Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Combate Urbano

Fazer download em doc, pdf ou txt
Fazer download em doc, pdf ou txt
Você está na página 1de 31

COMBATE URBANO

Segundo estudos recentes, é crescente a tendência de uma elevada migração das massas
populacionais em direção aos grandes centros urbanos, e isso leva a crer que por volta de
2025, cerca de 85% da população mundial residirá em cidades, isto é preocupante pois o
combate urbano é o tipo de ofensiva militar mais difícil que existe, porque as tropas defensivas
contam com vantagens capazes de neutralizar a força e a tecnologia superiores dos invasores.
Os

defensores estão não só mais bem familiarizados com o terreno, mas muitas vezes contam
com tempo para instalar minas, posicionar franco-atiradores e organizar emboscadas. 
Embora as forças terrestres invasoras sejam apoiadas por tanques e veículos blindados de
transporte de tropas, o exército de defesa é capaz de neutralizar o apoio aéreo e de artilharia
ao "abraçar" as tropas do adversário - enfrentando-as a curta distância, o que aumenta o risco
para os invasores de sofrerem baixas causadas pelo chamado "fogo amigo".

Além do mais, os soldados invasores precisam manter um nível especialmente elevado de


alerta: Os franco-atiradores e outros atacantes podem ataca-los não só pela frente, pelas
costas e pelas laterais, mas são também capazes de se ocultar nos andares superiores ou
telhados de edifícios ocupados por civis, ou mesmo em esgotos subterrâneos. A fumaça e o
fogo inevitáveis fazem com que a localização dos alvos seja muito mais difícil: cada tiro pode
atingir um civil, e cada projétil de morteiro destrói a casa de alguém. Essa confusão aumenta
ainda mais quando as forças defensoras se aproveitam da existência de população civil. 

Entre as nações mais preocupadas com a possibilidade de lutar em um ambiente urbano estão
os EUA. Exército, Fuzileiros Navais, Marinha e Força Aérea estudam diligentemente como
obter sucesso em uma guerra urbana de forma rápida, sem muitas baixas (civis e militares) e
danos materiais. Os americanos tem uma larga experiência em combates urbanos desde a
Segunda Guerra Mundial, passando por Seul, Hue, Beirute, Cidade do Panamá, Mogadíscio e
Bagdá. 

Para terem sucesso em operações em área urbanas as forças americanas investem


pesadamente em estudos teóricos, exercícios militares, treinamento e desenvolvimento de
novas armas e tecnologias. A palavra chave é integração de sistemas, armas e forças
terrestres, aéreas e navais. Entre os estudos americanos está o Urban Warrior, desenvolvido
pelo USMC. Este estudo tinha por objetivo concentrar esforços no aperfeiçoamento da tática,
das técnicas e dos meios visando a reformular e a desenvolver a capacidade do USMC no
combate no interior das
cidades. 

Paises como Israel e Grã-


bretanha também tem
desenvolvido estudos
avançados relacionados
com as operações
militares em ambientes
urbanos, chegando a
desenvolver doutrinas,
equipamentos e treinar
unidades especificas para
este tipo de combate.

Dificuldades a serem
consideradas 

Apesar de ser evitado pelos soldados, combater em cidades não é algo novo. Desde que o
homem passou a morar em cidades a necessidade de combater dentro delas se fez presente.
Por questões estratégicas, políticas e econômicas as cidades tem se tornado alvo de duros
combates. Na verdade para se obter sucesso completo contra o inimigo a suas cidades não
podem ser ignoradas. Devido à grande concentração de massa populacional, meios de
transporte, de saúde, de comunicações, capacidade industrial, de armazenagem e, sobretudo,
de fontes de energia que normalmente as cidades possuem. Ignorar as principais cidades do
inimigo daria a ele uma fonte inesgotável de recursos. Portando tomar o controle das cidades
inimigas se faz necessário. 
Porém vários fatores fazem com que a opção de se tomar uma cidade seja analisada de forma
profunda, chegando-se muitas vezes a conclusão que o melhor é evitá-la. Entre esses fatores
podemos
citar:

 O

primeiro fator que devemos citar é a grande presença de civis não-combatentes,


especialmente mulheres, crianças e idosos. Muitas vezes estes civis estão ou são
colocados próximos a alvos estratégicos e táticos, servindo como "escudos humanos"
por parte do inimigo e dificultando a destruição ou interdição dos alvos. A baixa de civis
também será usada pelo inimigo como arma de propagando junto a opinião publica
mundial.
 Quando dentro das cidades as forças invasoras tem pouco espaço para manobrar
entre as ruas, principalmente os seus veículos blindados, que são necessários neste
tipo de guerra. O inimigo por sua vez, por conhecer melhor a área de operação se
movimenta melhor e mais rápido, usando atalhos, e o subterrâneo, através de galerias,
tubulações, túneis do metro e os esgotos. Portanto o uso do subterrâneo e a negação
do uso deste ao inimigo se faz extremamente necessário a força invasora.

 O ambiente das cidade é extremamente propicio a defesa. Prédios altos servem de


abrigo para equipes de observação e os escombros e edificações em geral se prestam
a defesa, através de armas antiaéreas e anticarro. A ação de atiradores de elite
inimigos normalmente é generalizada. 

 Nas cidade o campo de tiro é restrito, as comunicações são prejudicadas, dificultando a


coordenação e orientação das forças invasoras. 

 O apoio aéreo (a inserção e extração rápida de tropas, suprimentos e equipamentos,


além do apoio de fogo) é também fica limitado. As aeronaves não ficam sujeitas as
ruas estreitas e as barreiras de escombros, mas cabos elétricos, torres de alta tensão
e  grandes edificações dificultam a sua operação. O fogo das armas antiaéreas é um
perigo constante e estas podem ser colocadas nos topos dos prédios. Num combate
urbano as aeronaves, em especial os helicópteros são vulneráveis a ação de armas de
curto alcance como mísseis portáteis superfície-ar, metralhadoras leves e pesadas.

 Uma dificuldade que tem se visto ultimamente em combates urbanos é que devido a
questões humanitárias os soldados em combate dentro de cidades podem ser
envolvidos em operações distintas como missões de combate de média intensidade e
altamente letal, pacificação ou assistência humanitária, muitas vezes até
simultaneamente. Isto dificulta a coordenação de esforços e o foco das operações.
Considerações táticas
Caso se decida pela tomada da cidade a força invasora deve disponibilizar os meios
necessários para a conclusão bem sucedida desta missão. A proporção de tropas invasoras
sempre deve ser superior em pode de fogo e numero as tropas defensoras. A disposição de
forças deve levar em conta o tempo, normalmente logo, para se conquistar uma área urbana. A
perda de pessoal e material é alta e pode acarretar o esgotamento da força invasora antes
desta alcançar o seu objetivo. As se alcança vitórias táticas, mas sofre-se derrotas a nível
estratégico ou operacional. A cidade deve ser isolada, não permitindo ao inimigo nenhuma
entrada para reforços, seja por terra, mar ou ar. Há estudos que comprovam que sempre que a
localidade é totalmente isolada, a vitória acaba sendo alcançada; mesmo quando este
isolamento não é total, a probabilidade de sucesso é da ordem de 80%. Para cidades que não
sejam eficazmente isoladas, a margem de sucesso tem sido na faixa de 50%. 

Táticas revolucionárias - Israel


Em Nablus, o exército invasor israelense conseguiu alcançar o seu mais notável sucesso -
assumindo o controle da casbah da cidade, um labirinto densamente povoado composto de
ruelas estreitas e casas de pedra - em poucos dias. As forças israelenses não fizeram uso de
artilharia, e apesar de as estimativas terem indicado que haveria dezenas de baixas, tiveram
apenas quatro soldados mortos.

A chave para o sucesso foi uma espécie de "imprevisibilidade planejada". Ao invés de


utilizarem táticas lineares convencionais - capturando primeiro os arredores da cidade, e a
seguir atacando sistematicamente casa por casa - as forças israelenses atacaram
simultaneamente a partir de
várias direções.

Elas utilizaram uma técnica


conhecida no jargão militar
como "enxameamento", na
qual várias unidades
pequenas, se
movimentando em
ziguezague e outras
formações aparentemente
aleatórias, se infiltraram até
o meio da cidade e
atacaram de dentro para
fora. As unidades
desapareciam
constantemente, apenas
para reaparecerem em
locais totalmente diferentes,
atacando de novos ângulos
que mantinham os
defensores desorientados e
incapazes de se
entrincheirarem.

É claro que a tática do


enxameamento não se
constitui em um remédio
milagroso para os
problemas associados ao
combate urbano. Ele é um
pesadelo para os
estrategistas que procuram
coordenar as ações das
várias unidades, e é
extremamente difícil para os
próprios combatentes saber o que está acontecendo em larga escala.

Mesmo assim, as forças norte-americanas, que possuem mais tecnologia de comunicação do


que até mesmo os israelenses, são certamente capazes de se engajarem em táticas de
combate não convencionais. Além do mais, as forças iraquianas não são bem coordenadas e,
tendo estado por muito tempo sem contato com o mundo externo e com a história militar
recente, provavelmente terão dificuldade para entender o que as forças "enxameantes"
pretendem fazer, e titubearão em enfrenta-las.

A experiência israelense, assim como os estudos feitos pelo Corpo de Fuzileiros Navais sobre
jogos de guerra baseados em combates urbanos desde 1996, também demonstram que a
maior parte das baixas em conflitos urbanos ocorre quando os soldados se movimentam ao
longo das ruas da cidade, expostos ao fogo inimigo. Portanto, quando Israel capturou a casbah
em Nablus, os soldados se deslocaram através de buracos que cortaram ou explodiram em
muros e paredes entre casas vizinhas.
Os franco-atiradores israelenses se posicionaram nos prédios mais altos e trabalharam em
conjunto com as tropas nas ruas a fim de identificar alvos e confundir a expectativa dos
defensores das cidades invadidas. Conforme disse um combatente palestino após o conflito:
"Os israelenses estavam por toda parte: na retaguarda, nas laterais, à direita e à esquerda.
Como poderíamos lutar desse jeito?".

Há também lições importantes a serem aprendidas com a batalha travada por Israel no campo
de refugiados de Jenin. Aquela parte da operação foi manchete nos jornais de todo o mundo,
após os palestinos terem anunciado a morte de 500 moradores e afirmado que houve uma
destruição indiscriminada por parte de Israel - alegações que foram contestadas pela
Organização das Nações Unidas (ONU).

Ironicamente, foi a relutância demonstrada por Israel para atacar Jenin com força total, assim
como o seu compromisso de proteger vidas e propriedades palestinas a quase todo custo, que
resultaram em mais mortes israelenses e palestinas e em mais destruição de propriedades do
que teria ocorrido de outra forma.

Em um esforço para evitar baixas civis e uma má publicidade, Israel resistiu ao impulso inicial
de utilizar tratores de demolição e tanques de guerra no campo de refugiados. Somente após
13 dos seus soldados terem morrido em uma emboscada foi que o exército autorizou o uso
generalizado dos tratores. Porém, como a batalha já estava em andamento, a operação de
entrada dessas máquinas no conflito foi muito menos precisa e bem mais ruinosa do que seria
uma batalha com força total desencadeada desde o início.

Táticas de combate em ambiente urbano:

Blindados:

As operações urbanas normalmente exigem o uso de Carros de Combate (CC) pesados e


leves, além de transportes blindados de tropas. Muitos tanques (entre eles o M-1 Abrams),
sofrem em operações urbanas, pois tem angulo de elevação limitado, já que foram projetados
para lutarem contra outros tanques, normalmente em planície ou desertos, e não para acerta
alvos localizados a altura do segundo andar de um prédio ou em ângulos bem baixos. Esses
grandes blindados também sofrem com a pouco visibilidade. Assim esses CC ficam vulneráveis
a ataques com armas  antitanques vindos das sacadas dos prédios. Sua defesa vem da
infantaria de apoio e de suas metralhadoras. 

Os tanques também não devem operar em coluna por entre ruas estreitas, pois se o tanque da
frente e o de trás forem imobilizados toda a coluna pára e se torna alvo fácil. Israelenses em
Suez e russos em Grozny já sofreram este tipo de ataque, só para citar dois exemplos. Por isso
é melhor utilizar os CC em
avenidas largas ou
cruzamentos para terem
uma clara linha de fogo.
Colocados na retaguarda
da tropas, estarão
disparando muitas vezes
"por cima" da cabeça dos
seus soldados. 

Devido a limitação do uso


da artilharia em ambientes
urbanos, os CC são o maior
provedor de fogo de apoio
para os infantes,
principalmente contra
posições fortificadas. Os
tanques, e tratores blindados em alguns casos, podem inclusive abrir passagens através das
edificações. A presença de tropas de infantaria junto aos CC inibe a ação do inimigo nos que
diz respeito ao uso de armas anticarro e minas. 

Veículos blindados armados com canhões de tiro rápido de 25mm, metralhadoras e lançadores
mísseis, como o M-2 Bradley, são excelentes para o transporte de tropas e apoio as operações
da infantaria. Esses blindados possuem um angulo elevado. Devem ser mantidos sempre
próximos a tropas, mas também devem evitar ruas estreitas e becos sem saída.

Operar com blindados em áreas urbanas exige muito planejamento, conhecimento da situação
tática, tropas treinadas e equipamentos adequados, pois na falta de algum destes fatores as
conseqüências podem ser bastante graves. Foi o que experimentaram os russos em Grozny.  

As forças russas que assaltaram a Grozny em 31 de dezembro de 1994 eram quantitativa e


tecnologicamente superiores a seus defensores chechenos. Talvez a percepção da sua
invulnerabilidade, devido à sua superioridade numérica e
tecnológica, tenha contribuído para a forma aleatória com que
as forças russas perambularam com seus meios blindados num
ninho de emboscadas anticarro chechenas. Em cifras
concretas, os russos empregaram 230 carros de combate, 454
viaturas blindadas de transporte de pessoal e 388 peças de
artilharia. Por outro lado, os chechenos possuíam 50 CC, 100
viaturas blindadas de transporte de pessoal e 60 peças de
artilharia. Apesar da superioridade dos sistemas de armas
russos, eles foram incapazes de manobrar para obter uma
posição vantajosa sobre os chechenos. 

Embora o ex-Ministro de Defesa russo, Pavel Grachev tenha


afirmado que poderia derrubar o regime de Dudayev em
algumas horas com apenas um regimento de pára-quedistas, a
habilidosa resistência oferecida pelas Forças chechenas em
Grozny forçaram a retirada das Forças russas do centro da
cidade para se reagruparem. Disparando de todos os lados e
de todos os andares dos edifícios, de quadra em quadra na cidade, as unidades anticarros
chechenas sistematicamente destruíram um grande número de CC russos com lança-rojões
RPG-7. De fato, durante o assalto realizado na noite de 31 de dezembro, um regimento russo
perdeu 102 das suas 120 viaturas, bem como a maioria de seus oficiais.

Algo que tem que ser levado em consideração é que a maioria dos combatentes chechenos
havia servido no Exército Soviético e as armas que utilizavam também eram de procedência
soviética. Apesar de o país ter uma população menor que a cidade de Campinas em SP,
conseguiram derrotar o segundo exército mais poderoso do mundo na primeira Guerra
Chechena (1994-1996) e colocar os russos em xeque na atual guerra. A previsão de um
guerrilheiro checheno logo no início da segunda guerra - "o problema do nosso país é que ele é
muito pequeno e não vai ter espaço para enterrar todos os soldados russos mortos" - se
concretizou.

As unidades de combate chechenas são compostas de 15 a 20 homens, subdivididos em


células com três
combatentes: o
primeiro portando
de RPG-7, outro
com um rifle
Dragunov e o último
com uma
metralhadora. O
responsável pelo
lança-granadas
destrói o veículo
militar russo
enquanto o
metralhador lhe dá
cobertura e o
franco-atirador
elimina os alvos sobreviventes.

Uma tática preferida dos chechenos consistia em emboscar uma coluna de blindados nas ruas
de Grozny, destruindo o primeiro e o
último veículo da coluna, o que impedia a
fuga dos demais. Devido a um erro de
projeto, os canhões dos tanques russos
não tinham ângulo para atirar contra os
andares superiores de um edifício a curta
distância e assim os chechenos atiravam
desde o segundo ou terceiro andares dos
prédios. Depois disso, as colunas de
blindados russas passaram a incluir uma
arma anti-aérea.

Helicópteros:

São essências em operações urbanas.


Eles são usados para as mais diversas
missões de acordo com o seu tipo e
configuração.

Transporte:  

São usados para inserir tropas


(normalmente forças especiais) em áreas
difícil acesso. Os helicópteros podem
ajudar na tomada dos topos dos edifícios mais altos, que é prioritária. para a instalação de
equipes de observação e radiotransmissores

 Também são usados para evacuação de feridos e transporte de munição e suprimentos.


Helicópteros como o Black Hawk, CH-47 e UH-1 Huey são excelentes para estas funções.

Vigilância:

Helicópteros pequenos e ágeis podem ser usados para missões de vigilância e


reconhecimento. Como exemplo podemos citar o AH-6 Little Bird e o UH-50 Esquilo. Eles
também podem ser armados com lançadores de foguetes e/ou casulos de metralhadoras para
prover fogo de apoio ou ainda serem usados para transportar pequenas equipes de assalto ou
reconhecimento.

Ataque:

Projetados para a a luta antitanque são mais robustos que os helicópteros normais devido seu
armamento, blindagem e comandos duplicados. Entre os seus principais expoentes estão o
AH-64 Apache, AH-1W Super Cobra e o MI-24.

Um helicóptero AH-64 Apache escolta comboio do Exército americano do Iraque


Um helicóptero AH-1W Super Cobra apoio ataque do USMC no Iraque

Os helicópteros devem ser usados com muito cuidado e planejamento pois são vulneráveis a
fogo de armas portáteis e mísseis terra-ar. Torres, linha de força e prédios altos também
oferecem perigo para este tipo de aeronave.

Tropas americanas desembarcam de helicópteros UH-60 durante operações no Iraque

Aviões:
Apesar de não serem tão adequados para operações urbanas como os helicópteros, ainda
assim podem ser usados nas funções de ataque, transporte e vigilância. Com o surgimento das
munições guiadas por sistemas de precisão, caças, como o F-16, puderam ser usados em
missões de ataques precisos dentro dos centros urbanos, sem grandes perigos de danos
colaterais. Mas alvos como escolas, hospitais e templos devem ser evitados.

Aviões E-8C (Boeing 707) JSTARS (Joint Surveillance Target Attack Radar System - sistema
de vigilância e
controle de
ataque em
cadeia) podem
voar sobre a
cidade dando
uma visão em
tempo real da
movimentação
das forças
combatentes.
As nações mais
desenvolvidas
também tem
utilizado satélites na função de mapeamento da cidade e na seleção de alvos. Os satélites
também são usados na transmissão de dados e voz. 

Aviões AC-130 com sofisticados sensores podem prover fogo preciso de apoio as tropas em
terra. Aviões de transporte como o C-130, diante da tomada de um aeroporto ou da construção
de um pista de pouso, considerada segura, podem levar provisões e tropas o mais perto
possível da linha de frente e ajudar na evacuação de feridos e civis. Os aviões também podem
ser usados na guerra eletrônica, levando confusão as forças adversárias. 

Também estão sendo usados cada vez mais aviões não tripulados como o Predator para
missões de vigilância, reconhecimento e até de ataque, utilizando como no caso do Predator,
mísseis do tipo Hellfire.
Artilharia:

Mesmo limitada a
ação da artilharia é
importante.
Normalmente ela
fica posicionada
fora da área urbana
executando tiros
indiretos de
interdição nas vias
da malha viária,
ferroviária e pontes
localizadas na
periferia da área
edificada, para
isolar a localidade e
caso fique
localizada dentro
da cidade deverá
conduzir tiros
diretos de destruição e neutralização, em apoio ao escalão de ataque. 

Porém o uso excessivo e indiscriminado da artilharia pode, além de causar grandes baixas
civis, gerar muito destruição material originando uma volume considerável de escombros que
resultariam em bloqueio para o avanço das forças invasoras e de abrigo para o inimigo, além é
claro de gerar grandes protestos na comunidade internacional, como os enfrentados pelos
russos devido aos seus bombardeios indiscriminados em Grozny. Canhões sem recuo,
morteiros e artilharia antiaérea são muito usados ultimamente para prover fogo direto de apoio
a infantaria e blindados. 

Infantaria:

O combate urbano normalmente se desenvolve através de pequenos combates, em que


normalmente cada edificação, rua ou ponto estratégico deve ser tomado. Logicamente existem
exceções a abordagem casa por casa, como os israelenses mostraram. Mas o certo é que
pequenas unidades de infantes terão que ser usadas, no final das contas, para se conquistar
uma cidade.

Uma unidade inimiga não


abandonará o prédio que
domina só porque os
invasores controlam a rua
a sua frente. Por isso
pequenas unidades de
infantaria com o apoio de
blindados (e se possível
aeronaves), é que
efetivamente farão o
trabalho de conquista.
Isso faz com que o
comando e controle
ganhe importância, pois
haverá uma
descentralização do
comando, e a "neblina de
guerra" pode fazer com que recursos importantes sejam desperdiçados e a vitória escape por
falta de informações. As pequenas unidades de combate (Grupos de Combate, Companhias,
Pelotões e Esquadras) devem ser dotadas de bons meios de comunicação, considerável poder
de fogo e seus comandantes devem ter um elevado grau de iniciativa. 

Uma das melhores opções da tomada de prédios é começar de cima para baixo, através do
desembarque de tropas por helicóptero no topo do edifício. Assim o inimigo é empurrado para
rua, onde fica mais vulnerável, e aonde o espera um "comitê de recepção".

Entre os cuidados que o infante deve ter durante a sua movimentação em um ambiente urbano
podemos ver alguns descritos na figura abaixo:

Na hora de invadir uma edificação os soldados devem adotar os seguintes procedimentos de


"Close Quarter Battle" (CQB ou Confrontos em Ambientes Fechados):
 Postura: O soldado deve adotar uma postura ofensiva, de reação imediata. A
sua arma deve está apontada para frente com a coronha no ombro e a mira
alinhada com o inimigo na hora do tiro.

 Movimentação: Dentro de uma edificação o soldado na deve correr, ele deve


caminhar com cuidado, um pouco encurvado, mantendo as pernas juntas,
movimentando mais a parte abaixo do joelho. Desta maneira cabeça e ombros,
sempre estarão na mesma altura e o soldado terá mais equilíbrio para atirar.
Quando em fila todos os soldados devem manter a mesma altura e ritmo de
avanço.
 Avançando: Durante a sua movimentação o soldado pode avançar sobre uma
porta, uma janela ou algo parecido, para isso ele precisa manter o alvo sempre
sob a sua mira, ou quando este não existir sobre um ponto fictício.

 Entrando em uma sala: Pode-se entrar em uma sala demolindo a sua parede,
se for necessário se usar portas ou janelas elas podem ser arrombadas com
um ponta-pé, marretas ou explosivos. Muitas vezes se jogam granadas ou um
jato de fogo de um lança-chamas lá dentro antes de entrar. O primeiro soldado
(de vermelho, fig. abaixo) deve entrar na sala se deslocando o mais rápido
possível para um de seus lados (o lado deve ser pré-definido), para liberar a
entrada. Ele deve entrar atirando e eliminar as ameaças mais imediatas. O
grupo de assalto estará dividido por duplas (azul, amarelo, etc.) ou pequenas
equipes, para que cada uma assuma um quadrante do recinto. Todos devem
ficar sempre de costas para as paredes e manter uma certa distância entre
eles.  No próximo aposento, o soldado de vermelho será o último a entrar.
 Tiro: O soldado no momento de atirar pra dentro de um aposento deve manter
o máximo do seu corpo encoberto para diminuir a área de alvo ao inimigo.

Comando, Controle, Comunicações, Inteligência,


Vigilância e Reconhecimento:

A coordenação dessas atividades são imprescindíveis para o


sucesso do combate o  estudo de batalhas modernas, ocorridas
em ambientes urbanos, tem levado a crer que, normalmente, o
atacante vence as batalhas. Quando isto não ocorre, geralmente
é porque o atacante teria cometido algum erro clássico, não
específico do combate em localidade. Com uma grande
freqüência, esse erro tem sido associado à falhas nas atividades relatadas acima. A inteligência
pode ser obtida de várias formas, antes e durante os combates. Os meios a disposição dos
comandantes são: satélites, helicópteros, aviões, aviões não-tripulados, patrulhas de
reconhecimento, espiões, prisioneiros e civis. 

Diante das informações colhidas e processadas os estrategistas devem manter um visibilidade


em tempo quase real dos combates e devem identificar claramente áreas de risco, as
condições operacionais, posição de suas tropas (muitas vezes dispersas), corredores para
movimentação de suas tropas e a posição e o efetivo de inimigo. As tropas atacantes devem
ser adequadamente informadas sobre seus objetivos e a situação operacional antes e durante
o desenvolvimento da cada missão.

Táticas inimigas:

Como o combate urbano privilegia a defesa, o esforço maior tem que ser desprendido pelo
força atacante. Os defensores tem a sua disposição uma vasta gama de opções de defesa, e
como o ambiente é restrito, as vantagens que a força atacante possui em tecnologia como
melhores armas ou sistemas de comunicação ficam muitas vezes  anuladas. Por essas razões,
é que o combate urbano se torna muitas vezes um conflito assimétrico. Como a guerra se torna
de desgaste, os defensores
ganham, se simplesmente
não perderem.

 O uso de
atiradores
de elite

normalmente é bastante utilizado, pelo seu fator psicológico. Os atiradores


normalmente deverão procurar eliminar oficiais e comandantes de CC. Eles
estarão escondidos nos escombros, janelas em prédios altos ou torres.
 Muitas vezes as forças de defesa usaram roupas civis e atiraram de lugares
onde estão civis não combatentes com o objetivo claro de usá-los como
escudos humanos e de valorizar a morte de civis através da propaganda de
guerra. As tropas invasoras não devem atirar indiscriminadamente contra civis,
por acreditar que eles são inimigos, isso só geraria mais ódio entre a
população e propaganda negativa.

 Os defensores poderão usar pick-ups e motos para rápidos deslocamentos na


cidade com o objetivo de atacar os invasores pelos flancos em mortíferas
emboscadas.

 Barricadas podem ser rapidamente construídas com óleo em chamas, carros


incendiados e escombros.

 Os tanques dos defensores, que podem ser inferiores aos dos atacantes,
podem minimizar esta desvantagem se entrincheirando entre os escombros ou
se escondendo nas ruas transversais para emboscar o inimigo, que não
poderá usar sua mobilidades, armas e sensores superiores em um ambiente
restrito.
 Nos combates urbanos, os defensores não precisam deslocar armas de
grandes calibres. Metralhadoras pequenas e médias, lança-foguetes portáteis
(tipo RPG-7), pequenos lança-mísseis (tipo SA-7), minas e rifles de precisão
podem ser muito eficientes no processo desgaste do inimigo. Armas antiáreas
devem ser colocadas nos topos dos prédios para melhor atingir as aeronaves
inimigas, principalmente as de asas rotativas.

 Os defensores certamente farão largo uso do sistemas de esgotos e túneis da


cidade para se locomoveram e se comunicarem.

 Mudar as placas de sinalização ajuda a desorientar o inimigo.

 Muitos defensores simulam rendições para emboscar os invasores.

Civis:

Um dos grandes problemas em combates


urbanos são os civis, mesmo que estes sejam
amigáveis. Pegos no fogo cruzado, são vitimas
indefesas dos combates acirrados. Eles
precisam ser controlados, direcionados para
áreas seguras, que ficam longe dos combates,
e muitas vezes alimentados e tratados. A força
invasora precisa ser bem dimensionada, pois
deve-se destacar uma parcela da tropa para
realizar o serviço de polícia e garantir as áreas
conquistadas contra a ação de sabotadores
que podem ser esconder entre os civis. 

Como dissemos os civis também necessitam de alimentos e atendimento médico. Por isso
muitas equipes médicas e de engenharia também serão destacadas para prover ações
humanitárias. A força invasora, muitas vezes se ver envolvida com a responsabilidade de
coordenar ações com organismos internacionais de assistência humanitária.

O bom atendimento aos civis, mesmo hostis, é uma boa arma de propaganda, podendo negar
ao inimigo apoio e abrigo e conseqüentemente diminuindo a sua vontade de lutar na cidade.

ARMAMENTOS

Armamento - Atacantes
Os atacantes tem muitas armas a sua disposição e
muitas delas foram especialmente desenvolvidas
para o combate urbano ou podem ser utilizadas de
forma eficiente neste tipo de conflito. Entre estas
armas podemos destacar:

AS-550 Fennec

A doutrina de emprego da Aviação do Exército


prevê missões de reconhecimento e de ataque
executadas por aeronaves. Para cumpri-las, a
AvEx lança mão dos helicópteros Esquilo e de sua versão aprimorada, o Fennec, designados
helicópteros de ataque (HA-1).

Ambas são aeronaves de pequeno porte dotadas de um único motor Arriel de 625 Hp, o que
proporciona uma grande reserva de potência, mesmo operando com peso máximo. Tratam-se
de aeronaves ágeis, rápidas, versáteis e com considerável autonomia de vôo (três horas) e
velocidade (podem atingir até 287 Km/h), características que as avalizam para o emprego em
reconhecimentos - quando se quer chegar rapidamente até o inimigo, observá-lo e retornar
sem ser visto - e em missões de ataque, pois podem ser armadas com metralhadoras .50 e
foguetes SBAT 70, nos quais podem ser usadas ogivas anti-carro e anti-pessoal, dentre outras.

Além de cumprir suas missões primordiais, esses helicópteros são utilizados em evacuações
aeromédicas, transportes de carga externa (750 Kg por meio de gancho externo), infiltração e
exfiltração de pessoal (através de Rapel, Mac Guaire e Hello Casting), podendo, com o uso de
guincho, içar cargas de até 136 kg de locais em que não possam pousar. O Esquilo, por sua
versatilidade, potência e simplicidade de manutenção contribui significativamente para a
operacionalidade da AvEx.

AH-6J Little Bird

É o único helicóptero leve de ataque dos Exército dos EUA. Pode ser armado com
metralhadoras fixas de 7,62 mm (seis barris) ou 12,7mm, lançadores de granadas M129 de 40
mm e foguetes Hydra 70 (2 tubos de 7 foguetes) e ainda o míssil AIM-92 Stinger II seus
subsistemas. Possui FLIR e GPS/INS. Pode ser adaptado para transportar até 4 soldados
plenamente armados (2 em cada lateral).
Fuzil M-4 5,56mm
(.22") 

Em 1994 o Exército Norte Americano começou a receber da Colt sua principal arma
individual para o início do século XXI, o M4. Trata-se de uma variante mais curta do
M16 com uma taxa cíclica maior e com dispositivos para adaptação de mira laser, visão
noturna e um lança granadas de 40mm. É a principal armas dos soldados do USMC e do
US Army em operações de assalto; mede cerca de 75cm de comprimento, pesa 4,6kg,
dispara cerca de 900 munições por minuto e tem alcance efetivo de 600m.
Unmanned Aerial Vehicle (UAV).

Veículos aéreo não pilotado, adaptado às


peculiaridades das cidades e projetado
para fornecer imagens, em tempo real, por
detrás de edificações. É utilizado em
atividades de inteligência, vigilância e
observação avançada do apoio de fogo;
poderá ser equipado, também, com armas
letais e não-letais;

Engenheiros da Indústria Aeronáutica de


Israel (IAI) estão projetando um avião em
miniatura para missões de informação e
espionagem, com um peso de 100 a 200 gramas e asas do tamanho de um cartão de crédito.
Apesar do tamanho, que permitirá sua decolagem a partir da palma da mão, a mini-aeronave
levará uma câmara fotográfica, um equipamento de comunicação e um minúsculo motor. O
peso do motor e o da câmara fotográfica é de poucas gramas e o avião, que transmitirá suas
fotografias a um computador portátil, será guiado por controle remoto em terra. Segundo os
especialistas, estes equipamentos serão de especial utilidade em casos de luta urbana, entre
outros motivos porque podem penetrar pela janela de um edifício e transmitir imagens internas.
Esta informação precisa, facilita a análise de uma situação de conflito ou a captura de pessoas,
e a tomada de decisões por parte de chefes militares que participam da luta.
 
M2 Bradley
 
Na luta urbana a melhor opção disponível para os americanos é o blindado de infantaria M2
Bradley. O veículo mede 6,5 metros e pesa 22,9 toneladas. A arma principal é um canhão de
25 mm de tiro rápido, mais um lançador de mísseis antiblindagem e uma metralhadora 7.62
mm. No compartimento central seguem de seis a oito soldados equipados, lançados por duas
portas traseiras. O Bradley é anfíbio e dotado de sistema de proteção contra radiação e armas
químicas ou biológicas.
 
X-3A1 Achzarit (Cruel) 

A Força de Defesa de Israel foi a primeiro Exército a usar um VBI altamente blindado pois seu
CC Merkava era capaz de levar um grupo de soldados de infantaria na parte traseira. 

O Achzarit, de 44 toneladas é baseado em um chassi muito modificado de tanques T-54/T-55


russos capturados. A idéia israelense foi criar blindados de infantaria mais blindados que os
CCs, pois a infantaria tem que tomar o objetivo ao avançar sobre ele, enquanto os CCs
precisam apenas dominá-los pelo fogo à longa distância. 

Os israelenses estavam insatisfeitos com o desempenho do M-113 no Líbano e em 1982


iniciaram estudos que resultaram no Achzarit. O requerimento era um transporte de tropas bem
protegido para acompanhar o Merkava. Foi comparado com o Nagmachon e venceu. 
A empresa Nimda foi responsável em reconstruir e adaptar o CC russo T-54/T-55 para a nova
função. Centenas desses tanques foram capturados em guerras anteriores contra os Árabes.O
veículo mantém as esteriras e as grandes rodas do T-54/T-55, mas a suspensão foi modificada.

No Achzarit Mk1 o motor russo foi trocado pelo motor diesel de dois tempos Detroit 8V-71 TTA
de oito cilindros, refrigerado a água e com 650hp. É o mesmo motor do obuseiro
autopropulsado M-109 de 155mm também usado por israel. A transmissão hidropneumática
acoplada Allison XTG-411-4 o torna fácil de dirigir. O ar pode ser retirado do compartimento do
motor ou do compartimento da tripulação. O Achzarit Mk1 usa o motor 8V-92 TA com 850hp e
transmissão Allison XTG-411-5.

Embora o motor fique na traseira, o motor é compacto o suficiente para deixar uma passagem
entre o compartimento da tripulação e a traseira do blindado sem modificar o chassi. Esta
passagem é coberta por uma porta do tipo casca de ostra operada hidraulicamente, sendo que
a parte baixa é uma rampa de entrada e saída, e a parte superior é levantada para aumentar a
altura da saída. O motor traseiro também ajudou a compensar a blindagem adicional na parte
dianteira.O total de blindagem e o tipo usado não é revelado, mas pode ser deduzido pelo
peso.

Enquanto o T-54/T-55 pesa 36 toneladas, ou 27-30 t sem a torre, o Achazarit pesa 44 t. O


comprimento também aumentou de 3,27 m para 3,64 m. A proteção é alta e a silhueta é de
apenas 2 m até o topo do chassi. A blindagem é concentrada ao redor do compartimento da
tripulação.

O compartimento da tripulação foi projetado para levar 7soldados e a tripulação: o motorista


localizado
à esquerda,à sua direita, está o chefe de viatura, e mais para a direita, o metralhador. Os
outros sete soldados  ficam em bancos para três lugares nas laterais e mais um no centro da
parte traseira. A parte superior do compartimento é aberta sobrando bastante espaço para
apetrechos. Cada acento tem uma mangueira para um sistema individual de proteção QBR,
que libera ar puro para as máscaras da tripulação.

Em cada lado do compartimento tem mais duas escotilhas adicionais para a tropa desmontada.
O motorista tem quatro periscópios e as tropas desmontadas têm dois periscópios à esquerda
e quatro à direita. Eles permitem que os tripulantes tenham uma visão ao redor com as
escotilhas fechadas.

O atirador usa uma torre da Rafael OWS com uma metralhadora MAG de 7,62 mm, que pode
ser disparada de dentro do veículo sem expor o tripulante ou, diretamente, com o atirador
sentado na escotilha. O periscópio da torre permite um campo de visão de 25º com zoom de
oito vezes. O periscópio tem um óculos de visão noturna de 2ª geração com campo de visão de
22º e com zoom de até sete vezes.

Outras três MAGs podem ser instaladas em pedestal simples na escotilha do comandante e em
duas escotilhas dos tripulantes traseiros. O veículo não está equipado com armas mais
poderosas, pois sua função é dar proteção à infantaria até chegar onde precisa ir e fazer o seu
trabalho a pé. Um total de 4 mil tiros de metralhadoras são levados internamente.

A proteção é melhorada com seis lança-fumígemos CL-3030 para autoproteção do arco frontal.
Também é possível gerar cortina de fumaça lançando diesel no escapamento do motor do lado
esquerdo. O blindado tem sistema de deteção de fogo e supressão. Também existe uma
versão de Posto de Comando sem metralhadores e com mais rádios.

O Achzarit está em serviço na brigada de infantaria Golani e em outras duas brigadas de


infantaria de reserva. mais unidades devem receber. Os batalhões de infantaria blindada da
IDF são um exemplo para outros exércitos sobre a proteção que deve ser dada à infantaria. 
A empresa Nimda está desenvolvendo uma versão melhorada do X3A1 Achzarit chamado
Achzarit Mk2. Ele terá blindagem melhorada, suspensão de longo curso usada no Merkava
para maior mobilidade em terreno acidentado no lugar das barras de torção do T-55, e um
motor diesel GM 8V92T de 736 hp no lugar do 8V71 usado originalmente. O armamento será
melhorado com o uso de uma torre OWS25 da Rafael, que opera remotamente um canhão
M242 Bushmaster de 25 mm. Lançadores de mísseis Spike poderão ser adicionados à torre.

Dados técnicos:
Peso: 44 t
Proteção: 14 t de blindagem Blazer/Claymore
Armamento: 7,62, 12,7, 25 mm, NTS Spike
Velocidade: 70 km/h
Pressão no solo: 0,54 kg/cm
Consciência espacial: 360 graus
 
Merkava 

 
 
Quando os israelenses projetaram o Merkava (Carruagem) eles deram uma grande importância
a proteção da tripulação do CC através de uma blindagem considerável. O motor foi colocado
na parte frontal, para aumentar a proteção a tripulação. Devido a esta ênfase, a mobilidade
ficou em segundo plano, pois o tanque é muito pesado.  
 
Com o motor na parte dianteiro se abriu um espaço na traseira para transporte de munição
extra ou, o que é curioso, pois é o único CC até o momento com esta capacidade, o transporte
de até 10 infantes (com a redução de 45 tiros), apesar desta opção ser pouco utilizada. Os
soldados entretanto ficariam totalmente isolados, já que para eles não há dispositivos que
permitam a visão para fora do veículo.

O primeiro protótipo foi completado em 1974, sendo interessante o fato de que os Estados
Unidos contribuíram com US$100 milhões para custear o desenvolvimento e parte da produção
do veículo. Os primeiros Merkava 1, dotados de canhão de 105 mm e motor de 900 hp, foram
produzidos pela IMI (Israel Military Industries) e entregues ao exército de Israel em 1979, sendo
empregados em combate três anos depois, no Líbano. 
Em 1984 foi introduzido o Merkava 2 — ainda com canhão de 105 mm e mesmo motor, mas
melhor protegido e equipado com novo telêmetro laser e outras melhorias. Em 1990 apareceu
o Merkava 3 (com canhão de 120 mm de alma lisa, motor de 1.200 hp, controles elétricos para
a torre etc.), também conhecido como Baz (Falcão), que atualmente é o principal carro de
combate do exército israelense. Acredita-se que o exército de Israel disponha atualmente de
1.280 desses carros.  À exceção do motor — um diesel de origem americana, desenvolvendo
1.200 hp
—, todos
os itens
principais
são
produzidos
no próprio
país. 

A versão
Merkava 4,
com várias
inovações
está sendo
produzida.
Ela possui
um motor
diesel mais
potente (1.500 HP) controlado por um computador conectado ao painel do motorista e uma
moderna transmissão automática. O motor e a transmissão formam o chamado "powerpack",
que é considerado o mais avançado do mundo. A grande potência do motor, em conjunto com
uma suspensão baseada na do Mk-3, propicia o carro de combate com alta mobilidade e
manobrabilidade. A instalação do novo "powerpack" no Merkava propiciou um redesenho do
casco de maneira que permitiu o aumento da proteção frontal e a melhoria do campo de visão
do motorista. Para movimentações para ré, uma câmera foi desenvolvida para permitir ao
motorista observar a traseira enquanto dirige para trás, sem a ajuda do comandante ou de
apoio de fora do carro.

O Merkava 4 é equipado com um canhão de 120 mm, alma lisa( smoothbore), que é uma
versão avançada do modelo desenvolvido para o Merkava Mk-3. O novo canhão pode disparar
munições de alta energia com maior capacidade de penetração. A munição pronta para disparo
é armazenada em um compartimento protegido. O sistema permite ao municiador selecionar
semi-automaticamente o tipo de munição desejado.

O modelo 4 também tem um novo sistema de tiro com componentes, cujas capacidades
são muito altas em identificar alvos à distância. O sistema de visão noturna está baseado
no mais avançado em tecnologia térmica. O seguimento automático de alvos foi
aperfeiçoado.O sistema permite a implementação de uma doutrina para: aquisição de
alvos, alocação e destruição pelo comandante e artilheiro. O sistema de tiro é controlado
por displays e sistemas avançados ajudando o comandante com uma efetiva
comunicação e gerenciamento de batalha.

Gerações Merkava - Mk I, II e III


 
Merkava Mk I
 

Merkava Mk II
 

Merkava Mk III
 

Armamento - Atacantes
Forças oponentes de igual poder bélico podem muito bem se enfrentar em um ambiente
urbano, mais o que normalmente acontecerá será um combate de proporções assimétricas em
que as forças de defesa não tem a mesma capacidade tecnológica e industrial de seus
adversários. Sendo assim os defensores lançaram mão com mais freqüência de armas leves
para enfrentar e desgastar as forças agressoras. Entre essas armas leves podemos destacar:

Fuzil AK-47 Kalashnikov (7.62 x 39mm)


É o fuzil de assalto mais famoso do mundo, utilizado por mais de 50 exércitos nacionais. É a
arma por excelência de movimentos guerrilheiros, do Vietnã ao Afeganistão. Barato e rústico, é
muito fácil de encontrar no mercado negro. No entanto, a utilização do AK-47 como arma
principal tem se revelado ineficaz frente à blindagem doc coletes e ao poder de fogo dos
soldados dos EUA.

Calibre: 7,62 x 39 mm 


Capacidade: 30 tiros 
Operação: a gás, automática e semi-automática 
Cadência: 600 tiros por minuto 
Miras reguláveis 
Comprimento do cano: 415 mm 
Comprimento total: 870 mm 
Peso: 4.300 g 

Rifle Dragunov 

Arma de precisão utilizada por snipers.Sua mira telescópica permite identificar alvos de dia e à
noite (no caso de alvos que emitam luz infravermelha). Seu alcance é de mais de 1 quilômetro
e consegue perfurar até um capacete de kevlar. Nas mãos de um atirador treinado, cada tiro
equivale a uma morte. 

Calibre: 7.62 x 54R. 


Comprimento: 1,22m.
Carga carregador: 10 balas.
Peso:4,80 kg.
Modo de operação: é semelhante ao da série AK (alma raiada e repetição por gás).
Carga carregador: de cinco a vinte balas;
Perfil do raiamento: poligonal.
Disposição das raias: quatro estrias, com torção para a direita.
Sistema de mira telescópica: mira telescópica PSO-1. O visor da mira óptica dá ao Sniper
seis graus de visada e resolução 4x.
Alcance efetivo: 1.300. 
 
Lança-granadas RPG-7 

Este RPG (Rocket Propelled Grenade) é o pesadelo das


forças blindados em um combate urbano. Arma barata e
disponível em grandes quantidades no mercado negro, com
uma eficácia extraordinária e comprovada, ainda mais se
comparada ao baixo custo. Consegue destruir tanques (e
abater helicópteros em condições favoráveis) e seu alcance é
de 300 metros para alvos móveis e 500 para alvos fixos -
garantindo ao atacante uma boa margem para a fuga. 

O RPG-7 entrou em serviço nas forças Soviéticas em 1962, 


e foi produzido em massa para as várias forças da  URSS,
China, Coréia do Norte e também para outros paises que
receberam treinamento e armas da União Soviética e do
Bloco Socialista, como os países árabes. O RPG-7 é muito
simples e funcional que tem como objetivo básico os
blindados, mas também pode ser usado contra outros
veículos, tropas e alvos fixos, como construções. 

É efetivo em um alcance até  500 metros, contra alvos fixos,


e 300 metros quando disparado contra alvos móveis, com
50% de probabilidade de acerto. Dispara um foguete de  85
mm que pode penetrar até 30 cm de blindagem convencional
de ações e tem um peso total (com o foguete), de 8.6 kg.

Mísseis terra-ar 

Os mísseis portáteis SA-7 SAM "Strela" ou Igla-1 russos guiados pelo calor das turbinas das
aeronaves estão disponíveis no mundo inteiro por cerca de 2.000 dólares. Os
atiradores se posicionam próximo ao final das pistas dos aeroportos esperando
por seu alvo. Em mãos hábeis são muito eficientes e mortíferos. O Strela
apesar de encontrar-se em serviço em alguns países, apresenta sérias
dificuldades no sistema de guiamento em função da sensibilidade de detecção
e acompanhamento do alvo. Seu alcance máximo é de 2.300m. O Igla tem uma
velocidade média de mach 1.76, um alcance de 500 a 5.200m e um modo de
operação extremamente simples. No Iraque, os Igla-1 foram responsáveis pela destruição de
quatro aeronaves AV-8B dos US Mariners, durante a Guerra do Golfo em 1991.

Bombas de fabricação caseira 

Os defensores podem fabricar explosivos e bombas caseiras. Essas bombas podem ser
detonadas à distância ou simplesmente jogadas no colo dos soldados inimigos viajando em
jipes, e o efeito é devastador. Dependendo da motivação dos defensores eles podem optar
também por ataques suicidas usando homens-bomba com cintos explosivos atados ao corpo
ou dirigindo carros repletos de explosivos.

Equipagem Individual

Nos futuros combates urbanos, os soldados de infantaria que dispuserem dos equipamentos
relacionados abaixo (já utilizados em grande parte por americanos, britânicos e israelenses)
terão significativa vantagem sobre seus oponentes. 

 Uniformes camuflados com novos


padrões de cores (cinza, preto e
branco) e desenhos com diferentes
formas;
 Capacetes com várias camadas de
kevlar.

 Óculos de visão noturna com


alcance de 350m.

 Óculos resistentes contra a poeira dos escombros. 

 Interfone com alcance de 700m permitem aos soldados trocarem informações


e serem mais adequadamente comandados por seus superiores.

 Colete à prova de balas de kevlar que protege o peito contra estilhaços e balas
de 7,62mm.

 Coletes utilitários com vários bolsos.


 Velcros para fixação de outros itens de equipagens; 

 Joelheiras e cotoveleiras altamente resistentes, protegem contra impactos, 


escombros e ferimentos.

Você também pode gostar