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TIPOS DE PARÁGRAFOS

Existem muitas maneiras de se construir um parágrafo em um texto. Vamos ver a seguir, as sete formas mais comum de se
estruturar um parágrafo padrão.
1.       DECLARAÇÃO INICIAL: nesse tipo de parágrafo as ideias secundárias (argumentos) desenvolvem a ideia núcleo (a tese), que
aparece na primeira frase. Esse é o tipo do parágrafo padrão, que possui introdução, desenvolvimento e conclusão.

A primeira geração de adolescentes do século XXI está amadurecendo num país muito diferente daquele das gerações
anteriores. O Brasil está pronto, em vários sentidos, para o mundo moderno. Dispões de um parque industrial evoluído e integrado
por um sistema de comunicações por satélite e as disparidades culturais regionais são bem menores que as existentes nas décadas
de 60 e 70. É também um pais em que a população urbana superou a rural com larga folga. Os jovens de hoje constituem um
reflexo da vida em cidades grandes e metrópoles, rica em termos de produção cultural e oportunidades. Estão inteiramente à
vontade no mundo tecnológico. São os brasileiros mais bem informados de todos os tempos, e sua maneira de pensar e agir foi
influenciada desde o jardim de infância pelo mundo veloz e multifacetado da tecnologia inéditas e fascinantes. 
(Revista Veja, ano 36, nº24)

2.       DEFINIÇÃO: no parágrafo abaixo, o objetivo é definir o que é o homem. As ideias secundárias explicam a definição expressa
pela ideia núcleo.
O homem não é existência: é ausência. É a definição perfeita da falta de algo interior, indefinível e misterioso. Todos nós,
seres humanos, somos, no entanto, exceções, por nossa individualidade e essência únicas; exceções de uma única regra, traço de
igualdade, a que chamamos de solidão. A solidão é a regra de nossa existência. Em função dela buscamos viver, na tentativa
incessante de nos completarmos.
(Lara Mendonça André, aluna do 3º ano do ensino médio)

3.       REFERÊNCIA A UM FATO HISTÓRICO: a referência a um fato histórico pode ocupar parte do parágrafo ou todo ele. Quase
sempre serve para comparações com o presente ou para explicar fatos do presente.
O Brasil, no fim do regime colonial, já havia alcançado a maioridade como nação. Seus limites territoriais já estavam quase
delineados e as possibilidades econômicas do povo já se mostravam mais ou menos definidas. Além do mais, a população já não
era portuguesa. A fusão de raças havia determinado um tipo diferente do ancestral lusitano. O nativo, liberal e honesto, tinha do
bandeirante a altivez desdenhosa, do senhor de engenho, o amor ao solo, do sertanejo a independência e o espírito de iniciativa.
As lutas contra os invasores inimigos deram-lhe um grande sentimento de solidariedade e amor à Pátria.
(Adriana BrocoManin, aluna do 3º ano)

4.       INTERROGAÇÃO: nesse tipo de parágrafo , a interrogação serve mais como recurso retórico, isto é, como forma de prender a
atenção, uma vez que a questão levantada deve ser respondida pelo próprio autor, no mesmo parágrafo, ou nos seguintes.
Será que os brasileiros, nos tempos atuais, seriam capazes de dar a própria vida pelo seu país? Certamente que não. Foi-se o
tempo em que o amor à pátria era colocado em primeiro plano, chegando até mesmo aos níveis de adoração e idolatria.
(Cintya Beachir, aluna do 3º ano)

5.       OPOSIÇÃO E COMPARAÇÃO: Esse tipo de parágrafo organiza-se em torno de um confronto de duas ideias ou de uma
comparação entre duas realidades diferentes, no tempo e no espaço. No texto abaixo, a comparação entre dois tipos de música – o
tango e o fado – feita no 1º parágrafo tem em vista introduzir a ideia da tristeza dos portugueses pela derrota de seu time no jogo
contra a Grécia na final da Eurocopa.
Se o tango, como escreveu Discépolo, parceiro de Gardel, é um pensamento triste que se dança, o fado deve ser a melancolia
que fere e paralisa. Fado – ao PE da letra, um destino inescapável como o das tragédias gregas. Olha ai, os gregos – ontem e hoje,
Portugal canto o fado e carrega o fardo.
A derrota na final da Eurocopa é apenas um acontecimento esportivo, com a gratuidade nem por isso menos dramática dos
feitos dos gramados, mas é compreensível que nossos antepassados do lado de lá do Atlântico façam do luto da bola a chance de
uma recaída funda no sentimento de isolamento e fragilidade, o desamparo edipiano de quem um dia, numa batalha remota
(Alcácer Quibir), perdeu o pai (o rei Dom Sebastião) e tenta expiar a suposta culpa num delírio messiânico.
(Carta Capital, ano qo nº 299)

6.       CITAÇÃO: nesse tipo de parágrafo, usa-se a citação de um autor consagrado que deve estar entre aspas.
“Proletários de todo o mundo uni-vos!” Com essa emblemática frase, Marx e Engels encerram o manifesto comunista,
proferido em 1848, logo após a realização do I Congresso Internacional da Liga dos Justos, movimento operário de origem inglesa
que tinha seguidores de toda a Europa. O problema dos trabalhadores naquela época não era diferente dos de hoje: opressão e
exploração do trabalhador por parte da burguesia capitalista.
(Aurismar Queiroz – aurismarqueiroz.blogspot.com)
7. ILUSTRAÇÃO: Nesse tipo de parágrafo geralmente há uma inversão da ordem convencional. Normalmente é iniciado com uma
pequena narrativa, que serve como ilustração do assunto a ser discutido. Nesse parágrafo, a ideia núcleo está contida na frase
interrogativa que se segue à narrativa.
Não é difícil imaginar uma situação assim: uma família em casa, reunida em frente a televisão, assistindo à novela das 8.
Assaltantes invadem a cena corriqueira aos gritos e informam que vão atar todo mundo sem dó. Tem o dono da casa o direito de
usar uma arma de fogo para salvar a família e o patrimônio? Essa é uma pergunta que não tem resposta fácil. Pelo contrário abre
as portas para um debate sem consenso possível.
(superinteressante, nº 201)

Adaptação do capítulo 33, do livro Português: linguagens: volume e: ensino médio / William Roberto Cereja, Tereza Cochar Magalhães, - 5 ed. – São Paulo :
Atual, 2005.

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