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FIchamento, Hegel - Introdução À História Da Filosofia

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1)Fichar os conceitos.

2)Colocar o título.
3)Resumir o título com a questão do parágrafo.
A
CONCEITO DA HISTÓRIA DA FILOSOFIA
§1. A contradição quando se fala em objeto da história da filosofia
 Filosofia trata das verdades eternas. Se história trata de formas que se passam e
deixaram de ser, o objeto da filosofia não tem história “porque verdade não é
coisa que se passa.

- Objeto da história da filosofia


 “Compreender o que é imutável, eterno, em si e por si: o seu fim é a
verdade.”
- História
 Conta “aquilo que existiu um tempo, e noutro tempo deixou de existir, por
ter dado lugar a qualquer outra coisa”.
 “[...]a representação duma série sucessiva de formas passadas do
conhecimento”;

§2. O mesmo argumento da contradição do objeto de certos saberes poderia ser


aplicado a religião.

Divisão dos tipos de história


A) História Exterior: História das vicissitudes externas duma religião
 História da sua difusão;
 Da vida dos seus sequazes(adeptos);
 Existência da igreja sujeita a diferentes variações temporais, a
multiformes vicissitudes, de maneira a possuir verdadeiramente uma
história.
B) História Interna: Ciência e a história do objeto da religião e da própria
ciência
 Concernente exclusivamente a doutrina cristã (embora não sendo privada
de história)
B.1) A história dessa doutrina compreende dois elementos
 B.1.1: As várias adjunções a esta verdade fixada como
imutável, e os vários desvios desta mesma verdade
 B.1.2: A luta contra estes abastardamentos, e as tentativas
de a purificar das escórias pela volta à simplicidade
originária

§3. Descrição da história externa da filosofia e a questão que surge acerca da


sua limitação de aparição no tempo e dos povos.
História externa
 Sua origem, difusão, ponto culminante, decadência e renascimento;
 História dos seus mestres, fautores e dos seus adversários.
 História das suas relações externas com a religião e com o Estado.
História interna
 História da sua doutrina: a verdade absoluta.

Questão proposta por Hegel no parágrafo: “Por que motivo a filosofia, que é
doutrina da verdade absoluta, aparece limitada a um número relativamente exíguo de
personalidade e só em determinados povos e em particulares períodos de tempo”?

§4. A História da Filosofia tem como objeto a verdade absoluta, isso não
significa que ela possui essa verdade de maneira fixa e que pela história você
consegue extrai-la: O objeto da filosofia possui uma peculiaridade com relação ao
objeto das outras ciências.
4.1.: Cristianismo
4.1.1 No que diz respeito ao seu conteúdo: não possui história.
Porque:
“O conteúdo do cristianismo, que é verdade enquanto tal, permaneceu invariado, e por
esse motivo não tem história ou a sua história se reduz ao mínimo”
 Isso significa que: O cristianismo está ausente da contradição acima delineada
de ciências que buscam a verdade absoluta e imutável, mas que este conteúdo
possui uma história, dando a ele um caráter contingente, perdendo seu caráter de
absoluto.
4.1.2: O que de história possui, é referente a sua história exterior desvios e acréscimos
sucessivos dotados de caráter contingente, e que por isso mesmo são simplesmente
históricos.
4.2: As demais ciências
4.2.1: No que consiste aos seus conteúdos possuem história
Porque:
- Porque sofreu alteração de conteúdo, “o abandono de certas teses que aprincípio
haviam sido consideradas de bom quilate”.

4.3: Matemática
4.3.1: No que consiste aos seu conteúdo, a história “não visa senão a registrar
acréscimos”

4.4.: Geometria elementar criada por Euclides


4.4.1: Ciência desprovida de história

§5.
História da Filosofia
- “Pelo contrário, a história da filosofia não ostenta nem a persistência dum conteúdo
simples e completo, nem o processo pacífico aumento dos novos tesouros aos anteriores
conquistados”;

1. IDEIAS COMUNS RELATIVAS À HISTÓRIA DA


FILOSOFIA
§6. Os apontamentos que Hegel fará em seguida são exposições de modos comuns de se
olhar a história da filosofia, deve-se ler atento ao momento que ele irá lapidar estas
noções.
a) A História da Filosofia como galeria de opiniões
§7. A diferença entre história e filosofia no que concerne à suas tarefas: uma visão
tradicional e comum de filosofia
História
 “A narração de acontecimentos acidentais dos tempos, dos povos e dos
indivíduos, contingentes tanto no que se refere ao desenrolar dos mesmos no
tempo como também ao seu conteúdo.”
Filosofia
 Investigação sobre Deus, natureza e o espírito.

§8. Crítica de Hegel: tratar a filosofia como um complexo ou galeria de opiniões a


declara uma ciência supérflua.
 História da Filosofia (do ponto de vista corrente)
- “Exposição dum número de opiniões filosóficas acompanhadas da investigação
do modo como se formaram e do modo como se desenvolveram no tempo”.
- “...uma galeria de opiniões sobre Deus e sobre a essência das coisas naturais e
espirituais”

 Hegel critica esta posição: pois nada acrescenta à filosofia como ciência. Vira
uma atividade erudita de meras curiosidades.
- Adendo: o valor de se conhecer esta “galeria de opiniões estaria em que “este
exercício estimula a energia da mente, sugere alguma boa ideia, e do choque das
várias opiniões faz nascer uma nova opinião: pois que a ciência consistiria
precisamente neste evoluir duma opinião para outra”.
§9. Filosofia não trata de opiniões: Filosofia trata da verdade, e opinião é oposta da
verdade. Opinião é coisa subjetiva, verdade é coisa objetiva.
Opinião: uma representação subjetiva;
 “um pensamento qualquer, uma fantasia que eu posso ter dum modo e outros de
outro; uma opinião é coisa minha, nunca uma ideia universal que exista em si e
por si.”.
Filosofia: “é a ciência objetiva da verdade, é a ciência da sua necessidade: é conhecer
por conceitos, não é opinar nem deduzir uma opinião de outra.”.
 Questão para o Hegel: criticar a visão de quem pensa a filosofia como exposição
de opinião, contraponto opinião de verdade.
§10.
§11.
§12.

II. Esclarecimentos relativos à definição da História da Filosofia


1. .
2.

a) O conceito de desenvolvimento
3. .
4. Diferença entre “ser em si” e “ser por si”.
- Ser em si: Disposição ou capacidade. Potentia. Potência ou possibilidade.
 Ter algo “em potência, em germe”. “O homem é, por natureza, racional”: ele
tem razão em potência,

- Ser por si: Ato. Quando o homem torna explícito aquilo que é em si, ou está
em potência.
Quando o homem tem atualidade daquilo que estava em germe.
Quando o que é em-si torna-se consciente para o homem.
 Hegel aponta para o fato de que o que é em si e o que é por si, são o mesmo. A
questão é que quando torna-se por si este ser torna-se consciente. E isso ocorre
em seu desdobramento.
5. ,
6. A ideia de desenvolvimento
- Fica explícito neste parágrafo o que Hegel está dizendo com desenvolvimento:
é o desdobra-se do espírito para o por si(para si), ou seja, é quando o espírito
toma consciência, quando o germe multiplica.
 Desenvolvimento: graus de passagem do em si para o para si.
 Ser livre em si é ter a liberdade em potência. Ser livre por si, é dar-se conta
da liberdade que se tem.
 “Todo o conhecimento e cultura, a ciência e a própria ação não visam a outro
escopo senão a exprimir de si o que é em si, e deste modo a se converter em
objeto para si mesmo”.
7. Dois pontos principais deste parágrafo: necessidade da identidade para
transformação e o impulso do espírito de se desenvolver, porém sem se
diferenciar de si mesmo.
- Mesmo que algo venha a ser e se transforme, precisa ser o mesmo para que o
mesmo seja visto como algo que se transformou, senão vira outra coisa.
- A razão pelo qual o espírito é movimento, é uma dinâmica de desenvolver-se,
porque é contradição. Desde de seu início o espírito é ele e o seu contrário. É o
espírito e o objeto. Que se impulsiona, mas com retorno a si. Este retorno é de
consciência de si mesmo. Ele precisa do outro para encontrar-se.
8. Explicitação do conceito de Desenvolvimento
- Desenvolvimento do espírito consiste: “Por conseguinte, o desenvolvimento do
espírito consiste em que o seu extrinsecar-se e o seu cindir-se é simultaneamente o vir a
si mesmo”, “que o espírito se conheça a si próprio, se faça a si mesmo objeto, se
encontre, devenha por si mesmo, se recolha em si próprio; desdobrou-se, alienou-se,
mas somente para se poder encontrar e para poder voltar a si próprio”
- Ser livre e o elogio à liberdade que só o pensamento tem: “aquilo que se não refere
a outro nem de outros depende”
 Desenvolvimento não é uma progressão ao mais alto, e sim, um retorno ao
início. É o movimento de tomada de si.

b) O conceito do concreto
9. Concreto
- A unidade dos distintos: ser em si(sujeito da atividade, quem começa) e o por si(a
atividade).
 O que é concreto?
- O ato(a compreensão do em si e para si, consciência de si, o retorno a si
mesmo).
- O em si(o sujeito da atividade, aquilo que começa[o germe])
- O para si(atividade)
Ou seja, todo o movimento é concreto. Por que? Porque tudo isso é espírito, e
espírito é concreto.
 O que forma o conteúdo?
- O ato que tem por fim atividade, determina o caráter geral do conteúdo.
10.
Verdade -> Concreto
Se for abstrato não é verdadeiro.
 Por que?
- Porque a verdade é determinação do espírito, e o espírito é concreto.
Obs: toda vez que Hegel falar de contradição, significa que ambos são diferentes mas
agem em unidade.
Cit: “O concreto deve devir por si mesmo; como em si ou possibilidade, é somente
distinto em si, não ainda posto como distinto, mas ainda na unidade. Portanto, o
concreto é simples e, ao mesmo tempo, diverso. Esta interna contradição, que é
precisamente o que provoca o desenvolvimento, leva as diferenças à existência”[Pag.
343/344].
 Por que a contradição provoca o desenvolvimento, ou seja, o movimento de
saída de si para o encontro com o originário. Ou, o reconhecimento do em si(da
portência) ao para si(ao ato), quando o espírito encontra consigo mesmo?
- Porque a contradição consiste justamente em movimento, do que está em
potencia(em si), para seu reconhecimento(para si), fazendo um retorno ao ponto
inicial.
11. Sobre as coisas que suportam a coexistência de coisas contrárias: o sensível
suporta.
- Uma folha suporta em unidade uma multiplicidade, que são as qualidades da folha:
odor, cor, sabor;

 Concreto é o ato espiritual de cumprir sua essência, que é dobrar-se sobre si


mesmo. Às várias atitudes neste sentido, constitui vários desenvolvimentos.
.
12. O espírito não suporta coisas opostas.
- “O modo de pensar segundo ele, encontra incompatível unir uma coisa com o que é
diferente dela”
EX: “Ou a matéria é absolutamente contínua ou divisível em pontos”;
“Ou, quanto, por exemplo, dizemos do espírito do homem, que tem liberdade, e o
intelecto contrapõe então a outra determinação, neste caso a necessidade: se o espírito é
livre não está sujeito à necessidade, e inversamente se o seu querer e o seu pensar são
determinados pela necessidade, então não é livre; um exclui o outro”.

c) Filosofia como apreensão do desenvolvimento do concreto


14.
Qual a natureza do concreto? Como ele surge?
- Já que o concreto é a unidade dos distintos(em si e por si), ele surge do movimento de
ambos, quando o espírito vai em busca de sua realização, do encontro consigo.

Se desenvolver significa mover-se em si mesmo. Coisa que só o espírito faz.


Filosofia: “A filosofia por si é o conhecimento deste desenvolvimento, e como
pensamento é ela própria este desenvolvimento pensante; quando mais este
desenvolvimento progrediu, tanto mais perfeita é a filosofia”.
- Filosofia é o conhecimento do concreto ou do desenvolvimento do concreto.
- É também o próprio desenvolvimento.
 “Assim se formou a filosofia, constituindo-se em si mesma; é uma ideia no todo
e em todos os seus membros, como num indivíduo vivo, uma vida, um pulso que
bate por todos os membros. Todas as suas partes e a sistematização das mesmas
emanam da única ideia; todos estes particulares são apenas espelho e imagem
desta única vitalidade. Têm a sua realidade somente nesta unidade, e as
diversidades e várias qualidades dele são a expressão da ideia e a forma nela
contida” [345/346]

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