Impacto Ambiental PDF
Impacto Ambiental PDF
Impacto Ambiental PDF
Introdução
A questão ambiental.
Os problemas ambientais são tão antigos quanto o homem, o que é novo é a sua dimensão
e a sua escala. A essa dimensão da problemática tem contribuído muitas causas,
destacando-se as seguintes: o elevado crescimento demográfico, o desenvolvimento e a
difusão da tecnologia industrial, os avanços da medicina e da saúde e seus efeitos sobre a
população, o avanço nas comunicações e, a crescente urbanização e a grande difusão de
ideias que tem possibilitado o desenvolvimento dos meios de comunicação social
(Peralta, 1997).
O crescimento das cidades nas últimas décadas tem sido responsável pelo aumento da
pressão das atividades antrópicas sobre os recursos naturais. Em todo o planeta,
praticamente não existe um ecossistema que não tenha sofrido influência direta e/ou
indireta do homem, como por exemplo, contaminação dos ambientes aquáticos,
desmatamentos, contaminação de lençol freático e introdução de espécies exóticas,
resultando na diminuição da diversidade de habitats e perda da biodiversidade. O que se
observa é uma forte pressão do sistema produtivo sobre os recursos naturais, através da
obtenção de matéria prima, utilizada na produção de bens que são utilizados no
crescimento econômico. O desenvolvimento gerado retorna capital para o sistema
produtivo, que devolve rejeitos e efluentes (além da degradação muitas vezes irreversível)
ao meio ambiente – poluição. (ICB-UFMG, 2003).
3. Legislação ambiental ainda muito ampla (p.ex. limites máximos de poluentes muito
maiores do que em países da Europa e nos EUA) e fiscalização pouco efetiva.
Embora muito discutida, a questão ambiental ainda tem sido pouco estudada e pouco
ensinada entre nós. Por outro lado, o forte despertar da consciência ambientalista em
Angola tem desencadeado uma enorme demanda de técnicos e de especialistas bem
preparados para atender inúmeros problemas da sociedade, o que torna urgente, não
apenas a formação desses técnicos, mas também o desenvolvimento intensivo de estudos
e pesquisas na área ambiental. Há de salientar que os problemas ambientais têm um forte
caráter regional e local, nem sempre sendo recomendada a importação de conhecimentos
de outros países, cujas realidades são diferentes das nossas. Os estudos e pesquisas
deverão ser realizados aqui mesmo (Magalhães, 1994).
Há, hoje, crescente preocupação em nosso país, pela implantação de políticas que
compatibilizem o desenvolvimento, segundo o modelo sócio econômico que adotamos,
com uma efetiva manutenção da qualidade ambiental e da produtividade dos recursos
naturais, revertendo o frequente quadro de degradação ambiental aqui existente. Muitos
países em desenvolvimento, como o nosso, cada vez mais têm reconhecido que muitas
ações e projetos podem ter, potencialmente, impactos ambientais prejudiciais, os quais
devem ser evitados, ainda na fase de planejamento dos mesmos. É bem conhecido que há
projetos com efeitos radicais sobre o meio ambiente, como os da mineração. É possível,
porém, tanto minimizar os efeitos negativos de uma mineração como, especialmente, após
o término da exploração, recompor o cenário impactado de modo bastante razoável
(Tommasi, 1993).
Conceitos básicos
Ludwig von Bertalanffy (biólogo austríaco) tem sido responsável pela base da Teoria
Geral dos Sistemas.
Para Branco (1999), “o sistema, tomado assim como um modelo estrutural e funcional de
um princípio muito mais amplo e extenso adquire as características de unidade funcional.
Sua dimensão mínima é a de uma organização capaz de funcionar por si só. Pode-se
conceber, evidentemente, um sistema formado de vários subsistemas, que terão de ser,
cada um, um sistema menor com funcionamento autônomo. O que não é concebível é um
sistema que dependa de um outro para seu funcionamento: neste caso ele será apenas um
elemento de um sistema”.
De uma maneira geral, a Teoria Geral dos Sistemas possui conceitos fundamentais:
2. Pela dinâmica: que é o fluxo de energia e matéria que passa pelo sistema e que varia
no espaço e no tempo;
Segundo Sachs (1986), meio ambiente inclui o natural, as tecno-estruturas criadas pelo
homem (ambiente artificial) e o ambiente social (ou cultural). Inclui todas as interações
entre os elementos naturais e a sociedade humana. Assim, meio ambiente inclui os
domínios: ecológico, social, econômico e político.
Para Perazza et al. (1985) o meio ambiente pode ser considerado como um espaço onde
acontecem as atividades urbanas e rurais. É constituído por um ambiente biogeofísico e
por um ambiente socioeconômico, como pode ser visualizado na figura a seguir:
Inventário ambiental pode ser entendido como um levantamento das condições
ambientais vigentes em um determinado espaço geográfico e em um momento dado.
Consiste em um levantamento espaço-temporal de uma enumeração classificada, das
características ambientais – naturais e socioeconômicas consideradas relevantes. Esse
conceito é usado erradamente como sinônimo de diagnóstico ambiental. Um diagnóstico
ambiental é uma percepção do ambiente, considerando seus processos dinâmicos,
diferente do inventário ambiental que é uma contabilidade estática dos recursos
existentes. O monitoramento merece atenção, pois implica o conhecimento preciso das
condições ambientais e da existência de uma base geocodificada, onde existem esses
dados e estão disponíveis para sua atualização e análise de diversos tipos (Peralta, 1997).
Definição e Estudo de impacto ambiental
Já, o Glossário de Ecologia da ACIESP (1987) define impacto ambiental como... toda
ação ou atividade, natural ou antrópica, que produz alterações bruscas em todo meio
ambiente ou apenas em alguns de seus componentes. De acordo com o tipo de alteração,
pode ser ecológico, social ou econômico.
1. A magnitude
2. A importância
Características de valor
Características de ordem
Impactos diretos são as modificações ambientais que exibem uma relação inicial,
de primeira ordem, com um fator importante (Bisset, 1984). Uma mortandade de
peixes, devido a um derrame de produto tóxico num rio, é um exemplo de impacto
direto.
Muitas vezes, uma ação induzida por um projeto desencadeia uma seqüência de
modificações, envolvendo uma variedade de componentes interrelacionados. Os impactos
que atuam através de uma série de componentes
intermediários do ambiente físico e biológico, são denominados de indiretos (Wathern,
1984). Como exemplo poderíamos lembrar as chuvas ácidas, decorrentes de poluição
atmosférica, por óxidos de enxofre, de nitrogênio, por flúor.
Características espaciais
a) Impacto local: quando uma ação afeta apenas o próprio local e as proximidades.
b) Impacto regional: quando o efeito se propaga por uma área maior à do local onde se dá
ação.
b) Impacto a médio ou longo prazo: quando o efeito se manifesta após certo tempo de
efetuada a ação (eutrofização das águas).
d) Impacto permanente: quando uma vez terminada a ação os efeitos não cessam de se
manifestar em um horizonte temporal conhecido (modificação do leito de um rio).
Os impactos podem ser caracterizados ainda pela sua reversibilidade, de acordo com a
possibilidade de um fator ambiental poder retornar às suas condições originais ou não.
Então, falasse que um impacto e reversível ou
irreversível.
Sinal: positivo se serve para melhorar o meio ambiente ou negativo se degrada a área.
Extensão: se afeta um local muito concreto (pontual), ou uma área um pouco maior
(parcial), ou uma grande parte do meio (impacto extremo) ou a totalidade (total). Há
impactos de localização crítica: como pode ser a descarga em um rio pouco antes de uma
toma de água para consumo humano: será um impacto pontual, mas em local crítico.
No meio inerte estão incluídos os fatores ar, solo, água e os processos do meio inerte; no
meio biótico consideram-se os fatores flora, fauna e processos do meio biótico; o meio
percetual inclui os fatores paisagísticos e singulares. No componente da população são
incluídos os fatores culturais, nível de renda, atividades econômicas da comunidade. Na
componente infraestrutura são consideradas as atividades e os elementos urbanos.
Diagnóstico ambiental
Nem sempre existem todos esses dados, o que exige, na maioria das vezes, trabalho de
campo para sua complementação. Alguns componentes ambientais podem ser descritos
através de dados numéricos, enquanto que outros só podem ser explanados por dados
qualitativos de natureza subjetiva.
Não existem listas de componentes ou fatores e parâmetros ambientais que possam servir
para orientar todos e qualquer dos estudos de impactos ambientais. Cada situação exige
uma lista própria e determinada de fatores ou parâmetros a serem estudados.
Consiste na identificação dos impactos que serão objeto de pesquisas mais detalhadas.
Essa etapa, de maneira geral, é mais complexa devido à variedade de impactos sobre os
sistemas ambientais que podem ocorrer na área de estudo.
Previsão e medição dos impactos
Os resultados do EIA devem ser postos a disposição do público para que estes o
examinem e formulem comentários nas audiências públicas.
Poluição e Agentes Poluidores
A poluição e seu controle são em geral tratados em três categorias naturais: poluição da
água, poluição do ar e poluição do solo. Estes três elementos também interagem e em
consequência têm surgido divisões inadequadas de responsabilidades, com resultados
negativos para o controle da poluição. Os depósitos de lixo poluem a terra, mas sua
incineração contribui para a poluição do ar. Carregados pela chuva, os poluentes que estão
no solo ou em suspensão no ar vão poluir a água e substâncias sedimentadas na água
acabam por poluir a terra.
A poluição causada por liberação de energia, como luz, calor e som, é particularmente
graves para o homem e geralmente observadas nas grandes cidades. Afetam
principalmente a saúde mental, pois causam irritação, nervosismo, fadiga e outros
sintomas relacionados com o sistema nervoso e com os órgãos dos sentidos.
Poluição da água
Considera-se que a água está poluída quando não é adequada ao consumo humano,
quando os animais aquáticos não podem viver nela, quando as impurezas nela contidas
tornam desagradável ou nocivo seu uso recreativo ou quando não pode ser usada em
nenhuma aplicação industrial.
Os rios, os mares, os lagos e os lençóis subterrâneos de água são o destino final de todo
poluente solúvel lançado no ar ou no solo. O esgoto doméstico é o poluente orgânico mais
comum da água doce e das águas costeiras, quando em alta concentração. A matéria
orgânica transportada pelos esgotos faz proliferar os microrganismos, entre os quais
bactérias e protozoários, que utilizam o oxigênio existente na água para oxidar seu
alimento, e em alguns casos o reduzem a zero. Os detergentes sintéticos, nem sempre
biodegradáveis, impregnam a água de fosfatos, reduzem ao mínimo a taxa de oxigênio e
são objeto de proibição em vários países, entre eles Angola.
Ao serem carregados pela água da chuva ou pela erosão do solo, os fertilizantes químicos
usados na agricultura provocam a proliferação dos microrganismos e a consequente
redução da taxa de oxigênio nos rios, lagos e oceanos. Os pesticidas empregados na
agricultura são produtos sintéticos de origem mineral, extremamente recalcitrantes, que
se incorporam à cadeia alimentar, inclusive a humana. Entre eles, um dos mais conhecidos
é o inseticida DDT. Mercúrio, cádmio e chumbo lançados à água são elementos tóxicos,
de comprovado perigo para a vida animal.
Os casos mais dramáticos de poluição marinha têm sido originados por derramamentos
de petróleo, seja em acidentes com petroleiros ou em vazamentos de poços petrolíferos
submarinos. Uma vez no mar, a mancha de óleo, às vezes de dezenas de quilômetros, se
espalha, levada por ventos e marés, e afasta ou mata a fauna marinha e as aves aquáticas.
O maior perigo do despejo de resíduos industriais no mar reside na incorporação de
substâncias tóxicas aos peixes, moluscos e crustáceos que servem de alimento ao homem.
Exemplo desse tipo de intoxicação foi o ocorrido na cidade de Minamata, Japão, em 1973,
devido ao lançamento de mercúrio no mar por uma indústria, fato que causou
envenenamento em massa e levou o governo japonês a proibir a venda de peixe. A
poluição marinha tem sido objeto de preocupação dos governos, que tentam, no âmbito
da Organização das Nações Unidas, estabelecer controles por meio de organismos
jurídicos internacionais.
Embora a poluição do ar sempre tenha existido -- como nos casos das erupções vulcânicas
ou da morte de homens asfixiados por fumaça dentro de cavernas -- foi só na era industrial
que se tornou problema mais grave. Ela ocorre a partir da presença de substâncias
estranhas na atmosfera, ou de uma alteração importante dos constituintes desta, sendo
facilmente observável, pois provoca a formação de partículas sólidas de poeira e fumaça.
Poluição do solo
A poluição pode afetar também o solo e dificultar seu cultivo. Nas grandes aglomerações
urbanas, o principal foco de poluição do solo são os resíduos industriais e domésticos. O
lixo das cidades brasileiras, por exemplo, contém de setenta e a oitenta por cento de
matéria orgânica em decomposição e constitui uma permanente ameaça de surtos
epidêmicos. O esgoto tem sido usado em alguns países para mineralizar a matéria
orgânica e irrigar o solo, mas esse processo apresenta o inconveniente de veicular
microrganismos patogênicos. Excrementos humanos podem provocar a contaminação de
poços e mananciais de superfície. Os resíduos radioativos, juntamente com nutrientes, são
absorvidos pelas plantas. Os fertilizantes e pesticidas sintéticos são suscetíveis de
incorporar-se à cadeia alimentar.
Outra grande ameaça à agricultura é o fenômeno conhecido como chuva ácida. Trata-se
de gases tóxicos em suspensão na atmosfera que são arrastados para a terra pelas
precipitações. A chuva ácida afeta regiões com elevado índice de industrialização e exerce
uma ação nefasta sobre as áreas cultivadas e os campos em geral.
Um tipo extremamente grave de poluição, que afeta tanto o meio aéreo quanto o aquático
e o terrestre, é o nuclear. Trata-se do conjunto de ações contaminadoras derivadas do
emprego da energia nuclear, e se deve à radioatividade dos materiais necessários à
obtenção dessa energia. A poluição nuclear é causada por explosões atômicas, por
despejos radioativos de hospitais, centros de pesquisa, laboratórios e centrais nucleares,
e, ocasionalmente, por vazamentos ocorridos nesses locais.
Também podem ser incluídos no conceito de poluição o calor (poluição térmica) e o ruído
(poluição sonora), na medida em que têm efeitos nocivos sobre o homem e a natureza. O
calor que emana das fábricas e residências contribui para aquecer o ar das cidades.
Grandes usinas utilizam águas dos rios para o resfriamento de suas turbinas e as devolvem
aquecidas; muitas fábricas com máquinas movidas a vapor também lançam água quente
nos rios, o que chega a provocar o aparecimento de fauna e flora de latitudes mais altas,
com consequências prejudiciais para determinadas espécies de peixes.
O barulho ou o som alto de rádios, toca-discos e outros aparelhos produz poluição sonora.
A curto e a médio prazos, a poluição sonora provoca irritação nas pessoas, determinando
alterações de comportamento; a longo prazo, provoca diminuição da audição e até surdez.
Por esse motivo, as danceterias americanas, por exemplo, estão obrigadas a afixar o
seguinte aviso: "Aqui você está sujeito à surdez".
Em Angola, além dos despejos industriais, o problema da poluição é agravado pela rápida
urbanização que pressiona a infraestrutura urbana com quantidades crescentes de lixo,
esgotos, gases e ruídos de automóveis, entre outros fatores, com a consequentes
degradação das águas, do ar e do solo. Já no campo, os dois principais agentes poluidores
são as queimadas, para fins de cultivo, pecuária ou mineração, e o uso indiscriminado de
agrotóxicos nas plantações. Tais práticas, além de provocarem desequilíbrios ecológicos,
acarretam riscos de erosão e desertificação.
Poluição visual
O mais persistente dos organoclorados é o DDT. Desde que é lançado ao meio, permanece
intacto por vários anos, acumulando-se nos tecidos dos organismos, principalmente o
adiposo, e passando inalterado através das cadeias alimentares. No tecido dos produtores,
como as plantas, a concentração de DDT pode ser baixa, mas os herbívoros, ao se
alimentarem de produtores, acumulam a maior parte do DDT ingerido e excretam uma
pequena porção. Com os carnívoros ocorre o mesmo processo, com prejuízos para os
animais.
Poluição luminosa
Como assim? A lâmpada deve permanecer totalmente dentro da luminária. E por sua vez,
a luminária tem que estar totalmente na posição horizontal para não deixar escapar luz.
Mas qual o problema de escapar luz? Dessa forma, praticamente impossibilita a visão
que se tem das estrelas em razão do ofuscamento causado pela luz exagerada,
principalmente quando se tem muita poeira e fumaça suspensas na atmosfera, além de
gastar mais dinheiro dos cidadãos.
Por quê gastam mais dinheiro? Como eu disse, as lâmpadas usadas nas ruas são de 500
Watts. Com a luminária correta, essas lâmpadas passariam a ser de 200 ou 300 Watts,
diminuindo, obviamente, o consumo.
Mas as companhias energéticas não sabem deste problema? Sabem, mas não há boa
vontade. Elas alegam que o custo dessas luminárias é maior. NÃO É VERDADE, pois
custam o mesmo preço ou mais baratas. Só que as licitações não especificam os tipos
adequados, sendo o material atualmente usado modelo 1920, ou seja, obsoleto e defasado.
Pensem vocês: "qual o custo a mais de uma luminária de inclinação diferente? Nenhum".
Existe alguma cidade no mundo com luminárias perfeitas? A cidade de Los Angeles, nos
Estados Unidos, está trocando todas as luminárias
O que posso fazer para ajudar? Primeiro é se informar sobre o assunto, coisa que você
já está fazendo. Se você for proprietário de alguma construção em andamento, fique
atento às luminárias. Escolha aquelas dentro dos padrões anteriormente ditos, caso
contrário, você certamente perderá dinheiro. Saiba do problema, troque idéias com
amigos, vizinhos, tente levar tal assunto aos seus representantes do povo.
Informações Complementares
As luminárias erradas dão a falsa sensação de que estão clareando, por exemplo: se você
mora em uma rua escura apesar de haver lâmpadas, isso não é por falta de mais postes ou
pouca potência das lâmpadas. A causa de ruas escuras é o fato das luminárias não serem
apropriadas. Algumas vezes, as lâmpadas da iluminação pública não permitem que as
pessoas durmam com tranquilidade, pois a luz excessiva atrapalha o sono. Esta luz que te
incomoda durante a noite, deveria estar clareando apenas o chão, não o seu quarto.
Indagada acerca do assunto via e-mail, certa companhia elétrica respondeu o seguinte: "o
processo utilizado atualmente é o que melhor atende as nossas condições de relevo,
estrutura etc".
Nossos argumentos não são análises singulares, subjetivas ou destrutivas. Atrás de toda
essa pesquisa, encontram-se profissionais competentes tanto no Brasil como no exterior.
É importante salientar que o objeto de nossas críticas não é a luz elétrica propriamente
dita, mas sim os males que ela causa em virtude de seu mal uso, assim como todos os
outros agentes poluidores.
O carro polui. Isso é um fato. Mas para se fabricar carros, existem especificações técnicas
para o seu melhor uso, diminuindo, o máximo possível, seus índices de poluição
atmosférica. Isso já é sabido.
• Do Meio Natural:
geologia, geomorfologia, água superficial e subterrânea, clima, ar, solo, vegetação, fauna,
espécies e ecossistemas críticos, outros.
• Do Meio Antrópico:
Como nem sempre estão disponíveis todos os dados necessários para a elaboração dos
estudos, trabalhos de campo são exigidos. Eles compreendem: registros fotográficos,
mapeamentos, coletas e levantamentos, aplicação de questionários e entrevistas, entre
outros.
A seguir são apresentados dois roteiros para estudos de impacto ambiental sugeridos pela
Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo e Fundação Estadual do Meio
Ambiente de Minas Gerais.
- Meio Físico
- Meio Biológico
- Meio Antrópico
- Aspectos geomorfológicos
- Caracterização do solo
- Recursos hídricos
Hidrologia superficial
Hidrologia subterrânea
Oceanografia física
Qualidade das águas
Usos da água
- Ecossistemas
Terrestres
Aquáticos
- O sistema antrópico
Dinâmica populacional
Uso e ocupação do espaço
Nível de vida
Estrutura produtiva
Indicadores de impacto ambiental
São sinais que servem para indicar a presença ou a ausência de boas condições ecológicas,
de saúde e sociais. Refletem a situação de um sistema como um todo. Podemos usá-los
como um retrato das condições do momento ou como instrumentos permanentes de
monitoramento. Podem ser considerados como ferramentas de acompanhamento de
estratégias de ação sobre o meio ambiente através de análise sistemática dos desvios
temporais e/ou espaciais de uma situação de referência.
Diagnóstico ambiental
Prognóstico ambiental
Desta forma, estes impactos ambientais devem ser categorizados segundo aos seguintes
critérios:
DEFINIÇÕES E SIGLAS
Meio Ambiente – circunvizinhança onde opera uma organização, incluindo-se ar, água,
solo, recursos naturais, flora, fauna, seres humanos e suas inter-relações.
Metodologias de EIA
AD HOC
Check list
Matrizes de interação
Redes de interação
Superposição de cartas
Modelos de simulação
Listagens ponderais
Características:
As matrizes tiveram início como uma tentativa de suprir as deficiências das listagens
(Check List). Uma das mais difundidas, nacional e internacionalmente, é a Matriz de
Leopold (Leopold, 1971).
Completa, uma matriz considera 100 ações que podem causar impacto, representadas por
colunas e 88 características e condições ambientais que podem ser impactadas,
representadas por linhas. Nas quadriculas assim formadas (8.800), os analistas devem
inscrever universos que representam a magnitude e intensidade dos impactos
identificados resultando em 17.600 números. O problema é que, deste modo, apenas
algumas ações, características e condições ambientais serão consideradas para cada
projeto. Será necessário preparar uma matriz para cada alternativa a ser analisada e para
cada período de tempo a ser considerado.
Desvantagem:
Subjetividade.
As redes têm por objetivo as relações de precedência entre ações praticadas pelo
empreendimento e os consequentes impactos de primeira e demais ordens.
Desvantagens: muito extensas; não distinção de impactos de curto e longo prazos; não
especificam valores; a carência de informações dificulta muito a sua elaboração.
Desvantagem:
Escassez de dados.
Qualidade ambiental
Segundo Braga Netto (2003), o próprio conceito de qualidade induz a uma reflexão sobre
padrões e níveis distintos desse valor, que devem estar vinculados e adequados a
diferentes realidades. Podem ser variados em função do contexto cultural e ambiental,
cabendo sempre as questões: onde? para quem? para quê? por quanto? como? e quando?
O desenvolvimento sustentável abrange e harmoniza as diversas dimensões da vida
social, cultural, econômica, política, ambiental e tecnológica de um povo.
O diagnóstico é a base inicial de dados a partir dos quais serão desenvolvidas as fases
seguintes, abrangendo o prognóstico dos prováveis impactos positivos ou negativos. Uma
vez estabelecidos, os negativos são alvo de medidas mitigadoras, que visam a diminuir
os seus efeitos; no caso dos positivos, as medidas visam a amplificá-los.
Encontram-se englobadas neste item, as medidas maximizadoras que tem por função
potencializar os efeitos positivos provocados ou induzidos pelo empreendimento.
As medidas compensatórias, por sua vez, são aquelas que buscam dar ao ambiente
afetado compensações por impactos não mitigados parcial ou totalmente.
LISTA DE SIGLAS
CF - Código Florestal
A
Ações antrópicas
Acidez
São ácidas as dissoluções que têm pH menor que 7. Isto significa que sua concentração
de íons H3O+ é maior que a de íons OH-. As dissoluções ácidas corroem os metais, têm
um sabor picante característico (ex.: limão, vinagre, etc.)
e podem produzir queimaduras e outros danos se postos em contato com a pele, quando
o pH é muito baixo.
Aqüífero
ADN
Agentes Poluidores
São quaisquer elementos que provoquem alterações das propriedades físicas, químicas e
biológicas das águas e que possam importar em prejuízo à saúde, à segurança e ao bem-
estar das populações e ainda comprometer a sua utilização para fins agrícolas, industriais,
comerciais, e principalmente, a existência normal da fauna aquática.
Aluviões
Depósito de cascalho, areia e argila que se forma junto às margens ou à foz dos rios,
proveniente do trabalho de erosão.
Asbesto
Mineral formado por fibras de silicato de origem natural. Usa-se como isolante mas é
muito perigoso porque provoca danos importantes aos pulmões, produzindo doenças
como câncer de pulmão ou asbestoses (acumulação de
zonas cicatrizadas no tecido pulmonar).
Bactéria coliforme
Biocenose
Bioma
São superfícies imensas onde a paisagem vegetal é criada por algumas espécies
dominantes e está associada a uma fauna específica.
Biosfera
Biotopo
Caducifólia
Clima
É uma media dos tempos meteorológicos de uma zona a longo de vários anos. Para se
definir um clima usam-se medias de temperatura, precipitação, etc. de vinte ou trinta anos.
Um clima é, por exemplo, o mediterrâneo, caracterizado por verões cálidos e secos,
invernos mornos e chuvas, às vezes, torrenciais, em outono e primavera. Tempo
meteorológico é a situação atual da atmosfera em um local determinado. Está
caracterizada por uma combinação local e passageira de temperatura, pressão, umidade,
precipitação, nebulosidade …. Mudanças acontecem em questão de horas ou dias. Tipos
de tempo são, por exemplo: ensolarado, chuvoso, etc.~
Clímax
Comunidade
Conservação Ambiental
Contaminação
Qualquer alteração física, química ou biológica do ar, a água ou o solo que produ danos
aos organismos vivos.
Contaminante primário
Contaminante secundário
Substância que se forma na atmosfera quando algum contaminante primário reage com
outros componentes do ar.
Degradação Ambiental
É toda e qualquer alteração física, química ou biológica no meio ambiente, com ou sem
a concorrência de atividades humanas, que venham a comprometer o uso dos recursos
naturais ou causar danos à população humana.
Ecologia
Do grego "eco" que significa casa e "logos": estudo. Haeckel empregou essa palavra pela
primeira vez no século XIX.
Ecosfera
Ecossistema
Ecótone
Do grego "eco" que significa casa e "logos": estudo. Haeckel empregou essa palavra pela
primeira vez no século XIX.
Ecosfera
Ecossistema
Ecótone
Elemento radioativo
Isótopos dos elementos químicos que emitem radiação. A radiação liberada pode ser
partículas alfa, beta ou raios gama.
Espécies endêmicas
Palavra procedente do grego que significa "bem alimentado". Lago ou pântano com
abundância de nutrientes que favorecem o crescimento das algas e outros organismos que,
quando morrem, apodrecem consumindo oxigênio, além de gerar odores fortes e
desagradáveis. Há degradação da água.
Fitoplancton
Fonte Poluidora
Gramíneas
Habitat
Impacto ambiental
Malthus
Inglês (1797 - 1834). Foi autor de vários livros sobre economia e população. Sua tese
mais conhecida refere-se a um posicionamento pessimista do futuro que diz: enquanto os
alimentos crescem em progressão aritmética, a população cresce em progressão
geométrica, trazendo como consequência a fome.
Meio ambiente
Monocultivo
Plantações de grande extensão com árvores ou outro tipo de plantas de uma espécie só.
Por exemplo, com eucalipto ou pinus, no caso de árvores, ou grandes plantações de
cereais.
Nitratos
Nível freático
Superfície que separa a zona do subsolo inundada com água subterrânea da zona na qual
as fendas estão com água e ar.
Oligotrófico
Lago ou pântano com águas pobres em nutrientes. Suas águas são claras e transparentes.
Oxigênio Dissolvido
Percolação
Poluente
É qualquer forma de matéria ou energia que cause ou possa causar poluição no meio
ambiente.
Poluição
Preservação Ambiental
População
Grupo de seres vivos da mesma espécie que vivem na mesma área e na mesma época.
ppm
Partes por milhão. Forma de medir concentrações pequenas. 300 ppm equivalem a 0,03%.
Rift
Silvicultura
Sotobosque
Arbustos, ervas e outras plantas que se situam abaixo das árvores de uma floresta.
Sucessão
T
Tectônica Global
Tempo meteorológico
Trôfico
Valorização de resíduos
Denomina-se assim aos processos que permitem aproveitar os resíduos para se obter
novos produtos ou outros rendimentos úteis.
Zooplancton
Bedê, L. C.; Weber, M.; Resende, S. R. O.; Piper, W.; Schulte, W. Manual para
mapeamento de biótopos no Brasil – base para um planejamento ambiental eficiente.
Belo Horizonte: Fundação Alexandre Brandt, 1997, 146p.
Bisset, R. Methods for environmental impact analysis: recent trend and future prospects.
J. environ. Mgmt., n.11, p.24-43. 1980
Perazza, M. C.; Birraque, M. J.; Link, V. R.; Queiroz, N. H. L.de. Estudo analítico de
metodologias de avaliação de impacto ambiental. São Paulo: CETESB, 1985, 12 p.
Silva, J. A. da. Direito ambiental constitucional. 2a ed. ver. Aum. São Paulo: Malheiros
Editores, 1994, 243p.
Wathern, P. Methods for assessing indirect impacts. In: Clark, B. D. et al. (eds.)
Perspectives on environmental impact assessment. New York: Reidel Publ. Comp., p.
213-231, 1984.