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O Pensamento Complexo Na Escola

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O PENSAMENTO COMPLEXO NA ESCOLA

Edna Maria Cruz Pinho1 , IFTO/UnirG, ednapinhp@uft.edu.br


Maria José de Pinho2 , UFT/ mjpgon@mail.uft.edu.br

RESUMO: Este trabalho trata de revisão bibliográfica sobre o pensamento complexo na


escola, reflexão que compôs originalmente o texto dissertativo intitulado como Escolas
Criativas no Tocantins: Um estímulo a religação dos saberes. É uma pesquisa de mestrado
realizada no Programa de Pós Graduação em Educação – PPGE/UFT. Tem como objetivo
situar a escola no contexto da crise de paradigmas evidenciando a emergência de um novo
paradigma e suas contribuições para a ruptura com modelo cartesiano de ensino a partir
do estimulo ao pensamento complexo. O resultado da discussão mostrou que a
complexidade como teoria e seus princípios dialógico, autopoiético e hologramático
mostra-se como referencial para contrapor a lógica clássica da modernidade e romper
com estruturas curriculares e práticas pedagógicas cartesianas desenvolvidas pela escola.
Assim como, possibilita o rompimento das barreiras epistemológicas construídas pela
ciência e promove a religação dos saberes.

Palavras Chave: Escola; Complexidade; Religação dos saberes.

INTRODUÇÃO

Esta reflexão parte da compreensão de que em diferentes aspectos as


características sócio políticas da sociedade contemporânea apontam para uma conjuntura
global em crise que atinge todas as esferas da vida (ZWIEREWICZ, 2013) e nesse
contexto, identifica-se a educação escolar centrada na reprodução do conhecimento por
meio de práticas educativas que não correspondem às necessidades da realidade e por isso
se mostram desconectadas com a vida.
Autores como Boaventura de Souza Santos (2006) e Moraes (1997) relatam que
as demandas que emergem desse cenário de crise demonstram que a sociedade atual vive
uma fase de transição de paradigma pelo questionamento ao paradigma dominante, e
busca, com base em novas formas de compreender as complexidades da vida humana, a
possibilidade de um novo paradigma, que se apresenta como emergente.
É um conhecimento que se abre a complementaridade e diversidades, qualidades
e possibilidades. Um conhecimento de epistemologia (travessias), retórica (dialógica) e
investigação (experiências), que provoque rupturas de natureza econômica, política,

1
Membro do Grupo de Pesquisa em Rede Internacional Investigando escolas criativas e inovadora – TO.
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Membro do Grupo de Pesquisa em Rede Internacional Investigando escolas criativas e inovadora – TO.
2
tecnológica, epistemológica e existencial e que dê alternativas e sentido ao homem, ao
mundo e à vida. Que possibilite uma educação mais humana, transformadora, e amplie a
consciência da pessoa para uma cultura de transformação. (TORRE; PUNJOL, 2013).
É uma perspectiva que segundo Suanno (2013) traz novas posturas pedagógicas
ao trabalho na escola, pautadas na integração e na articulação dos saberes e prática
educativas. São posturas que segundo o autor, são estimuladas pela reforma do
pensamento sustentadas no pensamento complexo.

O PENSAMENTO COMPLEXO

Na teoria da complexidade proposta por Edgar Morin (2007), é possível destacar


entre outras questões, a crítica à razão cartesiana, modelo de que formatou a produção,
organização, validação e transmissão do saber nos últimos 300 anos, e os estudos que
tratam da ruptura epistemológica entre a ciência contemporânea e o senso comum.
Para o autor, por complexidade entende-se como o que é tecido junto (complexus),
ou ainda, “efetivamente o tecido de acontecimentos, ações, interações, retroações,
determinações, acasos, que constituem nosso mundo fenomênico”. (MORIN, 2007, p.
13).
Como teoria, a complexidade diz da capacidade de pensar o real sem reduzi-lo
arbitrariamente a elementos redutores; ao contrário, o apreende na sua unidade e
multiplicidade e para além das ideias reducionistas do paradigma dominante. Dessa
forma, contextualiza e interliga os problemas cotidianos, ampliando o saber. E assim
contribui para superação da cegueira do conhecimento, a fragmentação do campo de saber
e para mudança paradigmática. (ZWIEREWICZ, 2014b).
De acordo com Moraes (2011) a complexidade em sua concepção apresenta duas
naturezas, uma organizacional e outra lógica. A primeira refere-se a trama presente nos
diferentes fenômenos quer de natureza biológica, psicológica, social ou cultural. E a
segunda, de natureza lógica, refere-se a necessidade de renovação conceitual no que se
refere ao objeto, e de mudança epistemológica no que se refere ao sujeito e ao papel do
observador.

A complexidade é efetivamente uma rede de eventos, ações, interações,


retroações, determinações que sustentam nosso mundo fenomenológico [...]. O
que é complexo [...] recupera, por um lado, o mundo empírico, a incerteza, a
incapacidade de se atingir a certeza, de formular uma lei eterna, de conceder
uma ordem absoluta. Por outro, recupera alguma coisa que diz respeito à
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lógica, ou seja, à incapacidade de evitar contradições. (MORIN; CIURANA;
MOTTA, 2009, apud ZWIEREWICZ, 2014b, p.37).

Num sentido mais amplo, não se trata somente de situar um processo, fato,
fenômeno num determinado contexto, trata-se de buscar conexões, relações,
contradições, como Morin (2003, p.38) mesmo esclarece, que existe complexidade
quando elementos diferentes são “inseparáveis constitutivos do todo”, o todo e as partes,
as partes entre si”.
Vista assim, e articulada à visão sistêmica, a complexidade contribui para retorno
“à ideia de que o significado do todo é mais que um conjunto das partes que o constituem”,
e estimula o despertar da consciência diante dos padrões de percepção sobre a realidade,
e colabora com a prática com outra forma de relação com o conhecimento.
(ZWIEREWICZ, 2014a, p.41).
A complexidade sugere uma reforma do pensamento pela instituição do princípio
da religação e por meio do rompimento da causalidade linear em que efeitos e produtos
são necessários a sua construção e causação. Não se trata de situar o fato num contexto,
mas de buscar suas conexões, suas contradições, suas interações, e relações recíprocas de
todas as partes. (MORIN; ALMEIDA; CARVALHO, 2005).
Para facilitar a sua compreensão, Morin (2007) aborda alguns princípios, que
funcionam como operadores cognitivos, dos quais três são destacados nesse estudo: O
princípio dialógico que garante a sobrevivência e ao mesmo tempo a reprodução para a
continuidade da espécie; O princípio de recursão organizacional no qual o sistema aberto
permite que produtor e produto sejam um só; O princípio holográfico no qual a mais
infinitesimal parte contém todos os elementos do todo.

O PRINCÍPIO DIALÓGICO

O princípio dialógico trata da permanente comunicação relacional porque permite


manter a dualidade no seio da unidade. Trata de unir as “noções antagônicas para pensar
os processos organizadores, produtivos e criadores no mundo complexo da vida e da
história humana.” (MORIN, 2000, p. 204).
Ou seja, trata da “coexistência de duas formas, aparentemente incompatíveis e
mutuamente exclusivas, de descrever o mesmo fenômeno” (SOMMERMAN, et al, 2009,
p.101), tem como proposta a articulação dos pares binários, naturalmente considerados
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opostos na perspectiva cartesiana e ainda tão comuns na realidade do homem
contemporâneo.
A teoria da complementaridade se articula com outros princípios da complexidade
e “remete o olhar para o nível de realidade integrada de razão e emoção, indivíduo e
sociedade, saúde e doença, subjetivo e objetivo, sapiens e demens, bem e mal, clausura e
abertura das crenças ou das teorias”. (SANTOS, 2009, p.27).
Para autora, ordem e desordem são termos que se articulam numa relação
simbiótica de interdependência por que estão estritamente associados, da mesma forma
que os binários dependência e autonomia, certeza e incerteza, constituindo um jogo
dialógico, uma unidade na diversidade ou unidade múltipla, que em relação a interação
dos opostos representa um outro nível de realidade, o que não implica que o nível superior
esteja superado, mas que os “opostos coexistem neste outro nível”. (SANTOS, et al, 2013,
p.113).

O PRINCÍPIO DA AUTOPOIESE

O princípio da autopoiese ou recursivo refere à capacidade que os seres vivos têm


de autorregeneração, de autoprodução, de automanutenção da vida, como forma de
responder às mudanças e desafios impostos pelo ambiente pela auto-organização, um
ajuste regulador que possibilita adaptação e continuidade da vida no ambiente.
Para Morin (2000, p.204), esse princípio “é um círculo gerador no qual os
produtos e os efeitos são eles próprios produtores e causadores daquilo que os produz”.
Um exemplo, segundo autor, é o da própria sociedade que é produção e produto dos
indivíduos humanos.
A esse respeito, Moraes (2004, p.33) explica que todos os organismos vivos são
dotados da capacidade de auto-organização, que se manifesta diante das interferências do
meio, das alterações inesperadas. Refere-se a “ à maneira como os intercâmbios ocorrem,
ou como ele é capaz de reagir e sobreviver conservando sua identidade organizacional”.
A autopoiese sugere que os seres vivos, incluindo os humanos, são capazes de construir
sua autonomia por meio do próprio desenvolvimento e aprendizagem, e se tornarem cada
dia mais autor de si mesmo.
É um processo de dentro pra fora e de fora para dentro, ou seja, o sujeito por sua
capacidade auto - organizativa e criativa interage com o meio físico e social e “frente às
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informações, negocia, adapta essas informações segundo suas características e
expectativas pessoais” (SANTOS, et al, 2013, p.92).

O PRINCÍPIO HOLOGRAMÁTICO

O princípio holográfico afirma que a parte não somente está dentro do todo, como
o próprio todo também está dentro das partes. Ressalte-se, com isso, o paradoxo do uno
e do múltiplo, ou seja, da íntima relação e interdependência entre os dois termos que se
polarizaram na era moderna. Assim, o princípio holográfico remete à articulação dos
pares binários: parte-todo, simples-complexo, local-global, unidade-diversidade,
particular-universal. Este princípio “coloca em evidência esse aparente paradoxo de
certos sistemas nos quais não somente a parte está no todo, mas o todo está na parte”.
(MORIN, 2000, p. 205).
Compreende-se, portanto, que a relação de interdependência entre as partes e o
todo “remete à articulação dos pares binários: parte-todo, simples complexo, local-global,
unidade-diversidade, particular-universal” (Santos, 2009, p.19). É um princípio que
segundo a autora, abre novas perspectivas para pesquisadores na área educacional porque
acrescenta o movimento de religação que estabelece a interligação dinâmica.
Nesse sentido, “ressalta a multiplicidade de elementos interagentes que, na medida
da sua integração, revela a existência de diversos níveis de realidade, abrindo
possibilidade de novas visões sobre a mesma realidade” (SANTOS, 2009, p.20), de forma
que rompa com os esquemas simplificadores sustentados pelo paradigma dominante a
medida que compreende que parte e todo formam uma única realidade, como um
holograma.
Os princípios apresentados aqui como reflexão evidenciam as características
identificadas por Demo (2002) quando diz que a complexidade tem caráter dinâmico,
não-linear, reconstrutivo e dialógico, pois auxiliam a pensar o conhecimento e a
aprendizagem de forma diferente ao da simplificação, e levam a entender que
epistemologicamente a complexidade implica numa atitude que traz um novo olhar para
o objeto do conhecimento, para a educação e prática educativa em todas as suas
dimensões.
Para Moraes (2011), as implicações da teoria da complexidade para educação é
que possibilita encontrar uma abertura epistemológica capaz de compreender as
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organizações sociais e a educação como sistemas complexos, e assim possibilita que se
estabeleça parâmetros indutores de práticas pedagógicas mais dinâmicas e integradoras.

A ESCOLA NA PERSPECTIVA DA COMPLEXIDADE

Pensar as escolas a partir da teoria da complexidade parece adequado, porque se


configura como um marco para pensar as organizações sociais e as escolas, pois são para
Torre (2009, p.108), sistemas ou conjunto de elementos fortemente relacionados entre si,
cujo “principal componente é o humano, os sujeitos, e estes são por si só, sistemas
dinâmicos e, portanto, complexos”.
Para Santos et al (2013, p.98), os princípios da complexidade quando “aplicados
para compreender a vivência pedagógica, representam atitudes radicalmente diferentes.
Permitem fazer diferenciação no modo de tratamento e processamento de novos
conhecimentos”, que a partir da dialógica estabelece uma dinâmica interativa que coloca
os interlocutores do processo educativo em condições de igualdade.
Pensar a educação e a prática escolar de forma complexa é acreditar que em
processos de ensino que priorizem a formação para cidadania. Assim sendo, no lugar do
ensino linear, fragmentado e descontextualizado surge um ensino que articula conceito,
busca conhecer a complexidade real e construir um novo corpo de saber que reorganiza e
ressignifica conhecimentos, religando-os (SUANNO, 2013b).
Nesse aspecto, a escola que em grande parte assumiu o paradigma dominante
como único modo de conceber a realidade e ordenar a ação sobre o mundo, torna-se, na
perspectiva do pensamento referenciado na complexidade, um instrumento de
transformação da consciência do homem, para que veja para além da aparência do
fenômeno e busque a essência da totalidade concreta (PUZIOL; SOUZA E SILVA,
2011), e da consciência de si e da sua condição como sujeito.

O processo educativo precisa se desenvolver de modo a permitir que o


educando seja percebido como sujeito complexo, o protagonista de sua própria
história, consciente de si mesmo, capaz de si perceber, de compreender como
pensa, sente, reage, vive e convive. É fundamental debruçar-se sobre si mesmo
e sobre o contexto histórico-sócio-político-cultural-ambiental em que seu ser
se constitui com o conjunto de valores, ideias, desejos, saberes, conhecimentos,
expectativas e compromisso frente a sua existência e à vida social, bem como
à tomada de consciência do seu pertencimento a um todo articulado e em
interação. (SUANNO, 2013a, p. 27).

O que implica em assumir a postura de considerar possível que


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Os diferentes modos de conhecimentos sejam avaliados em função dos


contextos e situações em que são mobilizados e dos objetivos daqueles que os
mobilizam, sem subordinação a imperativos globais de racionalidade que
ignoram o caráter situado da produção e apropriação de todas as formas de
conhecimento e das suas consequências para pessoas e lugares com uma
singularidade de que lhe é conferida pela sua história. (NUNES, 2006, p. 62).

Nesse sentindo, a emergência é de reforma do pensamento para a ressignificação


do conhecimento, para que o mesmo se torne também um conhecimento pertinente. A
pertinência é conferida na contextualização, uma vez que os dados e as informações
tratadas, divulgadas ou ensinados de forma isolada são insuficientes para eficácia do
funcionamento cognitivo.
Dessa forma, o desafio na construção de um conhecimento implica em deslocar o
olhar para outro ponto de vista, em que a inteligência, a afetividade, a curiosidade e a
paixão não se separam, estão interligados, estão na mesma tessitura, e o reconhecimento
da diversidade do “modo de pensar, tanto na história do conhecimento humano como na
diversidade cultural contemporânea, é o passo principal para a transformação do pensar
do modo de ser e situar na sociedade” (SANTOS E SANTOS, 2012, p. 41), para
compreender e

apreender o significado de um objeto ou de um acontecimento; é vê-lo em suas


relações com outros objetos ou acontecimentos. Os significados constituem,
pois, feixes de relações que por sua vez se entretecem, se articulam em teias,
em redes, construídas socialmente e individualmente, em permanente estado
de atualização. (ANASTASIOU, 2003, p. 16).

Olhar e perceber o objeto, a partir das suas relações e articulações, colabora para
definição de propostas educativas alternativas ao modelo de fragmentação que ai está
posto (SANTOS et al, 2013), e que metodológicas não consideram só os passos a serem
seguidos, mas os momentos a serem construídos pelos sujeitos da ação.
Agindo assim, a escola provoca rupturas e transformações epistemológicas,
compreende e desenvolve uma prática educativa que trabalha a relação com o sujeito e
com o processo cognitivo (SANTOS, 2009).
Também possibilita pensar metodologicamente numa perspectiva que entenda o
homem como ser ativo que percebe o conhecimento como algo a ser construído pelo
sujeito na sua relação com outros e com o mundo (ANASTASIOU, 2003), como forma
de estimular o desenvolvimento da consciência, transcender nas suas concepções e
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contribuir com a transformação das pessoas, dos projetos, dos processos escolares, dos
contextos e da realidade social a sua volta (SUANNO; TORRE; SUANNO, 2014).

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

A reflexão suscitada neste trabalho compreende que o pensamento complexo


como paradigma norteador seja um referencial adequado para pensar a instituição escolar,
principalmente a partir dos princípios trabalhados porque possibilitam conceber as
escolas como sistemas abertos, adaptativos, interativos e com capacidade de auto
desenvolvimento (TORRE, 2009).
A discussão mostrou, que o conhecimento, sob a perspectiva do pensamento
complexo e em contraposição à lógica clássica da modernidade, promove a religação dos
saberes na escola de modo que sua prática educativa seja percebida a partir da perspectiva
diálogo, e as interlocuções estabelecidas sejam estimuladoras da flexibilidade das
fronteiras disciplinares em articulações que transgridam as leis, a lógica e os conceitos
que estruturam e fundamentam a fragmentação do conhecimento, e impedem a
experiência de uma didática que supere a organização educacional existentes nos sistemas
de ensino e nas escolas.
Neste contexto, a escola e as práticas educativas devem ser compreendidas para
além das ações reprodutivistas e rígidas. De modo que possam cada vez mais se distanciar
dos currículos fechados e desconectados da vida e das problemáticas que afligem a
contemporaneidade (SUANNO; TORRE; SUANNO, 2014).
A aprendizagem sob essa percepção, configura-se para além dos conteúdos, para
além das questões definidas pela ciência e possibilita a apropriação de um saber que
ultrapassa os limites impostos pelas disciplinas. (ZWIEREWICZ; TORRE, 2014a).
Conclui-se que o pensamento complexo é uma referência teórica que apresentam
mudanças na forma de conceber o conhecimento e o ensino e sugere mudanças
conceituais e de princípios para superação da visão descontextualizada e simplificadora
da realidade em favor do despertar da consciência e do estímulo a religação dos saberes
na prática pedagógica da escola.
O pensar complexo estimula à práxis educativa, uma atividade consciente e
transformadora de circunstâncias que concebe a realidade como processo dinâmico, o
sujeito como ser social e contextualizado e a escola como uma instituição social
transformadora.
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