Combate Urbano
Combate Urbano
Combate Urbano
Segundo estudos recentes, é crescente a tendência de uma elevada migração das massas
populacionais em direção aos grandes centros urbanos, e isso leva a crer que por volta de
2025, cerca de 85% da população mundial residirá em cidades, isto é preocupante pois o
combate urbano é o tipo de ofensiva militar mais difícil que existe, porque as tropas defensivas
contam com vantagens capazes de neutralizar a força e a tecnologia superiores dos invasores.
Os
defensores estão não só mais bem familiarizados com o terreno, mas muitas vezes contam
com tempo para instalar minas, posicionar franco-atiradores e organizar emboscadas.
Embora as forças terrestres invasoras sejam apoiadas por tanques e veículos blindados de
transporte de tropas, o exército de defesa é capaz de neutralizar o apoio aéreo e de artilharia
ao "abraçar" as tropas do adversário - enfrentando-as a curta distância, o que aumenta o risco
para os invasores de sofrerem baixas causadas pelo chamado "fogo amigo".
Entre as nações mais preocupadas com a possibilidade de lutar em um ambiente urbano estão
os EUA. Exército, Fuzileiros Navais, Marinha e Força Aérea estudam diligentemente como
obter sucesso em uma guerra urbana de forma rápida, sem muitas baixas (civis e militares) e
danos materiais. Os americanos tem uma larga experiência em combates urbanos desde a
Segunda Guerra Mundial, passando por Seul, Hue, Beirute, Cidade do Panamá, Mogadíscio e
Bagdá.
Dificuldades a serem
consideradas
Apesar de ser evitado pelos soldados, combater em cidades não é algo novo. Desde que o
homem passou a morar em cidades a necessidade de combater dentro delas se fez presente.
Por questões estratégicas, políticas e econômicas as cidades tem se tornado alvo de duros
combates. Na verdade para se obter sucesso completo contra o inimigo a suas cidades não
podem ser ignoradas. Devido à grande concentração de massa populacional, meios de
transporte, de saúde, de comunicações, capacidade industrial, de armazenagem e, sobretudo,
de fontes de energia que normalmente as cidades possuem. Ignorar as principais cidades do
inimigo daria a ele uma fonte inesgotável de recursos. Portando tomar o controle das cidades
inimigas se faz necessário.
Porém vários fatores fazem com que a opção de se tomar uma cidade seja analisada de forma
profunda, chegando-se muitas vezes a conclusão que o melhor é evitá-la. Entre esses fatores
podemos
citar:
O
Uma dificuldade que tem se visto ultimamente em combates urbanos é que devido a
questões humanitárias os soldados em combate dentro de cidades podem ser
envolvidos em operações distintas como missões de combate de média intensidade e
altamente letal, pacificação ou assistência humanitária, muitas vezes até
simultaneamente. Isto dificulta a coordenação de esforços e o foco das operações.
Considerações táticas
Caso se decida pela tomada da cidade a força invasora deve disponibilizar os meios
necessários para a conclusão bem sucedida desta missão. A proporção de tropas invasoras
sempre deve ser superior em pode de fogo e numero as tropas defensoras. A disposição de
forças deve levar em conta o tempo, normalmente logo, para se conquistar uma área urbana. A
perda de pessoal e material é alta e pode acarretar o esgotamento da força invasora antes
desta alcançar o seu objetivo. As se alcança vitórias táticas, mas sofre-se derrotas a nível
estratégico ou operacional. A cidade deve ser isolada, não permitindo ao inimigo nenhuma
entrada para reforços, seja por terra, mar ou ar. Há estudos que comprovam que sempre que a
localidade é totalmente isolada, a vitória acaba sendo alcançada; mesmo quando este
isolamento não é total, a probabilidade de sucesso é da ordem de 80%. Para cidades que não
sejam eficazmente isoladas, a margem de sucesso tem sido na faixa de 50%.
A experiência israelense, assim como os estudos feitos pelo Corpo de Fuzileiros Navais sobre
jogos de guerra baseados em combates urbanos desde 1996, também demonstram que a
maior parte das baixas em conflitos urbanos ocorre quando os soldados se movimentam ao
longo das ruas da cidade, expostos ao fogo inimigo. Portanto, quando Israel capturou a casbah
em Nablus, os soldados se deslocaram através de buracos que cortaram ou explodiram em
muros e paredes entre casas vizinhas.
Os franco-atiradores israelenses se posicionaram nos prédios mais altos e trabalharam em
conjunto com as tropas nas ruas a fim de identificar alvos e confundir a expectativa dos
defensores das cidades invadidas. Conforme disse um combatente palestino após o conflito:
"Os israelenses estavam por toda parte: na retaguarda, nas laterais, à direita e à esquerda.
Como poderíamos lutar desse jeito?".
Há também lições importantes a serem aprendidas com a batalha travada por Israel no campo
de refugiados de Jenin. Aquela parte da operação foi manchete nos jornais de todo o mundo,
após os palestinos terem anunciado a morte de 500 moradores e afirmado que houve uma
destruição indiscriminada por parte de Israel - alegações que foram contestadas pela
Organização das Nações Unidas (ONU).
Ironicamente, foi a relutância demonstrada por Israel para atacar Jenin com força total, assim
como o seu compromisso de proteger vidas e propriedades palestinas a quase todo custo, que
resultaram em mais mortes israelenses e palestinas e em mais destruição de propriedades do
que teria ocorrido de outra forma.
Em um esforço para evitar baixas civis e uma má publicidade, Israel resistiu ao impulso inicial
de utilizar tratores de demolição e tanques de guerra no campo de refugiados. Somente após
13 dos seus soldados terem morrido em uma emboscada foi que o exército autorizou o uso
generalizado dos tratores. Porém, como a batalha já estava em andamento, a operação de
entrada dessas máquinas no conflito foi muito menos precisa e bem mais ruinosa do que seria
uma batalha com força total desencadeada desde o início.
Blindados:
Os tanques também não devem operar em coluna por entre ruas estreitas, pois se o tanque da
frente e o de trás forem imobilizados toda a coluna pára e se torna alvo fácil. Israelenses em
Suez e russos em Grozny já sofreram este tipo de ataque, só para citar dois exemplos. Por isso
é melhor utilizar os CC em
avenidas largas ou
cruzamentos para terem
uma clara linha de fogo.
Colocados na retaguarda
da tropas, estarão
disparando muitas vezes
"por cima" da cabeça dos
seus soldados.
Veículos blindados armados com canhões de tiro rápido de 25mm, metralhadoras e lançadores
mísseis, como o M-2 Bradley, são excelentes para o transporte de tropas e apoio as operações
da infantaria. Esses blindados possuem um angulo elevado. Devem ser mantidos sempre
próximos a tropas, mas também devem evitar ruas estreitas e becos sem saída.
Operar com blindados em áreas urbanas exige muito planejamento, conhecimento da situação
tática, tropas treinadas e equipamentos adequados, pois na falta de algum destes fatores as
conseqüências podem ser bastante graves. Foi o que experimentaram os russos em Grozny.
Algo que tem que ser levado em consideração é que a maioria dos combatentes chechenos
havia servido no Exército Soviético e as armas que utilizavam também eram de procedência
soviética. Apesar de o país ter uma população menor que a cidade de Campinas em SP,
conseguiram derrotar o segundo exército mais poderoso do mundo na primeira Guerra
Chechena (1994-1996) e colocar os russos em xeque na atual guerra. A previsão de um
guerrilheiro checheno logo no início da segunda guerra - "o problema do nosso país é que ele é
muito pequeno e não vai ter espaço para enterrar todos os soldados russos mortos" - se
concretizou.
Uma tática preferida dos chechenos consistia em emboscar uma coluna de blindados nas ruas
de Grozny, destruindo o primeiro e o
último veículo da coluna, o que impedia a
fuga dos demais. Devido a um erro de
projeto, os canhões dos tanques russos
não tinham ângulo para atirar contra os
andares superiores de um edifício a curta
distância e assim os chechenos atiravam
desde o segundo ou terceiro andares dos
prédios. Depois disso, as colunas de
blindados russas passaram a incluir uma
arma anti-aérea.
Helicópteros:
Transporte:
Vigilância:
Ataque:
Projetados para a a luta antitanque são mais robustos que os helicópteros normais devido seu
armamento, blindagem e comandos duplicados. Entre os seus principais expoentes estão o
AH-64 Apache, AH-1W Super Cobra e o MI-24.
Os helicópteros devem ser usados com muito cuidado e planejamento pois são vulneráveis a
fogo de armas portáteis e mísseis terra-ar. Torres, linha de força e prédios altos também
oferecem perigo para este tipo de aeronave.
Aviões:
Apesar de não serem tão adequados para operações urbanas como os helicópteros, ainda
assim podem ser usados nas funções de ataque, transporte e vigilância. Com o surgimento das
munições guiadas por sistemas de precisão, caças, como o F-16, puderam ser usados em
missões de ataques precisos dentro dos centros urbanos, sem grandes perigos de danos
colaterais. Mas alvos como escolas, hospitais e templos devem ser evitados.
Aviões E-8C (Boeing 707) JSTARS (Joint Surveillance Target Attack Radar System - sistema
de vigilância e
controle de
ataque em
cadeia) podem
voar sobre a
cidade dando
uma visão em
tempo real da
movimentação
das forças
combatentes.
As nações mais
desenvolvidas
também tem
utilizado satélites na função de mapeamento da cidade e na seleção de alvos. Os satélites
também são usados na transmissão de dados e voz.
Aviões AC-130 com sofisticados sensores podem prover fogo preciso de apoio as tropas em
terra. Aviões de transporte como o C-130, diante da tomada de um aeroporto ou da construção
de um pista de pouso, considerada segura, podem levar provisões e tropas o mais perto
possível da linha de frente e ajudar na evacuação de feridos e civis. Os aviões também podem
ser usados na guerra eletrônica, levando confusão as forças adversárias.
Também estão sendo usados cada vez mais aviões não tripulados como o Predator para
missões de vigilância, reconhecimento e até de ataque, utilizando como no caso do Predator,
mísseis do tipo Hellfire.
Artilharia:
Mesmo limitada a
ação da artilharia é
importante.
Normalmente ela
fica posicionada
fora da área urbana
executando tiros
indiretos de
interdição nas vias
da malha viária,
ferroviária e pontes
localizadas na
periferia da área
edificada, para
isolar a localidade e
caso fique
localizada dentro
da cidade deverá
conduzir tiros
diretos de destruição e neutralização, em apoio ao escalão de ataque.
Porém o uso excessivo e indiscriminado da artilharia pode, além de causar grandes baixas
civis, gerar muito destruição material originando uma volume considerável de escombros que
resultariam em bloqueio para o avanço das forças invasoras e de abrigo para o inimigo, além é
claro de gerar grandes protestos na comunidade internacional, como os enfrentados pelos
russos devido aos seus bombardeios indiscriminados em Grozny. Canhões sem recuo,
morteiros e artilharia antiaérea são muito usados ultimamente para prover fogo direto de apoio
a infantaria e blindados.
Infantaria:
Uma das melhores opções da tomada de prédios é começar de cima para baixo, através do
desembarque de tropas por helicóptero no topo do edifício. Assim o inimigo é empurrado para
rua, onde fica mais vulnerável, e aonde o espera um "comitê de recepção".
Entre os cuidados que o infante deve ter durante a sua movimentação em um ambiente urbano
podemos ver alguns descritos na figura abaixo:
Entrando em uma sala: Pode-se entrar em uma sala demolindo a sua parede,
se for necessário se usar portas ou janelas elas podem ser arrombadas com
um ponta-pé, marretas ou explosivos. Muitas vezes se jogam granadas ou um
jato de fogo de um lança-chamas lá dentro antes de entrar. O primeiro soldado
(de vermelho, fig. abaixo) deve entrar na sala se deslocando o mais rápido
possível para um de seus lados (o lado deve ser pré-definido), para liberar a
entrada. Ele deve entrar atirando e eliminar as ameaças mais imediatas. O
grupo de assalto estará dividido por duplas (azul, amarelo, etc.) ou pequenas
equipes, para que cada uma assuma um quadrante do recinto. Todos devem
ficar sempre de costas para as paredes e manter uma certa distância entre
eles. No próximo aposento, o soldado de vermelho será o último a entrar.
Tiro: O soldado no momento de atirar pra dentro de um aposento deve manter
o máximo do seu corpo encoberto para diminuir a área de alvo ao inimigo.
Táticas inimigas:
Como o combate urbano privilegia a defesa, o esforço maior tem que ser desprendido pelo
força atacante. Os defensores tem a sua disposição uma vasta gama de opções de defesa, e
como o ambiente é restrito, as vantagens que a força atacante possui em tecnologia como
melhores armas ou sistemas de comunicação ficam muitas vezes anuladas. Por essas razões,
é que o combate urbano se torna muitas vezes um conflito assimétrico. Como a guerra se torna
de desgaste, os defensores
ganham, se simplesmente
não perderem.
O uso de
atiradores
de elite
Os tanques dos defensores, que podem ser inferiores aos dos atacantes,
podem minimizar esta desvantagem se entrincheirando entre os escombros ou
se escondendo nas ruas transversais para emboscar o inimigo, que não
poderá usar sua mobilidades, armas e sensores superiores em um ambiente
restrito.
Nos combates urbanos, os defensores não precisam deslocar armas de
grandes calibres. Metralhadoras pequenas e médias, lança-foguetes portáteis
(tipo RPG-7), pequenos lança-mísseis (tipo SA-7), minas e rifles de precisão
podem ser muito eficientes no processo desgaste do inimigo. Armas antiáreas
devem ser colocadas nos topos dos prédios para melhor atingir as aeronaves
inimigas, principalmente as de asas rotativas.
Civis:
Como dissemos os civis também necessitam de alimentos e atendimento médico. Por isso
muitas equipes médicas e de engenharia também serão destacadas para prover ações
humanitárias. A força invasora, muitas vezes se ver envolvida com a responsabilidade de
coordenar ações com organismos internacionais de assistência humanitária.
O bom atendimento aos civis, mesmo hostis, é uma boa arma de propaganda, podendo negar
ao inimigo apoio e abrigo e conseqüentemente diminuindo a sua vontade de lutar na cidade.
ARMAMENTOS
Armamento - Atacantes
Os atacantes tem muitas armas a sua disposição e
muitas delas foram especialmente desenvolvidas
para o combate urbano ou podem ser utilizadas de
forma eficiente neste tipo de conflito. Entre estas
armas podemos destacar:
AS-550 Fennec
Ambas são aeronaves de pequeno porte dotadas de um único motor Arriel de 625 Hp, o que
proporciona uma grande reserva de potência, mesmo operando com peso máximo. Tratam-se
de aeronaves ágeis, rápidas, versáteis e com considerável autonomia de vôo (três horas) e
velocidade (podem atingir até 287 Km/h), características que as avalizam para o emprego em
reconhecimentos - quando se quer chegar rapidamente até o inimigo, observá-lo e retornar
sem ser visto - e em missões de ataque, pois podem ser armadas com metralhadoras .50 e
foguetes SBAT 70, nos quais podem ser usadas ogivas anti-carro e anti-pessoal, dentre outras.
Além de cumprir suas missões primordiais, esses helicópteros são utilizados em evacuações
aeromédicas, transportes de carga externa (750 Kg por meio de gancho externo), infiltração e
exfiltração de pessoal (através de Rapel, Mac Guaire e Hello Casting), podendo, com o uso de
guincho, içar cargas de até 136 kg de locais em que não possam pousar. O Esquilo, por sua
versatilidade, potência e simplicidade de manutenção contribui significativamente para a
operacionalidade da AvEx.
É o único helicóptero leve de ataque dos Exército dos EUA. Pode ser armado com
metralhadoras fixas de 7,62 mm (seis barris) ou 12,7mm, lançadores de granadas M129 de 40
mm e foguetes Hydra 70 (2 tubos de 7 foguetes) e ainda o míssil AIM-92 Stinger II seus
subsistemas. Possui FLIR e GPS/INS. Pode ser adaptado para transportar até 4 soldados
plenamente armados (2 em cada lateral).
Fuzil M-4 5,56mm
(.22")
Em 1994 o Exército Norte Americano começou a receber da Colt sua principal arma
individual para o início do século XXI, o M4. Trata-se de uma variante mais curta do
M16 com uma taxa cíclica maior e com dispositivos para adaptação de mira laser, visão
noturna e um lança granadas de 40mm. É a principal armas dos soldados do USMC e do
US Army em operações de assalto; mede cerca de 75cm de comprimento, pesa 4,6kg,
dispara cerca de 900 munições por minuto e tem alcance efetivo de 600m.
Unmanned Aerial Vehicle (UAV).
A Força de Defesa de Israel foi a primeiro Exército a usar um VBI altamente blindado pois seu
CC Merkava era capaz de levar um grupo de soldados de infantaria na parte traseira.
No Achzarit Mk1 o motor russo foi trocado pelo motor diesel de dois tempos Detroit 8V-71 TTA
de oito cilindros, refrigerado a água e com 650hp. É o mesmo motor do obuseiro
autopropulsado M-109 de 155mm também usado por israel. A transmissão hidropneumática
acoplada Allison XTG-411-4 o torna fácil de dirigir. O ar pode ser retirado do compartimento do
motor ou do compartimento da tripulação. O Achzarit Mk1 usa o motor 8V-92 TA com 850hp e
transmissão Allison XTG-411-5.
Embora o motor fique na traseira, o motor é compacto o suficiente para deixar uma passagem
entre o compartimento da tripulação e a traseira do blindado sem modificar o chassi. Esta
passagem é coberta por uma porta do tipo casca de ostra operada hidraulicamente, sendo que
a parte baixa é uma rampa de entrada e saída, e a parte superior é levantada para aumentar a
altura da saída. O motor traseiro também ajudou a compensar a blindagem adicional na parte
dianteira.O total de blindagem e o tipo usado não é revelado, mas pode ser deduzido pelo
peso.
Em cada lado do compartimento tem mais duas escotilhas adicionais para a tropa desmontada.
O motorista tem quatro periscópios e as tropas desmontadas têm dois periscópios à esquerda
e quatro à direita. Eles permitem que os tripulantes tenham uma visão ao redor com as
escotilhas fechadas.
O atirador usa uma torre da Rafael OWS com uma metralhadora MAG de 7,62 mm, que pode
ser disparada de dentro do veículo sem expor o tripulante ou, diretamente, com o atirador
sentado na escotilha. O periscópio da torre permite um campo de visão de 25º com zoom de
oito vezes. O periscópio tem um óculos de visão noturna de 2ª geração com campo de visão de
22º e com zoom de até sete vezes.
Outras três MAGs podem ser instaladas em pedestal simples na escotilha do comandante e em
duas escotilhas dos tripulantes traseiros. O veículo não está equipado com armas mais
poderosas, pois sua função é dar proteção à infantaria até chegar onde precisa ir e fazer o seu
trabalho a pé. Um total de 4 mil tiros de metralhadoras são levados internamente.
A proteção é melhorada com seis lança-fumígemos CL-3030 para autoproteção do arco frontal.
Também é possível gerar cortina de fumaça lançando diesel no escapamento do motor do lado
esquerdo. O blindado tem sistema de deteção de fogo e supressão. Também existe uma
versão de Posto de Comando sem metralhadores e com mais rádios.
Dados técnicos:
Peso: 44 t
Proteção: 14 t de blindagem Blazer/Claymore
Armamento: 7,62, 12,7, 25 mm, NTS Spike
Velocidade: 70 km/h
Pressão no solo: 0,54 kg/cm
Consciência espacial: 360 graus
Merkava
Quando os israelenses projetaram o Merkava (Carruagem) eles deram uma grande importância
a proteção da tripulação do CC através de uma blindagem considerável. O motor foi colocado
na parte frontal, para aumentar a proteção a tripulação. Devido a esta ênfase, a mobilidade
ficou em segundo plano, pois o tanque é muito pesado.
Com o motor na parte dianteiro se abriu um espaço na traseira para transporte de munição
extra ou, o que é curioso, pois é o único CC até o momento com esta capacidade, o transporte
de até 10 infantes (com a redução de 45 tiros), apesar desta opção ser pouco utilizada. Os
soldados entretanto ficariam totalmente isolados, já que para eles não há dispositivos que
permitam a visão para fora do veículo.
O primeiro protótipo foi completado em 1974, sendo interessante o fato de que os Estados
Unidos contribuíram com US$100 milhões para custear o desenvolvimento e parte da produção
do veículo. Os primeiros Merkava 1, dotados de canhão de 105 mm e motor de 900 hp, foram
produzidos pela IMI (Israel Military Industries) e entregues ao exército de Israel em 1979, sendo
empregados em combate três anos depois, no Líbano.
Em 1984 foi introduzido o Merkava 2 — ainda com canhão de 105 mm e mesmo motor, mas
melhor protegido e equipado com novo telêmetro laser e outras melhorias. Em 1990 apareceu
o Merkava 3 (com canhão de 120 mm de alma lisa, motor de 1.200 hp, controles elétricos para
a torre etc.), também conhecido como Baz (Falcão), que atualmente é o principal carro de
combate do exército israelense. Acredita-se que o exército de Israel disponha atualmente de
1.280 desses carros. À exceção do motor — um diesel de origem americana, desenvolvendo
1.200 hp
—, todos
os itens
principais
são
produzidos
no próprio
país.
A versão
Merkava 4,
com várias
inovações
está sendo
produzida.
Ela possui
um motor
diesel mais
potente (1.500 HP) controlado por um computador conectado ao painel do motorista e uma
moderna transmissão automática. O motor e a transmissão formam o chamado "powerpack",
que é considerado o mais avançado do mundo. A grande potência do motor, em conjunto com
uma suspensão baseada na do Mk-3, propicia o carro de combate com alta mobilidade e
manobrabilidade. A instalação do novo "powerpack" no Merkava propiciou um redesenho do
casco de maneira que permitiu o aumento da proteção frontal e a melhoria do campo de visão
do motorista. Para movimentações para ré, uma câmera foi desenvolvida para permitir ao
motorista observar a traseira enquanto dirige para trás, sem a ajuda do comandante ou de
apoio de fora do carro.
O Merkava 4 é equipado com um canhão de 120 mm, alma lisa( smoothbore), que é uma
versão avançada do modelo desenvolvido para o Merkava Mk-3. O novo canhão pode disparar
munições de alta energia com maior capacidade de penetração. A munição pronta para disparo
é armazenada em um compartimento protegido. O sistema permite ao municiador selecionar
semi-automaticamente o tipo de munição desejado.
O modelo 4 também tem um novo sistema de tiro com componentes, cujas capacidades
são muito altas em identificar alvos à distância. O sistema de visão noturna está baseado
no mais avançado em tecnologia térmica. O seguimento automático de alvos foi
aperfeiçoado.O sistema permite a implementação de uma doutrina para: aquisição de
alvos, alocação e destruição pelo comandante e artilheiro. O sistema de tiro é controlado
por displays e sistemas avançados ajudando o comandante com uma efetiva
comunicação e gerenciamento de batalha.
Merkava Mk II
Merkava Mk III
Armamento - Atacantes
Forças oponentes de igual poder bélico podem muito bem se enfrentar em um ambiente
urbano, mais o que normalmente acontecerá será um combate de proporções assimétricas em
que as forças de defesa não tem a mesma capacidade tecnológica e industrial de seus
adversários. Sendo assim os defensores lançaram mão com mais freqüência de armas leves
para enfrentar e desgastar as forças agressoras. Entre essas armas leves podemos destacar:
Rifle Dragunov
Arma de precisão utilizada por snipers.Sua mira telescópica permite identificar alvos de dia e à
noite (no caso de alvos que emitam luz infravermelha). Seu alcance é de mais de 1 quilômetro
e consegue perfurar até um capacete de kevlar. Nas mãos de um atirador treinado, cada tiro
equivale a uma morte.
Mísseis terra-ar
Os mísseis portáteis SA-7 SAM "Strela" ou Igla-1 russos guiados pelo calor das turbinas das
aeronaves estão disponíveis no mundo inteiro por cerca de 2.000 dólares. Os
atiradores se posicionam próximo ao final das pistas dos aeroportos esperando
por seu alvo. Em mãos hábeis são muito eficientes e mortíferos. O Strela
apesar de encontrar-se em serviço em alguns países, apresenta sérias
dificuldades no sistema de guiamento em função da sensibilidade de detecção
e acompanhamento do alvo. Seu alcance máximo é de 2.300m. O Igla tem uma
velocidade média de mach 1.76, um alcance de 500 a 5.200m e um modo de
operação extremamente simples. No Iraque, os Igla-1 foram responsáveis pela destruição de
quatro aeronaves AV-8B dos US Mariners, durante a Guerra do Golfo em 1991.
Os defensores podem fabricar explosivos e bombas caseiras. Essas bombas podem ser
detonadas à distância ou simplesmente jogadas no colo dos soldados inimigos viajando em
jipes, e o efeito é devastador. Dependendo da motivação dos defensores eles podem optar
também por ataques suicidas usando homens-bomba com cintos explosivos atados ao corpo
ou dirigindo carros repletos de explosivos.
Equipagem Individual
Nos futuros combates urbanos, os soldados de infantaria que dispuserem dos equipamentos
relacionados abaixo (já utilizados em grande parte por americanos, britânicos e israelenses)
terão significativa vantagem sobre seus oponentes.
Colete à prova de balas de kevlar que protege o peito contra estilhaços e balas
de 7,62mm.