764 .000 33.713
317
13 165.837 3.387 14.764 .000 37.100
14 260.110 3.150 14.961 .000 40.487
15 354.382 3.150 14.961 .000 43.637
16 256.365 3.150 14.961 .000 46.787
17 158.347 3.150 14.961 .000 49.936
18 158.347 3.150 14.961 .000 53.086
19 229.273 4.075 18.110 .000 56.235
20 300.199 4.075 18.110 .000 60.310
21 722.816 4.528 22.165 .000 64.385
22 1145.433 4.528 22.165 .000 68.912
23 1145.433 4.528 22.165 .000 73.440
24 1145.433 4.528 22.165 .000 77.968
25 1145.433 4.528 22.165 .000 82.495
26 1145.433 4.528 22.165 .000 87.023
27 1145.433 4.528 22.165 .000 91.551
28 1145.433 4.528 22.165 .000 96.078
29 1145.433 4.528 22.165 .000 100.606
30 1145.433 4.528 22.165 .000 105.133
31 722.816 4.075 18.110 .000 109.661
32 300.199 4.075 18.110 .000 113.736
33 229.273 3.150 14.961 .000 117.811
34 158.347 3.150 14.961 .000 120.960
35 158.347 3.150 14.961 .000 124.110
36 256.365 3.150 14.961 .000 127.259
37 354.382 3.150 14.961 .000 130.409
38 256.545 3.241 14.764 .000 133.559
39 158.708 3.241 14.764 .000 136.800
40 158.708 3.241 14.764 .000 140.042
41 138.998 4.370 11.024 .000 143.283
42 116.600 4.173 11.024 .000 147.653
43 138.881 3.346 14.764 .000 151.826
44 125.012 3.661 10.236 .000 155.173
45 114.678 3.415 13.661 .000 158.834
46 143.182 3.415 13.661 .000 162.250
47 234.041 3.415 13.661 .000 165.665
48 324.900 3.415 13.661 .000 169.080
49 227.218 4.134 11.811 .000 172.496
50 239.113 5.512 11.024 .000 176.630
51 345.487 5.315 10.984 .000 182.142
52 205.870 2.638 10.827 .000 187.457
53 74.899 3.189 10.591 .000 190.094
54 126.175 4.016 10.551 .000 193.283
55 172.006 4.016 10.551 .000 197.299
56 131.197 2.165 10.433 .000 201.315
57 45.194 .000 10.433 .000 203.480
--------- ----------------------------------------------------------
20699.095 203.48
318
FIG. A.10A GEOMETRIA DO ROTOR
(X Y ) 0 4 M a y 2 0 0 3 C R T S P 2 U n d a m p e d M o d e S h a p e s
FR EE FR EE C R T S P 2 V e rs io n 3 .0 7
P e tro b ra s M o to r R o to r A n a ly s is (1 8 A P R 2 0 0 0 )
(C R T S P 2 D a ta F ile )
C ritic a l S p e e d s (rp m ):
In p u t F ile N a m e : C :\T e m p \r o to r2 c .d a t
M ode 1= .0 0
O u tp u t F ile N a m e : C :\T e m p \r o to r2 c .o u t
M ode 2= .0 0
P lo t F ile N a m e : C :\T e m p \ro t o r2 c .p lt
M o d e 3 = 3 6 9 3 .3 4
M o d a l F ile N a m e : C :\T e m p \r o to r 2 c .m o d
M o d e 4 = 8 0 1 3 .9 8
M o d e 5 = 1 5 1 4 6 .8 4
M o d e 6 = 2 3 3 8 5 .8 1
M o d e 7 = 3 0 6 0 2 .5 9
1 .2 M o d e 8 = 4 1 0 2 6 .2 2
0 .8
0 .6
Relative Displacement (Dim)
0 .4
C ase 1 R o to r 1 M ode 1
0 .2 C ase 1 R o to r 1 M ode 2
C ase 1 R o to r 1 M ode 3
C ase 1 R o to r 1 M ode 4
0 C ase 1 R o to r 1 M ode 5
-0 .2
-0 .4
-0 .6
-0 .8
-1
R
ROOM
MAC
-1 .2
L
L aa b
boo ra to
to rie
rie s
0 50 100 150 200
L e n g th ( in )
319
5
10
4
10
Speed (rpm)
R u n n in g S p e e d R o t o r 1 : 1 8 0 0 .0 0 r p m
3
10
2
10
104 105 106 107 108
S tiffn e s s ( lb f/ in )
320
FIG A.13 ESQUEMA DO MANCAL LUBRIFICADO
POR ANEL - ARCO PARCIAL
mm in
Diametro do mancal 280 11
Folga Diametral 0.42-0.56 0.0166-0.022
Comprimento Axial 195 7.68
Angulo da Sapata 130o
Prelcarga 0.0
Espessura da Sapate 65 2.5
321
F lu id F ilm J o u r n a l B e a r in g A n a ly s is
P e t r o b r a s M o t o r In b o a r d B e a r in g , S t a r v a t io n A n a ly s is
M in im u m B e a r in g C le a r a n c e , V a r io u s O il S u p p ly , J u n e 2 0 0 3 ,
7E + 06 60000
K X X
K Y Y
C X X
6E + 06 C Y Y 50000
4E + 06
30000
3E + 06
20000
2E + 06
10000
1E + 06
0 0
0 5 10 15 20 25
O il F lo w t o B e a r in g ( C I P S )
7E +06 60000
K X X
K Y Y 55000
C X X
6E +06 C Y Y 50000
45000
5E +06
40000
4E +06 35000
30000
3E +06 25000
20000
2E +06
15000
10000
1E +06
5000
0 0
0 5 10 15 20 25
O il F lo w t o B e a r in g ( C I P S )
6 0 0 0 0
K X X
7 E + 0 6
K Y Y 5 5 0 0 0
C X X
C Y Y 5 0 0 0 0
Damping Coefficients (lbf.s/in)
6 E + 0 6
Stiffness Coefficients (lbf/in)
4 5 0 0 0
5 E + 0 6 4 0 0 0 0
3 5 0 0 0
4 E + 0 6
3 0 0 0 0
2 5 0 0 0
3 E + 0 6
2 0 0 0 0
2 E + 0 6
1 5 0 0 0
1 0 0 0 0
1 E + 0 6
5 0 0 0
0 0
0 5 1 0 1 5 2 0 2 5
O il F lo w to B e a r in g ( C I P S )
322
TAB A.7 NIVEL DE BAIXA ALIMENTAÇAO LA: Nível de ausencia de
óleopara várias rotações e vazões, mancal interno.
Kxx:
TAB A.8 LA COEFICIENTE Kxx: Para diversas rotações do eixo e vazão no
mancal interno.
323
Kyy:
TAB A.9 COEFICIENTE Kyy: Para diversas rotações do eixo e vazão no
mancal interno.
Cxx:
TAB A.10 LA COEFICIENTE Cxx: Para diversas rotações do eixo e vazão no
mancal interno .
324
Cyy:
TAB A.11 LA COEFICIENTE Cyy: Para diversas rotações do eixo e vazão no
mancal interno.
325
Kxx:
TAB A.13 LOA COEFICIENTE Kxx: Para diversas rotações do eixo e vazão
no mancal exterrno.
Kyy:
TAB A.14 LOA COEFICIENTE Kyy: Para diversas rotações do eixo e vazão
no mancal externo.
326
Cxx:
TAB A.15 LOA COEFICIENTE Cxx : Para diversas rotações do eixo e vazão
no mancal exrno.
Cyy:
TAB A.16 LOA COEFICIENTE Cyy : Para diversas rotações do eixo e vazão
no mancal exrno.
327
A.2.2.2 Análise dos Mancais Novos
Para resolver o problema de vibração do novo mancal, necessitamos de mais
amortecimento, para reduzir sua resposta dinâmica.
A filosofia de projeto será manter a rigidez próxima da atual e aumentar o
amortecimento ao máximo. Para tanto, precisamos garantir uma alimentação de óleo
satisfatória para os novos mancais, bem como aumentar o comprimento do mancal.
Dois novos mancais foram propostos: “soft short” de mesmo comprimento e o
“soft long”, com 50 mm a mais no comprimento. O fabricante do motor propôs dois
outros mancais que são referidos como ”Zollem Sleeve” e ” Zollem Eliptical”. Estes
mancais e seus desenpenhos estão sumarizados nas tabelas A.17 e A.18.
328
A.3 Redução Dinâmica da Estrutura: (Coeficientes dos Mancais)
Sabe-se ser muito grande o tamanho da matriz integrada rotor/mancais/ estrutura,
para permitir a solução com os recursos computacionais disponíveis
As técnicas de redução de matriz podem ser agrupadas em três categorias:
estática, modal e dinâmica ou exata.
Os dois primeiros grupos de técnicas de redução levam a soluções aproximadas
que satisfazem a maioria dos casos, enquanto que o terceiro grupo conserva o exato
comportamento dinâmico do sistema. A tecnologia de hardware necessária para
permitir a solução destes complexos problemas somente tornou-se disponível nos
últimos cinco anos. Desde então, novas tentativas têm sido realizadas.
Este Relatório introduz uma nova maneira de tratar esta questão, com uma
tecnologia capaz de representar, integralmente, a estrutura de suporte, os mancais e a
rotodinâmica, fornecendo a resposta dinâmica exata, tanto do rotor, como da estrutura,
viabilizando o protótipo virtual.
329
dinâmica dos mancais do motor. Os outros graus de liberdade “slaves” ficam
subordinados aos principais.
Os melhores resultados são obtidos pela escolha manual da maioria dos GL's
principais, elegendo-se a maioria nas colunas e vigas mais afetadas pelos modos de
vibração de nosso interesse, realizando desta forma a chamada Síntese Modal dos
Componentes da Estrutura (SCM).
Foi escolhido um conjunto com 155 GL's principais, de tal forma que o modelo
reduzido e o original tenham as mesmas freqüências naturais e modos normais de
vibração, até 75 Hz, conforme mostrado na tabela A.4.a
330
solução do problema de autovalor, viabilizando a redução do número de graus de
liberdade do modelo de forma objetiva e focada na resposta dinâmica desejada,
conforme apresentado a seguir .
Seja a equação vetorial do movimento vibratório mostrada abaixo, onde F é
uma excitação senoidal direcionada.
{η} =
q&
{η&} =
q&
η& (t ) = Aη .(t ) + Bu.(t ) ; e (A.3)
q q&&
A redução balanceada deste modelo será feita com a ajuda da técnica “Hankel
Singular Value”, sendo o truncamento da matriz [A] orientado pela mesma.
O grupo de automação do ROMAC é responsável pelo desenvolvimento do
controle de mancais magnéticos. Esta junção das duas disciplinas (Rotodinâmica X
Controle) permitiu um grande avanço nas técnicas de redução de matrizes e solução
dos problemas de autovalor.
MORE, B.C., (1981) discutiu a técnica Redução Balanceada de Modelos e
GLOVER, K. (1984) discutiu a técnica Hankel Norm Approximation. Estas são duas
das técnicas mais efetivas nesta área. Embora os objetivos da redução de modelos não
sejam exatamente os mesmos nas disciplinas Controle e Rotodinâmica, eles têm bases
comuns.
331
A.3.2.1 Problema de Autovalor: Solução Usando Hankel Singular
Value
Uma solução precisa para o problema de autovalor, pode ser atingida
reescrevendo-se a equação do movimento nas bases da teoria de controle
“input/output”, como segue:
332
Aplicando-se a Transformada de Laplace ao sinal de saída Y = C .η ( x ) , vem:
G(s) = C(sI − A) B
−1
(A.8)
dizer que a transformação “Hankel Singular Value“ de [G ( s)] , coincide com os seus
valores singulares e será igual à raiz quadrada dos autovalores da matriz [PQ ] , tal que:
∞
AP + PAT + BT B = 0 ; P = ∫e
T
At
BBT e A t dt (gramian de controlabilidade) (A.9)
0
∞
AT Q + QA + C T C = 0 ; Q=∫ e AT t
C T Ce At dt (gramian de observabilidade) (A.10)
0
σ i (G ( s ) ) = {λi .[PQ ]} 2
1
(A.11)
σ i (G ( s ) ) ≥ σ i +1 (G ( s ) ) (A.12)
333
Foram levados em consideração os 42 primeiros modos de vibração mais
importantes, tendo sido aproveitados somente os 14 primeiros modos Naturais.
A FRF pode agora ser construída com os 14 modos que mais contribuem para a
formação da vibração da caixa de mancais.
1 .6 0 E - 0 9
V e r t ic a l D is p la c e m e n t
H o r iz o n t a l D is p la c e m e n t
1 .4 0 E - 0 9
A x ia l D is p la c e m e n t
1 .2 0 E - 0 9
Magnitude of Displacement (m)
1 .0 0 E - 0 9
8 .0 0 E - 1 0
6 .0 0 E - 1 0
4 .0 0 E - 1 0
2 .0 0 E - 1 0
0 .0 0 E + 0 0
0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 0 1 0 0
F r e q u e n c y (H z )
F r e q u e n c y R e s p o n s e D u e to U n it V e r tic a l F o r c e
a t G e a r b o x S id e B e a r in g
7 .0 0 E -0 9
V e r t ic a l D is p la c e m e n t
H o r iz o n t a l D is p la c e m e n t
6 .0 0 E -0 9
A x ia l D is p la c e m e n t
Magnitude of Displacement (m)
5 .0 0 E -0 9
4 .0 0 E -0 9
3 .0 0 E -0 9
2 .0 0 E -0 9
1 .0 0 E -0 9
0 . 0 0 E + 0 0
0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 0 1 0 0
F r e q u e n c y (H z )
G ( s ) = C (sI − A) B
−1
(A.14)
334
Nos dois casos foi aplicada a mesma excitação senoidal, no mesmo local, com
magnitude de 1Newton na direção vertical.
De forma análoga, as figuras de A.18 a A.20, mostram as FRFs vertical,
horizontal e axial devidas à excitação de força senoidal, de 1 Newton nas direções
horizontal e vertical, aplicadas no mesmo local, para o modelo com (14 GL’s).
Depois da Redução Modal Balanceada (truncamento) do modelo, as FRFs dos
mancais do motor tornam-se conhecidas e podem ser usadas na Seção A.4.1 para
modificação dos coeficientes de rigidez e amortecimento destes mancais.
F re q u e n c y R e s p o n s e D u e to U n it H o r iz o n ta l F o r c e
a t G e a rb o x S id e B e a rin g
6 .0 0 E -0 9
V e r tic a l D is p la c e m e n t
H o r iz o n ta l D is p la c e m e n t
5 .0 0 E -0 9 A x ia l D is p la c e m e n t
Magnitude of Displacement (m)
4 .0 0 E -0 9
3 .0 0 E -0 9
2 .0 0 E -0 9
1 .0 0 E -0 9
0 .0 0 E + 0 0
0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 0 1 0 0
F re q u e n c y (H z )
2 .0 0 E -0 9
V e r tic a l D is p la c e m e n t
1 .8 0 E -0 9 H o riz o n ta l D is p la c e m e n t
A x ia l D is p la c e m e n t
1 .6 0 E -0 9
Magnitude of Displacement (m)
1 .4 0 E -0 9
1 .2 0 E -0 9
1 .0 0 E -0 9
8 .0 0 E -1 0
6 .0 0 E -1 0
4 .0 0 E -1 0
2 .0 0 E -1 0
0 .0 0 E + 0 0
0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 0 1 0 0
F r e q u e n c y (H z )
1 .0 0 E -0 8
V e r t ic a l D is p la c e m e n t
9 .0 0 E -0 9 H o r iz o n t a l D is p la c e m e n t
A x ia l D is p la c e m e n t
8 .0 0 E -0 9
Magnitude of Displacement (m)
7 .0 0 E -0 9
6 .0 0 E -0 9
5 .0 0 E -0 9
4 .0 0 E -0 9
3 .0 0 E -0 9
2 .0 0 E -0 9
1 .0 0 E -0 9
0 .0 0 E + 0 0
0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 0 1 0 0
F r e q u e n c y (H z )
335
A.4 Análise das Diversas Propostas de Modificação da Estrutura e
dos Mancais
Depois do truncamento do modelo e da construção das FRF’s das caixas de
mancais do motor, pode-se discutir a alteração dos coeficientes de rigidez e de
amortecimento dos mancais a partir da colocação desta máquina em uma estrutura de
suporte que permita o movimento dos mancais em operação (não inercial).
Na literatura encontram-se muitas referências qualitativas a este respeito.
O API-617 exige que a rigidez do suporte seja, pelo menos, 3,5 vezes maior que a
rigidez dos mancais para evitar alterações nas freqüências naturais (inerciais).
Sabe-se, também, que o amortecimento dos mancais é rapidamente deteriorado
no caso de movimento das caixas de mancais. Alguns estudos revelam ser
necessário que a rigidez do suporte seja pelo menos 10 vezes superior à rigidez do
mancal para que não haja comprometimento do amortecimento.
VAZQUEZ, (2001), estudou este fenômeno e propôs um método exato para
quantificação da redução dos coeficientes de rigidez e de amortecimento dos mancais,
levando-se em consideração a sua flexibilidade (FRF do movimento), Seção A.2.2
Sendo: s = p + iωd e iω d ≠ 0 ;
336
g xx g xy
[G( s)] = matriz das funções de transferência (A.15)
g yx g yy
[K seq ]
( s) = [G ( s )]
−1
(A.16)
[
A inversão da matriz da função de transferência K seq ( s) = [G ( s )] ] −1
é realizada
O cálculo dos coeficientes equivalentes dos mancais é feito no mesmo programa, que
também calcula os coeficientes K xx , K xy , K yx , K yy , C xx , C xy , C yx , C yy dos mancais.
[Kb EQ ] [ ]
( s) = s[Cb ] + [Kb ] − (s[Cb ] + [Kb ]){s[Cb ] + [Kb ] + K seq (s) } (s[Cb ] + [Kb ])
−1
(A.17)
337
TAB A.19 COMPARAÇÃO DAS CRÍTICAS DO ROTOR COM AS CRÍTICAS
DA ESTRUTURA
1206 1203
338
Como pode ser visto, este rotor trabalha entre a primeira e a segunda críticas, nos
três casos, e não existe margem de separação suficiente para atender ao API 617.
Para o caso de folga máxima, há uma crítica do rotor perto de 3600 rpm e, ainda
pior, existe um modo de vibração da subestrutura perto deste valor.
Em qualquer destes casos o primeiro harmônico será amplificado.
Pode-se dizer que não é um bom projeto.
Os dois primeiros modos (para folga média) são translacionais e cônicos.
O modo de vibração 3D para a folga média é mostrado nas figuras A.21 e A.22.
339
(3 D ) 0 6 M a y 2 0 0 3 F O R S T A B S ta bility P lot
E ig en v alu e= -.3 1 4 4 1 1 6 0 0 E + 0 2 + /- 0 .1 6 8 7 8 4 0 0 0 E + 0 3 j
D am p ed Freq u en c y= 1 6 1 2 . rp m
L o g D ecrem en t = 1 .1 7 0 4 3 5
Z
R o to r 1 M ode 2 S p eed C as e 1 W h irl D irectio n : F o rw ard
Y
1
0.5
X
Y-Z Ampl
0
pl
Am
-0.5 X -Z 1
0 .5
0
- 0 .5
-1
0
-1
50
10
Le 0
ng
th
( in
)
15
0
20
0
R O M AC
La bora torie s
( 3 D ) 0 6 M a y 2 0 0 3 F O R S T A B S ta bility P lo t
E ig e n v alu e = -.7 4 3 8 2 6 0 0 0 E + 0 2 + /- 0 .2 0 6 5 5 6 1 0 0 E + 0 3 j
D am p e d F req u e n c y = 1 9 7 2 . rp m
L o g D e c re m en t = 2 .2 6 2 6 2 8
Z
R o to r 1 M ode 10 S p e ed C a s e 1 W h irl D ire c tio n : F o rw ard
Y
1
0.5
X
Y-Z Ampl
pl
Am
X -Z
-0.5
1
0 .5
0
-0 .5
-1
0
-1
50
10
Le 0
ng
th
( in
)
15
0
20
0
RO
OM A C
L a b o ra to rie s
340
Foram analisados muitos casos diferentes de acordo com as folgas dos mancais
e seus diferentes tipos.
A força desbalanceadora está colocada no rotor, em fase e fora de fase, para
excitar diferentes modos. O valor das massas é o mesmo utilizado no API-617.
Os sensores foram colocados no acoplamento com a redutora, no mancal
interno, no mancal externo e no final da excitatriz.
Existe um grande número de casos para análise. As figuras A.23 e A.24
mostram a análise assíncrona para um de vários destes casos de cálculo.
A resposta da excitação no mancal acoplado mostra que as freqüências de 1800
e 3600 rpm podem ser excitadas.
341
FIG A.23 MANCAL ACOPLADO EXCITAÇÃO DO SEGUNDO MODO
342
(X Y ) 0 7 M a y 2 0 0 3 F O R S T A B F orc e d R e s pon se P lot
P e tro b ra s M o to r an d C o m p res s o r 1 0 5 -J F O R S T A B 1 .6 1
u n b alan c e re s p o n s e (O C T 3 2 0 0 1 )
B earin g C o n d itio n (A v era g e) W S u b s tru tu re (in /lb )
R elativ e to
s tatio n 2
ro to r 1 X -P ro b e A n g le= 4 5 .0 0 d e g ree s
2 .5
Ampx=43.60 Ampsm=41.70
1280.00
Displacement Magnitude (Mils 0-p)
2 .2 5 Ampy=39.58
2
1280.00
1280.00
1 .7 5
1 .5
1 .2 5
0 .7 5
Ampx= 4.20
1800.00
0 .5
R O M AC
0 .2 5
L a bo
b ora to rie s
1000 1500 2000
S p e e d (rp m )
343
(X Y ) 0 6 M a y 2 0 0 3 F O R S T A B F orce d R e s po ns e P lot
R elative to
s tatio n 4 2
ro to r 1
X -P ro b e A n g le= 4 5 .0 0 d eg rees
Ampsm= 2.94
Ampx= 3.71
0 .8
1880.00
1880.00
0 .7 5
Displacement Magnitude (Mils 0-p)
0 .7
0 .6 5
Ampy=27.31
1200.00
0 .6
0 .5 5
Ampsm=16.37
Ampx=19.63
0 .5
1200.00
Ampy= 3.59
1200.00
2040.00
0 .4 5
Ampy= 3.24
1840.00
0 .4
0 .3 5
0 .3
0 .2 5
0 .2
0 .1 5 R O M AC
0 .1
La bora torie s
1000 1500 2000
S p e e d (rp m )
( X Y ) 0 6 M a y 2 0 0 3 F O R S T A B F o rc e d R e sp o n se P lo t
P e tro b ra s M o to r a n d C o m p re s s o r 1 0 5 -J F O R S T A B 1 .6 1
u n b a la n c e re s p o n s e (a t q u a rte r s p a n --F a n s ) (O C T 3 2 0 0 1 )
B e a rin g C o n d itio n (A v e ra g e ) W S u b s tru tu r e (in /lb )
D is p la c e m e n t U n b a la n c e in fo rm a tio n O u tp u t S t: 3 X -M a g
s ta tio n 2 S t 1 5 :f a n 1 O u tp u t S t: 3 Y -M a g
ro to r 1 4 6 .0 0 0 0 o z .in a t 0 .0 0 ° O u tp u t S t: 3 S -M a j
S t 3 7 :f a n 2
R e la tiv e to 4 6 .0 0 0 0 o z .in a t 1 8 0 .0 0 °
s ta tio n 2
ro to r 1
X -P ro b e A n g le = 4 5 .0 0 d e g re e s
3 .5
Ampx=41.32
Ampy=40.81
1280.00
1280.00
Displacement Magnitude (Mils 0-p)
2 .5
2
Ampx=11.56
Ampsm=28.56
2040.00
Ampx=10.74
2080.00
1 .5
2200.00
0 .5 RO
OM A
ACC
L a b o ra to rie s
1000 1500 2000
S p e e d ( rp m )
344
(X Y ) 0 6 M ay 2 0 0 3 F O R S T A B F orced R espo nse P lot
0 .5
Displacement Magnitude (Mils 0-p)
0 .4
0 .3
0 .2
0 .1 R O M AC
L
Laa bo ra torie s
b ora
1000 1500 2 00 0
S pe e d (rpm )
(X Y ) 0 6 M a y 2 0 0 3 F O R S T A B F orc e d R e s po ns e P lot
P e tro b ra s M o to r a n d C o m p re s s o r 1 0 5 -J F O R S T A B 1 .6 1
u n b a la n c e re sp o n se (at q u a rte r s p a n --F a n s ) (O C T 3 2 0 0 1 )
B e a rin g C o n d itio n (A ve ra g e ) W S u b stru tu re (in /lb )
D isp la c e m e n t U n b a la n ce in fo rm a tio n O u tp u t S t: 2 X -M ag
sta tio n 4 2 S t 1 5 :fan 1 O u tp u t S t: 2 Y -M ag
ro to r 1 4 6 .0 0 0 0 o z .in at 0 .0 0 ° O u tp u t S t: 2 S -M aj
S t 3 7 :fan 2
R e la tiv e to 4 6 .0 0 0 0 o z .in at 1 8 0 .0 0 °
sta tio n 4 2
ro to r 1
X -P ro b e A n g le = 4 5 .0 0 d e g re e s
2200.0
Displacement Magnitude (Mils 0-p)
0 .3
Ampy=18.63
Ampy= 8.65
1200.00
2040.00
Ampy=26.54
Ampsm= 3.93
1280.00
1200.00
0 .2
Ampx= 6.67
1200.00
0 .1
R O M AC
L a b o ra to rie s
1000 1500 2000
S p e e d (rp m )
345
A.5 Solução de Compromisso:
A.5.1 Modificações da Estrutura (Filosofia)
A FRF da caixa de mancais revela que o principal movimento dos mancais
ocorre em 60 Hz e na direção vertical. Isto explica a completa inoperância das
soluções anteriores onde o contraventamento tinha como objetivo impedir a
movimentação horizontal. Pode-se, também, observar uma freqüência natural próxima
a 30 Hz, entretanto, este modo é bem amortecido.
Diversas modificações de projeto foram testadas na estrutura, procurando-se
sempre mudanças de maior simplicidade com a introdução de vigas metálicas. Estas
modificações mostraram-se incapazes de alterar as ressonâncias próximas a 60 Hz. Os
melhores resultados foram obtidos com a implantação de colunas verticais.
Algumas das diversas alternativas analisadas são apresentadas a seguir.
346
F re q u e n c y R e s p o n s e D u e to U n it V e r tic a l F o r c e
a t G e a r b o x S id e B e a r in g
7 .0 0 E -0 9
V e r t ic a l D is p la c e m e n t
H o r iz o n t a l D is p la c e m e n t
6 .0 0 E -0 9
A x ia l D is p la c e m e n t
4 .0 0 E -0 9
3 .0 0 E -0 9
2 .0 0 E -0 9
1 .0 0 E -0 9
0 .0 0 E + 0 0
0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 0 1 0 0
F re q u e n c y (H z )
F re q u e n c y R e s p o n s e D u e to U n it H o r iz o n ta l F o r c e
a t G e a r b o x S id e B e a r in g
5 .0 0 E -0 8
V e r t ic a l D is p la c e m e n t
4 .5 0 E -0 8 H o r iz o n t a l D is p la c e m e n t
A x ia l D is p la c e m e n t
4 .0 0 E -0 8
Magnitude of Displacement (m)
3 .5 0 E -0 8
3 .0 0 E -0 8
2 .5 0 E -0 8
2 .0 0 E -0 8
1 .5 0 E -0 8
1 .0 0 E -0 8
5 .0 0 E -0 9
0 .0 0 E + 0 0
0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 0 1 0 0
F re q u e n c y (H z )
F r e q u e n c y R e s p o n s e D u e to U n it V e r tic a l F o r c e
a t O u t b o a r d S id e B e a r in g
1 .2 0 E -0 8
V e r t ic a l D is p la c e m e n t
H o r iz o n t a l D is p la c e m e n t
A x ia l D is p la c e m e n t
1 .0 0 E -0 8
Magnitude of Displacement (m)
8 .0 0 E -0 9
6 .0 0 E -0 9
4 .0 0 E -0 9
2 .0 0 E -0 9
0 .0 0 E + 0 0
0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 0 1 0 0
F re q u e n c y (H z )
F re q u e n c y R e s p o n s e D u e t o U n it H o r iz o n t a l F o r c e
a t O u tb o a r d S id e B e a r in g
4 .0 0 E -0 8
V e r tic a l D is p la c e m e n t
H o riz o n ta l D is p la c e m e n t
3 .5 0 E -0 8
A x ia l D is p la c e m e n t
3 .0 0 E -0 8
Magnitude of Displacement (m)
2 .5 0 E -0 8
2 .0 0 E -0 8
1 .5 0 E -0 8
1 .0 0 E -0 8
5 .0 0 E -0 9
0 .0 0 E + 0 0
0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 0 1 0 0
F re q u e n c y (H z )
347
F r e q u e n c y R e s p o n s e D u e t o U n it V e r t ic a l F o r c e
a t G e a r b o x S id e B e a r in g
7 . 0 0 E -0 9
V e rt ic a l D is p la c e m e n t
H o riz o n t a l D is p la c e m e n t
6 . 0 0 E -0 9
A x ia l D is p la c e m e n t
4 . 0 0 E -0 9
3 . 0 0 E -0 9
2 . 0 0 E -0 9
1 . 0 0 E -0 9
0 .0 0 E + 0 0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
F r e q u e n c y (H z )
F r e q u e n c y R e s p o n s e D u e to U n it V e r tic a l F o r c e
a t G e a r b o x S id e B e a r in g
7 .0 0 E -0 9
V e rt ic a l D is p la c e m e n t
H o r iz o n t a l D is p la c e m e n t
6 .0 0 E -0 9
A x ia l D is p la c e m e n t
Magnitude of Displacement (m)
5 .0 0 E -0 9
4 .0 0 E -0 9
3 .0 0 E -0 9
2 .0 0 E -0 9
1 .0 0 E -0 9
0 .0 0 E + 0 0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
F re q u e n c y (H z )
348
A.5.1.2 Segunda Melhor Proposta
349
F re q u e n c y R e s p o n s e D u e t o U n it V e r t ic a l F o r c e
a t G e a r b o x S id e B e a r in g
6 .0 0 E -0 9
V e r t ic a l D is p la c e m e n t
H o riz o n ta l D is p la c e m e n t
5 .0 0 E -0 9 A x ia l D is p la c e m e n t
3 .0 0 E -0 9
2 .0 0 E -0 9
1 .0 0 E -0 9
0 .0 0 E + 0 0
0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 0 1 0 0
F r e q u e n c y (H z )
F re q u e n c y R e s p o n s e D u e t o U n it H o r iz o n t a l F o r c e
a t G e a r b o x S id e B e a r in g
8 .0 0 E -0 8
V e r t ic a l D is p la c e m e n t
H o r iz o n t a l D is p la c e m e n t
7 .0 0 E -0 8
A x ia l D is p la c e m e n t
6 .0 0 E -0 8
Magnitude of Displacement (m)
5 .0 0 E -0 8
4 .0 0 E -0 8
3 .0 0 E -0 8
2 .0 0 E -0 8
1 .0 0 E -0 8
0 .0 0 E + 0 0
0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 0 1 0 0
F r e q u e n c y (H z )
F r e q u e n c y R e s p o n s e D u e to U n it V e r tic a l F o r c e
a t O u t b o a r d S id e B e a r in g
1 .2 0 E -0 8
V e r t ic a l D is p la c e m e n t
H o r iz o n t a l D is p la c e m e n t
A x ia l D is p la c e m e n t
1 .0 0 E -0 8
Magnitude of Displacement (m)
8 .0 0 E -0 9
6 .0 0 E -0 9
4 .0 0 E -0 9
2 .0 0 E -0 9
0 .0 0 E + 0 0
0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 0 1 0 0
F r e q u e n c y (H z )
F r e q u e n c y R e s p o n s e D u e t o U n it H o r iz o n t a l F o r c e
a t O u tb o a r d S id e B e a r in g
1 .6 0 E -0 7
V e r tic a l D is p la c e m e n t
H o riz o n ta l D is p la c e m e n t
1 .4 0 E -0 7
A x ia l D is p la c e m e n t
1 .2 0 E -0 7
Magnitude of Displacement (m)
1 .0 0 E -0 7
8 .0 0 E -0 8
6 .0 0 E -0 8
4 .0 0 E -0 8
2 .0 0 E -0 8
0 .0 0 E + 0 0
0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 0 1 0 0
F r e q u e n c y (H z )
350
A.5.1.3 Proposta Com Vigas Laterais Adicionais
A figura A.35 mostra a solução com duas vigas laterais. Esta mudança teve
pequeno efeito na FRF dos mancais. As suas FRF’s estão apresentadas na figura A.36
351
F r e q u e n c y R e s p o n s e D u e t o U n it V e r t ic a l F o r c e
a t G e a r b o x S id e B e a r in g
7 .0 0 E - 0 9
V e r t ic a l D is p la c e m e n t
H o r iz o n t a l D is p la c e m e n t
6 .0 0 E - 0 9 A x ia l D is p la c e m e n t
4 .0 0 E - 0 9
3 .0 0 E - 0 9
2 .0 0 E - 0 9
1 .0 0 E - 0 9
0 .0 0 E + 0 0
0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 0 1 0 0
F r e q u e n c y (H z )
F r e q u e n c y R e s p o n s e D u e t o U n it H o r iz o n t a l F o r c e
a t G e a r b o x S id e B e a r in g
4 .0 0 E -0 8
V e r t ic a l D is p la c e m e n t
H o r iz o n t a l D is p la c e m e n t
3 .5 0 E -0 8
A x ia l D is p la c e m e n t
3 .0 0 E -0 8
Magnitude of Displacement (m)
2 .5 0 E -0 8
2 .0 0 E -0 8
1 .5 0 E -0 8
1 .0 0 E -0 8
5 .0 0 E -0 9
0 .0 0 E + 0 0
0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 0 1 0 0
F r e q u e n c y (H z )
F r e q u e n c y R e s p o n s e D u e to U n it V e r tic a l F o r c e
a t O u t b o a r d S id e B e a r in g
1 .6 0 E -0 8
V e r t ic a l D is p la c e m e n t
H o r iz o n t a l D is p la c e m e n t
1 .4 0 E -0 8
A x ia l D is p la c e m e n t
1 .2 0 E -0 8
Magnitude of Displacement (m)
1 .0 0 E -0 8
8 .0 0 E -0 9
6 .0 0 E -0 9
4 .0 0 E -0 9
2 .0 0 E -0 9
0 .0 0 E + 0 0
0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 0 1 0 0
F r e q u e n c y (H z )
F r e q u e n c y R e s p o n s e D u e t o U n it H o r iz o n t a l F o r c e
a t O u tb o a r d S id e B e a r in g
7 .0 0 E -0 8
V e r tic a l D is p la c e m e n t
H o riz o n ta l D is p la c e m e n t
6 .0 0 E -0 8 A x ia l D is p la c e m e n t
Magnitude of Displacement (m)
5 .0 0 E -0 8
4 .0 0 E -0 8
3 .0 0 E -0 8
2 .0 0 E -0 8
1 .0 0 E -0 8
0 .0 0 E + 0 0
0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 0 1 0 0
F r e q u e n c y (H z )
352
A.5.1.4 Proposta Com Vigas Transversais Adicionais
A figura A.37 mostra a solução com duas vigas laterais. Esta mudança teve
pequeno efeito na FRF dos mancais. As suas FRF’s estão apresentadas na figura A.38
353
F r e q u e n c y R e s p o n s e D u e to U n it V e r tic a l F o r c e
a t G e a r b o x S id e B e a r in g
9 .0 0 E -0 9
V e r t ic a l D is p la c e m e n t
8 .0 0 E -0 9 H o r iz o n t a l D is p la c e m e n t
A x ia l D is p la c e m e n t
7 .0 0 E -0 9
5 .0 0 E -0 9
4 .0 0 E -0 9
3 .0 0 E -0 9
2 .0 0 E -0 9
1 .0 0 E -0 9
0 .0 0 E + 0 0
0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 0 1 0 0
F r e q u e n c y (H z )
F r e q u e n c y R e s p o n s e D u e t o U n it H o r iz o n t a l F o r c e
a t G e a r b o x S id e B e a r in g
8 .0 0 E -0 8
V e r t ic a l D is p la c e m e n t
H o r iz o n t a l D is p la c e m e n t
7 .0 0 E -0 8
A x ia l D is p la c e m e n t
6 .0 0 E -0 8
Magnitude of Displacement (m)
5 .0 0 E -0 8
4 .0 0 E -0 8
3 .0 0 E -0 8
2 .0 0 E -0 8
1 .0 0 E -0 8
0 .0 0 E + 0 0
0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 0 1 0 0
F r e q u e n c y (H z )
F r e q u e n c y R e s p o n s e D u e to U n it V e r tic a l F o r c e
a t O u t b o a r d S id e B e a r in g
1 .8 0 E -0 8
V e r t ic a l D is p la c e m e n t
H o r iz o n t a l D is p la c e m e n t
1 .6 0 E -0 8
A x ia l D is p la c e m e n t
1 .4 0 E -0 8
Magnitude of Displacement (m)
1 .2 0 E -0 8
1 .0 0 E -0 8
8 .0 0 E -0 9
6 .0 0 E -0 9
4 .0 0 E -0 9
2 .0 0 E -0 9
0 .0 0 E + 0 0
0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 0 1 0 0
F r e q u e n c y (H z )
F r e q u e n c y R e s p o n s e D u e t o U n it H o r iz o n t a l F o r c e
a t O u tb o a r d S id e B e a r in g
9 .0 0 E -0 8
V e r tic a l D is p la c e m e n t
8 .0 0 E -0 8 H o riz o n ta l D is p la c e m e n t
A x ia l D is p la c e m e n t
7 .0 0 E -0 8
Magnitude of Displacement (m)
6 .0 0 E -0 8
5 .0 0 E -0 8
4 .0 0 E -0 8
3 .0 0 E -0 8
2 .0 0 E -0 8
1 .0 0 E -0 8
0 .0 0 E + 0 0
0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0 8 0 9 0 1 0 0
F r e q u e n c y (H z )
354
A.5.2 Interação Rotor/Mancais/Estrutura (Análise Assíncrona)
1.2
1
Magnitude (mils)
0.8
0.6
0.4
0.2
0
0 10 20 30 40 50 60 70
F re q u e n c y (H z )
0.5
Magnitude (mils)
0.4
0.3
0.2
0.1
0
0 10 20 30 40 50 60 70
F re q u e n c y (H z )
Quatro sensores dos mancais estão plotados em cada figura e mostram picos em
1X e 2X, o que é preocupante. As forças/excitações em fase (primeiro modo) são
mais importantes que as fora de fase (segundo modo). Por esta razão, daremos mais
atenção às excitações em fase.
355
A.5.2.2 Estudo Comparativo: Mancal Afogado/Faminto
Inicialmente, é analisada a vibração do rotor à excitações não síncronas (operando
a 1800 rpm), para o conjunto mancal existente/fundação, nas condições faminto e
afogado, obtendo-se os seguintes resultados, que estão apresentados nas figuras de
A.41 a A.45.
Os mancais afogados mostram uma grande redução das vibrações, nos dois
mancais e nas pontas. Os resultados são melhores, para 1X, e iguais, para 2X.
F r e q u e n c y r e s p o n s e w i t h s t a r ve a n d flo o d e d b e a r i n g s ( C o u p li n g )
1
S t a r ve
F lo o d e d
0 .9
0 .8
0 .7
Magnitude (mils)
0 .6
0 .5
0 .4
0 .3
0 .2
0 .1
0 10 20 30 40 50 60 70
F re q u e n c y (H z )
F r e q u e n c y r e s p o n s e w i t h s t a r v e a n d fl o o d e d b e a r i n g s ( IB )
1
S t a r ve
F lo o d e d
0 .9
0 .8
0 .7
0 .6
Magnitude (mils)
0 .5
0 .4
0 .3
0 .2
0 .1
0
0 10 20 30 40 50 60 70
F re q u e n c y (H z )
356
F r e q u e n c y r e s p o n s e w i t h s t a r v e a n d fl o o d e d b e a r i n g s ( O B )
1
S t a r ve
F lo o d e d
0 .9
0 .8
0 .7
0 .6
Magnitude (mils)
0 .5
0 .4
0 .3
0 .2
0 .1
0
0 10 20 30 40 50 60 70
F re q u e n c y (H z )
1 .4
1 .2
Magnitude (mils)
0 .8
0 .6
0 .4
0 .2
0
0 10 20 30 40 50 60 70
F re q u e n c y (H z )
357
Frequency response with and without Pedestal(Coupling)
1
With pedestal
W/O pedestal
0.9
0.8
0.7
Magnitude (mils)
0.6
0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
0 10 20 30 40 50 60 70
Frequency (Hz)
1.2
1
Magnitude (mils)
0.8
0.6
0.4
0.2
0
0 10 20 30 40 50 60 70
Frequency (Hz)
358
F re q u e n c y re s p o n s e w it h a n d w it h o u t P e d e s t a l(O B )
1
W it h p e d e s t a l
W /O p e d e s ta l
0 .9
0 .8
0 .7
0 .6
Magnitude (mils)
0 .5
0 .4
0 .3
0 .2
0 .1
0
0 10 20 30 40 50 60 70
F re q u e n c y (H z )
3 .5
3
Magnitude (mils)
2 .5
1 .5
0 .5
0
0 10 20 30 40 50 60 70
F re q u e n c y (H z )
359
F re q u e n c y re s p o n s e w it h e x is t in g b e a rin g s a n d n e w b e a rin g s (C o u p lin g )
1
E x is t in g B rg
N e w B rg
0 .9
0 .8
0 .7
0 .6
Magnitude (mils)
0 .5
0 .4
0 .3
0 .2
0 .1
0
0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0
F re q u e n c y (H z )
0 . 8
0 . 7
0 . 6
Magnitude (mils)
0 . 5
0 . 4
0 . 3
0 . 2
0 . 1
0
0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0
F re q u e n c y (H z )
0 .8
0 .7
0 .6
Magnitude (mils)
0 .5
0 .4
0 .3
0 .2
0 .1
0
0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0
F re q u e n c y (H z )
1 .4
1 .2
1
Magnitude (mils)
0 .8
0 .6
0 .4
0 .2
0
0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 6 0 7 0
F re q u e n c y (H z )
360
A.6 Consolidação
361
A figura A.53 mostra o espectro das vibrações verticais do lado acoplado do
motor, após a partida da máquina realizada com a nova coluna. Neste espectro pode-se
ver claramente que o segundo harmônico da vibração do motor, medido no mancal
interno, foi praticamente eliminado pela colocação da nova coluna.
A figura A.53 mostra, ainda, que o primeiro harmônico encontra-se com uma
amplitude exagerada. Isto acontece porque os mancais da máquina ainda não foram
substituídos e a coluna vertical, por si só, não é eficaz para reduzir 1N.
362
APÊNDICE B
363
364
365
366
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