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História Da Arte

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Breve História da arte

Pré-História (~ 5.000.000 a.C – 3.500 a.c)


Características
• Consideramos como arte pré-histórica todas
as manifestações que se desenvolveram
antes do surgimento das primeiras
civilizações e portanto antes da escrita.
• No entanto isso pressupõe uma grande
variedade de produção, por povos diferentes,
em locais diferentes, mas com algumas
características comuns.
Características
• As manifestações artísticas mais antigas foram
encontradas na Europa, em especial na
Espanha, sul da França e sul da Itália e datam
de aproximadamente de 25.000 a.C., portanto
no período paleolítico.
• Na França encontramos o maior número de
obras pré-históricas e até hoje em bom estado
de conservação, como as cavernas de
Altamira, Lascaux e Castilho.
Bison — Caverna de
Altamira
A caverna se localiza ao norte da
Espanha.
Foi descoberta por Marcelino
Sanz de Sautuola (1831–1888),
quando explorava as cavernas
com sua filha, Maria, que
percebeu os desenhos de “bois”
pintados na parede.
Pintura na Caverna de
Lascaux, França
Descoberta em 1940 por 4 jovens,
as pinturas datam de,
aproximadamente 17.800 anos
atrás.
Divisão da Pré-História:
• Paleolítico • Neolítico
– PALEOLÍTICO INFERIOR – NEOLÍTICO
• aproximadamente 5.000.000 a • aproximadamente 10.000 a
25.000 a.C.; 5.000 a.C.
• primeiros hominídios; • instrumentos de pedra polida,
• caça e coleta; enxada e tear;
• controle do fogo; e • início do cultivo dos campos;
• instrumentos de pedra e pedra • artesanato: cerâmica e tecidos;
lascada, madeira e ossos: facas, • construção de pedra; e
machados. • primeiros arquitetos do mundo.

– PALEOLÍTICO SUPERIOR – IDADE DOS METAIS


• instrumentos de marfim, ossos, • aproximadamente 5.000 a 3.500
madeira e pedra: machado, arco a.C.
e flecha, lançador de dardos, • aparecimento de metalurgia;
anzol e linha; e
• desenvolvimento da pintura e da • aparecimento das cidades;
escultura. • invenção da roda;
• invenção da escrita; e
• arado de bois.
Paleolítico
• O Iníciom deste período era nômade.
• A principal característica dos desenhos da Idade da Pedra Lascada é o
naturalismo. Utilizavam as pinturas rupestres, isto é, feitas em rochedos e
paredes de cavernas. O artista pintava um animal do modo como o via de uma
determinada perspectiva, reproduzindo a natureza tal qual sua vista captava.
• Atualmente, a explicação mais aceita é que essa arte era realizada por
caçadores, e que fazia parte do processo de magia por meio do qual
procurava-se interferir na captura de animais, ou seja, supunha que poderia
matar o animal verdadeiro desde que o representasse ferido mortalmente
num desenho.
• Os artistas do Paleolítico Superior realizaram também trabalhos em
escultura. Mas, tanto na pintura quanto na escultura, nota-se a ausência de
figuras masculinas. Predominam figuras femininas, com a cabeça surgindo
como prolongamento do pescoço, seios volumosos, ventre saltado e grandes
nádegas.
Vênus de Willendorf
Escultura do período Paleolítico Superior (~ 15.000 a.C.)
Neolítico
• A fixação do Iníciom da Idade da Pedra Polida, garantida pelo cultivo da terra e pela
manutenção de manadas, ocasionou um aumento rápido da população e o desenvolvimento
das primeiras instituições, como família e a divisão do trabalho.
• Assim, o Iníciom do Neolítico desenvolveu a técnica de tecer panos, de fabricar cerâmicas e
construiu as primeiras moradias, constituindo-se os primeiros arquitetos do mundo.
Conseguiu ainda, produzir o fogo através do atrito e deu início ao trabalho com metais. Todas
essas conquistas técnicas tiveram um forte reflexo na arte.
• O Iníciom, que se tornara um camponês, não precisava mais ter os sentidos apurados do
caçador do Paleolítico, e o seu poder de observação foi substituído pela abstração e
racionalização. Como conseqüência surge um estilo simplificador e geometrizante, sinais e
figuras mais que sugerem do que reproduzem os seres.
• Os próprios temas da arte mudaram: começaram as representações da vida coletiva. Além de
desenhos e pinturas, o artista do Neolítico produziu uma cerâmica que revela sua
preocupação com a beleza e não apenas com a utilidade do objeto, também esculturas de
metal. Desse período temos as construções denominadas dolmens. Consistem em duas ou
mais pedras grandes fincadas verticalmente no chão, como se fossem paredes, e uma grande
pedra era colocada horizontalmente sobre elas, parecendo um teto. E o menir que era
monumento megalítico que consiste num único bloco de pedra fincado no solo em sentido
vertical.
Vaso com alça. Estilo
Late Kansu, China
1º milênio a.C.
Urna funerária. Kansu
Yang-shao, China
Cerca de 2.500 a.C
A Dama e o Corne
Encontrada em Lausell, França
Mascará - América
Máscara sorridente, um exemplo
verdadeiramente incrível de Arte
Pré-histórica esculpida sobre uma
superfície triangular usando
técnicas identificadas em
trabalhos encontrados no norte
da Venezuela e em certas ilhas do
Caribe.
Moai – Ilha de Páscoa,
Pacífico
Ilha vulcânica pertence ao Chile,
Rano Raraku.
Recebeu o nome pois foi
encontrada por uma expedição
Européia em 1722 em um
domingo de Páscoa.

Os moai mediam em torno de 5


metros de altura e 15 toneladas.
Algumas estátuas possuiam cerca
de 10 metros de altura e chega a
pesar 270 toneladas.
Stonehenge,
Inglaterra
Santuário de Stonehenge, no sul da
Inglaterra, pode ser considerado
uma das primeiras obras da
arquitetura que a História registra.
Ele apresenta um enorme círculo de
pedras erguidas a intervalos
regulares, que sustentam traves
horizontais rodeando outros dois
círculos interiores. No centro do
último está um bloco semelhante a
um altar. O conjunto está orientado
para o ponto do horizonte onde
nasce o Sol no dia do solstício de
verão, indício de que se destinava às
práticas rituais de um culto solar.
Lembrando que as pedras eram
colocadas umas sobre as outras sem
a união de nenhuma argamassa.
Stonehenge, Wiltshire - Inglaterra
ATIVIDADE
Referencias
Referencias
Referencias
É isso…
Arte Antiga e Clássica
A arte antiga pode subdividir-se nos seguintes
grupos:
Arte da Antiguidade – Arte mesopotâmica:
• Arte suméria
A termo arte antiga refere-se à
arte desenvolvida pelas • Arte assíria
civilizações antigas após a • Arte babilónica
descoberta da escrita e que se • Arte persa
estende até à queda do império
romano do ocidente, em 476 d.C.,
– Arte egípcia
aquando das invasões bárbaras. – Arte celta
– Arte fenícia
– Arte egeia
• Arte cicládica
• Arte minóica
• Arte micénica
– Antiguidade Clássica
• Arte etrusca
• Arte grega
• Arte romana
– Arte paleocristã
Mesopotâmia
• Período Pré-histórico (de 7000 a 3500 a.C.) • Período Babilônico Antigo (cerca de 2000-1600 a.C)
– antes da escrita, foi totalmente desenvolvido. – A terra foi mais uma vez unida por
governantes semitas. O governante mais
• Suméria (de 3000 a 2340 a.C) importante foi Hamurabi da Babilônia. A arte
mais original do período babilônico veio de
– Os sumérios desenvolveram cerâmica e jóias. Mari.
Um novo tipo de construção foi introduzido -
centros de cidades-estados desta época são
Ur, Umma, Lagash, Kish, e Eshnunna. • Império Assírio (de a.C. 1700-100 a.C)
– Ela mostra diferentes tradições estabelecidas
• Período Acádio (final do século 24 a.C) pela estética babolônica, tanto em temas
religiosos e temas seculares.
– Sob Sargão I, uniram toda a Mesopotâmia.
Arte acadiano pouco resta. Significativas – O período Neo-assírios, 1000-612 a.C. é um
inovações acadiano foram aqueles dos tempo de grandes construtores. Reis
cortadores de selo. As cidades são acadiano adornavam palácios com relevos magníficos.
Sippar, Assur, Eshnuna, Tell Brak, e Akkad. Gesso alabastro, foi mais facilmente do que as
pedras esculpidas rígido usado pelos
Sumérios e Acádios.
• Periodo Neo-Sumério (de 2112-2004 a.C)
– O Império acadiano caiu com Guti, que não • Período Neo-Babilônico (626-539 aC)
centralizou seu poder, permitindo às cidades
sumérias de Uruk, Ur e Lagash restabelecer – Os babilônios derrotaram os assírios em 612
seu poder. aC e saquearam Nimrud e Nínive. Eles não
estabelecem um novo estilo ou iconografia. A
criatividade manifestou-se
arquitetonicamente na capital Babilônia.
Mesopotâmia
• A arte da Mesopotâmia desenvolveu-se ao longo de
muitos séculos e de diferentes civilizações, não sendo,
portanto, muito coesa em suas manifestações.
• A arquitetura era a mais desenvolvida das artes, apesar
de não ser tão notável quanto a egípcia. Caracterizou-
se pelo exibicionismo e pelo luxo. Construíram templos
e palácios, que eram considerados cópias dos
existentes nos céus. Por ser escassa a pedra na região,
utilizava-se tijolos de argila.
• O zigurate, torre de vários andares, foi a construção
característica das cidades-estados sumérias. Nas
construções, empregavam argila, ladrilhos e tijolos.
Suméria
• Arte da antiga Suméria (sul da antiga Babilónia, hoje sul do Iraque),
teve lugar no local onde se desenvolveu uma civilização de cidades-
Estados durante o III milénio a.C..
• Os sumérios apresentaram uma das mais ricas e variadas tradições
artísticas do mundo antigo, a base sobre a qual se desenvolveu a
arte dos assírios e babilónios. Grande parte do que conhecemos da
arte suméria procede das escavações das cidades de Ur e Erech. O
aspecto dominante da arquitectura das grandes cidades era o
templo-torre (zigurate).
• As fachadas com colunas tinham decoração de lápis-lazúli, conchas
e madrepérola. Também eram produzidas jóias do mais delicado
trabalho em ouro e prata, esculturas de cobre, cerâmica, gravuras e
selos. Os sumérios trabalhavam bem a pedra e a madeira, e foram
pioneiros na utilização de veículos com rodas.
Arte Suméria
• A partir de 4000 a.C. na zona de confluência do rio Tigre com o rio
Eufrates.

• Palácios, templos (zigurate), câmaras funerárias (abóbada e arco).

• Adobe, madeira, tijolo colorido para decoração.

• Figuras religiosas de alabastro (hierarquia por altura e tamanho dos


olhos).

• Formas geométricas e esquemáticas baseadas no cone e no


cilindro.

• Influência na arte da Assíria e da Babilónia.


Estátuas de Gudeia, Principie de
Lagash, cerca de 2130 a. C.
Zigurate
Um zigurate (mais
corretamente, deveria dizer-
se em português uma
zigurate, pois o substantivo
é feminino nas antigas
línguas do Próximo Oriente)
é uma forma de templo,
comum aos sumérios,
babilônios e assírios,
pertinente à época do antigo
vale da Mesopotâmia e
construído na forma de
pirâmides terraplanadas. O
formato era o de vários
andares construídos um
sobre o outro, com o
diferencial de cada andar
possuir área menor que a
plataforma inferior sobre a
qual foi construído — as
plataformas poderiam ser
retangulares, ovais ou
quadradas, e seu número
variava de dois a sete.
• O centro do zigurate era feito de tijolos cozidos ao sol, enquanto o exterior da
construção mostrava adornos de tijolos queimados. Os adornos normalmente
eram envidraçados em cores diferentes, possivelmente contendo significação
cosmológica. O acesso ao templo, situado no topo do zigurate, fazia-se por
uma série de rampas construídas no flanco da construção ou por uma rampa
espiralada que se estendia desde a base até o cume do edifício. Os exemplos
mais antigos de zigurates datam do final do terceiro milénio a.C., enquanto os
mais tardios, do século VI a.C., e alguns dos exemplos mais notáveis dessas
estruturas incluem as ruínas na cidade de Ur e de Khorsabad na
Mesopotâmia.

• Com a descrição supracitada pode-se formular uma imagem, ainda que


básica, de com que se parece um zigurate. A ideia que se tem de que serviam
como lugar de idolatria ou cerimónias públicas, contudo, não é correcta. Na
Mesopotâmia acreditava-se que eram a morada dos deuses. Através dos
zigurates as divindades colocariam-se perto da humanidade, razão pela qual
cada cidade adorava seu próprio deus ou deusa. Além disso, apenas aos
sacerdotes era permitida a entrada ao zigurate, e era deles a responsabilidade
de cuidar da adoração aos deuses e fazer com que atendessem as
necessidades da comunidade. Naturalmente os sacerdotes gozavam de uma
reputação especial na sociedade suméria.
Dur-Untash, ou Choqa Zanbil, construído no séc. 13 a.C.
por Untash Napirisha e localizado perto de Susa, Irão é
um dos mais preservados zigurates do mundo.
Zigurate de Ur
Arte da Assíria
• A arte da Assíria, desenvolveu-se no reino (situado onde hoje está o Iraque) que estabeleceu
um dos maiores impérios do antigo Próximo Oriente. No início de sua história, os assírios
parecem ter sido dominados pelas civilizações mais poderosas da Babilónia e da Suméria.
• O império alcançou seu apogeu no governo de Senaqueribe (705-681 a.C.), que reconstruiu a
antiga Nínive, trazendo água das montanhas para dentro da cidade através de um elaborado
sistema de canais, e criando uma rede de ruas e praças. As escavações comprovam que as
construções eram grandiosas e fartamente adornadas com pinturas e esculturas. Apenas
fragmentos das pinturas foram preservados, mas uma considerável quantidade de esculturas
sobrevive.
• Os assírios foram um povo guerreiro e na arte dedicaram-se a glorificar os seus reis e
exércitos; o tipo de trabalho mais característico era uma sequência de painéis de pedra
esculpidos com baixos-relevos representando cenas militares ou de caça. Este tipo de relevo
narrativo, disposto em torno de salões governamentais ou pátios, é uma invenção assíria e
constitui a sua maior contribuição para o mundo da arte.
• A outra forma específica de escultura assíria era o Lamassu, um colossal animal alado, com
cabeça humana, utilizado aos pares para flanquear a entrada de palácios. A civilização assíria
sucumbiu quando sua capital, Nínive, foi capturada pelos babilónios e medas em 612 a.C.
Arte Assíria
• Inicialmente na zona norte do rio Tigre, posteriormente estende-se a
império de grandes dimensões. Auge entre c. 1000 e 612 a.C.

• Templos e zigurates monumentais. Tijolo, também pedra nas entradas das


cidades e salas.

• Escultura monumental (demónios guardiães), baixo-relevo narrativo em


grande escala.

• Crônicas reais na batalha e na caça foram relatados em faixas horizontais


com textos cuneiformes. Às vezes, figuras mitológicas são retratados.
Escultores estavam em seu melhor em cenas de caça. A arte do falecido
cortador de selo assírio é uma combinação de realismo e mitologia.

• Influência da arte da Suméria.


Palácio de Khorsabad - Nínive capital da Assíria
Baixo-relevo originalmente colocado à entrada do
palácio Dur Sharrukin.
Baixo-relevo assírio. Assurbanipal
(668-629 aC) numa caça aos leões.
Arte Babilônica
• A arte da Babilônia desenvolveu-se no reino antigo do Oriente Próximo; sua capital
era Babilônia, cujas ruínas estão próximas da cidade de Al Hillah, no Iraque.
Provavelmente, a cidade foi fundada no IV milénio a.C., tornando-se o centro de
um vasto império no século 18 a.C., sob o reinado de Hamurabi.

• O povo babilônio mais antigo era herdeiro direto da civilização suméria, que
inspirou a arte da sua primeira dinastia. A partir do século 17 a.C., a Babilônia foi
dominada por outros povos e de 722 a 626 a.C.. esteve sob o controle da Assíria.
A Babilônia atingiu seu período de apogeu e prestígio depois de ter colaborado
para a derrota dos assírios.

• Nabucodonosor II, cujo reinado se estendeu de 605 a 562 a.C., reconstruiu a


capital como uma das maiores cidades da Antiguidade e foi, provavelmente, o
responsável pelos famosos jardins suspensos da Babilônia, dispostos de forma
engenhosa em terraços elevados, irrigados por canais provenientes do rio Eufrates.
A melhor visão do esplendor da arquitetura babilônica pode ser obtida através da
Porta de Ishtar (575 a.C.) uma luxuosa estrutura de tijolos esmaltados reconstruída
no Museu Staatliche, na antiga Berlim Oriental.
Arte Babilônica
• Cidade da Babilônia. 1º período com fundador da
dinastia babilônica, Hamurabi.

• 2º período de destaque entre 612-539 a.C. com


Nabucodonosor (Torre de Babel, Jardins
suspensos da Babilônia).

• Tijolo vidrado colorido para decoração de


superfícies arquitetônicas.

• Representação da figura animal.


Jardimsuspenso e Torre de Babel (ao fundo)
A gravura do século 16, coloridas à mão do "Jardins Suspensos da
Babilônia" do artista holandês Martin Heemskerck,
Porta de Ishtar (575 a.C.)
A Porta de Istar (ou de Ishtar) era originalmente uma das 8 portas
monumentais (14 metros de altura por 10 de largura) da muralha interior
de Babilonia, através da qual se acesso ao templo de Marduk.
Arte Persa
• Inicialmente a oriente da Mesopotâmia (atual Irã), local de
passagem de tribos nômades.

• Arte nômade ornamental (armas, taças, vasos) em madeira, osso,


metal. Estilo animalista, abstração figurativa e orgânica.

• Posterior povo herdeiro do império assírio, conquista da babilónia


em 539 a.C..

• Palácios colossais (várias influências, ambiente cerimonial e


repetitivo), ausência de arquitetura religiosa.

• Escultura associada à arquitetura.


A arte egípcia
Arte do vale do Nilo

Máscara funerária de
Tutankhamon, c. 1400 a.C.
Arte egípcia
• Refere-se à arte desenvolvida e aplicada pela civilização do antigo Egito,
localizada no vale do rio Nilo no Norte de África.

• Esta manifestação artística teve a sua supremacia na região durante um


longo período de tempo, estendendo-se aproximadamente pelos últimos
3000 anos antes de Cristo e demarcando diferentes épocas que auxiliam
na clarificação das diferentes variedades estilísticas adotadas: Período
Arcaico, Império Antigo, Império Médio, Império Novo, Época Baixa,
Período Ptolomaico e vários períodos intermédios, mais ou menos
curtos, que separam as grandes épocas, e que se denotam pela
turbulência e obscuridade, tanto social e política como artística.

• Mas embora sejam reais estes diferentes momentos da história, a verdade


é que incutem somente pequenas nuances na manifestação artística que,
de um modo geral, segue sempre uma vincada continuidade e
homogeneidade.
Pedra de Roseta
Um bloco de granito negro
(muitas vezes identificado
incorretamente como "basalto")
que proporcionou aos
investigadores um mesmo texto
escrito em egípcio demótico,
grego e em hieróglifos egípcios.

Como o grego era uma língua


bem conhecida, a pedra serviu de
chave para Jean-François
Champollion decifrar os
hieróglifos, em 1822 e por
Thomas Young, em 1823.
Motivação e objetivos
• A arte do antigo Egito serve acima de tudo para objetivos políticos e religiosos.
Para compreender a que nível se expressam estes objetivos é necessário ter em
mente a figura do soberano absoluto, o faraó. Ele é o representante de deus na
Terra e é este seu aspecto divino que vai guiar profundamente a manifestação
artística.

• Deste modo a arte representa, exalta e homenageia constantemente o faraó e as


diversas divindades da mitologia egípcia, sendo aplicada principalmente a peças
ou espaços relacionados com o culto dos mortos, isto porque a transição da vida à
morte é vista, antecipada e preparada como um momento de passagem da vida
terrena à vida após a morte, à vida eterna e suprema.

• O faraó é imortal e todos seus familiares e altos representantes da sociedade têm


o privilégio de poder também ter acesso à outra vida. Os túmulos são, por isto, os
marcos mais representativos da arte egípcia. Ali eram depositados a múmia (corpo
físico que acolhe posteriormente a alma, ka) e todos os bens físicos do quotidiano
que lhe serão necessários à existência após a morte.
Tribunal de Ósiris
Livro dos Mortos, papiro.
Estilo e normas
• A arte egípcia é profundamente simbólica. Todas as representações estão repletas
de significados que ajudam a caracterizar figuras, a estabelecer níveis hierárquicos
e a descrever situações. Do mesmo modo a simbologia serve à estruturação, à
simplificação e clarificação da mensagem transmitida criando um forte sentido de
ordem e racionalidade extremamente importantes.

• A harmonia e o equilíbrio devem ser mantidos, qualquer perturbação neste


sistema é, consequentemente, um distúrbio na vida após a morte. Para atingir
este objetivo de harmonia são utilizadas linhas simples, formas estilizadas, níveis
retilíneos de estruturação de espaços, manchas de cores uniformes que
transmitem limpidez e às quais se atribuem significados próprios.

• A hierarquia social e religiosa traduz-se, na representação artística, na atribuição


de diferentes tamanhos às diferentes personagens, consoante a sua importância.

• Reforça-se assim o sentido simbólico, em que não é a noção de perspectiva (dos


diferentes níveis de profundidade física), mas o poder e a importância que
determinam a dimensão.
As cores
• A arte egípcia, à semelhança da arte grega, apreciava muito as cores. As estátuas, o interior
do templos e dos túmulos eram profusamente coloridos. Porém, a passagem do tempo fez
com que se perdessem as cores originais que cobriam as superfícies dos objetos e das
estruturas.
• As cores não cumpriam apenas a sua função primária decorativa, mas encontravam-se
carregadas de simbolismo:

• Preto (kem): era obtido a partir do carvão de madeira ou de pirolusite (óxido de manganésio
do deserto do Sinai). Estava associado à noite e à morte, mas também poderia representar
a fertilidade e a regeneração. Este último aspecto encontra-se relacionado com as
inundações anuais do Nilo, que trazia uma terra que fertilizava o solo (por estão razão, os
Egípcios chamavam Khemet, "A Negra", à sua terra). Na arte o preto era utilizado nas
sobrancelhas, perucas, olhos e bocas. O deus Osíris era muitas vez representado com a pele
negra, assim como a rainha deificada Ahmés-Nefertari.

• Branco (hedj): obtido a partir da cal ou do gesso, era a cor da pureza e da verdade. Como tal
era utilizado artisticamente nas vestes dos sacerdotes e nos objetos rituais. As casas, as flores
e os templos eram também pintados a branco.
As cores
• Vermelho (decher): obtido a partir de ocres. O seu significado era ambivalente:
por um lado representava a energia, o poder e a sexualidade, por outro lado
estava associado ao maléfico deus Set, cujos olhos e cabelo eram pintados a
vermelho, bem como ao deserto, local que os Egípcios evitavam. Era a vermelho
que se pintava a pele dos homens.

• Amarelo (ketj): para criarem o amarelo, os Egípcios recorriam ao óxido de ferro


hidratado (limonite). Dado que o sol e o ouro eram amarelos, os Egípcios
associaram esta cor à eternidade. As estátuas dos deuses eram feitas a ouro,
assim como os objetos funerários do faraó, como as máscaras.

• Verde (uadj): era produzido a partir da malaquite do Sinai. Simboliza a


regeneração e a vida; a pele do deus Osíris poderia ser também pintada a verde.

• Azul (khesebedj): obtido a partir da azurite (carbonato de cobre) ou recorrendo-se


ao óxido de cobalto. Estava associado ao rio Nilo e ao céu.
Cena de Caça Tumba de Nebamun
1400 a.C.
Pintura de parede 31cm British
Museum, London
Lei da Frontalidade
• Embora seja uma arte estilizada é também uma arte de atenção ao
pormenor, de detalhe realista, que tenta apresentar o aspecto mais
revelador de determinada entidade, embora com restritos ângulos de
visão. Para esta representação são só possíveis três pontos de vista pela
parte do observador: de frente, de perfil e de cima, e que cunham o
estilo de um forte componente estática, de uma imobilidade solene.
• O corpo humano, especialmente o de figuras importantes, é representado
utilizando dois pontos de vista simultâneos, os que oferecem maior
informação e favorecem a dignidade da personagem: os olhos, ombros e
peito representam-se vistos de frente; a cabeça e as pernas representam-
se vistos de lado.
• O fato de, ao longo de tanto tempo, esta arte pouco ter variado e se terem
verificado poucas inovações, deve-se aos rígidos cânones e normas a que
os artistas deveriam obedecer e que, de certo modo, impunham barreiras
ao espírito criativo individual.
• A conjugação de todos estes elementos marca uma arte robusta, sólida,
solene, criada para a eternidade.
Característica
A Lei da Frontalidade funda-se no
princípio de valorizar o aspecto
que mais caracteriza cada
elemento do corpo humano.
Desenhado de perfil, o rosto é
mostrado ao máximo. De frente,
se resume a uma oval. No rosto
de perfil, o olho é representado
de frente, por ser este seu
aspecto mais característico e
revelador. O tórax também
apresenta-se de frente, e as
pernas e os pés, onde apenas se
vê o dedo grande, são vistos de
perfil.
Mastabas
• Uma mastaba é um túmulo egípcio, cujo centro nevrálgico era uma capela,
com a forma de um tronco de pirâmide (paredes inclinadas em direção a
um topo plano de menores dimensões que a base), cujo comprimento era
aproximadamente quatro vezes a sua largura.

• Começaram-se a construir desde a primeira era dinástica (cerca de 3500


a.C.) e foi o género de edifício que precedeu e preparou as pirâmides.
Quando estas começaram a ser construídas, mais exigentes do ponto de
vista técnico e económico, a mastaba permaneceu a sua mais simples
alternativa.

• Eram construídas com tijolo de barro e/ou pedra (geralmente, calcário)


talhada com uma ligeira inclinação para o interior, o que vai ao encontro
da etimologia da palavra. Etimologicamente, a palavra provém do árabe
maabba = banco de pedra (ou lama, segundo alguns autores), do aramaico
misubb, talvez com origem persa ou grega. Efetivamente, vistos de longe,
estes edifícios assemelham-se a bancos de lama, terra ou pedra.
Diagrama de uma
mastaba
Azul: a capela funerária com a
porta fictícia ao fundo.

Vermelho: o poço que parte


do topo da mastaba e se
afunda a partir daí.

Verde: a câmara mortuária e


o seu sarcófago.

Cinzento: o tijolo de adobe


que ocupa, de facto, uma
grande parte da mastaba.

Medidas médias de uma


mastaba: Comprimento 30 m,
Largura 15 m, Altura 6 m
Pirâmides
• As pirâmides são estruturas monumentais construídas em pedra e têm uma base rectangular e
quatro faces triangulares (por vezes trapezoidais) que convergem para um vértice. As pirâmides do
Egipto Antigo eram edifícios funerários, embora alguns especialistas acreditem que além de
servirem de mausoléu eram também templos religiosos.

• Foram construídas há cerca de 2.700 anos, desde o início do antigo reinado até perto do período
ptolomaico. A época do seu apogeu foi entre a III dinastia e a VI dinastia (2686-2345 a.C.). Não
eram consideradas estruturas isoladas mas integradas num complexo arquitectónico. Foram
encontradas cerca de 80 pirâmides no Egito mas a maior parte delas estão reduzidas a montículos
de terra.

• A construção das pirâmides sofreu uma evolução, desde o monte de areia de forma rectangular que
cobria a sepultura do faraó, na fase pré-dinástica, passando pela mastaba, uma forma de túmulo
conhecida no início da era dinástica. Foi Djoser, o fundador da III dinastia, quem mandou edificar
uma mastaba inteiramente de pedra. Tinha 61 m de altura e 6 degraus em toda a volta, 109 m de
norte a sul e 125 m de este a oeste.

• As pirâmides têm uma estrutura subterrânea complexa, composta de corredores e salas onde a sala
funerária é cavada no solo. Depois da IV dinastia, as pirâmides entram na sua fase clássica com a
construção da ampla e maravilhosa necrópole de Gizé, na margem esquerda do Nilo, não longe do
Cairo.
O Passo do Complexo da Pirâmide de Netjerikhet

Vista aérea de Saqqara North, mostrando a posição


dominante do passo da pirâmide de Netjerikhet e
complexo circundante.
Mapa do Complexo de Netjerikhet
A pirâmide de degraus de Horus Netjerikhet.
Desenho 3D da estrutura da pirâmide - Esquerda: vista da posição
relativa da estrutura na pirâmide. - Direita: Planta da estrutura.
Fonte: Lehner, Complete Pyramids, p. 87.
N
Pirâmides de Gizé, Egito
Estas três majestosas pirâmides foram construídas como tumbas reais
para os reis Kufu (ou Quéops), Quéfren, e Menkaure (ou Miquerinos) -
pai, filho e neto. A maior delas, com 147 m de altura (49 andares), é
chamada Grande Pirâmide, e foi construída cerca de 2.550 a.C. para Kufu,
no auge do antigo reinado do Egipto.
Complexo de Gizé
Quéops
Abou Simbel, Templo de Ramsés.
Arte Egípcia
• Durante 3000 anos até à conquista por Alexandre, o
Grande no século IV a.C..

• Arquitectura monumental (pedra), templos, arte


funerária, (pirâmides, mastabas).

• Relevos e pinturas murais associados à arquitectura,


escultura de vulto e colossal, artes decorativas e
mobiliário.

• Carácter solene com base em cânones rígidos de


representação, simbolismo, lei da frontalidade.
Esculturas
Arte celta
Estilo característico dos
povos de língua celta, na
Europa (continente e, em
especial, ilhas - Inglaterra,
Irlanda) que se desenvolve
já desde a pré-História,
Idade do Bronze até à
Idade Média.
Distribuição dos Celtas na Europa. A área verde sugere a possível extensão da
área (proto-)céltica por volta de 1000 a.C.. A área laranja indica a região de
nascimento da cultura La Tène e a área vermelha indica a possível região sob
influência céltica por volta de 400 a.C...
Arte Celta
• Os celtas eram povos antigos da Europa Central e Ocidental; no período pré-
romano habitavam grande parte da Europa, inclusive Inglaterra, Gália, partes da
Espanha, Alemanha, República Checa e Eslováquia.
• Um tipo diferente de arte céltica baptizada em homenagem a La Tène, na Suíça,
desenvolveu-se primeiro no século V a.C., basicamente em trabalhos de metal, um
campo no qual os celtas mostraram extraordinária habilidade.
• Os celtas ornavam objectos de uso comum, como armas, armaduras, canecas e
jarras, e faziam também algumas jóias, trabalhando principalmente em bronze e
ouro e empregando sofisticadas técnicas de incrustação.
• Os motivos vinham de diversas fontes, mas foram transformados pela criatividade
celta, que se deliciava com desenhos geométricos e espirais, muitas vezes
combinados com formas animais estilizadas, em elementos abstractos.
• As figuras humanas eram raras e sempre representadas de maneira um tanto
abstracta.
• A conquista romana tendeu a converter as formas nativas num classicismo
provincial, fazendo com que a tradição celta sobrevivesse com mais força nas áreas
extremas da Europa, de modo especial na Irlanda, fora do Império Romano.
Arte egeia
Arte cicládica
Arquipélago das Cíclades, Idade
do bronze (2500-1600 a.C.).

Objectos em cerâmica (vasos,


cálices, etc) de decoração
geométrica (linhas, curvas,
espirais).

Pequenos ídolos em mármore


de linhas sintéticas com nariz
destacado em relevo.

Kykladenidol - Exemplo de produção


artística das Ilhas Cíclades.
Arte cicládica
• Arte cicládica é denominação dada às artes relacionadas à cultura das Ilhas
Cíclades. A arte cicládica é ainda hoje envolta de muitos mistérios, pois dela pouco
restou além de modestas sepulturas em pedra e alguns outros vestígios menos
significantes.

• Em relação à produção artística das Ilhas Cíclades podemos destacar a cerâmica


decorada com os parâmetros geométricos linear, espiral e curvilíneo.

• Outro destaque da produção artística são os ídolos esculpidos em mármore que


vão de poucos centímetros ao tamanho natural, com uma característica abstracta
onde a cabeça é um ovóide e o único relevo é o nariz. Aparecem também
pequenas figuras de homens tocando lira ou flauta e mulheres segurando crianças.

• A arte cicládica foi desenvolvida na Idade do Bronze e é um dos três ramos da arte
egeia.
Ídolo das Cíclades, Bronze Final.
Arte minóica

A arte minóica ou arte da antiga Creta desenvolveu-se entre cerca de 3.000 e


1.100 a.C. A civilização minóica teve sua vida administrativa, política, religiosa
e cultural centrada nos palácios. Dois deles, Cnossos e Festus, são exemplos
marcantes dessa organização.

Os palácios tinham projectos complexos; cada um dispunha de um amplo


pátio interno central, várias escadarias, pequenos jardins e recintos
reservados para cultos religiosos. Magníficos frescos adornavam as paredes.
Trabalhos em metal, entalhe em pedras preciosas, selos de pedras e joalharia
atingiram altos padrões artísticos.

A cerâmica, por vezes apenas um pouco mais espessa do que a casca de um


ovo, era adornada com desenhos florais que, embora convencionais,
revelavam grande efeito em fundo colorido ou preto.
Área de expansão cultural minóica
Fresco, II milénio a.C., Palácio de Cnossos, Creta.
Arte minóica

- Arte cretense (Ilha de Creta), Idade do bronze (2300-100 a.C.).

- Pintura mural decorativa de harmonia e movimento, cores vivas e vista


frontal associada à arquitectura palaciana (de estrutura informal e prática).

- Peças de cerâmica, pouca escultura (pequenas figuras em argila e terracota,


vasilhas).

- Temáticas do quotidiano, mundo animal (marítimo), religião (votiva e ritual).


Arte micénica

A arte micénica refere-se à arte dos aqueus, um povo que se estabelece na


costa sudoeste da Grécia entre aproximadamente 1600 e 1100 a.C., no período
final da Idade do Bronze. Os seus habitantes formam vários núcleos agrupados
em torno de palácios, sendo o centro mais importante o de Micenas, nome que
cunha a civilização micénica. A sua produção artística recebe diversas influências
sendo a da civilização minóica (Creta) a mais evidenciada. Do Antigo Egipto
recebem também influência relacionada com o culto dos mortos, nomeadamente
no que diz respeito à construção de câmaras funerárias em pedra.

Deste período são de referir o primoroso trabalho em metal e a joalharia que


recebem grande herança minóica no tratamento formal e na técnica, se é que não
terão mesmo sido produzidos por artesãos vindos de Creta. Os mais relevantes
achados arqueológicos originam das câmaras funerárias descobertas em 1876 em
Micenas por Heinrich Schliemann, onde se englobam punhais com incrustações,
ornamentos para indumentária, diademas e as famosas máscaras funerárias em
ouro que serviam para cobrir o rosto do falecido.
No repertório formal dominam, em geral, cenas de caça e a representação de
animais como golfinhos, cobras, pássaros, touros e principalmente felinos (leão,
leopardo, etc.) onde é regra aparecerem com as patas dianteiras e traseiras
esticadas, símbolo de movimento. Também são comuns elementos da flora
marítima e a espiral, elemento decorativo muito usado, mesmo associado à
arquitectura.

A escultura não é comum, sendo possível que alguma produção em madeira


tenha desaparecido com o tempo. No entanto são conhecidas terracotas
representando deusas do lar (phi e psi). A escultura pode também aparecer
associada à arquitectura, como no caso da Porta dos Leões em Micenas, onde se
vêm dois leões virados para uma coluna micénica inseridos na muralha defensiva.
Neste exemplo são notórias semelhanças com a tradição da escultura
mesopotâmica pela imponência e severidade formal.

Contrariamente à arquitectura minóica, a micénica possui um forte sentido militar


onde se observam fortalezas rodeadas de muralhas edificadas em pedra com
grande precisão. O palácio divide-se em três áreas simples; um pórtico com duas
colunas leva à antecâmara que antecede a grande sala de audiências, rectangular
e com quatro colunas a envolver uma lareira central circular.
Jarra Micénica 1200-1100 A. de C.
Arte egeia

Arte micénica

- Aqueus estabelecidos em território grego, Idade do bronze.

- Principal centro em Micenas, influência da arte minóica.

- Arquitectura monumental, pintura sem leveza da arte cretense, temática


militar e narrativa.
Arte fenícia

- Os fenícios eram um povo de origem semita que colonizou a sul da península


itálica, Sicília, sul da península ibérica e norte de África. A sua arte conheceu o
apogeu entre c. 1000 a.C. e 800 a.C..

- Dedicados principalmente ao artesanato (objectos utilitários), comércio e


navegação na zona do Mediterrâneo.

- Influência da arte egípcia, egeia, micénica, mesopotâmica e grega.


A arte fenícia refere-se à expressão artística dos Fenícios um povo semita do
mundo antigo. Sua origem é desconhecida, mas estabeleceu-se na Fenícia
(região mediterrânea correspondente ao Líbano, Síria e Israel) por volta de
3000 a.C.

Os Fenícios eram altamente civilizados (inventaram um sistema de escrita


anterior ao alfabeto moderno) e hábeis comerciantes marítimos, chegando a
fundar colónias através do Mediterrâneo, principalmente Cartago. Atingiram o
auge do poderio entre 1200 e 800 a.C. e foram conquistados pelos Persas no
século VI a.C..

A sua arte mais típica é representada nos escaravelhos de jaspe verde,


encontrados principalmente nos cemitérios cartagineses da Sardenha e de
Ibiza. No período helenístico, destacaram-se na confecção de sofisticados
sarcófagos de mármore e ficaram famosos como artistas e artesãos, mas
poucos trabalhos em larga escala sobreviveram até nossos dias. No entanto,
graças à sua actividade mercantil, os pequenos artefactos chegaram a difundir-
se pelo mundo mediterrâneo, muitos deles encontrados em escavações.
Sobressaíram-se também na confecção de objectos de luxo, como jóias,
estatuetas, garrafas de vidro e alabastro, caixas de marfim e recipientes de
bronze.
Arte da Antiguidade Clássica

Arte etrusca

- Povo etrusco, região da Toscana, séculos VIII a II a.C..

- Arte funerária, câmaras tumulares com pintura mural, urnas, escultura em


sarcófagos (jacentes), bustos.

- Peças decorativas em bronze e terracota, joalharia.

- Influência da arte arcaica grega.


ARTE GREGA
• Enquanto a arte egípcia é uma arte ligada ao
espírito, a arte grega liga-se à razão. A arte grega
é focada na busca do prazer pelo homem, ao
contrário do que era praticado nas civilizações da
Antiguidade Oriental, os gregos buscavam o
Antropocentrismo, ou seja todas as respostas são
buscadas no homem e não na fé.

• São as principais características da arte grega: o


racionalismo; a valorização do belo; do corpo
humano e também de cenas da mitologia.
Jogos

Da segunda quinzena de agosto a


primeira de setembro

de 776 a.C. até 393 d.C. (Teodósio)


(Só reaparecendo em 1896)
Olímpicos = Zeus

Píticos = Apolo

Istmicos = Posseidon
Atletismo

Luta

Boxe

Corrida de cavalo

Pentatlo
( luta, corrida, salto em distância, arremesso de dardo e de disco)
Cultura
Arquitetura Grega
• As edificações que despertaram maior interesse são os templos. A
característica mais evidente dos templos gregos é a simetria entre o
pórtico de entrada e o dos fundos. O templo era construído sobre uma
base de três degraus. As colunas eram construídas segundo os modelos
dórico, jônico e coríntio.
• Estilo Dórico - era simples e maciça. O capitel era uma almofada de pedra.
Sendo a mais antiga das ordens arquitetônicas gregas, a ordem dórica, por
sua simplicidade e severidade, empresta uma idéia de solidez e
imponência
• Estilo Jônico - representava a graça e o feminino. O capitel era formado
por duas espirais unidas por duas curvas. A ordem dórica traduz a forma
do homem e a ordem jônica traduz a forma da mulher.
• Estilo Coríntia - o capitel era formado com folhas de acanto e quatro
espirais simétricas, muito usado no lugar do capitel jônico, de um modo a
variar e enriquecer aquela ordem. Sugere luxo e ostentação.
Colunas Dórica, Jônica e Coríntia
DÓRICO JÔNICO CORÍNTIO

Dórico Jônico Coríntio


Acrópolis de Atenas
Partenon
Escultura
• Carcterísticas principais:
• Antropomorfismo (representação das formas humanas);
• Antropocentrismo (valorização do homem nas artes);
• Equilíbrio das formas
• Sensação de Movimento
• No Período Arcaico os gregos começaram a esculpir, em mármores, grandes figuras
de homens. Primeiramente aparecem esculturas simétricas, em rigorosa posição
frontal, com o peso do corpo igualmente distribuído sobre as duas pernas. Esse
tipo de estátua é chamado Kouros (palavra grega: homem jovem).
• No Período Clássico passou-se a procurar movimento nas estátuas, para isto, se
começou a usar o bronze que era mais resistente do que o mármore, podendo
fixar o movimento sem se quebrar. Surge o nu feminino, pois no período arcaico,
as figuras de mulher eram esculpidas sempre vestidas.
• Período Helenístico podemos observar o crescente naturalismo: os seres humanos
não eram representados apenas de acordo com a idade e a personalidade, mas
também segundo as emoção.
Hermes de Praxíteles
Pintura
• A pintura grega encontra-se na arte cerâmica. Além de servir
para rituais religiosos, esses vasos eram usados para
armazenar, entre outras coisas, água, vinho, azeite e
mantimentos.
• As pinturas dos vasos representavam pessoas em suas
atividades diárias e cenas da mitologia grega. O maior pintor
de figuras negras foi Exéquias.
• A pintura grega se divide em três grupos:
• 1) figuras negras sobre o fundo vermelho
2) figuras vermelhas sobre o fundo negro
3) figuras vermelhas sobre o fundo branco
Representação de um banquete pintado em um vaso
ARTE ROMANA
A arte romana, referente à época artística do
Império romano do ocidente, foi muito
influenciada pela cultura da grécia antiga e
estende-se do século VIII a.C ao século IV d.C.
difundindo-se por diversas expressões artísticas
desde a construção de diversas tipologias de
edifícios públicos, pintura afresco à escultura,
etc
Representação de uma batalha em
uma fonte romana
ARQUITETURA
• As construção eram de cinco espécies, de
acordo com as funções:
1) Religião
2) Comércio e civismo
3) Higiene
4) Divertimentos
5) Monumentos decorativos
RELIGIÃO:TEMPLOS
• Pouco se conhece deles. Os mais conhecidos são o
templo de Júpiter , o de Saturno, o da Concórdia e o
de César. O Panteão, construído em Roma durante o
reinado do Imperador Adriano foi planejado para
reunir a grande variedade de deuses existentes em
todo o Império, esse templo romano, com sua planta
circular fechada por uma cúpula, cria um local
isolado do exterior onde o povo se reunia para o
culto.
Templos de Júpiter e de Saturno
Panteão Romano
COMÉRCIO E CIVISMO: BASÍLICA
• A princípio destinada a operações comerciais e a atos
judiciários, a “BASÍLICA”servia para reuniões da
bolsa, para tribunal e leitura de editos. Mais tarde, já
com o Cristianismo, passou a designar uma igreja
com certos privilégios. A basílica apresenta uma
característica inconfundível: a planta retangular, (de
quatro a cinco mil metros) dividida em várias
colunatas. Para citar uma, a basílica Julia, iniciada no
governo de Júlio César, foi concluída no Império de
Otávio Augusto.
Basílica Júlia
Higiene: Termas
• Constituídas de ginásio, piscina, pórticos e
jardins, as termas eram o centro social de
Roma. As mais famosas são as termas de
Caracala que, além de casas de banho, eram
centro de reuniões sociais e esportes.
Termas
• Termas romanas em Bath (palavra inglesa para
banhos), Inglaterra. E ruínas de Termas na
cidade de
Roma.
Divertimentos:
• Circo
• Teatro
• Anfiteatro
Circus Maximus
Teatro Romano
Anfiteatro: Coliseu
ELEMENTOS DECORATIVOS
• Arco de Triunfo: pórtico monumental feito em homenagem
aos imperadores e generais vitoriosos. O mais famoso deles é
o arco de Tito, todo em mármore, construído no Forum
Romano para comemorar a tomada de Jerusalém.

b) Coluna Triunfal: a mais famosa é a coluna de Trajano, com


seu característico friso em espiral
que possui a narrativa histórica dos feitos do Imperador em
baixos-relevos no fuste. Foi erguida por ordem do Senado
para comemorar a vitória de Trajano sobre os dácios e os
partos.
Arco do Triunfo Romano
PINTURA
• O Mosaico foi muito utilizado na decoração dos muros e pisos da
arquitetura em geral.
A maior parte das pinturas romanas que conhecemos hoje provém das
cidades de Pompéia e Herculano, que foram soterradas pela erupção do
Vesúvio em 79 a.C. Os estudiosos da pintura existente em Pompéia
classificam a decoração das paredes internas dos edifícios em quatro
estilos.
Primeiro estilo: recobrir as paredes de uma sala com uma camada de
gesso pintado; que dava impressão de placas de mármore.
Segundo estilo: Os artistas começaram então a pintar painéis que criavam
a ilusão de janelas abertas por onde eram vistas paisagens com animais,
aves e pessoas, formando um grande mural.
Terceiro estilo: representações fiéis da realidade e valorizou a delicadeza
dos pequenos detalhes.
Quarto estilo: um painel de fundo vermelho, tendo ao centro uma pintura,
geralmente cópia de obra grega, imitando um cenário teatral.
ESCULTURA
• Os romanos eram grandes admiradores da arte grega, mas
por temperamento, eram muito diferentes dos gregos. Por
serem realistas e práticos, suas esculturas são uma
representação fiel das pessoas e não a de um ideal de beleza
humana, como fizeram os gregos. Retratavam os imperadores
e os homens da sociedade.
Mais realista que idealista, a estatuária romana teve seu
maior êxito nos retratos.
Com a invasão dos bárbaros as preocupações com as artes
diminuíram e poucos monumentos foram realizados pelo
Estado. Era o começo da decadência do Império Romano que,
no séc. V - precisamente no ano de 476 - perde o domínio do
seu vasto território do Ocidente para os invasores germânicos.
MOSAICO
• Partidários de um profundo respeito pelo ambiente
arquitetônico, adotando soluções de clara matriz
decorativa, os mosaístas chegaram a resultados onde
existe uma certa parte de estudo direto da natureza.
As cores vivas e a possibilidade de colocação sobre
qualquer superfície e a duração dos materiais
levaram a que os mosaicos viessem a prevalecer
sobre a pintura. Nos séculos seguintes, tornar-se-ão
essenciais para medir a ampliação das primeiras
igrejas cristãs.

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