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Gravura em Metal

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Gravura em metal

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A calcogravura ou calcografia é o processo de gravura feito


numa matriz de metal, geralmente o cobre conhecida na
renascença. Pode também ser feita em alumínio, aço, ferro ou
latão amarelo.

A gravura em metal pode ser definida como gravura de encavo


(do francês gravure en creux), termo genérico que é aplicado
para definir certos procedimentos da gravura. A palavra
"encavo" pretende ressaltar que o depósito de tinta para
impressão é feito dentro dos sulcos gravados e não sobre a
superfície da matriz, como no caso da xilogravura.

As ferramentas mais comuns usadas para gravar uma imagem


na matriz são a ponta seca e o buril. Mas, na maneira direta, há
também o roulette (que permite conseguir um traçado irregular,
granulado, como um lápis grafite). Já o berceau, o brunidor e o
raspador, são instrumentos usados na técnica conhecida como
maneira negra (do francês manière noire) ou também
conhecida como meia-tinta (do italiano mezzo tinto). Existem O Cavaleiro, a Morte e o Diabo (1513),
ainda técnicas nas quais são utilizados produtos químicos, como gravura em metal de Dürer.
a água-forte e a água tinta.

As nomenclaturas e as diferenciações dos inúmeros procedimentos que caraterizam o que genericamente


denomina-se "gravura em encavo" são fundamentadas a partir de características básicas de suas variantes
técnicas processuais: a gravura em metal, por se utilizar de um metal como matriz; a calcogravura do
latim calco que significa comprimir; o talhe-doce (do francês taille-douce); e também por especificidades
técnicas, como gravura a buril, a água-forte, a água-tinta, que podem se referir tanto à técnica quanto ao
instrumento utilizado na gravação.

A gravura em metal é uma das mais antigas técnicas de gravura. Existem obras nesta técnica datadas de
1500, produzidas por vários gênios da Renascença, como o alemão Albrecht Dürer. A gravação em metal foi
ligada ao trabalho de ourivesaria, como obra de entalhe e portanto voltada à ornamentação. O
desenvolvimento de processos gráficos, a partir do século XV, e as novas necessidades na realização de
imagens impressas motivaram a procura de técnicas que permitissem um trabalho gráfico de alta qualidade
da imagem impressa, além de resistência às grandes tiragens e edições. O emprego de matrizes de metal,
antes restrito à ourivesaria, possibilitou o surgimento das técnicas da gravura em metal. A gravura em
encavo, assim denominada como oposição à gravura em relevo, deposita a tinta nos sulcos realizados pela
gravação.

A técnica do metal consiste na gravação de uma imagem sobre uma chapa de cobre. Os meios de obter a
imagem sobre a chapa são muitos; cada artista desenvolve seu procedimento pessoal no trato com o cobre.

A maneira mais direta de fazer uma gravura em metal é com ferramentas, como a ponta seca - um
instrumento de metal semelhante a uma grande agulha que serve de "caneta ou lápis". A ponta seca risca a
chapa, que tem a superfície polida, e esses traços formam sulcos, micro concavidades, de modo a reterem a
tinta, que será transferida por meio de uma grande pressão, ao passar por uma prensa de cilindro conhecida
como prensa calcográfica, imprimindo assim, a imagem no papel. A impressão da imagem gravada em
encavo baseia-se na retirada da tinta que se encontra nos sulcos gravados, o que exige uma considerável
pressão mecânica e portanto equipamento adequado, que difere do tipográfico ou da impressão manual,
empregada na xilogravura. Além de ferir a chapa de cobre com a ponta seca, obtendo o desenho, a chapa
também pode receber outras ferramentas diretas, como o buril e o roulette.

Nos meios indiretos, água-forte e água-tinta , os produtos químicos conhecidos por mordentes (ácido
nítrico , percloreto de ferro etc.) atacam as áreas da matriz que não foram isoladas com verniz, criando assim
outro tipo de concavidades, e consequentemente, efeitos visuais. Desta forma, o artista obtém gradações de
tom e uma infinidade de texturas visuais. Consegue-se uma gama de tons que vai do mais claro, até o mais
profundo escuro.

Estes procedimentos podem ser usados em conjunto.

São inúmeros os exemplos de artistas que produzem obras onde a gravura é utilizada não apenas como
ponto de partida para o desenvolvimento de um processo, mas também como meio expressivo autônomo,
que recupera antigas técnicas e procedimentos tradicionais, incorporando também imagens produzidas por
equipamentos e tecnologia dos dias atuais.

Desde as primeiras manifestações gráficas, os diferentes procedimentos da gravura têm tido destaque, seja
como meio de comunicação de idéias e difusor de conhecimento, seja como um importante recurso
expressivo amplamente empregado no contexto da arte contemporânea.

Importantes gravadores
Albrecht Dürer (Alemanha)
Piranesi (Itália)
Rembrandt (Holanda)
Goya (Espanha)
Pablo Picasso (Espanha)
Oswaldo Goeldi (Brasil)
Iberê Camargo (Brasil)
Lívio Abramo (Brasil)
Arthur Luis Piza (Brasil)
Adir Botelho (Brasil)
Marcelo Grassmann (Brasil)
Rubens Matuck (Brasil)
Maria Bonomi (Brasil)
Fayga Ostrower (Brasil)
Renina Katz (Brasil)
Regina Silveira (Brasil)
Evandro Carlos Jardim (Brasil)
Feres Lourenço Khoury (Brasil)
Ruth Pimentel (Brasil)
Marcio Périgo (Brasil)
Paulo Roberto Lisboa (Brasil)
Ver também
Emanuel Araújo (A Construção do Livro)

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Esta página foi editada pela última vez às 02h35min de 3 de março de 2020.

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