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Soryu

Miyo, Clau Becker, Nivia, Samya, Denise


M., Marta Ribeiro, Giselle S
Camilinha, Victoria
Alves, Vania , Mariana Candemil, Camila Alves,
Natalia Marques, Alessandra Patricia
Niquevenen
Grasiele Santos
Lola Lola
O amor é feio e segredos vão destruí-lo.

KAT

Eu não imploro.
Eu não choro.
E eu não dou uma segunda chance.

Ream, o guitarrista da banda Tear Asunder, merece uma medalha


de ouro pela melhor jogada de sempre quando ele fugiu no momento em
que descobriu o meu segredo, depois de dois dias de sexo quente. Então,
ele traz uma garota para minha festa de retorno para casa do hospital —
após eu ser baleada.

Eu o odeio.

Até que...

Quando os pés de Ream desenrolaram para fora do carro, após uma


turnê de oito meses. Eu observei. E em minha defesa, qualquer garota
olharia. Quase seria rude não reparar, porque Ream era do tipo de
homem que se destacava. Não porque ele tinha cabelo rosa ou gritou ou
foi desagradável. Não, é porque ele era o oposto. Sutil e perigosamente
tranquilo. Se ele falar com você, é melhor que ele goste de você por que
senão, você cairia a seus pés implorando misericórdia. Exceto eu... Eu
não imploro. — Nunca.

Mas quando nossos olhos se encontraram, foi à confiança inabalável


de Ream que fizeram meus nervos disparar como pulverizadores de jato.
Então...
Ream me disse que não precisava de uma segunda chance porque
ele ainda estava trabalhando com a primeira.

REAM
O sexo é feio. É usar alguém para seu próprio prazer narcisista. Eu
fiz isso, mas odiei — até ela. Ela era inacreditável. Então eu tive que
destruir nosso começo com meu passado de asneira.
Eu não a mereço, mas sou egoísta e vou levá-la de qualquer
maneira. Este é quem eu sou e é tarde demais para me mudar.

Aviso contém violência, conteúdo sexual e linguagem vulgar. Algumas cenas podem ser
constrangedores. Público adulto 18 anos.
Um romance contemporâneo com muito drama.
O som do esmagamento do osso estalava por todo o quarto.

Sangue respingava na minha camiseta verde como uma névoa de chuva.

Não me importava. Nem um pouco.

Ele a destruiu.

Ele merecia isso.

Imagens dos hematomas nos braços dela, as marcas de perfuração,


turvaram minha visão.

Ela me viu matar ele.

Sentado no chão, assombrado com olhar vidrado nos olhos dela.

A culpa foi minha.

Deixei isto acontecer com ela. Não fui capaz de protegê-la.

Eu joguei a estátua de lado. Fez um barulho alto quando atingiu o


assoalho de madeira, e ela tremeu. Dei uma olhadela nas agulhas na
mesinha de cabeceira. O elástico amarelo.

Eu estava feliz que ele estava morto.

Eu caminhei até ela, pegando seu corpo frágil e leve, e corri.

Sua beleza foi murchando. Meu anjo. Eu tinha feito isso.


— Querida... Você vai malditamente me matar. - Meu corpo
apertando, eu gemia quando meu pau batia na boca dela. — Ahh,
Cristo. - Ela retirou-se, em seguida, circulou a ponta com a língua, com
a mão em concha em minhas bolas, só para deslizar um dedo com uma
carícia na sequência entre minhas nádegas. Puta merda, eu nunca
tinha sido chupado assim antes. Merda, com quem eu estava
brincando? Nunca deixei uma mulher ter esse tipo de controle sobre
mim. Se eu tive... Eu não gostaria de lembrar.

O calor de sua boca me cercou novamente, e ela lentamente tomou


tudo de mim até que seus lábios tocaram minhas bolas. Eu quase gozei,
então conforme eu praguejei sob minha respiração, meus dedos
agarrando o cabelo dela.

— Baby.

A sedosa umidade dela parecia que eu estava envolvido em veludo.


Ela deslizou lentamente e minhas mãos enrolaram nos lençóis conforme
a pressão ia aumentando, até que eu escorreguei da boca dela. Ela
respirou, em seguida, engoliu-me novamente. Eu estava tão excitado,
que não conseguia nem pensar direito. Observá-la levando-me assim...
Deus, como fodidamente é que nós nunca saímos antes?

A cabeça dela bombeava, subido e descendo mais rápido, ficando


mais difícil, e tudo que podia ouvir era a sua doce boca chupando meu
pau como se fosse seu picolé.

Fechei os olhos. Jesus, nunca queria que acabasse.

Com mais força. Chupa-me, mais forte.

Meus olhos permaneceram abertos e eu endureci. Não. Não


estrague isso. Foda-se.

Mas sempre foi assim.

Ser bom e não vai doer.

Eu estava respirando muito forte. Eu estava nervoso demais.


Doeria mais se eu estivesse tenso.

Gemi.

Pedir-me ainda mais.


Não. Não mais.

Gemi.

Pergunte-me gentilmente.

Ma... is. Por... Favor.

Foda-se não. Jesus, por quê?

Porque eu odiava isso e precisava acabar com aquilo e dar o fora


daqui rápido. Deixá-la vir para baixo de mim foi um erro. Nunca deixei
uma garota me colocar em sua boca. Merda, o que eu tinha pensado?
Pensei que poderia ser diferente depois de passar duas semanas com
ela. Eu gostava dela, droga. Mas não podia fazer isso.

Agarrei-a pelos ombros.

— Me solta.

Seus magnéticos olhos azuis ampliaram, e senti a mão dela puxar


meu pau.

— O quê?

— Eu disse, sai de cima de mim, porra. - Minhas mãos apertaram


nos seus ombros e eu senti a familiar ânsia rolando no meu estômago.
Tinha que dar o inferno fora daqui. Nunca deveria ter feito isso com ela.
Eu não fui doce e lento. Eu tinha feito rápido e forte e eu estava fora de
lá antes da merda caísse sobre mim.

Fui tentando sair debaixo dela, mas ela achou minha mão que
tinha um aperto de morte no lençol. Seus dedos lentamente abriram
meu punho, e então ela entrelaçou-os com os meus e apertou.

Olhei para ela e por um momento pensei que talvez pudesse...

— Não. - Eu disse a palavra, mas não me mexi.

Ela baixou a cabeça, mas sempre com os olhos em mim enquanto


sua língua provocava a cabeça do meu pau. Ela o beijou gentilmente e
suavemente, uma coisa que eu nunca tive antes. E eu queria, mas
garota chupando meu pau estava fora dos limites. Era elas detendo o
poder que deixava os demônios assumirem.

Eu gemia enquanto a língua dela envolvia meu ponto sensível.


Meus dedos cravaram em sua carne e lutei contra a necessidade de
jogá-la para longe de mim, e ao mesmo tempo, empurrava a sua cabeça
no meu pau, forçando-a a ir mais profundo.
— Quero te provar. Goze para mim - ela disse.

Eu não podia. Não assim. Ela já tinha muito de mim. Que se foda.
Dane-se tudo. Empurrei-a de mim e sua mão escorregou do meu pau
quando ela caiu para o lado.

— Ream?

Eu a ignorei conforme me sentei, colocando minhas pernas para o


lado da cama. Quando ia me levantar senti seus braços em volta do
meu pescoço.

— O que você precisa?

— Ir embora. - Caminhei até meus jeans jogados no chão. Isso foi


estúpido. Nunca mais eu devo ficar com ela. Ela era a melhor amiga da
mulher do meu colega da banda.

Eu fui me levantar quando ela agarrou meu braço e puxou-me até


deitar na cama.

— Jesus. Não quero transar com você, Kat. - Eu sabia que era
mentira, porque queria muito transar com essa garota má.

Passei duas semanas com ela na fazenda esperando por notícias de


Emily e Logan. Nós abrimos todas às caixas, pintamos os quartos,
fixamos as cercas para o estábulo dos cavalos, até plantamos flores no
jardim. Ok, ela fez isso, enquanto eu assistia bebendo uma cerveja.

Não havia dúvida que Kat era quente – pernas longas, loura, lindos
olhos azuis brilhantes e ela tinha o queixo em um ângulo que a fazia
parecer difíceis e intensos, mas Kat era... Divertida. Apesar da
preocupação emocional que sentimos pelos nossos amigos, Kat não
estava histérica e nem soluçando de chorar. Merda, eu nunca a vi
derramar uma lágrima.

Quando nos conhecemos no bar na noite em que Emily foi raptada,


eu já a tinha visto do palco e meu primeiro pensamento era que ela
parecia uma puta esnobe. Mas ela era gostosa, então eu queria fodê-la.
Provavelmente teria se a merda toda não tivesse acontecido com a
Emily.

Eu tinha descoberto através das duas últimas semanas que Kat


não era nada como eu tinha a rotulada. Porra, a garota tinha uma força
dentro dela que superava a minha própria. E isso me fez querer mais
fodê-la.
Fui arrastado para o presente quando Kat se inclinou sobre mim e
nossos olhos se encontraram. Os cantos de seus lábios lentamente se
curvaram para cima, com aquele sorriso doce e sexy:

— Bobagem, - ela disse. Sua mão encontrou meu pau pulsando e


ela o acariciou novamente. — Ele, - ela apertou e eu gemia conforme
meu sangue corria para a cabeça, — me quer. Então, me diga o que
você precisa?

Eu nunca tive conversas na cama com qualquer garota, muito


menos tive tempo de discutir o que eu precisava, porque sempre
somente tirava o que eu precisava e depois ia embora. Sempre rápido
duro e finalizado antes de haver tempo para a escuridão me foder.

Mas ela já havia ido longe demais, superado meus limites


habituais. Nunca fui de repetir e ainda estava aqui fodendo uma e outra
vez a mesma garota, e além de tudo, a deixei chupar meu pau. O que eu
estava pensando? Eu não tinha pensando, é por isso que tinha chegado
tão longe.

Mas Kat trouxe de volta a minha escuridão interna que ela nem
sabia que existia. Ela manteve-se longe. Isso até o momento dela ter ido
para baixo em mim e então tudo voltou à merda de novo.

Pela primeira vez, eu queria uma menina... E não só para sair. Eu


nunca tive escrúpulos em chutar uma mulher de minha cama e tinha
feito isso tantas vezes que já estava dormente para dor que eu via em
seus rostos. Não era como se eu não lhes dissesse o que eu queria antes
mesmos delas abrir as pernas. Eu era discreto sobre quem eu comia e
não ficava emocionalmente ligado; era impossível para mim. Eu nunca
fui destinado a apreciar as mulheres. Isso foi arruinado para mim há
muito tempo atrás.

Mas Kat... Foi inesperado. Ela me deu o que eu precisava. E não


havia nenhum apego, não me adorando como um fã da banda. Eu
odiava isso.

— Eu quero você dentro de mim outra vez. - Kat montou-me e logo


ela fez, agarrei-a abruptamente pela cintura, e ela gritou quando eu
joguei-a de costas em seguida rastejei para cima, fixando-a no lugar
com meu peso.

— Devia estar de baixo de mim, linda. - Onde era seguro. Abaixo de


mim. Onde eu poderia ir embora, se eu quisesse. Onde poderia
controla-la. Eu precisava de controle. Não poderia ter de outra maneira.
Kat riu, os seus olhos brilhando como pedras azuis. Eu congelei,
encarando a mulher presa debaixo de mim. Fodidamente inesperada.
Ambos decidimos que seria somente uma noite, embora tecnicamente já
houvesse se tornado duas. Como aconteceu isso? Eu me perguntei, mas
já sabia a resposta. Era como se ela alimentasse uma parte de mim que
tinha permanecido adormecido durante anos. Sua honestidade e
facilidade, a forma como ela agia sem insegurança. Não era
egocentrismo... Não, era pureza. Uma coisa que eu não tinha mais em
qualquer parte de mim.

Porra fui eu quem acordou essa manhã com meu braço envolta de
sua cintura. O choque que bateu em mim me fez fazer a única coisa que
podia para me livrar dela... Eu a rolei montei-a e afundei meu pau duro
e abruptamente.

Ela tinha acordado gemendo e arqueando os quadris para


encontrar meus impulsos. Eu me perdi dentro de segundos. Ela não o
fez, e foi a primeira vez que me senti culpado por comer uma garota e
não cuidar dela. Mas Kat beijou-me e em seguida, levantou-se e entrou
no banheiro onde ouvi o chuveiro ligar.

Eu me deitei e o primeiro pensamento que veio a minha mente foi


se eu deveria ir lá e me juntar a ela. Imaginei lambendo a sua buceta,
fazendo-a implorar-me, saboreando a sua doçura e ouvi-la gemer sob o
meu toque.

Mas eu não fiz isso. Precisava de distância para poder obter


minhas emoções sob controle. Em vez disso, escuto a água e imaginei
as minhas mãos esfregando sobre o corpo dela, até que caí no sono
novamente.

Foi quando eu acordei com ela chupando meu pau.

— Pertenço? - Levantou suas sobrancelhas e eu queria beijar


aquele olhar petulante dela.

Eu sabia que ela não iria gosta desse comentário. Não havia
nenhuma questão de nós nos chocarmos; Sua confiança e boca
atrevida, minha necessidade de controlar todas as situações, algo que
eu não tinha quando era criança e agora tinha que ter em cada parte da
minha vida. É por isso que a banda confiava em mim para cuidar das
negociações. Nada passava por mim, eu deixava as minhas emoções de
fora do negócio e nunca tinha medo de ir embora se não conseguisse o
que eu queria.
— Pegar ou largar isso. - Rigoroso, mas tinha que ser desse jeito. É
melhor ela saber disso agora.

Eu estreitei meus olhos com o riso que escorria de seus lábios


entreabertos e então ela tentou fugir. Eu lhe agarrei pelas axilas. Ela
pensava que eu a estava provocando – eu não estava. — Seu lugar é
onde eu determinar que seja, e é comigo em cima de você, afundando
meu pau dentro de você docemente, bem apertado. E não se engane
você estará implorando, Kitkat.

— Implorando? - Ela lambeu os lábios.

Eu me inclinei para frente até que minha boca estava tão perto
dela que se eu respirasse profundamente a tocaria. O peito dela parou
de subir.

Ainda não, linda.

Expectativa era o engate para o controle. Eu podia controlar. Eu


sabia como fazer uma mulher querer um homem tão dificilmente que
ela faria qualquer coisa para parar a dor da necessidade. Não era algo
com o que me orgulhava, mas eu tinha aprendido isso e gostaria de
usar minha habilidade para dobrar Kat a minha vontade. Se ela
entendesse isso, então talvez considerasse deixa-la ficar mais um pouco
na cama.

O hálito dela era como uma brisa morna, que aquecia a minha
pele. Inclinei minha cabeça para o lado, deixando a barba crescida de
dois dias raspando levemente sobre sua pela. Resmunguei quando ouvi
o som... De sua nítida inalação de ar e em seguida o tremor de seu
corpo.

— Implore. - Eu estava acostumado a ser o que forçava a implorar.


Agora... Agora eu tinha que fazer dessa forma.

— Nunca, - ela respondeu.

Eu poderia tê-la flexível em questão de minutos, mas o aperto em


meu peito era um lembrete do que eu tentei esquecer todos os dias
fodidos da minha vida. Tinha que fugir disto.

Ok, mais uma vez e então eu iria deixa-la. Ela estava ciente de que
não era nada mais do que satisfazer ambas as nossas necessidades. Ela
estaria bem com isso. A pergunta que empurrou contra mim como se
fosse um touro empurrando era – eu era? Eu enterrei duro e rápido,
como fazia com meu pau entre as pernas de uma mulher.
— Oh, baby, resposta errada. - As minhas mãos foram para os
seus pulsos e puxei seus braços acima da sua cabeça, prendendo-os lá
antes mesmo que ela pudesse protestar. Não podia fazê-la implorar,
porque merda, não tinha tempo para isso, mas poderia fazê-la gemer e
contorcer-se debaixo de mim.

— Ream, deixe-me ir.

Eu sabia que meu aperto estava machucando, mas eu precisava


dela imóvel. Eu precisava que ela se submetesse a mim, os pesadelos
estavam muito perto agora para deixa-la me tocar. Calei-a tomando a
sua boca, minha língua empurrando através de seus dentes para depois
selar suas palavras com meu beijo forte e duro.

Ela protestava, com seu corpo exuberante ainda úmido do


chuveiro. Foi delicioso como os lábios dela moveram-se sobre o meu
voluntariamente, reunindo a aspereza do meu toque com o seu próprio,
mesmo assim ela continuava a protestar. Afastei-me.

— Implore.

— Não, - ela respirou fundo e lutava para libertar as suas mãos. —


Deixe-me ir.

Doce Deus do céu, ela era gostosa. Os seios dela saltaram e


balançava enquanto seu corpo golpeando contra mim. O brilho suave,
aquecido nas bochechas dela fez parecer ainda mais irresistível e por
um segundo era eu quem estava perdendo o controle como a
antecipação para afundar dentro dela outra vez.

Kat quase me golpeia com a merda do seu pescoço, fazendo-me


soltar o meu aperto liberando o seu braço. Seu cotovelo balançou na
minha frente, e eu tive que ir para trás.

— Eu não imploro. Jamais.

Meu pau estava latejando entre as pernas dela e não havia


nenhuma chance deixá-la ir agora. Isto não era apenas sobre eu sair
mais. Tratava-se de deixa-la ganhar e ainda recebendo meu caminho
com ela. Á ancora que me segurava na escuridão do meu passado
fodido enquanto ela estava debaixo de mim, respirando com dificuldade,
seus olhos arregalados e quase... Com medo?

Foda-se. O que eu estava fazendo?

— Vou deixar você ir, mas nova regra não me toque. -Esperei por
seu assentimento então soltei seus pulsos. Suspeitei que ela tivesse
hematomas e senti uma onda de culpa. Eu não queria machuca-la, mas
perdia meu controle com Kat e eu precisava voltar. Esta era a única
maneira para mim.

O peito dela subia e descia. Os mamilos eretos acariciava meu


peito com cada inspiração.

— Ream, por que você...

Eu a cortei antes que a ela tivesse a chance de fazer perguntas.


Aquelas que eu não responderia. Era por isso que foder uma garota
mais de uma vez era um erro. Muito perto. Perguntas. Esperando mais
do que apenas foder rápido.

Esmaguei a boca dela com a minha, engolindo qualquer protesto


que ela poderia ter tido. Embora, nas últimas 48 horas, em que
estivemos na cama, Kat não reclamou de nada que eu fiz para ela. E
agradeci a merda por isso.

Ela gemeu abaixo de mim, e suas mãos agarraram meu cabelo. Um


calafrio empurrou o meu desejo e eu congelei.

— Não! Pegue a cabeceira da cama. - Os dedos dela soltaram meu


cabelo e coloquei todo o meu peso em cima dela enquanto eu esfregava
meu pau dolorido entre as pernas dela.

Ela é apenas mais uma fodida. Só mais uma merda.

Ela é somente outra foda. Somente outra foda.

As garotas eram objetos para mim. Eu as usava, e elas me usavam.


Eu era sempre direto sobre isso e nunca deixei ficar por uma noite. Eu
nunca as abraçava e nunca quis... Até Kat.

Os demônios ainda existiam, mas com ela... Era mais do que uma
mulher gostosa que eu estava fodendo para tentar apagar o passado.
Pela primeira vez pareceu real para mim, não uma máquina de lixar
para provar para ela que era isso o que eu queria.

Até quando eu puder fazer do meu jeito. Se ela conseguisse seguir


as regras, então talvez os demônios ficassem longe e tivéssemos uma
chance. Eu teria uma chance. Porra, eu queria aquilo com ela.

Depois de passar duas semanas com ela, ante de sequer tocá-la,


sabia que era diferente. Kat era diferente. Ela era forte e decidida, e era
refrescante como o inferno. Não era uma garota melosa pendurada em
cada traço do meu violão e, em seguida, meu pau. Eu fui usado por
toda a minha vida, mas por uma vez eu não me senti assim, e eu queria
que esse sentimento durasse. Não estava pronto para deixa-la ir. Corri
as pontas dos meus dedos na lateral do rosto dela.

— Você é minha, KitKat. Porra.

Seus olhos se arregalaram. Sim, me chocou... E não tinha


percebido até que as palavras escorregaram da minha boca. Mas eu
estava tomando essa garota... Pelo menos até que eu tivesse terminado
com ela.

— Baby?

Ela hesitou e fiquei tenso quando vi a cintilação de desconforto nos


seus olhos, mas desapareceu rapidamente e em seus olhos azuis
ficaram latejantes...

— Eu não sou sua.

Sim, imaginei que ela diria algo assim. Apesar da maneira que ela
falou, ela estava distante.

— Mas você pode tentar o seu melhor para me convencer do


contrário, - disse Kat.

E eu tinha certeza que poderia fazer isso. Beijei-a novamente –


duro, implacável, como se eu tivesse tentando provar a mim mesmo que
era a foda habitual, mas não era. Eu sabia disso. Tinha sabido disso
antes de sequer beijá-la.

Quando a puxei para trás, seus olhos cintilaram com desejo. Ela
me queria – muito, e eu fodidamente adorei que pudesse fazer isso com
ela. Chupei o seu mamilo e depois beijei o caminho pelo seu corpo,
hesitando sobre seu piercing na barriga, agitando o pequeno diamante
na minha língua. Eu olhei para cima, para ela, que estava com os olhos
fechados, músculos tensos com a antecipação de sentir minha língua
em seu clitóris. E não podia esperar para prova-la novamente, ter o
poder sobre ela, fazê-la gritar com êxtase. Raramente eu tinha feito isso
em uma mulher, levava muito tempo, mas com Kat já tinha lhe provado
por duas vezes e assistia seu corpo contorcer-se debaixo da minha
língua.

As mãos dela desceram nos meus ombros, dedos afundando na


minha pele.

Eu endureci.
— Tira as mãos.

As pálpebras dela voaram abertas.

— O que está errado?

Suas mãos acariciaram a minha pele e as vozes mudaram-se em


como um nevoeiro preto e grosso pronto para me cobrir e destruir. —
Não. Toque. - Puxando para trás, pronto para ir embora quando ela
lentamente mudou as mãos agarrando a cabeceira da cama novamente.

— Ream?

Cristo, eu amei como ela disse meu nome. Era como se o tom baixo
dela vibrasse de seu peito. Eu suspirei sentindo a tensão sair do meu
corpo. — Sim, querida?

— Ream... Possua-me.

Era o que eu poderia fazer.

— Eu planejava fazer isso.

Acariciei com meu dedo o seu monte raspado, desejando senti-la


novamente, mas sabendo que não era a hora. Em vez disso, eu coloquei
meu pau na umidade entre as coxas dela.

— Cristo, você esta molhada.

Ela sorriu e a língua dela deslizou mais uma vez seu lábio
superior.

— Hmm. Tudo para você. Agora se coloca dentro de mim.

Levantei-a pelos quadris, deslizando as mãos por debaixo de sua


bunda e depois a penetrei até o fundo, duro e rápido.

Eu empurrei o rolo de pintura que descia da parede, o som ritmado


arranhando para frente e para trás. Eu odiava pintar, pior foi pintar
numa casa da fazenda sem qualquer ar condicionado no meio do verão.
Dei uma olhadela sobre Kat, que estava em pé na escada, pintando os
acabamentos ao redor da janela, bem, ela deveria estar pintando ele.
Em vez disso a encontrei olhando para mim, congelada no lugar, as
cerdas da escova esmagadas contra o vidro da janela, deixando uma
grande mancha amarela.

Foi fofo. Merda, Kat era bonita. Não na aparência, não, ela seria
classificada como magnífica, não bonita. Mas a personalidade dela era
bonita. Ela tinha esta honestidade sobre ela, sem se preocupar se ela
andava com maquiagem ou estava coberta de sujeira. Embora, a noite
que a conheci no Avalanche ela estava vestida a rigor, sensual como
inferno com seu glamoroso vestido curto, olhos esfumaçados sexys e
lábios cheios vermelhos.

Quando ela se mudou para a fazenda, eu fui para verificar ela por
que... Bem, sua melhor amiga estava sumida e a vida dela tinha sido
desenraizada pelo vocalista da minha banda. Eu devia isso a Logan,
ajudar, mas tornou-se muito mais do que isso. Acabei por ficar para
ajudar, não por causa de Logan, mas por Kat.

Ela estava tão determinada e serena sobre o que estava


acontecendo. Porra, a garota até escorregou sob o trator para fazer uma
troca de óleo. Ela não fazia ideia do que estava fazendo, e acabou me
arrastando para baixo da máquina imunda e mostrando a ela. Eu não
sabia nada sobre tratores, mas eu sabia sobre carros e mesmo que
fosse fofo ver Kat coberta de manchas de graxa, não gostava de pensar
nela se machucando. Foi uma sensação estranha desde que nunca me
importei com uma garota na minha vida.

Eu joguei meu rolo na bandeja, caminhei até ela, puxando minha


camiseta pendurada em meu bolso de traz usando-a para limpar a
mancha de tinta de fora da janela. Ela ainda me olhava, mas não foi no
meu peito nu, foi diretamente no meu rosto, como se ela tivesse vendo
algo de que nunca tinha visto antes. Eu não sabia o que era sobre
aquele momento, mas mudou merda.

Eu a ajudei descer da escada com um braço ao redor de suas


coxas, arrancando seu pincel com tinta da mão dela, deixando cair no
plástico cobrindo o chão.

— Vamos comer. Eu vou cozinhar. - Eu peguei a mão dela e guiei-a


em direção a cozinha. Sentei-a em uma banqueta do bar e depois
comecei a tirar as coisas fora da geladeira e armários.

— Eu vou ajudar. - Ela já estava se levantando quando eu olhei


para ela, enquanto tirava o frango da embalagem. Eu estava ficando
protetor com Kat, mas ela não era uma garota que ficava esperando por
um cara para fazer tudo por ela ou protegê-la. A coisa era que eu era
loucamente protetor com quem eu me importava.

Perdê-la tinha me feito isso. Eu não arriscaria novamente para isso


acontecer, então mantive garotas a distancia — até Kat.

— Sente-se. - Eu ordenei. E tive um problema com a minha


maneira, provavelmente por que me faltou isso quando era criança e
agora eu tentava compensar. Não provavelmente, era isso.

Kat e eu tínhamos uma facilidade entre nós, éramos bons juntos,


nós combinamos. Eu queria passar mais tempo com ela, para vê-la
sorrir, ouvi-la rir... Foda-se o que eu estava pensando? Eu nunca tinha
uma relação. Eu nem consegui fazer sexo com a mesma mulher duas
vezes. E quando eu fazia sexo, o tempo todo, eu só queria que
terminasse. Os sentimentos poderiam ser diferentes com a Kat? Não.
Havia muita merda com meu passado.

Kat pegou a tábua de corte, ao lado do micro-ondas e colocou no


balcão ao lado de onde eu estava lavando o frango, e então lavou as
mãos, pegou os vegetais e começou a cortar. Deveria ter adivinhado que
ela me ignoraria, e talvez fosse disso do que eu precisava. Uma garota
que poderia sobrepor contras minhas besteiras.

Ela suavemente começou a cantarolar uma canção de Maroon 5 e


algo cresceu em mim. E não foi entre as minhas pernas. Foi onde, eu
nunca esperei, no meu peito... E merda, foi fodidamente bom.

Estrondo.

Eu sobressaltei acordando com som de uma porta se fechando.


Virei esperando encontrar o calor do corpo de seda o qual tinha fodido
nas últimas 48 horas e não encontrei nada. Sentei-me e depois
esfreguei minha mão sobre minha cabeça, pensando que poderia
arrastá-la para o chuveiro onde poderia tê-la novamente, antes do café
da manhã. Ela certamente não faria nenhuma objeção ao meu gosto,
então não haveria nenhum dano em mantê-la um pouco mais. Merda,
às vezes só acontecia isso quando eu a deixava ficar abaixo de mim.

Em vez disso, eu a vi puxando seu jeans.

— O que porra? Aonde vai?

— Tenho planos. - Ela puxou a camisa sobre a cabeça dela, então,


pegou sua bolsa.

— Planos? - Eu repeti, franzindo a testa. — Você ia me acordar?


— Não. Você pode ficar aqui. Eu estarei de volta em algumas
horas. Eu tenho um compromisso.

Este era o condomínio do seu irmão Matt e não tinha a intenção de


ficar aqui enquanto Kat não estava. Matt permanecia no bar dele,
Avalanche, na maioria das vezes, mas isso não significa que ele não
aparecia. Encontrando-me pelado na cama da sua irmã. Jesus era tudo
que eu precisava.

Eu joguei minhas pernas para o lado da cama e espreitei em sua


direção. Ela ficou firme enquanto eu envolvia meu braço em volta da
cintura dela, pegando ela, e jogando por cima do meu ombro e bati na
bunda dela.

— Ream! - Ela gritou. A bolsa caiu no chão quando ela agarrou


minha cintura na procura de equilíbrio.

— Cancele. - Tinha que ter ela mais uma vez. Então poderíamos
pegar caminhos separados.

— Ream, eu não posso. É importante. - A voz dela subiu uma


oitava na última palavra quando a joguei sob a cama.

Meu pau endureceu com a visão dela deitada, seu cabelo loiro
bagunçado, lábios brilhantes com gloss rosa.

Ela se esforçava para fugir pelo lado da cama, mas eu a peguei


antes que tivesse uma chance de escapar.

— Não terminei com você. - Eu falei, mas de repente eu não tinha


certeza se alguma vez aconteceria isso. Jesus, que merda é essa? Tê-la
conhecido por duas semanas, e ainda estava cogitando começar algum
tipo de relacionamento? Uma relação qual eu nunca tinha tido antes.
Nunca procurei ou pretendi. Eu não queria uma garota, mas Kat... Era
forte. Ela poderia lidar com minhas merdas. E isso era uma merda
muito ruim.

Seria possível? Ou seria esse sentimento doente, enojado apanhar-


me com ela também?

— Ream, estou falando sério. Eu não posso perder esse


compromisso.

Se eu a deixasse escapar, eu perderia o sabor do que era como


sentir durante o sexo? A frieza emocional bateria de volta para mim
como se eu estivesse morto? Porra, eu não podia. Eu não queria isso
novamente, e eu faria qualquer coisa para manter esse sentimento vivo.
Eu abaixei meu corpo nu, em cima dela, sentindo o material grosso
de seus jeans no meu pau. Eu tinha que me livrar das roupas dela, o
mais rápido possível.

— Remarque.

Ela empurrou no meu peito quando eu desabotoei sua calça jeans.

— Eu não posso. Ream é sério. - Ela me deu um soco no ombro, e


desta vez olhei para cima, minhas mãos pausando sob seu zíper.

Eu estendi a mão para a mesinha de cabeceira e peguei meu


telefone.

— Eu vou conseguir outro horário amanhã. Qual é o número? - Eu


achei que era um compromisso com cabeleireiro ou coisa do tipo. As
meninas eram engraçadas sobre merdas assim.

Ela revirou os olhos.

— Vou estar de volta em umas duas horas.

— Não. - Eu fiquei entre as suas pernas e sorri quando a ouvi


gemer. Mas para minha decepção, não durou, e ela saiu debaixo de
mim e ficou em pé.

Deitei-me de volta para a cama, fechando os meus olhos.

— Você e eu, não acabamos Kat. - Merda, não. Eu não queria essa
sensação dormente de foder uma garota e não dar a mínima para que
se foda.

— Hum... sim. - Ela fez uma pausa e ouvi-a andar ao redor. — A


gente se encontra mais tarde. - A voz dela era muito aguda, e sentei-me
para encontrá-la em suas mãos e joelhos, lutando para colocar as
coisas em sua bolsa que deveriam ter caído quando a joguei por cima do
meu ombro.

Passei minhas pernas para o lado da cama para ajudá-la quando


eu vi.

Olhei, uma descrença esmagamento me bloqueando.

Ela congelou.

Então ao mesmo tempo, nós dois mergulhamos, mas estava mais


perto de mim e eu o peguei primeiro.
— Que merda? - Meu coração batia com decepção e fúria. Foda-se.
Eu sabia que ela era boa demais para ser verdade. Jesus. Meus dedos
apertaram a seringa quando eu olhei para ela. Jesus. Foda-se. Por quê?
Por que essa merda tinha que ser jogado de volta para mim em todas as
facetas da minha vida?

— Ream, não é o que você pensa. - Ela estendeu a mão dela. —


Devolve.

— Isso é o que todos dizem, não é? - Eu descobri o passado dela.


Foda-se. Que desperdício maldito.

O sentimento doente no meu estômago girou e jogou como uma


maldita máquina de lavar. Só de olhar para a agulha deu-me vontade
de vomitar. Foi como uma tapa na minha cara com a ponta de uma
toalha molhada.

Eu senti a mão delicada dela enroscar-se em torno de meu bíceps e


eu arrancado fora quando abri a porta do banheiro.

Ela levantou a voz dela.

— Ream, não.

Entrei em pânico. Imaginando. Um viciado maldito que odeia o


esconderijo dela sendo desperdiçado. Eu não quero nem preciso dessa
besteira. Sem chance no inferno de eu ir por este caminho outra vez.

Tirei a tampa da seringa.

— Droga, Ream. Não te atrevas! - Ela tentou agarrar a seringa que


estava em minhas mãos, derrubando e a fazendo deslizar no piso.

Nós dois corremos em direção à seringa ao mesmo tempo, quando


Kat caiu sobre mim. Seu peso era leve e nenhum incomodo para mim.
Sai facilmente e ela caiu de costas de bunda para o chão.

Peguei a seringa, bem fiquei em pé, virei e olhei para ela,


balançando a cabeça.

— Patético. Jesus. - Eu removi a tampa, em seguida pressionei o


êmbolo liberando o liquido no vaso sanitário e dei descarga. Após isso,
retirei o tampão e joguei a seringa vazia na lixeira. Deus, eu não
consegui nem olhar para ela, isso me enojou. Ela me enoja. — Não
porra, tem parafusos frouxos? Eu não sou disso. - Foda-se. Como não
percebi isso? Eu sabia dos sinais, mas de alguma forma eu não tinha
percebido nela.
— Seu filho da puta!

Fiquei surpreso pelo fogo que vi em seus olhos. Por que diabos era
ela estava puta comigo? Ela estava com o problema. Puta louca, só
pode.

Ela se esforçava para se segurar, em seguida, veio para cima de


mim, batendo no meu peito várias vezes, e acabei cambaleando indo de
encontro com a parede. Tudo o que poderia fazer era receber seu
ataque, por que com toda a certeza eu não seria capaz em bater em
uma mulher, ate aquela que estava surtando jogando mais merda em
cima de mim.

Sem dúvida, seu compromisso era encontrar o seu fornecedor.

— Deus, você é um idiota. - Ela empurrou-me com tanta força com


as duas mãos que bati na parede do banheiro. — Obrigada por me
foder, imbecil. Agora de o inferno fora daqui.

Eu não hesitei. Caminhei de volta para o quarto, puxando a minha


calça, peguei minha camisa e fui em direção à porta da frente.

Então parei. Corri meu dedo sobre a tinta no meu braço direito, a
borboleta. É por isso que eu tinha que sair. Drogas. Foda-se. A dor em
meu peito estava agonizante, como um aperto ao redor do meu coração,
que ia explodir a qualquer momento. Eu precisava de ar, e rápido. Eu
estava me afogando nas memórias de Haven, e se eu não saísse daqui
iria vomitar.

— Diga a qualquer um e eu vou castrá-lo.

Voltei para ela e eu testemunhei o lampejo de pânico em seus


olhos. Kat era destemida, pelo menos era o que eu pensava. Agarrei-a
pelos braços antes que ela tivesse a chance de escapar.

— Por quê? - Eu gritei. Eu tinha que saber. — Jesus, por quê? -


Por que ela tinha que estragar isso?

Eu não iria deixa-la ir até que me dissesse a verdade. Precisava


ouvir dos seus lábios. Eu acho que ela tinha percebido isso, por que ela
começou a falar.

Eu de repente a soltei. Ela continuou a falar, mas a minha mente


ficou em branco, confusa e não consegui ouvir nada.

Não. Foda-se.
Meu controle estava escorregando de mim, e eu tive que sair rápido
daquele local. Não conseguia respirar. Eu estava me sufocando. Não
tinha controle e isso acabaria me matando. Eu não consegui parar as
emoções dentro de mim. Eu sabia que ia dar merda, mas naquele
momento eu soube que Kat não tinha sido somente uma foda de
quarenta e oito horas.

Agora... Agora tudo foi quebrado. Suas palavras esmagou a


migalha de esperança que eu tinha posto como a ancora para me
colocar em liberdade.

Sem falar nada, porque a coisa era tão fodida para dizer qualquer
coisa, e saí.
Meus quadris balançavam ao ritmo da música, minhas mãos
acima da minha cabeça, e um par de mãos seguravam firmes a minha
cintura. Fazia dois dias desde que eu tinha visto Ream pela última vez,
e eu ainda me sentia enjoada. Pensei que indo ao Avalanche e dançar
me ajudaria a esquecê-lo... Em vez disso, me ajudou a lembrá-lo mais
ainda, então eu me mediquei com várias doses de vodca.

Eu odiava a cada segundo as mãos do cara em mim, mas era a


minha punição, autopreservação para me convencer de que Ream era
somente mais um cara. Não era grande coisa.

Cada gole que eu dava, era como se estivesse com uma maçã
entalada na minha garganta. Cada respiração que eu dava me arrastava
mais ainda, até que a vodca tornou-se minha fonte de dor.

Eu nunca tinha dito a ninguém sobre as drogas. Nem mesmo


Emily sabia. Só Matt. E Ream apenas provou o que eu já esperava
acontecer se alguém descobrisse... O que aconteceria.

A voz masculina sussurrou em meu ouvido, cortando meus


pensamentos.

— Venha para a minha casa hoje essa noite, doçura.

Eu tremia e não bons arrepios. Sentido ele se esfregar contra mim


supondo que me faria desejar ele; em vez disso, ele me fez sentir
repulsão. Jesus, até minha paquera de costume me deu um chute no
estômago pela rejeição de Ream.

Eu normalmente adorava as atenções em mim. Não que dizer que


eu me oferecia para ele. Os homens eram como um show, uma maneira
de me fazer sentir desejada. E era mais fácil para mim, loira, alta,
pernas longas. Eu gostava de flertar. Eu estava confiante com minha
aparência, mas por dentro... Por dentro eu estava me desintegrando.

Mas, eu tentei viver a cada dia sem arrependimentos. Até agora.

Agora me arrependi.

Por Ream me arrependi. Por que antes não existia um cara que me
importava o suficiente para me machucar como ele fez. Era para ser
uma transa rápida, mas algo mais foi construído entre pelo tempo que
ficamos juntos na fazenda. Não tinha sido sexo e eu acho que é por esse
motivo que doía ainda mais. Nós nos tornamos amigos e agora ele se foi.

Durante duas semanas eram apenas nós mesmos, sofrendo e


preocupados com os nossos amigos, nos apoiando um ao outro. Não
houve nenhum jogo sexual, éramos naturais e a vontade um com o
outro. Foi só quando Emily voltou que mudou. Tínhamos planejado
uma pernoite, nenhum de nós querendo mais do que isso, mas algo
aconteceu entre nós. Pensei que Ream tinha sentido isso também. Eu
estava errada. O que era pior era que sentia falta de só passar tempo
com Ream todos dos dias. Isso doeu mais do que sexo.

— Kat. - Sua voz. Jesus, eu ainda o escutava em minha cabeça.


Que diabos havia de errado comigo? Por que doía tanto? O sexo foi bom,
quer dizer ele era áspero e percebi que ele gostava de ter o controle, e eu
estava bem com isso. Na verdade, percebi que era quente deixá-lo tomar
o controle. Eu tinha isso em todas as outras partes da minha vida,
então deixá-lo assumir o comando foi refrescante. Mas não tinha sido
somente o alucinante sexo. Senti sua distância, a necessidade de tê-lo
forte e rápido, e então alguma coisa não queria que terminássemos o
trabalho... Sim, havia algo...

— Kat.

Oh Deus. Sua voz era real. Eu parei e olhei por cima do ombro do
homem que estava dançando comigo, para olhar para o motivo de eu ter
um pouco mais de comprimidos na cabeceira da minha cama do que eu
normalmente teria.

— Nós precisamos conversar.

Ream ficou no meio da pista de dança, com o rosto franzindo,


lábios contraídos, e ele não estava olhando para mim, ele estava
olhando para o cara atrás de mim. Merda, ele estava realmente
chateado. A pergunta era se era para mim ou para o cara que estava
dirigindo aquele olhar sombrio.

— Você teve sua chance, idiota. E uma segunda chance não existe
no meu mundo. - Eu agarrei a mão do meu parceiro de dança e puxei
para o meio da multidão em direção ao bar.

Meu coração batia muito rápido, foi doloroso.

— Dê o fora, - Ream disse para o cara, chegando ao nosso lado.


Não houve engano de que não era um pedido.
— Jesus. Você é um idiota. - Eu olhei para o meu parceiro de
dança. — Dá-nos um segundo? - Ele deu de ombros e saiu em direção
ao banheiro. Sentei-me no banco do bar e acenei para Brett. Ele olhou
para mim, em seguida, para Ream, que estava atrás de mim. Houve um
segundo de hesitação antes de Brett pegar uma Stella então jogou a
tampa e deslizou em direção a mim. Brett olhou para Ream, que deu
uma sacudida sutil de cabeça, e em seguida se afastou e Ream se
aproximou mais perto, ficando em pé, entre eu e o bar.

Ele não se inclinou contra o bar, não parecia desconfortável ou


mesmo mostrava traço de remorso. Em vez disso, ele estava sério e frio
ao mesmo tempo olhava diretamente para mim.

Eu levantei minhas sobrancelhas.

— Bem, o que você quer?

— Você me bateu com uma merda séria. E demorou duas semanas


para fazê-lo.

Peguei minha cerveja e bebi um longo gole, e depois bati para baixo
no bar. A espuma vazou pela boca e transbordou.

Ream continuou:

— Eu não costumo me enganar sobre as pessoas.

— Ei, Brett, vodka? - Gritei quando ele estava servindo outro


cliente na outra metade do bar. — Você vê? Estou ocupada.

— Quem é o cara?

Dei de ombros.

— Não sei o nome dele. Eu nem me importo. Seu pau parece


grande. Isso é tudo que eu preciso saber para hoje à noite. - Era para
machucá-lo, não que ele realmente se importava com essa merda, mas
de qualquer maneira me fez sentir melhor falando.

Silêncio. Eu não precisava olhar para Ream para saber que ele
estava furioso. O ar era tão espesso que eu lutava para manter o fôlego
para mim.

Brett colocou a vodca na minha frente.

— Você está bem, Kat?

Eu balancei a cabeça confirmando.


Os dedos de Ream enrolaram em volta do meu pulso quando fui
pegar o copo. Meus olhos encaram os dele.

— Tira as mãos, idiota.

Ele manteve sua mão trancada em mim, os olhos se aprofundando


em mim e eu mexi desconfortavelmente sob seu olhar. Era perturbador
e eu raramente me sentia assim, mas Ream... Havia algo dentro dele
que me assustou. Não com medo dele de me machucar fisicamente e
emocionalmente ele já tinha feito isso, mas era outra coisa. A escuridão
que estava escondida sob a superfície. Bem, eu não precisava de sua
merda na minha vida, eu tinha muito na minha.

— Já chega. Eu vou levar você para o condomínio. Vamos


conversar lá.

Talvez eu tivesse, mas não era da conta dele e eu com certeza como
inferno que não ia a lugar nenhum com ele.

— Não há nada para falar. - Não, ele não tornou nada claro, nada
mais do que isso. — Nós transamos. Isso é tudo o que era. Agora me
deixe ir.

— Ream. - O aviso de Brett cortou a tensão e Ream me deixou ir,


mas eu podia ver pela forma que seu maxilar se contraiu que ele estava
tentando conter-se.

Peguei o copo de vodca, tomei o líquido em um único gole, que


desceu escaldante em minha garganta.

— Nós tivemos duas semanas antes de nós transarmos.

Sim e que isso tinha ido também.

— Cai fora, Ream.

— Tudo bem, vamos conversar aqui então, - disse ele, em seguida


se inclinando sobre mim, com suas mãos se estabelecendo em ambos
os lados em minha volta me prendendo no bar. — Eu precisava de
tempo para assimilar isso, Kat.

— Não dou a mínima para o que você precisava. Foi um erro.


Agora, por que não vai encontrar uma de suas fãs para bajular você,
assim não perco minha porra para a noite. - Eu podia ver o cara que
estava dançando com emergentes do corredor onde estavam os
banheiros.
— Sem chance, Kat. Nem fodendo você vai para casa com aquele
pau.

— Oh, você prefere que eu vá para casa com alguma buceta?


Nunca fiz isso, mas eu estou pronta para qualquer coisa hoje à noite.

— Pare. Você não vai com ninguém além de mim.

— Inferno que não, - eu disse, balançando a cabeça. — Esse


rebocador seguiu seu caminho para a Amazônia e foi arrastado por uma
píton há dois dias.

Ele me agarrou pelos braços, e por um segundo eu estava um


pouco desconfiada dele.

— Você realmente vai foder esse cara, Kat?

Eu coloquei a mão no peito dele, e no segundo que eu fiz, eu me


arrependi. As borboletas levantaram-se e a dor doce entre minhas
pernas aumentou. Eu o empurrei de volta para eu poder me levantar, e
em seguida agarrei minha bebida para fora do bar.

— Sim, eu vou. Assim como eu transei com você. Agora fique bem
longe de mim, Ream.

Eu fui embora, tecendo meu caminho através da multidão,


sentindo a queimadura do olhar de Ream nas minhas costas. Houve um
segundo que eu hesitei perguntando se eu estava fazendo a coisa certa,
mas depois desapareceu. Peguei o cara que eu estava dançando pela
gola da camisa para próximo de mim. Inclinei a cabeça e o beijei.
A picada em minhas pernas e através do meu estômago realmente
me irritou. Eu sabia que as sensações familiares eram uma reação à
chegada iminente da banda após a uma turnê de oito meses fora.

A questão era que somente um membro da banda era a causa, e eu


não tinha visto o idiota depois que ele tinha trazido uma garota para a
minha festa de boas-vindas de volta do hospital oito meses antes, após
eu ter sido baleada por um psicopata sexual que tinha raptado Emily.
Acho que foi nesse momento que tinha percebido que Ream era o meu
veneno. A toxina em minhas veias consumindo toda a luta que eu tinha
travado em mim, quando se tratava de Ream Dedrick.

E naquela noite eu tinha sido derrotada por ele. Eu não tinha mais
nada. Eu acho que ele reconheceu quando ele olhou para mim do outro
lado da mesa. A raiva habitual persistente nas profundezas dos seus
olhos tinha sido substituída por... Preocupação. Eu não conseguia
entender o porquê, considerando que ele nunca tinha me visitado no
hospital. Não, o babaca sumiu no momento em que o médico tinha dito
que eu estava fora de perigo.

Mas, mesmo depois disso, minha respiração ainda fugia quando eu


o vi. Meu estomago parecia que tinha caído, eu tinha a sensação de que
estava pulando em um penhasco. Quando ele olhava para mim, tudo
me consumia, como se eu fosse sua marionete e ele poderia fazer o que
quisesse comigo. Mantive minhas emoções em rédea curta, mas com
Ream... Ele defendia partes de mim que eram livres. Eu imaginava o
que teria sido com a gente, se eu nunca tivesse dito aquelas palavras a
ele.

Mas eu tinha dito. Talvez fosse melhor descobrir que ele era um
idiota antes do que eu chegar a algo mais profundo com ele. Oh, mas
profundo para Ream poderia ter sido mais uma noite com ele, e em
seguida, ele teria terminado comigo de qualquer jeito.
Ele tentou falar comigo novamente na noite, quando cheguei do
hospital. Bem, era como se eu fosse uma criança e ignorei-o
completamente, fingia que ele não existia e Ream não levou isso muito
bem, ser ignorado, e me encurralou contra a geladeira quando todos os
outros estavam jogando baralho. Talvez eu não tivesse sido derrotada
completamente por ele, porque eu consegui me livrar um pouco e dei
uma tapa em seu rosto.

Ele tinha ficado completamente chocado... Aquele olhar... Foi


assombroso.

Durante oito meses eu vivi com aquele olhar em todos os meus


sonhos, como uma sombra escura. Aparecia quando eu menos
esperava. Mês após mês foi se passando, e eu fiquei pensando sobre
isso. Eu tinha visto aquele olhar em seus olhos antes? Será que eu
estava tão zangada com ele que não tinha percebido o que passava, até
o momento em que senti o impacto da minha mão em sua bochecha?
Era como se eu tivesse me atingindo. Eu rachei e vi o que eu estava
perdendo por todo esse tempo, o seu tormento escondido debaixo de
toda a sua raiva.

Ream saiu depois disso. A picada em minha mão ainda em


chamas. Ele não disse uma palavra se quer. Simplesmente saiu pela
porta da frente.

E agora, oito meses depois, ele estava preste a retornar.

Emily me mandou uma mensagem algumas semanas antes,


deixando-me saber que a banda estava retornando para ficar na
fazenda, incluindo Ream. Eu pensei que seria bom, e que isso não iria
me afetar, mas a verdade era que Ream sempre me afetava de alguma
forma.

Não importa que outros sabores de sorvete estivessem sobre a


mesa, se seu favorito estivesse entre eles, era quase impossível evitar a
degustação. Seu corpo controlando suas reações, e você não poderia
fazer nada sobre isso.

— Então, Bolo de Banana, você decidiu o que você vai fazer sobre
Ream? - Georgie deu uma mordida na maçã e o suco deslizou pelo
canto da boca. Sua língua saiu e lambeu os restos, então ela piscou
para mim. — Existe uma tensão seria entre vocês, e agora com Lance...
Eu voto sentar-se em seu rosto e o fazer lambe-la até que ele esteja
implorando por misericórdia e acabar com essa merda entre vocês.
Eu atirei um olhar de cadela desagradável. Ela sabia muito bem
que mencionar Ream lambendo qualquer parte de mim iria despertar o
desejo adormecido que eu tinha enterrado durante os últimos dois anos
e oito meses, desde que tínhamos dormido juntos. Bem, tentei enterrar.
Eu não tinha sido capaz de passar das preliminares com um único
indivíduo desde Ream. Patético. Graças a Deus que Ream não sabia
disso, e eu tinha certeza que ele pensava o contrário. Eu não iria ser
vista como um pintinho fraco, vulnerável que ele colocou seu pau.

Eu repliquei:

— Deck transportou sua bunda bêbada do Avalanche


ultimamente? - Deck, um cara assustador do comando JTF2, que tinha
arrastado Georgie para longe do seu ultimo incidente por causa da
bebida. Ele a protegeu como se ela fosse alguma estatueta de vidro.
Georgie podia ser tudo, menos vidro. Parecia mais como borracha, por
que ela sempre se recuperava de qualquer merda que ela arranjasse.

— Não. Saímos três dias atrás, graças a Deus. Eu estava ficando


cansada de comprar pilhas para o meu vibrador.

Eu engasguei com meu refrigerante, e uma parte espirrou da


minha boca.

— O quê? Eu não achava que você gostava dele? Quero dizer — em


tudo. Você está sempre reclamando sobre ele.

Georgie deu outra mordida na maçã e em seguida, jogou os restos


fora.

— Não precisa gostar de um cara para poder sair com ele. Você vê
o que está entre as pernas?

— Na verdade, não.

— Bem, veja a próxima vez. Além disso, é a época de seca. Ainda


não vi um cara fodidamente quente em meses. Bem, exceto, talvez,
Lance e ele está fora dos limites, garota estúpida cheia de regras e tudo
mais.

Como se Georgie alguma vez tentaria transar com um cara que eu


estivesse namorando. Merda, eu não tinha certeza que Georgie tinha
feito sexo com um cara antes. Quero dizer, ela falou como se já fizesse,
mas ela nunca teve um namorado, e sua boca falava de qualquer coisa
menos sobre sexo. Se ela estava dormindo com caras aleatórios, Emily e
eu com certeza não sabíamos de nada.
— Seu novo cara é comestível, fodível... Diferente dos anteriores.
Mas Deck é o meu homem. Estritamente uma fantasia, é claro.

— É claro. - Eu afirmei com a cabeça. Eu tinha bastantes fantasias


na minha própria mente capaz de escrever um livro, e que precisaria ser
queimado por conter somente um cara. — Então por que não dormir
com ele? - Eu via como Deck olhava para ela, havia alguma coisa além
de seu juramento com seu irmão para vigiá-la. Motim, apelido do seu
irmão no JFT2, tinha morrido anos antes, quando ele e Deck estavam
em uma missão no Afeganistão. Deck deixou JTF2, a unidade contra
terrorista do Canadá, e depois começou seu próprio negócio. Eu não
sabia o que isso implicava exceto a merda perigosa à paisana.

Georgie hesitou por um segundo, e eu peguei um breve lampejo de


incerteza. Em seguida, ele foi embora e ela estava toda altiva
novamente.

— Por causa de Deck não seria divertido. Ele é mantido por regras.
Aposto que ele tem regras até da forma de foder... Sim, não obrigada.
Missionária não é a minha praia. Eu vou ficar com a minha fantasia de
Deck.

Eu não tinha certeza sobre isso. Deck parecia ser intenso, calmo,
controlado e misterioso. Eu tinha certeza que o cara era da mesma
forma na cama, e que ele era quente. Ream era assim. Ele era tudo isso
e muito mais.

Foi um choque descobrir e talvez seja por isso que me arruinou


para todos os outros sabores, porque caramba, eu ainda sentia o seu
corpo em cima do meu, seu pau dentro de mim e a doçura implacável
de sua boca nos meus lábios. Imaginei-o de pé na cozinha fazendo o
jantar. Sentia suas mãos em volta de mim enquanto me arrastava para
fora da bancada e me lembrei do seu olhar em seus olhos, a carranca
no seu rosto, como se estivesse preocupado com a minha segurança.

Merda, eu tinha lido tanta coisa sobre ele, e eu sabia que era
melhor. Eu nunca deveria ter dormido com ele. Sendo um guitarrista de
uma banda de rock, isso seria um sinal de alerta fluorescente. Mas eu
pensei que poderia apenas fazer sexo e voltar a sermos amigos. E isso
poderia ter funcionado se aquilo tudo não tivesse explodido na minha
cara.

Eu não precisava de um amigo assim de qualquer forma. O


problema que eu estava constantemente cruzando o caminho de Ream e
foi absolutamente lamentável. Por que Ream tinha me machucado. Ele
fugiu de mim no momento em que não gostou do que ouviu, e em
seguida, teve a coragem de voltar dois dias depois para tentar consertar
as coisas... Eu não aceitei. Não tinha tempo na minha vida para
concertar nada, e segundas chances não existiam em meu dicionário.

Desde então nós estávamos constantemente tentando machucar


um ao outro, e até mesmo se tivéssemos um exército inteiro para
reconstruir a ponte entre nós, não havia fundação suficiente para
segurar.

— Eles estão aqui, - Georgie falou em seguida, segurando a minha


mão e me puxando em direção à porta da frente. — Vamos lá, aperte o
cinto. Faça com o que ele deseje provar o sabor desta buceta essa noite.
- Meus nervos estavam ficando sem controle e eu não conseguia
esconder o fato de que eu era instável, então parei na porta e me
inclinei contra o batente. Georgie zombou. — Frangote. - Ela inclinou
suas sobrancelhas em um gesto feliz. — Estou pensando se Crisis
poderia acabar com o meu período de seca. Um pau inteligente metido
entre as minhas pernas.

Eu sabia que Crisis não seria estúpido o suficiente para foder


Georgie, que acabaria com o Deck cuspindo na cara dele. Não iria
acontecer ao menos que você quisesse ser batido no chão e passar a
viver ao lado das lesmas.

O pavor me assombrou quando escutei o som do cascalho sendo


esmagado sob o peso da BMW que crescia mais alto. Senti-me como um
desses pequenos cristais enfiados nos trilhos dos pneus que ia rodando
e rodando piorando a ansiedade, esmagando e batendo no chão a cada
respiração que eu dava enquanto eu esperava o carro parar.

Emily havia me informado que a banda ficaria aqui por até um


ano, enquanto eles gravavam um álbum. Isso significava que Ream
estaria aqui. Isso significava também que eu teria que lidar com a
merda entre nós. Isso se Ream fosse racional por cinco segundos. Eu
preferia bater meus pés, correr para o meu quarto e trancar a porta.
Essa opção foi negada assim que eu completei vinte anos, poucos anos
antes. Havia limites para a imaturidade assim que atingisse a casa dos
vinte.

Eu esfreguei uma contusão no meu braço onde eu tinha aplicado a


droga uma hora antes. Eu odiava que tinha que fazer isso. A questão
seria se Ream abriu a sua boca grande e disse a mais alguém sobre o
meu problema. Ele ainda não tinha feito isso e as chances eram que ele
permanecesse quieto. Mas ele ficaria comigo cara a cara, vivendo na
mesma casa, não sei se eu poderei suportar.
Não, esta era a minha casa e Ream não estava me perseguindo.
Cristo, meu salário era fruto dos quadros de pintura dos cavalos, e eu
precisava desse trabalho para eventualmente sair e poder comprar
minha própria casa. As séries Havoc de seis pinturas que eu fiz me fez
obter uma tonelada de atenção na galeria do Lance. O cavalo cinza era
majestoso com sua crina longa e músculos torneados, fazendo minhas
pinturas um sucesso instantâneo. Lance tinha até organizado o meu
primeiro show solo, planejado em poucas semanas.

Eu rejeitei sair com ele por meses, mas não tinha sido fácil. O cara
era persistente e ainda por cima irritante. Eu finalmente aceitei e parte
de mim, a que eu mantinha adormecida, estava fazendo isso para
quando Ream retornasse Lance me impedisse de saltar por um caminho
que eu prometi nunca mais voltar.

Mas Georgie escapou, foi direto descer os degraus da varanda indo


para o outro lado da calçada, seus fios de cabelos com pontas rosa e
onduladas iam para todas as direções. Ela me lembrava de flamingo
dardejando em todo o quintal, mas não tão graciosa.

Meu corpo estava tão acelerado com os nervos, o desejo, a raiva e a


incerteza que eu me sentia como se estivesse em uma lupa gigante sob
o sol fervente. Eu estava vendo Ream novamente, e meu corpo sabia
disso. Foda, com quem eu estava brincando? Não fiquei em frangalhos,
estava completamente em pânico.

Eu tentei olhar inclinando-me de forma casual e imperturbável no


batente da porta com uma mão no meu quadril, mas dentro do meu
coração estava tentando abrandar, pois bobeava rapidamente a corrida
de sangue aquecido por minhas veias, sangue que foi atado pelo veneno
de Ream e ele estava com fome para mais.

Emily abriu a porta do carro antes mesmo de chegar a parar, e eu


sorri quando ouvi Logan gritar com ela para esperar. Ela o ignorou e
pulou para fora, jogando os braços em volta de Georgie. Sorri quando
ouvi sua conversa animada.

Deus, ela parecia feliz. Eu nunca tinha visto os olhos de Emily tão
brilhantes e cheio de vida em bem, desde sempre, e nós tínhamos sido
apegadas uma na outra desde que eu tinha dez anos de idade. Nós nos
aproximamos no momento em que ela perdeu o pai para o câncer e eu e
meu irmão Matt perdemos os nossos pais em um acidente por meu pai
ser estúpido o suficiente para dirigir bêbado.

Logan saiu do banco do motorista, sempre com o olhar atento em


Emilly. Não havia dúvida de que ele era o seu escudo contra todo o mal
do mundo. Eu ainda não conhecia os detalhes do que aconteceu no
México depois que Emilly foi sequestrada, mas sabia o suficiente que
Logan fez e faria qualquer coisa por ela.

Quando a porta do lado do motorista se abriu e uma perna longa,


magra surgiu, meu coração disparou e os meus dedos cravaram em
meu quadril. Tudo ficou em câmera lenta enquanto eu observava o seu
corpo se desdobrando para fora do carro e se endireitando. Olhei,
incapaz de me ajudar. Qualquer garota olharia. Quase seria rude não
reparar, não porque Ream tinha cabelo rosa ou gritava e era
desagradável. Não, porque ele era o oposto. Sutil e perigosamente
tranquilo. Se ele falar com você, é melhor que ele goste de você por que
se não, você cairia a seus pés implorando misericórdia.

Claro, eu nunca faria isso.

Ream permaneceu imóvel ao lado do carro, duro e impenetrável.


Ele era um maldito sexy quente, e as palavras de Georgie acerca de
lamber me perseguiram e atingiram os meus pulmões roubando meu
folego.

Levou dois segundos antes de nossos olhos se encontrassem. Não


havia nada, mas a posse em si. Como se ele estivesse tirando tudo em
mim e me fazendo sua com aquele único olhar. Foi uma declaração total
emocionante de alma, e eu não estava preparada para isso, porque se
foi à raiva e o tormento que eu tinha visto pela ultima vez em seus
olhos. Foi substituída com uma total confiança.

O que tornou pior foi à indiferença deixada abaixo da superfície,


como se ele não desse a mínima se eu me afastava ou não, por que ele
não pararia. Eu me contorci sob o seu olhar, a minha postura vacilou
quando minha mão escorregou do meu quadril.

Ele fechou a porta do carro e o som repentino me deu um susto.


Ele viu isso.

— Merda, - eu murmurei sob a minha respiração.

Eu fiquei de pé, e chutei mentalmente a minha bunda. Arrastei o


meu olhar do dele e sorri largamente, a forma mais ampla do que era
minha característica e em seguida corri para baixo me aproximando de
Emilly.

Eu empurrei o braço de Logan longe da sua evidente e


irritantemente doce proteção da cintura de Emilly. Ele fez uma careta.
Eu sorri e pisquei para ele e em seguida, joguei meus braços em volta
da minha melhor amiga.

Ele balançou a cabeça e o ouvi a risada suave.

— Kat. Prazer em vê-la.

— Sculpt - Eu sabia que ele estava revirando os olhos sem ter que
olhar para ele. Seus fãs o chamavam assim. Bem, era tudo o que
sabíamos antes de descobrimos seu verdadeiro nome. Eu continuei a
chamá-lo de Sculpt porque sabia que o irritava agora que éramos
amigos. Ele tinha mudado muito desde que tinha conseguido ter Emily
de volta, e a única coisa que ele insistia era que se seus amigos o
chamassem de Logan. Ele mantinha Sculpt para o palco. Mas quando
eu era corajosa ou estúpida o suficiente, o que for, gostava de provocá-
lo apenas para obter uma reação. Ainda que Logan ficasse carrancudo,
receber o seu sorriso ou risada era muito mágico.

— Deus, Emily, senti sua falta. Havoc também. Esse cavalo ficou
ansiando por você como um cachorrinho de grandes dimensões. Juro
que seus cascos são gastos por arrastar os pés durante os últimos oito
meses.

Emily riu.

— Senti sua falta também. Estou feliz por estar de volta. Logan me
prometeu não viajar por um ano. - Ela baixou a voz sussurrando em
meu ouvido: — E se ele renegar, você deve ouvir o que eu teria que fazer
com ele.

Eu só podia imaginar. Emily disse que Logan era bizarro, e eu


suspeito que escravidão esteja em sua lista, pois bem, um cara como o
Logan gostaria de controle completo.

Eu respirei fundo, e o cheiro almiscarado de Ream infiltrou em


mim. Meu corpo reconheceu e reagiu imediatamente. A pontada entre
as minhas pernas colocou minha calcinha a teste, e os alfinetes e as
agulhas estavam agora em uma guerra total.

Merda.
Eu estava com medo de olhar para cima, por que eu sabia que no
segundo que eu fizesse, eu ficaria cara-a-cara com Ream e eu não sabia
se eu estava preparada para isso. Eu esperava que ele passasse por
mim e fosse para a casa.

Mas ele não o fez.

Em vez disso, quando puxei Emily de volta, não havia nada para
bloquear meu ponto de vista dele. Sua mão repousava sobre o teto do
carro, dirigindo seus olhos para mim, e ele não estava sorrindo ou
parecendo que estava feliz por estar de volta. Ou feliz em me ver. Ou
realmente feliz por qualquer coisa. Ele estava apenas olhando por um
período infeliz. Mas tentar ler alguma coisa em Ream seria como colocar
um quebra-cabeça sem todas as peças, impossível. Talvez um momento
cheguei a pensar que eu o conhecia, mas agora...

Emily estava falando sobre a turnê e como foi uma loucura, e sobre
os fãs... Eu realmente não ouvi muito por que Ream havia se movido, e
tinha sido em direção a mim. E eu virei uma bagunça. Argh... Eu odiava
bagunça. Acima de tudo odiava sentimentalismos por caras.

Engoli em seco, então eu silenciosamente pedi para ele


desaparecer, por que ele parecia quente em seus desgastados jeans e
chapéu Asterisk que gritava sensualidade e totalmente contrariava com
as tatuagens que cobriam o comprimento de seus braços.

Ele parou a uma polegada de distancia de mim e juro que foi de


propósito.

— Kat.

O som rouco da sua voz dizendo meu nome me enviou um arrepio


de antecipação pelo meu corpo. Jesus era como sua voz apenas
esquentou passando em minha pele, e depois me fodeu. Eu pensei
brevemente em foder com ele novamente e tira-lo do meu sistema.

Claro que isso estava fora de questão. Eu estava namorando


Lance, e apesar de estarmos juntos há apenas um mês e não tínhamos
feito nada mais do que beijos, e eu nunca faria isso. Lance foi o meu
escudeiro contra a minha própria fraqueza quando se tratava de Ream.
Além disso, ele era bom.

— Hey. - Mesmo uma simples palavra de três letras saiu vacilante.


Qual era o meu problema? Ream retirava toda a minha confiança.

De repente me atingiu por que ele parecia diferente desta vez... Não
havia raiva nele. A barragem constante que argumentávamos de que
nós tínhamos feito era por que nós dois estávamos segurando alguns
problemas sérios, e que gerou a mudança. Eu não tinha nada para
lutar ou usar como argumento agora.

Eu tinha me reconstruído de volta ao longo dos últimos oito meses,


depois que me senti completamente derrotada. Eu esperava encontrar
Ream chateado quando retornasse, e não excessivamente confiante
seguro de si e onisciente. Ok, ele era essas coisas o tempo todo, mas
agora parecia que ele dirigia essas coisas diretamente para mim e eu
não tinha armas para lutar.

Ream olhou para Logan e eu vi uma troca estranha de olhar, mas


eu não sabia o que significava. Ream jogou sua bolsa por cima do
ombro, em seguida, mudou de direção e caminhou para a casa.

Emily pegou minha mão e apertou.

— Você vai ficar bem com isso?

Dei de ombros.

— Nada demais. - Eu com certeza não queria Ream ou qualquer


outra pessoa pensando que eu não poderia lidar com viver na mesma
casa que ele. Podemos ter dormido juntos e tínhamos uma história, mas
poderíamos ser civilizados... Bem, eu poderia ser. Ream eu não teria
tanta certeza.

Logan colocou a mão na parte de trás do pescoço de Emily.

— Mentir não vai ajudar ninguém, Kat. Enterre a merda entre os


dois, ou eu vou fazer isso por você. Ele sabe sobre o cara que você está
namorando?

Olhei para Emily. Ela mordeu o lábio e olhou culpado como o


inferno. Ela disse a ele.

— Não.

— Foda-se. - Logan passou a mão pelo rosto. — Então você precisa


fazer para enterrá-lo rápido. Como, hoje.

Não houve discussão com Logan. Ele colocou a regra, e os olhos de


Emily se moveram para o céu, eu imaginei que tinham discutido sobre o
que ele considera o que significava "enterrar". O que eu não consegui
entender foi porque Ream daria a mínima se eu estava com Lance ou
não. Ele me odiava, estava revoltado com a visão de que tinha de mim.
Logan já estava se movendo em direção à casa, Emily escondida
em seu lado.

— E se eu não?

Ele continuou andando e Emily olhou por cima do ombro e


murmurou:

— Não vá lá.

Eu gritei:

— Logan! O que você quer dizer com enterrar?

— Ele quer dizer que ele vai bloquear os dois num armário até que
se acertem ou mate um ao outro, docinho. - Os cantos de meus lábios
enrolaram quando eu ouvi a voz familiar. — Ele já está chateado pelo
cenário Ream, ele acha que irá dar merda na casa, e ele odeia qualquer
coisa que possa perturbar a ratinha. Agora, onde está esse doce traseiro
que eu perdi por oito meses?

Crisis caminhou em minha direção com seu sorriso de menino e


seus cachos loiros saltidando. Ele me pegou em um abraço de urso, me
virou, então me jogou por cima do ombro, e bateu na bunda.

— Olha fodidamente quente. Droga que eu perdi esta bunda.

— E a minha bunda? - Georgie gritou do outro lado do carro onde


ela estava conversando com Kite, o baterista.

Crisis perguntou:

— Deck está por aí? - Eu balancei a cabeça e Crisis sorriu e virou-


se para Georgie. — Merda, sim, querida. Faltou o seu também. - Georgie
mexeu sua bunda, e Crisis gemeu então me bateu forte e me colocou no
chão, e me beijou direito nos lábios. Sem língua, apenas simples e
rápido.

— Sentiu minha falta? - Ele perguntou.

Eu assenti. Crisis e eu podemos não estar interessados um no


outro sexualmente, mas tivemos uma estranha conexão. Era como se
ele pudesse ser ele mesmo comigo e não se preocupar se eu chutaria o
traseiro dele por ser um porco machista arrogante. Crisis poderia ser
um espertinho arrogante, mas eu o entendia.

Georgie conversou com entusiasmo com Kite, que estava tirando as


malas na parte de trás do carro de Crisis.
— Oi, Kite.

— Kat. - Ele chamou e piscou. Kite era como o resto dos caras,
mais de dois metros, sexy, quente, e ainda a sua personalidade era
completamente diferente. O baterista tatuado, com piercing era um
amor, um cavalheiro e raramente parecia chateado ou bravo com
alguém. Ele é meio que o equilíbrio da banda com sua doçura. — Eu
iria lavar sua boca com água sanitária depois de deixar aquele idiota
beijá-la.

Eu ri e Crisis aproveitou a oportunidade para tentar me beijar de


novo, mas eu empurrei-o de volta. Ele riu, em seguida, me agarrou pela
cintura, e andamos em direção da casa.
— O Reamster tem sido o maior idiota. Eu juro que ele teve um
tesão por você desde que saímos. Você sabe o que é como ter um tesão
por tanto tempo? - Crise continuou sem me deixar responder. — Eu
juro que se ele não transar logo, eu pagarei uma garota para amarrá-lo
e fode-lo. - Ele me puxou para mais perto. — Você sabia disso?

Revirei os olhos, rindo, em seguida, movi rapidamente a conversa


para longe de Ream, porque realmente, eu não quero imaginá-lo
enroscado com qualquer garota.

— Conheceu alguma garota legal para levar para casa da mamãe,


menino bonito? - Eu sabia muito bem que ele conheceu muitas garotas
pelas mensagens que trocamos algumas vezes por semana desde que
ele se foi. Crisis havia me dito que ele tinha a intenção de tirar
vantagem de ser o loiro sexy baixista.

— Foda-se. Algumas eram boas, algumas... - Crisis estalou sua


língua suja, com os dedos apertando minha cintura. — Porra, é como
obter a sua escolha de seu modelo de carro favorito cada noite e cada
um montava completamente diferente. Algumas eram tão suave e
outras necessidade de detalhamento e uma "mudança de óleo" porra.

Eu bati em seu peito.

— Bruto.

Apesar da minha apreensão ao ver Ream novamente, eu estava


feliz por ter Emily e os meninos de volta. Tinha sido muito tranquilo em
casa e eu acabei ficando algumas noites por semana no condomínio do
meu irmão só para estar perto de pessoas. Além disso, ele ficava perto
da galeria, e se Lance queria me levar para jantar ou almoçar, então eu
já estaria no centro.

Quando entrei na cozinha, Emily chamou minha atenção e eu


sabia exatamente o que ela queria... Conversar longe dos meninos.

Ela beijou Logan então sussurrou algo para ele e se afastou. Ele
agarrou a mão dela antes que ela conseguir se mover, puxou-a para
trás, enganchou seu braço em volta de sua cintura, e beijou-a
novamente. Não havia dúvida de que o cara estava apaixonado. Eu
realmente nunca tive dúvidas, mas mesmo depois de oito meses ele
ainda parecia completamente obcecado... E... E possessivo no amor.
Emily e eu fomos até o quarto do Logan e sentamos no chão, as
costas contra o pé da cama, tocando os ombros, com os tornozelos
cruzados.

— Então, me diga. O que está acontecendo entre você e esse cara


chamado Lance.

Dei de ombros. Lance tinha comprado a galeria de arte que eu


tinha o meu trabalho sendo exibido e eu pensei que ele iria pedir para
remover minhas peças, mas ao invés disso ele pediu mais.

Ele disse que possuía duas galerias em Nova York, embora ele
sabia pouco sobre a arte na minha opinião. Ele era um artista marcial,
encantador, um cavalheiro, e eu gostava dele. Matt estava em cima do
muro sobre ele, e Georgie pensou que ele tinha um picles no rabo, mas
desde que ele era quente, que tirasse o picles... a menos que ele me
chupasse na cama. — Você disse para o Logan.

— Sim. Ele sabia que algo estava errado quando eu continuei


atendendo seus telefonemas atrás de portas fechadas. Ele não gosta de
portas fechadas entre nós e segredos ainda menos. Eu cedi a segunda
vez que ele me perguntou. Sinto muito. Eu sei que você queria mantê-lo
em segredo até você saber se o relacionamento iria a qualquer lugar.
Então, estão indo a qualquer lugar?

— Eu gosto dele. Quero dizer que ele tem o potencial para ser
Haagen Dazs, tem qualidade para isso, e ele é muito agradável.

— Agradável? Kat, agradável? Você sabe o que significa agradável.

Nós duas dissemos ao mesmo tempo.

— Ele não te dá àquela necessidade. Paixão. Desejo. Excitação.

Eu suspirei.

— Sim. Mas eu tinha antes e olha para onde isso me levou.

Emily me cutucou com o ombro.

— O que aconteceu entre vocês dois? - Tudo o que eu disse a ela


era que Ream e eu tínhamos nos tornado amigos quando ela estava no
México, mas depois que se estragou por dormirmos juntos. — Vocês
foram para o outro no segundo que estão em uma distancia segura.
Embora não hoje. Alguma coisa está diferente e eu tenho que dizer que
foi bom que vocês não jogaram insultos um ao outro. - Sim, Ream não
estava sendo um idiota. — Kat, ele perguntou sobre você o tempo todo
quando estávamos longe. Eu o peguei olhando para mim quando eu
estava falando com você. - Ela pegou minha mão e apertou. — Existe
uma chance de vocês poder...

Eu balancei minha cabeça, interrompendo-a.

— Nós estamos muito além do aproveitável. Além disso, gosto de


A.G.R.A.D.A.V.E.L. é livre de estresse e não pode ter o fogo aceso entre
as minhas pernas, mas ele me trata bem. - E os meus nervos não são
como fios vivos que deram errados. — Então, chega de falar de mim e
falta do sexo... Logan foi aprovado nos últimos oito meses? Ou ele
precisa de algumas dicas?

Seus olhos se iluminaram.

— Não há dicas necessárias. Juro que ele tem um livro escondido


em algum lugar sobre a forma de conduzir a uma mulher selvagemente.
Eu pensei que eu ia ficar louca com todas aquelas meninas nos shows e
outras coisas, mas Logan nunca olhou para outra mulher.

— Isso é porque ele sabe que eu iria cortar as bolas dele se ele
fizesse. - Ele pode ter salvado Emily de Raul, mas isso não o fez imune a
minha ira se ele machucasse minha melhor amiga.

— Ele me disse Kat. - Emily juntou as mãos no colo e apertou


junto. — O que aconteceu com ele depois que saí do México.

Droga. Eu não tinha certeza se eu estava pronta para ouvir isso.

— Eu tinha que saber. Eu percebi que ele estava tentando me


proteger, mas trata-se de confiança que adquiríamos juntos. Acho que
ele entendeu... - um ligeiro sorriso jogado nos cantos dos seus lábios —
... Depois que eu amarrei-o na cama, enquanto ele dormia.

Eu ri, porque sério, imaginando Logan amarrado... Bem, ele teria


ficado chateado. Assustadoramente chateado e toda a sensualidade no
mundo não iria encobrir a fúria de Logan ao ser contido.

Emily mordeu o lábio inferior.

— Ah, sim. Não foi bonito. Eu estava do outro lado da sala e estava
preocupada que ele pudesse escapar das cordas com a maneira que ele
puxou-as. Quando ele parou e ficou calmo... Bem que me assustou
muito. - Sua voz baixou e eu vi suas pálpebras se enchem de lágrimas.
Emily passou a me dizer o que aconteceu com o Logan. Fiquei chocada
e enojada, e no final nos abraçamos quando ela sufocou os soluços.
Emily era boa em ser forte quando ela precisava ser e poderia
perfeitamente dobrar suas emoções longe dentro de um pacote
embrulhado para presente. Ela abria, eventualmente, no entanto, eu
não sou assim. Eu escondo o presente e tudo o que estava dentro ficaria
enterrado... Exceto a raiva. Eu gostava de rasgar o presente antes de
ser aberto.

Eu me afastei e suavemente enxuguei suas lágrimas com a ponta


do meu polegar.

— Eu deveria ter conhecido, - continuou ela. — Deus, quando ele


voltou eu o odiava tanto quando eu deveria ter vindo e dar-lhe tudo de
mim mesmo.

— Emily. Você não sabia. Nenhum de nós sabia. - Merda, se isso


aconteceu com Logan eu estava com medo de descobrir o que Emily
tinha passado no México.

— Deck sabia. - Emily fungou. — Logan o fez jurar que nunca me


falaria, mas Deck me advertiu Kat. Eu estava mais preocupada comigo.
Deus, tudo que ele fez foi para me salvar.

— Vocês sofreram. O que é importante é que você encontrou um


novo Logan. Você está feliz e você merece mais do que ninguém.

— Você sabe que eu o vi no palco e me apaixonei por ele tudo de


novo a cada dia. Mesmo depois de tudo o que aconteceu, eu me senti
com sorte. Você sabe, eu passaria por isso de novo só para estar com
ele. É loucura?

Uau.

— Não. Isso é amor. E o amor é um pouco louco.

Ela bateu no meu ombro.

— Eu senti sua falta como o inferno. - Nós nunca tínhamos nos


separados mais do que algumas semanas desde que éramos crianças, e
apesar de nossos apelos e mensagens de texto e de telefonemas, tinha
sido solitário sem ela aqui. — Agora, por que essas marcas escuras sob
seus olhos? - Eu não ia dizer-lhe que a falta de sono foi de pensar sobre
a inclinação do meu mundo que estava fora de seu eixo. — Eu vi o jeito
que ele olhou para você.

Deus, a minha melhor amiga sabia de tudo. E dane-se, o meu


coração começou a correr com a simples menção de seu nome... Ha, ela
ainda não tinha dito o seu nome, apenas aludiu a ele. Cristo.
— Você realmente vai ficar bem com ele vivendo aqui? Ele disse
algumas coisas realmente desagradáveis sobre você, Kat. - Chamou-me
uma cadela e uma prostituta, para ser exato. — Eu quase não falei com
ele toda a viagem, você sabe. Ok, bem, ele raramente falava com alguém
quando ele estava por perto, o que era raro. Ele sumia o tempo todo e
nem sequer Crisis sabia onde ele ia. Mas que merda ele fez ao trazer
essa menina Lana à sua festa de retorno... Eu juro que o cara merece
uma medalha de ouro para o melhor idiota.

Sim, ele fez.

Emily não disse nada por um minuto e nem eu.

— Ainda assim, se você não estivesse vendo Lance, eu diria que


deveria apenas transar com ele e tirá-lo de seu sistema.

Comecei a rir. Essas foram minhas palavras exatas quando eu


disse a ela para transar com Logan.

— Então não está acontecendo. Nós detonaremos no segundo que


tocarmos.

— Sim, em chamas.

— Não, em estilhaços.

Emily disse em voz baixa:

— Eu nunca o vi com uma garota. Bem, quero dizer,


romanticamente ou sexualmente, ou... Bem, você sabe o que quero
dizer.

Eu odiava que eu senti alegria ao ouvir isso.

— E você acabou de dizer que ele desapareceu o tempo todo. - A


exaltação desapareceu. Que diabos havia de errado comigo?

— Olha, eu não sei o que ele estava fazendo, mas eu não acho que
ele estava fora tendo relações sexuais com garotas aleatórias. - Emily
suspirou. — Você parece que não dormiu e perdeu peso. É Ream, não
é? Eu devia ter chegado ao fundo do lixo entre vocês dois antes de eu
sair. Eu pensei que seria mais uma vez agora que você está vendo
Lance, mas não é... para nenhum de vocês. O que está acontecendo? O
que aconteceu, Kat?

— Ratinha? - A voz profunda de Logan soou à porta. Ele não bateu


antes de abrir e foi direto para Emily, acomodando no chão, e passou os
braços em volta dela. Ele olhou para mim e eu mexi
desconfortavelmente sob sua intensidade. — Eu estou dizendo isso
porque precisa ser dito e Emily não vai... mantenha a merda entre você
e Ream em segredo.

— Você disse já. Sim, eu entendi. Nós seremos bonzinhos.

Ele resmungou.

— Do jeito que vocês tanto se entreolharam... Não será nada bom. -


Jesus por que todo mundo diz isso? Nós mal chegamos a fazer contato
com os olhos. — Coloque a merda para fora. Eu disse-lhe a mesma
coisa.

— O que ele disse?

Emily abaixou a cabeça e evitou meus olhos. Droga, algo estava


acontecendo e ela não iria me dizer. Embora, eu suspeitava que ela faria
se Logan não a havia ameaçado de alguma forma, provavelmente
sexualmente. Normalmente, eu acharia hilário porque pelo que ela me
disse, a natureza dominante da Logan intensificava no quarto.

Logan deu de ombros. Merda, ele nunca dá de ombros.

Eu sabia que ele estava certo apesar de tudo. Ream e eu tínhamos


que deixar as coisas para trás. Eu precisava desenterrar a erva em
seguida, destruí-la. Só assim eu poderia seguir em frente e parar de
lutar contra ele. Ninguém nunca disse que puxar erva daninha fosse
fácil.

Quando voltei lá embaixo eu estava aliviada, pois Ream não estava


lá e depois de conversar um tempo com Crisis, Georgie, e Kite, fui ao
celeiro para verificar o meu cavalo Clifford e os cavalos abusados que
chegaram há poucos dias. Um puro-sangue estava inquieto no estábulo
e com medo de sua própria sombra. Nós ainda não tínhamos deixado
ele sair com o rebanho, pois estávamos com medo de que ele
parafusasse para a direita através da cerca, então Hank e eu estávamos
andando ao lado dele e estávamos esperando Emily poder ajudar o
jovem.

A luz de movimento perto do celeiro acendeu e eu parei.

Ream estava encostado na porta, braços cruzados e um olhar não


muito feliz. Eu ia andar em linha reta passando por ele quando ele
agarrou meu braço e me levou a um impasse.

— O quê? - Arrepios polvilhado em toda a minha carne, e eu senti


minhas bochechas cheias de calor.
— Você perdeu peso. O que está acontecendo com você?

Eu puxei para trás, tentando me soltar, mas ele se recusou.

— Baby. - Seu tom era brusco e inflexível.

— Sim, eu ouvi você, - eu respondi. — E não me chame assim.

Ele olhou para mim e eu fui à única que teve que desviar o olhar
primeiro, e eu não gostei. Por que ele me faz sentir tão incerta de mim
mesmo? Eu odiava que ele sabia sobre o meu problema. Isso me fez
sentir delicada, e eu odiava me sentir delicada.

Sua mão deslizou pelo meu braço e meu estômago embrulhou. Ele
interligou os nossos dedos.

— Então me responde.

— Eu estou bem. - Meu pulso acelerou quando seu dedo acariciou


frente e para trás no meu pulso. Eu não achava que ele tinha percebido
que ele estava fazendo isso.

— Não é bom o suficiente, Kitkat.

O som do apelido que ele criou para mim, saindo de seus lábios me
enviou tremores na espinha.

— Ouça Ream. Nós brigamos. Nós concordamos em odiarmos um


ao outro. Então, vamos torná-lo menos difícil para todos os que vivem
aqui e apenas concordar em ignorar um ao outro.

— Eu nunca concordei que te odeio, muito longe disso. E eu não


estarei vivendo na mesma casa que você e irei te ignorar. É impossível.
E eu acho que você sabe disso. - Ele se aproximou e sua outra mão
surgiu entre nós e segurou meu queixo. — Deus, eu fodidamente
preciso te beijar.

— O quê? - Mudei-me um passo para trás e o cascalho debaixo dos


meus pés soaram como tiros saindo e eu estava tão consciente. Onde
diabos isso tinha vindo? Nós brigamos; nós não falamos sobre o beijo.
— Você tem que estar brincando. - Eu fiz um som estranho como uma
risada e encostei meu quadril enquanto eu olhava para ele com
descrença. Ele estava delirando? Nas drogas? Ah, como se isso fosse
acontecer.

— Você está bêbado?

— Nunca estive mais sóbrio.


— Me beijar está tão longe, para fora do reino das possibilidades.
Dá para misturar suco de laranja e leite juntos? Não. Eles podem
sentar-se um ao lado do outro e manter uma boa aparência, mas
misturá-los e é uma completa anarquia. Como nós.

— Picolé de creme de laranja.

— O quê?

— É leite e laranja e vão muito bom juntos.

Eu bufei e comecei a me virar quando ele pegou o meu braço e me


puxou de volta. Eu coloquei minhas mãos em seu peito para me parar,
mas assim que as palmas das mãos sentiram os músculos sob a
camisa, um calor líquido me bateu entre as minhas coxas.

— Eu nunca fui o mesmo.

Minha respiração engatou.

— O quê?

— Depois que estivemos juntos. Alguma coisa mudou em mim e


não vai voltar. Eu gosto da mudança. E eu sinto falta da mulher que
deu isso para mim. Eu não estou falando apenas sobre o sexo, Kat. Foi
antes disso.

Deus, por que diabos ele tem que ir e dizer essas merdas? Eu
estava bem. Eu poderia lidar com ele empurrando e me empurrando
para trás, mas isso... Isso era inquietante, e eu não me dou bem com
coisas inquietante.

— Eu quero aquilo de volta. E eu farei qualquer coisa para poder


ter você. Mesmo que seja apenas amigos, Kat. Vou levá-la por enquanto,
é claro. Mas a raiva constante e dor que nós estamos fazendo com o
outro passou a destruir o nosso começo e nosso começo era algo
incrivelmente especial.

Foi. Ream e eu apoiemos um no outro quando Logan e Emily


estavam no México. Nós nos tornamos amigos, e agora isso foi destruído
também.

— O que aconteceu com Lana? - Eu disparei. Pode ter sido há oito


meses, mas ele trazendo Lana à minha festa de boas vindas ainda doía.
— Você transou com ela?
— Merda. - Ele passou a mão para trás e para a frente sobre a
cabeça como sempre fazia quando estava agitado. — Eu pensei que você
soubesse. Matt não disse a você?

Eu coloquei minhas mãos em meus quadris e levantei as


sobrancelhas, esperando por ele para explicar algo que era, sem dúvida,
ainda indesculpável.

— Eu a peguei no Avalanche naquela noite. Ela começou a falar e...

Deus, eu não queria ouvir isso, mas eu tinha sido estúpida o


suficiente para perguntar.

— Eu disse a ela sobre você e...

Malditamente inacreditável.

— Jesus, Kat, eu estava bebendo, tinha passado um pouco da


conta, e Lana...

— Ofereceu-se para chupar seu pau?

Seus olhos se estreitaram e seu corpo enrijeceu.

— Você precisa deixar cair essa atitude fodida. Eu nunca toquei


nela e eu com certeza nunca iria deixar sua boca perto do meu pau.

— Você sabe que eu não consigo entender. Você está aqui tentando
me fazer ouvi-lo depois que você fez algo tão incrivelmente insensível
como trazer uma garota no meu regresso para casa. No dia em que eu
voltei do hospital depois de ser baleada. - Eu empurrei em seu peito e
tentei faze-lo se afastar, mas não consegui. — Não, esqueça, eu não me
importo com a desculpa que você tenha. E isso não muda sua
consistência.

Ream agarrou meus pulsos e trancou-os no lugar, de modo que as


palmas das minhas mãos estavam plana contra seu peito.

— Eu não tinha planejado ir naquela noite. Eu não queria que você


me visse como eu tinha sido destruído. Kat, você quase morreu. Foda-
se. Foda-se. - Sua mão apertou-me mais e eu estremeci. Ele percebeu e
soltou uma fração. — Eu estava bêbado e Lana se ofereceu para me
levar. E você sabe por que ela fez? Porque ela queria transar com seu
irmão. Eu pensei que ele teria dito.

— Meu irmão não me diz com quem ele fode, Ream.

Ele suspirou.
— Isso tem que parar Kat. Os combates.

— Tudo bem. Vamos ignorar um ao outro. - E ainda assim eu


sabia que era impossível. Eu não podia ignorá-lo, mesmo quando ele
não estava no mesmo país. Eu estava constantemente bombardeada
com os pensamentos dele na fazenda comigo, de nós fazendo as
refeições juntos, a pintura, quando ele limpou o óleo do meu pescoço
com a ponta do dedo após a fixação do trator. Como ele seria a pessoa
certa de que receberia as encomendas quando chegassem. Uma regra
que ele tinha insistido. Ele disse que é importante que os homens de
entrega tomassem conhecimento de que existiria um cara que estava
vivendo aqui. Lembrei-me da primeira vez que ouvi-lo rir. Ele tinha
pisado em mim tentando colocar uma haste de cortina sozinho e em vez
disso acabou pisando na minha bunda derrubando material branco
completo por cima de mim.

Senti a mão de Ream em meu queixo e me encontrei com seus


olhos pensativos.

— Isso não vai acontecer, Kat. E você precisa parar de pensar isso,
então eu vou lhe dizer uma coisa. Algo que ninguém sabe, nem mesmo
Crisis. Eu queria dizer a você naquela noite no bar, mas a merda que
você saiu com outro cara... - Eu mordi o canto do meu lábio. Ele viu
isso e eu imediatamente o deixei ir. — Eu juro que se Matt não tivesse
ligado ao segurança e me tirasse de lá... - O quê? Merda, Matt nutria
seriamente um ódio por ele. — Eu teria matado o cara. - Ele respirou
fundo como se estivesse tentando aliviar a raiva sobre a memória. — O
que eu sinto não é normal, Kat. É fodido, porque eu estou fodido. Eu
certamente não te mereço. Mas eu tentei esquecer você, e isso não está
acontecendo. Então, vamos fazer isso de outra maneira. Você precisa
saber por que eu sou como sou e por que eu deixei você como eu fiz.

Eu não gostava do som disso porque segredos eram quase sempre


ruins. Os meus eram.

— O que eu estou dizendo a você... Não se mexa. Entendeu?

Eu balancei a cabeça. Não sei por que, talvez porque eu não tinha
sido a mesma, e eu estava procurando algo para agarrar. Foi uma
trégua possível para nós?

— Eu tinha uma irmã.

Oh Deus. Ele disse que tinha. Eu podia sentir seu coração


acelerado sob as palmas das mãos e a tensão em suas mãos.
— Minha irmã gêmea. Éramos completamente opostos fisicamente,
e ainda assim éramos uma coisa só. Muitas vezes ela ia e terminava
minhas frases e sabia como eu me sentia, sem eu dizer uma palavra.
Ela era o meu anjo, a luz de minha escuridão. Nós equilibrávamos um
ao outro.

Ele resmungou, em seguida, deixou-me ir abruptamente e virou


batendo com o punho na porta de celeiro de madeira. Esperei, sem
saber o que dizer se fazia qualquer coisa.

— Ela tinha apenas dezesseis anos quando ela morreu. - Seu


sussurro irregular era a de um homem dilacerado, quebrado, lutando
para manter o controle. Ele encostou a testa contra o celeiro, seu braço
estendido, as palmas das mãos sobre a superfície áspera parecendo um
crucifixo.

Eu não sabia o que dizer.

— Foi minha culpa. Era o meu trabalho protegê-la e eu não fiz.

Ele ficou em silêncio por um tempo, e eu não tinha certeza se ele


estava esperando que eu dissesse alguma coisa. Eu percebi que não
importa o que tinha acontecido de ruim entre nós, ele merecia ser
ouvido.

Ele ficou quieto. Imóvel.

— Ream. - Eu fui em direção a ele até que eu podia sentir o calor


de suas costas penetrando em meu peito. Então eu coloquei minha mão
em seu ombro e apertei. — Ream.

Seus ombros caíram.

— Eu estava dentro e fora do hospital constantemente com ela.


Nunca sabia se ela tiraria sua vida. Foram as drogas que finalmente a
fizeram morrer. - Merda. Foi por isso que ele se assustou quando ele
tinha visto aquilo. Foi por isso que ele saiu do hospital, quando eu
tinha levado um tiro? — Eu perdi a única pessoa que eu gostava. Até à
banda.

Fechei os olhos, quando a onda de suas palavras me bateu. Eu


sabia que a banda era importante para ele. Ele tomou muito a sério e
eu estava adivinhando que o que aconteceu em sua infância com sua
irmã, a banda ajudou a superar isso.

— Eu deveria ter visto o que estava acontecendo com ela e parar.


Eu poderia ter encontrado uma maneira. - Quando ele se virou, eu
estava surpresa com as lágrimas em seus olhos. A agonia de Ream
estava escrita sobre todas suas características, as linhas na testa, as
sobrancelhas baixas e os lábios apertados. Ele arrastou um dedo pelo
seu braço direito interno sobre suas tatuagens, em seguida, olhou
diretamente para mim.

Eu evitava enfrentar merdas assim. Mas isso... Isso era algo que eu
precisava falar com ele sobre o porquê é o que nos trouxe até onde
estávamos agora.

— Por que você não disse nada?

— Jesus, Kat. Eu vi a agulha e vi a minha irmã mais uma vez. Eu


me assustei. - Ele suspirou e passou a mão para trás e para frente
sobre a cabeça. — Você me disse... E tudo que eu conseguia pensar era
em você morrer como ela fez viagens para o hospital. Eu não poderia me
preocupar por alguém apenas para perdê-la novamente. Mas, Kat, eu
me apavorei, coloquei minha cabeça no lugar, e eu fui para o bar para
falar com você, para ver se podíamos...

— Poderia o que? Trabalhar com isso? Você acabou de dizer que


não poderia passar por isso de novo. - Naquela manhã, eu tinha perdido
mais do que apenas Ream. Eu tinha perdido uma parte de mim. Ele
pegou o que eu mais temia e empurrou-o de volta na minha cara com a
reação dele. Eu escondi isso de todos para me proteger dessa reação.
Eu me senti suja e sem valor. Ele tinha destruído o que eu estava
lutando para recuperá-lo desde então. Eu acho que eu não teria me
importado tanto se não tivéssemos desenvolvido uma amizade entre nós
em primeiro lugar. Ele arruinou tudo. Eu não tenho isso em mim para
que ele fizesse isso para mim de novo, não importa o seu passado.

Sua voz endureceu.

— Foda-se, eu não tenho as respostas, mas eu vim para te


encontrar, porque eu me importo e eu queria explicar. Éramos amigos,
Kat.

— Sim, nós éramos. Mas os amigos não se afastariam um do outro


quando eles não gostam de ouvir alguma coisa.

Sua mandíbula se apertou.

— Você estava transando com outro cara, dois dias depois que
estávamos juntos, - ele gritou.

— Não tecnicamente. - Era para ser ousada e irreverente. Não foi.


— Porra, como é que você pode fazer isso?

Porque eu estava ferida e com raiva e precisava da minha


dignidade de volta. Eu queria me sentir poderosa e no controle após
Ream ter despojado fora.

— Isso não importa agora. - Ele suspirou, abaixando a cabeça e


sacudi-la para trás. — Você sabe, ela estava sempre rindo e brilhante.
Ela confiava em todo mundo. Uma vez que ela era... - Ele parou
abruptamente. — Ela ficou viciada em drogas, eu não podia trazê-la de
volta.

Eu perguntei a única coisa que pude:

— Qual era o nome dela?

— Haven.

Suas palavras quebradas colocando um dente no escudo que tinha


em torno de mim, porque eu sabia sobre a devastação, sobre a perda, o
vazio. Ao acordar todos os dias e me sentir como se você estivesse
perdendo pedaços de si mesmo. Um gêmeo... Eu não conseguia
entender a conexão que ele deve ter tido e o que isso significaria a
perder.

— E seus pais?

Eu vi o momento em que a frieza surgiu e guardado o que ele


estava transmitindo antes. Era como se uma barragem tivesse sido
aberta, e de repente, se fechou com um estrondo.

Ele franziu os lábios em uma linha apertada.

— Não sei quem é meu pai e minha mãe está morta para mim.

— Ream... - Eu não poderia me controlar quando eu senti a


angústia misturada com raiva derramar por ele. Meus dedos roçaram a
pele nua de seu braço e eu queria abraçá-lo, mas eu não podia. Eu
tinha que mantê-lo à distância. — Sinto muito sobre Haven.

— Eu também. - Ele colocou o braço em volta do meu pescoço e me


arrastou para ele. Eu estava completamente apanhada de surpresa pela
sua exibição suave súbita de carinho e encontrei-me aconchegando-me
contra seu peito. Ele beijou o topo da minha cabeça e, em seguida,
suavemente acariciou meus cabelos. As pontas de seus dedos tocaram
minha pele nua na parte de trás do meu pescoço, e eu absorvi o ar da
intimidade dele.
— Baby. - Sua voz era um sussurro baixo, acariciando minhas
entranhas como uma pluma. — Eu estraguei tudo. Com a minha irmã...
com você. Eu estou todo ferrado por dentro. - Eu tentei me sair do
abraço para que eu pudesse olhar para ele, mas seus braços se
apertaram em torno de mim e ele se recusou a me deixar ir. — Não está
terminado ainda. - Eu suspirei depois descansei minha bochecha
contra seu peito e ouvi o baque do coração e suas longas respirações. —
Eu não posso ter de volta as coisas que tenho dito a você ao longo dos
últimos anos. Foda-se. Eu estava com tanta raiva de você por se juntar
com aquele cara. Em seguida, a merda flertando com Crisis. Ouvindo
você falar sobre os outros caras de merda como você fazia o tempo todo.
E merda talvez você, eu não sei. - Sua mão acariciou minhas costas. —
O que eu sei é que você é tudo que eu tenho pensado. - Ele apertou
seus braços. — Eu não vou deixar você ir, eu não posso mais fazer isso.

Desta vez eu usei minhas mãos contra seu abdômen e empurrei.


Ele afrouxou o abraço, mas apenas o suficiente para que eu pudesse
encontrar seus olhos.

— Ream, não vai funcionar. É muito tarde.

Seus olhos brilharam com algo que eu não reconheci.

— Esta não foi uma discussão.

Como. O que foi?

— Ream...

Sua cabeça inclinada depois baixou, e eu engasguei apenas antes


que seus lábios tomassem os meus. Foi duro e implacável, e uma onda
de desejo passou por mim. Formigamento salpicado pela minha pele e
sua mão enrolou no meu cabelo e puxou minha cabeça para trás, eu
chupava no ar, tomando o seu em meus pulmões.

Quando ele se afastou, eu sabia que meus lábios estavam inchados


e vermelhos de seu beijo esgotante.

— Diga-me se você pode andar longe disso.

— Eu fiz antes e eu vou de novo. - Merda, eu tenho que dizer a ele


sobre Lance.

Ream tomou minhas mãos nas dele.

— Não.

Eu bufei.
— Você não pode forçar isso, Ream.

Suas sobrancelhas levantadas e os cantos de seus lábios curvados


para cima. Era raro Ream sorrir e eu estava um pouco apreensiva sobre
o que ele estava pensando.

— Oh, baby, eu não vou precisar de força. - Ele beijou minha testa.
— Vamos ver quanto tempo dura.

— Quanto tempo dura o que? - Minha voz levantou uma oitava


enquanto eu observava seus olhos piscarem com diversão.

— Vai ser divertido. - Ele sorriu e minha pulsação triplicou com a


visão rara.

Eu não gostava do som disso.

— O que vai ser?

— Você nos negar.

— Ream. Não há nós. E eu estou vendo...

Ele me cortou.

— Babe, houve um de nós desde o momento em que te vi do palco


e queria transar com você. Você precisa que nós sejamos amigos em
primeiro lugar? Eu posso fazer isso. Mas eu estarei fazendo você ser
minha de novo.

Minha voz se levantou.

— Sua? Você está louco? Você não pode simplesmente fazer


alguém ser sua. Jesus, Ream, o que diabo deu em você?

— Você.

— O quê? - Merda foi minha voz embargada? Nunca rachei, mas


meu coração batia tão forte e minhas entranhas estavam
enlouquecendo e em uma guerra de derreter e uma fúria de ferro em
brasa. Eu preferia quando ele estava dirigindo insultos a mim e
perdendo a calma. Isso... Isso me jogou fora de equilíbrio e ele sabia
muito bem.

— Você está em mim e isso não saiu. Lutei o tempo suficiente, e eu


não vou fazer mais isso. Eu lhe disse algo que eu nunca disse a
ninguém, mas você precisava ouvir para entender por que eu me
apavorei quando eu fiz. Agora, não há nada que impeça a gente. -
Qualquer diversão leve deixou a sua expressão quando ele continuou:
— Eu estraguei tudo. Eu não vou fazer isso de novo. Você precisa de
ajuda... Eu vou estar lá para você. Eu não vou fugir Kat.

Olhei para ele e, apesar de todos os vasos sanguíneos, bombeado


ao mesmo tempo "sim, sim, sim", eu não podia. Ele pode ter explicado
sobre ter pirando sobre a agulha, mas não me fez confiar nele. Eu tentei
viver minha vida sem estresses, e Ream significava tensão de alta
voltagem.

— E o que acontece quando me levarem para o hospital como sua


irmã, Ream? Você vai pirar de novo?

— Isso não vai acontecer. - Ele passou o dedo em meus lábios


ainda pulsantes.

Enfiei a mão para o lado.

— Não, não vai. Porque eu estou me envolvendo com outra pessoa.

Ele congelou e foi um olhar tão assustador em seu rosto que eu


quase fugi. Eu podia sentir a raiva pulsando através dele. Sua
mandíbula apertada e as linhas entre as sobrancelhas eram profundas
e assustador.

— Livre-se dele.

— Você está louco? - Sim, ele estava. Eu já sabia disso. Lutamos


como se nós dois estivéssemos loucos. — Sério. Você se foi há oito
meses. Agora que eu conheci alguém legal que me trata bem. Eu não
estou despejando-o, e você não tem nenhum direito de me dizer para
fazer isso.

De repente, tudo mudou nele como um interruptor acendendo, e


ele sorriu.

— Vamos ver.

Antes que eu pudesse encontrar algum tipo de resposta intelectual,


ele se virou e caminhou de volta para a casa.

Foda-se.
Sua voz suave sussurrou-me: — Vamos ficar aqui, Ream?.

— Sim.

— Você acha que ele vai nos alimentar?

Fechei os olhos, lembrando-me dos restos que comemos. Como um cão,


eu furtei de caixas para tentar encontrar-nos algo para encher nossos
estômagos. Mamãe nunca se importou. Tudo o que ela se preocupava
eram as drogas.

— Sim, Anjo. Eu acho que sim.

— Você não vai me deixar.

— Não. Eu nunca vou te deixar.

Eu tinha que fazer qualquer coisa para protegê-la.

Hank estava no celeiro quando eu finalmente entrei depois de


conseguir arrancar meu olhar de Ream caminhando de volta para a
casa. Ele olhou para cima, um floco de feno em sua mão. Ele tinha
ouvido. Estava escrito em todo o rosto com as rugas acentuadas
puxando para baixo em sua testa e seus olhos castanhos cheios de sutil
preocupação. Hank tinha vindo com a compra da fazenda e foi uma
dádiva de Deus. Ele cuidava dos cavalos com um toque suave e
palavras suaves, exatamente o que os cavalos abusados necessitavam.
Ele jogou o floco na baia do Ginásio e em seguida, veio e colocou a mão
no meu ombro e apertou. Hank raramente falava muito, mas aquele
gesto era tudo que precisava para transmitir seu apoio.

Colocamos Clifford para fora e tratamos as lacerações profundas


em torno de seus cascos. Ele havia sido deixado mancando em um
campo estéril passando fome por meses. O grande Appaloosa era um
personagem, sempre desfazendo travas de porta e escapando de
qualquer lugar que você colocasse ele. Sem dúvida, foi por isso que o
proprietário anterior decidiu o deixar mancando em vez de
simplesmente fazer uma trava que não podia abrir.

Clifford era o cavalo mais doce que já tivemos na fazenda, e eu


tinha decidido no momento em que chegou, com fome e sangrando, que
ele era meu. Ele foi um dos poucos que suportou o seu calvário, sem
quebrar o seu espírito. Ele permaneceu bem-humorado e confiante, sem
um osso médio em seu corpo maciço. Ele veio com o nome de Machado,
mas eu imediatamente mudei para Clifford, porque ele tinha manchas
vermelhas e agia como um grande cão adorável.

Depois de Clifford tratamos Gym, o pônei Shetland que naufragou


e teve aftas grave nos cascos por ficarem molhados, local insalubre. Eu,
então, passei algum tempo em silêncio falando com o puro-sangue,
Gelo, oferecendo-lhe as cenouras, mas o cavalo estava tão nervoso que
ele levantou-se e tremeu no canto de trás da barraca. Hank veio para o
meu lado e eu suspirei, jogando as cenouras em sua caixa de
alimentação.

— Emily irá ajudá-la, - disse Hank.

Eu balancei a cabeça. Os meios de comunicação chamavam Emily


"uma encantadora de cavalos." Embora ela realmente não gostasse de
colocar um título nela.

— Eu vou fazer a verificação noturna, após o jantar.

— Com certeza, boneca.

Até o momento que eu voltei para a casa, as palavras de Ream


foram para trás girando na minha cabeça. A sensação de seus lábios
nos meus, o sorriso arrogante e os olhos brilhantes... Era exatamente o
que eu não queria ver. Droga, Ream. Era muito mais fácil resistir a ele
quando ele estava sendo um idiota completo.

— Aí está você. Pedimos comida chinesa. - Emily estava ao lado de


Logan no balcão da cozinha. Eles estavam tirando pratos de um saco de
papel marrom. — Aiiiii, - Emily assobiou quando seus dedos tocaram a
parte inferior de um dos recipientes.

Logan rapidamente pegou o dedo dela carrancudo. — Ratinha,


deixe-me fazer isso. - Ele examinou seu dedo antes de deslizá-lo dentro
de sua boca. Quando ele se retirou, ele beijou a ponta. — Você está
bem?

Ela assentiu com a cabeça e notei o rubor em suas bochechas.

— Porra, Logan. Eu não tenho tido nada disso. Você importa-se de


mantê-lo somente no quarto. - Eu preciso de alguns brinquedos novos
para viver com estes dois. A boca de Logan se contorceu e Emily sorriu.
Ele ainda era um pedaço quente e assustador, mas Emily não via. Pelo
menos não mais. Ela fez por um tempo, quando ele voltou para ela. Era
aquele olhar em seus olhos, uma mistura de necessidade e temor de
tudo ao mesmo tempo.

Então notei Ream em pé na porta, seus olhos observando-me. E se


ele tivesse ouvido o que eu disse? Será que isso importa se ele fez? Só
que agora ele sabe que eu não tinha dormido com Lance.

O calor na cozinha subiu para mil graus, e eu respirava com a


boca aberta. Eu queria lamber meus lábios secos, mas não podia,
porque tudo o que eu estava pensando era Ream lambendo-os para
mim. Ter os seus olhos em mim era como ele passando a língua na
minha pele.

— Você não dormiu com ele? - A voz de Ream estava amarrada e


apertada, e foi super, sexy. Eu fui atraída pela sua rudeza e queria
sugá-lo inteiro.

Notei o silêncio repentino quando Emily e Logan pararam de falar e


desembalar recipientes e olharam para Ream e eu.

— Eu vou pegar os pratos, - disse eu, tentando desesperadamente


manter o tremor da minha voz. Que diabos havia de errado comigo? Eu
nunca fiquei nervosa, mas Ream ali com sua bunda deliciosamente
apertada naquelas calças de brim, os lábios entreabertos, lábios que
tinham sido duros contra os meus.

Eu subi para o armário e as minhas mãos haviam acabado de


tocar os pratos quando eu o senti ao meu lado. Seu cheiro causando
um carnaval em meu interior, e era como se eu estivesse em uma
montanha russa ou em uma casa mal-assombrada.

Ele estava tão perto que nossos braços encostavam um contra o


outro.

— Peguei-os, - disse ele, enquanto pegava os pratos.


Eu mantive minha voz baixa, para que Emily e Logan não
pudessem ouvir.

— Eu sou capaz de fazer isso sozinha. O que você acha... Que eu


vou derrubá-los?

Suas palavras sussurradas flutuaram como uma brisa quente na


minha bochecha. — Oh, eu sei o que você é... Capaz, Kitkat.

Minhas mãos caíram da borda dos pratos enquanto eu olhava para


ele, boquiaberta. Ele arqueou um meio sorriso em seguida, tomou os
pratos e entrou na sala de jantar.

Foda-se. A imagem de mim em cima dele estava grudada na minha


cabeça como um sinal de outdoor piscando. Toda emoção que senti
naquela época estava sendo catapultada para frente do meu cérebro, e
eu queria batê-la de volta para bem longe como uma maldita bola de
demolição.

— Oh, comida chinesa, - disse Georgie quando ela invadiu a sala.


— Eu espero que você tenha pedido bolas de frango, material quente. -
Ela cutucou Logan com seu quadril e pegou um pedaço de brócolis de
um dos recipientes abertos, em seguida, colocou na sua boca. Então,
ela estava pulando para cima e para baixo com a boca aberta gritando,
— Quente, quente, quente.

Crisis veio atrás dela e foi direto para mim, colocando as mãos em
cada lado da minha cintura, palmas descansando em meus quadris. —
Você perdeu peso, sexy. Você estava ansiando por mim?

Eu ri. — Sim, deve ser isso. - Crisis era um cara meloso, e eu


peguei isso porque eu também era muito. Ele nunca extrapolou os
limites, e não teve uma vez que ele pediu-me para dormir com ele.
Éramos estritamente platônicos, e mesmo assim, por algum motivo
Crisis tinha o hábito de flertar comigo, especialmente na frente de
Ream. É claro que eu não fiz nada para impedi-lo, porque quando um
cara flerta com você, faz você se sentir muito, muito bem por dentro, e
eu estava precisando disso ultimamente.

Então, flertando de volta, eu mexi meus quadris e Crisis gemeu, —


Sim, querida. Você ainda tem isso.

Ream não achou isso engraçado, em tudo. — E essa merda...


Termina agora, - afirmou Ream da porta.

Crisis riu, mas não me deixou ir. Nós tínhamos passado por isso
antes. Ream geralmente fazia seu teatro, nós argumentávamos então ele
ia fazer sua tempestade em outro lugar. Desta vez, ele estava olhando
como se estivesse indo para remover Crisis de perto de mim, se ele não
me deixasse ir.

— Ream, - a voz de Logan passou no ar.

Os olhos de Ream nunca deixaram Crisis enquanto falava com


Logan, — Eu te disse o que ia acontecer.

— E eu disse-lhe para soltá-la, se ela não quiser.

— Não vai acontecer.

Crisis lentamente se afastou de mim. — Sobre o maldito tempo,


idiota. - Crisis virou-se para mim com um sorriso largo. — Parece que
funcionou.

— O que funcionou?

— Bolo Doce, eu te amo. Eu adoro tocar em você, mas Ream é meu


melhor amigo. Eu nunca toco no que é dele. Agora, ele finalmente pegou
suas bolas e está reivindicando você.

— Reivindicar? - A voz que deixou escapar a palavra estava


irreconhecível. — Eu não sou algo para ser reclamado. - E o que
aconteceu com a coisa de amigos? Com o que Ream estava brincando?

— Malditamente você é. E parece que o outro cara não fez isso


ainda, - disse Ream quando ele entrou na sala em minha direção. Eu
me senti presa. Ele pegou todo o ar na cozinha, e eu não conseguia
respirar corretamente, suas palavras soando em minha cabeça como
um gongo.

Ouvi a respiração presa de Emily e o grunhido do Logan pouco


antes de Ream me atingir. Eu pensei que ele ia me beijar, e eu recuei
até a minha parte inferior da coluna atingindo o armário da cozinha. —
Ream...

Ele moveu-se até que o peito estava contra o meu e então... Ele
estendeu a mão e sobre a minha cabeça no armário e pegou outro
prato. — Esqueci um. - Ele hesitou a sensação de suas coisas duras
pressionando em mim. Ele recuou dolorosamente lento, e eu fechei os
olhos com ele. Ele piscou e eu juro que meu estômago bateu no chão.
Eu estava com medo deste Ream. Aterrorizada. Porque o meu
atrevimento sarcástico não poderia vencê-lo. Eu sabia que ele tinha
percebido isso, e era assustador para a minha decisão.
Dei um suspiro pesado quando ele desapareceu de volta para a
sala de jantar. Oh, meu Deus. Eu era patética. O que diabos eu estava
fazendo? Eu estava muito melhor preparada para lidar com Ream
quando argumentava. Isso... Isso estava causando estragos em minhas
emoções, e eu estava perdendo a batalha.

— Santa merda, - disse Georgie quando ela pegou um monte de


utensílios da gaveta. O som estridente deles batendo uns nos outros
fizeram minhas entranhas incendiarem. — Esse homem é perigoso para
a libido. - Ela bateu os lábios. — Quem está fazendo apostas que ele
tem ela no saco ao cair da noite?

— Georgie. Sua vadia, - eu engasguei. Ela sabia muito bem que eu


estava vendo Lance.

— Uma semana. Doçura ainda está lutando contra isso, - Crisis


gritou. Georgie e Crisis seguiram Ream, argumentando a aposta quando
eles foram.

Olhei para Logan e Emily, e ambos tinham os olhos em mim.

— Eu estou com outra pessoa agora.

Não importa o quanto eu fosse atraída por Ream eu queria a nossa


amizade de volta, não havia segundas chances. Depois do que ele me
contou sobre sua irmã, eu entendi porque ele surtou. Mas, confiando-
lhe para não fazer isso de novo, impossível. Amigos presos um com o
outro, ele, obviamente, não poderia fazer isso. E essa foi à qualidade
mais importante que eu precisava em qualquer relação, ou
relacionamento. Eu prefiro ficar sozinha que com um cara que não
podia suportar, quando as coisas ficassem difíceis.

— Eu sei. - Emily apontou para a sala de jantar. — Ele não se


parece como se ele fosse recuar ou ir embora. - Ela olhou para Logan
com os olhos apertados. — O que você vai fazer sobre isso?

Ele riu. — Eu amo quando você está exigindo, ratinha.


Experimente na cama hoje à noite, vamos ver o que acontece. - Logan
levantou o queixo em minha direção. — Ele sai daqui se você disser a
palavra. Ele sabe disso.

Merda. Ream estava determinado, mas eu era teimosa. E uma vez


que eu tinha alguma coisa na minha cabeça, eu não recuava. Os
médicos disseram que era por isso que eu ainda estava viva após o
tiroteio; eu era muito teimosa para morrer. — Talvez seja a hora de eu
ter o meu próprio lugar. - Eu estava guardando meu dinheiro para
comprar uma casa, mas seria uma luta para fazê-lo agora. Eu preferia
esperar mais alguns anos, a não ser, claro, que esconder o meu
problema de todos tornasse-se um problema, então eu teria que sair. De
jeito nenhum que eu estava arriscando alguém saber a verdade. Já era
ruim o suficiente Ream saber.

Os olhos de Emily arregalaram-se. — Não. Você ama os cavalos.


Você fez sua carreira pintando-os. Se alguém tem que se mover, Logan
vai dizer para Ream. - Emily soltou a mão de Logan e aproximou-se de
mim e deu um meio sorriso. — Na verdade... - Ela olhou por cima do
ombro para Logan e ele concordou. — Logan e eu estamos saindo fora.

— O quê?

— Sim. Eu sei que isso pode não ser prático no início. Eu ainda
estarei aqui todos os dias para ajudar com os cavalos, mas
encontramos um lugar apenas vinte minutos de distância e é lindo.
Bem, parece lindo nas fotos que o agente imobiliário enviou. Vamos ver
amanhã. - Ela estendeu a mão atrás dela e Logan se aproximou e
tomou-a na sua.

— Ah. - Fiquei feliz por ela, mas ao mesmo tempo eu não queria
que ela fosse embora.

— Logan... - Emily fez uma pausa e olhou para ele e meus olhos
foram para o seu quando ela olhou para o consentimento. Ele deu um
aceno sutil e um sorriso raro. — Logan queria dizer a sua mãe,
primeiro, mas... Ele pediu-me para casar com ele.

— Puta merda! - Eu joguei imediatamente meus braços em torno


dela, batendo Logan fora do processo. — Oh meu Deus. Quando? Onde
está o anel? Para quem mais você contou? Quando é o dia? Oh meu
Deus, isso é incrível. Eu suspeitava que não fosse muito antes de ele
colocar um anel em seu dedo. Seu namorado é carente e louco quando
se trata de você e este seria o seu selo final do negócio.

Logan grunhiu e franziu a testa, embora eu visse a sugestão de um


sorriso brincando nos cantos dos lábios, porque ele sabia que eu estava
certa.

Ela riu e afastou-se. — Ele pediu-me uma semana atrás. Ele queria
perguntar-me enquanto estava no palco, no final de seu show. Acho que
foi por isso que cada único indivíduo poderia saber que ele estava
fazendo-me sua legalmente. Embora, eu acho que a maioria deles sabe
melhor do que tentar me roubar de um lutador ex-underground. De
qualquer forma, ele não me pediu no palco, porque eu o teria matado e
em vez disso foi...

— Baby. - Foi o tom de aviso de Logan.

— Logan considera informações não compartilháveis.

— Ah, então ele amarrou-a e espancou-a até que você concordou


em se casar com sua bunda arrependida.

Emily riu e um resplendor brilhante subiu para suas bochechas. —


Algo assim. - Ela se virou para Logan. — Mas ele sabe que eu teria dito
que sim, não importa o que ele fizesse.

Em jeito de brincadeira atingi seu ombro. — Mas uma semana? E


você está me dizendo agora?

— Eu queria ver seu rosto quando eu lhe dissesse. - Emily


recostou-se no abraço abrangente do Logan. — Nós decidimos que
poderia ser uma boa ideia, se tivéssemos o nosso próprio lugar também.

— Sim. Claro. Uau. Eu estou feliz por vocês. - Eu realmente estava


animada por eles; quero dizer que tinham ido para o inferno e voltado,
ambos sofrendo por causa daquele monstro Raul. Abracei-os e senti-me
estranha, porque Logan não era um cara fácil de abraçar. Mesmo que
eu soubesse que ele estava completamente apaixonado por Emily,
Logan tinha esse escudo protetor em torno dele que ainda o fazia
inacessível.

— Ei, está crescendo um cabelo verde na comida. Meio mal


cheiroso, vamos comê-lo, - Georgie gritou da outra sala.

Emily baixou a voz. — Não contei a ninguém ainda, então...

— Sim, é claro. - Corri meus dedos em meus lábios. — Cadeado.


Mas você está mostrando-me o anel pela primeira vez.

Caramba. Emily meio que me deixou sozinha com Crisis, Kit e


Ream. Perigo. E por isso não ia funcionar.

Eu fiz isso durante o jantar com Ream sentado ao meu lado, eu


tentei evitar, mas ele esperou até que eu me sentei antes que ele caísse
ao meu lado. Ele ainda teve a coragem de mudar sua cadeira alguns
centímetros mais perto de mim, então eu olhei para ele e ele ignorou.

Sua coxa estava tão perto da minha que eu podia sentir o calor
irradiando dele. Toda vez que ele movia-se em seu assento, uma tocha
acesa dentro de mim antecipando o toque dele, mas ele nunca o fez,
mesmo quando ele chegou à minha frente para pegar a pimenta. Seu
corpo inclinou-se sobre a linha invisível do espaço pessoal, mas apenas
os finos cabelos de meus braços sentiram o toque de sua pele.

Quando ele voltou a sentar-se, eu esperava que ele olhasse para


mim, sabendo muito bem o que estava fazendo, mas ele não o fez. Ele
simplesmente começou a chacoalhar a pimenta em seu frango com
limão.

Eu comi algumas colheres de legumes e arroz cozido no vapor. Era


tudo o que eu poderia ter desde que comecei esta nova dieta.
Considerando que eu usei para suínos sobre os rolos de primavera e
carne lo mein, ninguém parecia notar.

Depois de limpo, eu escapei pela porta lateral para fazer uma


verificação noturna final sobre os cavalos. Eu tinha feito isso e três
passos depois ouvi a porta clicar e os passos.

Eu não tinha que olhar para trás para saber quem era; havia um
ritmo confiante no passo que eu reconheceria em qualquer lugar. Fechei
os olhos por um breve segundo, enquanto eu continuava a caminhar
em direção aos estábulos.

— Você mal comeu alguma coisa.

— Eu não estava com fome.

Seu braço roçou contra mim, e eu puxei meu braço mais próximo
do meu lado. — Com o que você está brincando, Ream?

— Eu não estou brincando.

Eu parei onde estava e girei para ele. — Besteira. - Eu era a única


que flertou. Eu não gostava que Ream estivesse fazendo o meu coração
saltar do meu peito cada vez que ele aproximou-se. — Pare tudo o que
você pensa que está fazendo.

Ream ignorou-me e continuou andando para o celeiro. Eu assisti-o


por trás por alguns segundos, admirando como os jeans desbotados se
agarravam a sua bunda e coxas. Eu raramente pintava nus, mas o
pensamento de pintar Ream estava tocando na minha mente.

Ele alcançou a porta do celeiro e abriu. — Você vem?

Celeiro. Sozinha. Com Ream. Merda. Ele pensou que poderia jogar
este jogo melhor do que eu, e destaquei-me em flertar. Bem, eu fiz até
que ele estragou tudo também. Agora, não foi nada divertido.
Cheguei à porta do celeiro e suas palavras sussurradas varreram
minha pele. — Eu senti sua falta.

Oh Deus. Eu estava acostumada a estar no controle, e hoje à noite


ele fez-me sentir completamente fora de controle, especialmente quando
ele surpreendeu-me com dizendo a merda assim. — Bem, eu não sinto
sua falta.

Ream não disse nada quando ele seguiu-me para o celeiro. Os


cinco cavalos presos estavam com a cabeça para fora sobre suas portas
holandesas e alguns relincharam para nós, sabendo que eles estavam
recebendo seu feno noturno.

Notei Ream mantendo sua distância deles por ficar no centro do


corredor para que os narizes dos cavalos não conseguissem tocá-lo.
Clifford tentou o seu melhor, esticando o pescoço grosso para fora tanto
quanto ele poderia, então, acenou com a cabeça para cima e para baixo
levantando o lábio e bateu nele.

Eu ri do meu cavalo desagradável, e Ream congelou os olhos


observando-me. Coloquei meu cabelo atrás da minha orelha e seus
olhos seguiram isso também. Calor brilhou. Essa queda na barriga
familiarizada batendo forte e rápido quando eu olhei para ele, nenhum
de nós se movendo. Deus, eu perdi isso. Estamos pendurados na
fazenda juntos. A presença reconfortante dele ao meu lado. Eu só acho
isso? Tivemos conforto, então tivemos raiva. Agora era... Bem, eu não
sabia o que era, mas voltando à facilidade que era entre nós era
impossível.

Eu precisava buscar o meu equilíbrio de volta e obter o controle


aqui. Mordi meu lábio inferior, levantei minhas sobrancelhas, e levantei
meu quadril. Superei-me nisso. Eu adorava flertar. Ele deu o poder e eu
gostava de poder, e eu senti como Ream tinha tudo agora, então eu
precisava tomar um pouco dele.

Quando ele começou a caminhar em direção a mim, decidi que


jogar com Ream foi um erro. Ele, obviamente, não iria recuar. Eu
rapidamente me virei e peguei a tesoura pendurada na parede e cortei o
fio fichário no fardo de feno contra a parede. O cordel estalou, e Ream
veio atrás de mim. Eu puxei a presença dele para perto de marcar a
minha confiança no chinelo.

Sua respiração soprou em meu ouvido quando ele se inclinou,


nunca tocando, mas tão perto que eu podia sentir cada centímetro dele.
— O fogo brincando com fogo só leva a um inferno incontrolável.
Você está pronta para isso, Kitkat?

Puxei com força no fio e meu cotovelo revidou acertando-o no peito.


Sorri quando o ouvi grunhir.

— Eu não sou o fogo. Eu sou a mangueira de incêndio.

O som de sua risada tinha me balançado ao redor, precisando para


ter um vislumbre do Ream descontraído que eu tinha tentado erradicar
de minha mente. Foi um erro, porque as lembranças atingiram-me
como correr para uma parede de tijolos.

Um grande estrondo soou e eu empurrei meus olhos longe de


Ream para Clifford, que estava balançando a cabeça para cima e para
baixo, enquanto chutava seu casco na porta do Box. — Venha amigo. -
Eu peguei um floco de feno e passei para Ream.

Afastou-se sem tirar o feno. — Eu não gosto de cavalos.

— O quê?

Ele balançou a cabeça. — Eu vou esperar lá fora por você.

— Você está brincando, certo? Simplesmente jogue-o em sua baia.


- Eu empurrei o feno em seu peito e ele não tinha escolha a não ser
levá-lo ou deixá-lo cair. — Para aquele cara ali. - Eu apontei para
Clifford, que estava fazendo o barulho e foi o único cavalo no celeiro que
tornaria difícil o trabalho de Ream. Clifford gostava de beliscar
divertidamente, e ele tinha um grande alcance com o pescoço dele.

Ele hesitou e eu sorri. Era bonito. Esse cara quente, sexy, que era
todos músculos, tatuagens e confiante estava nervoso por causa de um
grupo de cavalos que estavam provavelmente com mais medo dele após
o abuso que tinham passado. Ok, exceto Clifford. Ele queria atenção e
não tinha medo de exigir. Ha... Ele e Ream deveriam conviver
perfeitamente.

Joguei feno para os outros quatro cavalos antes mesmo que ele
conseguisse o seu único. Ele ficou de frente para Clifford, que estava
esticando o pescoço como uma girafa e tentando pegar o feno das mãos
de Ream. Clifford estava ficando puto e chutando a porta do Box mais
duramente. Parecia que Ream estava pensando como ia chegar perto o
suficiente para lançar o feno no cavalo sem ser atacado. O engraçado foi
que Clifford sofreu o inferno e voltou, e ele ainda não tinha um osso
médio em seu corpo.
Eu estava prestes a desistir e levar o feno de Ream antes de
Clifford chutar um buraco através de sua porta quando Ream levantou
o feno sobre a sua cabeça e atirou-o como uma bola de basquete para o
aro. Clifford recuou a tempo, e o feno desapareceu na sua tenda. Ele
bufou e começou a comer.

Quando Ream olhou para mim, havia uma expressão determinada


em seu rosto, confiante e inabalável. Merda. Não havia nada sobre
Ream que fosse bom.

— Eu cometi o erro de não proteger Haven. Eu não vou repetir os


erros. - Não, Ream contemplando todos os ângulos antes de agir.
Provavelmente, outra razão pela qual ele correu para longe de mim
assim que ele descobriu com o que ele estava lidando. — Você pode
negar-nos tudo o que quiser Kat, mas você não está me empurrando
para longe. - Ele acenou com a cabeça em direção a Clifford. — Eu não
confio ou gosto deles. Mas você faz. Então, eu vou aprender.

Ah foda-se. — Eu estou saindo com Lance. Você pode pensar de


outra forma, mas eu não fico com dois caras ao mesmo tempo. - Eu
estava tentando agir como se suas palavras não significassem nada
para mim, mas realmente eu estava derretendo em uma poça de
manteiga aquecida a seus pés.

Eu apaguei as luzes e saímos do celeiro, Ream perto de mim.

— A discussão, luta, e ferir um ao outro, terminou. Nós éramos


amigos primeiro. Eu estou pegando isso de volta. - Andamos alguns
metros antes de acrescentar: — E esse cara que você está namorando,
se ele te machucar, o que me envolve, então é melhor ele ver o que ele
apronta.

— Ream, ele é bom.

Ele resmungou. — Você não gosta de bom, Kat. Não faz nada para
a sua atitude petulante. Você vai ficar entediada com o seu bom, mas
tente... e saiba quando seu bom não fizer nada por você... Eu estarei
esperando. - Ele baixou a voz: — Mas, baby, eu sei o que te deixa
molhada e não é o bom.

Eu bufei.

— Cheio de si mesmo, não é? - Mas ele estava certo. Ele estava em


um nível totalmente diferente do que Lance. — Não é tudo sobre o sexo,
Ream. Talvez seja onde você passou fora do curso.
Ele ficou em silêncio até chegarmos à porta do lado onde ele
agarrou meu braço antes que eu pudesse deslizar para dentro. — O
sexo é primal. E é feio como a porra do inferno. Eu sei disso melhor do
que ninguém. Mas com você... com você é tudo beleza. Você conseguiu
destruir o feio, Kat.

A eletricidade no ar provocava em todas as direções. Prendi a


respiração e ele estava tão perto que se eu ficasse na ponta dos pés e
inclinasse um centímetro para frente, nossos lábios se encontrariam.
Mas eu não podia. Não importa que a minha atração fosse Ream, eu
estava tentando seguir em frente e ficar com outra pessoa.

— Boa noite, - eu murmurei e corri para o meu quarto. Quando eu


bati a porta atrás de mim, eu inclinei-me contra ela, minha respiração
áspera e irregular.

Eu não tinha ideia do que eu ia fazer vivendo sob o mesmo teto que
Ream e com ele a agir como ele estava. Ele jogou-me fora de equilíbrio e
em completo caos. Eu não podia deixá-lo voltar, ele pode ter mantido o
meu segredo, mas eu não confiava nele para não me machucar de novo.

Eu me troquei e escovei os dentes enquanto olhava para mim


mesma no espelho. Talvez ele sentisse que poderia me salvar depois de
falhar com a sua irmã? Mas eu não queria isso. Ream pode pensar que
ele pode me ganhar de volta com os seus jogos, mas eu não era um
prêmio a ser ganho. Será que Ream não tinha percebido ainda que eu
não poderia ser corrigida?

Eu virava na cama por horas antes de finalmente ceder aos meus


pensamentos turbulentos e levantar-me. Eu calmamente abri a minha
porta, para ouvir se alguém estava acordado, mas a casa estava em
silêncio. Eu percorri pelo corredor até a marquise, que estava fora do
escritório de Logan. Era uma pequena sala com paredes de vidro com
uma cadeira e otomano e meu cavalete e tintas. Eu liguei as luzes e
olhei para a pintura que eu vinha trabalhando ao longo das últimas
semanas. Era um resumo de uma manada de cavalos a galope de frente
com poeira levantada e girando em torno deles.

Fui até meu cavalete, peguei os tubos de cinza e branco de titânio


de Payne, jorrei bolhas na minha paleta, em seguida, comecei a
misturar até que eu tinha o tom perfeito. Então eu pintei até as
primeiras horas da manhã.
Ela estava salva.

Nada mais importava.

Nada poderia tocá-la.

Eu jurei protegê-la apesar de todos os custos.

Mas a sua beleza havia emergido.

E ele havia noticiado.

Eu tinha que protegê-la dele. De todos.

Senti os sinais familiares do meu corpo reagindo ao stress e a


exaustão, peguei a pequena garrafa na parte de trás da minha mesa de
cabeceira e coloquei um dos comprimidos verdes na minha boca. As
agulhas não fizeram nada para acalmar meus nervos que dispararam
como flashes em velocidade a jato. Mas as pílulas fizeram efeito e eu
esperava que fosse o suficiente para passar o dia.

Havia um bilhete na geladeira de Emily que ela e Logan foram ver a


casa com o agente imobiliário e, em seguida, visitar Isabel. Ela colocou
uma cara de sorrisinho ao lado dos beijos. Eu sabia exatamente o que
estavam fazendo, e eu fiquei muito feliz por eles. Ream, Crisis, e Kite
estavam, sem dúvida, ainda dormindo. Imaginei seus horários de sono
bagunçados depois da turnê.

Olhei pela janela da sala de estar no meu caminho de volta para a


marquise com meu café. Olhei para fora nos campo de cavalo na
esperança de ter um vislumbre de Clifford. Hank geralmente soltava-os
em torno da sete a cada manhã.

Minha respiração ficou presa na minha garganta enquanto eu via


Ream de pé na linha da cerca, com a mão acariciando o focinho de
Clifford. Olhei por alguns minutos, observando-o olhar vulnerável e
incerto, enquanto Clifford empurrava e insistiu em ter um tapinha.

Era como nós, eu percebi. Ream estava confiante e seguro do que


ele queria, insistindo. Eu... Eu não queria me abrir para a dor
novamente. Eu tinha sido destruída quando meus pais morreram. Uma
cicatriz que nunca foi embora. Para perder alguém que você amava
tanto... Ream sabia o que era, mas para mim foi mais do que apenas
emocional. Eu senti fisicamente também. Era tudo sobre como ficar
protegida. Sem stress. Com Lance eu estava a salvo. Ream era uma
ameaça.

Afastei-me da janela e continuei na marquise, fechando a porta e


fechando a imagem de Ream.

Foram várias horas mais tarde, quando ouvi os gritos e os


palavrões. Corri para a sala para ver Crisis, Kite e Ream todos sentados
no chão, com as pernas para fora, encostados no sofá. Crisis e Ream
tinham controladores em suas mãos e os gritos haviam sido da TV onde
os carros estavam correndo por uma trilha.

— Bolo doce, sente e assista eu bater a bunda do seu namorado, -


disse Crises, então gemeu quando seu carro saiu girando fora de
controle em torno de um canto e o de Ream passou voando.

— Eu estou com Lance agora, Crisis.

— Sim, tanto faz. - Ele acenou com a mão no ar, como se ele não
acreditasse em mim.

Eu ia deixá-lo passar. Afinal de contas, era Crisis e ele gostava de


mexer na merda. Embora, o rosto de Ream parecia muito, muito
satisfeito, muito provavelmente sobre a observação e não porque ele
agora estava ganhando.

Eu fui e sentei-me no braço do sofá. Ream segurou seu controlador


como ele fazia com tudo, com confiança. Não havia nenhum rosto
inseguro como Crisis, que atualmente estava enfiando a língua para
fora, amassando seu nariz, e movendo o controlador na direção que ele
estava se transformando.

— Você sabe, é divertido de assistir, mas você percebe que mover o


seu corpo não tem qualquer efeito sobre o que está acontecendo na tela
neste jogo.

— Ele acha que tem. Você deveria vê-lo jogar os jogos de luta, -
disse Kite e então riu.
Eu não tinha notado isso antes, mas a risada de Kite estava
quente. O tipo que afundava em seus ossos, um som áspero, rouco...
Hein. Olhei para Kite de novo, perguntando por que diabos ele não
tinha uma menina. Ele estava quente, coberto de tinta, e era um bom
rapaz. Ok, ele tinha muitos piercings, mas eu imaginei que o que estava
em sua língua poderia sentir-se muito, muito quente em determinados
lugares. Quando olhei para trás, vi Ream assistindo-me e assistindo
Kite e ele estava carrancudo.

— Uau! - Crisis gritou e jogou os braços no ar. — Arrebentado. Da


próxima vez, olhos na estrada em vez do bebê.

Ream e eu olhamos para a tela. Seu carro ficou fora na grama


apenas à vista da linha de chegada.

Eu ri.

Ele ficou de pé.

Meus lábios se separaram e o coração disparou, junto com a horda


de borboletas que causaram frenesi em minha parte inferior do corpo.
Então ele fez isso com uma piscadela sutil novamente. Ream piscando
para mim foi super sexy, e isso me deixou sem fôlego.

Eu ainda estava incerta sobre onde estávamos e se ele estava


levando a sério a ideia de amigos ou se ele estava indo para pressionar
por mais. Ele estendeu o controlador para mim. — Jogue Kite, ele vai
pegar leve com você, Kitkat. O perdedor joga comigo. Vencedor, Crisis.

Levantei-me e caminhei até ele. Esse foi meu primeiro erro, porque
estar em seu espaço significava que eu podia sentir o cheiro dele, e foi
bom que meu corpo lembrava-se de ser bom. Peguei o controlador então
franzi a testa, segurando-o na minha frente com dois dedos. — Você
quer me pegar um pano ou algo assim? Essa coisa está toda suada e
nojenta.

Ream riu e enviou uma onda de arrepios através de mim, e eram


todos os bons arrepios. Sim, sua risada era mais quente do que de Kite.
Ele se inclinou e sussurrou: — Eu posso lhe trazer o que quiser linda. E
eu lembro-me especificamente de você gostando de tudo suado.

Sentei-me no chão. Foi rápido e sem graça, porque o meu corpo


estava hiper consciente e demonstrando desejo. Era como se mãozinhas
de fadas estivessem festejando na minha pele e estendendo a mão para
Ream, gritando seu nome.
Crisis saltou sobre as costas do sofá. — Precisamos de cervejas
para esta corrida. Pode querer fazer xixi antes de começar, Ream. Você
sabe como Kite joga... como um vovô dirigindo. Kat, você pode vencê-lo
com um patinete."

Ream bateu em Kite no ombro.

— Experimente mantê-la na calçada, amigo. - Então ele olhou para


mim. — Você é boa, Kitkat? Precisa de algumas dicas?

Dei de ombros.

— Já joguei. Eu prefiro os jogos de fantasia. Você sabe usar seu


cérebro para descobrir merda. Dirigindo em círculos em torno de uma
pista realmente não me atrai.

— O que funciona com você? - Perguntou Ream, e de seu tom de


voz eu sabia que ele não estava falando de jogos, mas eu decidi com
Ream que era melhor ignorar suas insinuações. Eu estava acostumada
a Ream estando chateado e ficando com raiva, perdendo sua merda.
Isso... Isso me fez lembrar-me de quando nos conhecemos e foi
aumentando a minha incerteza a um território totalmente novo.

— Homens de meia-calça em sua maioria, - eu disse. Kite caiu na


gargalhada. — Você sabe, como os super-heróis.

— Oh, queridinha, eu vou ser o seu super-herói qualquer dia. Eu


posso fazer maravilhas com o meu pau... - Crisis parou no meio da
frase, uma perna sobre o sofá, a outra no chão, e quatro cervejas na
mão. Ele olhou para Ream, que não parecia feliz, em tudo. O tipo de
louco que faz você parar e olhar, então se perguntar se você deve
começar a correr. Crisis não fez é claro. — Primeiro Emily, agora Kat.
Que porra é essa? Com que garota que eu vou flertar agora? Cristo,
Kite, homem, precisamos de outra garota para passar por aqui.

Ream pegou duas cervejas e abriu-as, passando uma para mim. —


Obrigada. - Ele balançou a cabeça, em seguida, inclinou a cabeça para
trás e engoliu o líquido gelado.

Eu não conseguia tirar os olhos e fui pega olhando quando ele


abaixou a cerveja e nossos olhares colidiram.

Merda.

— Terra para montão? - Crisis bagunçou meu cabelo.

— Montão?
Kite apontou para uma gota de tinta na parte de trás da minha
mão, em seguida, acenou para a TV. — Escolha o seu carro, linda. -
Kite tinha um sotaque irlandês fraco, mas acentuou-se com a palavra
linda. Ele chegou a sugerir que carro seria melhor para mim e depois
me deu algumas dicas. Em pouco tempo estávamos correndo.

Eu esqueci Ream, bem, esqueci é uma palavra forte, sempre fui


consciente dele, mas eu o empurrei para o canto de trás da minha
mente. Merda que era uma grande mentira; ele estava sentado ao meu
lado, longo, pernas magras estendidas em jeans. Não apenas os jeans,
mas os desgastados na altura dos joelhos. Desvaneceu-se e apenas
confortável em todos os lugares certos. Nossos ombros tocaram, bem, a
centímetros de distância, mas a atração magnética que eu sentia, era
como se estivéssemos nos tocando. Por que eu não podia tirá-lo de
mim? Por que ele era tão difícil de esquecer? Podemos ser amigos de
novo? Não, havia muita tensão sexual entre nós para sermos apenas
amigos. Eu não poderia imaginar vê-lo com outra mulher... Oh Deus, eu
não tinha pensado nisso.

— Kat, o que diabos você está fazendo? Garotas. - Crisis bateu no


joelho e riu.

Concentrei-me de volta na tela, e eu ia todo vapor em uma ponte,


pneus derrapando e não fui a lugar nenhum. Kite estava rindo pra
caramba com tanta força que ele bateu seu carro em um sinal e fez um
de oitenta. Eu inverti e comecei a voltar na pista. Kite deu meia volta
antes de mim.

A mão de Ream desceu na minha coxa e Jesus, fiquei tão surpresa


e sim, pronta para saltar o idiota que eu deixei cair o controlador e o
meu carro chegou a um ponto morto no meio da pista.

— Mãos fora, cara. - Eu olhei para ele e ele colocou as mãos, mas
eu vi o brilho de um sorriso puxando os cantos de seus lábios. Ele
queria fazer-me perder... trapaceiro. — Não toque nos jogadores. Vou
ligar para distração.

Crisis em um laço com o braço ao redor da garganta de Kite e


puxou-o para trás.

— Kat. Vai. Vai. Vai. Você ainda pode bater este maricas.

Eu ri e fui direto ao assunto e fiz meu caminho ao redor da pista,


mas Kite tinha conseguido escapar de Crisis e foi aproximando-se da
linha de chegada.
— Você não presta, doçura, - disse Crisis, balançando a cabeça. —
Dê-me o controlador. Eu estou chutando alguns traseiros Kite. - Passei-
o e ouvi o rugido dos motores, quando os meninos esperaram a
contagem regressiva. — Coma meu gás, - Crisis gritou enquanto
disparou à frente de Kite.

— Porra você fez isso no ônibus da turnê, - Kite murmurou. Eu


não conseguia parar de rir do bufar de emergentes. — Kat, Emily te
disse sobre Logan proibir Crisis de dirigir o ônibus em Minnesota? - Eu
balancei minha cabeça. — O porco estava andando nu, bêbado e com
uma garota, que não era tímida, em seu beliche. Emily viu e... merda
Ream... Não é que ela disse que ela vomitou um pouco com a visão de
seu traseiro nu?

— Ha. Mais como saber se ela estava na cama errada, - disse


Crisis.

Eu ri porque não havia sequer a mais remota chance de que Emily


jamais pensaria isso. Mesmo que seu pênis fosse do tamanho de um
taco de beisebol.

— E pelo menos eu posso fazê-las gritar. - Crisis balançou os


braços bem abertos enquanto ele fazia um gesto bem na cara de Kite
indicando que havia vencido. — Aquela garota punk que você comeu no
camarim... Lembra-se dela? - Kite resmungou. — Sim você faz, o mesmo
acontece com toda a porra da tripulação. - Merda. O carro de Crisis
colidiu contra uma média e diminuiu, uma vez que atingiu a grama. O
carro de Kite passando.

— Você vai perder, - disse Kite, sorrindo.

— Foda-se. - Crisis focado na TV e a história que eu queria ouvir


foi deixada por dizer.

Crisis acabou vencendo e Ream e eu batemos as cervejas com ele.


Foi bom vê-los não na garganta um do outro. Rapazes eram engraçados.
Eles poderiam dar uma surra um no outro, chamar uns aos outros dos
piores nomes que existiam, e, em seguida, serem os melhores amigos
bebendo juntos no minuto seguinte.

Eu odiava a merda entre Ream e eu causando conflito com Crisis e


Ream. Mas também parecia parte do que eles faziam como irmãos.
Incitando um ao outro, brincando, e isso era o que Crisis vinha fazendo.
Empurrando a fronteira comigo na frente de Ream.
— Pronta? - A voz de Ream era suave e gentil e ao mesmo tempo
tinha uma vantagem, ele aquecia minha região inferior em uma fervura
baixa. Foda-se. Preciso concentrar-me em não receber a minha bunda
chutada.

Kite passou seu controlador, e eu peguei meu carro e parei. — Que


tal escolher outro caminho? Algo um pouco mais... Um desafio?

Ream encolheu os ombros. — O que quer que você goste. Sua


escolha, linda.

Eu adorava quando ele me chamava disso, e é por isso que eu


odiava tanto. — Chama-me de novo e eu vou ter que chutar o seu
traseiro e envergonhá-lo na frente de seus amigos. - Eu percorri até que
encontrei o off Road.

Crisis começou a rir histericamente, e Kite balançou a cabeça para


trás e para frente. Ele inclinou-se e cutucou-me com o ombro. — Essa é
a especialidade de Ream. Tem certeza de que quer pegar isso? Porque
você não está chutando a bunda dele nessa faixa não importa o que
você faça.

— É apenas um jogo, rapazes. Não é como se eu estivesse


perdendo alguma coisa grande.

— Direito de se gabar, - Crisis murmurou.

— Orgulho,- Kite decretou.

Eu ri.

Ream riu. — Eu vou pegar leve com ela. Eu amo que você pegou
minha pista favorita, baby. - Ele inclinou-se mais perto e eu levantei a
minha mão.

— Não toque. Não me chame de bebê ou bonita, e se você


conseguir essas coisas, então talvez eu vá pegar leve com você.

— Oh, eu não preciso de você para ter calma comigo, linda. Todo
mundo já sabe que eu sou o rei do off Road. Você vê o placar? - Ele
clicou algumas vezes e até chegou à pontuação para a pista. O nome de
Ream estava todo sobre ele. Ele abaixou sua voz. — Eu posso até deixar
você ter seu nome em cima da placa, se você me deixar te beijar.

Eu fiz uma careta.

— Não é um acaso. Eu estou chutando a sua bunda porque eu sou


melhor do que você.
Ele riu a cabeça jogada para trás, expondo sua garganta
novamente. A garganta que eu mordisquei, chupei e corri minha língua
por toda ela. Então eu mordi minha língua e empurrei minha cabeça
para a tela e dobrei para baixo.

Ream era bom... Não, ele era ótimo no off-road, mas eu cresci com
um irmão mais velho e eu omiti um pouco da verdade. Games de
fantasia eram os meus favoritos, mas eu destaquei-me em corridas de
carro. Propositadamente perdendo o último jogo com Kite tinha sido
divertido, batendo Ream era melhor.

— O novo amor da minha vida, - Crisis exclamou enquanto eu


rasgava a linha de chegada à frente de Ream por uma fração.

— Mais uma vez, - Ream me cutucou com o ombro, e eu tentei


controlar a minha vertigem. Eu esperava que ele ficasse louco que ele
tinha perdido, mas em vez disso Ream era brincalhão e doce, e eu
estava derretendo.

Jogamos por mais uma hora e Ream bateu-me duas vezes e eu


chutei a bunda de Crisis, que teve que mudar o jogo para o boxe.

— Eu estou fora, rapazes. - Eu passei o meu controlador para Kite,


então me levantei e fui até a cozinha para pegar algo para comer antes
de voltar à pintura. Eu nunca falei para Ream siga-me, mas quando eu
fechei a porta da despensa ele estava bem atrás de mim.

— Nós estamos indo almoçar. - Ream pegou minha mão antes que
eu pudesse protestar e começou a caminhar para a porta. Ele agarrou
as chaves do gancho na parede. — Mais tarde, meninos, - ele gritou.

— Ream. - Ele me puxou para fora na varanda. — Ream. Sério, eu


estou namorando outra pessoa.

— Então. Nós somos amigos que vão sair para pegar comida. - Ele
parou no carro, abriu a porta do passageiro. — Suba. - Suas
sobrancelhas subiram diante da minha hesitação. — Estou começando
a pensar que você discute comigo de propósito, porque isso te excita.

Eu abri minha boca para discutir, em seguida, fechei de repente.


Então eu entrei e assisti seu doce tranco de bunda desfilar em frente ao
carro e deslizar ao meu lado.

Ele levou-me a um pequeno pub bonito em King Township. Emily e


eu tínhamos ido várias vezes, uma vez que tinha uma banda ao vivo na
sexta-feira e sábado à noite e estava perto da fazenda quando não
queríamos viajar para a cidade. O pub também tinha comida que eu
poderia comer com a minha nova dieta, então eu pedi uma salada de
milho e sanduíche de frango com pão de centeio torrado.

Eu roubei uma batata frita do prato de Ream, e ele estendeu a mão


e cravou o garfo em uma pequena cenoura. Quando ele mordeu-a, eu o
imaginei me mordendo. Gah... Isso era uma má ideia. Nunca seríamos
capazes de sermos apenas amigos.

Nós conversamos sobre Logan e Emily, a banda, a turnê e como


era, e os planos para o novo álbum. Ele perguntou sobre Clifford e meu
próximo show de arte na galeria. Eu esperava Ream para empurrar
sobre o nosso relacionamento, mas ele não tocou no assunto e me senti
como... Como nós costumávamos ser. Ele estava completamente
relaxado, até mesmo a intensidade habitual em seus olhos escuros era
calma.

— Então, você está gostando? Da turnê? - Nós conversamos sobre


os shows e como era selvagem e louco estar com uma tonelada de
pessoas constantemente ao redor.

Ream esticou as pernas debaixo da mesa e sua panturrilha


esfregou-se contra a minha enviando arrepios na minha pele.

— Está com frio?

Limpei a garganta e cruzei os braços tentando esconder o efeito


que ele teve sobre mim. Houve uma dança de faísca travessa em seus
olhos. Eu balancei minha cabeça e tomei um gole do meu café.

— Eu faço. Mas eu prefiro aqui. Mais silencioso. - Ele estava


observando-me... Olhos preguiçosos quando ele continuou. — E há algo
aqui que eu quero.

Isso me jogou completamente fora de equilíbrio, e meu café


derramou sobre a mesa quando eu abaixei a xícara com muita força.

Ele deu de ombros. — Mas em turnê é um bom momento, beber


muito, muito pouco sono, e sim muitas garotas. Embora, Crisis nunca
iria admitir isso.

Era como se um peso de chumbo esmagasse o meu peito. Então,


ele tinha estado com outras mulheres. Bem, não que ele não o faria;
não havia razão para que ele não o fizesse. Nós não estávamos juntos,
então ou agora. Merda, nunca, tínhamos sido um casal. Então, por que
eu estava tão chateada com o pensamento dele estar com outra
mulher? Ou, mais do que as mulheres prováveis. Isso foi onde ele tinha
ido quando Emily disse que ele desapareceu? Para ter relações sexuais
com uma garota?

Ele cutucou minha perna e eu olhei para ele. — O que está


acontecendo?

Meu sorriso falso era bom, quero dizer que eu poderia obtê-lo
passando Matt e Emily sem ser detectada como uma mentira, mas meu
sorriso vacilou quando ele fez uma careta para mim. — Nada.

— Não minta. Você está pensando em algo e isso não é bom. - Ele
estendeu a mão sobre a mesa e entrelaçou os dedos com os meus.
Passou do limite da amizade, mas eu não me afastei porque eu gostei,
muito. Seu polegar acariciou da frente e para trás, e era íntimo. Muito
íntimo. Pensei em Lance e rapidamente puxei de volta. O que eu estava
fazendo? Cristo, eu sei que Lance e eu estávamos namorando, mas de
mãos dadas foi passar a regra da amizade. — Você vai me dizer ou eu
vou ter que te envergonhar?

Eu falhei.

— O quê? - Não havia nenhuma chance de eu dizer a ele que eu


estava chateada por que ele tinha estado com outras mulheres.

— Constrangimento será.

Peguei a mão dele, mas ele facilmente escapuliu e, em seguida,


deslizou para fora da mesa. Eu não sei o que eu esperava, mas não era
ele ir falar com o barman. Após uma breve conversa, ele se aproximou
de onde a banda tinha criado para o desempenho de hoje à noite. Eu
deveria ter escapado naquele momento, mas eu não me envergonhava
de forma fácil e eu estava curiosa.

Ream pendurou o violão no ombro e sentou-se no banco. Quando a


música começou, eu senti o aumento de calor no meu corpo, porque
sua voz tinha um efeito de ondulação dinâmica que agarrava minhas
entranhas. Não havia microfone, sem guitarra elétrica, sem música de
fundo, apenas sua voz magnética e o dedilhar de seus dedos sobre as
cordas da guitarra.

Ream cantou certo para mim, e quando eu olhei ao redor do bar,


todo mundo sorriu e olhou entre Ream e eu. Ele pensou que iria me
envergonhar, mas não fez nem um pouco. Ream tinha uma linda voz,
profunda, que tinha um ligeiro raspar a ele, e ouvi-lo foi um presente,
não importa o que havia entre nós.
Eu deslizei para fora da mesa e caminhei em direção a ele. Seus
olhos nunca deixaram os meus quando me aproximei. Parei a poucos
passos, fechei os olhos e comecei a mover-me. Dançar era a minha
coisa e talvez ele tivesse feito isso de propósito, porque ele sabia disso.
Eu dançaria em qualquer lugar, se pudesse. Após ser baleada, eu tinha
que manter meus movimentos calmos em vez de minha dança maluca
habitual ou minhas pernas reagiriam.

Era uma música lenta e nos mudamos sem pressa e sedutor, sua
voz me pedindo enquanto ele teceu uma teia em volta de mim e me
manteve em cativeiro. Mesmo com os olhos fechados, eu podia senti-lo
me olhando e eu sabia que se eu os abrisse, seu olhar aquecido faria
meus joelhos tremerem e eu cairia. Quando a voz dele se afastou, eu
parei e olhei para ele. Sua mão repousava sobre a guitarra, o seu corpo
rígido, e não havia essa intensidade escura de volta em seus olhos.

— Beije-a, - alguém gritou quando patronos aplaudiram, vaiaram e


gritaram.

Ream deixou a guitarra de lado, em seguida, aproximou-se de


mim. Ele passou o braço em volta da minha cintura e trouxe-me para
perto. A multidão foi à loucura e ainda assim eu realmente não ouvia o
que eles estavam gritando, porque tudo o que eu podia fazer era tentar
manter uma aparência de controle, quando tudo em mim estava
gritando para saltar nele.

Inclinou-se para perto de mim

— Você não tem vergonha.

— E você não é tão ruim.

Ele riu.

— Obrigado. Eu cheguei perto.

— Beije aquele pedaço quente de bunda antes de eu ir e fazer isso


por você, - um cara gritou do outro lado do bar.

Ream endureceu e foi para mover em direção a quem gritou.

— Não. - Eu coloquei minha mão em seu pescoço e enrolei os


dedos em seu cabelo. — Deixe-o. Mas, Ream, eu não posso te beijar.

— Um beijo. Para a multidão.

— Ream, estou saindo com alguém.


— Vocês estão sério?

— Não exatamente. Mas beijando outro cara, um que eu... Estive


antes... Não seria justo.

— Então, é justo que você não está me dando uma chance?

— Ream. - Não havia dúvidas que tínhamos a química, mas não


começou assim. Na verdade, eu especificamente o lembrei de dizendo
quando estávamos deitados na cama que quando ele me viu, ele pensou
que eu era uma das presas, estragada, uma das cadelas sabe tudo.

Uma segunda chance era algo que eu não daria às pessoas porque
a vida era muito curta para desperdiçá-la com um cara que ficou com
medo no momento que viu minhas drogas. Ele mesmo admitiu que o
lembrou de sua irmã e do hospital e seu passado de merda. Ele provou
isso para mim duas vezes. Ele pode ter ficado no hospital até que eu
estava fora do estado crítico depois de ter sido baleada, mas ele ainda
me deixou. Amigos não fazem isso. Ele disse que se importava, mas as
ações falavam mais alto que palavras e suas ações deixaram
lembranças amargas.

— Porra, cara, beije-a, - a mesma voz gritou, e antes que eu


pudesse impedi-lo, Ream inclinou-se e sua boca roubou minhas
palavras, meu corpo e minha alma. Seus lábios tomaram e no começo
eu mergulhei nele, os aplausos da multidão ficaram perdidas para mim
enquanto eu pressionei em estreita, a dança familiar de sua língua, o
calor de seus lábios que eram duros e ainda flexíveis.

Oh Deus, o que eu estava fazendo? Eu violentamente recuei


ofegante e trêmula. Eu olhei para ele e ele estava olhando
completamente irresistível com seus olhos ardentes e os lábios recém
beijados.

Em seguida, dentro de um segundo ele levou de volta para o mar


quando a garçonete veio e pediu seu autógrafo. Ream saiu dos meus
braços e pegou a caneta e o papel da morena. Eles conversaram por um
minuto enquanto eu comecei a voltar para a mesa. Eu não andei muito
antes de sua mão agarrar a minha e puxar-me de volta ao seu lado.

Ele deu à menina o papel e algum dinheiro para o nosso garçom e,


em seguida, dirigiu-se para a porta, mantendo a mão firme na minha.
Assim que estávamos fora, ele parou abruptamente e eu bati em suas
costas.
Ele era louco. Merda, o que o inferno? Esse cara tinha problemas.
Eu era a única que deveria estar furiosa depois que ele me beijou
quando eu lhe disse que não podia.

— Não se afaste de mim. - Eu fui para responder inteligente de


volta, mas ele foi rápido, pegando meu queixo e colocando um dedo
sobre a minha boca. — Quero dizer que, Kat. Amigo, namorada, ou a
porra da minha esposa. Eu não quero você se afastando de mim,
quando outra garota está disputando a minha atenção, porque não
importa o que somos... Você é mais importante do que elas.

Não muito frequentemente eu estava sem palavras, mas Ream fez


isso para mim. Não houve discussão, nenhuma observação espertinha,
sem argumentação; isso só foi uma coisa bonita de se dizer, não
importa o que ele era para mim.

Ele fez um gesto brusco com sua cabeça, como se estivesse


convencido de que eu tinha o que ele estava dizendo e não ia discutir o
ponto. Então ele me soltou e fomos para casa, onde eu escapei para a
marquise, longe de Ream que eu estava lutando para negar.
Sua mão acariciou minhas costas para cima e para baixo como um ioiô.

Pare com isso.

Eu odiava. Eles sempre faziam isso comigo depois que me machucavam.

Engasguei então joguei o resto do meu jantar no banheiro.

Ela nivelou e eu assisti o redemoinho de água ao redor e ao redor. Isso


era eu. Eu sentia isso, incapaz de fazer qualquer coisa, além de
submeter-me.

Eu bloqueei suas palavras suaves me dizendo que estaria tudo bem. Isso
não seria tão ruim.

Eu queria bater a cabeça no vaso sanitário. Ela não tinha ideia do que eu
enfrentei, semana após semana.

A sombra apareceu na porta, e eu cuspi na água fresca que olhava de


volta para mim.

Eu aguentei.

Ela pegou minha mão e meu estômago enjoado.

Então seguimos a sombra para o porão.

Não era escuro até que eu ouvi o grito alto de Crisis e percebi que
tinha estado perdida para o arco-íris de cores durante todo o dia.

Eu mergulhei meu pincel dentro do frasco de água cinza sombrio


depois fui para a cozinha para ver Crisis com Emily em seus braços
balançando em torno dela. Logan estava perto, os braços cruzados,
olhando nada satisfeito um e outro homem ter as mãos na menina dele.
Eu podia ver pela maneira como seus músculos se contraíram que ele
estava mal em tolerá-la, e se Crisis não a deixasse ir em breve, Logan ia
fazer algo sobre isso.
— A nossa menina vai se casar, - Crisis gritou para mim enquanto
colocava Emily de volta em seus pés.

Sorri para Emily e depois peguei um vislumbre do anel e


engasguei.

— Porra, mocinha. - Eu fui correndo e agarrei a mão dela, olhando


para o magnífico anel em seu dedo. Não era apenas uma pedra; este era
um anel com duas ferraduras delicadas polvilhadas com pequenos
diamantes. Para conectá-los sentado um belo corte de diamante. Era
perfeito para Emily. Sutil, mas era significativo. Os cavalos abusados
curaram Emily tanto quanto ela sarou, e Logan tinha dado isso a ela.

— É perfeito, - eu sussurrei. Então eu olhei para Logan que parecia


muito orgulhoso de si mesmo. — Tudo bem. Você fez bem, sexy. Você
pode se casar com ela.

Logan riu e Emily olhou para cima. Eu a vi ceder o corpo enquanto


observava seu futuro marido. Ela realmente o amava. Foi a mais bela
vista, observando os dois. Eles leram um ao outro tão bem, como se
Logan sabia como Emily sentia-se melhor do que ela mesma. Ele sabia
o que ela precisava dele e ele deu a ela.

— Avalanche, - Crisis anunciou. — Isso exige bebidas. Onde está


Ream e Kite? - Ele pegou o telefone e começou a escrever.

— Eu tenho Georgie, - eu disse e abracei Emily novamente antes


de eu pegar o meu telefone e mandar uma mensagem para ela. Então
eu chamei o meu irmão e disse-lhe para nos salvar o lugar de costume,
para o que ele gemia e se queixava de que a banda era muito popular
agora e ele precisava chamar mais segurança para a noite. Então eu
reclamei e reclamei que ele não tinha ido à fazenda em semanas para
me ver. Ele calou-se.

Enviei a Lance um texto demasiado. Nós não tínhamos planos para


esta noite, mas ele gostava de saber o que eu estava fazendo. Eu pensei
que era bom e que era, mas bom... Bem, bom foi muito bom. Eu disse a
ele que iríamos ao Avalanche para celebrar com Emily e Logan o seu
noivado, mas não o convidei, mesmo que qualquer garota normal
namoraria um cara que iria. Mas com a forma como Ream estava
agindo, jogando Lance na mistura era puxar o pino da granada e lidar
com isso em uma noite que era para Emily... Eu não estava dando a
chance de ela ser arruinada.

O carro de Ream tinha ido embora e Crisis reclamou que "o meu
namorado" não estava respondendo a seus textos. Eu bati em Crisis
duro no ombro com a piada de namorado e fiquei silenciosamente feliz
que Ream sumiu. Álcool... Emoções oscilando em uma corda bamba e
uma história volátil... Bem, era mais seguro que Ream não estava se
juntando a nós.

Nós fizemos nosso caminho através da multidão para a nossa mesa


reservada perto do palco. Ele estava agitado como de costume e notei
que Matt tinha alguns caras de segurança ao redor que eu não
reconheci.

Parei para conversar com Molly, uma das garçonetes que tinham
estado no Avalanche por três meses. Menina bonita com cabelo
vermelho brilhante, obviamente tingido desde que ela tinha raízes
negras. Ela tinha a pele pálida, com sardas salpicadas através da ponte
de seu nariz e olhos brilhantes, muito azul brilhante. Eu suspeitava que
ela usasse lentes de contato. Ninguém tinha olhos azuis assim.

Molly tinha vinte e quatro anos e eu me lembro de que Matt quase


não a contratou porque ela parecia ter dezesseis anos e ele pensou que
ela estava usando uma identidade falsa. Foi só quando as lágrimas
caíram e ela implorou que ele decidiu dar-lhe uma chance. Mas
primeiro ele teve sua carteira de motorista e tinha verificado pelo
Ministério dos Transportes para se certificar de que não era uma
impostora.

Algumas semanas atrás, Brett me disse que Molly tinha escapado


de um relacionamento abusivo e havia se mudado aqui para Vancouver
com nada, exceto as roupas em suas costas. Ela supostamente vivia em
uma casa decadente em uma parte perigosa da cidade, com um par de
companheiros de quarto desagradáveis. Brett se ofereceu para
encontrar-lhe algo um pouco mais seguro, mas ela se recusou a tomar
qualquer tipo de ajuda.

Kite sorriu e piscou para Molly em seu caminho.

— Ei, amorzinho.

Sorri quando a vi esconder o rosto em uma cortina de cabelo como


ela sempre fazia. Ela resmungou alguma coisa de volta para ele, embora
tenha sido muito mole para ouvir sobre a música. Eu não sei como ela
conseguiu passar por uma noite no Avalanche ela era tão tímida e
facilmente envergonhada, e os frequentadores eram implacáveis com
sua provocação.
— Parecendo apetitosa como de costume. - Crisis bateu Molly na
bunda e mandou-a cambaleando para frente. Eu tive que ajudar a
estabilizá-la e a bandeja de cervejas que ela carregava.

— Crisis. - Eu repreendi.

Ele ergueu as mãos.

— O quê? Ela parece quente. A menina precisa ouvir isso. - Antes


que eu pudesse dizer qualquer outra coisa, ele já estava tecendo através
da multidão.

Nós conversamos mais alguns minutos antes que eu a vi olhar


sobre o bar e, em seguida, ela rapidamente fez suas desculpas,
tropeçando em todas suas palavras e correu fora. Olhei para o bar e
peguei Brett assistindo Molly e ele estava franzindo a testa. Brett
raramente franzia o cenho. Eu procurei por Molly e vi que servia um
monte de caras, e um deles estava com a mão em seu braço.

Interessante. Brett era quente para Molly? Eu nunca o tinha visto


com uma garota, e ele tomou muitos números a partir do trabalho de
sexta e sábado à noite. O cara era um mistério, um bem sucedido
magnata do mercado imobiliário, quente, charmoso, e raramente perdia
a calma. Ele poderia ter qualquer garota que ele quisesse, mas ele
escolheu para servir-lhes bebidas em um bar em vez de gastar suas
noites de fim de semana levando-as para restaurantes de luxo.

Talvez Molly mudaria isso? Sorri para mim mesma, então fiz o meu
caminho através da pista de dança em direção a nossa mesa.

Eu parei.

Minha respiração engatou. Então eu parei e olhava para ele sem


que ele soubesse que eu o estava fazendo. Por um breve lampejo eu
deixei minhas emoções livre, e foi como deixar um pássaro com a porta
de uma gaiola aberta. Hesitando em deixar a tampa de proteção em
primeiro lugar, e, em seguida, espalhando suas asas e experimentando
a liberdade. Foi catártico e eu queria ficar lá e deixá-lo entrar.

Ele estava sentado com uma cerveja na mão, lentamente,


transformando-o em um círculo, com a cabeça para baixo. Havia uma
pitada de tristeza, algo rachando sua atitude confiante e abrangente. Eu
não teria visto se ele soubesse que eu estava olhando para ele. A ligeira
derrota em seus ombros, a tensão em sua linha da mandíbula, e quanto
mais tempo do que o habitual piscando como se quisesse fechar os
olhos.
Ele tinha um braço pendurado no encosto da cadeira ao lado dele,
então, meus olhos bateram na pequena morena sentada nela. Ele não a
estava tocando, e não era aquela garota que enviou a minha pressão
arterial em ascensão. Era a outra menina que andava para cima e
pendia sobre ele, sua mão descansando em seu ombro enquanto ela se
inclinava sussurrando algo para ele. Eu conhecia a tática; merda, eu
tinha feito isso. Toque leve, nada demais, voz baixa e sexy deixando seu
sussurro de respiração em seu ouvido.

A porta da gaiola se fechou.

Jesus, por que eu me importava? Estávamos separados. Isso era


bom. Talvez ele parasse de brincar com a minha cabeça se ele ficasse
com outra garota. Mas o pensamento de Ream com a loira era como um
soco no estômago. A combinação de raiva e enjoo ameaçou-me, e eu tive
que desviar o olhar por um minuto para me recompor novamente.

— Kat? - Emily veio ao meu lado. Ela olhou para Ream então de
volta para mim. — Isso sempre acontece. As meninas em torno deles.
Você se acostuma com isso.

Liguei o meu cabelo sobre meu ombro e puxei meus ombros para
trás.

— Ele pode ter qualquer garota que ele queira. Não há nada entre
nós. Estou namorando Lance, Eme.

Emily assentiu, embora eu soubesse que ela não acreditou em


mim. Merda, eu não acreditava em mim.

Quando me aproximei da mesa assim o fez Crisis, e ele deu um


tapa em Ream nas costas e chamou sua atenção longe das meninas.

— Ei, amigo.

Ream acenou para ele e disse algo que eu não entendi. Crisis deu
um breve aceno de cabeça, e eu peguei o rápido olhar para mim antes
que ele jogou o braço ao redor da loira e levou-a para longe. Meus olhos
foram para as armas tatuadas de Ream que agora estavam flexionadas
com a tensão em seguida, viajou de volta para seu rosto. Ele estava
observando-me.

Meus lábios separaram-se quando eu tomei algumas respirações


profundas e tranquei olhares com ele. Ele nunca teve o braço para fora
da parte de trás da cadeira com a morena, e para quem não o conhecia,
eles pensariam que nada estava errado.
Eu, porém sabia. Eu vi como as sobrancelhas se contraíram e o
rodopiar de sua cerveja parada. O menor aperto de seu controle sobre a
garrafa e, em seguida, a mudança de suas pernas para que elas não
estivessem cruzadas nos tornozelos, mas pronto para reagir. Eu me
senti como o coelho pego saindo do buraco com o lobo à espreita nas
proximidades.

— Mana. - Matt veio ao meu lado e puxou-me para um abraço,


quebrando a minha visão de Ream.

Matt era magro, mais de dois metros, com ombros largos e olhos
azuis escuros que eram apenas como os de nossa mãe. Ele teria sido
uma estrela quarterback se ele não tivesse que ficar comigo quando
nossos pais morreram. Sendo oito anos mais velho do que eu, dezoito
anos na época, ele desistiu de sua bolsa de estudos na Universidade
Western, a fim de levantar-me. Eu tinha apenas dez anos quando ele
me contou o que tinha acontecido com nossos pais. Eu poderia
lembrar-me de mim implorando uma e outra vez para ver minha mãe
enquanto Matt me embalou em seus braços. Mas não importa o quanto
eu implorei, eu nunca mais a vi.

— Você perdeu peso. - Ele me olhou de cima a baixo, em seguida,


inclinou-se para manter a voz baixa. — Você está bem? É a porra das
drogas, não é?

Não é verdade. E não, eu não estava bem. Eu estava acostumada a


ignorar o que eu não queria enfrentar, e Ream não estava permitindo
isso. Eu estava fora de equilíbrio e meu corpo reagiu a ele. Eu sabia que
uma pílula poderia ajudar, mas eu estava tentando controlar a
quantidade que eu tomava.

— Kat. - Ele apertou minha mão.

— Umm, sim? - O que ele perguntou de novo?

— Você perdeu muito peso. O que está acontecendo?

— Está tudo bem. Eu só estou tentando algo diferente com a


minha dieta. Há um período de adaptação.

Ele ainda não parecia satisfeito com a maneira como seus lábios
contraíram juntos. Ele puxou-me um pouco mais longe do grupo.

— Você está muito magra, maninha. Você quer tentar comer algo
mais saudável, vamos ver um nutricionista.

— Deus, eu não tenho dezesseis anos mais. Eu estou bem.


— Você não parece bem. E você não está dormindo. - Eu tentei
esconder o preto sob os olhos com maquiagem. Acho que falhei. Ele
acenou com a cabeça em direção à mesa. — É Ream, não é? Porra de
cara. Eu sei que merda aconteceu entre vocês dois e é óbvio que ele te
machucou. Eu não gosto disso. Eu não gosto dele. - Ha... Se o meu
irmão soubesse que Ream me chamou de cadela e uma prostituta, ele
não teria sido permitido dentro do Avalanche.

— Nós estamos bem.

— Um monte de ‘está tudo bem’ aqui, Kat.

Eu coloquei minha mão em seu braço, e dei-lhe o meu olhar mais


irritado: lábios franzidos, os olhos apertados, dando um bufo
exasperado.

— Eu te amo, mas reprima o irmão superprotetor para esta noite.


Estamos celebrando o noivado de Emily e Logan. - Ele aliviou-se no
olhar irritado quando percebi que ele não estava comprando minha
desculpa. Gah... Irmãos mais velhos eram os melhores e os piores. Eu
suavizei meu tom e dei-lhe um grande sorriso falso. — Falemos
amanhã? E eu vou ver um nutricionista, ok? - Eu beijei seu rosto. Ele
cedeu, embora sabendo que Matt estaria no telefone amanhã à procura
de um nutricionista para mim.

Sentei-me no banco mais distante de Ream, infelizmente, também


foi em frente a ele, então eu tive o prazer de vê-lo conversar com a
morena. Emily sentou-se à minha direita e à minha esquerda, Kite.
Molly trouxe mais uma rodada de bebidas com duas garrafas de
champanhe por conta da casa. Ela conversou com Ream e notei sua
carranca e melancolia, como se estivesse tentando descobrir alguma
coisa. Eu fiz o meu melhor para ignorar Ream, e pela maior parte eu fiz,
exceto que o meu corpo não podia ignorá-lo. Ele sabia que ele estava a
poucos metros de distância e cada vez que eu ouvi a sua voz grave,
arrepios atravessavam minha pele.

— Oh meu Deus. Kat. Dança. Vamos. - Emily bicou o rosto de


Logan e foi para levantar-se e caiu de volta para o colo de Logan. Ela riu
e ele inclinou-se e sussurrou algo em seu ouvido que fez seu rosto ficar
vermelho brilhante. Ela foi para ficar para trás e cambaleou alguns
passos. — Oops, - ela murmurou e os cantos da boca de Logan se
curvaram quando ele tomou sua breve noiva bêbada. A maneira como
ele olhou para ela, era como se ele acariciasse cada parte dela com os
olhos.
Levantei-me e fui seduzida por um segundo enquanto as bebidas e
o champanhe me bateram. Não tendo nada para comer desde o almoço,
tudo foi direto para minha cabeça. Eu peguei o olhar observador de
Ream, e ele estava de cara amarrada com uma intensidade silenciosa.
Era o mesmo olhar que ele me deu quando ele me encontrou tentando
consertar um trilho de cerca sozinha. Proteção e consumir. Eu
rapidamente desviei o olhar, agarrei a mão de Emily, e com o meu
quadril balançando, nós caminhamos para a pista de dança.

Emily se inclinou para mim e sussurrou:

— Sexo bêbado hoje à noite. Bem, eu bêbada, Logan sóbrio. É o


melhor tipo de sorvete. - Emily girou.

Eu fiz o que sempre fiz e deixei a música tomar conta de mim e


sedutoramente me senti viva. Tentei levá-la lenta, mas a música era
rápida e logo alfinetes e agulhas estavam queimando em meus pés e,
em seguida, trabalhou seu caminho até as minhas coxas. Eu tive que
abrandar ou eu ia cair.

— Eu estou indo para sentar-me.

— Oh meu Deus, Coldplay, - Emily gritou acima do som da música


e segurou minhas mãos.

Merda. Ok, eu poderia fazer mais uma música. Bem, eu pensei que
eu poderia fazer mais uma música antes dos formigamentos tornassem-
se dormência.

Eu estava errada.

Eu fiz isso com a metade da canção antes de eu tropeçar, perdendo


o equilíbrio. Droga. Fui para pegar Emily para apoio, mas mãos
seguraram meus quadris e me puxaram para trás, e eu bati em um
peito sólido.

— Relaxe. Eu tenho você. - Eu endureci quando ouvi a voz de


Ream, baixa como cascalho próximo ao meu ouvido. Seu braço deslizou
em meu abdômen, e ele tomou a maior parte do meu peso em cima dele
enquanto ele continuava movendo-se com a música. Suas coxas bem
duras esfregando contra a minha, e sua virilha pressionando na minha
bunda enquanto ele me manteve trancada contra ele. Eu podia sentir
seu hálito quente no meu pescoço junto ao meu ouvido, e não eram só
as minhas pernas que estavam formigando, era todo o meu corpo.

Emily notou-nos e sorriu com as sobrancelhas levantadas. Então


ela derrotada saiu da pista de dança, deixando-me sozinha com Ream.
— Devemos ir sentar-nos.

— Shh, - Ream ordenou quando ele manteve-me colada à ele.

— Mas...

— Kat.

— Eu estou namorando...

— Baby.

— Eu não quero dançar com você.

— Cala a boca.

— Eu quero me sentar.

— Não, você não quer.

— O quê? - Eu tentei afastar seus braços, mas ele era como o bar
trancado em uma montanha russa. — Ream, - eu chamei por entre os
dentes.

— Se você tentar caminhar de volta para a mesa, você vai cair. Seu
novo namorado deveria estar sentindo-se endividado comigo por ter
certeza que você está sendo cuidada. Então relaxe. Vamos esperar até
que suas pernas fiquem melhores.

Oh Deus. Ele sabia. Ele estava assistindo e me viu lutando para


manter-me com Emily. A sensação esmagadora me englobando foi
muito debilitante para fazer qualquer coisa que não seja encolher-me de
volta em seus braços e procurar o apoio que ele ofereceu.

A respiração de Ream bateu o ponto logo abaixo da minha orelha, e


os finos cabelos da minha pele rosa. Seus dedos tocaram minha pele
nua quando minha blusa mexeu-se, e eu rapidamente inalei. Ele
hesitou quando ele me ouviu, e, em seguida, a palma da mão
espalmada plana no meu abdômen, o envio de uma necessidade
animada para a piscina entre as minhas coxas.

Sua mão moveu-se para cima, lentamente acariciando,


acariciando, tocando, até que o polegar estava logo abaixo do meu peito.
Toda vez que eu exalava, roçava a parte de baixo do meu peito e enviava
uma onda de calor através de mim.

Fechei os olhos.
Então minha cabeça caiu para trás sobre seu ombro enquanto eu
estremeci. Eu não poderia controlá-lo. Ream estava em mim. Não
importa o quanto lutamos ou ferimos um ao outro, era sempre o mesmo
quando ele me tocava. Era um desejo tão poderoso que agarrou as
bordas da minha sanidade e me fez louca com a necessidade. Talvez
seja por isso que tentamos machucar um ao outro? Porque nós dois
estávamos lutando tanto para odiar quando sentimos exatamente o
oposto.

Mas Ream não estava lutando por mais tempo.

Eu queria deixá-lo entrar Deus, assim, ser realizada em seus


braços novamente me fez sentir quente e segura e ainda... Isso me
aterrorizou muito. Porque Ream poderia me machucar. Ele fez uma vez
antes, e eu não podia dar-me ao luxo de desperdiçar um único dia com
um cara que já tinha provado para mim que ele sairia tão logo às coisas
ficassem difíceis. E as coisas sempre ficam difíceis. Eu não tinha
equívocos que eu poderia estar com problemas em algum ponto. Será
que ele sabe disso? Será que ele tinha alguma ideia do que estar comigo
implicaria?

— Kitkat, - ele murmurou em meu ouvido, em seguida, passou o


polegar sobre meu mamilo que puxou contra meu sutiã de renda.

Oh Deus, sim. Seu pênis estava duro e pressionando para dentro


de mim, e eu engoli o aperto na minha garganta enquanto eu pensava
nele empurrando-o dentro de mim. Seus músculos contraindo, o suor
brilhando em sua pele, as mãos bloqueando meus pulsos enquanto seu
peso prendia-me.

Eu estava respirando rápido, meu peito subindo e descendo,


enquanto ele continuava a balançar ao som da música. Eu queria girar
em torno de seus braços e beijá-lo em seguida, arrastá-lo para a parte
de trás do bar e arrancar as suas roupas para que ele me levasse com
força contra a parede.

Ream gemeu então mordiscou meu pescoço. Suor escorria pela


minha pele, e eu lambi meus lábios secos.

— Eu vou estar lá para você. Ele não vê você como eu faço.

Eu pulei com suas palavras, enrijecendo. Lance. Foda-se. O que eu


estava fazendo?
O formigamento nas pernas tinha desaparecido, e eu sabia que era
seguro para eu voltar para a mesa. Tentei arrancar-me de seus braços,
mas ele apertou ainda mais.

— Deixe-me ir.

— Você está deixando tudo confuso entre nós. Chame o cara esta
noite. Diga-lhe que você está comigo.

— O quê? Eu não posso fazer isso. - Eu não fiz bem com qualquer
cara me dizendo como seria.

— Não pode ou não vai.

— Os dois.

Ele virou-me, enrolando a mão ao redor da parte de trás do meu


pescoço trazendo-me de volta para mais perto, em seguida, pegou
minha mão e colocou-a entre nós e apertou-a contra seu pênis.

— Você sentiu isso? - Ele não esperou por uma resposta. — Ele
não tocou outra menina de merda desde que esteve profundamente
dentro de você. - Seus dedos apertados em meu pescoço. — Você sabe
por quê? Porque ele não quer mais ninguém. Eu não quero mais
ninguém. Nós começamos algo e isso foi bom. Não, foi uma porra
grande. Eu nunca tive isso, baby. Nunca pensei que eu pudesse.

Puta merda. Ele não tinha dormido com ninguém desde mim?
Tentei pensar em algo para dizer. Eu era boa em observações
pejorativas. Merda, eu tinha chamado o pau dele para derreter o gelo,
mas ele me jogou o meu jogo e levou um minuto para eu me recompor e
encontrar a minha voz.

— Poderia ter me enganado. Eu me lembro de você dizendo... - Eu


empurrei duro em seu pênis. —... Que encolheu cada vez que eu estava
por perto.

— Você está sentindo isso agora, bonita. Diga-me se eu menti.

Nenhum de nós moveu-se por alguns segundos, os olhos fechados,


a minha mão no seu pau, sua mão enrolada em volta do meu pescoço.
As pessoas ao nosso redor dançaram e cantaram a nova música Hedley
enquanto nós estávamos congelados no meio da pista de dança.

— Quando você levou um tiro foi o segundo pior dia da minha vida.
E eu tive alguns malditos dias ruins. Passei oito meses desejando que
eu não estivesse em turnê para que eu pudesse estar com você. Agora,
estou de volta e a única maneira que eu estou correndo de novo é para
você. - Ele baixou a voz, e o grave, tom profundo martelado em meu
peito. — Lute comigo por tudo que você quer Kat. Eu vou continuar
vindo.

Pensei na única coisa que eu podia para tentar levá-lo a recuar.

— Mostra que você não dá a mínima para mim. A pior coisa para
mim é ficar estressada e você é a causa.

Ream jogou a cabeça para trás e riu. A reação a minha desculpa


era algo que eu não esperava e eu olhei para ele.

— Oh, baby. Essa desculpa não vai funcionar comigo. Você vê, eu
sei como você treme sob o meu toque. Como a sua respiração acelera.
Eu sei que você está toda molhada agora. Você está colocando o
estresse em si mesma, negando-nos.

— Talvez eu queira te foder, mas isso é semântica. Eu tenho um


perfeitamente bom cara que eu estou namorando que vai cuidar de
minhas necessidades.

O sorriso de Ream sumiu imediatamente.

— Você disse que não transou com ele.

Eu não disse nada, embora eu quisesse mentir e dizer que Lance e


eu tínhamos fodido e foi incrível. Mas eu não era estúpida. Ream estava
segurando a sua calma por um fio, e eu não ia ser a única a quebrar
isso.

De repente, ele me soltou, virou-se e voltou para a mesa, sem um


único olhar para trás. E dane-se, eu estava esperando por um.

Eu ia ter que lidar com a questão Lance. Eu precisava de um


relacionamento seguro e Lance poderia ser esse cara... Exceto que eu
estava namorando ele, enquanto estava querendo outro alguém. Eu
tinha que superar Ream e acabar com essa necessidade constante que
fluía através de cada parte de mim. Era ainda possível parar os
sentimentos?

Eu fui e sentei-me ao lado de Crisis, e ele passou o seu braço na


parte de trás da minha cadeira e inclinou-se para perto de mim.

— Brett está de olho em você e Ream. Você é uma mulher


desejada, queridinha. Eu te beijo agora, apenas para deixar os dois com
ciúmes, mas eu acho que já ultrapassamos os limites de Ream. - Ele
acenou para Molly que estava servindo bebidas em uma mesa perto. —
Ela estava assistindo também. Pergunto se ela está interessada em você
ou Ream?

Eu bati em seu ombro, rindo. Então eu estava sóbria. — Foi tudo


de propósito, não foi? - Do canto do meu olho eu vi Ream assinar o
estômago de uma garota com um marcador preto. Ele apareceu já que
agora Logan foi tomado, Ream tinha toda a atenção.

— Ele é meu melhor amigo. Morou com minha família quando


tinha dezesseis anos. O babaca é como um irmão para mim. - Crisis
baixou a voz ainda mais. — Ele estava muito fodido. E é uma mula
maldita e teimosa. Nós lutamos como um casal de testosterona
impulsionando leões da montanha.

Eu não sabia que Ream morou com Crisis. Mas eu realmente não
queria falar sobre Ream mais esta noite. O que eu queria eram mais
algumas doses para adormecer a merda que aconteceu na pista de
dança, e Brett estava servindo.

— Você tem algum ponto?

— Sim, querida. Eu conheço Ream melhor do que ninguém. Eu vi


como ele ficou depois que vocês dois ficaram. Ele estava tão irritado o
tempo todo. Ele estava sofrendo, Kat. Você fez alguma coisa para ele. As
mulheres são objetos para ele. Ele não se preocupa com elas, nunca.
Nenhuma garota atraiu para mais do que um encontro sexual básico, e
confie em mim, elas tentaram. Mas depois de você... Algo mudou. -
Ream tinha acabado de dizer as mesmas palavras para mim. — Por que
você acha que eu o empurrei a flertar com você?

— Ele quase chutou sua bunda também. Ao lado da piscina... Ele


estava tão furioso. - Eu tinha empurrado Ream na piscina depois dele
ter discutido com Crisis sobre mim. Ele retaliou em me pegar, me
jogando por cima do ombro, e saltando de volta para a piscina.

Crisis riu.

— Sim. O idiota não gosta que eu toque sua linda bunda, mas,
doçura, só para você saber, eu adoro tocar em seu rabo. BALANÇA
porra. E é uma merda que eu não posso mais fazer isso. - Sorri. — Não
sei o que aconteceu entre vocês dois, mas eu ouvi as merdas que vocês
disseram um para o outro. Se ele não se importasse com você, ele teria
te tratado como qualquer outra garota. - Ele acenou para a pista de
dança. — Ele estava praticamente transando com você por trás lá fora.
— E ele estava errado. Eu estou saindo com outra pessoa.

— Doçura. - O sorriso de menino de Crisis caiu. — Não conheço o


cara, mas você precisa chutar o seu traseiro, em seguida, obtenha
alguma porra real. - Ele deu de ombros quando eu revirei os olhos. —
Basta dizer.

— Bem, não. Não combina com você ser um casamenteiro. - Eu


empurrei a cadeira para trás e levantei-me. — Eu estou recebendo uma
bebida. Eu me virei e caí diretamente em Ream, as palmas das mãos
pousando em seu peito.

— Vamos.

Eu titubeei.

— O quê?

— Você me ouviu. Vamos embora.

Umm, eu estava pensando que talvez eu perdi alguma coisa,


porque ninguém mais parecia que estavam indo embora.

— Eu estou querendo outra bebida.

— Você já teve o suficiente.

— Desculpe-me? O que você é, meu cafetão? - Do canto do meu


olho, eu vi Crisis sorrindo de orelha a orelha. Sua cadeira rangeu
quando ele se inclinou para trás, com as mãos atrás da cabeça,
olhando.

A expressão de Ream apertou e seus olhos se estreitaram. Sua voz


estava tensa e controlada quando ele disse, — Diga isso de novo e eu
vou jogá-la por cima do meu joelho e bater na sua bunda bem na frente
de todos.

Foi um movimento baixo de minha parte chamá-lo de meu cafetão,


mas eu estava embriagada e irritada e tão malditamente sexualmente
frustrada.

— Jesus, - Ream jurou sob sua respiração balançando a cabeça. —


Baby, você realmente quer começar a nossa merda aqui? - Uma jovem,
que parecia muito jovem para estar no bar, surgiu ao lado dele e tentou
passar-lhe a sua caneta. Ele balançou a cabeça e a devastação em seu
rosto quase me fez agarrar a caneta dela e empurrá-la na mão de Ream,
exceto que havia uma tendência acontecendo. Um número de meninas
pairou perto da mesa agora, e de repente eu entendi por que Ream
queria ir embora.

— Então vá. Sozinho.

Os dedos de Ream acariciaram meu braço até que se


estabeleceram em torno da minha mão. — Kat.

— Ei, Kat, - Brett gritou. — Molly diz que este é o seu. - Eu puxei
minha mão fora de seu alcance e caminhei até o bar. Brett empurrou
um copo de líquido claro para mim. — Você e Ream tem algo agora?

Eu balancei minha cabeça.

— Não. Ele só está tendo problemas em tomar um, não como


resposta.

Molly veio ao meu lado, estatelando a bandeja sobre o balcão.

— Diga a seu novo cara. Talvez ele consiga que Ream a deixe
sozinha.

Eu levantei meu copo e disparei para ela em agradecimento pela


bebida, e ela sorriu.

— Outro? - Perguntou Brett.

Eu realmente não tinha o suficiente, e ser estúpida e bêbada com


Ream em torno era simplesmente... Bem, estúpido. Brett ficou rígido e
eu notei a fácil, calma expressão que ele sempre teve sobre ele
desaparecer.

— Acho que ele pode ser capaz de cuidar do problema agora.

— Oh, ele está aqui, - disse Molly.

— O que você quer dizer? Quem está aqui? - Eu olhei na direção


que Brett assentiu e vi Lance andando na minha direção.
O corpo longo, magro de Lance cortou facilmente através da
multidão. Era como se todos soubessem que tinham que sair do seu
caminho. Não ajudou ele ser o único vestindo um terno. Hum, então
isso não ia ser bom. Ream estava conversando com Crisis de costas
para o bar. Ok, eu poderia lidar com isso.

— Eu te vejo mais tarde, Molly, Brett. Diga a Emily que eu tenho


uma carona com Lance.

— Claro que sim, - disse Brett.

Eu encontrei Lance no meio do caminho e seu braço foi ao redor de


meus ombros e me atraiu antes de se inclinar e me beijar. Ele provou
que ele tinha acabado de escovar os dentes; quando a boca dele, suave
e quente, deslizou sobre a minha.

Ele tinha 1,83 de altura, com uma cor de pele morena, e eu


suspeitava que ele fosse parte da Ásia. Pele suave e definida,
características esculpidas com olhos penetrantes escuros.
Definitivamente, ele estava na categoria quente, e, mais ainda, que ele
era um mestre em Tae Kwon Do.

Ele beijou a ponta do meu nariz, mantendo o braço em volta de


mim. — Eu pensei que eu iria surpreendê-la. Eu queria conhecer os
seus amigos, você está falando muito sobre eles.

Eu não conseguia me lembrar de falar muito sobre eles. Na


verdade, eu provavelmente havia mencionado Georgie e Emily e da
banda em geral, mas nunca os caras.

— Eu estava indo para o condomínio.

— Então, vamos ser rápidos. Uma bebida. Ou você está tentando


me esconder deles?

— Não seja bobo. - Ok, talvez isso fosse bom. Ream veria que
tínhamos acabado e eu estava vendo Lance agora. — Mas você precisa
entender que a banda está estreita. Somo amigos há muito tempo. E eu
costumava sair... Bem mais ou menos sair com Ream, e ele não vai
gostar de você por isso, não se ofenda.

Lance riu.
— Eu posso cuidar de mim mesmo, amor. E eu já sei o que você
está tentando me avisar sobre porque eu vejo seus olhos sobre nós
agora.

Eu endureci, então olhei para trás por cima do ombro para a nossa
mesa. Ream estava de pé ao lado de Kite e a mão de Kite em seu ombro.
Não foi um gesto amigável; isto foi para segurar Ream. A fúria nele fez o
meu estômago rolar, e eu não gostei de ver isso. Em vez disso, eu tive o
instinto de acalma-lo. O que havia de errado comigo? Sério, eu tenho
problemas. Eu sempre fui forte, a menina que sabia exatamente o que
ela queria e foi buscar. Agora, de repente, Ream me tirou o equilíbrio e
eu estava debatendo. Eu odiava debater.

— Nós devemos ir embora.

Lance olhou para mim, colocou o dedo embaixo do meu queixo, e


me beijou novamente. Desta vez foi duro e possessivo, como se estivesse
fazendo um ponto para todos que estavam nos observando. — Você
ainda está interessada nele, Kat?

— Não. Só que é... Complicado.

Ele me beijou de leve nos lábios.

— Kat, eu gosto de você. Muito. Eu quero que isso dê certo entre


nós, e acho que você também.

Oh Deus.

— Kat?

Merda. Eu queria que desse certo? Eu gostava de Lance. Ele era


um cavalheiro, e sim, com certeza, ele não sabia sobre as drogas ou o
que veio com elas, mas ele foi gentil e paciente. Ele amava minha arte e
não tinha drama em sua vida. Não existem fãs, nenhuma discussão, e
sem ter que sair por meses em um momento. Ele estava livre de
estresse e ele seria o cara que não correu se ouvisse algo que ele não
gostou. Eu precisava disso em um relacionamento. Eu precisava ter a
rocha que iria ficar ao meu lado, não importa o quê.

— Preciosa. Tudo o que você precisa ok? Vamos mantê-lo lento.


Vamos ter uma bebida com seus amigos de modo que não sejamos
rudes, e depois nós vamos.

Eu balancei a cabeça. Mas era como se as pulgas estivessem


mordendo minha pele deixando-me ansiosa e desconfortável.
Lance manteve o braço em volta da minha cintura enquanto ele me
levou até a mesa. Eu mantive meu queixo para cima, minha influência
habitual nos meus quadris, e eu tentei olhar como se não estivesse
rasgando Ream por dentro, eu vi o brilho de mágoa em seus olhos
escuros, o estreitamento, em seguida, algo diferente, como se estivesse
contemplando.

Lance era o perfeito cavalheiro e um aperto de mãos com a banda


e, em seguida, gentilmente acenou para Emily e Georgie. Mas quando
ele foi para apertar a mão de Ream, juro cada um de nós segurou
nossas respirações. Houve uma ligeira hesitação quando Lance
estendeu a mão e Ream não a tomou. Os olhos de Ream estreitaram e
ele olhou para cima e para baixo, como se estivesse tentando descobrir
se Lance era digno ou algo assim.

Então Ream de queixo levantado apertou as mãos. Foi só depois de


suas mãos separadas que Ream estragou tudo.

— Se machucá-la e eu vou matá-lo.

— Jesus, Ream. - Eu esperava Lance para me agarrar e sair de lá.


Em vez disso, ele acenou para Ream e, em seguida, sentou-se e me
puxou para o seu colo. Eu sabia que foi feito de propósito, porque eu
nunca sentei no colo de Lance.

A tensão quebrou exceto a minha. Eu estava amarrada tão


apertada que meus nervos agiram e eu não podia fazer nada sobre isso,
exceto tentar manter a calma e esperar eles relaxarem.

— Bem, você não está olhando para um gostoso em um terno caro,


- Georgie ronronou. — Por que Kat não trouxe você a minha loja ainda?
- Georgie girou uma mecha rosa em torno de seu dedo. — Mas só para
você saber, gatos não recebem passes livres no portão. - O que ela
estava falando? — Gostosos, ainda precisam passar no meu teste antes
de começar. Não-gatos não entram no período de grupo. - Oh Deus,
Georgie estava bêbada e incoerente. Não havia nenhum ensaio. Ela
estava fazendo isso como ela foi. Onde estava o Deck quando você
precisava dele?

Trazendo Lance para o café de Georgie significava que Deck iria


verificar Lance porque Deck verificava todos que vieram ao café. Suas
câmeras de segurança se certificariam disso.

Eu apertei a perna de Lance para chamar sua atenção e recostei-


me para ele e sussurrei:
— Nós deveríamos ir.

Lance sorriu. — Não. Isso é divertido. E se eu precisar passar por


um teste para estar com você, então eu estou no jogo.

Ok, Lance era doce e agradável e corajoso.

Georgie apoiou os cotovelos na mesa e apoiou a cabeça nas mãos.

— Então, você pode fazer uma garota vir várias vezes? Minha
menina aqui precisa saber no que está se metendo.

A minha boca não era a única que se abriu, e eu olhei para


Georgie.

— Cala a boca, Georgie. Jesus. Juro Deck precisa envolvê-la,


prendê-la para baixo, e lhe ensinar boas maneiras.

Ela riu e, em seguida, bebeu de volta sua cerveja antes de batê-la


em cima da mesa.

— Deck não está aqui de novo. Ele provavelmente está fazendo


alguma garota vir várias vezes agora. - Eu pensei que ela disse que
Deck seria péssimo na cama. — Então, o Sr. Eu-pareço-quente-em-um-
terno. Que uma resposta?

Eu senti os olhos de Ream em mim, não no Lance ou Georgie, e eu


me contorcia no colo de Lance, que, para meu horror fez pressionar algo
duro na minha bunda e eu imediatamente acalmei. Lance em enrolou o
braço em volta da minha cintura e me puxou de volta contra ele, em
seguida, sussurrou em meu ouvido:

— Sim, é melhor ficar quieta, princesa. - Então, sua voz se elevou


de modo que a mesa pode ouvir, mas seus olhos permaneceram em
mim. — Múltiplos não parece ser bem a palavra certa que eu usaria, -
ele fez uma pausa para o efeito, — abundante.

Oh merda. Eu sabia antes de acontecer. Ream estava controlado,


calmo e tinha uma cabeça para o negócio, mas todos detonaram
quando ele veio para mim e ele.

A raspagem de sua cadeira ecoou quando Ream violentamente


empurrou para trás, em seguida, agarrou a borda da mesa e atirou-a
para o lado. Vidro quebrado quando as bebidas caíram no chão. Emily e
Crisis estavam cobertos de cerveja, e Georgie tinha caído para trás em
sua cadeira e estava rindo histericamente no chão.
Eu queria estar brava com ele, mas eu entendi por que ele virou a
mesa. Eu não poderia imaginar se eu o visse com uma garota no colo
dele e estivessem falando sobre orgasmos. Eu não poderia virar a mesa,
mas eu teria assustado. Talvez despejado minha bebida em toda a
menina e Ream.

Logan, sendo o ex-lutador subterrâneo, levou-o para baixo. Ele


agarrou o braço dele quando Ream veio para Lance depois o atirou ao
chão, dobrando o braço de Ream atrás das costas em um ângulo
estranho. Eu não ouvi o que foi dito entre eles, mas Ream assentiu,
levantou-se, e sem um único olhar para ninguém, ele entrou na parte
de trás do bar. Eu vi Molly ir atrás dele e esperava que ela pudesse
acalmá-lo, mas uma parte de mim queria ser a única a ir falar com ele.
Ok, tudo bem, eu estava com ciúmes que Molly estava com Ream e eu
não estava.

Georgie se esforçou para seus pés, tropeçou e caiu de bunda


novamente. Crisis a pegou pelo braço e puxou sua bunda bêbada e
colocou a cadeira na posição vertical e empurrou-a para baixo na
mesma.

— Bem, então agora nós sabemos como Ream está realmente se


sentindo. Espero que você não esteja mentindo sobre o abundante,
Lancey-baby.

Gah... Todo mundo olhou para mim, e eu agarrei a mão de Lance.

— Vamos. Você pode me deixar em Matt. - Eu não tinha a intenção


de voltar para a fazenda e correr para Ream esta noite.

Lance educadamente acenou para todos e disse adeus, enquanto


eu bati o pé e tentei ir para a porta antes que Emily e Georgie pudessem
me prender em uma armadilha e falar sobre Ream, menina que eu
tanto não estava pronta para falar. Não com Lance ao redor.

Lance me levou de volta para o condomínio, embora ele tivesse


sugerido o seu lugar e eu sabia por que; Senti o porquê, sentada em seu
colo.

Ele me acompanhou até a porta, onde ele me puxou para os seus


braços. Com a ponta de seu dedo, ele empurrou meu cabelo para fora
do meu olho.

— Você quer me dizer o que foi isso?

Debrucei-me contra a porta.


— Eu te disse, nós tivemos uma coisa.

Suas sobrancelhas se levantaram.

— Parecia mais do que uma coisa dessas.

— Na verdade não. Ele estava lá quando eu precisava dele, e então


ficamos juntos por um par de noites. É isso.

— Mas ele não acha que é isso.

Dei de ombros.

— Ream foi... Intenso. - E eu não conseguia parar de pensar nele.


Tudo o que eu vi foi à cara dele quando ele virou a mesa, a devastação,
á raiva, a dor. Eu queria tirar tudo.

— Ouça Kat. Eu gosto de você. E eu não tenho medo de alguns ex


que não é homem o suficiente para controlar seu temperamento. Mas
eu gostaria se pudéssemos afastar do que para ver se o que temos é
algo mais. Após a abertura da galeria, eu tenho um lugar em Las Vegas
que eu gostaria de levá-la para por alguns dias.

— Lance. - Merda, eu espero que ele não fosse cancelar o meu


show. — Eu acho que é melhor nos pararmos de ver um ao outro. Eu
gosto de você, mas eu preciso resolver algumas coisas.

Suas sobrancelhas levantaram com surpresa. Então ele deu um


passo atrás e fez uma careta. Foi a primeira vez que eu tinha visto o
tipo chateado, e isso me fez muito desconfortável.

— Com Ream. - Um arrepio percorreu a minha espinha com o seu


tom de voz, e eu coloquei minha mão na minha bolsa e procurei as
chaves. — Essa não é a melhor ideia, Kat.

— Tudo o que eu decidir fazer, é a minha decisão, não sua. - Deus,


por que eu estava de repente chateada? Porque Ream estava fodendo
com as coisas para mim. Eu conheci um cara bom e agora eu estava
terminando com ele, porque por quê? Por que... Ream não poderia me
deixar ir?

Não, foi porque eu não podia deixar Ream ir e eu precisava fazer


isso antes que eu pudesse estar com Lance.

Eu encontrei as chaves e virei colocando-as na fechadura. A mão


de Lance desceu no meu ombro.

— Você vai voltar para ele?


Eu endureci e minha mão agarrou duro a chave, o metal
beliscando na minha mão.

— Não, mas o que Ream e eu fazemos não é da sua conta.

Ele colocou as mãos na minha cintura, e eu queria encolher.

— Você é o meu negócio.

Eu me virei para encará-lo de novo e de repente eu não gostei


muito dele com a maneira como ele foi me confrontar.

— Você vai cancelar meu show?

— Não. Mas, eu gostaria que você pensasse sobre isso antes de


decidir. Você realmente quer ficar com um homem como ele? Ciumento.
Incontrolável. A estrela do rock que tem mulheres em cima dele. Ele
nunca vai ser fiel. Ele vai te trair no segundo que ele sair da cidade. -
Eu vacilei com o pensamento. Vendo todas as meninas em torno dele
hoje à noite tinha colocado esse pensamento na minha cabeça. Traição
não foi um bom negócio. — Vocês, obviamente, não estão juntos por
uma razão. - Seus olhos se estreitaram e seus dedos cravaram em meu
lado. — Você escolhe isso, você vai se arrepender.

— Uau, Lance. Isso soou como uma ameaça. - Eu empurrei suas


mãos longe da minha cintura. — Eu vou te ver no show. E então eu vou
mudar a minha arte para outra galeria. - Eu estava errada sobre Lance.
Ele tinha um lado nele que eu não tinha visto ou antecipado. Talvez ele
não fosse tão agradável e seguro, afinal.

— Isso não é necessário, Kat. - Ele colocou o dedo embaixo do meu


queixo e acariciou seu polegar pela minha bochecha. — Seu rosto-lindo.
Eu queria... - Ele suspirou. — Eu realmente queria que isso
funcionasse. Você vai pensar sobre isso? Pegue um par de dias?

Eu balancei minha cabeça.

— Não. Eu não preciso de tempo para pensar sobre as coisas,


Lance. - Especialmente depois do que ele tinha acabado de dizer.

— Uma verdadeira vergonha, princesa. - Ele se virou e se afastou.

Eu caí contra a porta, eu assisti-o passar por elevadores e


empurrar e abrir a porta para a escada. A porta se fechou atrás dele.

Uma parte de mim queria ir correndo de volta para o bar, de volta


ao Ream, à parte que ainda precisava dele como a minha próxima
respiração. Mas isso significava uma segunda chance de que poderia
ser um caminho sem volta a dor e devastação. Eu tinha uma vida que
não tinha um lugar ou tempo para uma segunda chance. Merda, eu já
estava internamente em autodestruição.

Eu estava grata que eu tinha o apartamento para mim mesmo até


que Matt voltasse após o bar fechar em poucas horas. Plano de ataque
para entorpecer a emoções agarrar um grande cobertor confortável,
fazer pipoca, e enroscar no sofá e assistir a uma comédia romântica
boba.

Eu acordei com o barulho da porta e me estendi desde a minha


posição apertada no sofá. Olhando para o meu telefone em cima da
mesa, vi que eram duas da manhã, Matt deve ter pedido a Brett para
fechar o bar e voltou para casa mais cedo. A TV ainda estava aos
berros; Eu coloquei em voz alta para abafar a música Neville do vizinho
de lado. O cara adorava noites clássicas e de sexta e sábado ele deixa
todos saberem disso. Matt nunca se importou, porque ele estava no bar
até tarde.

A porta se abriu e eu me levantei para dobrar o cobertor.

— Mano, que porcaria que desceu em Ream. Totalmente minha


culpa, mas eu quero que saiba antes de sair, eu pedi a Lance para sair
e ele...

A mão enrolada na parte de trás do meu pescoço e eu tentei


empurrar para longe, mas aconteceu tão rápido. A pressão aumentou e
fui violentamente pressionada para frente. Minha cabeça bateu na mesa
de café da madeira. Agonia rasgou minha cabeça enquanto eu cai no
chão, a minha visão ficou turva e parecia que xarope aquecido escorria
pelo meu rosto. Mãos me agarraram e eu consegui um meio grito antes.
Eu fui apanhada e jogada em toda a sala. Eu bati duramente na parede,
mordendo a minha língua com o impacto. O sangue encheu minha
boca, em seguida, escorria pelos cantos dos meus lábios.

Oh Deus. Mas que diabos?

Eu estendi minha mão para a minha cabeça, onde a mesa bateu e


tentei me orientar novamente. Olhei para cima e vi uma figura magra de
altura caminhando na minha direção. Ele estava usando uma mascara
com calças pretas e uma camisa preta de manga comprida. Suas
mãos... Oh Deus, ele estava usando luvas.

Medo sufocou minhas entranhas como o alcatrão de espessura, e


por um segundo eu não podia me mover. Eu estendi minha mão e repeti
"não" uma e outra vez. Como a grande figura se aproximava, eu bati
para fora da névoa de medo congelado e subi para a cozinha. Eu podia
ouvir seus passos pesados batendo quase em cima de mim. Meu
coração batia tão forte que doía, e eu estava tendo dificuldade para
respirar.

Minha mente girava com a confusão, uma mistura de dor, medo e


raiva. Que diabos estava acontecendo?

Eu ficava pensando que eu tinha que chegar à gaveta de talheres.


Foi dentro da vista, se eu pudesse... A bota me impressionou nas
minhas costas e fui voando para a ilha, batendo duro e, em seguida,
caindo no chão. Seu pé cascos em meu estômago e bateu o vento fora
de mim, e eu enrolei em uma bola lutando para respirar.

Ele fechou a mão no meu cabelo e me puxou para os meus pés.


Lutei contra suas mãos, balançando os braços e tentando chutar para
fora. Minha cabeça estava batendo com a dor e a minha visão estava
distorcida. Eu não conseguia ver nada, mas suas roupas pretas.

Até que eu vi a faca.

Eu parei de lutar quando ele pressionou o aço duro e frio contra


minha bochecha.

— Eu gosto de um lutador. Ele lutou no inicio. Assim como você. -


Sua voz era estridente como se ele estivesse disfarçando-a. Eu sabia
que ele era forte, grande, mas a minha visão estava turva e eu não
podia vê-lo claramente.

Eu estava com dor severa e ainda assim eu não conseguia


controlar meu desabafo quando a fúria tomou conta de mim.

— Só covardes de merda bate em mulheres.

Não houve aviso no que ele iria fazer até que a dor me atingiu
quando ele arrastou a faca no meu rosto. Eu gritei e ele me calou
lançando-me no chão, me inclinou nas costelas, em seguida, veio para
cima de mim. Sua mão se fechou sobre a minha boca.

— Agora, eu vou ter o que ele tinha. Só de pensar nisso me excita.


- A faca caiu do meu rosto.

Que diabos ele estava falando? Ouvi o barulho de sua fivela de


cinto que está sendo desfeita e, em seguida, o som distinto de um zíper.
Oh Deus, não. Não. Eu agitava contra seu peso enorme, mas eu era
como um rato na pata de um leão. Meus gritos foram abafados pela sua
grande palma de borracha das luvas que pressionou com tanta força na
minha boca que eu senti a dor na parte de trás da minha cabeça, como
a madeira prensada em meu crânio.

Sua outra mão estava no meu pijama e empurrando-os para baixo.


Eu podia sentir a rigidez da borracha contra minhas coxas e os pelos
finos invisíveis nas minhas pernas presos à borracha e puxou. Eu ouvi
um estalo alto como... Oh Deus, a luva tinha ido embora e os dedos
quentes suados deslizou até a minha coxa.

Eu gritava e gritava, mas nada além de sons abafados saiam. Meu


corpo estava formigando e reagindo à ansiedade e logo eu perderia
circulação em meus membros. Estremeci quando eu senti um tapa
contra minhas coxas.

— Abre-as.

Oh Deus, eu queria Ream. Ele era tudo que eu conseguia pensar, e


eu queria chorar por nós, para o que tinha perdido. Para a dor que
tinha causado um ao outro. O que quer que tivesse acontecido entre
nós, eu sabia que Ream iria me proteger, ele destruiria este homem pelo
que ele estava fazendo para mim.

A faca subiu em cima de mim de novo e o luar que entrava pela


janela atingiu-a apenas para a direita para que brilhasse. A lâmina
cortou na minha testa, e meu corpo ficou tenso, costas arqueando
quando minha pele separada.

Eu pisei meus pés no chão tão duro quanto eu podia, uma e outra
vez, esperando que o vizinho fosse ouvir abaixo e chamar a segurança.

— Você está fazendo isso pior do que tem que ser. - Sua mão
deslizou pelo meu corpo, massageando meus seios e depois beliscando
meus mamilos. Meus olhos se arregalaram com a dor insuportável e ele
riu e, em seguida, fez-se mais difícil.

Eu balancei minha cabeça de lado a lado de forma tão violenta que


arrancou meu pescoço. Sua mão deslocou parcialmente fora da minha
boca e foi o que eu precisava. Mordi o mais forte que pude, provando a
borracha de sua luva, então a carne, então a filtragem do sangue em
minha boca. Ele gritou e empurrou de volta, e eu gritei o mais alto que
meus pulmões permitiam.

Música clássica de Neville de lado parou abruptamente.

O intruso congelou, olhou para mim, e eu vi seus olhos castanhos


escuros gritante. De repente, ele pulou de cima de mim e correu do
apartamento. A porta bateu.
Eu estava deitada no chão incapaz de me mover. A agonizante dor
de onde minha cabeça bateu na mesa desde o primeiro golpe e os cortes
que ele cortou em minha bochecha e na testa.

Batendo na porta. Batendo mais.

Então...

— Kat?

Eu sufoquei o soluço que eu tentei manter contido, sabendo que se


eu deixasse, eu iria quebrar e eu não podia. Eu tinha que ficar forte.
Fraqueza me mataria. Eu não podia deixá-lo... Ou eu desmoronar.

— Oh Cristo. Kat. - Eu ouvi os joelhos batendo no chão ao meu


lado e, então, sentiu a mão na minha cabeça. — Abra seus olhos para
mim.

Estremeci quando eu fiz. Neville tinha ligado à luz e o brilho fez


minha cabeça explodir com um soco afiado.

— Querido Jesus, menina. O que aconteceu? Não, não, não fale.


Eu tenho que pegar meu telefone e chamar uma ambulância. E...
Precisamos cobri-la para cima.

Ouvi seu farfalhar de roupas e seu toque reconfortante


desapareceu.

— Não. Não me deixe. - Eu peguei para ele e ele pegou minha mão
e apertou.

— Ok, ok. Onde está o seu telefone, querida?

Eu comecei a tremer violentamente e eu não tinha certeza se eu


estava morrendo ou o quê, mas parecia que o calor havia sido
eletrocutado do meu corpo e eu estava imersa em uma banheira de
cubos de gelo.

— Você está entrando em choque. - Ele se moveu de novo, mas


continuou falando. — Eu estou apenas andando até chegar à manta do
sofá, tudo bem. Preciso de um telefone... Não importa a vejo. - Seus
passos correram de volta para mim, e eu senti o peso do cobertor sobre
meu corpo. Havia um sinal sonoro de meu telefone e, em seguida, ele
estava falando com alguém, respondendo a perguntas sobre mim.

Ouvi-o a marcar novamente.


— Matt. Sim, é Neville... sim a partir da próxima porta. Você
precisa para chegar até aqui-agora. É Kat. - Houve grito abafado
ecoando a partir do telefone. — Sim, muito ruim.

Neville segurou minha mão, enquanto ele falava comigo, fazendo-


me abrir os olhos de vez em quando e, em seguida, me pediu para
apertar sua mão. Minha mente estava toda confusa e tentando
compreender tudo o que ele disse foi angustiante. Eu estava deitada no
chão e estremeci. Meu único consolo era que eu não ia morrer sozinha.

— Eles estão vindo. Uma ambulância está a caminho. Você tem


que ficar acordada por mim, tudo bem. Você tem um corte feio na
cabeça. Você sabe onde você está?

— Condomínio.

— E o seu nome?

— Kat, mas... Você me chama... Menina e eu... Odeio isso.

Neville riu.

— Ok, sua cuca não pode ter sido ferida, que mal se você se
lembrar disso.

— Meu... Rosto.

Sua mão se encolheu na minha e eu sabia que era ruim.

— Há algumas lacerações, nada que os médicos não podem


corrigir. - Sua mão apertada. — Será que ele... você foi estuprada, Kat?

Não. Mas eu ainda me sentia violada e meu estômago revirou


quando eu pensei sobre suas mãos em mim. — Não.

— Tudo bem, querida. Basta tentar ficar acordada para mim.

Tornou-se difícil distinguir suas palavras, e eu acho que eu


desmaiei por um tempo porque na próxima eu o senti me sacudindo e
chamando meu nome uma e outra vez. Eu podia ouvir as sirenes e eu
gemi quando a dor me bateu de novo. Eu queria mergulhar de volta
para a escuridão, mas depois Neville estava gritando.

— Quem diabos é você?

— Baby.

Oh Deus. Ream. O alívio foi tão grande que eu queria chorar, para
finalmente deixar as lágrimas escapar de sua prisão e chorar em seus
braços. Mas elas foram presas, e a chave já não cabe na fechadura para
abrir a porta.

A mão dele debaixo da minha cabeça e quando abri os olhos, ele


estava debruçado sobre mim.

— Jesus, baby. Fale comigo. Quem fez isso?

Eu balancei minha cabeça.

— Ream. Como você... - Foi tudo o que eu consegui falar.

Mas ele parecia saber o que eu estava pedindo.

— Vi Matt correndo como o inferno fora do bar. Eu pulei em seu


carro enquanto ele estava saindo. Só algo a ver com você poderia fazê-lo
parecer que porra o assustou.

Isso deve ter irritado Matt.

Então, de repente o meu irmão estava segurando minha outra mão


e falando comigo. Todo o resto aconteceu em um borrão quando eu fui
levantada em uma maca e levada embora.

Eu sabia que Ream nunca me deixou. Eu não tenho que abrir


meus olhos para saber que era ele segurando minha mão e ele falando
comigo na ambulância.

Acordei rapidamente para uma sala branca com um sinal sonoro


alto. Eu vi uma sombra de um homem em pé ao lado da janela, com os
ombros rígidos, os braços cruzados. Eu ainda estava grogue e minha
visão embaçada, mas eu sabia quem era. Eu reconheceria Ream através
de um denso nevoeiro.

Minha garganta estava toda arranhada quando eu falei:

— Não se atreva a me deixar desta vez, imbecil. - E então eu caí na


obscuridade.
Dói. Por favor, não mais.

Foi um apelo silencioso. Eles sempre gostavam quando eu implorei para


eles pararem. Ele fez pior.

Sexta à noite. Foi ele. Sempre ele. Eu o odiava.

Ele pressionou mais difícil, então gemeu.

Eu gritei mais alto, mas nunca houve qualquer som.

Um grito silencioso de ajuda que nunca veio.

Meus olhos se abriram quando eu acordei do pior pesadelo. Mas,


como a dor registrada, eu percebi que não tinha sido um pesadelo.
Tinha sido real. O intruso. A dor. A violação do meu corpo. Eu mexi
meus dedos, sentindo o peso de uma mão no berço da minha palma.
Mas não foi a mão que eu queria que fosse.

— Mana. Ei. - Matt levantou-se e me beijou no topo da minha


cabeça. — Como você está se sentindo?

— Como um touro me pisou com cascos no estômago, em seguida,


passou os chifres no meu rosto. - Matt estremeceu. — Ele me deixou
viva e não... - Eu não podia dizer a palavra, — Por isso estou feliz
dançando dentro... Em silêncio... Sem me mover, porque para mover
uma merda. Eu ainda gostaria de estripar o bastardo embora. Será que
eles o pegaram?

Matt mudou e seu rosto apertado.

— A polícia quer falar com você. Quando você estiver pronta para
isso.

Eu estava tão decepcionada com Ream. Eu... Deus o que havia de


errado comigo? Eu sabia que ele ia correr. Ele me disse que não poderia
lidar com hospitais depois que sua irmã estava dentro e fora deles o
tempo todo. Eu estava enganando a mim mesma por acreditar que ele
de repente ia superar isso.

Para mim, era fundamental ter um cara que ia ficar por mim e
estar lá quando eu preciso dele. E Ream, obviamente, não era capaz
disso.

Talvez eu estivesse pulando a arma aqui. Ele poderia estar


recebendo algo para comer. Talvez ele estivesse no banheiro ou foi para
casa para um chuveiro. Merda era egoísta de minha parte ter ele aqui
quando eu acordasse. Porra, eu estava apenas sendo mocinha estúpida
sobre um cara. Eu nunca fui à mocinha-estúpida... gah, melosa. Mas a
verdade era que eu queria Ream, eu só não sabia se podia confiar nele
para ficar.

— Será que você reconhece o cara?

Eu balancei a cabeça, em seguida, fiz uma careta. Minha cabeça


parecia que um machado havia aberto minha cabeça e alguém foi
lentamente desbastando os ossos com um cinzel e martelo. E isso foi só
a minha cabeça. O latejar nas minhas costelas e abdômen produziu
uma onda de náusea a cada respiração. Droga, homens e seus sapatos
de bico de aço.

Eu disse a Matt o que eu me lembrava, o que não era muito. Lance


a andar para a porta, quando eu terminei com ele e depois enrolei no
sofá e assisti a um filme bobo. Eu tinha acordado com o barulho da
porta e pensei que tinha sido ele a lutar com sua chave.

— O bloqueio foi escolhido. Ele sabia o que estava fazendo, - disse


Matt. — Jesus, Kat se Neville não tivesse escutado seus gritos... Eu não
posso sequer pensar nisso. Foda-se. - Matt passou a mão sobre a
cabeça e, em seguida, pelo seu rosto.

— O que é isso?

— A polícia acha que o cara conhecia você. Ou de você, talvez você


e Lance seguido do bar? Esta não foi aleatória. - A mão de Matt deslizou
da minha e ele limpou a garganta e depois suspirou. — Ouça. Se. Há
algo mais. Eu não gosto do cara e realmente eu não dou uma merda,
mas eu sei que se eu não lhe dizer alguém o fará e então você vai ficar
puta que eu nunca te disse. - Ele passou a mão pelo cabelo e limpou a
garganta. — Ream foi levado para interrogatório na noite passada. Uma
pessoa de interesse, disseram eles.
— Mas... Não, ele estava com você. Como eles puderam ainda...

— Acalme-se. Está tudo bem. Eles só querem falar com ele, porque
ele tinha que enlouquecer no bar.

Meu coração pulou uma batida e eu parei de respirar. Eu ouvi o


monitor cardíaco começar a apitar como um louco, e em poucos
segundos a enfermeira irrompeu pela porta. Ela apertou alguns botões e
os bipes pararam. A mulher mais velha usava o cabelo cinza em um
coque. Ela tinha feições suaves, gorda e parecia doce, mas quando seus
olhos se estreitaram e boca apertada, ela era feroz.

— Fora. Agora. - Ela disse a Matt. — Eu avisei... Se você perturbá-


la, não visita.

Matt jurou sob sua respiração, e eu estava em silêncio pirando


perguntando o que diabo aconteceu com Ream.

Meu estômago revirou e a enfermeira colocou a mão na minha


testa e me pediu de volta para o travesseiro de pelúcia. — Eu preciso de
você para se acalmar. - Ela brincava com minha intravenosa e em
poucos minutos eu não conseguia manter meus olhos abertos mais. A
última coisa que ouvi foi o clique da porta fechada.

A polícia pediu-me pergunta após pergunta. Eu disse a eles que eu


não tive um olhar para o suspeito, que estava usando uma mascara.
Dei-lhes o que eu sabia que ele tinha 1,83 de altura e tinha olhos
castanhos.

— Castanhos? Você tem certeza?

Eu balancei a cabeça agora lembrando o brilho mal assombrado


antes quando ele baixou a faca e cortou minha bochecha. Eu coloquei
minha mão e corri a ponta do meu dedo sobre os pontos. Havia cinco
deles na minha bochecha e quatro na minha testa. O médico explicou
que eles eram cortes limpos para se assustar, portanto, mínimo. Mas eu
sabia a verdade; cada vez que eu olhasse no espelho eu veria o
lembrete.
— Qualquer outra coisa, senhorita?

— O cheiro. Senti o cheiro de alguma coisa. Era a sua respiração. -


Mas eu não poderia colocá-lo. — Menta? hortelã-pimenta, talvez? Sinto
muito, isso aconteceu tão rápido...

Eles pediram mais algumas perguntas sobre a noite, todas as


pessoas suspeitas que eu conheci no bar, sobre Lance, e então eles
mencionaram Ream e uma sensação de mal estar quente então frio
tomou conta de mim. Que contradição, assim como nós.

— Eu entendo que ele tem um temperamento.

Meus olhos se arregalaram e eu olhava de um funcionário para o


outro. Eu comecei a tremer minha cabeça para trás e para frente.

— Não. Deus, não. Ream nunca iria me machucar. - Bem, não


fisicamente, pelo menos. — Jesus. Eu o reconheceria em qualquer
lugar.

— Senhorita, você precisa se acalmar. Nós não estamos dizendo


que ele é um suspeito. - A policial mulher olhou para o parceiro, e eu
podia ouvir a batida frenética do meu monitor de novo. — Nós o
levamos para interrogatório. Isto é tudo. Uma testemunha afirmou que
ele estava violento no bar... - Ela olhou para seu bloco de notas e virou
para trás algumas páginas. — Ontem no estabelecimento do seu irmão.
Ele estava chateado com você? Correto?

— Não. Bem, sim. Não é o que você pensa. Ream e eu temos...

A porta se abriu.

— Saia! - Ream estava na porta, ainda usando as mesmas roupas


como na noite passada. Seu cabelo estava uma bagunça e havia
manchas de sangue em sua camisa — meu sangue. Eu nunca o tinha
visto tão abatido e completamente bem... Fodido.

Ele estava pálido, com círculos pretos sob os olhos e linhas duras
estragando seu rosto. Ele parecia assustador. Realmente assustador e
ainda assim, eu achava que ele era a melhor visão que eu já tinha visto.

Os oficiais pareciam atordoados com a demanda, e, em seguida, a


policial feminina estalou seu bloco fechado e estava prestes a dizer algo
quando meu médico apareceu ao lado de Ream. O médico não tinha que
dizer nada; os policiais sabiam que com sua aparência que eles estavam
sendo convidados a se retirar.
— Obrigado. Estaremos em contato. - Eles hesitaram na porta, e
eu não podia ver seus rostos, mas eu podia ver o de Ream e ele ficou
mais assustador olhando. Em seguida, eles empurraram e saíram.

Ream disse algo para o médico, apertou sua mão e, em seguida, o


médico deixou também.

A caminhada de Ream para a cama era o mais longo de quatro


segundos a minha vida. Apenas a visão dele era como ser empacotada
em meu cobertor favorito da infância, cada respiração reconfortante
como meus pulmões cheios de calor. Ele se sentou na cadeira ao lado
da cama, e ao mesmo tempo mantendo a cabeça baixa, ele deslizou as
mãos nas minhas. Nossos dedos ligados e enrolados em torno um do
outro, então ele se inclinou para frente e apoiou a testa na cama ao lado
do meu quadril.

O som abafado de sua voz sussurrando tomou conta de mim como


uma pitada de chuva.

— Baby.

Fechei os olhos, colocando a mão livre na sua cabeça, dedos


tecendo em seu cabelo. Ficamos assim por um longo tempo com os
únicos sons a nossa respiração e o sinal sonoro constante do monitor.

Foi como eu adormeci a mão de Ream na minha, inclinou-se, com


o rosto escondido no canto do meu lado. Quando acordei, ele tinha ido
embora e eu pensei que eu tinha imaginado ele lá até que eu vi a nota
na palma da minha mão. Lia-se, eu nunca vou deixar você.

— Kat. - Eu olhei para cima e vi Georgie e Emily, do outro lado da


sala pelos buquês de flores. — Você está acordada. Oh meu Deus,
pensei que você nunca iria acordar. - Emily correu e me abraçou, e eu
estremeci quando os fios macios de seu cabelo roçou minha bochecha.
Ela percebeu e imediatamente puxou de volta. — Desculpe, eu só tinha
que abraçá-la.

— Você vai ter que chupa-lo, porque eu estou abraçando você


também, docinho, - disse Georgie quando ela empurrou de lado e Emily
moveu dentro — Jesus. Olha o que aquele bastardo porco fez com o seu
rosto.

— Georgie. - Emily repreendeu.

Eu sabia que não podia parecer bem, e de repente eu me perguntei


o que achava Ream. Eu tenho cicatrizes em meu rosto agora; ele não
poderia me chamar de linda mais, isso era certo. Eu enrolei meus dedos
em torno da nota.

— Graças à porra ele não estuprá-la. Cristo, ele te tocou?

— Georgie, - Emily abolida. — Tenho certeza de que Kat não quer


refazer o que aconteceu agora.

Ou nunca. Isso me fez estremecer e mal ao meu estômago para


pensar que suas mãos estavam em mim intimamente. Eu ainda ouvi o
estalo de sua luva de borracha saindo pouco antes de ele me tocar.

Georgie foi animada enquanto ela falava, jogando as mãos no ar e


andando para lá e para cá.

— Quando a polícia pegá-lo, eu vou para o pau dele. E quando eu


conseguir falar com ele, eu estou descascando-o aberto como uma
banana maldita.

Emily gemeu.

Nós conversamos bem Georgie e Emily conversaram, e elas me


disseram que Crisis estava pegando enfermeiras enquanto Kite estava
indo para os médicos do sexo feminino. Eles supostamente escaparam
em ver-me algumas horas atrás, quando eu estava dormindo com Ream
desmaiado ao meu lado na cadeira. Logan estava na delegacia com Matt
dando declarações e passando por tiros de caneca para ver se alguém
que a polícia tinha em sua lista foi visto no bar e nas câmeras de
segurança dos condomínios. O problema era que o condomínio só tinha
câmeras nas portas dianteiras, nada na parte de trás, assim que
alguém poderia ter deixá-los entrar Emily também me disse que Matt e
Ream entraram em uma grande luta hoje cedo e foi quando Logan levou
Matt com ele para a delegacia.

— Lance está aqui. - Emily colocou a mão no meu ombro e


apertou. — Ele está pedindo para vê-la. Mas Ream... - ela deu um meio
sorriso. — Ele não vai permitir ele no mesmo andar com você.

— Onde ele está?

— Terno-belo ou rock star-belo?

— Lance.

— Lá embaixo na sala de espera. Ele diz que não vai sair até que
ele te veja.

Eu balancei a cabeça.
— Tudo bem.

Georgie me beijou na bochecha.

— Eu vou tirá-lo por Ream. Aquele pedaço maluco de gostosura é


um vigilante. Se Kite e Crisis não trancá-lo para baixo, ele teria batido a
merda fora de Lance, mesmo por mostrar seu rosto aqui. Ele realmente
não gosta desse cara.

Sim, porque Ream foi um pouco louco. Mas eu percebi que não
importa o quanto eu tentei impedi-lo ou negá-lo, ele iria manter-se,
como ele prometeu.

— Vou levar Ream para o refeitório para comer alguma coisa. Eu


juro que o cara deve ter perdido uns 5 quilos nas últimas vinte e quatro
horas. - Emily beijou minha cabeça, em seguida, apertou minha mão.
— Tem certeza que é bom para você ver Lance? Matt nos disse que você
terminou com ele ontem à noite.

— Sim. - Eu não tinha certeza, mas a sua presença aqui mostrou


que ele se importava e estava preocupado comigo.

Lance estava completamente transtornado, culpando a si mesmo,


dizendo que ele deveria ter ficado comigo até Matt chegar em casa,
pensando que era um cara no bar que nos seguiu de volta para o
condomínio. Nós dois sabíamos que não havia ninguém para culpar e o
que ele estava dizendo não era razoável.

Ele sugeriu adiar o show que tínhamos planejado para a galeria em


três semanas. Por um segundo, eu pensei que talvez ele estava dizendo
isso para a minha cicatrizes ter mais tempo para curar e não assustar
os potenciais compradores de distância. Lance não era assim embora;
pelo menos eu não penso assim.

Georgie enfiou a cabeça dentro.

— Lance abundante-orgasmo fora, seu-roqueiro-Ream está em seu


caminho de volta.

Lance assentiu então se virou para mim e passou o dedo no meu


rosto, o que não tinha as suturas.

— Seu rosto... - Ele suspirou e continuou: — Eu tenho contatos.


Eles estão olhando para quem fez isso.

Eu balancei a cabeça, sem saber o que ele quis dizer com contatos,
mas muito preocupada com Ream encontrar Lance aqui e em pânico. A
última coisa que eu queria era uma luta entre os dois, especialmente
quando Lance era faixa preta e mestre Ream não daria à mínima.
Sábado à noite.

Qualquer coisa era melhor do que noites de sexta.

Esta noite foi uma jovem mulher e ela era bonita, como eu queria ter a
aparência de minha mãe.

A mulher era boa para mim. Não doeu. Ela me fez sentir bem.

"Antecipação. Fazê-la esperar." Sua voz era doce e doce. "Controle. Isso é
o que você quer. Pegue-o."

Eu não gostaria disso, mas eu fiz. Eu gostava dela. Eu gostei do que ela
me deu.

Controle.

E eu nunca quero deixá-lo ir.

Espero que ela volte.

Ream não deixou minha cama novamente até que saí do hospital
no dia seguinte, que era um pouco de um problema com o meu irmão.
Na verdade, um grande problema, porque Matt não o queria por perto.
Ele cedeu, pois bem, Ream não ia a lugar nenhum a não ser que ele
fosse "removido à força," suas palavras. Eu sabia sobre sua irmã e como
estar em um hospital trouxe de volta lembranças para ele, por isso foi
um grande negócio que ele estava aqui comigo. Eu notei que ele
desapareceu no banheiro várias vezes e quando voltou os fios de cabelo
em torno da borda de seu rosto era todo úmido.

Nós não falamos sobre nós; na verdade, nós quase não falamos
nada e foi... Foi reconfortante. Eu estava feliz que ele nunca me pediu
os detalhes do que o cara fez para mim, embora eu suspeite que ele
conseguisse tudo, desde o médico. Eu, principalmente, dormi e ele
segurou minha mão, a menos que a enfermeira ou o médico lhe pediu
para sair da sala. Seu descontentamento foi manifestado com seus
resmungos sobre como ele já tinha visto tudo. Eu escondi meu sorriso
porque a enfermeira não tinha medo dele ou a sua atitude e empurrou-
o para fora da porta.

Quando eles me liberaram, Matt me levou de volta para a fazenda,


apesar do argumento que ouvi entre ele e Ream fora da minha porta
quarto de hospital. Matt ganhou.

A primeira coisa que fiz quando cheguei em casa era injetar a mim
mesmo. Depois fui para o banheiro e olhei para o meu rosto. Não era
uma visão bonita, na verdade Foi horrível ver todos os pontos em toda a
minha testa e no meu rosto. Estremeci quando eu toquei meu dedo
para os hematomas ao redor dos meus ferimentos. Eu sempre fui
confiante com minha aparência, mas isso foi muito confuso e eu me
senti desconfortável com este novo eu. Parecia que o meu exterior
estava agora indo para combinar com o meu interior.

— Baby. - Ream casualmente encostou-se ao batente da porta. —


Você é a mulher mais forte que eu já conheci.

Afastei-me ao espelho e encostei-me ao balcão.

— Yeah. - Mas foi uma resposta meia-boca, porque eu não me


sinto forte agora. Senti-me arruinada e confusa e, como eu estava
caindo aos pedaços.

— Vai levar uma semana ou mais para voltar em seus pés.

— Eu estou em meus pés muito bem.

— E você é a mulher mais teimosa que eu conheço.

Eu bufei.

Ele se afastou da porta e caminhou em minha direção. Uma onda


de necessidade me bateu e não era o desejo, era a necessidade de ele
me envolver em seus braços e me abraçar. Prendi a respiração quando
ele levantou a mão e segurou meu queixo. O corpo dele estava a
centímetros do meu, coxas tão perto que se eu respirei fundo que
tocariam.

— Eu deixei ele te machucar.

— Eu estou bem, Ream. Não foi culpa sua. - Eu sabia que Ream
tinha demônios interiores, provavelmente a partir de não proteger a sua
irmã, então foi como ele se culpar por isso.
— Você está bem, Kat? Ele tocou...

Eu o interrompi.

— Ream, estou bem. Sério. - Sim, eu ainda sentia a mão no meu


peito, meu mamilo, mas eu sabia a quão sortuda eu era. Eu sobrevivi a
ele. Isso era o que importava. Eu ainda queria que ele fosse capturado e
castrado embora.

Ele acenou com a cabeça.

— Yeah. - Ele olhou para baixo como se tomar um segundo para


reunir seus pensamentos e então encontrou meus olhos de novo. — Eu
estou te dando uma semana. Eu não quero nada mais do que cuidar de
você e ter você só para mim, mas você precisa estar aqui com os seus
amigos. Por enquanto. - Seu polegar acariciou para trás sobre a ligeira
quebra no meu queixo. — O médico disse que precisa de oito dias,
então... As coisas mudam.

— O que isso quer dizer?

— Isso significa que, você precisa de mim, eu estou aqui. Mas por
outro lado eu estou recuando para dar o que você acha que precisa. Na
próxima semana, isso muda.

Eu fiquei sem palavras, porque um, ele estava se inclinando para


perto e eu podia sentir o cheiro dele e dois, porque eu não queria falar.
Eu queria que ele me beijasse.

Mas ele não o fez. Em vez disso, sua mão caiu de meu queixo e ele
saiu.

Eu dormi por dois dias seguidos e eu sabia que Ream tinha vindo
para o check-in em mim, porque a nota que ele me deu no hospital
estava agora no meu criado-mudo. Eu pensei que as enfermeiras
tinham jogado fora. A terceira noite eu sonhei que ele me segurou
enquanto ele acariciava meu cabelo. Quando acordei vi o travessão no
colchão e sabia que não tinha sido um sonho.

Noite após noite eu tentei ficar acordada para ver se ele viria, mas
eu estava grogue dos remédios e eu sempre adormeci. Eu suspeitava
que ele dormisse ao meu lado todas as noites, mas ele nunca ficou, e
quando eu perguntei a ele sobre isso, ele apenas deu de ombros e foi
embora. Ele ficou em silêncio ao redor de mim e foi tão diferente de
Ream, e ainda assim era o que eu precisava dele agora. À distância. O
tempo necessário para curar interiormente como fisicamente. Eu ainda
ouvia o estalo da borracha, mas estava ficando cada vez menos.
Nos últimos dias, Ream e a banda foram embora durante o dia
para o estúdio de gravação, Emily estava ensinando uma clínica de
cavalo, e eu passei cada pintura momento de vigília. Ele sempre tinha
sido a minha maneira de lidar com as emoções. Eu era tão boa em
evitá-los, e minha saída era pintar. Dessa forma, eu poderia permanecer
escondida atrás de um véu de equilíbrio no resto do tempo.

Os cortes no meu rosto estavam curando o que significava que


estavam coçando como o inferno, e eu estava feliz, quando os oito dias
foram passando, embora eu também estivesse apreensiva em referência
de Ream para as coisas mudando.

Era sexta-feira à tarde, quando Matt me levou ao médico para


removê-los. Ele estava preocupado com os analgésicos que eu estava
ligada e não queria que eu dirigisse. Eu não lhe disse que eu parei de
tomar os analgésicos há dias. Eu estava preocupada com eles reagissem
com minhas outras drogas. Matt me deixou quando eu estava
recebendo minhas suturas removidas para que ele pudesse balançar
por armazenar a droga para eu pegar mais vitamina D.

Saí do consultório do médico para esperar por Matt quando vi


Ream apoiado casualmente contra o seu carro, braços e tornozelos
cruzados, parecendo um leão sem pressa esperando em seu penhasco
para sua companheira.

E roubou o meu fôlego. Ele estava tão relaxado e ainda assim cheio
de intensidade. Fui até ele com um balanço sensual e suas
sobrancelhas subiram quando ele me olhou de cima a baixo e, em
seguida, no canto de sua boca se curvou o que me fez sorrir porque
testemunhando o sorriso de Ream era como ser entregue ao sol.

Quando parei na frente dele, ele fez algo inesperado... Ream


embalou meu queixo em sua mão, em seguida, inclinou-se e beijou ao
longo da cicatriz no meu rosto e, em seguida, do outro lado da um na
minha testa.

— Eu vou matá-lo se algum dia eu tiver a chance. Por isso. Por


colocar as mãos em você. - Ele se mudou para os meus lábios e me
beijou lento e suave como o toque suave de uma pena. — Você vai ser
sempre minha linda. Nada nunca vai mudar isso. Dentro e fora, Kat.

Ele se afastou alguns centímetros e, em seguida, mostrou-me seu


braço esquerdo. Era uma borboleta que ele tinha em seu outro braço,
mas desta vez ele teve a palavra curva Bonita por cima.
— Você faz tudo feio dentro de mim bonito, Kat.

Eu olhei para a tinta, a pele ainda vermelha e inflamada. O artista


tinha capturado a borboleta em voo, a sombra de suas asas esvoaçantes
tornando estalar de sua pele. Os desenhos mais intrincados decorado
as asas com preto e um azul brilhante.

Eu olhei para ele. Eu não tive a chance de dizer qualquer coisa


quando ele abaixou sua boca com a minha, macia e suave como uma
pluma escovando-se contra os meus lábios.

Ele não tinha tentado me beijar desde o ataque. Mas não foi isso;
foi que Ream não fez beijo suave. Ele era apaixonado, duro e insistente.
Ele estava tentando ser gentil enquanto seus lábios percorriam meu
doce e quente, mas eu precisava que ele fosse duro e implacável. Eu
precisava de Ream ser Ream.

— Deus, Ream, me beije caramba.

— Você só teve o seu ponto...

— Se você não me beijar com vontade agora, eu estou indo embora.


- Isso foi uma mentira e eu suspeitava que ele soubesse disso.

Ele gemeu então me virou ao redor, e eu cambaleei para trás até


que minha coluna foi contra o carro. Sua boca me bateu duro,
buscando, alegando, e encontrando-me de uma vez. Minhas mãos
deslizaram por seu peito para sentir seu coração martelando sob
minhas palmas.

Ele se afastou por um segundo para olhar para mim, em seguida,


inclinou a cabeça e sua boca se chocou com a minha novamente. Foram
dois carros colidindo, curvado então quebrados agora fundindo juntos.

A dor entre as minhas pernas vibrou quando ele pressionou em


mim. Eu esfreguei minha coxa contra a sua, e ele grunhiu então
deslizou as mãos pelas minhas costas para a minha bunda e me pegou
para que eu pudesse enrolar minhas pernas em volta dele.

— Jesus, baby. Eu senti sua falta.

Ele não me deixou responder, e honestamente eu queria evitar toda


a conversa e apenas beijá-lo porque eu precisava disso por muito
tempo. Agora eu estava começando e eu não queria que acabasse. Foi
uma coisa que nunca perdeu, a paixão um pelo outro.
Os lábios dele se suavizaram contra o meu e nossa necessidade
frenética diminuiu, mas a urgência ainda nos reivindicado quando ele
me segurou presa entre ele e o carro. Seus dedos se enroscaram na
minha bunda e eu gemi.

— Eu quero que você confie em mim de novo, baby.

— Ream? Kat?

A porta do carro bateu.

Matt. E ele não parecia feliz, em tudo.

— O que você está fazendo aqui, Ream?

Ream não me deixou ir, mas deixou-me deslizar para baixo de seu
corpo até que meus pés tocarem o chão. Ele meio que se virou para o
meu irmão como um muro de proteção de músculo. Eu abaixei debaixo
do braço e ia afastar Matt, que parecia pronto para começar uma luta,
mas Ream agarrou minha mão e me puxou de volta.

— Matt. Está tudo bem, - eu disse.

— Qual é o seu problema comigo?

— Você é um idiota. Esse é o meu problema, - Matt respondeu,


ainda olhando para Ream.

— Diz o cara que não disse a sua irmã sobre Lana. Foda-se o
homem, por que diabos você não diria nada? Você sabia que sua irmã
pensava.

— Porque é melhor ela pensar que você é um pedaço de merda.

— Matt. Sério? - Disse. — Isso não é tão legal.

— Ele aparece no meu bar. Você está bêbada como o inferno com
outro cara e esse idiota está dizendo nada sobre a necessidade de
tempo. Eu vi vocês dois saírem juntos duas noites antes disso. Eu não
sou estúpido, - Merda, Brett deve ter ouvido. — Então, ele perde a
merda e eu preciso ter o seu rabo jogado para fora do meu bar. Não,
Kat. Você não precisa de um cara como ele em sua vida. Sem stress
lembra-se?

— Matt, pare.

Ream bloqueado seu braço em volta da minha cintura e me puxou


para ele.
— Baby, se seu irmão precisa dizer merda...

— Muito bem ter merda nenhuma para ter dizer. - Matt parou bem
na nossa frente e como Emily e eu diria que ele era sobre o queimador.
— Você teve sua chance. Você errou. Você não está recebendo isso de
novo. E eu não me importo que você aparecesse no hospital neste
momento. Eu deixei acontecer porque Kat, por alguma razão, queria
você lá. Mas se juntar com você de novo é um erro e eu não vou deixá-la
fazer isso duas vezes.

— Matt. Deixe-me...

Ele se virou para mim.

— Qual é o problema, Kat? Pensei que você estivesse feita com ele.
Ele não merece você.

O corpo inteiro de Ream foi duro e completamente imóvel. Quando


falou, foi com um tom duro, áspero que mesmo eu não queria mexer.

— Talvez eu não. Mas isso é entre mim e ela, não você.

As mãos de Matt apertaram e o rosa da bochecha ficou vermelho.


Ele estava pronto para explodir uma junta.

Os alfinetes e agulhas nas pernas provocadas como fogos de


artifício.

— Os dois. Pare com isso, - eu gritei.

Nenhum deles me deu atenção, e Ream deixou-me ir quando ele


caminhou em direção a Matt, os punhos cerrados, o corpo tenso.
Minhas pernas enfraqueceram quando o formigamento se transformou
a dormência e eu cambaleei para dentro do carro, agarrando na borda
da porta para o apoio. Um ligeiro grito escapou-me quando eu quase
caí.

— Foda-se. - Ream mergulhou para mim, passou o braço em volta


da minha cintura. — São as pernas? - Olhei para Matt e vi a surpresa
em seu rosto. — Baby, entre no carro, enquanto eu lido com isso.

A voz de Matt de repente estava calma e tranquila, enquanto


olhava para mim com o choque.

— Ele sabe?

Eu balancei a cabeça.
Ream apertou seus braços em volta da minha cintura e expressão
de Matt mudou instantaneamente de fúria para preocupação. Eu não
podia culpá-lo; ele me levantou, passou por todos os testes, e sentou-se
comigo enquanto o neurologista me deu a má notícia que eu tinha
esclerose múltipla. Lembro-me dele chegando a todo o espaço entre nós
e pegando a minha mão. Foi o gesto mais reconfortante que ele poderia
ter feito. Sem palavras. Sem raiva para o que eu tinha sido tratada.
Apenas apoiar. Eu sempre me lembro daquele momento. Eu tinha
dezesseis anos e com medo, sem entender o que isso significava para o
resto da minha vida. Mas eu sabia que tinha Matt e que fez tudo muito
menos assustador.

— Você precisa se sentar, - Ream sussurrou em meu ouvido.

— Eu estou bem. Só não me deixe ir por um minuto. - Seu braço


em volta de mim era a única coisa me impedindo de desembarcar na
minha bunda. — Matt, eu te amo. Mas eu posso lutar minhas próprias
batalhas. - Ele abriu a boca e eu rapidamente continuei, — Cai fora.

Ele olhou para Ream.

— Machuque-a de novo e esteja pronto para se mudar para outro


país.

— Se eu ir para qualquer lugar, ela está vindo comigo.

— Oh merda, - eu murmurei.

— Entre, linda.

— Você ainda tem uma ideia do que é EM1? Meu palpite é que você
não e...

— Matt. Não. - Merda. Ream não ia tomar nenhuma acusação


levianamente.

Mas Matt continuou.

— Ela não pode ir a qualquer lugar. Ela está doente e sua doença
está acabando com a mielina em seus nervos. Você ainda tem uma ideia
do que a mielina é? Bem, eu porra faço, e ela nunca vai sair em turnê
com você, que você acha disso? O seguro de saúde não cobrirá seus EM
para fora do país. Aposto que você nunca pensou muito à frente, não é?
Eu me pergunto por quê? Porque você é um louco, idiota fodido é por
isso. Você vai usá-la, em seguida, empurrá-la de lado quando as coisas

1
Esclerose Múltipla.
ficarem difíceis para ela. Meu conselho... Vá embora agora, antes que
eu tenha que chutar o seu traseiro quando você machucá-la de novo,
porra.

Whoa. Fiquei surpresa com as palavras de Matt. Ele sempre tinha


sido meu protetor, e eu o amava por isso, mas também me irritou
porque eu escondi a minha doença de todos para que eu não fosse
tratada como ele me tratou. Fraca. Vulnerável. Incapaz. Eu não era
nenhuma dessas coisas e eu lutei verdadeiramente muito duro para ter
certeza de que eu não era.

Ream me pediu para o banco da frente e, em seguida, deu um


passo atrás. Eu agarrei seu braço, mas ele me evitou e se moveu em
direção a Matt. Ele não hesitou quando ele deu o primeiro soco. Matt
estava pronto embora e no último segundo se esquivasse do golpe e
levou-o para o ombro em vez da mandíbula como pretendido. Matt
abordou Ream para o pavimento.

— Matt. Pare. Ream. - Eu não podia fazer nada além de sentar lá e


ver como eles se socavam e rolavam no chão. Estremeci quando ouvi
um estalo quando o punho de Matt conectou com a bochecha de Ream
e depois deu uma cotovelada de Ream no rosto de Matt.

— Pare com isso.

Ream pulou em cima de Matt e prendeu-o com o braço em seu


pescoço, cortando seu suprimento de ar.

— Você não entendeu, não é? Sua doença não tem segurança


dela... Ela tem o controle da doença com uma luva de ferro maldito. Ela
esconde daqueles que significam mais para ela porque você protegeu-a
como ela é muito doente e ela acha que todo mundo vai fazer também...
Mas ela não é. Ela está viva. E eu pretendo estar lá para cada segundo.
- Sua voz ficou mais silenciosa. — E se for preciso deixar a banda, então
eu vou. Mas nunca diga que eu estou usando ela de novo.

Minha respiração engatou com as palavras de Ream. Ele se


levantou e seus olhos imediatamente encontraram os meus. Suas
palavras ecoaram na minha cabeça uma e outra vez.

Ele entendeu.

Ele conseguiu.

Ele sabia como eu me sentia.

E ele acabou de dizer que ele deixaria a banda por mim?


Pela primeira vez eu fiquei sem palavras. Tentador calor espalhou
pelo meu corpo enquanto olhávamos um para o outro. Ouvi Matt
subindo para seus pés, mas eu não conseguia tirar os olhos de Ream.
Eu não me prometo a viver cada dia ao máximo? Para correr riscos?
Não foi Ream um risco que eu estava disposta a assumir? Não havia
dúvida de que eu queria, mas eu ainda não estava pronta para pular
com os dois pés, como ele queria. Com Ream, era proceder com cautela
e agora eu tinha um pé dentro e um fora.

— Baby, - ele disse, e estendeu a mão. Ele se estabeleceu em mim


e eu queria suspirar.

Olhei para o meu irmão.

— Matt, não importa o que aconteça... Eu vou ficar bem.

— Kat... Jesus. - Ele olhou para Ream e todos ficamos em silêncio


por alguns segundos. Então Matt, com sangue escorrendo de sua
narina, estendeu a mão para Ream. — Tudo bem, amigo. - Camarada?
Era amigo agora? — Talvez você tenha a coragem de assumir a minha
irmã e entender o que ela implica. E eu não estou falando apenas de
sua EM. Mas eu ainda estou assistindo e se você... Foda-se... Eu vou
assar suas bolas.

— Claro o suficiente. - Ream apertou minha mão. — Estaremos de


volta em um par de dias.

— O quê? - Eu olhei para ele e ele piscou. Era doce e bonito e eu


amei quando ele mostrou parte de si mesmo.

Matt franziu o cenho.

— Você tem tudo o que precisa? Ela tem as drogas que...

Ream ergueu as sobrancelhas.

— Sim, Matt. Eu tenho isso.

Matt hesitou um segundo, e eu vi o conflito em seu rosto. Ele


sempre se preocupou comigo, ele fez o seu trabalho, mas ele tem que
parar de se preocupar e começar a viver para si mesmo. Às vezes, eu
gostaria que ele nunca soubesse sobre minha EM. Mas viver com essa
doença sozinha... Ele estava enfrentando duro o mistério... O
desconhecido do que poderia acontecer comigo. Apesar da minha
vontade de ser forte e enfrentar isso sozinha, tanto quanto eu pudesse,
eu precisava do meu irmão.
— Amo você. - Matt, em seguida, caminhou de volta para seu
carro.
— Ream? O que quer dizer um par de dias?
— Estamos levando algum tempo para resolver essa merda, você e
eu sem distrações.
E foi ele querer eu a saltar com os dois pés.
— Whoa, eu não acho que...
— É, não acho. Basta fazer. - Ream fechou a porta, em seguida,
deu a volta para o outro lado e entrou no carro. Dentro de segundos
estávamos em movimento.
— Ream?
— Sim, baby?
— Obrigada. - Para ele, dizer que ele fez com Matt, por estar no
hospital, quando eu sabia que ele tinha dificuldade em ficar lá, por me
dar tempo após o ataque, mas ainda estar lá se eu precisasse dele. Foi
por tudo isso e eu sabia que ele conseguiu isso.
Ele acenou com a cabeça e manteve os olhos grudados na estrada.
Depois de alguns minutos ele disse:
— Este fim de semana, voltamos onde começamos — nossa
amizade.
Eu perdi o Ream que conheci na fazenda. E eu queria isso de volta
também, mas eu realmente não sei se isso poderia ser construído
novamente para cima.
— Nada de sexo.
— Desculpe-me? - Agora, isso foi uma surpresa. Ream e eu
tínhamos paixão em abundância e ele queria ir embora por dois dias e
não tem nenhum?
— Isto não é sobre isso. Precisamos de tempo para resolver a nossa
merda e o sexo torna complicado.
— Bem, talvez eu queira complicado. - Eu não, longe disso, mas
nós só... Bem, se eu tivesse um pé na época era para ter sexo com
Ream. A amizade era de alto risco e havia um sinal alto piscando na
nossa frente.
— Você não está entendendo. Agora coloque o cinto de segurança
antes de eu ter que parar o carro e fazê-lo por você.
Estendi a mão no meu ombro e trouxe o cinto através de mim e
cliquei no lugar.
— Eu preciso de minhas injeções se vai demorar uns dias.
— Tudo sob controle.
Eu puxei o meu olhar para ele e ele se encontrou brevemente com
os meus olhos.
— Você planejou isso?
— Baby, por que você acha que eu conheci a documentação?
— Como você sabe a onde estão as minhas agulhas?
— Esse seu grande cavalo espertinho me disse.
Eu sorri, ele riu e o som provocou uma chama dentro de mim.
— E se eu dissesse que não?
— Eu tinha planejado jogar você no carro de qualquer maneira.
— Você não pode apenas jogar uma pessoa em um carro e dirigir
por ai. Isso é sequestro.
Suas sobrancelhas subiram quando ele olhou para mim por um
segundo.
— Eu chamo isso de coerção.
Eu bufei.
— Essa droga que você toma é mantida na geladeira. Você mantém
um pequeno em seu armário. - Merda, ele pesquisou a droga que eu
estava ligada e sabia que estava guardado na geladeira? Foi seguro para
mantê-los à temperatura ambiente durante uma semana de cada vez.
— Bem, eu espero que você não esteja pensando em ir do outro
lado da fronteira, porque eu preciso de uma carta para viajar com as
drogas.
— Nós não estamos indo ao longo da fronteira.
— Ok, então onde?
Ream riu e eu amei a forma como a tensão que ele sempre teve em
sua expressão relaxou momentaneamente no momento em que ele
deixou o riso dentro. Mesmo quando eu o vi tocando guitarra em cima
do palco, parecendo sexy quente, ele não estava relaxado. Ele era
intenso e focado.
— Você não gosta de surpresas, não é?
— Claro que sim. Sou espontânea.
Era a sua vez de bufar.
— O quê?
— Você pode acreditar nisso, se você quiser, mas nós dois sabemos
que é mentira. Você finge que é o que você está fazendo, mas o que você
faz é tentar controlar cada aspecto de sua vida.
— Bem, você deve saber. Você é a definição de controle.
Seus lábios tremeram e droga, eu queria inclinar e beijá-los.
— Você está certa. Mas você estava mais fodida a partir do
momento em que nos conhecemos. - Eu abri minha boca, em seguida,
fechei-a novamente quando eu peguei um vislumbre de sua carranca
assustadora que causou arrepios de desejo e medo por mim ao mesmo
tempo. — Então, agora eu estou suavizando as rugas.
— Eu não tenho nenhuma palavra a dizer em tudo isso?
Ele olhou para mim e apenas a lâmina de seu olhar a todo o
comprimento de mim tinha me mudando desconfortavelmente no meu
lugar. — Não. Esse tempo já passou. Eu dei-lhe tempo para puxar a
cabeça para fora de sua bunda. Você não fez. Eu voltei da turnê e você
está com algum idiota que não sabe como cuidar de sua namorada.
— O que me aconteceu não foi culpa de Lance. E minha cabeça
não está na minha bunda.
Ream jogou a cabeça para trás e riu.
— Claro que espero que não. Mas ainda... Você está fazendo o que
eu quero neste fim de semana.
E eu não gosto do som disso.
— Eu não gosto que me digam o que fazer ou a ser cuidada.
— Sim, eu tenho em alto e claro, linda. Mas este fim de semana
você está recebendo isso. - Ele ergueu as sobrancelhas quando fui para
a oposição. — Eu quero duas noites.
Meu coração batia cada vez mais rápido, quando comecei a ter
plena consciência do que a situação era.
— Para quê?
— Para não ter argumentos e dar o que você precisa.
— Como você sabe o que eu preciso Ream? - Mas, apesar do que
tinha acontecido entre nós, eu acho que ele sabia.
Ele parecia completamente à vontade com a sua mão pendurada
sobre o volante e uma perna dobrada.
— Kat, é um fim de semana de não discutir comigo. Um par de
dias. Apenas nós.
Palavras foram facilmente esquecidas; ações fizeram a diferença, e
as ações de Ream no passado eram uma merda até recentemente... Eu
poderia deixá-lo ter controle, nenhuma argumentação por dois dias?
— E se eu disser não? Se eu quiser que você me leve para casa? -
Eu estava curiosa para saber o que ele diria. Nós dois estávamos
teimosos e gostávamos de obter o nosso próprio caminho, mesmo que
fosse uma maneira que nós particularmente não queríamos, mas só
queríamos ganhar.
— Você no meu carro? - Eu balancei a cabeça, desconfiada quanto
ao local onde ele estava indo com isso. — Você sabe onde estamos indo?
- Ele sabia muito bem que eu não tinha ideia de onde estávamos indo.
— Você teve sua chance de dizer não antes de entrar no carro. Agora,
você está comigo e eu recebo o meu tempo. Então você pode decidir.
— Decidir o quê?
— Quer me deixar entrar e eu me dar para você.
— Você tem que estar brincando. - Eu ri, balançando a cabeça
para trás e para frente. Quando eu olhei para ele, ele não estava
sorrindo, ele estava falando sério. Eu poderia deixá-lo entrar
completamente? Ele faria o mesmo? Ele gostava de controle e não era
apenas sexualmente. Ele tinha demônios e ainda assim, ele me disse
pouco sobre eles, exceto que sua irmã morreu. Eu não era o único
esconderijo e para nós ainda temos uma chance, para construir a
confiança novamente, ele teria que me deixar entrar também.
Ele acelerou para a estrada e fundidos em tráfego.
— Sem sexo até que concorde em ser minha.
— Sua? Isso soa um pouco machista. - Mais como o tamanho de
uma baleia assassina chauvinista.
Ele deu de ombros.
— É o que é Kat. E isso vai nos dois sentidos. Mas eu já sou seu,
de modo que a minha parte está feita.
Eu pensei sobre o que ele queria. Era tão ridículo que eu não
poderia envolver minha mente em torno dele. Quero dizer, nós, juntos,
sozinhos e sem sexo... Isso não ia acontecer. Mas ele queria mais do
que isso. Ream queria o controle ao longo dos próximos dois dias. Sem
discutir com ele, apenas confiando nele para me dar o que eu precisava.
O pensamento me fez inquieta porque eu odiava ser cuidada e o
pensamento de dar aquele que fez meu coração disparar e meu
estômago a bater.
A única maneira que isso iria funcionar era que tivéssemos
relações sexuais, porque estar a sós com Ream... Bem resistir a ele
seria doloroso.
— Eu quero ter relações sexuais.
— Não.
— Ream isso é o que existe entre nós agora. Nós dois sabemos
disso. - Havia mais, pelo menos não tinha sido. Eu só não sabia se era
possível encontrar isso de novo. A coisa era... Esperança estava
começando a florescer.
— É aí que você está errada. Nós éramos amigos primeiro e
estamos voltando a isso.
— Eu não posso ser apenas amigos com você.
— Vamos ver.
— Ream.
— Kat.
Cruzei os braços. Merda, ele pensou que poderia fazer isso? Passar
dois dias juntos e não fazer nada, mas o que... Falar? Ha.
— Tudo bem. Você pode ter seu fim de semana. Sem sexo e sem
discutir.
Ele riu.
— Não estava pedindo, baby.
Gah... Eu queria muito bater aquele sorriso arrogante de seu rosto,
mas então eu queria beijá-lo e rastejar em seu colo e...
Quão difícil pode ser? Eu não estava com medo de muita coisa. Ele
poderia estar me levando para soltar de paraquedas e eu ficaria em
êxtase. Mas eu estava apreensiva sobre a parte não argumentar, por
que... Bem, eu era boa nisso.
Eu esperava que ele estivesse nos levando a um spa. Agora isso
seria perverso, mais eu poderia escapar dele, indo para o quarto a
qualquer hora das senhoras que eu queria. Deus, entrarmos em
confronto o tempo todo. Havia uma história de palavras pejorativas e
raiva e eu senti como se tudo o que restava era esta química sexual e o
resto foi embora. Isso não era uma fundação... Era areia movediça.
— Nós somos incompatíveis. Você sabe isso não é? - Podemos
querer um ao outro, mas isso não significa que ele podia trabalhar.
— Nós não somos incompatíveis, Kat. Acabamos de perder o nosso
caminho.
— Nós estamos discutindo agora.
— Não. Estamos discutindo. E você realmente quer ir para lá?
Porque eu tenho você no meu carro, não se sabe para onde estamos
indo, e eu confisquei seu telefone enquanto você estava me beijando.
— Merda, - eu peguei minha bolsa do chão e comecei a cavar
através dela. Sem telefone. — Por quê?
— Porque você é tão focada em fazer certo de que ninguém está
cuidando de você que você acha que cada vez que eles são, há algum
motivo subjacente para ele. Você está escondendo a sua EM, porque
você é tão maldita certa que todos assustados vão pensar que você é
fraca, mas, Kat, é frustrada. Você é fraca, pois suas emoções reais são
trancadas tão apertadas que você não se deixa fazer a única coisa que
você diz que você está fazendo de estar.
Eu bufei e joguei minha bolsa no chão.
— Você não tem nenhum indício, Ream. Porra nenhuma pista. Isso
não é tão verdadeiro.
— Você chorou sobre o que aquele bastardo fez com você? Ele
tocou você, Kat, porra. Ele cortou o seu rosto e te bateu. Alguma vez
você chorou?
Eu endureci.
— O quê?
— Você me ouviu? Eu estava no hospital com você e nem uma vez
eu vi você chorar. Um cara porra fez isso com você e você não chorou.
Uma semana na fazenda... Nem uma vez que você quebrar. Você
controla tudo sobre suas emoções. Você não toma um momento para si
mesma e deixa o que você está sentindo dentro. - Ele olhou por cima do
ombro quando ele mudou de faixa. — A única vez que eu vejo você
perder o controle é quando você está com raiva. Diga-me, Kat, quando
foi diagnosticada, você chorou? - Oh Deus. — Você sentiu pena de si
mesma por cinco minutos? Meu palpite é que você não fez.
— Eu chorei quando Emily voltou para casa.
—É exatamente isso. Você chorou por ela. Mas nunca por si
mesma. - Ele olhou para mim e eu rapidamente olhei pela janela lateral.
— Eu acho que é ótimo que você está tomando o controle sobre esta
doença, baby. Mas você ainda precisa se lamentar. É preciso dizer às
pessoas que significam mais para você e parar de tentar controlar o que
eles vão fazer se soubessem.
Eu fiquei em silêncio. Eu não podia falar. Eu não quero ouvir isso.
— Portanto, meu conselho, não discuta comigo neste fim de
semana. Se você fizer isso... então você vai descobrir o que é está
excitada e não ter um orgasmo.
Puta merda.
— Você está brincando comigo? Você não pode fazer isso?
Ele acenou com a cabeça.
— Claro que posso.
Foda-se, eu não gosto do som disso. Browni, massa fofa biscoito,
foda. Você é um bastardo.
— Eu te odeio.
— Vamos ver.
Eu não gosto do som disso.
Por que ela sempre tem que esperar por mim?

Eu estava tão doente de sua pena. De sua constante necessidade de


estar perto de mim.

Ela estava em pé no topo da escada, e eu queria empurrá-la para baixo


deles. Eu odiava que ela sabia onde eu fui. Era quase como se ela fosse
feliz que eu estava preso lá.

Eu odiava que ela tentou me confortar.

Não houve conforto.

Eu não queria isso.

Eu não quero nada. Não de qualquer um.

Algo cutucou meu ombro, e eu empurrei o perturbador agressor


afastado com um movimento do meu pulso. Eu esfreguei minha cabeça
contra o vidro duro tentando ficar confortável novamente quando de
repente o meu travesseiro de vidro foi tirado.
Eu abri meus olhos e vi Ream do lado de fora do carro, com a mão
na porta, seus jeans desbotados encostados em suas coxas musculosas,
e caramba, ele era muito delicioso para resistir com um dorminhoco.
— Vamos linda.
Eu tirei o cinto de segurança e bati de volta no lugar. Ele tinha um
saco preto jogado por cima do ombro, e eu esperava como o inferno que
ele tinha embalado meus pijamas confortáveis. Os que tinham me
levado para o hospital, eu tinha falado para Matt queimar. Ele afastou-
se enquanto eu deslizava para fora do carro e pegou nos arredores.
Merda. Não era um spa de luxo. Não era nem mesmo um hotel. Era
uma pequena casa de campo rodeada por... Eu respirei... Pinheiros. A
porta do carro bateu atrás de mim, e então eu ouvi o barulho de galhos
quebrando debaixo de seus pés enquanto ele caminhava em direção à
casa de campo — melhor descrição: barraco.
— Realmente, Ream? Se você estava tentando me conquistar, isso
certamente não está fazendo nenhum favor. - Eu fiquei no carro com
medo de deixar o luxo.
— Obtenha sua bunda em movimento, Kitkat.
Os três degraus da varanda rangeu sob o peso dele quando ele
pisou, e eu imaginei que ele cairia através delas antes do fim de semana
foi para cima. Por que diabos Ream me trouxe aqui? Não havia nada de
estranho sobre o lugar. Merda, o local precisava de uma camada de
tinta e... É melhor ele não ter me trazido aqui para pintar.
— Pra dentro. - Ele segurou a porta de tela frágil aberta para mim,
o metal das dobradiças fazendo um grito agudo ao menor movimento.
Eu resmunguei baixinho quando eu passei por ele.
Surpresa levantou o medo de andar em um santuário de perna
longa pai atormentado com teias e poeira. Em vez disso, fui recebida
com o aroma de flores frescas de corte, lavanda, e pão fresco. Os pisos
de madeira brilhavam. A cozinha pequena, mas moderna teve um toque
europeu com as telhas backsplash vitrais e armários em mogno escuro.
Abriu-se em uma sala que tinha uma janela de baía grande com vista
para um terraço com vista para o lago.
— Ok, não é tão ruim como eu pensava.
Eu tremi quando ele veio atrás de mim, com as mãos descansando
em meus quadris.
— Que bom que você semi aprovou. Não que isso importe se você
fez ou não fez.
— Espertinho, - retorqui.
— Mmm, - ele murmurou. Suas mãos escapuliram e ele caminhou
para um dos três quartos fora da sala de estar.
Eu podia ver a cama com um edredom branco e almofadas bege.
Havia uma pintura em cima da cama de uma mulher andando na praia,
a água entrando para deslizar sobre seus pés.
— Então, de quem e esse lugar? - Eu perguntei, chutando meus
sapatos e estatelando-me no banco do bar na ilha de cozinha estreita
que também funcionava como um lugar para comer que parecia.
— Um amigo.
— Bem, já que eu conheço a maioria de seus amigos, então eu
preciso saber quem é.
— Você não sabe este.
Oh.
— Uma garota?
— Ciumenta?
— Não. Curiosa. - Ele pegou a roupa do saco, em seguida, colocou-
os em um velho armário. Ream passou o dedo lentamente sobre a
tatuagem de borboleta em seu braço direito, aquela semelhante à
tatuagem que ele só tem para mim. Parecia um gesto inconsciente, e eu
o vi fazer isso antes. Pensei no que ele chamou sua irmã. Seu anjinho.
— Por que você faz isso? - E a curiosidade não pode matar o gato.
— Fazer o quê, amor?
— Tocar a tatuagem o tempo todo. A única em seu braço direito. É
sua irmã? - Ele fechou a porta da cômoda e se endireitou me
observando. Eu assisti de volta. Então eu cresci desconfortável sob o
olhar dele e fui para explorar quando sua voz me fez parar.
— Agora eu tenho tanto de você em mim. - Isso foi tudo o que
disse. — Venha aqui.
Eu realmente não queria. Quer dizer, eu estava me sentindo
ansiosa e... Sim, completamente ligada e mantendo distância foi uma
ótima ideia, quando houve uma regra de não sexo. Por que foi que você
pensou em algo mais quando você sabia que não poderia tê-lo? — Eu
estou indo para ir explorar.
— Eu disse para vim aqui, Kat.
— Por quê?
Ele não estava sorrindo. Ele estava falando sério e eu finalmente
percebi o que ele quis dizer com nenhuma argumentação. Oh merda.
Eu não estava tão boa em seguir ordens. Era como se definir algo fora
dentro de mim me dizendo a se rebelar.
— Kat. - Seu comando era um comando severo e direto. Eu pensei
sobre isso por um par de segundos e, em seguida, levantei-me e
caminhei em direção a ele.
Parei na porta. Por que respiro mais rápido? Eu me mexi
desconfortavelmente sob o seu olhar intenso, sentindo-me como se ele
estivesse me despindo com os olhos. Merda. A dor começou na minha
barriga e, em seguida, o pulsar foi inferior e apertou entre as minhas
pernas que me fez querer dizer foda isso e pular em cima dele... Sim, ele
estava gritando para que eu fizesse alguma coisa.
— Prepare-se para a cama. É tarde.
Eu vi minha pequena bolsa de maquiagem rosa, mas sem pijama.
— Umm, você esqueceu-se de alguma coisa?
Ele encostou-se à cômoda e cruzou os braços.
— Não.
— O que eu devo dormir? Nada?
Ele não disse nada.
Merda. E ele queria pular a parte sexual do fim de semana. Quem
ele estava enganando?
— Dê-me uma de suas camisas. - Eu estendi minha mão,
esperando que ele fosse dar na minha demanda. Em vez disso, ele
agarrou minha mão e me puxou para ele até que eu estava confortável
contra o peito dele.
Quando ergui a cabeça para encará-lo, ele já estava olhando para
mim e seus olhos estavam em chamas. Ele segurou meu queixo, o
polegar acariciando meu rosto lento e suave como um pêndulo.
— Sem camisa. Você pode usar sua calcinha para a cama... Se elas
são sexy.
Se ele não estivesse segurando meu queixo, ela teria caído. Em vez
disso, ele abaixou a cabeça até que os nossos lábios estavam tão perto
que se eu enrugasse eles tocam.
— Nunca roupa na cama, querida.
Eu olhei e depois cedi porque era ele que seria o único quebrando
sua própria regra. Eu poderia fazer isso.
— Tudo bem. - Eu facilmente saí de seus braços, assim, facilmente
o que significa que ele escolheu para me deixar ir.
Comecei a desabotoar minha blusa, tomando o meu tempo
certificando-me de que ele pudesse ver cada centímetro da minha pele
ser exposta pouco a pouco. Quando cheguei ao último botão, eu deixei a
blusa cair aberta e, em seguida, deslizei para baixo os braços para o
chão.
Sua mandíbula apertada, então se abriram os olhos observando,
expressão estática, e ainda assim eu testemunhei o inchaço em seu
jeans. Nenhuma regra de sexo, minha bunda. Nós não estávamos
durando a primeira noite. Eu desfiz o meu jeans e com uma curva lenta
em minha cintura, eu acariciava minhas coxas com o jeans enquanto
saia deles.
Agradeci a Deus que eu estava usando minha tanga de renda
turquesa com sutiã combinando porque nada eu queria olhar e parecer
quente no departamento corpo desde que o meu rosto estava bem...
Ainda se recuperando.
Eu olhei de volta para Ream. Grande erro. Seus olhos estavam
nadando com tanto desejo que me varreu para cima e tomou conta de
minhas entranhas e me trouxe para ele. Droga. Ele não tinha sequer me
tocado e eu queria tocar-me a parar a dor que pulsava sem piedade. Eu
tinha o controle. Eu tive isso e agora ele estava deslizando pela minha
compreensão como areia.
Virei-me para desfazer o sutiã.
— Olha para mim, - Ream ordenou.
Meu sutiã desprendeu e caiu para frente. Eu me virei lentamente,
esperando que seus olhos para estar em meus seios. Eles não estavam.
Eles foram trancados em meus olhos.
— Até mesmo despindo-se, você está lutando o tempo todo para
tomar o controle. Você está tão decidida a ser forte que você não está
deixando ir quando você precisa. - Ream aproximou-se de mim e eu
estava respirando tão rápido que meu peito arfava dentro e fora. Ele
parou a centímetros de distância, tão perto que eu podia sentir as fibras
de suas roupas fazendo cócegas em meus cabelos que estavam em
atenção. — Quando você começou a tatuagem, bebê?
Foi depois que ele saiu para a turnê. Todo mundo tinha ido embora
e Georgie e eu tínhamos decidido um pouco de dor foi uma boa ideia.
Foi a minha primeira e eu adorei, um cavalo tribal do meu lado sobre as
minhas costelas. Ele traçou a tatuagem com o dedo e arrepios
acariciaram minha pele.
Eu mal respirava quando eu aproximadamente sussurrei:
— Nada de sexo.
Ream sorriu.
— Oh, baby, eu sei as regras e eu não vou quebrá-las também. -
Ele acenou com a cabeça para o banheiro. — Prepare-se para a cama.
Eu tomei uma respiração profunda a ponto de discutir, quando eu
percebi que não havia nada a discutir. Peguei minha bolsa de viagem
rosa e entrei no banheiro adjacente e fechei a porta. Foi só quando eu
estava sozinha, que eu deixei as emoções virem em cima de mim. Eu
descansei minhas mãos na borda do balcão e olhei para o espelho e o
que vi me deixou completamente apavorada.
Eu me senti vulnerável às emoções subindo em mim. Ele estava
tomando o controle... Não, ele já tinha e isso significava que ele poderia
me abrir para as emoções que eu não queria enfrentar. Eu queria ter
uma chance, mas para fazer isso eu tive que deixá-lo em completo.
Eu de repente me virei, escovei os dentes, me aliviando, depois fui
e me arrastei para a cama. Ream não estava por perto e eu estava feliz
porque se ele vise meu rosto, ele saberia o que eu tinha visto no
espelho.
Puxei o lençol sobre meus ombros e aninhei entre as minhas
pernas, em seguida, cai em um sono exausto.
Acordei tão quente e pegajosa, como se estivesse dormido em uma
sauna. Tentei empurrar o edredom de lado, mas não era um edredom,
era Ream, e ele tinha o braço confortável na minha cintura, em cima de
mim, enquanto o comprimento do seu corpo pressionava contra a perna
dele ao meu lado.
Merda, eu estava no chalé-cabana-choupana-seu lugar. Sozinha.
Com Ream. E eu estava em minha calcinha e ele tinha a perna lançada
sobre minhas coxas — perna musculosa e nua.
Santo maldito. Quando ele deitou na cama? Deus, ele estava nu?
Pelo menos tinha cuecas boxer? Eu iria com isso. Mas minha mente já
tinha superado esse pensamento e era para ele estar nu e seu pau duro
contra mim enquanto seus lábios foram aninhados contra a base do
meu pescoço.
Eu tinha uma escolha: Eu poderia tranquilamente virar e enfiar
seu pau dentro de mim ou sair calmamente da cama. Eu escolhi a
segunda opção porque, realmente, eu precisava de algum controle aqui
e sendo teimosa, queria que Ream fosse o único a tomar a iniciativa.
Eu coloquei a mão no pulso, em seguida, delicadamente tentei
levantá-la de mim. Foi como levantar um haltere amarrado ao chão.
Não estava se movendo.
— Volte a dormir, linda, - ele murmurou contra meu pescoço. A
vibração dos lábios dele enviou um arrepio de prazer através de mim.
Eu realmente precisava escapar rápido.
— Você está quebrando as regras.
— Desde quando dormindo, é sexo?
— O que? Não é, mas você está nu e está perto o suficiente.
Ele riu e mordeu o meu ombro.
— Oh, baby, não haveria nenhuma pergunta, se soubesse que eu
estava dentro de você. - Sim. — Volte a dormir.
— Eu quero levantar.
Ele suspirou e me puxou para mais perto.
— Nunca para de lutar? - Sua voz era aquela voz áspera,
preguiçosa de manhã, e estava me deixando molhada. A quem eu
estava enganado? Eu já estava molhada. — Onde está a divertida garota
descontraída que eu conhecia? Eu a quero de volta.
— Perdida. - Eu resmunguei, não esperava que ele me ouvisse.
— Então nós encontraremos ela, - ele murmurou contra meu
ombro onde ele foi polvilhar beijos.
Merda.
— Eu quero levantar, Ream.
— Você tem que mijar?
— Não.
— Então você vai ficar aqui. Não estou pronto para levantar, e você
precisa aprender a relaxar e a dormir.
— Nunca durmo.
— Bobagem. Passamos dois dias na cama.
— Desde quando fazer sexo é dormir?
— Mmm.
Ele subiu a perna mais distante na minha coxa, e o pau dele
estava lá, desenfreado e pronto. Não. Sem cuecas boxer — merda. Eu
tentei sair porque a sério o latejando entre minhas pernas estava tão
perto do mergulho do penhasco que se ele me tocasse com um dedo, eu
estaria gritando em êxtase. Ele apertou o braço e puxou-me. Então ele
teve a coragem de rir.
— Vá dormir Kitkat.
— Não estou cansada.
— Então deite aqui e pense em mim te fodendo.
— Ream, isso é ridículo.
— Não, você está sendo ridícula para não fechar a boca e curtir os
carinhos.
— Você é um idiota.
— Nunca disse que não era. Agora feche essa boca doce, antes de
eu encontrar outra maneira de fechá-la.
— É uma forma de sexo, - retruquei, embora o pensamento de
prová-lo novamente fez minha respiração acelerar e minha boca cheia
de água. Alguns homens tinham gosto de nada; Ream tinha gosto de
céu, mas eu com certeza não estava dizendo isso a ele.

— Oh, não estava pensando nisso, linda. Mas é bom saber que
você está.
Gah.
Soltou o braço e os dedos espalhados sobre meu abdômen e, em
seguida, com um ligeiro toque de penas ele acariciou minha pele. Foi
quando eu caí no sono, envolta em seus braços, quentes e incomodados
e com Ream me acariciando.
Eu gemia e puxei o travesseiro debaixo da minha bochecha, em
seguida, lentamente abri meus olhos. Fui recebida com o sol ardente de
feixes de luz através da sala. Eu trancada na posição vertical e atenta
para qualquer barulho. Sem Ream. Foi tranquilo. Tranquilo... Foi lindo.
Não dormi tanto tempo desde... Bem, desde sempre.
A fazenda pode ser calma e serena quando os caras não estavam
lá, mas havia sempre coisas para fazer, cavalos para cuidar, pinturas
para terminar. Esta manhã eu não tinha nada a fazer.
Exceto acordar com Ream.
E como não havia nenhum sinal dele, pulei da cama, joguei a
camisa no final da cama e rapidamente fui para o banheiro para
refrescar-me. Eu congelei quando meu olhar bateu no copo na pia.
Minha escova de dente cor-de-rosa ficou ao lado de sua escova de dente
azul.
Eu não gostei. De modo algum. Fez senti-lo... Bem, é real. E isso
me assustou, porque apesar de querer isto, eu não estava preparada.
Tive que me preparar para o pior, porque o pior sempre bateu a minha
porta. Eu saberia como lidar com isso se mantivesse minhas emoções
escondidas. O problema era Ream duro, e com Ream temia que ele me
partisse bem no meio. Ele estava certo, isto não é sobre sexo.
Nenhum som veio da cozinha, então sai pela porta de tela e olhei
para baixo na doca. Ream sentou-se com os pés na água, uma caneca
ao lado dele. Ele não me viu ainda, então eu fiquei e vi como ele moveu
seus pés para trás e para frente, inclinando-se em volta dos cotovelos, o
rosto virado para o sol.
Uau. Não havia nada do homem que conheci lá em baixo. Mesmo
quando tínhamos as duas semanas na fazenda, ele tinha uma
vantagem para ele. Isto foi uma parte de Ream que eu nunca tinha
testemunhado. Ele parecia completamente relaxado e satisfeito, e eu
suspeitava que se fosse mais perto, eu não seria capaz de testemunhar
a tensão de seu rosto.
Foi por isso que ele me trouxe aqui? Para poder ver esse lado dele?
Por que ele parecia assim... Em paz?
Voltei para dentro, cuidadosamente em silêncio, fechei a porta para
que ele não soubesse que eu estava acordada e, em seguida, fui à busca
de meu celular. Tinha que estar aqui em algum lugar.
Fui então à cômoda no quarto, dentro das gavetas da cozinha e
armários, bagunçando todas as pilhas de roupas limpas que ele tinha
colocado lá ontem à noite. Então olhei debaixo da cama, nas mesinhas
de cabeceira, então procurei nos bolsos dele e na geladeira, que
surpreendentemente estava cheia de comida. Ele tinha alguém que
renovou o estoque do lugar antes de chegarmos? Quanto tempo ele
tinha planejado em trazer-me aqui?
— Encontrou o que você está procurando?
Eu me levantei rapidamente, pois estava olhando na gaveta de
baixo do forno e bati minha cabeça no canto de um armário que eu
tinha deixado aberto.
— Oww. Merda. - Eu esfreguei o local e depois fechei a porta do
armário que xinguei. — Cadê meu celular? Preciso ligar para, Emily.
— Eu já fiz isso. Próxima.
Eu toquei meu queixo e olhei furiosamente.
— Eu preciso saber a hora. Não tem um relógio neste lugar.
— Onde vai que você precisa saber a hora?
Eu não tinha nenhuma resposta. Só queria saber.
E Jesus, eu realmente gostaria que ele colocasse uma camisa.
Ream me assistiu os cantos de seus lábios curvados. Eu franzi meus
lábios e olhei em volta. Ele sabia exatamente o que estava fazendo.
— Eu preciso chamar Matt.
— Matt sabe que fomos embora.
— Sim, mas ele precisa saber onde estamos.
— Quer dizer que você precisa saber onde estamos.
Merda.
— Baby, pegue tudo que você pode precisar e se vista e desça para
a doca. - Ele caminhou para a cafeteira e serviu duas xícaras. Suas
tatuagens brilhavam com o suor, e aqueles ombros expandidos quando
ele pegou as canecas. — E pare de pensar em todos os outros, para
variar. - Ele fez uma pausa, em seguida, adicionou, — exceto eu. Você
pode pensar em mim enterrado dentro de você a qualquer momento. -
Ele hesitou e eu vi uma cintilação de desconforto nos olhos dele no
modo como ele disse, — ou você gostaria de me chupar de novo?
— Você tem que estar brincando.
Ele virou-se e inclinou-se contra o balcão, fumegante de café na
mão, peito, olhando para mim como um farol para os meus dedos para
trilha sobre os contornos de vales e colinas. Ele levantou sua caneca e
tomou um gole, seus olhos nunca me deixaram.
— Acho que é um não?
— Sim, é um não. É sua regra estúpida sobre o não sexo.
Ele encolheu os ombros.
— Você nunca quebrou as regras? - Ele fez uma pausa, então ele
fez o mais sexy revirar de olhos intensos e ardentes, ligeiramente
preguiçosos. Ele passou seu olhar das pontas dos meus dedos até
minha boca lentamente, hesitou, então parou em meus olhos. — Hum,
você está certa. Nós não podemos quebrar as regras. Conheço-a melhor
do que isso, baby.
Notei que meus dedos estavam beliscando meus braços, e eu
rapidamente deixei-os cair para os meus lados quando ele casualmente
parou sua leitura sexual óbvia do meu corpo. Cristo, eu precisava de
um banho frio. Eu cruzei meus braços sobre os meus seios onde eu
sabia que meus mamilos estavam eretos com tremores escorrendo pela
minha pele.
— Não quero colocar meu maiô.
— Você quer descobrir o que acontece se você não colocar? - O tom
lúdico tinha ido embora e o assustador, dominante idiota retornou.
Merda, eu não conseguia descobrir o que me excitava mais.
Eu olhei e encontrei-o com sua expressão irritantemente quente e
sexy de um homem pensativo.
— Se você não estiver vestida em cinco minutos, eu vou voltar
aqui. - Ele caminhou para a porta de correr e abriu com o pé. — Vista o
vermelho.
Eu olhei pasma. Um maiô vermelho? Eu não possuo um maiô
vermelho.
Usei o meu biquíni branco e ouro que foi embalado junto com um
vermelho que eu nunca tinha visto antes. Joguei-o no lixo do banheiro e
então comecei a dizer-me que isto era uma boa ideia. Então enrolei meu
xale branco e macio em torno de mim e fiz o meu caminho até a água.
Ream ficou à beira da doca, sua forma magra e alta, uma imagem
da perfeição. De repente, ele jogou os braços para frente e mergulhou.
Parei mortificada, minha respiração presa na minha garganta enquanto
eu o assisti voltar à superfície e balançar a cabeça, as gotas de água
dispersas no ar. Ele correu a mão pelo seu rosto, e de lado podia ver
que a tensão normal na boca dele tinha desaparecido.
E eu gostei. O que eu estava fazendo? O que estávamos fazendo? O
que precisávamos era foder e tirar de ambos os nossos sistemas. Essa
ideia ridícula de não sexo era apenas isso — ridículo.
Ream desapareceu sob a superfície novamente e reapareceu vários
pés mais para fora. Então ele começou a nadar, seus braços
musculosos ritmicamente, puxando-o na água facilmente.
Eu comecei a andar de novo, sentei e coloquei meus pés na água
fresca, uma vez que cheguei à beira do cais. Inclinei-me sob os
cotovelos como eu tinha visto Ream fazer e fechei os olhos, deixando o
sol filtrar para minha pele e tirar o ligeiro frio da brisa fora de mim. O
sol é o melhor remédio para EM, sobrecarga de vitamina D. Levei cinco
vezes a quantidade que uma pessoa normal levaria em uma vitamina
por dia, juntamente com ômega 3 e injeções B12 mensalmente, além
disso minha injeção diária para tentar e manter os ataques fora. Os
comprimidos que tomei na ocasião foram para acalmar meus nervos,
quando eles estavam agindo.
Fui diagnosticada quando tinha dezesseis anos após um episódio
onde me deitei e perdi a sensibilidade nos meus braços. Foi muito
aterrorizante acordar e não ser capaz de sentir os meus braços. Era
como se eles pesassem mil quilos. Levou vários meses e três
ressonâncias magnéticas, mas finalmente fizeram um diagnóstico que
tive EM após a confirmação de lesões no meu cérebro. Eu tive que
dormir sentada em uma cadeira por um par de meses. Mesmo lavando
meu cabelo tinha sido uma tarefa; mantendo as mãos acima dos
ombros, causando-lhes para ficarem dormentes. Eventualmente o
sintoma se desvaneceu, e me senti normal novamente.
Quando eu fiz dezoito eu podia começar as injeções diárias. Não foi
uma cura, mas foi tentar manter os ataques longe.
O sol aquecia minha pele e eu suspirei quando eu relaxei. Tinha
sido um tempo desde que eu tinha feito algo assim. Depois que meus
pais morreram, passaram anos até eu e o Matt colocar nossas vidas em
ordem novamente. Então, quando nós finalmente nos sentimos
confortáveis, eu fui diagnosticada e começaram a fazer exames e a
incerteza no que ia acontecer comigo surgiu.
Eu suspirei quando a nuvem se mudou e o sol atingiu meu rosto
novamente.
A mão fria no meu tornozelo tirou-me da minha quietude, e então
gritei quando a água correu pela minha pele. Meu grito foi engolido
rapidamente quando minha cabeça passou por baixo da superfície.
Comecei a voltar e a ouvir Ream rindo.
— Idiota. - Eu fui para acertá-lo, mas ele foi mais rápido e
mergulhou longe de mim fazendo um respingo enorme.
— Cuidado, Kat.
— O que vai fazer? Afogar-me?
Ele riu os olhos cintilantes com divertimento.
— Oh, querida, você não viu nada ainda.
Meus olhos se estreitaram enquanto eu subia e descia. Eu não
estava longe o suficiente para flutuar na água como Ream.
— Você não está a fim, então que chicotadas e merda você quer? -
O pensamento era um pouco emocionante, mas eu sabia que meu corpo
não lida bem com qualquer tipo de abuso físico, sexualmente
relacionado ou não.
— Não, - respondeu Ream, chegando mais perto de mim. — Um
tipo diferente de abuso.
Eu não gosto do som disso. Então, por que meu estômago pulou?
Nervos. Definitivamente os nervos.
— Sim, bem, não gosto de nenhum tipo de abuso.
— Ah você vai gostar. Confie em mim.
— Esse é o problema, Ream. Eu não confio em você.
— Você vai aprender.
— Isso se ganha, não se aprende, idiota.
Ele encolheu os ombros.
— Semântica, - ele disse, copiando as minhas palavras.
— Vou dar um mergulho agora e ficar toda molhada.
Assim que as palavras saíram da minha boca eu me arrependi
delas. Os olhos dele brilhavam e seus lábios se separaram. Ele veio em
minha direção e eu comecei a nadar de volta.
— Molhada para mim, Kat?
— Você sabe o que quero dizer. - Expulsei minhas pernas quando
flutuei nas minhas costas, tentando escapar quando ele nadou através
da água.
— Você está mentindo de novo. Tudo bem, eu vou verificar por
mim mesmo.
— Não ouse. - Eu chutei minhas pernas mais rápidas então virei
de costas e comecei a nadar.
Eu estava completamente envergonhada quando um grito histérico
escapou de minha boca quando ele agarrou meu tornozelo e puxou.
Mergulhei e em seguida cuspi e tossi quando voltei.
— Fique quieta.
— Foda-se.
— Você vai discutir comigo?
— Não estou discutindo.
— Você está discutindo. - Foi uma declaração.
— Nós estamos tendo uma discussão, - eu corrigi, e ele
imediatamente riu e eu não gostei porque, realmente, sua risada foi tão
quente e eu me senti suspirando, nadando em seus braços e
implorando... Não, não, não, implorar nunca.
— Pare de lutar, Kat. - Ele parecia realmente sério agora. —
Apenas relaxe e deixe-me cuidar de você durante dois dias. Não é
muito, é?
Claro que é. Lutei por tanto tempo para não ter ninguém tomando
conta de mim, que perdendo meu controle era como se eu estivesse
perdendo uma parte de mim.
— Fora da água. Eu quero tentar alguma coisa.
Eu não gosto do som disso. Ok, talvez houvesse uma molécula
nadando por aí querendo saber, mas era uma de trilhões. Eu nadei por
cima da escada e pulei. Ream seguiu e não pude deixar de olhar sobre
sua pele molhada de gotejamento quando ele se aproximou.
Ele inclinou-se e pegou uma toalha e depois sacudiu para fora e
colocou-a na doca.
— Deite-se. - Ele acenou com a toalha.
Não sabia que ele tinha planejado, mas desde que não haveria sexo
e chicotes, não podia ser assim tão mau. Deitei de costas e ele estendeu
a mão para o lado do cais e depois veio e se ajoelhou ao meu lado, uma
corda grossa e branca na mão. Fixei-me na posição vertical.
— Foda-se não. - Mas ele foi rápido e envolveu-o em torno de meu
pulso tão rápido que eu ainda não consegui pegar meus joelhos antes
que ele tivesse terminado.
— Eu te disse que eu não sou disso, - Ream tranquilizou. — Ok,
talvez um pouco de escravidão se você estiver sendo rebelde, mas não é
disso que se trata. É só para você parar de me tocar.
— O que faz pensar que eu quero tocar você?
Levantou suas sobrancelhas. Ah... Foi assim tão óbvio?
— Deite-se, - falou suavemente, e eu fiz, apesar de meu pânico de
não ser capaz de mover meus pulsos separados fez minha respiração
disparar. — Baby. - Ele alisou sua mão sobre a minha cabeça. —
Respire fundo. Você está surtando. A última coisa que quero fazer é
aumentar os seus sintomas. - Eu estava achando que Ream sabia mais
sobre minha EM do que se tivesse lido um resumo sobre isso on-line.
Ele sentou-se sob seus pés e assistiu-me durante vários minutos
enquanto me concentrava.
— Então me deixe ir.
— Eu quero que se sinta.
— Eu me sinto. O tempo todo. Eu estou me sentindo chateada com
você agora para me obrigar a fazer isso.
Ream deu um meio sorriso.
— Não. Esqueça todo o resto e apenas sinta.
— Eu senti você. Durante anos, que eu senti a dor do que
aconteceu naquele dia.
Os olhos dele escureceram e ele franziu a testa.
— Nunca pensa antes de falar, Kat? Porque realmente está me
irritando. Há algum tempo agora. Você tem merda na cabeça para a
qual eu me desculpei e expliquei por que eu saí e precisava de um
tempo para processar essa merda. Eu não estou me repetindo.
Machuquei-me demais, Kat. Não pense que estava sozinha nisso.
Transando com outro cara dois dias depois de mim... Você acha que
não me machucou?
Ele montou-me e as gotas de água de seu corpo escorreram e
pousaram na minha pele. Minhas mãos atadas acima da cabeça, o calor
do sol, nós estávamos molhados e Ream inclinou-se sobre mim, mas
não me tocou em um único ponto no meu corpo, era enlouquecedor. Eu
queria dizer foda-se tudo isso e cair sob o seu feitiço magnético.
— Você quer me perdoar e aceitar o que eu disse, ou não?
Eu odiava que ele estava certo.
— Não dormi com ele, - eu sussurrei.
Ele congelou.
Deus, apenas o olhar em seu rosto me fez cavar e contar a verdade.
— Eu nunca planejei isso. Eu só... Machucou que você fugiu.
Pensei que você estava enojado comigo e eu... Eu estava tentando
encontrar uma maneira de voltar a minha dignidade. Para que... Isso
parecia que não importava.
— Kat. - Sua voz era tranquila. — Você é importante. Somos
importantes. Sempre fomos. Mas não vamos mais ferir um ao outro. Eu
quero ouvir você dizer as palavras.
— Ream. - Eu levei em uma grande inspiração de ar. — EU... Não
quero machucar mais você.
— Eu também não, querida.
Mãos de cada lado da minha cabeça, joelhos abrangendo minha
pélvis, polegadas de peito de meus seios e tudo o que podia fazer era
ficar imóvel, minha respiração irregular e meus lábios secos e doloridos.
Merda, poderiam lábios doerem para serem beijados? Porque os meus
estavam... E se eu me mudei, queria tocá-lo... E eu queria
desesperadamente. — Os mamilos estão doendo para eu tocá-los. - Ele
levantou sua mão logo acima do meu seio direito e parou de respirar.
— Você me quer também?
Meu orgulho gritou não, mas meu corpo gritava "Sim." Eu arqueei
minhas costas e ele mudou a mão dele. Eu fiz um rosnado baixo com
frustração.
— Ream? Que jogo é esse?
— Não estou... Jogando. - Ele se inclinou mais perto, seus lábios
pairando por cima do meu. Gotas de água caíram em seus fios de
cabelo e aspergiu o meu rosto. — Você não seguiu as instruções.
— O quê?
Ele olhou brevemente para meus seios.
— O biquíni vermelho. O que você fez? Teve uma cena e o jogou
fora?
Eu evitei seus olhos.
— Sim, bem eu não sigo as instruções muito bem.
— Oh, linda, sei disso. E nós vamos levar uns dois dias para se
certificar de que você faz.
— Eu não sou um cão, Ream.
Ele riu e eu sentia as vibrações penetrarem no meu corpo.
— Vamos ter problemas?
Eu olhei.
— Sim. Vejo que nós vamos. - De repente levantou-se e agarrou a
toalha ao meu lado e envolveu-a em torno de sua cintura. Então se
inclinou para baixo, desatou a corda e começou a caminhar de volta
para a cabana. — Vamos comer.
O que? Ele estava indo embora? Ele me amarra, atravessa-me, me
atiça e então ele casualmente se levanta e vai embora?
Eu estava tão furiosa e se transformou ao mesmo tempo em que eu
não poderia mesmo começar a entender as emoções jogando estragos
no meu corpo. Eu queria que ele me agarrasse e beijasse, em seguida,
afundasse o pau em mim tão duro e rápido. Jesus, não acredito que ele
teve a coragem de ir embora. Só porque eu não coloquei o biquíni
vermelho que ele me comprou?
Eu me esforcei para levantar e mergulhei na água. Antes de eu ir
abaixo da superfície, eu o ouvi rir.
Quando voltei para a cabana, o aroma de bacon frito e ovos
inundaram o ar. Eu hesitei na porta de tela, espiando, vendo Ream com
sua camisa, omoplatas, refletindo a cada movimento quando ele
quebrou os ovos na frigideira.
Como se me sentindo vê-lo, ele olhou por cima do ombro.
— Os ovos estão quase prontos. Fritei o bacon. Coloco um pouco
mais?
Eu deslizei a porta de tela aberta, entrei e, em seguida, coloquei as
canecas no balcão. Se eu chegasse alguns passos mais perto, meu
corpo contraria ele¸ minhas mãos capazes de afagar cada contorno de
suas costas. Olhei e rapidamente me afastei.
O arranhão da espátula na panela de alumínio lembrou-me de
unhas patinando embaixo da pele — a pele de Ream. Eu não podia
fazer isso. Eu estava pegando fogo e eu ia entrar em combustão
espontânea. Como ele podia estar ali calmamente preparando ovos
quando há dez minutos ele tinha estado em cima de mim com as mãos
atadas?
Eu empurrei quando ele deslizou a panela fora do queimador
depois se virou.
— Torradas?
— Sim. - Deslizei por ele e peguei o saco de pão e tirei quatro
peças, que eu coloquei na torradeira. Eu pressionei a alavanca para
baixo e fiquei olhando para ele, palmas das mãos no balcão.
Eu pulei quando senti suas mãos na minha cintura. Eu podia
sentir a ponta dos dedos através de minha pele nua. De repente eu
desejei que eu tivesse colocado algo mais grosso... Como um casaco de
neve. Mudou-se mais perto e seu peito nu pressionou as minhas costas.
Oh Jesus. Minha garganta estava seca e eu juro que qualquer força
de vontade que eu pensei que eu tinha acabou metralhada e jazia em
uma poça de sangue no chão da cozinha.
Suas mãos deslizaram até os meus lados e depois de volta para
baixo, e senti que ele deixou um rastro de eletricidade para trás. Eu
fechei meus olhos, meu estômago caiu e um rastro de desejo
estabeleceu-se dentro de mim. Eu não podia fazer isso.
Ele ganhou. Eu admito. Minha teimosa determinação foi espalhada
em toda a frigideira aquecida e eu iria deixá-lo ganhar.
Eu me virei tão rápido que eu acho que eu o assustei, e ele recuou
um passo. Eu agarrei-o em ambos os lados de sua cabeça e puxei-o —
forte.
O beijo foi implacável, cruel e sem piedade. Negando a necessidade
sexual nos levou um frenesi selvagem. O braço envolto em torno de mim
me prendendo contra ele, o pau pressionando meu abdômen, enquanto
a outra mão agarrou meu cabelo e inclinei a cabeça para lhe dar melhor
acesso à minha boca.
Eu gemia quando ele me prendeu no balcão. Tudo o que conseguia
pensar era ele dentro de mim, a dor entre as pernas de um prazer-dor
latejante que tinha sido privado por anos.

— Baby, você tem um gosto tão bom. - Ream puxou minha cabeça
para trás e doeu, mas eu não me importava. Eu queria que doesse. Eu
queria que Ream me levasse duro. Eu iria descobrir as outras merdas
mais tarde, mas por agora, queria ele.
Ele beijou meu pescoço, rodando a língua onde ele me mordeu. Eu
recuei então gemi.
— Ream. - Pressionei minha mão para baixo entre nós a sentir seu
pau pulsando que queria se libertar e empurrar para dentro de mim. —
Agora.
O cheiro de queimado penetrou minhas narinas.
— Foda-se. - Ream afastou-se em seguida, chegou ao meu lado e
pressionado a alavanca acima da torradeira.
Eu estava inclinada a volta no balcão, meu corpo traindo cada
pingo de negação, eu tinha Ream... Ream estava parecendo como se ele
tivesse total controle, nem respirando com dificuldade.
— Isso é tudo que você tem? Da próxima vez, não jogue fora o maiô
que eu compro para você. - Cutucou a ponta do meu nariz com o dedo e
depois foi e pegou os pratos do armário e prosseguiu com os ovos e
fatias de bacon. — Abra a porta para mim, linda.
Merda. Eu ainda estava completamente surpresa com o que
aconteceu, e ele estava na porta de tela, segurando ambos os nossos
pratos sem sequer fazer esforço.
Puta merda. Como diabos eu ia sobreviver mais uma noite? Por
que ele era tão insistente em não fazer sexo? Mas eu sabia. Ele queria
provar para mim que éramos mais do que apenas sexo. Que toda a
briga foi só nós tentando encontrar o caminho de volta para o começo.
Comemos no deck em baixa qualidade, cadeiras laranja listrado e
uma mesa que parecia que tinha sujeira permanente incorporada nela.
Comi os ovos e evitei o bacon, embora eu estivesse morrendo de vontade
de comê-lo. Havia algo sobre o cheiro de bacon que me dava água na
boca, embora eu suspeitasse que minha boca estivesse regando mais do
espécime masculino frustrante sentado à minha frente.
— É vegetariana agora? - Ream acenou com a cabeça para o bacon
não consumido.

— Não. Bem, não por escolha. - Mudei meu prato ao redor e ele
pegou a dica e agarrou as três fatias.
— O que é que significa isso? - Ele mordeu o bacon e eu assisti,
desejando que fosse eu que ele estivesse mordendo.
Então eu peguei meu orgulho derretido que ainda estava espalhado
no chão da cozinha e tentei pegar minha autoestima de volta sentando
ereta e conhecendo seu intenso e direcionado o olhar.
— Estou tentando uma nova dieta. Que não permite carne para o
primeiro ano.
Ele jogou o meio comido pedaço de bacon no prato dele, suas
sobrancelhas arqueadas.
— Você não está em uma maldita dieta. Você já está muito mais
magra do que quando finalmente tive você em meus braços.
— Não é como se eu tivesse uma escolha, Ream. É para minha EM.
Ele suspirou e deslocou o bacon ao redor em seu prato.
— Eu sei sobre a dieta. Falei com alguns neurologistas sobre isso.
Quanto tempo esteve nela?
— Falou com neurologistas?
— Querida, você acha que eu esqueci você? - Tipo que sim achei.
— Muitos médicos especialistas têm ideias diferentes sobre o
tratamento da EM, Kat. Alguns acreditam nesta coisa sem gordura,
outros não. Faz muito sentido para mim, mas não se está perdendo
peso. Agora, quanto tempo esteve nele?
— Quando?
— Quando o que?
— Quando você falou com neurologistas?
— Quando eu estava em turnê. Marquei algumas consultas nas
cidades antes de sair.
Meu Deus. O desaparecimento de todo o tempo. Ele não tinha feito
sexo com mulheres, ele tinha se encontrado com neurologistas. Fiquei
sem palavras, emoções, girando através de mim, produzindo.
— Quanto tempo?
Eu puxei meus pensamentos.
— Hum, sim, algumas semanas talvez.
Ele resmungou.
— Nós vamos arranjar outra solução. Consulte uma nutricionista.
Não pode continuar fazendo como você está. Foda-se.
— Ream...
Ele empurrou o prato à parte.
— Não há argumentos. Se você perder mais peso... Esta doença
leva o resto de você. Não vai acontecer.
Eu não estou acostumada que contestem o que eu faço com o meu
corpo. Quer dizer, Matt tentou, mas ele cedeu ao meu julgamento.
Depois que levei um tiro, Matt tornou-se um pouco mais persistente em
me perguntar sobre meus sintomas, mas ele não interfere em como eu
passo o dia-a-dia.
— Não é sua decisão, - disse, em voz baixa. E eu realmente tinha
que sair daqui antes que as minhas emoções assumiram
completamente. Eu podia sentir as paredes desmoronando como
rachado o gesso.
Peguei meu prato e fui para a porta, mas virei novamente ao som
das pernas da cadeira raspando sobre o deck de madeira. Ele estava ali,
a expressão dele escura e assustadora novamente. Ele agarrou meu
prato, jogou-o sobre a mesa e o alto estrondo ecoou através do lago.
Opa.
— Eu pesquisei esta doença desde o dia que você me disse o que
estava acontecendo com você. Eu não sou médico, mas eu sei quando
minha garota é magra demais sob minhas mãos. - Ele tocou meu queixo
e me forçou a olhar diretamente nos olhos. — Você e eu estamos
fazendo algo sobre isto. Estamos trabalhando e podemos lutar contra
essa doença juntos.
Eu me afastei.
— Disseram-lhe o que pode acontecer comigo? Você percebe que
posso ter problemas na fala, ficar cega ou acabar em uma cadeira de
rodas? Você está esquecendo alguma parte? Porque essa é a realidade
desta doença, Ream.
Ream chutou a cadeira e ele virou de lado.
— Claro que eu sei porra. Não me ouviu? E eu sei que você pode
ficar bem demais, que pode não piorar.
— Então você está bem com essa parte.
— Jesus. Você acha que todo mundo vai te deixar se você ficar
pior, não é? É essa besteira que está causando estragos com sua
cabeça, Kat? É por isso que você se recusa a contar a alguém? Você tem
medo que eles vão foder com você? Que não querem ajudar? Cuidar de
você?
Eu achava isso. Seria um fardo, e eu nunca quis isso. Ele lutava
com tudo o que tinha.
— Você está lutando contra nós porque não confia em mim ou
porque você tem medo que você vai arruinar minha vida? Porque isso é
o que está parecendo aqui, Kat. - Ele me agarrou por trás. — Cristo.
Você me dá muito mais do que eu jamais poderia lhe dar. Se você
soubesse... Baby, você esta me arruinando por não estar comigo.
Eu engoli de volta as lágrimas. Eu não iria chorar. Eu nunca
chorei. Eu tentei correr para dentro, mas Ream se recusou a me deixar.
— Não. - Ele me puxou de volta. — Você já me empurrou longe o
suficiente. Desta vez não pode fazê-lo. Você não está correndo, Kat, eu e
você, temos que parar.
— Eu não vou fugir. Eu estou tentando fugir de sua superproteção.
Ele suspirou.
— Você está correndo.
Senti a queima em meus olhos e sabia que se eu não escapasse, eu
ficaria uma bagunça de lágrimas. Eu puxei contra seu domínio. Mas ele
me puxou mais perto, até que eu estava confortável contra o peito, meu
rosto no ombro dele, como ele acariciou meu cabelo.
— Baby, pare de afastar-me e deixe-me entrar.
Eu queria. Deus, eu queria dar a ele tudo de mim. Tudo o que ele
disse era verdade e eu estava correndo porque tive medo de ouvi-lo.
— Jesus, Kat, - Ream murmurou enquanto ele abraçou-me com
ele, suas palavras sussurradas vibrando contra o topo da minha
cabeça. — Não vai levar o controle de você. Permita-se chorar. Ter
medo. Pare de fugir de si mesma. Deixe que os outros se preocupem
com você.
Lentamente parei de lutar com ele — era uma batalha inútil de
qualquer forma — e cedi contra ele. Minhas mãos enroladas no peito
dele, quando ele me segurou, sua boca descansando na minha cabeça,
os braços ao meu redor.
Havia um bloqueio em torno de minhas emoções e não tinha a
chave, ou se eu fiz em algum lugar, ficaram muito danificadas para
caber mais. A realidade era... Eu tinha pavor do que estava reservado
para o meu futuro, e não queria que ninguém soubesse. Se eu deixar
isso, nunca poderei voltar a ser forte novamente.
Ele suspirou e lentamente retirou a mão, em seguida inclinou-se e
me beijou. Então ele me soltou, saiu e pegou os pratos.
— Vá se trocar. Vamos correr. E desta vez eu vou ganhar.
Quando ele disse corrida eu não esperava karts. Eu pensei que ele
tinha embalado um videogame, para conseguir uma revanche. Isso foi
muito melhor. A gravidade se foi e eu estava grata por Ream deixar a
conversa ir e ele voltar a ser o brincalhão que eu gostava.
Tive que morder meus lábios para parar de rir quando ele dobrou
seu corpo no pequeno carrinho com listras de corrida vermelha. Então
eu ri quando ele teve problemas, colocando a outra perna no pequeno
espaço.
— Você não vai rir quando eu chutar o seu traseiro bonito. - Ele
levantou suas sobrancelhas. — Sugestões para uma aposta?
Eu nunca poderia resistir uma aposta, e eu tinha corrido de kart
inúmeras vezes. Meus pais costumavam levar Matt e eu quando éramos
pequenos e eu sentava-me na frente do meu pai até ter idade suficiente
para dirigir um sozinha. Eu me considerava um natural, então eu não
tinha dúvida que eu poderia chutar sua bunda.
— Certamente. Que tal se eu ganhar, vamos para casa. - E então
sua pequena nenhuma regra sexo teria acabado. Embora tivesse que
admitir, eu gostei de estar aqui com Ream mesmo que fosse
sexualmente frustrante.
Ele riu a cabeça jogada para trás, os olhos brilhando. Deus, ele
ficava quente quando ria. Eu me perguntei por que raramente o fazia.
Era como se ele estivesse com medo de se deixar apreciar, mas agora
ele estava tão relaxado... Sim, era lindo. Ele era lindo. Eu vi isso ainda
mais que agora depois do que ele disse no café da manhã.
Seu rosto ficou sério e notei esse escudo escuro sobre sua
expressão, contradizendo suas próximas palavras.
— Que tal um boquete? Não é sexo.
Eu ri.
— Você é um porco. - Mas a ideia de ir para baixo de Ream é
realmente tentador. Eu nunca tinha tido a chance de terminar antes de
ele me parar.
— Anal? - Eu sabia que suas palavras foram feitas para ser
provocação, mas houve ainda a sugestão de... Desconforto.
— Ah, - eu lati, tentando alegrar perturbando-o, e o sorriso por
Ream estava de volta.
— Bem, eu vou dar um beijo. Em qualquer lugar. A qualquer
momento para o resto do dia. Não me afaste.
Eu pensei sobre isso. Eu queria que ele me beijasse e conhecendo
Ream, ele levaria independentemente se eu concordasse ou não com a
aposta, então eu estava melhor em dizer sim e definir os termos.
— Está bem. E terei meu telefone de volta. - Pelo menos assim
poderia chamar Emily e obter algum feedback de menina.
— Não.
— Por que não?
— Porque eu quero você só para mim. Vou te dar uma ligação.
Ah. Bem, eu não esperava essa resposta. Dei de ombros.
— Depois de um beijo.
As mãos do Ream apertaram no volante.
— Tudo bem. Você consegue seu telefone para a noite, se você
ganhar. Se eu ganhar, eu recebo muitos beijos quando e como eu quiser
sem nenhuma queixa.
Foi uma aposta estúpida da parte dele. Porque ele poderia beijar-
me a qualquer hora que ele queria e de qualquer forma. Ok, acho que a
coisa não queixosa foi algo porque eu iria reclamar e não porque eu não
quero seu beijo, mas porque eu queria mais.
— Pronto, - proclamou o atendente quando se aproximou com o
meu kart. Assim que ouvi o salpicando do motor, eu sorri para Ream.
— E eu não quero trapaça. - Eu pressionei sobre o gás e fui
embora antes que o empregado tivesse a chance de Ream começar.
Não consegui ouvir os palavrões, mas eu sabia que ele disse, e
mais provável é que estava de cara feia e eu ri quando fui à velocidade
máxima. Matt e eu corremos muitas vezes quando crianças, e ele me
ensinou a tirar os cantinhos sem sair da pista.
Olhei de relance em volta por cima do ombro após a quinta curva,
freando antes da curva, em seguida, em alta velocidade.
— Merda. - Ream estava na minha bunda.
Eu desviei para o lado de fora quando ele tentou me levar e nossos
karts colidiram. Nós olhamos um para o outro e eu joguei sujo por
que... Bem, eu gostava de ganhar... Então sim, eu tirei minha mão do
volante, lambi meu dedo, então corri ao redor do meu mamilo.
Com a boca aberta, olhos vidrados, e então ele caiu direto em uma
pilha de pneus. Eu ri pra caramba a volta seguinte toda como eu
passeei o curso, Ream muito atrás de mim. Pelo final da corrida, ele
estava atrás de mim novamente, e desta vez quando ele veio ao meu
lado sobre a linha reta, ele nem olhou para mim.
Um canto nítido estava chegando e eu abrandei.
Então ele fez isso.
Meu kart ricocheteou os pneus no interior da pista quando eu
tentei manter minha liderança e eu derrapei quando vim para o canto.
Isso deu a Ream suficiente vantagem de chegar pela minha direita
quando nós aceleramos. Os motores estavam em alta velocidade, e eu
tinha certeza de que nenhum de nós iria desistir na última curva. Era
tudo ou nada, e eu não era de perder.
De repente, Ream caiu atrás de mim e eu olhei por cima do meu
ombro.
Erro.
Ele veio por dentro e me empurrou para o canto, tomando a
liderança quando nós aceleramos.
Ele estava me esperando quando eu parei meu kart, e apesar de
perder, ainda sorri. Ream saiu de seu kart e jogou o capacete para o
atendente então caminhou para mim e soltou a correia sob o queixo.
Ele puxou-a, jogou no kart, em seguida, passou o braço na minha
cintura e eu tropecei em seus braços.
— Boa corrida, Kitkat. Mas nenhuma chance que eu estava
desistindo disso. - Ele inclinou sua cabeça e afirmou minha boca. E ele
estava reivindicando. Não havia nenhuma outra maneira de explicar
como era. Quando Ream me beijou, ele fez e eu desmoronei. Talvez isso
fosse parte da questão. Com Ream, senti que perdi a minha força.
Tornei-me dele.
Minha barriga rodou com borboletas, e meus joelhos
enfraqueceram quando seus lábios se fundiram com a minha língua
com gosto de doce.
— Amigo, - disse o atendente.
Ream mordeu meu lábio inferior e uma sacudida passou por meu
corpo. Ele apertou minha bunda depois se afastou, mas não me deixou
ir como ele agarrou minha mão. Ream enfiou a mão no bolso jeans,
retirou algumas notas e apertou a mão do atendente.
Olhei para o rapaz e ele piscou para mim, enfiou o dinheiro no seu
bolso e caminhou para fora. Ream me guiou em direção a seu carro...
Como minha cabeça fisgada com memórias de kart com Matt e meu pai.
Eu era muito jovem e posso ter esquecido, mas nunca vi meu pai dando
o atendente um trocado. Nem o Matt quando tínhamos ido algumas
vezes.
Ream puxou fora do estacionamento, os pneus derrapando no
cascalho. Ele parecia satisfeito consigo mesmo — muito satisfeito.
— Você comprou o cara?
Mão da Ream parou de bater no volante.
— Sim. Bom cara.
Silêncio. Ele tocou as músicas de Avici. Virei para baixo.
— Por quê?
— Por quê?
— Por que esse cara conseguiu uma ponta e nenhum dos outros
caras?
— Porque ele nos deu os karts, querida.
Eu vi a contração em sua bochecha e o reforço da sua boca. Não
havia nenhuma raiva também; Ele estava tentando segurar um sorriso.
— Idiota! - Dei um murro no ombro. — Você roubou. Você pagou-
lhe um kart mais rápido, - Eu gritei. — Você desgraçado. - Merda, ele
tocou para mim totalmente. Sabia que, normalmente, ele nunca seria
capaz de me pegar com a vantagem que eu tinha e então novamente
depois ele bateu seu kart. Eles tinham limites de velocidade — exceto se
o kart do atendente fosse um turbinado. — Merda.
Ream sorriu e esfregou o braço onde bati nele.
— Não trapaceando Kitkat. Não por uma chance para esses lábios.
— Mmm, - eu resmunguei, e ainda por dentro eu estava um pouco
tonta porque Ream tinha acesso ilimitado aos meus lábios e eu gostava
disso.
Aumentei a música e comecei a cantar o refrão. Está bem, me
diverti. Não me lembrava de rir tanto como eu fiz quando eu vi Ream
bater os pneus de seu kart. O olhar dele antes de ele cair... Impagável.
— O que está rindo?
— Eu não estou rindo. Só homem sorriso.
— Bobagem. Você ri. Vi várias vezes, embora não com frequência
suficiente.
— Oh, como quando?
— A primeira vez que te vi do palco. A noite que Emily foi
sequestrada.
— O quê? - Eu tinha visto por vinte segundos, quando ele entrou
no palco e eu estava sorrindo escancaradamente.
— Querida, eu te vi. Você foi em pé com sua cerveja e olhando bem
para mim toda vadia e cheia de si. Você estava usando um vestido preto
muito curto que mostrava cada merda da curva de seu corpo. Você
também sabia. Você sabia que eu te vi e você sorriu.
Merda.
— Tudo bem. Eu posso ter levemente sorrido para você.
— Você me queria. E se essa merda não tivesse ido para baixo com
a Emily e o Logan, estaria em cima de mim.
— Bah. - Eu zombava. — Eu posso flertar e não tenho qualquer
timidez sobre mostrar meu corpo, mas eu vou te dizer agora, o que a
maioria teria de mim era a chance de me comprar bebida.
Ream estacionou o carro na frente da casa de campo e colocou no
estacionamento.
— Então do que você estava sorrindo?
Pensei que estávamos.
— Só seu rosto.
Ele olhou no espelho retrovisor, e eu ri.
— Não. Seu rosto quando você caiu.
— Você pensou que era engraçado, não é? - Ele jogou a carteira e
telefone no painel então desfez o cinto de segurança e sem dizer uma
palavra saiu do carro. Ele foi ao redor e abriu a porta.
Eu sorri enquanto ele soltou o meu cinto. Isso parou rápido,
quando ele chegou, me agarrou e me jogou por cima do ombro.
— Ream! - Bati meus punhos nas costas dele. — Ream. O que é
que está fazendo? Me larga!
Ele ignorou minhas súplicas e continuou andando. Ele teceu seu
caminho através do mato, até uma colina íngreme, para uma pequena
clareira onde ele finalmente me abaixou. Então ele começou a me beijar
e eu esqueci tudo exceto a boca e as mãos descendo os meus lados.
Ele quebrou afastado gemendo.
— Jesus, eu que não pensei neste fim de semana o suficiente. -
Antes de eu ter a chance de responder e o que eu iria sugerir era
estragar sua regra idiota de sem sexo, ele estendeu a mão e pegou uma
corda amarela que parecia desgastada e de cem anos de idade.
— Não ouse. - Eu tentei dizer, mas ele colocou o braço na minha
cintura e me levantou. — Ream!
— Espere linda. - E sem qualquer aviso mais ele foi correndo para
a beira do abismo e estávamos suspensos no ar, então ele saltou.
Meu estômago caiu quando nós caímos, mergulhando nas
profundezas do Lago legal. Ream ainda tinha o braço em volta de mim
quando submergimos, e desta vez ele estava rindo e minha boca
abrindo cuspindo água.
Ele tirou o cabelo da frente dos meus olhos com a ponta do seu
dedo. Ele parecia tão sério quando ele olhou para mim, lábios
ligeiramente separados.
— Porra, eu amo você molhada. - Ream não me deu a chance de
nada além de pegar metade do fôlego antes de ele me beijar de novo.
Ele era um grande beijador, ele era duro e então doce e macio, eu
estava mole em seus braços.
— Cama, - eu consegui a resmungar debaixo de sua boca.
— Não.
— Ream, vamos lá. - Eu nunca iria implorar, mas eu poderia fazer
doce. Mordi o lábio inferior e depois beijei o pescoço, minhas mãos por
baixo da água, correndo até o peito e seus mamilos.
Ele tocou em concha meu queixo, seu polegar acariciando meu
lábio inferior.
— Meu pau afunda dentro de você novamente... Será só comigo.
Nenhuma outra torneira. Não há outros lábios. O flerte para, Kat.
— Deus, Ream. É só sexo.
A expressão dele ficou escura e eu vi a raiva fervendo sob a
superfície.
— Eu odeio que seja só sexo. Abomino apenas sexo. - Então, não
era uma coisa a dizer. O que ele estava dizendo? Lembrei-me como ele
tentou sair depois que eu fui dele, como ele me empurrou de lado, do
jeito que seu corpo era duro e frio. Na época, não pensei muito nisso,
mas com estas palavras, eu sabia que algo estava errado. — Então,
não... isto não é só sexo, Kat. Com você... É outra coisa. Isso não
acontecerá desse jeito.
Lembro-me de Crisis dizendo que mulheres eram apenas objetos a
Ream. Ele nunca teve um relacionamento? Ele nunca se importou ou
amou uma mulher?
— E se eu disser que não? - Eu não estava dizendo. Eu sabia
disso.
— Então eu vou lá dentro me masturbar no chuveiro.
Droga, eu estava ficando latejando só de pensar na minha mão
segurando o pau dele e empurrando para cima e para baixo.
Seus dedos apertados no meu queixo e seus olhos brilharam
escuro. Sim, ele estava provocando então eu não ia tolerar isso.
— Está me dizendo que vai continuar o flerte, Kat?
— Eu gosto de flertar.
— Não. - Ele se inclinou mais perto. — Mas eu vou deixar você
flertar comigo.
Eu gostei dessa ideia.
— Eu gostaria de vê-lo se masturbar. Então, e se eu disser não só
para conseguir isso?
O braço dele apertou ao meu redor.
— Oh querida, podes ver-me masturbando qualquer dia. Tudo que
você precisa fazer é pedir. Sem essa. Quando chegarmos ao cais, você
precisa me dizer que você vai se dar toda para mim. Só então voltamos
ao sexo. - Ele começou a nadar e segui pensando o tempo todo que
Ream ia estar dentro de mim em menos de cinco minutos. Houve sexo e
depois houve sexo com Ream, e eu queria sexo com Ream — muito.
Porque a verdade era... Eu queria Ream.
Enquanto eu nadava, o familiar formigamento começou em minhas
pernas. Eu abrandei o ritmo e fiquei atrás de Ream. Eu não nadava
desde o novo sintoma após o tiroteio, e o movimento era obviamente
muito para as minhas pernas.
Jesus. Agora primeiro que adorava dançar e nadar. Até agora o
cavalo tinha ficado bem, na verdade minhas pernas estavam melhores
depois de andar. Os nervos trabalharam extraordinariamente de forma
complexa.
Quando cheguei à doca, minhas pernas estavam cheias de
eletricidade e entusiasmo. Não dormente, mas cada movimento enviou
uma faísca através de mim. Era como um fio em um curto-circuito no
meu corpo.
Ream agarrou meu braço e me puxou para a escada.
— O que esta acontecendo?
— Nada. - Só precisava de um minuto para descansar e então
estaria bem.
— Bobagem. Vejo isso em seus olhos. Tem algo errado. - Realização
de sucesso e ele franziu a testa. — Muita natação. Foda-se. Eu devia
saber. É como a dança.
— Ream, sério, por que diabos você deveria saber? Eu não sabia.
Foi só muito longe. Nadei esta manhã e estava tudo bem.
Ele correu a mão sobre a cabeça e, em seguida, pelo seu rosto.
— Jesus, Kat. Você tem que me contar esta merda. - Ele bateu com
o punho para a água. — Fizemos também muito hoje. Foda-se.
— Ream...
— Fora. - Ele ajudou-me a ir para a escada e foi atrás de mim, um
braço envolvendo em torno de minha cintura. — Vamos deitar.
Eu pisei no deck e tentei virar para dizer-lhe que estava bem,
quando ele me pegou em seus braços.
— Ream!
— Cala a boca. Você é tão fodidamente teimosa, Kat. Se eu não
notei, você devia ter tentado subir para a cabana. Como você continuou
dançando quando você deveria ter se sentado. Isto acaba agora. Eu
quero a divulgação completa.
— Divulgação completa? - Eu queria rir e ao invés, dele ficar bravo.
Rir porque ele estava olhando assustado e rindo da sua cara não
ajudaria a minha causa.
— Sim. - Eu tinha meus braços ligados ao pescoço como ele levou-
me o caminho. Seu rosto era severo, implacável. Ele estava
completamente sério. — Espere, - ele avisou quando ele segurou-me
com um braço e abriu a porta de tela, em seguida, passou para o
quarto.
Ele me sentou na cama.
— Dá-me um segundo. - Ele entrou no banheiro e voltou com uma
toalha. — Tire a roupa.
Eu hesitei porque eu estava em choque. Ream estava realmente
sério e eu percebi que não importa o quanto eu lutei contra outros
cuidando de mim, Ream faria isso de qualquer maneira e... Era doce e
senti como se eu não estava sozinha nessa. Suas sobrancelhas
levantaram-se quando eu falhei em me mover e ele chegou para mim.
Eu fiz um guincho, para meu horror absoluto, e então ele levantou
minha blusa molhada sobre minha cabeça e arremessou para o
banheiro.
— Sutiã.
Ream foi meu final de massa de biscoito Haagen Dazs, e eu queria
provar-lhe novamente. Ele estava mais preocupado com minha saúde,
agora que estava me beijando e eu precisava mudar isso. Mordendo
meu lábio inferior e inclinando a cabeça ligeiramente para o lado,
deixando meus molhados fios do cabelo cair para frente como eu
cheguei nas minhas costas para mexer com meu sutiã. Já faz um tempo
para mim. Muito tempo e eu podia sentir os olhos do Ream em mim. Eu
não precisava olhar para saber que seus olhos arderam.
— Importa-se? - Eu pedi e metade virou. — Está toda molhada e eu
não consigo.
Não ousei olhar para ele, porque eu estaria arrancando meu sutiã
tão rápido, que eu provavelmente iria me machucar.
No momento em que os dedos tocaram minha pele fria, tremores
passaram por mim em um efeito dominó. Fechei os olhos quando os
seus dedos, deslizando abaixo em minhas costas para meu sutiã. Então
em um movimento ele tinha desfeito as cintas e elas estavam
escorregando pelos meus ombros enquanto caía.
Os dedos dele se perdiam na espinha e sobre os meus ombros.
Lentamente empurrou as correias inferiores até que eles pegaram nos
cotovelos. Parei de respirar.
Ele não se moveu. Mãos repousando sobre o canto dos meus
braços, tiras entre os dedos e meu sutiã já não cobrindo qualquer coisa
enquanto ele pendurava logo abaixo dos meus seios.
Eu fechei meus olhos enquanto eu inalava finalmente um sopro
trêmulo, as bordas do meu controle, começando a derreter quando ele
fez uma pausa.
E então... Oh Deus. Ele inclinou-se e seus lábios tocaram minha
nuca. Foi um golpe de veludo e umidade apegou-se a minha pele.
— Ream, - eu sussurrei.
Beijou do lado do meu pescoço, minha orelha e depois levou o lobo
em sua boca e chupou. Foi longo e lento, um gosto definhava. Os dentes
dele passaram de raspão e enviaram tremores na espinha. Então ele
mordia e eu ofeguei em dor. Ele lambeu o ponto sensível e eu suspirei
expondo minha garganta e inclinando-me de volta para ele.
— Isto é uma má ideia. - Ele foi se afastar e entrei em pânico,
girando ao redor, alcançando e agarrando a cabeça em ambos os lados.
— Não. Não me deixe assim.
— Eu não vou deixar você. Eu nunca vou te deixar, Kitkat.
Oh Deus. Meu coração estava rachado assim como minha voz,
quando eu disse;
— Você não quer dizer desse jeito.
Ele virou e olhou para cima. Ele estava me encarando como se
avaliando a situação. Ream era cauteloso, eu sabia disso. Ele não
saltou até que ele sabia onde ele iria pousar.
Mas suas habilidades de enfrentamento se foram. Havia uma boa
chance de que eu seria hospitalizada em algum momento. Ream tinha
um passado com agulhas, com hospitais, então alguém que amou e
tentou proteger morreu e ele se culpava. Depois houve a incerteza que
vi muitas vezes nele, uma escuridão pairando sobre ele. Tudo estava
virado contra nós para esta relação. Mas eu queria. Eu tinha esperança
que podia.
Ele mostrou um lado de si mesmo que não esperava trazer-me para
a cabana. Ele era espontâneo e eu tomava que era uma parte de si
mesmo que raramente mostrou os outros a menos que ele... A menos
que confiasse neles. Ele falou com os médicos sobre minha EM, foi algo
que eu nunca esperava. Ele mostrou que ele gostava de mim e sabia
exatamente no que estava se metendo.
Ele estava apreensivo e imaginei que ele estava calculando se era a
decisão certa para me foder ou não. Não sabia por que.
— Ream. - Eu agarrei a frente da camisa molhada e coloquei
minha outra mão sobre o seu jeans. Ele gemeu. Sorri e depois
lentamente desabotoei sua calça.
Ele segurou minhas mãos.
— Quando sairmos daqui, você é minha.
— Ream...
Em um movimento brusco, ele tinha-me na cama e montou-me,
minhas mãos trancadas em acima de nossas cabeças.
— Ream, a cama. Você deixou tudo molhado. - Quem estava
brincando? Eu estava mais feliz do que ele estava em cima de mim.
Havia algo sobre a sensação de um cara em cima que me senti tão
dominante e quente. Era seu poder e controle e que era todo Ream.
— Voltamos... Estamos juntos — inteiramente. Nós mudamos meu
quarto, você volta para seu estúdio de arte e eu durmo na sua cama. -
Antes da banda se mudar para a fazenda, meu estúdio de arte tinha
sido o quarto de Ream. Eu fui abrir minha boca quando ele disse, —
Ainda não acabou. - Eu desliguei porque eu realmente queria acabar
logo com isso então ele iria me beijar. — Crisis... Ele agarrando sua
bunda... Isso não vai acontecer. - Ele se inclinou mais perto, sua boca
tão perto que se eu avançasse minha língua eu tocaria o lábio inferior.
— Dançando com outros caras... Não vai acontecer. - O peso dele se
inclinou para mim, e eu senti seu pau pressionar em minha pelve. O
que ele disse algo sobre a dança? Só queria que ele calasse a boca e me
beijasse. — Eu tive uma mulher para cuidar na minha vida e eu
estraguei tudo. Que não volte a acontecer. Eu não cometo o mesmo erro
duas vezes — agora. Isso significa certificar que você esteja segura.
Isso chamou minha atenção.
— Não preciso de cuidado. - Jesus, eu não quero ter uma babá. A
dor entre as minhas pernas tem um difícil chute e caiu fora da borda da
insensatez para as profundezas da fria realidade.
— Kat, eu diria a mesma coisa se você não tivesse com EM. Estar
com você significa que eu vou estar lá para você. Protegê-la. Gosto de
você porque você é minha. Espero que você faça o mesmo por mim.
Exceto para proteger. Não quero coisas perigosas em qualquer lugar
perto. Isso é o meu trabalho para nós dois.
Ok, talvez eu possa fazer isso.
— Nenhuma besteira desta vez, Kat. Sou possessivo e não arrisco
com sua segurança. Verificar todos os ângulos antes de tomar uma
decisão. Sabe aquela primeira mão. - Ele pegou meu queixo e obrigou-
me a olhar para ele. — Meu passado... Estragou-me. Quando entrar,
não vou soltar. Não posso. É quem eu sou e é tarde demais para mudar.
Você tem que conseguir. Eu preciso de você para obter isso, Kat. Então,
você precisa ter a certeza.
Eu queria gritar Sim. Mas Ream era sério e havia algo nos olhos
dele que achei que parecia... Mal-estar. Não falei nada em primeiro
lugar, porque esta foi à segunda vez que ele mencionou seu passado
fazendo asneira. Eu estava começando a juntar as peças e eu não gosto
de onde eles se conectavam. Algo aconteceu a ele e a irmã dele. Ela
tinha morrido de uma overdose de drogas, eles não têm um pai e a mãe
dele que dissesse que ela morreu por causa dele. O que aconteceu com
Ream? Por que ele era responsável por cuidar de sua irmã? Como ela
conseguiu em drogas?
Eu sabia que Ream tinha um temperamento e que ele era
arrogante e precisava de controle. Faz com que todos derivam que ele
passou quando era criança?
A coisa era eu senti como se eu o equilibrasse. Eu não quebro a
sua atitude arrogante. Eu segurei minha própria e ele segurou sua
própria contra minhas besteiras.
Ream afastou-me então subiu na cama e passou a sua mão e para
trás por cima da cabeça dele. Sentei-me como ele despiu-se da camisa e
então da calça molhada. Ele não tinha nenhum escrúpulo em me deixar
ver seu pau duro e pronto.
Eu mordi meu lábio inferior quando meu olhar correu o
comprimento dele.
— Ream. - Minha palavra sussurrada estava ofegante enquanto eu
olhava, querendo, precisando e talvez finalmente acreditando que este
homem que estava na minha frente ficaria por mim não importa o que
acontecesse.
De repente, ele virou-se e caminhou até o banheiro e fechou a
porta.
Sentei-me atordoada quando ouvi o chuveiro ligar, em seguida, a
cortina de chuveiro nos aros de metal. O que aconteceu?
Eu desci da cama e invadi o banheiro, agradecendo a Deus que ele
não travado quando eu bati na porta.
Eu abri a cortina de lado e então tudo estava pronto para jorrar em
uma espiral pelo ralo como olhei para Ream nu e reluzente, a mão no
seu pau, seu rosto apertado com tensão, quase como se ele estivesse
com dor.
Seus olhos piscaram abertos e fechados com o meu.
— Eu preciso de você para ter certeza, Kat. Eu não posso ter uma
vez depois perder de novo.
Sim. Qualquer tecla danificada que ele usou Ream já estava dentro
de mim e ele se encaixa. Nós encaixamos.
Balancei a cabeça.
— Sim. Tenho certeza.
Ele agarrou-me sob os braços e puxou-me para a banheira, em
seguida, me apoiou na parede em azulejo. As palmas das mãos bateram
contra as telhas fazendo uma pancada forte.
— Diga-me que você confia em mim. Que você vai ser minha.
— Eu faço. Eu sou. - Como eu disse as palavras, eu senti uma
onda de alívio cair sobre mim, porque eu fiz e eu estava. Ele me deu
isso.
Então ele me beijou.
Era cru e corajoso, algo transbordando com tanto abandono
emocional que eu juro que era quase dolorosa a maneira que a boca
dele pegou a minha. Estávamos descontrolados, como muitas vezes
estivemos juntos, nossa paixão aquecida fervente sobre uma zona de
perigo que deveria ter sido suspeita, mas em vez disso, eu queria
abraçá-lo.
Ele desbloqueou tudo.
Suas mãos estavam ásperas quando ele amassou o meu peito, em
seguida, beliscou meu mamilo. Eu arqueei nele e gemi o desejo tão
frenético que eu tinha medo que viria antes de ele chegar dentro de
mim.
— Jeans baby.
Merda. Direito. Eu ainda tinha na minha calça jeans. Com uma
mão que ele a abriu e então os puxou para baixo e o tirou.
— Foda-se você é bonita. - Ele atropelou as mãos no meu abdômen
então entre minhas pernas, seu dedo escorregou entre as dobras, em
seguida, hesitando na abertura. — E molhada.
Eu corri minha mão do peito para o ombro, em seguida, enrolado
meus dedos no seu cabelo. Lembro que não podia fazer isso antes; Ele
era muito curto. Eu gostei mais ainda.
A boca dele bateu na minha de novo e foi tão forte que minha
cabeça bateu na parede de azulejos. Houve um pedido de desculpas
resmunguei, mas não me importei. Eu quis este homem por quase três
anos. Eu sabia onde estava me metendo, Ream era louco possessivo e
talvez essa merda derive de tudo o que aconteceu com sua irmã. Nós
íamos sofrer, eu sabia disso e suspeitei que ele também, mas nós
enfrentaremos juntos e isso foi tudo o que importava. E agora, tudo o
que penso sobre a doçura dele enchia-me novamente.
— Preservativos, - eu murmurei sob sua boca.
— Merda. - Ele gemeu. — Não trouxe nenhum.
Ah. Meu... Deus. — O quê?
O calor de sua mão entre minhas pernas, e eu ofeguei quando ele
escorregou dois dedos dentro de mim.
— O plano era sem sexo neste fim de semana, então não trouxe
nenhum.
Eu fechei os olhos e gemi parcialmente de grande desilusão de não
pegar o pau dele e também do puro prazer de seus dedos dentro de
mim.
— Você toma pílula?
Foda-se.
— Não. - Raios te partam. Realmente? E eu estava à meio do ciclo,
mas talvez se ele puxasse ou então...
Ele sabia que eu estava pensando.
— Não. Não tem essa chance, Kat. Nós — que somos muito
importantes para estragar tudo por uma coisa que nenhum de nós quer
agora. Além disso, não quero dividi-la por um longo tempo. - Ele me
beijou novamente, longo e duro, até que eu estava gemendo abaixo de
sua boca. — Eu os teria com você, linda. Nunca me preocupei antes.
Mas com você... Gostaria se é algo que você queira. Mas só se for
seguro. Nós não vamos correr riscos com sua saúde.
Crianças? Ele estava falando de crianças? Que loucura era essa? O
médico disse que eu poderia ter filhos. Estudos mostraram que a
gravidez é diferente para alguém com EM do que alguém sem. A questão
estaria nos perseguindo após dois anos.
Ele colocou o braço dele sob minha perna e trouxe em seu quadril.
O dedo começou a acariciar lentamente o meu clitóris em círculos. A
festa no meu sexo tornou-se um motim de calor e frio na barriga e
Jesus, eu ia vir... E isso era muito rápido. E eu quero que isto dure
para sempre. — Ream, - eu sussurrei.
— É isso aí, querida. - Ele beijou-me novamente e o turbilhão que
estava construindo começou a bater na borda.
— Deus, Ream. Mais duro.
Pararam os seus movimentos.
Inalei agudamente, os meus olhos abertos a voar. Ele estava tão
quieto, seus olhos abertos, mas ele não estava olhando para mim. Era
como se ele estivesse em outro lugar.
— Ream? - Ele não se mexeu, e eu senti a mudança através de seu
corpo. — Ream? - Eu disse mais alto.
— Kat? - Ele de repente balançou a cabeça como se ele limpasse de
qualquer lugar que ele tinha ido, e então era como se nada tivesse
acontecido e nadou para o desejo nos olhos dele.
— Baby, onde...
— Agarra o meu pau. - Seu maxilar estava cerrado e seu tom era
ríspido, como se ele estivesse com dor.
— Ream...
— Agora, Kat. - Ele me cortou novamente enquanto estiver a tomar
a minha mão. Ele envolveu-o em torno do seu pau e apertou. Eu vi as
ranhuras profundas entre os olhos dele como se ele estivesse lutando
com algo. — Nós vamos juntos.
Meus dedos segurando seu comprimento e o calor latejante dele
bateu uma.
— Foda-se. É isso. - Ele gemeu quando eu aumentei o meu aperto
e então movi para cima e para baixo antes de parar e acariciar mais
longe as bolas, em seguida, repetir novamente.
Ele empurrou dois dedos dentro de mim outra vez e eu esqueci
tudo sobre o olhar no rosto.
Bombeou e depois acariciou até sentir a tensão subir.
— Cristo, - ele disse que ele começou a acariciar-me com o polegar
dele novamente. — Oh Deus. Você está pronta, baby?
Concordei porque sinceramente as palavras não estavam em meu
reino da capacidade agora.
— Mais rápido, - ordenou.
Eu fiz e ele fez pouco antes eu me senti tão doce na minha barriga
e, em seguida, o aperto de uma onda passou por cima de mim como
uma parede de calor. O pau dele estremeceu na minha mão, empurrou,
então senti calor líquido derramar sobre minha pele, apenas para ser
rapidamente lavados pela água.
Eu ainda estava formigando e sensível quando ele puxou os dedos
de dentro de mim e volta a decepcionar o meu slide de perna. Inclinei-
me contra a parede, olhos fechados, respirei fundo, quando eu peguei o
que aconteceu.
Ele beijou-me novamente, desta vez devagar e suave, o toque de
veludo luxuoso de seus lábios contra o meu, a língua explorando. Ele
me segurou nos dois lados da minha cabeça, quando ele fez isso era
doce, não é algo que eu esperava de Ream. Ele estava todo intenso
quando ele discutiu comigo, com seus beijos, com tudo. Mas eu tinha
visto muito mais com ele este fim de semana. Eu vi o lado dele que eu
tinha esquecido quando nós havíamos nos conhecido.
Não disse nada quando ele suavemente lavou-me em todos os
lugares, as mãos acariciando meu corpo como se fosse uma joia
preciosa, que ele estava com medo de quebrar. Um completo contraste
com o que tínhamos feito há cinco minutos.
Quando fui lavá-lo, ele endureceu e se afastou. Ream desligou a
água e me ajudou a sair da banheira.
Ele me enrolou em uma toalha, em seguida, começou a secar-me
com outra. Mesmo dentro de cada pé e entre os dedos dos pés. Foi
bobagem, mas agradeci a Deus que coloquei esmalte vermelho chique,
com arabescos prata no meu dedão. Ele agradou meu cabelo com a
toalha, depois jogou no balcão antes de pegar-me em seus braços.
— Meu sorvete foi bom o suficiente para você, querida.
Comecei a rir e depois ele me sufocou com sua alma doce, me
pegando com um beijo.
Ream e eu passamos as próximas horas fazendo o jantar e
bebendo vinho, sentados na varanda vendo o sol se pôr. Era calmo e
tranquilo sobre a água, e não me sentia tão descontraída com Ream —
desde sempre. Ainda havia a tensão sexual, mas os pequenos toques e
beijos de Ream eram doces e eu me embriagava com eles.
Quando ele tirou seu telefone do bolso e deslizou através da mesa
para mim, fiquei surpresa, porque tinha perdido a aposta. Além disso,
não tinha nem pensado se ligava para Emily ou Matt.
Ele ficou parado.
— Você pode ligar três vezes. Eu vou fazer o jantar.
Peguei a mão dele e a familiar faísca eletrizante passou através de
mim quando nossos dedos se tocaram.
— Obrigada. - Apertei a mão dele. — Por me trazer aqui.
Ele assentiu com a cabeça e depois pegou nossos pratos e entrou
em casa.
Liguei para Emily e não foi surpresa quando ouvi a voz do Logan
em vez disso, uma vez que era o telefone de Ream que eu estava
usando.
— Onde está? Você perdeu a gravação. - Logan ignorou qualquer
sutileza e foi direto ao ponto.
— Sou eu.
Ele resmungou e, em seguida, houve silêncio e então a voz de
Emily na outra extremidade.
— Kat. Que diabos? Onde você está? Matt disse que Ream fugiu
com você. Então eu recebo uma mensagem de Ream que está com ele,
mas ele não disse onde. Você está bem?
— Sim, nós estamos...
— Quando vai voltar? Ele está sendo...
— Emily. Estou bem. Estamos bem.
— Você está? - Eu ouvi suas palavras abafadas ao Logan, de
discutir, e depois ouvi Crisis gritando algo no fundo que eu pensei que
era. — Eu avisei.
— Sim. Estamos bem. Ream e eu tínhamos coisas para resolver...
como você sabe. Diga a Logan que está acabando. - Ouvi-a dizer-lhe e,
em seguida, sua resposta rude, — sobre o tempo.
— Iremos jantar e nós estaremos de volta amanhã.
— Você vai jantar?
— Bem, sim. - Olhei por cima do ombro para me certificar que
Ream ainda estava lá dentro e então sussurrei, — e, Eme, nunca te
disse isso antes, mas... Ele fez a barba. E é difícil.
— O quê? - Em seguida. — Oh meu Deus.
Eu ri.
— Escute, pode chamar Matt e deixá-lo saber que estou bem.
— Hum, sim, claro. Mas Kat... - Eu ouvi a hesitação quando ela
limpou sua garganta. — Tem certeza que isso é o que você quer? O que
você decidir, estou lá para você cem por cento. Só estou perguntando
porque você... Bem, você estava muito chateada com ele.
Eu tinha certeza. Eu não tinha ideia se isso era certo ou errado, ou
se houvesse tal coisa como certo ou errado quando se tratava de...
Amor?
— Baby. - A mão de Ream desceu nos meus ombros e eu olhei para
ele. Eu amava este homem? É por isso que tudo que houve tinha
magoado tanto, porque eu o amava?
— É ele? - Emily pediu. — Logan quer falar com ele.
Antes que eu tivesse a chance de dizer sim ou não, a voz do Logan
veio:
— Dê a ele o telefone, Kat.
Segurei o telefone até Ream.
— Logan quer falar com você, e ele parece assustador.
Os cantos dos lábios de Ream levantaram antes que ele pegasse o
telefone, em seguida, saiu. Eu assisti enquanto ele escutava a tudo o
que Logan cuspiu, e só podia imaginar que não era bom. Embora, Ream
parecesse muito relaxado sobre isso. Ele disse algumas palavras curtas
e a única frase que ele disse foi:
— Eu vou estar lá. - Eu estava adivinhando que se tratava da
banda.
Ele não disse adeus, apenas colocou o telefone no bolso de trás e
foi direto para mim. Peguei meu copo de vinho tinto e molhei meus
lábios quando engoli, porque assistir Ream ficar sob o luar vestindo
uma confortável camiseta preta e jeans desgastado... Era como deixá-lo
entrar e provavelmente, eu o amava. Não, não, provavelmente, eu
amava. Não foi algo novo. Sabia disso há algum tempo. Machucava
tanto porque eu o amava.
Ele chegou a mim, inclinou-se e colocou suas mãos sob meus
braços, prendendo-me.
— Pronta.
— Para quê? Mais sexo sem o sexo em si porque alguém não trouxe
camisinha?
Ele abriu um sorriso e merda, foi adorável. Você acha que alguém
como Ream não poderia ser adorável, mas quando ele fez aquele sorriso
bonito onde os cantos de sua boca parcialmente curvam acima com
aqueles olhos brilhantes... Bem, estava super quente e eu apostava que
ele sabia disso. Senti que me entregaram uma parte de Ream que
poucos já experimentaram.
Ele pegou meu copo e me ajudou a levantar.
— Aonde vamos?
— Eu tenho isto. - Ele soltou minha mão quando ele pegou a
garrafa de vinho. — Pode-se dizer que é um vício.
— Bem, eu sei que não são drogas.
Ele riu e eu estava feliz que nós poderíamos rir disso agora.
— Monopólio.
— Huh?
Eu abri a porta de tela e parei. Ream não tinha apenas feito os
pratos, ele colocou velas e a mesa de café tinha sido deixada de lado e
em vez de uma pilha de travesseiros foram estabelecidas. No centro
deles sentou-se um jogo de tabuleiro.
Olhei para ele e depois andei.
— Monopólio? Gosta de monopólio?
Ele trouxe o vinho e colocou-o em uma mesa lateral.
— Eu amo o monopólio. Você já jogou?
— Bem, sim, claro. Mas eu não sou muito boa nisso.
— Assim como você não é muito bom no kart? E no jogo? - Ream
pediu, subindo as sobrancelhas.
Ok, talvez não fosse enganá-lo desta vez. Matt, Emily e eu jogamos
muito quando éramos adolescentes. Eu era mais uma "gastar tudo e
comprar qualquer coisa que você pudesse" enquanto Matt era cauteloso
e guardava o dinheiro para as grandes propriedades. Emily poderia ir de
qualquer maneira, um coringa. Ela também nunca venceu.
Sentei-me numa almofada e Ream passou-me meu vinho.
— Eu vou chutar seu traseiro. E desta vez se eu ganhar as apostas
são altas. - Eu sorri lentamente e ele franziu a testa imediatamente,
desconfiado. — Vou te dar um boquete. - Fiz isso por duas razões, eu
queria dar-lhe uma e porque eu queria ver como ele reagiria.
Ream estudou-me por alguns segundos antes de murmurar,
— Foda-se.
E talvez eu tenha lido muito com isso. Ream tinha desejo
rodopiando no fundo dos seus olhos. Bem, agora ele só teria que decidir
o que era mais importante, ganhar ou um boquete. De qualquer forma,
eu ganhava, e ele teria que sentar lá pensando em mim chupando o pau
para as próximas duas horas.
Ream afundou nos travesseiros parecendo bastante derrotado, e
peguei os dados entrelacei-os.
— Pronto? Eu tenho um pressentimento que este vai ser um jogo
muito longo.
Ream amaldiçoou. Ri muito. Embora, eu estava começando a
achar que ele não era o único que iria ser torturado para as próximas
horas.
Eu podia ver o conflito no seu rosto. Ele não gosta de perder.
Lançou seu último dólar para o centro do tabuleiro, os olhos em
mim. Contorci-me um pouco porque, realmente, estar sob o olhar de
um cara como Ream enviou um desfile de emoções através de mim. Foi
como o choque de um pandeiro, aquele barulho de bateria baixo e o
traço suave de uma guitarra, tudo ao mesmo tempo. Meu corpo não
sabia como sentir.
Eu olhei de relance para sua virilha então voltei.
Ele não estava sorrindo. Nem um pouco. Ele era assim tão mau
perdedor? Tipo meio que me desanimou. Ok, não realmente, mas fiquei
decepcionada. Achei que ele aceitaria melhor.
— Kat. - Sua voz era áspera.
— Ream.
— Bom jogo.
— Você perdeu de propósito?
Ele hesitou.
— Acha que perdi de propósito a fim de conseguir um boquete?
Eu ri.
— Homens.
Ele permaneceu quieto.
Eu continuei.
— Mas você... - Suspeitei que Ream faria o que fosse necessário
para vencer o seu jogo, independentemente de que perder trouxesse um
resultado desejável para ele. Ele era o homem mais teimoso que já
conheci. Ele superou o Logan e o cara era um texugo, quando ele se
recusou a desistir de Emily. Eu também pensei que sexo não era tão
importante para Ream como foi com a maioria dos caras. — Nunca.
Os olhos do Ream alargaram como se surpreendesse por minhas
palavras. Talvez eu tenha colocado Ream em uma categoria de bastardo
estrela do rock depois do que aconteceu entre nós, mas agora... Agora
eu sabia que havia muito mais a ele do que qualquer um de nós sabia.
E também uma parte que ainda não conhecia. Eu esperava que ele
tivesse se abrindo para mim agora que eu estava me abrindo a ele. Com
Ream, era sobre movimentos táticos e se eu empurrasse como ele me
empurrava, eu não ganharia nada. Talvez não fosse nada. Não, ele disse
inúmeras vezes que seu passado foi uma loucura.
Eu fiquei em minhas mãos e joelhos e rastejei em direção a ele. Ele
esperou até que eu estava prestes a colocar minha mão sobre a
braguilha quando ele disse, — a aposta foi um golpe de mestre.
Sentei-me atrás no meu encalço.
— E isso é o que estou prestes a fazer. - Tanto para a sensualidade
e o fascínio de engatinhar em direção a ele. Porra, eu pensei que se
destacou no ser tentador.
— Mas você não especificou a quem.
— O que? Sim, eu fiz. Eu disse que daria um boquete se ganhasse.
- Eu reconheci a lúdica expressão no rosto. Foi o mesmo, antes que
corremos, em seguida, novamente antes de saltarmos do penhasco.
— Semântica... - Ele fez se jogou em mim, me mandando para trás,
em seguida, agarrou as pernas para fora debaixo de mim.
— Ream! - Eu gritava quando ele caiu em cima de mim, mãos,
pulsos me segurando no chão, de pernas bem abertas. — O que faz?
— Um trabalho de sopro.
— Mas eu quero dar a você. - Estava me perguntando se ele queria
me dar um ou ele o estava evitando. Mas que cara não queria uma
mulher para ir para baixo nele?
— Querida, eu tenho sonhado com degustar você novamente por
merda dois anos, oito meses, três semanas e um dia. Não vou esperar
mais um minuto. Você tem algum problema com isso?
Merda. Eu raramente ficava muda, mas Ream falando de me
chupar... Bem, fui às nuvens e assim transformado que é um choque
qualquer argumento sobre quem estava ganhando e recebendo o sexo
oral. Discutir com Ream quando ele estava por cima, seu pau
pressionado na minha coxa, sua boca a centímetros da minha e a sua
expressão implacável... Sim, foi de calar.
— Eu vejo como eu vou ganhar argumentos com você.
Merda. Eu gostava de ganhar tanto quanto ele, mas para isto... Só
poderia perder um argumento.
Demoraram segundos para ele tirar minha calça jeans. Então seus
dedos engancharam na parte superior da minha tanga de renda cor de
rosa e arrastaram-se lentamente para baixo. As pontas dos dedos
seguiram o material até a minhas panturrilhas e depois nos meus pés.
Meus olhos nunca desviaram dele quando ele pegou no meu corpo com
um olhar que me fez doer em lugares que eu nunca soube que podiam
doer.
— Linda. - Ele abriu minhas pernas e passou o dedo entre meus
seios para meu piercing no umbigo, em seguida, seguiu para baixo mais
longe até arquear e gemi para ele chegar ao calor do meu centro.
Eu coloquei minhas mãos no seu cabelo, e no segundo que eu fiz,
eu senti a mudança nele. Lentamente soltei-o.
Ele olhou para mim, seus olhos, uma mistura de desejo e uma
mancha de tormento.
— Sem tocar. Deixe-me cuidar de você.
Balancei a cabeça. Eu sabia que algo aconteceu com Ream e não
foi bom. Assustou-me de pensar porque ele tem aquele olhar vidrado, às
vezes.
— É minha agora. - Ele baixou a cabeça e a língua dele tocou
minha barriga e piercing então ele mordiscou e sugou.
Abri mais as minhas pernas e ele brincou mais embaixo. Eu
ofeguei com uma onda de calor me cercando e então um tremor
começou em minhas pernas. Ele segurou minhas coxas para firmá-las
ou ter a certeza de que elas ficariam tão abertas quanto ele queria. Eu
não sei ou tanto faz.
Estremeci quando sua língua raspou levemente em mim várias
vezes. Então ele sugou e só o som quase me fez vir. Eu arqueei nele e
relaxei, deixando os sentimentos passarem através de mim como a
doçura do xarope aquecido.
De repente, seus dedos mergulharam dentro de mim e eu gemia
em choque, cada músculo enrijecendo em torno dele e dando para o
assalto a ser substituído por puro prazer.
A pressão dentro de mim construiu e subiu até que não achava
que eu poderia aguentar mais. Ream se recusou a dar, mesmo o menor
espaço, em vez disso ele finalmente me fez me dar, gritando seu nome,
tensão em cada músculo, cada molécula latejante. Eu tremia e
estremeci quando onda após onda atingiu o meu corpo.
Eu estava ofegante e passou completamente. Mas ele não estava
pronto quando ele brincou com meu sexo sensível com uma leve
pressão na boca enquanto seu dedo arqueava dentro de mim.
— Ream?
Foi uma sensação estranha, depois de já vir, mas ele continuou a
jogar e eu senti a urgência se construir novamente. Oh Deus. Ele deve
ter sentido, porque o dedo no meu sexo mudou-se mais rápido e, em
seguida, ele empurrou três dedos dentro de mim e foi só isso.
Forte gritei quando vim novamente, meu corpo repuxando e
estremecendo quando onda após onda bateu em mim ainda mais forte
que o anterior. Puta merda. Eu nunca iria... Jesus, eu nunca tive isso
antes. Eu pensei que era conversa, e eu sempre fui muito sensível após
o primeiro orgasmo que acho que não fosse possível para mim.
— Baby. - Mudou-se em meu corpo até que seus lábios
conheceram o meu e eu podia sentir-me nele e foi bom. Não, estava
quente e eu queria que durasse para sempre.
Ele caiu para o lado, encostou um travesseiro, assim ele poderia
sustentar a cabeça, então me agarrou e me enrolou em seus braços,
então estava de costas contra seu peito.
Ele beijou minha testa e alcançou o controle remoto sobre a mesa
de café atrás dele e ligou a TV. Ele surfou através de canais, até que
encontrou um filme então me puxou mais perto para que nós
estivéssemos colados, o calor do seu corpo me rodeando.
— E você? - Eu queria dar-lhe prazer, para fazê-lo gemer.
Seu corpo estava tenso quando ele disse:
— Eu tive você. Isso é tudo que preciso querida.
— Mas eu quero.
— Não.
Ele tinha um tom que não estava me permitindo e isso me
incomodou — muito. Porque Ream me cercou. Ele fazia parte de mim, e
se eu nunca soltar novamente, iria cair e nunca encontrar o meu
caminho de volta.
Acordei com um telefone tocando, e não era meu. Eu ainda não
tinha visto o meu desde que chegamos. Eu estava começando a me
perguntar se ele tinha o jogado no lago.
Eu estava na cama, aconchegando-me do lado dele, meu braço
deitado em sua cintura e minha cabeça aninhada em seu peito. Um
braço estava atrás de mim, me trancando contra ele, enquanto sua mão
descansou em cima da minha, nossos dedos entrelaçados.
Não sei por que, mas havia algo sobre dedos entrelaçados que era
incrivelmente íntimo. Foi como o elo da cadeia fundido juntos, incapaz
de ser separados por nada. Foi como me senti — fundidos junto.
O telefone de Ream continuava a tocar, e eu ouvi-o gemer. Deixei a
minha mão e eu pensei que ele ia responder, mas em vez disso, ele
segurou meu queixo, inclinou-se perto e me beijou. Foi um beijo suave e
preguiçoso que me deixou querendo mais. Mas não tive mais quando ele
chegou sobre a mesinha de cabeceira para seu telefone.
Sem sequer olhar para quem estava ligando ele disse:
— É melhor ser muito bom.
Ele escutou durante um minuto, enrijeceu e balançou as pernas
para o lado da cama.
— Vai para merda real? Não, você não vai fazer isso, - ele gritou.
Ele fez uma pausa por um segundo e sua aderência ao telefone apertou.
— Eu nunca a trairia. Quem diabos... - ele parou abruptamente, em
seguida, atirou o telefone do outro lado da sala e bateu contra a parede.
Rastejei para cima atrás dele, colocando meus braços ao redor de
sua cintura e depois abaixando minha cabeça e beijando o lado do
pescoço ao longo da tatuagem. Eu continuei a ir quando ele não me
obrigou a parar como costumava fazer. Beijei mais abaixo, amando o
sabor de sua pele salgada na ponta da minha língua. Eu acariciava
seus ombros então corri minhas mãos para baixo nos braços enquanto
pressionava meus seios contra ele.
A tensão lentamente deixou seus músculos enquanto explorava
seu corpo por trás, levando o meu tempo. Esta foi a primeira vez que ele
me deixava fazer isso e eu queria cuidar dele como ele fez comigo. Estas
duas noites, eles eram mais do que apenas Ream voltando pra mim. Foi
encontrar uma parte de mim que eu tinha perdido. Ele tinha visto isso.
Ele reconheceu que estava escondida de mim mesma, como eu era dele
e de todos os outros. Sempre pensei que era mais forte enfrentando
essa doença sem ninguém saber. Mas eu estava mais forte com Ream.
Eu seria mais forte ainda quando eu dissesse a Emily. Força veio de
acreditar em si mesmo, não me escondendo de si mesmo.
Ream colocou seu braço em volta do meu pescoço e me arrastou
para seu colo, onde ele começou a me beijar. Era o tipo de beijo que me
deixou orgulhosa de ser dele, quero que ele cuide de mim. Não porque
eu era fraca, ou não podia fazer isso sozinha, mas porque ele se
preocupava comigo.
— Você não vai me perguntar?
Sim, eu queria saber quem era no telefone. Tive que morder minha
língua para impedir-me de perguntar, mas eu confiava nele. E ele
precisava de mim.
— Não.
Ele assentiu com a cabeça e ficou em silêncio enquanto eu me
sentei com as pernas nele, escarranchando a mão tecendo através dos
fios do meu cabelo. Era reconfortante e doce e mesmo que tivéssemos
tanta intensidade entre nós, neste momento foi justamente o contrário e
me diverti em ser capaz de compartilhar com ele.
— Quando estou com você, parece que me deram uma segunda
chance na vida. Nunca pensei que conseguiria. - Ele baixou a cabeça
por um breve segundo, os dedos espalhados sobre mim acariciando com
o mais leve toque. — Posso respirar facilmente com você. Quando
estávamos separados... - Seu dedo deslizou sobre meu lábio inferior e
para trás. — Você já sentiu como se seu corpo estivesse gritando
silenciosamente? Como você está constantemente perdendo algo, mas
você não consegue descobrir o que? - Sim, o tempo todo, mas nunca
admitiria isso para ninguém. — Por quase três anos, senti o mesmo.
Não sabia no começo, mas depois quando eu descobri o que eu estava
perdendo o tempo todo, Jesus, queria gritar, - ele parou, — Kat. E
tornou-se tranquila e bonita.
— Você acha que eu te trouxe aqui por você? Eu não sou tão bom,
Kat. Trouxe você aqui por mim. Então eu poderia colar você de volta
para mim. - Ele inclinou-se e beijou-me então sussurrou contra meus
lábios, — a cola permanente, baby.
Puta merda. Não sabia o que dizer. Meu coração batia tão rápido
com meus lábios que se separaram, minha respiração estava hesitante
e descontrolada.
— Eu vou fazer de tudo para mantê-la. Você tem que entender Kat.
Não consigo parar sua EM ou controla-la, mas eu vou tentar porra. Não
mereço você, Cristo, sei que não mereço, mas vou leva-la de qualquer
maneira e quando voltarmos, estou garantindo que todo mundo saiba
disso.
Uau.
Ele segurou meu queixo e me fez olhar para ele. — Nós já não
estamos terminados.
— Você sabe que parece loucura, Ream. Relacionamentos não
funcionam dessa maneira.
— Eles fazem comigo. - Ele beijou a ponta do meu nariz.
Fiquei em silêncio. O que ele dizia era o que eu já sabia. Em algum
lugar eu sabia que o que aconteceu com sua irmã o deixou assim. Ele
avisou-me. Eu sabia onde estava me metendo com Ream, mas também
sabia que ele fisicamente nunca me machucaria. Ele me protegeria com
tudo o que ele tinha e eu queria isso. Eu queria todas as partes de
Ream.
— Kat. - Seu tom era áspero e com uma pitada de aviso frustrado.
Escorreguei meus braços em volta do pescoço e o beijei. Ele gemeu
e senti o sorriso na minha boca, que dei a ele o que ele precisava:
minha aceitação que ele tornou-se meu homem.
— Vou mover-me para a sua cama.
Isto não foi uma pergunta. Foi uma declaração e eu rolei meus
olhos.
— Então você vai comprar uma cama maior.
Foi uma risada apertada, mas ainda uma risada. Eu desejava cada
parte deste homem, seu sorriso, sua risada, como ele me olhou e me fez
sentir... Ele me fez sentir toda.
— Temos que voltar. - Então ele me beijou e fez minhas entranhas
toda piegas e desejando que ele tivesse trazido camisinhas. Ele
acariciava o lado do meu rosto, e notei a tensão em sua expressão. — O
telefonema foi Lance.
— O que? Por que diabos ele chamaria seu telefone?
— Porque você não está respondendo o seu.
— Merda. É um idiota. - Estúpido. Lance não consultou a mesa
tombada no bar ou esqueceu que Ream tentou lhe bater no hospital? —
O que ele queria?
— Saber onde você está.
Se não tivesse olhado Ream tão sério eu teria rido na estupidez do
Lance, mas eu sóbria quando pensei que a Ream tinha dito ao telefone.
— Por que você disse trapaceiro? O que ele pediu para você?
— Não foi nada, querida. Ele estava dizendo merda para me irritar.
- Ream tem a seus pés, trazendo-me com ele, as mãos agora na minha
bunda. — Beija-me. - Ele pediu.
E eu fiz. Porque não importa o quanto eu queria pensar que eu era
forte, não fui forte o suficiente para negar Ream e eu não queria.
Eu era dele.
Não fomos à fazenda, ao menos não imediatamente. O fiz parar na
farmácia e comprar preservativos. Ream pensou que eram para mais
tarde. Eu quis dizer que era agora... E que não estava esperando.
Ream puxou para fora do estacionamento e voltou para a estrada.
Eu aumentei o volume da música e pulei para ficar junto a ele. Ele
tentou diminiuir o volume. Mas bati em sua mão e depois desfiz do meu
cinto de segurança.
— O que você esta... - ele franziu a testa que era bonita porque
estreitavam os seus olhos e vi o desejo aquecido enquanto balançava
para fora da minha calça jeans.
O carro desacelerou. Suas mãos apertaram o volante e ele tinha
dificuldade em manter seus olhos na estrada. Um tambor vibrou
através de mim, e cheguei mais perto dele, tirei a minha camisa,
deixando apenas o sutiã rosa que combinava com a calcinha.
Coloquei meus dedos sob as bordas da minha calcinha e agarrei o
elástico.
— Jesus, Kat. Eu estou dirigindo.
Levantei minhas sobrancelhas e lambi meu lábio inferior, enquanto
me arrastava até o meu assento inclinando sobre o cambio da marcha.
— Ei, querido? - Sussurrei em sua orelha, assim a minha
respiração aquecida batia no ponto logo abaixo. — Posso montar em
você enquanto dirige? - Em seguida, abaixo colocando a minha mão no
seu pau duro.
— Caralho. - Ream olha por cima do ombro, em seguida,
ultrapassa um carro desviando para a rampa de saída fazendo uma
curva acentuada à direita, em seguida, outra até que parou o carro no
acostamento.
Peguei uma camisinha que já tinha ela desembrulhado antes
mesmo que ele estacionasse o carro no parque. Puxei para baixo o seu
zíper, tirando o seu pau colocando nele.
Ele me agarrou pela cintura arrastando-me por cima dele, o
volante pressionava rígidamente nas minhas costas.
— Eu preciso de você.
— Não me diga. - Ele enfiou os dedos em torno do elástico da
minha calcinha e com um puxão rápido arrancou do meu corpo. Não sei
onde elas foram parar; Tudo o que sabia era que tinha o seu pau na
minha mão e estava deslizando ele através de minha umidade então
afundando-o em mim.
— Oh Deus! - Eu chorei quando o dirigi até o fundo. Então suspirei
quando senti o conforto familiar dele... Estável dentro de mim onde ele
pertencia.
Ele estava dando tudo de si como eu estou dando tudo de mim.
Eu o beijei com urgência, com as minhas mãos em ambos os lados
da sua cabeça, e os dedos enrolados em seu cabelo, quando pressionei
os meus joelhos no banco de couro e ele escorregou lentamente para
fora de mim até chegar na ponta. Quando senti os seus quadris
arqueando para acima, empurrei para baixo afundando ele dentro de
mim novamente.
Mais e mais.
Eu coloquei as minhas mãos sobre o encosto de cabeça, sob a
pressão dos dedos cavados no couro ondularam sob a pressão no
material. Ele encontrou o ritmo dos meus golpes com a mesma
urgência, e eu gemia jogando minha cabeça para trás. Empurrando.
Esticando. Necessitando.
Seu dedo acariciou a dobra sensível enrugada da minha bunda, e
enviou ondas de desejo para outro nível. Ele se afastou... Fiquei
decepcionada.
— Não, eu quero você. - Eu agarrei o seu pulso puxando de volta
para minha bunda.
Ele hesitou, e então trilhou o seu dedo pela a minha umidade para
volta a circular o ponto novamente. Ele começou a empurrar devagar,
mas insistentemente contra a tensão nervosa.
— Empurre para fora, baby. Deixe-me entrar.
Eu fechei meus olhos e então fiz o que ele pediu. Minhas costas
arquearam com a sensação estranhamente erótica quando o seu dedo
entrou na minha bunda virgem. Estava incrivelmente quente e queria
mais. Quando abri os olhos, ele estava me observando e não estava se
mexendo. Seus olhos estavam vidrados e era como... Como se ele não
estivesse ali comigo — novamente.
Acariciei a sua bochecha, inclinado para frente e o beijei.
— Volte para mim, querido. - No primeiro momento ele não reagiu.
De repente ele gemeu me beijando inflexívelmente forte. Seu dedo
escorregou para dentro e fora da minha bunda se hamornizando com
meu ritmo, quando eu me movia para cima e para baixo nele.
Eu não sabia exatamente o que aconteceu depois. Foi como se nós
dois estivéssemos trancados um no outro, com o seu dedo em meu
ânus, seu pau profundamente dentro de mim, a música martelando
através dos alto-falantes, os nossos corpos interligados. Eu o guio com
um abandono selvagem. Subindo e descendo tão forte e rápido quanto
pude com o volante esfregando nas minhas costas e seus olhos me
observando, até que nós dois colidimos, caindo, e vindo junto. Eu
gritava e ele gemia ao mesmo tempo, nossos corpos enrijeceram-se e
seguramos um no outro, como se estivéssemos com medo de nós
libertamos.
Eu desmoronei, a minha cabeça caiu sobre os seus ombros, a
respiração ficou rouca e o coração martelando. Comecei a ouvir o
barulho das buzinas dos carros em alta velocidade que passavam pela
estrada e percebi que qualquer um poderia me ver sentada em cima
dele vestida apenas com o meu sutiã.
E eu não me importava.
Ele segurou o meu queixo com a palma da mão e trouxe a minha
boca perto dele onde me beijou todo doce e gentil.
— Isso foi quente. - Ele beijou meu ombro e meu pescoço e até os
meus lábios novamente.
— Você me deixou por alguns minutos. Onde você foi? - Isso foi
sem emoção, quase frio, a expressão que ele teve durante alguns
segundos.
— Com meu pau dentro de você?
Eu dei a ele um olhar duh2, com os olhos arregalados e as
sobrancelhas erguidas com os meus lábios fazendo beicinho.
— Meu dedo na sua bunda?
— Sim, Ream.
— Então eu não estava em qualquer lugar, mas sim em você.
Bem, ele não queria falar sobre isso, e eu não estava indo arruinar
o ótimo sexo no carro o pressionando a falar.
— Você me deve uma calcinha nova. - Escorreguei para fora dele e
cai de volta no meu lugar vestindo a minha roupa, menos a calcinha. —
E eu gosto das mais caras.

2
Uma expressão usada para designar uma coisa estúpida, como "você está sendo estúpido" ou
escondendo algo.
— Vou comprar a loja inteira, linda.
Eu percebi que realmente gostava quando ele me chamava de
linda. As cicatrizes que eu tinha... Eles sempre estariam ali olhando
para mim no espelho. Agora faziam parte da minha história.
Assim era a minha EM.
E já foi o tempo da minha história ser contada.

Quando chegamos à fazenda já era meio-dia e não havia ninguém


lá. Logan deixou um bilhete na geladeira que estava em seu usual tom
direto. "Venha para o estúdio. Você está atrasado. Eu disse que era
para você estar de volta às nove."
Merda, deve ter sido que ele tenha dito a Ream no telefone ontem à
noite, depois que falei com a Emily. Ream não parecia muito
preocupado, ele amassou a nota, jogou no lixo e depois me agarrou pela
cintura me trazendo contra ele.
— Estou na sua cama nesta noite.
Ter uma palavra a dizer sobre o assunto não era realmente uma
opção, ele estava afirmando o fato, e se Ream afirmava um fato
significava que era isso que iria acontecer. E não iria discutir, porque
eu o queria na minha cama, então concordei. Ele me beijou e eu derreti
sobre ele, incapaz de resistir à maneira que a sua boca se movia por
cima da minha enviando o meu estômago para uma festa total.
— Você vai pintar hoje?
Concordei, imaginando como seria ter que me concentrar quando
tudo o que conseguia pensar era em Ream dormindo na minha cama
hoje e no que isso implicava. Eu pensei que poderia pintar o meu
primeiro nu hoje. Não é como se precisasse de Ream como um modelo
vivo — o corpo dele estava gravado em mim. Desci a minha mão entre
nós segurando o seu pau. Ele estremeceu, em seguida, inchou sob o
meu toque.
Ele gemeu, e as suas mãos apertaram o meu cabelo.
— Temos tempo?
— Não, - ele disse e eu fiz beicinho. — E da próxima vez que eu
afundar dentro de você, não vai ser rápido. - Ele me encarou, seus eram
olhos intensos. — Pela primeira vez vou gastar todo o meu tempo em
sua doce bunda.
Esse pensamento fez com que sentisse o meu rosto queimando
porque irei gastar os dias na cama com ele outra vez... Merda tinha um
dia inteiro para refletir esse pensamento.
Ele riu e eu penso que ele ficou um pouco mais feroz.
— A minha Kat está vermelha? Oh, baby, você acabou selada a
mim.
— Eu não fiz isso. Eu não estou. Eu não corei. É verão e está calor.
— E nós estamos em uma casa com ar condicionado. Você esta
quente e molhada pensando em mim afundando dentro de você
novamente. - Bem, eu realmente estava querendo abrir outra camisinha
agora. — Tenho que ir. Seja boa e não se toque.
Meu queixo caiu.
— Sim. Você vai está recebendo orgasmos hoje. Não se toque até
eu voltar.
Merda.
— Não gosto de chicotes e essas merdas, mas estou na expectativa.
E eu vou saber o que você faz. Aquele olhar preguiçoso em seus olhos...
Não ache que você pode esconder isso de mim, Kitkat.
Acho que pintar um nu de Ream estava fora de questão. Eu não
iria nunca durar até tarde.
Ream me beijou de novo antes de me deixar sozinha e sair.
Fiquei ali em pé com um clitóris latejante e me perguntando se ele
realmente poderia saber se eu usasse o meu coelhinho.3 Entrei no
chuveiro, para uma ducha fria rápida, antes que mudasse de ideia e
dissesse um 'ole' para a ordem de não se tocar de Ream. Mas havendo a
chance que ele iria descobrir então me fez esperar pelo sexo longo e
lento... Não valia a pena ir contra ele.
Eu mandei uma mensagem para Emily e descobri que ela estava
ajudando Robert com um novo cavalo de corrida. Suspeitei que Logan
não soubesse sobre isso, porque não importava o quão próximos eles
fossem, não havia nenhuma chance no inferno que ele iria deixá-la ir
para a residência do fomentador sozinha. Eu tinha ouvido que Robert
tinha dado um soco de direita em Logan na primeira vez que eles se
viram.

3
Vibrador
Só podia imaginar o que ele fez. Logan sempre teve essa expressão
sem emoção que era super assustadora. Eu posso provocá-lo, mas não
era estúpida o suficiente para sacanear com essa expressão. Meu
palpite era que Robert iria descobrir isso se ele olhasse para Emily de
modo errado.
Pintei o resto do dia, trabalhando em abstrato de Clifford de uma
das fotos que eu tinha tomado dele rolando, com as quatro patas para o
ar, o sol irradiando em seu pelo vermelho e branco. Eu tinha decidido
fazer outra série desde que o meu Havoc não fez tão bem, como este de
Clifford. Seria mais abstrato e divertido do que o caos de cores que seria
o tema se os vinculá-los juntos.
Eu não me esqueci do telefonema de Lance e a menção de que
haveria traição. Isso também me incomodou após o súbito
desprendimento de Ream durante o sexo e a sua resistência em se
deitar comigo. Esses pensamentos eram como um pouco de moscas
irritantes que eu guardei e que me golpeavam de lado.
Ouvi a porta, em seguida, os passos. Emily andava pela marquise
vestindo as suas calças pretas apertadas e a sua camisa de gola V
branca, com o cabelo amarrado em um rabo de cavalo bagunçado.
— Detalhes. O que aconteceu entre vocês dois? Logan estava tão
chateado com Ream. Ele estava preocupado com você e até mesmo
chamou Matt para descobrir o que estava acontecendo. Então ele ficou
furioso porque Ream é supostamente o chefe dos negócios da banda e
eles tinham uma nova canção para gravar neste fim de semana. Eu não
sei quantas vezes eu ouvi dizer que ele era irresponsável. - Opaaaaa.
Fazer o lado ruim de Logan vir à tona nunca foi uma boa ideia. — Não
se preocupe, eu o acalmei com a doçura da minha boca. - Nós rimos e
eu coloquei o meu pincel dentro do frasco de água escura. — Eu quero
saber tudo.
— Bem, não direi tudo.
— O que? Você sempre conta.
— Isso é diferente.
Emily levanta as suas sobrancelhas.
— É mesmo? Como assim diferente?
— Ele quer se mudar para o meu quarto.
Emily riu.
— Quer ou vai?
Funguei.
— Sim, você entendeu. - Então lhe disse sobre pular do penhasco,
sobre a corrida de mini kart e o Monopoly.
— Jesus, Ream sabe se divertir. Ele é sempre tão sério ou
desvairadamente louco. Bem, ele estava lunaticamente louco quando
viu Crisis flertando com você. Então você nunca vai me dizer o que
levou a irritá-lo de modo tão ruim com esse cara no bar? Confie em
mim, eu o começo a não quero compartilhar essa parte, mas eu estou
aqui, Kat. Não há julgamentos. Você sabe disso, né?
Eu assenti. Eu comecei. Emily era o tipo de namorada que você
queria ao seu lado na quadra. Ela tinha essa força sutil sobre ela,
resoluta, honesta e inabalável. Mas partilhar esta parte de mim que
nunca tinha falado com ela, que tinha sido sobre mim e como eu me vi.
— Precisamos de uma garrafa de vinho. Talvez duas... Ou três.
Porque estava na hora de deixá-la entrar.
Era meia-noite. Estávamos bêbadas depois da terceira garrafa de
vinho e eu virei uma calha de água pelas lágrimas de sua parte depois
que eu contei a ela. No início, ela ficou chocada e um pouco chateada
que mantive algo tão sério escondido dela, mas Emily era Emily. Ela
entendeu. Ela compreendeu o porquê eu não quero que ninguém saiba.
Então ela me disse... Depois da segunda garrafa... O que aconteceu
no México. Alfonzo, a simulação de afogamento, o sexo em público com
Logan. Ela chorou e nós seguramos uma na outra e um novo capítulo
nasceu entre nós. Nós duas vimos à força na outra e pelo o que
havíamos passado exceto o meu... Bem, o meu ainda era desconhecido.
Ninguém sabia o que iria acontecer. Mas não era mais tão assustador
de repente. Eu nunca pensei que diria isso, mas eu me sentia mais forte
com o seu conhecimento. Ream estava certo; escondê-lo estava fazendo
o oposto do que eu pensei que estava fazendo.
Nós acabamos detonando na música e na dança. Eu tive que parar
algumas vezes quando as minhas pernas começaram a sentir como se
alfinetes e agulhas estivessem entrando na minha pele, mas eu nunca
desistir de algo que eu amava. Eu pensei que se pudesse me mover
lentamente à parte superior do meu corpo, em vez da minha parte
inferior assim poderia gerenciar a dança. Era sexy como o inferno, pelo
menos é o que Emily disse.
Estávamos dançando lento e sedutor com Joshua Radin quando os
rapazes chegaram em casa. Foram deslizando as minhas mãos aos
meus lados e Emily tinha as mãos no cabelo, movendo os quadris
quando girava.
Quando os percebemos eles, os quatro estavam em uma linha no
canto da sala de estar. Crisis sorria de orelha a orelha enquanto Kite
tentou esconder o seu sorriso olhando para os seus pés, porque Logan
olhava para ambos, carrancudo.
— Nossa é tarde. - Kite olhou para seu relógio inexistente e
desapareceu.
— Oh doce, parece que as meninas precisam da companhia de um
homem. - Crisis não era tão inteligente e começou a caminhar em nossa
direção. Ream agarrou seu braço e eu vi Crisis piscar para mim antes
que retirasse as mãos dele. — Eu entendo. Nenhum toque.
— Desaparece, - disse Logan, e Crisis riu saindo à esquerda. Sim,
sempre uma merda perturbadora. - "Para cima." Era tudo o que Logan
tinha dito a Emily, que estava rindo quando ele a espreitava para o
quarto.
Então nós duas dissemos ao mesmo tempo:
— Sexo bêbado.
Emily estava andando, ou melhor, tentou andar, mais tropeçou
sobre o Ream e parou. Ele olhou para ela franzindo a testa. Então ela
ficou na ponta do pé dela e beijou a sua bochecha.
— Eu entendi agora. Cuide dela.
Seus olhos se arregalaram por um segundo. Então ele olhou para
mim e Emily tinha ido embora.
— Você disse a ela?
Balancei a cabeça. Ele estava ali me olhando como se quisesse
devorar cada centímetro do meu corpo... Esse frio na barriga era bom e
eu estava latejando, bêbada e precisava que ele andasse na minha
direção para me beijar.
Então ele fez.
E foi tão quente. Confiante, sexy e fodão porque Ream estava com
aquela escuridão em seus olhos que dava o ar misterioso. Você nunca
estava realmente certa do que ele estava fazendo, e isso era uma virada
total. Ele fazia eu me sentir tão feminina e desejada, que o meu corpo
gritava com ele para chegar até mim mais rápido.
Não havia nenhuma hesitação quando ele me alcançou. A mão
formava uma concha atrás do meu pescoço, e com um puxão, estava
contra ele quando olhava para mim.
— Você está bêbada demais para o sexo preguiçosamente lento, -
Ream falou lentamente, e eu senti seus dedos enrolando no meu cabelo,
fazendo com que o frio na barriga existente corresse pela minha
espinha, correndo mais rápido como se quisesse que todos os seus
amigos se juntasse com eles até que o meu corpo estivesse coberto por
eles.
Eu dei um meio sorriso.
— Sim. - Pois, eu estaria dormindo ou desmaiada antes que ele
começasse a me degustar antes mesmo onde eu queria chegar rápido.
A outra mão de Ream estava nas minhas costas, me pressionando
contra ele.
— Você vai se lembrar disso na parte da manhã?
Esmagado os meus lábios, pensei nisso e balancei a minha cabeça.
— Então eu vou esperar até de manhã para lhe dizer o quanto eu
te amo. - Ele não esperou por uma resposta quando pegava a minha
mão e começava a caminhada pela casa comigo tropeçando logo trás.
Chocada com suas palavras, levo alguns segundos, provavelmente
mais do que isso porque a minha mente estava nadando no vinho tinto,
para compreender que Ream havia falado que me amava. E ele iria falar
isso mais uma vez na manhã quando ele teria a certeza de que eu iria
lembrar.
Mas, na verdade apenas chegamos à cozinha e, em seguida, ele
parou. Eu bati nas costas dele e ele grunhiu antes de me pegar entre
seus braços carregando pelo o resto do caminho.
Ele não estava sorrindo, mas eu não tinha certeza se era porque
não haveria sexo lento e preguiçoso hoje à noite, ou se era porque eu
não conseguia andar em linha reta, ou se era apenas Ream.
Ele chutou a minha porta com a sola do pé, em seguida, caminhou
até a cama jogando-me sobre ela. Eu saltei duas vezes, em seguida,
estabeleci levantando sobre os cotovelos enquanto observava Ream ficar
nu. Era metódico e conciso e nunca tirou os olhos de mim.
Ele dobrou suas roupas colocando-as em cima da cômoda, e então
a minha expectativa foi elevada tão alto que eu estava com medo de que
apenas com um toque dele eu viria, mas eu o desejava dentro de mim.
Eu queria me apertar em torno de seu pau e ter o seu dedo na minha
bunda.
— Ream? - Eu estava respirando tão duro só de pensar nisso no
momento em que ele ficou nu, seu corpo montou sobre o meu, eu
estava hiperconsciente de tudo. Nada era nebuloso ou insensível. Ter
um homem como Ream em cima de você trazia o lado ébrio para um
nível totalmente novo.
Ele esperava por minha confirmação, com os dedos enganchados
na minha calça de yoga negra.
— Eu vou me lembrar.
Ele ainda não sorriu. Em vez disso, ele deu um aceno sutil.
— Bom. Mas eu vou dizer isso outra vez amanhã de qualquer
maneira.
— Ok. Agora, pare de brincar e tire a minha calça.
Isso faz com que ele desse um leve sorriso, e então puxou a minha
calça e a minha calcinha juntas. E não havia ruga nas minhas roupas.
Não, Ream as jogou no chão e então me beijou.
Emily estava certa, sexo bêbado era quente.
Acordei com o toque aveludado de sua língua circulando meu
mamilo e arquei as costas gemendo. Os dentes de Ream rasparam o
meu ponto sensível. Então ele rodou a língua em torno dele novamente
antes de levar na boca amamentando longo e duramente.
— Oh Deus. - Eu estava totalmente acordada agora, e Ream
pairava sobre mim. E tudo que eu podia ver era o topo de sua cabeça.
Eu enrolei os meus dedos no seu cabelo quando ele moveu para o outro
mamilo chupando e me surpreendendo com mordidas. Gritei de dor e
depois gemi quando ele suavemente me agradou com a língua aquecida
novamente. — Lento, preguiçoso, sexy?
— Sim, Baby, - ele murmurou sobre o meu mamilo, que ainda
estava em sua boca, e a vibração da voz dele me deixou trêmula por
toda a superfície da minha pele.
Ele fez uma trilha de beijos entre os meus seios, em seguida, para
o meu piercing onde a língua brincava com a prata.
— Isso é quente. Eu amo isso. - Ele permaneceu ali por um longo
tempo, então se moveu para a minha tatuagem. — E esta é quente. -
Ele beijou a tinta e desceu mais distante. — E isso... - Ele olhou para
mim e eu prendi a respiração, porque ele estava parado tão perto e
ainda não me tocando onde eu precisava dele. Ele me observava quando
o seu dedo deslizou a partir da base das minhas costelas para o meu
umbigo, hesitando, então deslizou para a minha umidade.
Acentuadamente respirei. — Isso... - A ponta de seu polegar pressionou
meu clitóris e eu me contorcia. — Fique quieta. - Sua voz estava rouca e
exigente, e imediatamente parei de me mover, o meu desejo se
intensificou. — Boa menina.
Jesus. Estava ardendo e pronta para vir apenas com as suas
palavras. A pressão em meu clitóris era estável, e eu desejava que ele
movesse o dedo para frente e para trás. Eu estava doidinha que ele
fizesse isso, mas ele não fez. Ele manteve a pressão lá enquanto dois
dedos entravam em um círculo na minha abertura. — Isso... é lindo.
Agora você pertence a mim. Não nunca mais irá se sentir como a outra.
O polegar dele faz um leve movimento e uma sacudida de prazer
bateu sobre mim. Eu precisava de mais. Eu tinha que ter mais. Era
muito lento. Eu não gostava disso. Estava impaciente e queria o seu
pau dentro de mim agora.
— Ream.
Ele empurrou os dois dedos dentro mim e enrijeci arqueando em
direção a ele, ofegante. Ele estava completamente parado e quando abri
os olhos novamente, eu vi seu rosto magnético. Ele olhou para mim
abertamente. Não estava escondido atrás daqueles olhos escuros, sem
carranca, sem sorriso, apenas a pura e crua honestidade em sua
expressão.
Passei meus dedos pela a sua mandíbula relaxada, apesar do
anseio furioso que pulsava através de mim, eu queria que este momento
durasse para sempre.
— Eu pertenço a você. Eu pertenço a você. E eu te amo. - As
palavras facilmente escorregam da minha boca, e eu vi o brilho de
descrença no seu rosto; então logo em seguida ficou confiante e seguro
de si novamente.
— Não importa o que aconteça. - Ele era exigente, como se ele
precisasse da confirmação de que não importa o quê eu sempre iria
amá-lo. Eu não acredito que o amor poderia ser parado. Você pode fugir
e se esconder ou tentar encobri-lo com outras emoções, mas o amor não
te dava uma escolha.
Ele puxa os dedos para fora empurrando novamente para dentro.
— Não importa o que aconteça, Kat.
Eu sorri. Então fiz o que ele sempre fazia comigo e segurei o seu
queixo como uma a concha em minha mão.
— Sim, Ream. Isso é o que o amor é. Incondicional.
O seu olhar foi de alívio, e de repente parecia tão vulnerável. Eu
nunca tinha o visto assim antes. Ele sempre foi forte e confiante,
sabendo o que ele queria para conquistar. Mas estava ali, escondido
atrás de seus olhos escuros, um Ream exposto que confiou em mim
para dar as palavras que acabei de falar.
Eu tracei os seus lábios com a ponta do meu dedo.
— Ream. Amor não vem com amarras. É assim. - Seus dedos
ainda estavam dentro de mim, ligados a mim. — Nós vamos discordar.
Vamos lutar e discutir e então nós vamos fazer um excepcional sexo de
reconciliação. - Consegui um aumento significante de suas
sobrancelhas. Mas ele estava tão sério... E eu não entendo o por que.
Era como se ele tivesse medo de que fosse de repente desaparecer. —
Somos nós. E eu nos amo juntos. Você me empurra e faz com que eu
enfrente meus medos que tento esconder. Confio em você para me dar
isso, porque é o que eu preciso. Querido, eu te amo pelo o que você é. E
eu amo quem eu sou com você.
Ele me encarou por alguns segundos e depois se abaixou beijando
o meu abdômen.
— Eu não te mereço. - Suas palavras soaram tranquilas quando
ele continuava a distribuir pequenos beijos na minha pele. — Mas eu
sou demasiadamente egoísta para deixá-la solta.
— Então não faça. - Eu sussurrei.
Não havia mais nenhuma palavra a ser dita quando o polegar dele
começou a se mover para frente e para trás, pois não conseguia falar
nada mesmo que quisesse. Ele beijou e amamentou com a sua língua
de cetim provando cada centímetro de mim enquanto eu estava no
limite, Ream não permitiu que eu quebrasse. Levando-me a altura e
então lentamente me trazendo para baixo novamente.
Quando ele colocava a camisinha, eu estava ofegante e tão ligada
que tinha medo de vir no segundo que me penetrasse.
Mas ele levou o seu tempo, sua boca estava contra a minha,
preguiçosamente doce, enquanto eu pegava a minha respiração e
desceu novamente. Ele chupava a minha língua ao mesmo tempo em
que entrava em meu corpo e eu ofeguei em baixo dele, enrijecendo com
a sensação da súbita plenitude. Seu quadril empurrava para frente e ele
afundou ainda mais profundo enquanto gemia contra minha boca.
Sua mão estava segurando os meus pulsos juntos acima de nossas
cabeças, enquanto a outra brincava beliscando o meu mamilo, em
seguida, lento e suavemente estava cima apenas para beliscar
novamente enviando um prazer dolorosamente agudo ao meu mamilo
direto enquanto se movia dentro de mim, devagar e profundamente.
Ele me beijou, fez amor comigo, me manteve necessitando de mais,
até que nós dois não conseguíamos durar mais tempo. Então ele
segurou a minha coxa em sua cintura como ele bombeava em mim.
Suas costas estavam arqueadas e seus dedos cravaram em minha
perna enquanto as minhas mãos, agora livres, foram capazes de tocar
as montanhas e vales rígidos de seu corpo.
— Não toque, - ele rosnou.
— Mas...
— Por favor.
Eu vi o tormento nos olhos dele e eu queria tirá-lo dali, então eu
coloquei meus braços acima da minha cabeça novamente e fechei os
olhos. Ele empurrou em mim, cada vez mais duro. Eu gemia segurando
o travesseiro apertadamente em minhas mãos, sentindo o redemoinho
de prazer e em seguida mergulhar sobre uma piscina em dia de calor.
Ream gemeu enrijecendo o seu corpo empurrando mais duas vezes
em mim.
Seus olhos se abriram e nossos olhares se encontraram. Assim
como se fôssemos. Nós... Já não havia uma separação; Nós
pertencemos a tudo o que aconteceu, não havia nenhuma chave. Nosso
bloqueio foi quebrado, assim como nós éramos. A questão era eu ainda
não sabia o porquê ele estava quebrado.
Levou a metade do dia para saímos da cama. Quando finalmente
fizemos foi para ir para o chuveiro e nós estávamos juntos fazendo amor
contra a parede de azulejos molhado. Ream me levou de volta para a
cama, onde ele me provou tudo de novo. Notei que ele tinha aquele
olhar vidrado, muitas vezes, e uma vez quando toquei em sua bunda,
ele empurrou a minha mão tão violentamente que fiquei chocada.
Eu perguntei sobre isso, mas ele evitou a pergunta novamente e
rapidamente fez pensar sobre outras coisas. Isso me incomodou, pois
parecia que ele não confiava em mim o suficiente para falar sobre isso.
Foi Logan que nos expulsou do nosso quarto.
— Ream. Não vou chamá-lo outra vez. - Tinha sido a quarta vez
que ele tinha batido na porta mandando ele se levantar. Agora, ele
bateu na porta com o seu vozeirão tinha feito que eu jogasse as
cobertas sobre a minha cabeça tentando sufocar a minha risada. Um
Logan puto escutando eu rindo dele não era uma boa ideia, mesmo que
eu tivesse Ream aqui para me proteger. E eu não tinha dúvida que
teria. Ele nunca deixaria ninguém me machucar e acho que foi por isso
que o vi naquele momento de vulnerabilidade nele. Porque ele sabia que
nunca seria capaz de me proteger da minha doença. Era algo fora de
seu controle, e não importa de que ângulo ele tentava olhar... Não havia
cura.
— Traga a sua bunda aqui e agora, Ream. Partimos para o estúdio
em cinco minutos. - A voz do Logan era dura e implacável, mas depois o
ouvi o som da risada de Emily. Ok, ele não estava louco.
Crisis gritou ao fundo.
— Você não está satisfeito até agora, amigo? Jesus, o ouvi durante
toda a noite. Embora não tenha escutado ela. Acho que você não é tão
bom assim depois de tudo.
Isso obteve uma reação de Ream que pulou para fora da cama
saindo pela porta, despreocupado com a sua nudez, quando ele
caminhava até Crisis. Eu ouvi um foda e uma porta batendo e depois
Logan rindo.
Ream voltou para o quarto e fechou a porta na cara do Logan. A
linguagem corporal dele estava toda sua tensão e raiva, mas os cantos
de seus lábios estavam curvados e seus olhos dançados com
jovialidade.
Ele foi direto para a cama, me agarrando pela cintura puxando
para a borda para que as minhas pernas ficassem em ambos os lados
dele. Ele segurou a minha nuca, inclinando a cabeça, e então ele me
beijou que não havia nada de preguiçoso ou doce. Foi um daqueles
beijos épicos que você não quer que acabe.
— Tenho que ir, Baby. - Ele me soltou e caí de volta na cama, com
o lençol como turbilhão em minha volta, preso entre minhas coxas.
Puxei o material para longe então houve tensão no meu sexo.
Então comecei a gemer alto.
Não sabia o que Ream estava fazendo porque os meus olhos
estavam fechados, mas estava enrolada na cama, o lençol entre as
minhas pernas quando eu gemia mais alto e mais alto. — Oh Deus,
Ream. - Gritei tão alto quanto eu podia enquanto ainda soando sem
fôlego. — Sim. Oh Deus. Sim. É isso ai.
Eu dei um longo grito tremulo e então parei, sustentando-me em
meus cotovelos e sorrindo.
Ele balançou a cabeça, sorridente, com as calças na mão. Eu
pisquei e olhei para ele e seu jeans quando jogava sua calça de lado e
mergulhava para a cama.
Em poucos minutos eu estava gritando... De verdade.

Durante o dia, Ream gravou com a banda enquanto ajudei Hank


com os cavalos e também pintei. À noite Ream viria comigo até o celeiro
para nós adestramos Clifford. Bem, eu iria adestrar e Ream iria
assistir... À distância. Eu tinha que dar crédito a ele embora. Ele tentou
alimentá-lo com cenouras, e depois de uma semana ele chegou perto o
bastante para acariciar o pescoço do Clifford.
Foi um momento mais doce ontem à noite porque era tão
inesperadamente bonito. Ream nem sabia que eu estava vendo ele, uma
vez que eu tinha ido até a sala de arreios para guardar as escovas.
Percebi que tinha esquecido uma escova sobre os fardos de feno, e
quando voltei para pegar e vi Ream, eu parei e olhei.
Ele estava falando baixinho com Clifford, com a sua mão apoiada
no pescoço grosso e Clifford estava arqueando para trás com a cabeça
inclinada como se ele estivesse ouvindo.
Era tão incomum essa atitude em Clifford, e não beliscar, jogar e
empurrar. Ele apenas ondulou ao redor de Ream em seu pescoço, com
a cabeça baixa, preguiçosamente os lábios e as orelhas balançando
para fora e para o lado ouvindo. Eu sabia que era um momento que eu
queria capturar para a minha pintura. Iria pendurá-la em frente à
minha cama, então poderia ver ao acordar todas as manhãs. Meus dois
homens.
Ream me levou para jantar quase todas as noites e admitiu que era
egoísta porque me queria só para si. Foi à minha consulta na
nutricionista que Matt tinha marcado. Ream fez mais do que falar,
convencido de que a dieta que eu estava fazendo poderia ser o maior
prejuízo do que bem do jeito em que estava comendo. Ele perguntou
sobre a necessidade de mais proteínas e as diferentes formas de obter
mais peso sem comprometer a dieta específica de pouca gordura.
Silenciosamente me sentei ouvindo e desfrutando porque realmente era
divertido.
Estava grata pela mulher não ter se intimidado com atitude de
Ream, e ela sorriu para mim gentilmente antes de colocá-lo no seu
devido lugar dizendo que ele não seria convidado para a próxima
consulta se recusasse a moderar a sua atitude e a ficar quieto.
Eu ri o que fez o Ream abrir uma carranca e tinha uma
nutricionista olhando para nós como se fôssemos loucos. Então Ream
ouviu enquanto a nutricionista fez um plano onde eu esperava parar de
perder peso, mas ainda conseguisse manter o teor de gordura mínimo.
Finalmente, chegou à noite da minha exposição na galeria e eu
estava excitada, nervosa e um pouco apreensiva por ver Lance
novamente com Ream ao meu lado. Ok, muito apreensiva. Eu tinha
falado com Lance algumas vezes, embora sempre quando Ream estava
no estúdio de gravação e ele estava legal com tudo e não havia nada de
estranho entre nós. Embora quando perguntei a ele por que tinha ligado
a Ream, quando estávamos na casa de campo, tudo o que ele disse foi
que estava espiando se eu tinha discutido sobre a venda. A coisa era
que a venda nunca aconteceu. Lance disse que o cara tinha mudado de
ideia.
Eu acabei colocando o meu gloss, em seguida, levantei em linha
reta. Com o reflexo que olhava para mim era o mesmo, exceto pelas as
duas cicatrizes que estavam desvanecendo, mas ainda era visível
mesmo cobertas com maquiagem. Mas não foi isso que me fez parecer
diferente, mas sim a leveza em meus olhos. Eu sentia isso. Era como se
contar a Emily tivesse tirado um peso enorme de mim, ainda mais
assim quando nada mudou entre nós. E Ream... Ream era doce, mas
na maioria das vezes ele era mandão e possessivo. Eu pensei que iria
ficar irritada com todos os seus textos, mas quando ouvia o bip do meu
telefone, eu sorria e não podia esperar para ler o que ele escreveu.
— Jesus.
Eu girei em torno dos meus saltos vermelhos seis polegadas e
vestido preto com o decote baixo. Ream parou na porta do nosso
banheiro e olhou. Fez com que me sentisse bonita; Merda fez-me sentir
desse jeito.
— Querida, você parece fodidamente quente. - Ele caminhou até
mim, com as suas mãos na minha cintura, arrastando nós dois diante
do espelho. Inclinou a cabeça e beijou o lugar nu entre meu pescoço e
meu ombro. — Deus, eu amo você.
O frio da barriga sentia a minha pele com o seu sussurro rouco.
Suas mãos correram para os lados das minhas costelas e volta para
baixo novamente par segurar a minha cintura. Ele mordiscou a minha
orelha, pegando o brinco de pérola em sua boca.
— Mal posso esperar para tirar isso daqui esta noite. Mantenha os
saltos, que coisa gostosa. Quero foder você quando estiver usando isso.
Apertei as minhas pernas juntas, porque não estava usando
calcinha e assim não teria que mudá-las ao escutar o que ele desejava
fazer comigo. Estar sem calcinha era uma surpresa para mais tarde.
Sua mão chegou caminhou para baixo e eu pode senti-las na
borda do meu vestido, subindo-o. Peguei a mão dele antes que
descobrisse que estava sem calcinha e me levantei até o balcão me
esquecendo de que eu tinha uma festa para ir antes dos convidados
chegarem.
— Temos que ir. Preciso ter certeza de que está tudo pronto. - Eu
girei em seus braços e ele gemeu frustrado antes me beijar. Sua boca
fundiu por cima da minha, a sua língua empurrou os meus dentes para
degustar o sabor da pasta de dente de maçã. Eu cedi contra ele por um
instante, derretendo-me em seus braços, sentindo que poderia ficar
aqui para sempre se fosse beijada por ele assim. Quando a mão dele
desceu entre minhas pernas novamente, bati em seu peito, me
afastando.
Ele riu e eu amei o som disso. Fiquei tonta que eu poderia fazer
isso com ele às vezes, pois Ream era muito sério na maioria das vezes.
Amei que podíamos brincar e rir, e eu suspeitava que fosse a única que
realmente testemunhava isso tão frequentemente.
— Nada me agradaria mais do que ir para baixo de você e gritar o
seu nome após me deixa louca... - Ele riu novamente porque ambos
sabíamos que não seria agora. Seria com ele dentro de mim e me
empurrando no balcão de contra ao espelho. — Mas vou ter que
encontrar os fornecedores em meia hora.
— Lance vai estar lá? - Seu corpo ficou duro e a risada tinha
desaparecido. — Não gosto da ideia de você estar sozinha com aquele
idiota.
— Não, ele vem mais tarde. Mas ele sabe que eu estou com você.
Ele foi legal no hospital. E eu falei com ele outro...
Seus olhos se estreitaram.
— Você viu, ele no hospital? - Lábios de Ream estavam apertados.
Eu suspirei, correndo os dedos pelo o seu cabelo.
— Querido, ele só queria ver se eu estava bem. Não era grande
coisa. - O rosto de Ream relaxa quando eu continuava a acariciar seu
cabelo até a parte de trás do seu pescoço. — Você não tem nada que se
preocupar. Estou com você.
— Quem o ajudou a entrar no seu quarto?
Gah... Era a onde nós colidimos. Ream era um protetor e eu sabia
isso. Ele perdeu a sua irmã gêmea — a única família que ele tinha — a
merda era muito ruim. Ele queria manter qualquer merda ruim bem
longe de mim, e ele viu o Lance ser um merda. Perguntava a mim
mesma se aquele telefonema tratava de bem mais do que Ream admitia.
— Não importa. Ele só queria ter a certeza de que eu estava bem.
Foi por uns cinco minutos. Eu preciso ir. Vou ver você lá. - Eu tentei
escapar de seus braços, mas ele segurou mais apertado.
— Eu não gosto dele, Kat. - Merda agora era Kat, e não Kitkat ou
baby ou bonita. — Eu vou com você. Dê-me mais dez minutos.
Liguei nossas mãos antes que ele tivesse a oportunidade de ir se
arrumar.
— Ream, você tem que confiar em mim. - Apertei a mão dele. —
Você precisa ir encontrar o seu gestor. Logan vai ter um ataque se
afiançar você novamente4. - Enrolando a mão em seu pescoço puxei a
sua cabeça para baixo para que eu pudesse alcançar os seus lábios.
Minha boca se move pela sua tentando obter uma resposta e depois de
alguns segundos com a minha língua na sua boca e as minhas mãos
em sua bunda, ele concorda e me beija de volta.
— Eu vou mover a minha arte para a sua galeria depois da
exposição.
Eu sentia a sua rigidez instantaneamente se aliviar em seus
músculos quando ele sussurrou no meu ouvido:
— Obrigado, Baby.
— Tenho que ir. Te amo.
Ele relutantemente me solta.
— Você vai ficar bem com esses saltos?
E ele ainda estava preocupado com as minhas pernas. Era doce,
adorável e tenho certeza que apesar do seu eu controlador e ainda por
cima possessivo, Ream faz isso porque ele se importava.
Corri um dedo para baixo de sua bochecha depois para a sua boca
onde ele a agarra com os dentes sugando para dentro do calor da sua
boca de veludo. O calor roda entre as minhas pernas, e eu rapidamente
afasto quando o desejo inundou entre as minhas coxas.
Ele me puxou de volta.
— O que está errado?
— Ficar excitada antes de partir não é uma boa ideia.
— Por que não? Eu gosto de deixar você ligada e eu quero que você
pense em mim.
Eu sorri e então me inclinei para perto sussurrando em seu
ouvido.
— Porque, a calcinha marcava muito as linhas desse vestido,
então...
— Foda. - Ream praguejou então a sua mão disparou para baixo
do meu vestido enquanto eu me contorcia tentando fugir.
— Tire as mãos da minha mercadoria, sexy. - Eu lancei para
debaixo de seus braços, rindo, e ficou calmo sobre mim, seus dedos

4
Escapar de um problema ou livrar a pessoa de uma situação conflituosa.
apenas roça o meu ombro. — Vejo você lá. - Gesticulou para porta
batendo em seu rosto atordoado.
Antes que conseguisse escapar da casa, Ream me pega.
— Fez isso para mim ou para o vestido?
Merda, não podia mentir.
— Você. - Porque adorava a ideia que Ream sabia que eu estava
nua em baixo do vestido.
Ream me beijou e eu fiquei aquecida, mas de modo suavemente
quente que fez com que me transformasse em uma poça de gosma a
seus pés. Acho que ele também percebeu isso, por que ele piscou os
olhos e então deu em mim um tapa na bunda então disse para dirigir
com cuidado.
Cheguei à Galeria com duas horas antes da abertura da exposição.
Tenho a certeza de que tudo estava pronto, o fornecedor, o vinho. A
empregada foi até Molly da Avalanche, que Lance tinha sugerido para
servir, e eu pensei que era uma ótima ideia. Molly precisava de dinheiro
e Lance disse que ia pagar bem a ela.
Eu manipulava os meus quadros, certificando de que eles foram
pendurados perfeitamente, e então quando acabei me servi com uma
taça de vinho. Molly chegou cedo demais e nós conversamos por um
tempo. Ou melhor, eu conversei; Molly escutou com a cabeça baixa,
sempre olhando para os seus pés. Eu precisava tirá-la de sua concha
ou apresentá-la a Georgie essa noite.
Alguns dos mais proeminentes homens e mulheres da cidade
estavam na Galeria, graças a Lance, Emily e Brett. Emily compartilhou
os convites na Comunidade Equestre e Brett devido as suas conexões
com os imóveis. Realmente não sabia quais eram as conexões de Lance,
mas estava emocionada com participação de todos. Um jovem e a sua
esposa, que tinha uma fazenda de criação de Gypsy Vanner5,
compraram um conjunto de pinturas de Havoc, que me colocava em
uma situação boa pelo resto do ano e ajudava no pagamento da minha
própria casa.
Sendo que a maior parte do meu trabalho era sobre os cavalos,
uma boa dose da comunidade dos jóqueis6 estavam lá, incluindo
Richard, Emily atualmente estava falando com o seu desenvolvedor. Ela
foi esperta em conversar com ele agora, antes da chegada do Logan.

5 Cavalos ciganos
6 profissionais que montam cavalos de corridas.
Georgie estava atualmente no braço de um homem misterioso, que
usava um terno e que não parecia ser alguém que saia com mulheres
que vestia rosa, que tinha uma boca espertinha e bebia demais. Ela
tinha sussurrado a mim mais cedo que ele a beijou com uma calda doce
e tinha a mordida de uma maçã doce. E eu estou supondo que isso
significava que ele beijava muito bem.
Logan e Ream planejavam chegar após a reunião com o seu
gerente. Crisis e Kite apareceram por alguns minutos para mostrar o
seu apoio, mas misturar-se com este tipo de público sufocante não era
uma coisa deles. Dentro de meia hora eles inventaram uma desculpa e
foram para o Avalanche.
Engoli o que restava do meu champanhe e estava tecendo o meu
caminho até Emily quando senti um toque no meu quadril. Eu sorri,
assumindo que era Ream, já que ele sempre tocava os meus quadris.
Mas, quando virei me encontrei olhando para o Lance.
Ele pegou a minha mão e levou até a boca beijando-a.
— Linda. Parabéns. Um grande público.
Eu puxei a minha mão. Eu sei que ele estava sendo educado, mas
me deixava desconfortável quando ele a segurava mais tempo do que
necessário. Também não gostava dele me chamando de linda, o que era
geralmente o que Ream falava e de repente eu me perguntava o que eu
tinha visto nesse cara.
— Lance. Obrigada por isto. Foi uma grande participação do
público e isso é incrível.
— Isso é tudo pelo o que você é. Tudo o que fiz foi enviar convites.
Seu trabalho foi o que os trouxeram aqui. - Ele olhou brevemente ao
redor. — Onde está o seu guarda-costas?
Meu sorriso ficou apertado com a referência a Ream.
— Ele deve estar chegando. Ele está em uma reunião com o seu
agente.
— Ah, sim, a estrela do rock. - Eu vacilei e estava prestes e pedi
licença quando ele passou um dedo pela cicatriz na minha bochecha. —
Meus homens não conseguiram nada ainda. Parece que foi um assalto
aleatório que deu errado.
Eu levantei as minhas sobrancelhas.
— Na verdade, a polícia não acha que foi algo aleatório e quem fez
sabia exatamente como evitar as câmeras de segurança do condomínio.
- Eu atraio um olhar da Emily, e ela entende a dica e começou a passar
pela multidão indo a minha direção. — Ouça Lance, é melhor ir me
misturar...
Lance pegou a minha mão antes que eu pudesse escapar guiando-
me até a parte de trás da galeria. Não queria fazer uma cena, então
forcei um sorriso e segui com o meu traseiro duro e meus dentes
rangendo. Ele me levou até a um quarto onde tinha minha maior
pintura de Havoc pendurado.
— Lance eu tenho que ir...
Ele parou em frente da tela de 1,80m de Havoc empinando para o
alto, com a poeira rodando em torno da sua pele e desvanecendo em
seus cascos. — Sua melhor peça. Eu percebo que foi esse o cavalo que
levou um tiro.
— Sim. Havoc. Mas acho que...
Ele me cortou de novo e eu senti cada vez mais desconfortável e
coloquei a minha mão em seu peito para empurrá-lo para longe quando
ele disse:
— Um sobrevivente. Como você.
Meus olhos atirando para o dele, não gostando nada dessa
referência sobre mim.
Ele riu, e o som resoou profundamente enviando arrepios através
de mim, e eram calafrios nervosos.
— Sim. Eu sei tudo sobre você, Kat.
Eu certamente não gosto do som disso.
— Eu vou mover as minhas peças para outro lugar amanhã de
manhã.
Ele não parecia muito surpreso ou preocupado. Em vez disso, ele
caminhou em minha direção e eu aumentei a distância até que choquei
com a parede.
Eu empurrei seu peitoral rígido, sem me importar se alguns dos
clientes iriam ver o que estava fazendo, e em seguida, deslizei para fora
de onde ele tentou me prender. Sua mão serpenteou fora e agarrou meu
braço.
— Você sabe tudo sobre o seu namorado? Porque eu acho que não.
Eu acho que ele não lhe disse uma única coisa sobre o que ele foi. - Eu
fico de boca aberta para ele então puxo meus braços com mais força,
mas ele continuava falando. — Tenho dificuldade em acreditar como
uma mulher tão bonita como você ficaria com alguém tão... Sujo quanto
ele.
Engoli em seco, chocada com o seu insulto, e depois a raiva entrou
em erupção. Não me importava se eu nunca fosse vender outra obra de
arte e que ele fosse me colocar na lista negra. Esse desgraçado não
tinha o direito de falar o que ele falou. Eu levantei a minha mão e bati
forte em seu rosto. A picada na palma da minha mão me fez senti muito
bem, e queria fazê-lo novamente quando o meu ataque não conseguiu
tirar o sorriso malicioso da face dele.
— Bastardo. - Eu levantei o meu braço, mas ele agarrou meu
pulso.
Não precisava olhar para saber que ele estava lá. Isso é tão distinto
era como se todas as moléculas do meu corpo despertassem com a sua
presença. E fiquei feliz. Queria que Ream descesse a porrada nele.
A voz de Ream estava baixa com uma raiva contida.
— Obtenha a porra da sua mão fora dela. - Lance solta colocando
as mãos no ar, sorrindo. Ream me puxou para trás dele onde Emily
estava olhando nervosa. Logan veio para o lado dele. Ambos devem ter
me visto bater em Lance, e suspeitava pelos rostos deles que tinha
ouvido exatamente o que Lance disse.
— Porra, eu nunca gostei de você. E certamente não gostei de
entrar aqui para vê-lo segurando a minha garota quando fala merda
sobre mim. - A voz dele era assustadoramente controlada. — E
especialmente não gostei de ver que ela teve que dar um tapa para obter
sua mão fora dela. - Ele ficou de igual para igual com Lance7. — Você
nunca a mereceu nem por uma porra de segundo. Sua arte deixa a sua
galeria hoje à noite.
Lance não parecia nada afetado pelo o meu namorado assustador e
sorriu. Mas não era o seu sorriso habitualmente afável e encantador.
Ele estava infectado.
— Merecer? Interessante você usar essa palavra.
Logan entrou entre os dois e agarrou o ombro de Ream.
— Aqui não. Deixe isso para lá. Esta é a exposição da sua garota.
Não estrague isso para ela.
Eu me intrometo:
— Oh, eu não dou a mínima sobre a minha exposição. Eu só quero
acabar com a cara desse bastardo...
— Kat, esse não é o lugar, - Emily sussurra no meu ouvido.

7
A autora usa a expressão 'toe-to-toe', que geralmente descrever uma situação de
extrema tensão a ponto de romper em discussão mais acalorada.
Sim, ela estava certa. Isso não era apenas sobre mim; seus clientes
estavam aqui, bem como os de Brett.
Ream gira de repente, agarrando a minha mão, entrelaçando os
dedos começando a me puxar entre os clientes. Ele para.
— Banheiro?
Apontando para a direita e eu não disse nada quando dirigíamos
pelo o corredor.
Olhei por cima do ombro e um arrepio frio passou por mim quando
peguei Lance nos observando. E não era um olhar amigável. E então eu
vi Molly olhando para nós com uma bandeja de champanhe nas mãos
dela. O rosto dela não estava escondido pelo cabelo, e eu vi seus olhos
se estreitarem e os lábios bem apertados. Ela obviamente tinha ouvido
ou visto o intercambio entre mim e Lance. Talvez aquela garota tivesse
alguma força de caráter afinal.
Tropecei no meu salto alto e Ream estabilizou-me colocando uma
mão na minha cintura, mas ele não parou até que a porta do banheiro
estivesse trancada.
Ele me apoiou na parede, agarrando o meu queixo em um aperto
que deixaria marcas de contusões, então antes que eu pudesse tomar
outro fôlego, ele me beija. Não, não foi um beijo; era uma possessão que
ficou fora de controle. E Deus era quente. Ele gemeu quando agarrava o
meu cabelo e inclinando a cabeça para trás para aprofundar o beijo.
Com o seu corpo empurrando o meu contra a parede e ofeguei com
a sua aspereza, mas englobando a mim em um choque de prazer.
Levantei a minha perna para começar a me esfregar contra a sua coxa,
e ele pegou a minha bunda levantando-me para que eu pudesse
envolver ambas as pernas em torno dele. Podia sentir a minha saia
esticar criando uma ponte entre nós e tudo o que eu queria era
arrancá-la e ter Ream afundando dentro de mim.
— Baby, - rosnou contra minha boca, causando uma doce
vibração.
— Você quase explodiu.
— Não.
— Mas eu desejei isso.
Ele parou de me beijar e pegou o meu queixo, fechando os olhos.
— Você fez?
— Sim. Eu queria ver aquela bunda idiota no chão.
— Foda-se, Kat. Case comigo. - Eu fiquei boquiaberta. — Não
precisa ser agora, mas promete a mim que um dia você vai se casar
comigo.
Foi a minha vez de congelar e era como se a cauda de uma baleia
tivesse batido sobre o meu peito e se eu não estivesse de contra a
parede teria cambaleado de volta. Ele queria se casar comigo?
— Não fique tão chocada. - Eu chorei quando ele mordeu
duramente o meu pescoço, em seguida, com ternura lambeu e chupou.
Isso deixaria uma marca e o meu palpite é que isso era o que ele
pretendia. — Para onde você acha que isso estava caminhando? Quero
que seja a minha esposa mais do que tudo. Eu estava à espera para lhe
perguntar quando eu tivesse a certeza de que você iria dizer sim.
Eu levantei as minhas sobrancelhas.
— Agora você está certo de que eu vou responder com um sim?
— Claro que sim. Você me defendeu, em seguida deu um tapa na
cara desse ser desprezível. Foi a visão mais incrível que já tive. Mesmo
que eu esteja chateado para caralho que você teve que fazer isso, eu
fiquei tão excitado e orgulhoso de você, tudo isso ao mesmo tempo. - Ele
me beijou novamente e desta vez foi tão carinhoso que fez os meus
joelhos ficarem fracos. — Mal posso esperar em fazer de você minha
esposa, e sim, eu estou confiante que você vai dizer que sim. - Ele fez
uma pausa e se certificou que eu estava olhando para ele antes que
continuasse. — Eu sou um fodido, Baby. Meu passado é uma merda... e
mesmo que você não saiba de tudo isso, você me entende. Eu estava
morto por todos esses anos e você rachou a minha concha. Não posso
nunca mais voltar para aquela escuridão.
— É aonde você vai às vezes?
Ele vacilou e eu esperei.
— Sim.
— Você vai me contar algum dia?
— Sim, Baby.
— Está bem. - Era o suficiente no momento. Pelo menos ele
admitiu que tivesse alguma coisa escondida.
Então foi a minha vez de beijá-lo e gemer ao sentir as emoções que
me preenchia. Era profundamente real e crua.
— Éramos nós.
Deixei minhas pernas deslizarem para baixo até que os meus pés
tocaram o chão. Então, ele puxou o meu vestido até a cintura quando
eu desfazia de suas calças tirando um preservativo do bolso e colocando
nele. Então, ele me levantou de novo, com as mãos apertando a minha
bunda, quando mergulhava com um impulso.
Eu gemia em um prazer dolorosamente com a súbita intrusão. Em
seguida, ele movia para dentro de mim e eu o beijava, esquecendo tudo
o que aconteceu com o Lance, com a galeria e todos os convidados do
lado de fora.
Ele estava rápido e quente quando Ream torna o meu
conhecimento de que eu era dele, mas ele não precisa mais me provar
nada. Eu era dele. Ele era um pouco deformado8, mas eu também era,
e ele era meu.
Nenhum de nós falou quando ele endireitou o meu vestido, e eu
fechei a suas as calças. Então eu sorri, encontrando os seus olhos que
ainda queimando com o desejo.
— Sim.
Ele riu abertamente.
— Foda-se, sim.

8A autora provavelmente faz uma alusão às pequenas deformidades na personalidade


de Ream devido aos seus traumas.
Ele acariciou a minha cabeça, carinhos lentos que me fez querer
vomitar. Mas eu já tinha feito isso. Não tinha mais nada no estômago.

— Você sabe o que fazer. - Ele tocou a si mesmo empurrando.

Eu sabia. Passaram-se oito meses e tinha aprendido o que era


esperado para mim.

Era uma lenta descida em que supostamente eu teria que me estabelecer.

Então eu fiz o que ele queria, enquanto ele segurava a minha cabeça
certificando-se de que eu não iria me afastar.

Três dias após o incidente na galeria Ream me convidou para o


estúdio de gravação. Emily estava indo também porque os garotos
tinham uma nova música que eles queriam mostrar. Logan estava
muito quente cantando — merda, ele era fascinante — mas Ream...
Ream era sério e intenso e tornou a música, como a sua guitarra que
era uma parte dele. O dia em que ele cantou para mim no barzinho foi
algo especial, e eu queria que ele cantasse com a banda qualquer dia.
Mas isto era emocionante demais e eu não podia esperar para ouvir o
que eles estavam gravando.
Emily e eu os encontramos em torno das seis antes que eles
fossem absorvidos pela noite, e nós fomos apresentadas a Dan, o cara
do som, que pacientemente explicou o que ele estava fazendo; Apesar de
tudo o que vi foram milhares de botões e interruptores.
A banda estava do outro lado do vidro, e dez minutos depois, Dan
perguntou se eles estavam prontos. Logan assentiu com a cabeça.
Sentei nos bancos altos ao lado de Emily, e estávamos mexendo os
nossos pés no ritmo da música. Ela foi tomada por sensação lenta,
exceto quando ele cantou no coro e, em seguida, as vozes de todos os
rapazes enviaram arrepios ásperos e profundos por toda a minha pele.
Meus olhos nunca deixaram Ream, e acho que não era possível cair de
amor por ele ainda mais, mas eu fiz. E eu entendo agora o que Emily
tinha dito sobre se apaixonar por Logan todas as noites novamente
durante a turnê.
Ream... Havia algo nele quando cantava, houve essa dica das
trevas instável, que era sempre persistente.
Ok, ele também estava super quente. As Tatuagens, a guitarra... E
eu entendo o porquê as mulheres estavam em cima dele. Eu teria que
lidar com isso, porque apesar de confiar nele, eu sabia que sentiria
ciúmes.
A canção era magnética e tocante, as palavras eram muito bonitas,
sobre uma mulher quebrada e rasgada e sua luta para encontrar seu
caminho de volta. Em seguida, um homem que nunca iria desistir dela
e como um pedaço dele morre cada vez que ela chora. Como se no
processo de encontrar um ao outro tivessem se curado. Não se parecia
com qualquer coisa que eu tinha ouvido antes. Quando olhei para a
Emily... Ela estava chorando.
— Nossos rapazes fizeram bem. - Estendi a mão enxugando as
lágrimas com a ponta do meu dedo.
— Ele escreveu para o nosso casamento, - disse Emily.
— Porra, mocinha. Isso é quente. - Eu olhei pelos vidros e Logan
estava no microfone, com as mãos envolvidas em torno dele enquanto
Ream conversava com ele, mas seus olhos estavam sobre Emily.
Então Ream olhou para mim e eu sorri, acenando com o meu
polegar em aprovação, "Você é meu." Ele deve ter entendido isso porque
ele meio que sorriu e então piscou.
Quando Ream saiu, ele me agarrou pela bunda e me tirou para
fora do banco. Eu tive que colocar as minhas pernas em volta de sua
cintura e os braços ao redor do seu pescoço, a fim de manter o
equilíbrio. Então ele me beijou e eu não me importava mais se Crisis
estava assobiando e gritando e Kite estava rindo. Tudo que eu queria
era beijar Ream.
Depois fomos ao Avalanche que não estava tão cheio por ainda ser
cedo para uma sexta à noite. Geralmente a multidão começou a chegar
lá pelas 11, além disso, Matt não tinha uma banda tocando ao vivo esta
noite. Nós comemos e bebemos, e adorei a forma que a mão de Ream
raramente deixava a minha perna esquerda. Eu notei que ele apertava
algumas vezes e ele enrijeceu, mas assim que eu o olhava, ele me
beijava e eu esquecia tudo sobre o que era inquietante nele.
— Logo estarei de volta, linda. - Ream levantou saindo da mesa. Eu
vi a sua cabeça indo para o bar para falar com Brett, e depois os dois
desapareceram na parte de trás do Pub. Era estranho; Brett e Ream não
eram próximos ou algo parecido.
Emily chamou a minha atenção para longe de Ream e Brett
quando ela mencionou Raven, uma garota que tinha sido aprisionada
em uma rede de contrabando sexual no México com a Emily.
— O nome verdadeiro dela é London Westbrook.
Sim, isso fazia sentido. Eu não sabia muito sobre tráfico sexual,
mas aposto que os nomes verdadeiros não existiam uma vez que você
fora aprisionada naquele inferno. — Ele disse o que ela está fazendo?
— Ela está desaparecida.
— O quê? - A última coisa que eu tinha ouvido falar, Deck tinha
levado ela para casa dos pais em Nova York. — Quando?
— Foi há algumas semanas. Parece que ela fugiu. Deck chamou
Logan, há alguns dias atrás e quer que fique de olho se ela aparecer.
Ele diz que ela pode tentar voltar aqui. - Acho que não. A menina
apontou uma arma para Emily. — Deck está trabalhando em algo
grande e tem todos os seus homens com ele, exceto um.
— E isso é sobre Georgie, - Eu disse. Porque o Deck nunca deixaria
Georgie sem a proteção de um de seus homens. Eu não sabia o que ele
pensava que pudesse acontecer com ela, mas era tão usual que já não
era incomum.
Ream sentou ao meu lado novamente e então me arrastou para o
seu colo. Bem, realmente não estava me arrastando porque eu fui por
vontade própria. Acho que ele fez isso parcialmente porque havia
algumas garotas que reconheceu a banda e começaram a rodear. E
Ream acariciou o meu pescoço e eu me inclinei para ficar colada com
ele, amando como a palma da uma mão espalhava por baixo da minha
blusa contra a minha pele.
— O que você estava conversando Brett?
Eu tremia quando os seus dedos acariciaram o meu abdômen com
o toque de uma pena.
— Nada, Baby.
Fiquei por toda a parte atrás dele e enrolando a minha mão no seu
cabelo.
— Essa resposta não é a correta, material quente. Derrame.
Foi Crisis que o salvou da minha inquisição quando ele começou a
cantar e batendo as mãos sobre a mesa na batida da música que estava
tocando. Todos riram e Kite aderiu ao pegar uma colher e uma faca
para começa a tamborilando na mesa.
Foi uma boa noite e ficou ainda melhor com Ream ao meu lado,
com ele me segurando e eu sabendo que iríamos para casa em breve...
Para ter sexo bêbado.
Engoli o que restava da minha cerveja notando que Molly estava
ocupada, então eu escorreguei dos braços de Ream, que estava
conversando com o Logan sobre o álbum e caminhei até o bar. Ok,
então eu ainda estava curiosa sobre o que aconteceu entre Ream e
Brett.
— Brett. - Eu sorri para ele que acenou com a cabeça enquanto ele
servia uma garota, dando a ele um cartão que ele pegou e colocou no
bolso jeans.
Ele se aproximou e bateu com a palma da mão para baixo na
minha frente.
— Vodka?
Uau, onde estava o seu habitual tom de brincadeira? E o seu
cintilantes olhos azul cintilantes estava estabelecido sobre mim sem
nenhuma piscadela ou sorriso.
— Você não transou ontem à noite ou qualquer coisa parecida?
Ele ignorou o meu comentário e serviu a mim um Shot.
— Apenas um?
Balançando a cabeça.
— Brett. O que aconteceu?
Ele olhou para cima e então eu soube. Não tive que me virar para
ver; já era uma mudança familiar no meu corpo como se o negativo
encontrasse o seu positivo. As mãos de Ream estabeleceram-se em
meus quadris pressionando nas minhas costas, para em seguida,
inclinar a sua cabeça deslocando a sua boca para beijar a minha
clavícula.
Arrepios, a ânsia, a umidade, sim, tudo isso apimentando o meu
corpo.
— Linda, - ele sussurrou e eu apoiei contra ele.
Brett colocou outro Shot na mesa, e então olhou para Ream.
— Ameaça-me outra vez e você não vai gostar do que vai
acontecer. - Com isso ele se afasta.
Opa. O que? Eu endureci girando em torno da minha cadeira.
— O que você fez?
Ream nem sequer fica constrangido; Ele apenas balança os ombros
falando.
— Ele tem te observado por anos. Só deixei claro que agora
acabou.
— O que? Você está falando sério? Ream, Brett e eu somos amigos.
Ele não está interessado em mim, nunca esteve.
— Você é um cara?
— O quê?
— Você é um cara, Kat?
— Bem, não, claro que não.
— Então você não sabe. Só um cara pode saber quando o outro
cara acha que sua mulher é gostosa. E sempre que eu estou aqui, Brett
está observando você.
— Sim, porque ele age como um irmão. Ele apenas está cuidando
de mim. Matt fica no escritório à noite então Brett aproxima-se e
assume o lugar.
— Um irmão não olha a sua irmã de cima para baixo, enquanto ela
dança.
— Oh. Meu. Deus. Ele então não faz isso.
Ele manteve a sua voz baixa, mas Brett estava no outro extremo do
bar então provavelmente não pudesse ouvir a nossa conversa. Eu notei
que ele olhava em nossa direção.
— Querida, ele faz. Ele estava te observando na noite em que você
dançou com aquele idiota.
— Ream, sério, isso foi há quase três anos.
— Sim, e ele ainda faz isso. Ele estava observando na noite em que
nós dançamos. E isso não é um cara que pensa em uma garota como
sua irmã.
— Bem, Molly observa você e você não vai querer que eu fosse
ameaçá-la.
Porque ela era inofensiva. Ream era quente, eu sei disso.
As suas sobrancelhas se levantaram como se o meu comentário
fosse ridículo em comparação ao seu. Talvez tenha sido porque Molly
era tímida e olhava para Ream enquanto estava escondida sob o véu de
cabelo, mas ainda assim, eu estava chateada por ele achar isso
engraçado.
Cruzei os braços inclinando o meu quadril.
— O que você disse a ele?
As mãos de Ream espalmaram na minha cintura.
— Que se ele olhar para você assim novamente, ele vai ver o meu
punho.
Funguei.
— Jesus, Ream. - Mas não me surpreendeu. Era exatamente a
resposta que eu devia esperar.
— Kat, por que ele sempre estaria olhando você? Ele nunca a
convidou para sair, mas sempre que eu estou aqui eu vejo seus olhos
em você.
— É sem sentido, assim como Molly olha para você.
As mãos do Ream apertaram a minha cintura.
— Porra, não é como isso. Homens que observam muito algumas
garotas fazem merda e não vou me arriscar.
— O que? Deus, Ream. Isto é exagero. Brett está aqui desde que o
Avalanche abriu. Ele é amigo do Matt. Deus, você o conhece. Quem é o
próximo? Você vai um dia me dizer que não podemos mais ser amigos
de Crisis e Kite? Que não podemos mais morar com eles porque você
viu Kite olhando para mim?
— Não. - O rosto do Ream endureceu e estava muito agitado. —
Isso é diferente. Brett nunca foi meu amigo e nunca saiu com a gente,
não é?
— Bem, não, mas...
— O cara tem mais dinheiro que não sabe mais no que gastar.
Pode ter qualquer garota que ele quer e ainda trabalha aqui, olhando
para a minha garota. Ele tem que parar. - Ream pega o meu queixo me
beijando, bem ali na frente de Brett. Foi um profundo, reivindicado beijo
que fez, os meus joelhos fracos e minha postura chateada penetrou na
terra desconhecida do esquecimento o meu próprio nome depois
daquele beijo.
Mas isso tinha ido longe demais. Ream iria afastar todos os nossos
amigos se ele continuasse por este caminho. Eu empurrei o peito dele.
— Não. - Ele parecia um pouco surpreso, e quando eu coloquei a
minha mão, ele passou a se mover novamente, suas sobrancelhas
baixou perigosamente sobre os olhos.
— Você precisa se desculpar com ele. Você passou dos limites
desta vez, Ream.
Suas costas endureceram com a palavra desculpar.
— Isso não vai acontecer.
Eu coloquei as minhas mãos na minha cintura.
— Deus, você é um idiota.
— Sim, mas eu sou seu.
— Não. Não se você começa a agir assim.
Seus olhos se estreitaram.
— Você está me ameaçando, Kat?
— Não é uma ameaça. É uma promessa. - Eu não ia ficar bem com
ele ameaçando os meus amigos. Eu sei que ele tem problemas, eu
aceitei isso, mas não havia uma linha e ele rompeu.
— Isto é uma merda de uma bobagem. - Gritou Ream.
— Bobagem? Ream, isso é loucura. Não vê isso?
— Talvez seja, mas não vou me desculpar por isso. Merdas ruins
acontecem quando homens observam uma garota.
— Isto tem algo a ver com o seu passado? Porque se isso for talvez
seja hora de você me dizer.
Ele olhou para mim por alguns segundos, rígido e inflexível, em
seguida, disse:
— Deixa para lá, Kat.
— Você está brincando comigo? Dê-me alguma coisa aqui, Ream.
Estou tentando dar-lhe tempo, mas agindo assim, sem motivo não vai
funcionar.
— Eu tenho as minhas razões.
— Então me diga elas.
— Não posso. - Ele tentou pegar a minha mão e eu puxei de volta.
— Isso é quem eu sou, eu a avisei sobre isso.
— Sim e eu aceitei, mas deixei você entrar. Dei tudo de mim e
ainda está escondendo algo de mim. Por quê? Eu preciso entender.
— Apenas se afaste.
Eu suspirei cruzando os braços.
— Uau, eu realmente não gosto de você agora. - Era mais para
mim do que para ele, mas ele me ouviu e vacilou.
Senti a mão de alguém no meu braço e girei. Era Emily e ela
parecia preocupada. Eu vi os caras sentados na mesa e nos observando.
— Kat, talvez devêssemos ir. Eu vou dirigir até a fazenda. Só bebi
uma cerveja. - Emily apertou a minha mão e então puxou, sussurrando.
— Vamos embora antes que os dois digam alguma coisa que iram se
arrepender.
Merda. Talvez ela tivesse razão. Eu precisava esfriar a minha
cabeça assim como Ream. Acenando com a cabeça para depois seguir
atrás dela.
— Kat. - Voz de Ream me corta. Ele estava chateado e silencioso
como gostaria de imaginar que era o silêncio após ter puxado o pino de
uma granada. Mas eu não me virei porque Ream tinha que perceber que
passou por cima da linha com essa atitude. Em seguida, sua voz
mudou e era abatida. — Se eu te disser eu posso perdê-la.
Eu parei, mas eu não virei para encará-lo.
— Você vai me perder se não me contar.
Era necessário que ambos se acalmassem antes do conflito
daquela conversa. Ream iria conseguir falar o que tinha para falar. Nós
dois estávamos tão obstinados que nos afastar às vezes era a melhor
coisa diante do curso de ação.
— Sexo bêbado é incrível, - Emily sussurra no meu ouvido. Sim, eu
esperava que fosse chegar a esse ponto esta noite. Nós dois só
precisávamos esfriar a cabeça. — E o faça implorar um pouco.
Hum, meu cara implorando. Talvez nunca acontecesse, mas claro
que podia tentar. Parecia ser sexo bem gostoso. E então talvez eu
pudesse convencê-lo a dar a mim uma parte daquilo que ele escondia.
Mas não consegui fazer com que implorasse ou obtive o sexo
incrivelmente gostoso porque Ream não voltou para casa. Permaneci
acordada a maior parte da noite, até que não pude resistir e mandei
uma mensagem de texto para ele. Meia hora depois e nada e agora era
três da manhã, liguei e foi direto para o correio de voz. Eu sabia que ele
estava chateado, e gostava que Ream estivesse pensando nas coisas,
então eu imaginei que ele tinha ido embora da casa de campo para
pensar sobre tudo. Aonde mais ele iria?
Ele provavelmente tinha ido ao condomínio de Matt. Eu estava
pensando demais. Além disso, se eu tivesse ido longe demais com ele
ontem à noite.
Mandei novamente outra mensagem de texto, e então sai da cama
indo caminhar no jardim de inverno onde pintei até que eu finalmente
vi o nascer do sol. Meu telefone não tocou, vibrou ou soou.
Fui para a cozinha para fazer café.
No momento em que cheguei ao meu terceiro café, meu coração
estava acelerado e as minhas mãos tremiam tanto que eu tinha que
mantê-las firme ao redor da minha caneca.
O medo e a inquietação começaram a afundar dentro de mim. Era
uma combinação de desconfiança em Ream não ser capaz de lidar com
o que eu precisava dele como da memória daquela manhã quando o
policial bateu em nossa porta. Os dois estavam colidindo. Um deles era
o temor de que algo havia acontecido com Ream e eu estava preocupada
com ele e o outro estava com medo do que ele tinha feito fora quando eu
estava furiosa com ele.
Eu tinha dez anos quando o policial veio avisar que eles tinham
partido. Que o meu pai estava bêbado e que os dois morreram
instantaneamente. Implorar, chorar, rezar... Eu tinha feito tudo isso.
Nada disso funcionou. Eu não teria uma segunda chance de dizer a eles
que eu os amava. Eles tinham desaparecidos apenas um dia. E eu já
chorava muito que eu não conseguia nem me lembrar de como era não
chorar. E então, quando eu finalmente parei, eu sabia que nunca faria
isso de novo porque tudo que isso fez foi me fazer sentir ainda pior e
não mudava o resultado.
E agora Ream não tinha voltado para casa. Nós tínhamos saído
para beber, assim como os meus pais tinham. Ele estava morto ou
agonizando em algum lugar? Ou será que ele me deixou? Jesus, eu
estava sendo estúpida. Nós tivemos uma briga e ele provavelmente
estava desmaiado no escritório ou no condomínio de Matt. Eu peguei
meu telefone novamente para chamá-lo quando um texto a partir do
telefone de Ream chegou.
Kat é Molly. Eu vi o seu telefone e que você ligou e mandou
mensagens várias vezes. Ream está aqui comigo. Sinto muito, Kat.
A sensação de mal-estar que tomou conta de mim estava me
esmagando, como se eu tivesse sido provocada com uma tábua de
salvação quando o texto que veio por meio de Ream e ele estava bem e,
em seguida, a salvação foi arrancada das minhas mãos e eu estava me
afogando. Eu olhei para o meu telefone lendo as palavras uma e outra
vez, me perguntando se eu tinha interpretado mal. Textos eram mal
interpretadas o tempo todo.
Ele estava com Molly? Com Molly? Não, eu estava pensando
demais. Não podia ser verdade. Não deixe que isso seja verdade.
Eu corri para cima e sem bater, invadi o quarto de Crisis.
— O que aconteceu com Ream ontem à noite?
Crisis gemeu. Ele tinha os braços acima da cabeça segurando na
cabeceira da cama e seu rosto estava contorcido, como se em dor e
então eu vi os cobertores se mover.
— Ahh, docinho, eu estava por perto. - O lençol foi arremessado
para trás e uma menina apareceu com a cabeça erguida.
Eu não peço desculpas. Eu não dou à mínima se ele estava
recebendo um boquete e eu tinha arruinado o momento. Tudo o que eu
queria saber era por que Molly enviou uma mensagem de texto do
celular dele e porque Ream estava com ela.
— Por que ele não voltou para casa com você? Ele foi embora com
Molly? Por que Molly diz que Ream está com ela?
Crisis jogou as cobertas para trás e eu peguei a visão completa da
mulher nua deitada em cima dele. Ele bateu em seu bumbum.
— Saia daqui. - Ele estendeu a mão para sua calça jeans no chão e
tirou um maço de dinheiros. — Chame um táxi. - A menina não tinha
vergonha e se arrastou para fora da cama, pegou suas roupas, e
desapareceu no banheiro.
Eu me virei para Crisis que jogou as pernas para o lado da cama,
não me importando se ele estava nu e eu estava a poucos metros de
distância. Ouvi o farfalhar do material e ele saltando um par de vezes
quando ele puxou a calça jeans. Uma gaveta abriu e fechou em seguida,
ele estava ao meu lado.
— Tudo bem, vamos lá.
Virei-me e batendo direto nele, não esperava que ele fosse tão
rápido.
— Onde?
— Para encontrá-lo.
— Não podemos simplesmente ir buscá-lo.
— Por que não?
— Eu não sei onde Molly mora. - E eu estava com medo de ir.
Minha cabeça estava girando e eu imaginava o pior cenário possível.
— Matt sabe. - Sim, ele tinha que ter para os registros
empregatícios. — Kat, eu sei o que você está pensando. Mas isso nunca
iria acontecer. Aquele cara é louco por você. Ele provavelmente só
adormeceu lá.
— Por que ela diria que sente muito?
Ele deu de ombros.
— Você é uma garota. Molly é tímida e insegura. Ela provavelmente
se sente mal que vocês brigaram ou algo assim. Eu vou chutar a bunda
dele por ter bixado o meu BJ9 essa manhã embora.
— Só isso? Nós vamos lá?
Crisis encolheu os ombros.
— Ouça docinho. Por que não espera para se preocupar? Pelo que
parece, você já fez isso a noite toda. - Ele se inclinou e agarrou as
chaves da cômoda. — Ele vai precisa de uma carona de volta para cá de
qualquer maneira. O fodido provavelmente estará se sentindo como se o
seu traseiro estivesse pegando fogo e a sua garganta deve está como
uma lixa depois da merda que ele bebeu na noite passada.
Comecei a respirar um pouco mais fácil. Crisis estava certo. Molly
apenas o carregou para sua casa, porque ele estava bêbado e ela
escreveu que estava arrependida porque ela viu o telefone de Ream e
como eu estava preocupada. A ideia de Ream me traindo era ridícula.
Mas eu comi as minhas palavras no momento em que vi Molly
quando ela abriu a porta. Estava tudo em seu rosto. A culpa, a forma
como ela evitou olhar para mim, como ela se mexeu
desconfortavelmente. Crisis deve ter visto isso também, porque ele
empurrou a palma da mão na porta e forçou o seu caminho para
dentro.
— Fique aqui.
Mas não eu não fiquei. Eu não podia e eu o segui quando ele subiu
os degraus em dois em dois, em seguida, começou a abrir as portas. Foi
na terceira porta que abriu que parou.
Eu estava trás dele e ele me bloqueou com seus ombros largos, em
seguida, fechou a porta novamente. Ele me agarrou pela cintura e me
puxou de volta. — Kat, você precisa esperar lá embaixo. Melhor ainda,
esperar por nós no carro.
— Crisis, não. O que você viu? Ele está bem? - O pânico tomou
conta de mim quando comecei a imaginar vários cenários na minha

9
BlowJob: Giria para sexo oral ou boquete;
cabeça. Molly estava aqui, por isso não era como se ele estivesse
transando com ela, nem nada. Mas ele tinha? Se ela apenas tinha
arrastado para fora da cama com ele? Ela olhava culpada e Crisis pediu
para eu ficar na sala.
— Eu vou juntar aquele merda e vamos encontrá-la no carro. -
Crisis não usava muitas vezes energético, mas seu tom de voz era
agudo e severo, e ele não estava levando um não como resposta.
— Não. Porra nenhuma. - Eu empurrei as suas mãos da minha
cintura e tentei levá-lo a me deixar ir. — Eu preciso ver. Deixe-me ver.
— Não, Kat. Eu não posso deixar você fazer isso, pelo bem de
vocês.
O que diabos isso queria dizer? Oh Deus. Isso não era bom. Pelo o
bem de nós? Ream e eu? Ele me chamou de Kat, não de doçura. Ele
estava sendo insistente. Era ruim. O que estava por trás da porta era
ruim e eu não podia deixar isso ir.
Lutei para fugir.
— Pô, me deixe ver.
Ele me tirou do chão e começou a me levar para longe da porta.
Molly estava no topo da escada, com os olhos arregalados e seu punho
na boca enquanto ela observava.
— Ponha-me no chão. - Chutei com as duas pernas e ouvi seu
grunhido. Meus nervos dispararam como foguetes e os alfinetes e
agulhas fincaram como dominós nas minhas pernas. Eu sabia que em
poucos minutos se eu não abrandasse ou me acalmasse, elas ficam
dormentes.
Mas eu tinha que saber. Se eu não visse por mim mesmo, eu
sempre me perguntaria por que Crisis não me deixou entrar por aquela
porta. Em algum lugar dentro de mim eu já sabia o que eu ia ver. A
perturbação emocional estava rasgando as minhas entranhas com uma
faca irregularmente enferrujada. Porque eu sabia. Eu sabia que Ream
estava na cama com outra mulher. Eu senti isso. Crisis não seria tão
inflexível quanto a isso se não fosse me deixar tão devastada.
E eu tinha que ter certeza. Eu tinha que ver com os meus próprios
olhos. Porque eu não podia acreditar que Ream iria fazer isso comigo.
Ele não faria isso.
Ele não pode nos destruir.
Oh Deus, Ream.
Não acabe com nós.
Enfiei o meu cotovelo no rosto de Crisis, e ele amaldiçoou quando o
seu braço me liberou. Eu tropecei de volta para o quarto, com a minha
mão no corrimão de apoio. Ele gritou para eu parar quando ele veio
correndo atrás de mim.
Eu abri a porta.
Era como se eu estivesse assistindo a uma cena em câmera lenta e
eu estava nele. Uma longa respiração pregada com um anzol de peixe
engasgado na minha garganta. Um gancho que tinha perfurado o meio
do meu coração e fui lentamente sendo arrastada do meu corpo.
Eu estava sendo sufocada.
Incapaz de respirar.
Incapaz de se mover.
A agonia me rasgava, e tudo que eu podia fazer era ficar lá e olhar
para ele.
Ream não apenas nos destruiu.
Ream nos executou.
Meu meio soluço, meio grito era como um gato torturado na calada
da noite.
Ream estava deitado de bruços, com o rosto virado para longe de
mim. Em seu braço direito eu vi a tatuagem de borboleta e talvez se eu
não a conhecesse eu teria tentado encontrar uma maneira de acreditar
que era outro homem deitado nu com uma mulher ao seu lado.
Mas esse era Ream, e a menina estava enrolada nele, com a mão
em seu cabelo enquanto ela se inclinou em seu cotovelo me observando.
Olhei congelada, incapaz de me mover, quando eu encontrei seus olhos
verdes brilhantes que foram preenchidos com um arrogante brilho de
reconhecimento.
Os gritantes lençóis brancos foram deixados de lado, e o cara com
o corpo magro, corpo rígido deitado do outro lado de Ream. Engasguei
com o meu suspiro, quando eu vi a mão do jovem rapaz em sua bunda,
acariciando gentilmente. Ele chamou minha atenção e então apertou e
passou o dedo para baixo da fenda.
Não. Oh Deus, não.
O cara riu e a garota loira magra mudou, aconchegando-se a ele
ainda mais, com a cabeça baixa. Era óbvio que ela estava beijando ele,
embora Ream nunca se mexesse, mesmo quando o cara começou a
rastejar em cima de Ream.
Eu coloquei a minha mão sobre a minha boca e cambaleei para
trás, a minha espinha bateu no parapeito, os olhos arregalados e cheios
de horror. Eu estava tremendo tão ruim que eu não aguentava mais e
entrei em colapso. Crisis agarrou-me antes que eu caísse e gentilmente
me abaixou para o chão, onde ele me segurou em seus braços.
— Não. - Eu repeti as palavras mais e mais na minha cabeça como
um disco quebrado. Meu estômago contorceu e resvalou, e eu era
incapaz de manter o café que tomei, inclinando-me vomito no tapete. —
Por quê? - Eu senti a umidade das lágrimas no meu rosto. Eles eram
reais e eu não poderia impedi-las de ficar com a imagem real do que
estava atrás da porta que me bateu uma e outra vez.
— Jesus. - Crisis segurou o meu cabelo longe do meu rosto e
acariciou as minhas costas. — Vamos tirar você daqui.
Minhas pernas estavam dormentes e a devastação era tão
avassaladora que eu não podia me mover. Eu queria quebrar o quarto e
rasgar ele em pedaços. Eu queria gritar e gritar e lutar contra ele com
toda força que eu tinha. Mas nada disso poderia acontecer com meus
nervos reagindo e deflagrando. Eu estava caindo aos pedaços. Sentia os
pedaços de mim desmoronando no chão e, como poeira, se
desintegrando.
As lágrimas arrastaram pelo meu rosto e eu chorava tanto que eu
estava tendo problemas para respirar. Eu não conseguia tirar a imagem
da minha cabeça. Eu não iria sobreviver a isso. Eu tinha dado tudo de
mim, cada pedaço, e eu não tinha mais nada.
Não havia mais uma chave. Nós tínhamos sido presos juntos e
agora... Agora eu não tinha nenhuma maneira de obter de volta depois
disso.
— Por favor, Kat. Você precisa respirar. Respire bem fundo. Tenho
certeza de que isso não é o que parece.
Suas palavras me fez estalar.
— Ele estava nu na cama com um cara tocando a sua bunda e
uma mulher deitada ao lado dele. Não é o que parece? - Eu gritei e não
conseguindo parar. — De que outra forma você quer que eu leve isso,
Crisis? Diga-me. - Eu bati os meus punhos em seu peito. — Diga-me,
porra. Eu preciso saber. Porque se você não me disser, eu vou me
afogar aqui. - Eu comecei a dar pancadas e socos até que ele me
envolveu em seus braços me dobrando como uma boneca mole em sua
camisa.
— Oh, doçura, eu não sei. Jesus, porra eu não sei.
Eu não tinha mais nada. Ream teve tudo de mim nele, e agora ele
destruiu tudo.
— Ele era o meu santuário. A minha casa. Eu o amava. - Eu nem
sequer reconheço a minha própria voz com as palavras sufocadas que
caiam de meus lábios. — Ele queimou até o chão. - E tudo o que restou
foram cinzas de um ser desmembrado e explodido em diferentes
direções.
Ream me desintegrou.
Crisis me pegou em seus braços e me levou para o carro.
As lágrimas desconhecidas tornaram-se familiar novamente
quando eles mantiveram derramando pelo meu rosto como uma chuva
torrencial. Eu não tinha a energia para enxugá-la por mais tempo
quando eu estava enrolada em uma bola na minha cama, na escuridão.
As cortinas estavam fechadas, a porta trancada, e a insistente Emily
batendo e indo embora por diversas vezes e por várias horas.
Palavras tinham sido estranguladas na minha garganta. Eu estava
me desfazendo. Um fragmento de papel levantado na brisa e então
empurrado ao redor sem saber onde eu pousar. Deus era confuso e... A
dor foi tão grande nas minhas entranhas que transformaram em
pequenos pedaços compactados.
A pior parte... A parte mais terrível, angustiante era que eu queria
Ream para me segurar e levar isso tudo embora. Isso era ainda mais
fodido... O conforto de seus braços... Mas depois que doeu mais porque
eu sabia que ele tinha tomado essa distância e eu nunca iria recuperá-
lo.
Minha mente gritou uma e outra vez 'por que'. Por que ele faria
isso para mim... Com nós? Ele queria se casar comigo.
Mas por quê? Por que lutar por mim e então jogá-lo fora?
Ouvi passos correndo e um grande estrondo e então um tumulto
como se lutassem.
— Você não ousaria seu merda, - Crisis gritou. — Deixe-a.
— Saia do caminho. - A voz de Ream estava misturada com um
som rouco, como se ele tivesse gritando muito e tivesse seca e rasgada.
— Ream, por favor. Dê um tempo. Ela não quer vê-lo agora, - disse
Emily, e eu podia ouvir o tom rangendo. Ela estava chorando como se
ela nunca tivesse saído dali, sentada ao lado de fora da minha porta por
horas.
Eu ouvi uma briga e envolveu como uma lamina em torno de mim
e corri para o banheiro trancando a porta. Entrei na banheira, fechando
a cortina do chuveiro, e sentando com o lençol em cima da minha
cabeça.
Isto... Tudo o que eu era e sou neste momento... Era isso o que
tinha escondido de mim toda a minha vida. A sensação de controle. De
ser fraca e vulnerável. Impotente para controlar a dor.
Eu me escondi atrás da minha paquera, dos meus sorrisos, da
minha esquiva e de não dizer a ninguém sobre a minha doença para
que eu nunca tivesse que me sentir assim.
Agora que tudo tinha sido rasgado e desfiado em pedaços... Eu me
tornei essa pessoa que eu odiava e nunca quis ser. Tornei-me uma fraca
e impotente para as emoções.
— Kat! - A voz de Ream não era fraca ou vulnerável. Não, ele era
implacável quando gritou o meu nome mais e mais. — Kat. Abra a
merda da porta.
Eu me arrepiei quando as batidas na porta começaram. Eram
batidas duras e altas, e eu sabia que ele estava tentando chutar a
porta.
— Kat - uma confusão seguiu. — Solte-me, idiota. Eu tenho que
falar com ela. - Eu ouvi mais uma luta e então a porta bateu
novamente.
E mais uma vez.
E mais uma vez.
Ouvi o segundo que ela cedeu à pressão, dividindo a madeira e a
porta bateu de encontro à parede oposta. Então os passos.
Eu pulei quando começou a bater na porta do banheiro, mas ele
não estava batendo forte e contundente. Era suave e gentil o que fez
pior.
— Baby. Por favor. Fale comigo. - Sua voz era baixa e ainda rouca
de tensão. — Eu juro. O que você viu... Jesus, Baby, não era real. - Eu
ouvi uma maldição baixa e o seu punho bateu na porta. — Ele era real,
mas que não era eu. Deixe-me explicar.
Eu ouvi um ligeiro baque que era ou a sua testa contra a porta ou
a palma da mão. Eu segurei os meus joelhos mais apertados contra o
meu peito, querendo mais do que tudo ir embora. Implorar não era a
verdade, assim como eu tinha feito quando eu tinha dez anos de idade.
Mas tinha sido verdade. Assim como era agora.
Ream me traiu. Ele mentiu para mim, ele lutou para que eu me
abrisse, e quando eu fiz foi belo. E então ele dilacerou o belo e fez o feio.
— Cristo. Eu te amo. Eu não posso te perder. Por favor. Precisamos
conversar sobre isso. Eu vou te contar tudo, baby.
Suas palavras me atingiram. Era como se ele estivesse bem na
frente de mim e me dado um tapa no rosto. Eu joguei o meu lençol de
lado e levantei para os meus pés. Fúria tomou conta. O amor não era
mentiras e as promessas foram quebradas. Não quando estava se
abrindo para alguém que levou o seu coração e então rasgou ele fora.
A raiva queimou tão profundamente que quando abri a porta e
olhei para ele, ele estava cercado em uma névoa vermelha de lágrimas
borradas. Eu enrolei minha mão em um punho então o atingi tão
duramente quanto eu podia a sua mandíbula. A sua cabeça inclinou
para trás com a força, mas ele não se mexeu. Suas mãos estavam
apoiadas em ambos os lados da moldura da porta e eu pude ver Emily e
Crisis alguns metros atrás dele.
— Você transou com Molly também?
Ele se encolheu, em seguida, estendeu a mão para mim. Ouvi o
movimento de Crisis em nossa direção e, em seguida, Ream passou pela
moldura batendo a porta, bloqueando Crisis e Emily. Fechando-a.
— Ream. Abra a maldita porta, amigo, ou eu vou acabar com isso.
— Crisis, dê há mim cinco minutos. Cinco malditos minutos. Você
sabe que eu nunca iria machucá-la, - Ream gritou de volta.
A batida na porta.
— Docinho? Você está bem com isso? Se não, eu vou quebrar essa
porta.
Eu estava? Não realmente, mas Ream estava em pé na minha
frente, olhando a esmo, com os olhos selvagens, e... Sim, havia o medo
lá. Eu precisava ouvir isso, não para encontrar uma desculpa para
perdoá-lo, mas para encontrar mais motivos para odiá-lo.
— Cinco minutos. - Ouvi Crisis ir embora, mas ele jurou que
voltaria o tempo todo.
Ream aproximou-se de mim e eu estendi a minha mão.
— Não se atreva a me tocar.
Ele balançou a cabeça, em seguida, deu um passo atrás, até que
ele foi contra a porta. Seus olhos estavam vidrados e vermelhos, ele
cheirava a álcool, e sua camiseta estava ao avesso. O olhar em seu rosto
atormentado... Culpa. Bem, ele poderia apodrecer na culpa pelo o resto
de sua vida.
Ele esfregou a mão para trás e para frente em cima da sua cabeça
como sempre fazia quando estava agitado.
— Baby...
— Me chame novamente assim e essa conversa acaba agora.
Seu rosto se contorceu como se ele tivesse acabado de ser açoitado
por minhas palavras. Então ele endireitou os ombros e encontrou meus
olhos. Havia uma dureza súbita lá e estava escuro e frio, e isso me fez
querer fugir.
— Quando eu era adolescente... Eu me prostitui.
Suas palavras me bateram como se eu tivesse levado um soco no
estômago com um aríete, e eu caí para trás até que eu bati na parede,
meus olhos estavam arregalados com o choque. A onda de alfinetes e
agulhas que já atormentavam meu corpo triplicou, e deslizei pela
parede até minha bunda batendo no chão. Era isso ou eu entrava em
colapso.
Oh Deus, o quê? Como? Por quê? Ele me traiu por dinheiro? Ele
nos arruinou para o dinheiro? Não. Não. Isso não faz sentido. Ream não
precisava do dinheiro. Por que ele faria isso? Como ele poderia esconder
algo tão... Tão totalmente fodido?
— Bab-Kat, foi um longo tempo atrás, quando eu era uma criança.
Jesus... - Ele exalou um longo suspiro de ar. — Foi para pagar uma
dívida. Eu não... Cristo, Kat, eu não me orgulho do que fiz.
— Então, o quê? Você está fazendo isso de novo? - Deus, eu não
conseguia nem falar sobre isso. O que ele tinha feito no passado não me
fez mal; foi que ele estava fazendo com isso agora. Que... Que ele
escondeu isso de mim depois que eu o deixei entrar. Pegando a pequena
lata de lixo de aço inoxidável e joguei em cima dele. Ele desfiou, mas fez
um estrondo, uma vez que atingiu a parede. — Pooooraa. Eu o deixei
entrar! Eu te dei tudo de mim!
Ele colocou as mãos em cada lado de sua cabeça e fechou os dedos
ao redor das camadas curtas antes de lentamente deslizar para baixo
da porta, até que ele se sentou no chão do banheiro, com os joelhos
dobrados e com a cabeça entre as mãos. — Não. Porra não. Ontem à
noite... - Ele olhou para mim e houve confusão e perplexidade em seus
olhos, como se estivesse perdido em um pesadelo de memórias. Como
eu. — Eu não sei o que aconteceu ontem à noite. Não me lembro de
nada. Eu deixei o bar mais cedo do que os rapazes. Eu queria voltar
para você. Eu planejava tomar um taxi de volta para a fazenda e, em
seguida, eu vi Molly lá fora e nós compartilhamos um táxi. Seu lugar
ficava no caminho, mas depois... - Ele fechou os olhos, baixou as
sobrancelhas, como se estivesse pensando. — Ela estava chorando
sobre o seu ex-namorado de estar de volta, e ela estava com medo dele
em sua casa. Então eu fui para dentro para ter certeza que ele não
estava lá. - Ele olhou para mim. — Kat, eu não consigo me lembrar de
nada depois disso. Eu juro. Podemos ter tido uma bebida juntos, porra.
- Ele bateu a cabeça com a palma da sua mão. — Talvez eu dissesse
que iria ficar um tempo porque ela estava com medo.
— Então, você estava bêbado demais para saber que você estava
fazendo transando com outro cara e uma mulher?
— Eles eram seus colegas de quarto, Kat. Eu não sei nada. Eu não
posso lembrar-me dessa fodida merda. Acordei uma hora atrás e Molly
me disse que você e Crisis tinham estado lá.
Uma mão gelada apertou o meu peito e arrancando duramente.
Mentiras. Para salvar a si mesmo depois que ele me arruinou.
— Mentira. Comeu a Molly primeiro? Quem mais, Ream? Quantos
outros homens e mulheres que você comeu desde que estivemos juntos?
Você estava mentindo quando você me disse que não tinha tirado a
virgindade de ninguém antes? Beber muito para fazer isso. E você diz
que você costumava fazer isso por dinheiro? Bem, isso não te dá a porra
de um passe para me enganar agora. Obrigada, por me foder com
camisinha porque você é um pedaço podre de merda e eu não quero
nada de você dentro de mim. Nunca mais.
Ele não disse nada por um longo tempo e eu estava encolhida com
meus joelhos no meu peito, com medo de olhar para ele, não querendo
uma única lembrança de quem ele era. Eu queria apagá-lo de mim.
— Sim. Eu sou.
Com as suas palavras ligeiramente roucas me fez olhar para cima,
o que foi um erro. Eu testemunhei lágrima oscilar na borda de sua
pálpebra direita, em seguida, em câmera lenta, ele caiu sobre sua
bochecha. A dor debilitante caiu no meu peito rasgou um grito da
minha garganta, e eu me levantei.
Eu precisava sair daqui. Eu tinha que sair daqui agora.
— Deixe-me sair. Eu quero sair.
Ream lentamente se levantou e a devastação era clara no seu
rosto, os lábios estavam franzidos, os olhos caídos, as suas mãos
tremiam quando ele levantou o braço para correr a mão pelo cabelo.
Movi para o lado e me aproximei, cansada de ter medo que ele me
tocasse. Porque eu não poderia lidar com ele me tocando novamente, os
últimos pedaços de mim que timidamente uni iriam acabar de rachar.
Quem eu estava enganando? Eu já tinha rachado.
Virei à maçaneta da porta e suas palavras sussurradas me
bateram.
— Você sempre mereceu coisa melhor do que eu, linda.
Eu não sei por que as suas palavras me bateram tão forte, porque
eu merecia algo melhor do que um cara que me traiu. Mas era mais do
que isso. Ele sempre falou isso. Ele nunca pensou que era bom o
suficiente para mim e agora eu sabia o porquê.
Se ele não tivesse me traído, se ele tivesse me contado sobre o seu
passado... Eu sabia com todo o meu coração que eu continuaria
amando ele. Eu teria aceitado aquela parte dele porque o fez ser quem
ele era hoje. Eu entendia os motivos para ele contar que as mulheres
sempre foram apenas objetos para ele. Fazia sentido. Ele costumava
usá-las; isso tinha sido um trabalho. Tinha? Não, não era.
Fui direto para os braços de Emily, e ela me envolveu com o seu
calor quando ela me levou para longe. Eu não sabia para onde nós
fomos só que ela me segurou por muito tempo até que eu finalmente
adormeci.
Os dias passavam numa névoa de tristeza cheia de dor. Matt
permaneceu na fazenda nos primeiros dias, deixando o bar aos
cuidados de Brett. Entre ele, Emily e os caras, fui forçada a sair da
cama todos os dias e funcionar. Até Georgie veio e dormiu comigo na
minha cama por duas noites, segurando-me em seus braços e nunca
dizendo nada, tão incomum dela. De alguma forma, ela sabia que o
silêncio era o que eu precisava.
Ream desapareceu. Ele até deixou o seu telefone novo no balcão
da cozinha. Todos sabiam o que tinha acontecido que ele havia me
traído, mas eu não mencionei o que o Ream me disse sobre o seu
passado. Talvez fosse porque eu estava em dívida com ele por manter o
meu segredo.
Os meus sintomas estão a piorar, as alfinetadas e as picadas de
agulhas afetam as minhas mãos e espalham-se pelo meu estômago,
bem como pelas minhas pernas. Acordo todas as manhãs sem saber se
serei capaz de lavar o cabelo, porque eu deixei de sentir os meus braços
se os segurar por muito tempo acima do meu coração.
Eu tomava os comprimidos que estava na minha mesinha de
cabeceira, o valium para ajudar a acalmar meus nervos. Algumas
pessoas usavam maconha para ajudar a acalmar os sintomas, mas as
poucas vezes que eu tentei, o meu coração começou a correr como louco
e eu não gostei. A pequena quantidade de valium era suficiente para
acalmar o frio na barriga e relaxar os nervos que estavam em choque.
Depois de uma semana, o Logan me perguntou se eu sabia onde
Ream estava. Eu respondi se ele tinha perguntado isso à Molly. Foi uma
observação atrevida e Logan não ficou impressionado, embora ele
tivesse deixado à mesma passar. Acho que ele percebeu o que eu estava
passando, porque ele acabou me puxando para os seus braços e me
abraçou.
Eu estava sofrendo, e sabia que estaria por um bom tempo. A
única razão por eu ficar e não me mudar para o condomínio de Matt,
para fugir de todos, era por causa de Clifford. Ele era o único com quem
eu podia conversar, e muitas vezes à noite eu saia da cama e ia para o
estábulo, sentava e chorava onde ninguém me ouviria. Não havia
nenhum julgamento. Clifford cutucava-me com o nariz ou levantava e
mastigava tranquilamente o seu feno.
Passaram três semanas e ainda ninguém tinha noticias de Ream,
e até eu estava ficando preocupada. Eu o odeio pelo o que fez, mas o
amor não morre de repente. Meu amor era forte demais para
simplesmente desaparecer.
Ouvi o rangido da porta do celeiro e, em seguida, os passos suaves
sobre os paralelepípedos vindo na minha direção. Eu não precisava
olhar para saber que era a Emily.
— Kat, já faz três semanas. - Emily colocou a mão no ombro de
Clifford e ele curvou seu pescoço para poder mordiscar sua camisa. —
Ninguém ouviu falar dele. Por favor, se você tem alguma ideia de onde
ele possa estar...
Eu continuei a escovar a parte traseira de Clifford, e em seguida,
mudei-me para a sua garupa malhada de vermelho. Emily ganiu e eu
sabia que Clifford tinha beliscado ela. Meu cavalo bateu com a pata no
chão, quando ela empurrou o seu focinho.
— Não te pediria se não fosse importante, mas... Se ele está com
problemas, precisamos ajudá-lo. Ele é um idiota. Um merdinha pelo
que ele fez, mas ele saiu daqui todo fodido e... Kat estamos
preocupados.
Preocupados com ele? Eu estava ficando louca sem ele. Insana.
Magoada. Eu queria encontrá-lo para poder bater nele de novo. Eu
queria encontrá-lo então eu poderia olhar para ele e saber, sem sombra
de dúvida, que eu o odiava. Que fiz a coisa certa. Dói todos os dias abrir
os olhos e encarar mais um dia sem ele. Sabendo o que ele fez para nos
destruir... Para que? Por uma foda sem sentimento?
— Eu lhe dei tudo de mim. Ele pegou e eu não consigo recuperar.
Você sabe como é isso? Acordar todas as manhãs e ser confrontada com
o ódio pelo homem que jurei amar para o resto da minha vida. - Eu
inclinei a minha testa no flanco de Clifford, e os seus lados tremiam
como as asas de uma borboleta contra a minha pele.
Emily descansou a mão no meu braço.
— Sim, Kat, eu sei.
Eu olhei para ela, e vi as lágrimas em seus olhos. Sim, ela sabia.
Ela sabia exatamente o que eu estava sentindo agora, porque ela já
tinha odiado Logan.
— O que ele fez foi errado. Eu odeio o que ele fez com você, Kat.
Cristo, eu quero que ele volte só para poder lhe bater. Mas Crisis é o
melhor amigo dele, e ele disse que ele nunca saiu desta maneira antes.
Já faz muito tempo, Kat.
— Por que você acha que eu saberia onde ele está? - Mas eu
suspeitava. Não era como se eu soubesse exatamente onde ele estava,
mas a cabana era o único lugar que eu poderia pensar que ele iria.
— Você sabe, não sabe?
Escondi meu rosto no ombro do Clifford e assenti com a cabeça.
— Ele estava em mim, Eme. Agora... Deus. Sinto-me... Sinto tão
vazia e sozinha. Ele me fez fraca, e eu odeio que ele fez isso comigo.
— Oh, querida. - Emily puxou-me para o seu abraço, suas mãos
acariciando minhas costas. — Você nunca está sozinha. E você é a
mulher mais forte que eu conheço. Você perdeu seus pais e, em
seguida, por causa desta doença, vivendo cada dia sem saber o que vai
acontecer com você... Você nunca reclamou. Nunca sentiu pena de si
mesma. Kat, só porque você está sofrendo pelo que o Ream te fez isso
não te faz fraca, te faz humana.
Eu me tornei dele. Eu era dele, e sim, uma parte de mim sempre
seria dele. Mas eu me queria de volta. Ele não conseguiria manter uma
parte de mim.
Passos entraram no celeiro, eu me afastei de Emily e subi a minha
parede de proteção de novo.
Emily apertou o meu braço, então eu a ouvi sussurrar,
— Desculpa Georgie o chamou.
Antes que eu tivesse a chance de responder, ela escapou. Quando
me virei, vi o Deck caminhando na minha direção. Acho que ele estava
de volta. E ele parecia uma merda.
Emily fechou a porta do celeiro.
Ele parou em frente de Clifford e inclinou-se contra a porta do
estábulo, braços cruzados e a sua postura... Sim, impenetrável. Merda.
Seus olhos estavam cansados e com círculos pretos por baixo. Suas
roupas estavam amassadas e sua usual cabeça raspada não existia
mais. Ele tinha pêlos no rosto de pelo menos uma semana de
crescimento, e ele ainda parecia quente com o seu corpo magro
musculoso e as tatuagens espreitando das mangas da camisa. Ele era
todo escuridão, sobrancelhas, olhos e personalidade. Eu estava
acostumada ao seu ar assustador, mas hoje... Deck parecia um
assassino.
— O que se passa Deck? - Eu tentei agir como sempre fiz, e pus as
mãos na minha cintura, mas não me senti bem sob o seu olhar direto,
então me afastei dele e peguei uma escova e comecei a escovar Clifford
com ela. — Como está Georgie? Carregou ela para fora de algum bar
recentemente?
— Vim direto do aeroporto pra cá. E você sabe exatamente porque
eu tive que vir direto para cá, então para com essa porcaria. Eu tenho
mais merda agora do que eu consigo tratar.
Eu me atrapalhei com a escova e ela caiu com um baque nos
paralelepípedos. Merda, ele estava muito irritado e essa raiva era
dirigida a mim.
— Ream?
— Isso deveria ser uma declaração, não uma pergunta, Kat. -
Deus, ele estava de mau humor. Geralmente, Deck tinha uma pitada de
simpatia nele, mas ele não tinha nenhuma para mim. Bem, não quero a
piedade dele de qualquer forma. Só queria que ele desaparecesse. —
Agora deixe essa atitude. Tenho quarenta e oito horas para voltar para
os meus homens.
— Então, acho melhor parar de falar comigo e ir fazer o que quer
que Georgie te chamou aqui para fazer. - Sim, eu sabia que o Deck não
voltaria apenas por causa do Ream; Ele voltou porque Georgie lhe pediu
isso.
Deck não se mexeu e, do canto do meu olho, eu o olhei com
cautela. Eu sabia que ele matou pessoas, e eu sabia que ele poderia
isso com facilidade sem hesitar em acabar com uma vida.
— Já viu o seu melhor amigo explodir bem na sua frente? - A
escova caiu da minha mão. — Isso não é muito bonito. Estar muito
longe para fazer qualquer coisa. Ter que correr para se proteger, em vez
de correr na direção do seu amigo para ver se existe a menor
possibilidade de salvá-lo. Mas você não pode, por que as balas são como
chuva em todas as direções e tem sete outros homens que precisam de
você. - Eu estabilizei as minhas mãos em Clifford, e o cavalo deve ter
sentido meu nervosismo, porque ele começou a transferir o seu peso. —
Então, quando você consegue voltar, o seu corpo está irreconhecível.
Cinzas. Nem mesmo medalhas de identificação para levar de volta para
sua família. - Eu olhei para ele, os dedos enrolados na Juba do Clifford.
Eu sabia de quem ele estava falando — Riot - irmão de Georgie e seu
melhor amigo. Ele me olhou, seu olhar firme.
— Por quê? Porque está me dizendo isso? - Eu tentei me segurar,
mas a minha garganta estava apertada, e eu tremia só de pensar que
isso aconteceu. De ver o amigo explodir bem na sua frente, e não ser
possível pará-lo. Jesus, agora a minha merda parecia tão trivial.
— Porque eu estava lá. Eu vi com os meus próprios olhos. Eu até
ouvi o estalido quando a granada bateu no metal da parte de trás do
jipe em que ele estava. Eu assisti ele explodir. Eu pensei que vi o meu
amigo arder como uma batata frita.
Eu funguei e me mexi, enquanto as suas palavras ressoaram em
mim.
Ele sabia que eu o ouvi bem e ele assentiu com a cabeça.
— Sim, eu pensei. Aconteceu diante dos meus olhos, e ainda
assim eu estava errado.
Eu engasguei meus olhos se alargando.
— O quê?
— E agora você está errada.
Oh Deus.
— Você acha que viu algo, era real aos seus olhos, mas, às vezes,
o que você vê nem sempre é a verdade.
Eu engoli.
— Está... Riot está vivo?
Ele encolheu os ombros.
— Não sei isso ainda. Mas ele não morreu naquela explosão.
Oh Georgie. Esperança. Depois de todos esses anos, havia
esperança de que o irmão dela estava lá fora em algum lugar.
Esperança que foi esmagada quando Deck disse:
— Deve estar morto agora, mas estou trabalhando em descobrir
isso. Entende o que estou te dizendo, Kat?
Eu assenti com a cabeça. Que ver Ream na cama com outro
homem e mulher pode não ser o que eu realmente vi. Que talvez...
Talvez houvesse uma chance que eu não tivesse visto a verdade.
— Eu conheço Ream. Estou perto dele desde que os pais de Crisis
o adotaram. Dez anos atrás, para ser exato. Sei a história dele também.
Ele não sabe que eu sei, mas sempre procuro saber a história de todos.
Mesmo a sua.
Eu senti a cor a escorrer do meu rosto.
— Não foi difícil descobrir quando você tem dois mil dólares sendo
tirado todo o mês da sua poupança para uma empresa farmacêutica.
Alguns telefonemas depois, e eu tinha o nome do seu neurologista.
— Deck...
Ele balançou a cabeça.
— Não é da minha conta. Não é por isso que estou aqui. Estou aqui
porque o passado do Ream é obscuro e fodido. Ele te disse?
A agitação no meu estômago piorou quando as palavras do Deck
me rasgaram como um triturador, enquanto pensava no que Ream me
disse.
— Que ele fez sexo por dinheiro?
As sobrancelhas de Deck se elevaram.
— Isso é tudo o que ele te disse?
— Sim, Deck. Vi-o com outro homem e mulher. Eu não estava
com vontade de ouvir muito.
— Você viu. - Foi uma declaração.
Como eu poderia estar errada? Crisis também viu. Não havia nada
mais claro do que a tatuagem de borboleta de Ream no braço, a
tatuagem nas costas. Era ele. Ele admitiu que era ele.
— Ream nunca trairia você.
— Eu o vi. Um cara estava nu com ele. Ele estava nu e... - A
minha voz se elevou com o flash de cena se repetindo e me senti doente.
— Ouvi isso da Georgie. Duvido que seja a verdade.
Deck afastou-se do estábulo e veio na minha direção. Clifford
olhou para Deck, seus lábios oscilantes e prontos para mordiscar.
Então, ele bufou e abaixou a cabeça. Cavalo esperto.
Deck era realmente intimidante. Ream e Logan também eram, mas
Deck superava-os de longe. Era como se ele não se importasse se ferisse
os seus sentimentos ou se você morresse aos seus pés. Estava firme,
calmo e sutil, e isso era muito assustador.
— Ele sumiu há três semanas. - Outra afirmação. — E eu suspeito
que você saiba onde ele está.
— Por que eu... - Fechei minha boca porque Deck ficou tenso e
então concordei. — Talvez.
— Onde?
— Você parece saber sobre tudo, então por que não...
— Não tenho tempo para esta merda, Kat!
Eu olhei pra ele.
— Não posso dizer. - Sua carranca se aprofundou e eu me
preocupei. — Quando dirigimos até lá estava escuro, e quando saímos
só lembro que a estrada Stephenson cortava a Hwy 11. Foi uma viagem
de cerca de duas horas e meia. - Pensei nos vinte minutos que paramos
para transar, e meu estômago se agitou com uma combinação de tudo.
— Talvez mais para duas horas.
A expressão dele nunca vacilou enquanto ele continuou:
— Vamos.
— O quê? Eu não posso. - Eu não podia. Eu me senti mal do
estômago só de pensar em ver Ream. Não sobrou mais nada para lhe
dar.
— Você o ama?
Agora, isso era uma pergunta surpreendente vinda do Deck. Não
acho que ele soubesse sobre esse sentimento.
— Ele me traiu.
— Severo para uma garota que escondeu de sua melhor amiga, a
verdade por sete anos.
— O quê? - Clifford começou deslocando os pés dele e puxando os
dormentes. — Que diabos, Deck. Isso não é problema meu. Não prometi
amar alguém, cuidar dessa pessoa, protegê-la, e então enganá-la. Não
fui eu. Ele fez isso. Não ouse me culpar. - Dane-se sua cara assustadora
e a maneira como a sua mandíbula travou. Dane-se tudo isso. Fui
passar ao lado dele, mas ele agarrou meu braço e me puxou para trás.
— Não contei essa história só por contar. Ninguém conhece essa
história. Ninguém, exceto você agora. Ele não traiu você. - Eu fiz uma
careta, mas isso apenas o deixou mais irritado e ele apertou ainda mais
o meu braço enquanto ele repetiu, — Ele não traiu você.
— Eu vi...
— Não me interessa merda nenhuma o que você viu. Ream nunca
te trairia. Não é a sua maneira de ser.
— Bem, talvez, Deck... Você pensa um pouco alto demais bem de
si mesmo para saber realmente qual é a verdade desta vez.
— Provavelmente penso, mas mesmo que nós apostássemos nesse
ponto que existe 1% de chance de eu estar errado, você deve isso a ele.
Sabe por quê? Porque ele te deu mais do que ele já deu a alguém, e
depois do seu passado fodido, foi difícil demais para ele fazer. Agora
você vai salvá-lo, porque não tenho dúvidas que ele precisa ser salvo
agora. Ele deveria ter-se desintegrado por um caminho muito ruim há
muito tempo, mas não o fez. Por alguma razão, ele saiu daquela merda
e te encontrou. Eu não estou errado, ele nunca iria estragar isso.
— Você não sabe.
— Tenho certeza que sim. - A sua voz áspera me bateu duro. —
Vamos lá.
— Agora?
— Eu tenho homens no maldito deserto me esperando voltar para
que possamos ir e matar um filho da puta que tortura mulheres e
crianças inocentes. Então, sim. Agora. Carro em cinco minutos.
Ele caminhou para fora do celeiro.
Merda.
Fizemos algumas voltas erradas, tentando encontrar a estrada
lateral, mas nós finalmente viramos numa estrada que pensei
reconhecer. Deck dirigiu em marcha lenta, enquanto eu tentava lembrar
qual entrada era. Eu sabia que não podia ver a cabana da estrada e que
não era uma calçada, mais como um caminho de grama.
— Lá. - Eu apontei para a direita, e Deck virou.
Meu coração estava a bombear tão rápido, que eu tinha medo de
começar a hiperventilar. Minhas emoções estavam todas misturadas,
como se fossem as pequenas bolas numeradas sendo giradas ao redor,
na máquina de loteria. Eu não sabia qual emoção iria ser escolhida
quando eu o visse novamente. O que eu sabia era que os meus nervos
estavam enlouquecendo, e eu sentia agulhas picando minhas pernas.
O carro de Ream estava na frente da casa de campo.
Deck parou e desligou o motor. Sentamos por um minuto. Nada
foi dito... E fiquei agradecida por ter me dado alguns minutos para me
recompor. Realmente, não acho que qualquer quantidade de tempo
ajudaria, mas agradeci de qualquer forma.
Ele abriu a sua porta, e era como se ele tivesse partido uma parte
de mim, porque tudo o que eu tinha conseguido segurar até aqui estava
a entrar rapidamente em decomposição.
Deck começou a andar para a cabana. Eu saí do carro, e Deck
deve ter me ouvido porque ele fez uma pausa na escada e esperou. Eu
estava um pouco lenta, porque os meus nervos da perna estavam em
guerra, e eu estava com medo de perder o equilíbrio.
Então, Deck fez uma coisa muito pouco típica dele. Ele pôs a sua
mão em concha no meu queixo, e correu o polegar sobre a cicatriz na
minha bochecha. Era gentil, e mesmo assim tudo em seus olhos
transmitia irritação, como se fosse culpa dele que meu rosto agora
estivesse danificado.
Então, pensei em como Ream beijou minhas cicatrizes, seus lábios
gentis enquanto ele me fez sentir como a mulher mais bonita do mundo
— cicatrizes, doenças, se enrolaram dentro de mim tão apertadas que
eu não podia chorar mais.
Antes que ele me rasgasse.
A mão do Deck caiu do meu rosto, e ele se virou para a maçaneta
e abriu a porta. No segundo que abriu, fui atingida com o cheiro de
álcool, e coloquei a minha mão sobre minha boca e o nariz. Deck, como
era de esperar, entrou direto, hesitando enquanto ele analisava o lugar,
como se estivesse a fazer o reconhecimento, e depois avançou pela sala
de estar até à porta fechada do quarto.
Sem bater, ele a empurrou. Ficou parado como uma rocha. Não
consegui ver através dele, mas todo o corpo do Deck se enrijeceu, e
depois ele se virou para olhar para mim.
— Faça café. - Ele entrou no quarto, e eu o vi agachar-se.
Eu ignorei a sua ordem e caminhei para o quarto, e o que eu vi
destruiu toda a raiva e a substituiu por medo. Eu odiava Ream pelo o
que ele fez comigo, mas eu ainda me preocupava com ele. Deck devia
saber disso.
— Ream, - eu sussurrei num grito rouco.
Ele estava deitado no chão nu e tremendo, seus punhos
sangrando e uma garrafa quebrada de whisky ao lado dele. Eu corri
para ele, caindo de joelhos, pânico me invadindo enquanto eu olhava
para ver se havia respiração. Deck tinha sua mão no meu braço, mas
nem reparei enquanto esperava que o seu peito se movesse para dizer
que ele ainda estava vivo. Toda a sensibilidade desapareceu enquanto
tudo caia em torno de mim; a chave virou e libertou as lágrimas como
uma cachoeira de sangue.
— Vai fazer café, Kat.
Eu olhei para ele brevemente, ouvindo as suas palavras, mas sem
realmente as compreender. Café. Ele estava vivo, se ele queria que
fizesse café. A umidade caiu das minhas bochechas enquanto segurei a
mão da Ream fria, sem vida.
— Eu preciso levá-lo para um banho quente. Não quer fazer café,
então vai ligar o chuveiro.
Eu engasguei com outro soluço.
— Ele vai sobreviver... -Oh Deus, eu não podia dizer isso.
— Sim, está gelado. Desidratado como a merda. Provavelmente
está bêbado há três semanas seguidas. Chuveiro, Kat.
Concordei, subindo e correndo para o banheiro, e liguei a água.
Deck entrou com Ream por cima do ombro.
— Pegue meu telefone e a carteira no bolso de trás.
Rapidamente, fiz o que ele pediu então Deck empurrou a cortina do
chuveiro e entrou na água quente. Fiquei olhando, por dentro me
sentindo como se estivesse sendo rasgada para fora de mim, pisoteada,
então empurrada de volta junto com os destroços.
Deck apoiou Ream contra a parede do fundo, em seguida,
direcionou o chuveiro nele. Ele olhou para mim.
— Agora, você vai fazer café?
Encarei lágrimas escorrendo pelo meu rosto, rezando para que
Ream abrisse os olhos, que eu iria ouvir sua voz. Ele parecia tão... Não
Ream. Como se ele tivesse sido drenado de suas forças, e tudo o que
restava era uma casca de um corpo.
Olhei para Deck novamente, completamente molhado, sua calça
cargo verde-oliva agora verde escuro, seu rosto pingando água. Eu
finalmente concordei e sai do banheiro, meus nervos a um nível ferrado
totalmente diferente. Voltei a engolir as lágrimas, tentando encaixar a
chave de volta e prender as emoções novamente, mas ela não cabia.
Derrubei a lata de café na pia e pó de café se derramou por todo o
lugar. Com as mãos tremendo, enchi a cafeteira com água e coloquei
um filtro e limpei o pó.
Havia garrafas vazias em todo o lugar. Sem pratos, o que
significava que ele não tinha comido. Como a cafeteira ligada, percebi o
estado da cabana: sofá virado, mesa de café esmagada, o tabuleiro de
jogo... Oh Deus, foi feito em pedaços, com o dinheiro jogado por todo o
lado.
Não podia lidar com tudo isso. Se o fizesse, iria desmoronar. Eu
sabia que Ream tinha problemas. Ele me disse que ele estava fodido,
mas pensei que isso era por causa da sua irmã gêmea. Foi muito mais
do que isso. Ele se prostituiu por dinheiro. Por quê? O que o empurrou
para fazer isso?
Por que ele me trairia se ele sabia que isso ia nos destruir? Por
que se colocar nessa posição? Ream pensava em tudo antes de fazer
qualquer coisa. Ele deve ter pensado nas consequências se eu
descobrisse. Ele poderia estar tão bêbado que não fazia ideia do que ele
estava fazendo? Eu estava tentando desesperadamente encontrar
qualquer desculpa para algo que era imperdoável?
Eu me afundei para baixo até o chão, os joelhos no meu peito, os
braços ao redor deles, lágrimas frescas mancharam as minhas
bochechas. Parecia estranho estar chorando, como se eu fosse aquela
menina de novo, sozinha e com medo. Eu odiava a sensação, eu odiava
que Ream me fez sentir assim de novo, e me trouxe a este ponto de
agonia emocional.
Eu chorei tanto que meu peito doía; minha garganta ficou áspera
e seca. Não sei quanto tempo fiquei ali, antes de ouvir o chuveiro
desligar. Eu levantei e caminhei de volta para o banheiro.
Parei na porta, as mãos segurando um lado desta para suporte,
quando vi Ream parado ali, uma toalha enrolada na cintura, as mãos
segurando cada lado da cabeça. Sim, eu estava supondo que doía como
o inferno.
Deck pegou uma toalha da prateleira e, em seguida sem dizer uma
palavra, saiu. Ouvi a porta da frente abrir e fechar.
— Por que você está aqui? - Bem, não eram as primeiras palavras
que eu esperava sair da boca do Ream depois da última vez que nos
vimos. Ele olhou para baixo. — Por que você veio Kat?
Eu não tive dúvida em dizer a verdade.
— Deck me obrigou.
Ele se virou, descansando as mãos na borda da pia, os ombros
caíram e tudo nele emanava derrota. Não combinava com ele. Vê-lo
desta forma, o homem que nunca desistiu de nós, que me trouxe aqui
para me ganhar de volta, que se sentou comigo no hospital, que jurou
me amar, não importa o que acontecesse com a minha doença.
Eu nunca esperei estar aqui olhando pra ele e me perguntando
quem ele era. Quem era este homem por quem me apaixonei. Um
homem que eu não podia perdoar pelo que ele fez. Eu queria meu Deus,
eu queria correr para os braços dele e ter ele me segurando e levando
embora toda a dor que eu estava sentindo. Eu queria que Deck
estivesse certo e a verdade não fosse o que eu vi.
— Por que você fez isso, Ream?
Ele ficou em silêncio por um longo tempo, não olhando para mim,
cabeça baixa, mãos apertando a pia. Quando ele levantou a cabeça, foi
para encontrar meus olhos no reflexo do espelho.
— Acho que caí de volta nos velhos hábitos. Sexo não tem
importância para mim. Eu te disse isso.
Graças a Deus estava segurando o batente da porta para suporte,
porque eu poderia ter caído. Suas palavras me esfaquearam. Não
porque elas me machucaram, mas porque eu ouvi a frieza em sua voz.
Tinha vergonha, humilhação, dor. Eu vi tudo isso me encarando em seu
olhar no espelho. Era o que ele pensava de si mesmo.
— Não com a gente. - Eu sabia que não era. Significou algo para
nós dois, e ele podia ficar lá e dizer que o sexo não significava nada para
ele, mas nunca acreditaria que não foi nada, quando estávamos juntos.
Ele me disse que era sem importância até eu chegar.
Ele virou e depois passou por mim para o quarto. Eu ouvi o
sussurro de roupa. Até então já estava corajosa o suficiente para me
virar, Ream estava vestido e encostado na cômoda. Parecia que ele
estava esperando que eu dissesse algo ou saísse. Eu não fiz nenhum
dos dois.
— Vá para casa, Kat.
Eu balancei minha cabeça. Não sabia por que, mas eu precisava
de mais. Isto não era apenas por termos terminado porque ele me traiu.
Ream era uma pessoa diferente. Ele estava frio e insensível. Quando ele
olhou para mim, olhou através de mim. Havia mais alguma coisa
acontecendo aqui.
— Se você está esperando por respostas por que fiz isso, bem, não
vai ter porque nem eu sei o que aconteceu. - Ele encolheu os ombros. —
Não importa mesmo. Estamos melhores separados.
— Ream.
Ele chutou uma garrafa de vidro, e ela deslizou debaixo da cama.
— Quando eu disse que não te merecia, eu quis dizer isso.
— Isso não é verdade.
— É! - Ele gritou tão alto, que pareceu que o quarto tinha vibrado.
Então a raiva morreu, e ele estava me olhando, mas parecia que
ele não estava me vendo.
— Eu fui pago para dormir com mulheres... Homens. - Oh Deus. —
Isso me deu um teto sobre a minha cabeça e manteve a minha irmã a
salvo disso. Isso é quem eu sou, Kat. E isso não mudou apenas porque
não faço mais isso. - Ele suspirou. — Ou talvez eu faça.
— O que você quer dizer? Por quê?
— Não importa. Nada disso importa mais. E eu quero que saia.
— Você me deve! - Eu gritei. — Você me diga merda. Você me deve
isso, porra.
A expressão dele nunca mudou, mesmo quando eu gritei.
Apavorava-me porque nada do Ream que eu adorei estava diante de
mim.
— Diga-me.
Então ele baixou os olhos dos meus e se deslocou, mas foi um
movimento muito pequeno.
— Depois, você vai embora?
Minha respiração engasgou. Ele queria que eu saísse e isso me
machucou mais, porque deveria ser eu a querer ir embora. Concordei, e
foi como se estivesse dizendo sim a minha própria morte.
Passaram vários minutos antes de ele voltar a falar, e quando ele o
fez, seu tom era desinteressado.
— Era uma questão de sobrevivência. Um modo de vida. Eu
superei ficando insensível pelo que eu fazia. Tornou-se fácil depois de
um tempo. Eu quis dizer fácil porque conseguia fazê-lo sem vomitar
mais. Os homens... Isso nunca foi fácil.
Oh Deus, Ream. Eu não podia sequer imaginar Ream,
submetendo-se a isso. Ele era tão forte e confiante, como se nada
pudesse tocá-lo.
— Eu tinha 14 anos. Idade suficiente para saber o que estava
fazendo, e jovem o suficiente para ser desejado pelos bastardos doentes.
Havia um em particular... - A voz dele se perdeu e depois parou. Eu
coloquei a minha mão sobre a minha boca enquanto o meu estômago se
agitava violentamente. — Não era tão ruim. Minha irmã e eu éramos
cuidados. Alimentados, vestidos, íamos à escola. Era apenas nas noites
de sexta-feira e sábado que eu ia ao porão. Ele disse que era eu ou a
minha irmã.
— Sua mãe?
Ele bufou e chutou a garrafa de cerveja vazia, e eu pulei quando
acertou a trave de cama e fez um estalo alto quando se quebrou.
— Como você acha que acabamos lá? Minha mãe devia ao cara
pelas drogas que tomava. Você sabe do que minha irmã Haven foi
chamada depois? Com certeza não foi em homenagem a um Haven
(santuário...)―Haven Dust Cocaine‖ (Santuário Sagrado de cocaína)." -
Ele balançou a cabeça fazendo um suspiro com a sua respiração. — Nós
éramos o seu pagamento. - Ream encolheu os ombros. — No entanto,
ele manteve a sua palavra. Minha irmã nunca teve de se prostituir... e
paguei a dívida da nossa mãe. Dois anos depois, parou. Não tive que
fazê-lo mais, mas o Lenny, o cafetão, nos deixou ficar lá mesmo assim.
Vivemos com ele e com a sua filha. Comíamos juntos como uma porra
de uma família normal, pelo menos, tão normal quanto poderia ser com
um traficante de drogas vagabundo. Pensei que ia ficar tudo bem, que
talvez não fosse tão ruim afinal de contas.
— Você foi obrigado a fazer sexo com homens e mulheres, Ream.
— Não. Coagido. Não forçado.
— Mesma coisa, - eu murmurei. Uma súbita compreensão
aconteceu. — É por isso que você teve que parar. Porque você congelou
quando fazíamos sexo? Porque você... Você não gosta da minha boca em
você?
Ele assentiu.
— Às vezes as vozes... Eu ainda as consigo ouvir. É pior quando
não tenho controle e uma mulher perto do meu pau...
— Tem o controle, - eu terminei.
Ele assentiu.
— Muitas vezes, não conseguia superar com o sexo... Sempre foi
feio para mim. Mas com você... Você poderia detê-las. Cristo, você fez.
Disse-te desde o início que você mudou alguma coisa em mim. Nunca
gostei de fazer sexo até você.
Eu estava me afogando em confusão. Eu queria envolvê-lo em
meus braços e segurar o garoto que tinha sofrido em circunstâncias
terríveis, para trazer o Ream que eu conhecia de volta da escuridão fria
em que ele agora estava vivendo.
— Foi quando Lenny morreu que as coisas ficaram feias e eu sabia
que tínhamos que sair dali. Mas nós não tínhamos lugar para ir e
estávamos sem dinheiro. O amigo de Lenny, Olaf, foi morar com a gente
e não confiei que ele não... Eu temia que ele fosse fazer a Haven e eu
descer no porão... E eu não podia mais fazer isso.
— E Haven, Cristo, tínhamos 16 anos e ela era muito bonita,
merda. Havia um cara que costumava vir e comprar drogas de Lenny, o
tempo todo. Ele a olhava era realmente assustador, mas ele nunca fez
nada exceto olhá-la. - Meu coração começou a bater mais rápido e
calafrios correram pela minha espinha. — Mas quando Lenny morreu...
ele deixou de olhar. Ele a estuprou. Não soube disso por meses. Merda,
eu sabia que algo estava errado com ela. Ela estava em seu quarto o
tempo todo, quase não comia, mas ela nunca me disse até que um dia
vi as marcas no seu braço. Eu enlouqueci. Ela me contou o que
aconteceu, foda-se, o que ainda estava acontecendo. O cara veio ao
quarto dela durante meses e eu nunca soube. Eu nunca soube porra.
Ele lhe deu drogas. Ele a fodeu até ela ficar tão mal que... Eu fui atrás
dele. O matei com uma estátua de mármore na sua cabeça.
Eu ofeguei e meu corpo estava gritando para ir até ele, enquanto
ouvia o horror.
— Senti-me bem. E eu o faria novamente num segundo. O bati e
bati repetidamente até que o crânio foi esmagado e seu rosto estava
irreconhecível. E até hoje... Não me arrependo. Esse é o tipo de homem
que eu sou.
Minha garganta estava tão apertada que a deglutição era dolorosa.
Haven. Sua irmã gêmea. Estuprada repetidamente. As drogas. Por isso
ele tinha passado sobre Brett me observar. A minha dor por Ream me
trair agora parecia tão inconsequente.
— Eu sabia que tínhamos que ir embora. Fugir antes que alguém
visse o corpo. Bem, a sua filha viu o que eu fiz, mas eu não me importei
com ela. Nós corremos e vivíamos nas ruas, com um medo enorme de
sermos encontrados e mortos. Todos se conheciam nas ruas. Uma velha
nos encontrou dormindo no seu abrigo em uma manhã em que
dormimos demais. Sempre partíamos antes de o sol nascer; era mais
seguro assim. Mas Urma nos viu quando ela estava pegando suas
ferramentas de jardinagem, e ela apenas sorriu e perguntou se
estávamos com fome. Ficamos alguns meses no galpão. Não sei por que
ela nunca chamou o serviço social, mas ela não fez. Ela até ofereceu um
lugar na casa dela, mas eu estava com medo que Urma se envolvesse
nas nossas vidas ela ficasse em perigo também. Haven... Sim, Haven
nunca superou o que aconteceu com ela. Eu vi isso no seu rosto
assustado cada maldito dia. Ela achava as drogas, não importando o
quanto eu tentasse impedi-la. Ela estava desesperada para consegui-las
e faria qualquer coisa para obtê-las. As drogas eram uma forma de ela
escapar da realidade, eu acho, e ela continuou a ficar mal. Cinco vezes
eu a levei para o hospital por ter uma overdose. Eu tinha que tirá-la de
lá, assim que ela estivesse bem o suficiente, antes dos serviços sociais
nos pegarem. A última vez... Eu estava na sala de espera a uma hora
até o médico vir e me dizer que ela tinha morrido. Eu não acreditei nele.
Ela não estava tão ruim assim. Ela tinha ficado em pior estado antes.
Por que é que ela morreu dessa vez? Entrei em pânico. Eles tiveram que
me sedar, e quando acordei estava sob os cuidados de auxílio infantil.
— Não houve funeral para Haven. Eu tentei descobrir onde ela foi
enterrada, mas eles não tinham nenhum registro dela. Só mais uma
criança morta perdida no sistema. Poucos meses depois, tive sorte de
ser adotado pelos pais de Crisis. - Ream olhou para mim, seus olhos
ainda sem emoção, como se ele tivesse que ser assim para me dizer
tudo isso. — Você vê Kat, eu sou um pedaço de merda, e fez bem em
sair enquanto você pode.
— Ream, eu estava com raiva. Eu não... Ream, não quis dizer o
que eu disse.
Ele suspirou.
— Claro que sim, linda. Eu só precisava ouvir para me lembrar.
— Ream, não. - Oh Deus. Não. Não importa o que eu vi, o que nos
separou, ele não era indigno. Ele protegeu a irmã dele, deixou o seu
corpo ser usado em vez do dela. Ele tentou tirá-la daquela vida. Eu
entendi por que ele era muito protetor comigo. Possessivo. Talvez eu
tivesse entendido isso sobre ele desde o início. Eu o aceitei, sem ao
menos conhecer esta parte dele. Eu não precisava conhecer porque o
amava mesmo assim.
— As mulheres nunca significaram nada para mim. Mesmo
quando eu escapei dessa vida, estar com uma mulher me fazia doente.
Sentia-me sujo e desgostoso pela maneira como elas caiam em cima de
mim. Até agora, estando na banda... As mulheres me tratam como um
objeto, algo para se gabar para suas amigas.
Eu estava desesperada para dizer que não, mas era verdade. Para
elas, ele era um objeto, uma estrela do rock. Eu queria segurá-lo em
meus braços, mas eu fiquei parada em silêncio, ouvindo suas palavras
assombrosas.
— Até você.
Eu olhei nos seus olhos e tive de desviar o olhar ou sabia que iria
fraquejar.
— Você nunca me fez sentir que eu estava sendo usado ou me
humilhou. - Ele suspirou e baixou a cabeça. — A primeira mulher com
que dormi que me fez querer ficar de conchinha e acordar ao lado dela
de manhã.
Eu engasguei de volta o soluço que entupiu a minha garganta.
Não conseguia ouvi-lo mais. Não queria ouvir isso. Para onde a raiva
foi? Eu a queria de volta. Eu precisava trancar as lágrimas novamente e
ser forte. Eu tinha que lembrar que apesar da sua história horrível, ele
ainda me traiu.
— Nenhuma criança deveria ter de viver o que você e sua irmã
viveram. Quem me dera... - O quê? Que eu pudesse apagar isso dele?
Talvez a dor e o sofrimento, mas não o que isso fez a ele. Mas o pior foi
que eu não poderia perdoá-lo não importasse o quanto eu o queria
perdoar. — Não posso te perdoar, Ream.
Sua voz era dura quando disse:
— Nunca te pedi isso.
Eu vacilei e comecei a sair para a porta do quarto. Eu precisava ir
embora antes que eu fizesse algo estúpido como cair nos seus braços.
— Você me amou?
A cabeça do Ream inclinou-se na minha direção e seu rosto
endureceu.
— Acabou, Kat. E não quero nunca sua piedade.
Balancei a cabeça.
— Sim. - Eu entendia isso melhor que ninguém. E então eu saí.
Eu estava entorpecido para isso agora. Meu corpo separado da minha
mente.

Eu poderia sair do ar para outro lugar, onde ninguém podia me tocar.

Ele não gostou.

Ele me fez pedir misericórdia. Eu fiz, só para agradá-lo.

Eu tinha que agradá-lo, ou seria pior. Ele sempre podia piorar as coisas.

Eu era um brinquedo.

Sem sentimentos. Frio. Indiferente.

E quebrado.

Passaram-se dois dias antes que eu o visse novamente. Deck me


disse, ou melhor, ordenou que levasse o carro dele para casa enquanto
ele ficava com Ream. Eu fiquei trancada no meu recanto e pintei as
minhas emoções para fora.
As palavras do Deck continuaram a me assombrar. Que traição
não fazia parte da maneira de ser do Ream. O que você vê não é sempre
o que é. Eu queria tanto acreditar que ele não me traiu, e eu continuei
repassando a cena várias vezes na minha cabeça, mas cada vez isso me
quebrava um pouco mais.
Não conseguia esquecer aquela cena. Eu até perguntei a Crisis se
Ream alguma vez tinha estado tão bêbado que ele não se lembrava do
que tinha feito na noite anterior. Crisis disse que não.
Depois eu recuei ainda mais. O que aconteceu naquela noite?
Ream tinha ido à parte de trás do bar falar com Brett... Para ameaçá-lo.
Fazia sentido porque ele fez isso. Aquele outro cara costumava observar
a irmã o tempo todo. O cara que acabou por viola-la na primeira
oportunidade. Eu vi o olhar perturbado nos seus olhos quando ele me
contou. Brett não era um traficante miserável vagabundo, mas Ream
estava vigilante e ele tinha todo o direito de estar. Ele precisava ter a
certeza que ele nunca iria cometer o mesmo erro, e se isso implicava
advertir Brett para ficar longe de mim, então ele o faria.
Quando Ream entrou em casa uma semana depois, seus olhos
estavam escuros e cansados como se ele não estivesse dormindo, mas
por trás da inquietude, eu vi a mesma escuridão fria que eu tinha visto
na casa de campo. Talvez Deck estivesse certo e ele não voltasse a ser o
mesmo, e isso me apavorava, porque eu vi como o Ream podia ser e
tinha uma saudade infernal daquele homem.
Georgie tinha terminado com este assunto desde de que Emily e
Logan tinham assinado os papéis para a sua nova casa, e eu suspeitava
que Emily tinha lhe pedido para vir e me fazer companhia. Eu parei de
lutar contra a necessidade deles de cuidar de mim e a aceitei.
— O que está fazendo aqui? - Georgie atacou Ream no segundo
em que ele entrou pela porta, e eu coloquei a minha mão na dela não
querendo uma luta.
— Georgie. Por favor.
— Só pegando minhas coisas. - A sua voz era dura... Monótona.
Ela suspirou e jogou seu cabelo agora com mechas roxas sobre os
ombros e agarrou a minha mão.
— Você é um pedaço de merda, você sabe disso. Sem mais bolinho
para você, babaca.
Eu vacilei. Ream não vacilou.
Ele olhou para mim mesmo assim, e eu senti arrepios bobos se
espalhando pela minha pele; era de medo e pavor pelo que vi nele. O
olhar duro de Ream era algo que eu sabia que poderia fazer com que se
afastasse para longe de todos nós. Eu queria estender a minha mão e
salvá-lo, trazer de volta o homem que tinha visto rir e me provocar, mas
era tarde demais para isso.
— Vamos, Kat. - Georgie tentou me afastar. Estávamos levando
alguns dos meus quadros para a nova galeria. Eu arrastei meus pés,
tropeçando quando o meu braço roçou no dele quando nós passamos.
Minha respiração parou, meu coração bombeou loucamente, e cada
molécula estava me puxando para me virar e voltar para ele.
E não conseguia entender. Ele tinha sido tão possessivo comigo.
Ele me amava. Deus, ele falou com vários neurologistas quando ele
estava em turnê. Porque ele mudaria tudo isso e me trairia? Faz ainda
menos sentido agora que eu sabia sobre seu passado. Se ele odiava
tanto sexo, por que ele arriscaria tudo para fazê-lo?
Ele não fez nenhum movimento para me impedir. Tocar-me. Nada.
Ele apenas me deixou sair e por que ele não deveria?
— Kat entra. - Não sabia que eu estava parada na porta do
passageiro com ela aberta e Georgie já tinha ligado o motor.
Georgie tagarelou sobre praticamente nada, exceto sobre os caras
gostosos que tinham ido à sua cafeteria esta semana e como Deck nem
parou para vê-la apesar de ele estar aqui há dois dias. Eu nunca disse a
ela o que Deck disse sobre o seu irmão. Seria estúpido lhe dar
esperança só para tira-la.
Nós descarregamos as minhas pinturas na nova galeria. Depois eu
fiquei para ajudar o dono a colocá-las, enquanto Georgie foi ver como
estava a sua cafeteria.
Não consegui tirar a imagem da minha cabeça de como Ream
parecia frio e morto. Imaginei que era como ele era quando criança,
tentando sobreviver mais uma noite para pagar uma dívida. Fiquei tão
furiosa, com Molly e seus colegas, comigo. Sim, eu estava chateada
comigo mesma por ter visto aquele pedaço de Ream que estava tão
quebrado e danificado. Eu tinha visto aquele olhar escuro, sombrio, em
seus olhos, mas eu pensei que tinha sido pela perda da sua irmã.
Nunca imaginei o abuso que ele sofreu.
Eu tinha que falar com Molly. Ela era a última pessoa que queria
ver, mas eu tinha que descobrir o que levou Ream a fazer algo que o
enojava. Não fazia sentido. Ou talvez fizesse. Cristo, o que eu sabia?
Eu conhecia o Ream e ele não faria isso comigo. Em algum lugar
dentro de mim, eu acreditava nisso, e com o que restou da minha
determinação eu me segurei a um fio de esperança.
— Merda. - Eu saltei para cima e para baixo, e depois agarrei o
meu cabelo e me inclinei, fazendo um som baixo de rosnar. — Merda.
Merda. Merda. - Então peguei minha bolsa e gritei para a dona da
galeria, Marie. — Tenho de ir fazer uma coisa, estarei de volta mais
tarde.
Eu corri para fora da porta, olhando para meu telefone. Ainda era
cedo, tinha tempo antes de Georgie voltar. Eu entrei num táxi e lhe dei
o endereço. No caminho até lá, eu apertei as minhas mãos juntas, meu
coração batendo, muito nervosa.
Mas eu tinha que fazer isto. Eu tinha prometido a mim mesma
não ter medo de viver; Bem, isto era uma parte da vida. Descobrir a
verdade. Enfrentar a verdade de frente.
Quando eu saí do táxi, eu balancei com a dor ofuscante que me
bateu quando pensei no que aconteceu aqui. Eu queria correr tão
rápido quanto pudesse, mas já tinha fugido por tempo suficiente.
Eu ia bater à porta quando ela se abriu, e Molly apareceu.
— Kat? O que está fazendo aqui? - Ela saiu para a varanda e
fechou a porta atrás dela. — Tudo bem? Matt precisa de mim mais cedo
no bar? Ream voltou? Soube que ele partiu depois... Bem, você sabe.
Sim, eu malditamente sabia.
— Sim, ele está de volta. - Eu achei estranho ela não me convidar
para entrar e, em vez disso, me manteve do lado de fora. — Eu vim falar
com você sobre o que aconteceu naquela noite.
— Ah? - Ela evitou olhar para mim, e isso não era nada incomum
nela. Ela sempre foi tímida e insegura. Merda, um tapa em sua bunda
de Crisis a fazia corar. Isso era outra coisa que não fazia sentido; Não
podia imaginar ela pedindo a Ream para ficar e tomar uma bebida com
ela. Mas como é que seus companheiros de apartamento se
envolveram? — Escute Molly. Por que Ream estava aqui? O que
aconteceu naquela noite?
Ela mexeu os pés de um lado para o outro e seu cabelo caiu na
frente de seus olhos fazendo com que eu não conseguisse ver a sua
expressão.
— Eu estava com medo. Meu ex estava me assediando e...
— Eu pensei que seu ex estava em Vancouver?
Ela suavemente mudou a cadeira de madeira frágil que estava
perto dela.
— Sim, ele está. Bem, ele estava. Agora ele está aqui.
— Por que não disse isso ao Matt? Você sabe que ele iria ajudá-la.
Enviaria um dos seus seguranças com você para casa. Ou Brett. Tenho
certeza de que ele também a teria ajudado. - Eu estava gritando por
dentro. Por que o Ream? Por que você escolheu Ream? Não era justo,
mas não foi culpa dela. Eles tinham saído todos ao mesmo tempo. Ele
optou por dividir um táxi, e em seguida, tal como uma bola de neve
rolando, apanhou tudo o que estava no seu caminho.
Molly não disse nada e manteve a sua cabeça para baixo, mas
notei que o seu corpo endureceu e que os seus dedos se enrolaram em
punhos, e depois se abriram.
— Molly. Estou tentando descobrir por que eu encontrei meu
namorado na cama com os seus dois companheiros de apartamento.
Isso parece tão... - Sim, isso não parecia algo que ele fizesse. — Ream
não gosta disso. - Porque ele foi forçado enquanto era um adolescente a
fazer sexo com adultos. Quanto mais eu pensava sobre isso, menos
fazia sentido. Ream escolhendo aleatoriamente ter sexo com dois
desconhecidos? Porquê? Para ter prazer? Mas ele não tinha prazer com
isso, ele mesmo o disse. Que o sexo não lhe dava prazer até eu
aparecer.
Até eu chegar.
— Talvez você não o conheça tão bem quanto você pensa.
Meus olhos se arregalaram com a sua resposta zangada e cruel, e
havia um tom especial na voz dela. Ela olhou para mim, e por um breve
segundo, vi enrolar os cantos dos seus lábios, mas depois isso
desapareceu tão rápido, que pensei que o tinha imaginado.
— Desculpe-me. Deus, Kat. Eu não estou me dando bem com os
meus colegas de apartamento depois do que aconteceu com Ream e
com o meu ex de volta... Estou muito nervosa.

Eu assenti com a cabeça. — Sim. - O que eu queria dizer era ‗tente


estar no meu lugar, puta.‘ Porque apesar de sempre ter gostado de
Molly, de repente a odiava. Ela destruiu tudo. Ream estava fechado
dentro de si mesmo, odiando quem ele era e pensando que não valia
nada. Eu estava vivendo no limite, com medo de acordar de manhã e
não o sentir perto de mim.
— Escuta, é melhor eu me preparar para ir para o trabalho. - Ela
se virou para a porta, a mão na maçaneta, então ela disse, — Talvez
você devesse simplesmente deixá-lo sozinho. Esquecê-lo.
Opa. Molly queria Ream para si mesma?
— Você trepou com ele também, Molly? Ou apenas deixou os seus
amigos se aproveitarem de uma estrela de rock bêbada para eles
poderem se gabar disso? - A raiva na minha voz cresceu. — Porque ele
era meu, porra. Meu. - Não sei por que disse isso. Irritada. Com a
sensação de que estava caindo de novo aos pedaços depois de ver o
Ream na fazenda. Fosse o que fosse, fez Molly reagir. Ela se virou e me
bateu no rosto com tanta força que eu caí de costas e tropecei pelas
escadas abaixo, até que cai sobre meu traseiro.
Eu coloquei a minha mão na minha bochecha em completo estado
de choque. Puta merda. Que diabo?
A porta se abriu.
Confusão, então um pânico repentino surgiu...
— Tenho que limpar sua sujeira novamente, Alexa? - Minha
respiração parou quando eu reconheci a voz do Lance.
Alexa? Molly era... Quem era a Alexa?
Lance caminhou na minha direção e eu me afundei na minha
bunda, em seguida, tentei virar-me e me equilibrar, mas o seu braço se
enrolou na minha cintura e me pegou do chão. Eu comecei a gritar,
mas a sua mão foi colocada sobre a minha boca e abafou o som.
Eu freneticamente inalei pelo nariz, o aroma de seu perfume
agitando meu estômago. Ele me pegou e levou meu corpo mole para
dentro da casa.
Eu fui largada no vestíbulo e meus joelhos caíram no duro e
implacável chão de madeira. Eu comecei a me mover para longe quando
ouvi o clique distinto de uma arma. Merda, eu nunca esqueceria esse
som para o resto da minha vida.
— Você se move de novo, e eu arrebento a sua perna. - Molly
agarrava a arma casualmente com uma mão enquanto apontava para
mim. — Seria uma bagunça, então eu preferiria se você ficasse quieta e
se comportasse.
— O que você quer fazer com ela? - Lance perguntou, casualmente
se se encostando à porta como se fosse uma conversa sobre o tempo.
— Nós não podemos deixá-la aqui. Ela terá que vir com a gente.
— Molly? Por quê? - A mão dela estava firme como uma rocha e
não havia uma única parte dela que eu reconhecesse. Os ombros dela
estavam para trás e os olhos dela se encontraram com os meus duros e
feroz. Ela olhou para mim como se quisesse me matar com as próprias
mãos. Não fui estúpida o suficiente para duvidar da sua atitude, porque
não havia nenhuma dúvida na minha mente que ela atiraria em mim.
Esta não era a Molly; Esta mulher era Alexa, o que inferno isso fosse,
porra.
— Encontramo-nos lá atrás. - Dei uma olhada no Lance ao telefone
com alguém. Este era um homem que eu tinha beijado, saído com ele, e
que deixei entrar na minha vida.
Ele colocou o telefone em seu bolso, e então entrou na outra sala e
voltou com uma corda amarela enrolada.
— Mãos, princesa. - Eu comecei a me afastar e ele riu. — Alexa, ela
acha que pode escapar.
Ele pegou as minhas mãos e as uniu na minha frente, e depois
enrolou firmemente a corda em torno delas. Em seguida, inclinou-se
para perto de mim e agarrou a parte inferior da minha blusa. Entrei em
pânico e comecei a lutar, chutando e gritando, tentando rastejar com as
minhas mãos amarradas na minha frente. Senti-me como uma foca fora
da água tentando fugir.
A mão dele veio na parte de trás do meu pescoço. Então ele puxou
e houve um som alto de algo se rasgando. Ele agarrou um punhado do
meu cabelo, puxou para trás, então subiu em mim e me amordaçou
com o pedaço de material que ele tinha rasgado da minha blusa. Ele me
pegou e me jogou por cima do ombro e andou por um corredor até à
porta dos fundos e, em seguida, através de um portão de madeira que
dava para um beco.
Lance me jogou no banco de trás de um carro velho enferrujado
com vidros fumês e pulou para dentro. Eu mergulhei para a outra
porta, mas a Molly estava lá com a arma apontada para mim. Ela
entrou, e depois ouvi as portas serem bloqueadas enquanto o motorista
se afastava.
— É melhor você se comportar, princesa.
— Eu não sou uma maldita princesa, idiota. - Eu disse sob a
mordaça.
As sobrancelhas do Lance levantaram.
— Talvez não... Seja mais. - Um calafrio passou pelo meu corpo
quando eu vi os seus olhos pausarem sobre a cicatriz na minha
bochecha. Então ele olhou para Molly. — Eu acho que você
superestimou Ben. - Quem no inferno era Ben? — Ele estragou tudo. O
rosto dela devia estar muito pior.
Meu Deus. Lance sabia quem me atacou? Ele teria ajudado o
intruso a entrar no prédio? Talvez seja por isso que as câmeras de
segurança nunca pegaram o cara porque Lance deve ter deixado ele
entrar pela porta traseira. E se a Molly estivesse metida nisso, então o
criminoso poderia ter sido mantido informado quando o Matt estava
chegando em casa. Eu tremi de fúria. Eles fizeram isso. Tudo isso. Mas
por quê?
— Era para ele a estuprar para o Ream não a querer mais. As
cicatrizes foram um presente. Agora olhe para o que teremos que fazer.
- Molly jogou o seu cabelo por cima do ombro e cruzou as pernas, a
arma repousando na coxa. — Eu não queria este problema. Agora nós
vamos ter problemas com aquele militar. Não gosto de problemas.
Lance encostou e bateu com os dedos no braço do sofá, enquanto
ele me encarava.
— Nós vamos lidar com isso. Vai ficar tudo bem.
— Como assim? Kat desaparece e Deck irá nos caçar...
Então o que eles estavam planejando? Apanhar Ream? Deck
também iria atrás dele. Como é que ela podia pensar que iria conseguir
se safar desta?
— Escute Alexa, não fui eu quem bateu nela. Você é quem perdeu
a calma por causa da sua pequena obsessão.
Acho que ela devia ser alguma fã psicótica de Ream. Descobriu
onde ele andava e conseguiu um emprego no Avalanche, e esteve
esperando ele voltar da turnê. Merda, talvez esta cadela estivesse
seguindo Ream por anos. A má notícia e que eu era uma ameaça para
ela.
Ela pegou a sua arma e apontou para a minha cabeça. Meu
coração começou a bater loucamente e a mordaça ficou toda molhada
com a minha saliva. Eu respirava tão forte que fazia um som de sorver
em cada respiração.
— Alexa, não seja estúpida. - Ele colocou a mão em seu braço.
Ouvi um clique vindo da arma.
— Alexa. Você quer problemas, então matá-la vai te trazer
problemas, - advertiu Lance.
— Isso é culpa sua, Lance. Deveria ter feito com que ela se
apaixonasse por você. Mantê-la longe até que eu o tivesse de volta. - Ela
se virou para mim e a arma vacilou quando ela falou. — E você.
Dançando provocante bem na frente dele — vagabunda repulsiva. Ele
tinha que se levantar e te segurar, não tinha? - No Avalanche. Oh Deus,
ela tinha nos observado. — Não tinha, - ela gritou.
Ela estava louca. Olhei de volta para ela; a raiva beirando a minha
cabeça enquanto compreendia o que ela tinha feito. A dor que Ream e
eu estávamos passando, a traição. Meu irmão a recebeu. Confiávamos
nela. Eu queria colocar as mãos em volta do seu pescoço frágil e aperta-
lo até tirar a vida dela.
— Não foi? - Ela gritou.
Concordei lentamente, meus olhos observando seu dedo no
gatilho. Não que eu pudesse fazer alguma coisa se ela o pressionasse.
No momento, eu estava mais preocupada com o que mais eles haviam
planejado, porque o que fosse envolveria Ream e isso me fazia doente,
pensando que ele seria submetido a esta vadia louca depois de tudo o
que ele passou na vida.
Ela abaixou a arma e começou a divagar para o Lance sobre como
era ter que ser legal com todo mundo no bar, fingindo que gostava de
nós.
— Esperei muito tempo por isso para que ela estragasse tudo.
— Alexa, - Lance suavizou. — Você vai tê-lo de volta. Acalme-se.
De volta? O que ele quis dizer com de volta? Ream tinha dormido
com esta garota vadia? Ele me disse que não tinha dormido com
ninguém desde a primeira vez que ele esteve comigo. Foi antes disso?
Mas então ele se lembraria dela mesmo se isso tivesse sido há anos. Ok,
homens bebem e dormem com garotas aleatórias e talvez não se
lembrem de muito de manhã, mas Ream... Ream eu sabia sem sombra
de dúvida que ele não faria isso. Oh Deus, por que não vi a verdade?
Por que ele não viu? Ele nunca me trairia não importa o quão fodido ele
estivesse.
Ela assentiu com a cabeça, os olhos dela brilhando selvagens. —
Sim. Sim. Ele nunca deveria ter me deixado. Agora, olha o que eu tive
que fazer.
Eu não tinha ideia do que eles estavam falando, mas eu não
estava aguentando com a saliva pingando dos cantos da minha boca.
Virei a minha cabeça para o lado, e usei o meu ombro para rolar a
mordaça da minha boca, sem me importar se eles viram. Eu não ficaria
aqui sentada babando como um cão, e eu suspeitava que se me
quisessem morta, eles facilmente já o teriam feito.
Nenhum deles disse nada, e eu suspeitava que era porque onde
quer que nós estávamos ninguém iria me ouvir gritar.
— Ele vai causar problemas para você, Alexa. Ele não é como você
se lembra. Faz muito tempo e vocês eram apenas crianças. Ele não vai
fazer tudo o que você disser.
Um sorriso lento se formou, e os olhos dela brilharam quando ela
olhou para mim.
— Oh, eu acho que ele vai. Talvez possamos usá-la como uma...
Apólice de seguro extra.
— Nos temos seguro. Não precisamos dela para chegar até Ream. -
Lance chutou as costas do assento de vinil. — Eu digo, largue-a, ligue
para o Ream e jogue nele o nosso trunfo. Então vamos dar o fora daqui,
antes que aquele bastardo do Deck e os seus amigos da polícia venham
atrás de nós.
— Nós temos tempo. Aquele cara está no Oriente Médio e eu te
pago para calar a boca e fazer o que eu digo não para me dar conselhos.
— Se Deck está vindo atrás de nós, você não está me pagando o
bastante.
Eu odiava seus dentes brancos perfeitos, eu queria chuta-los e vê-
la sorrir com a boca cheia de sangue.
— Kat, ele te disse sobre sua infância colorida? Como ele
costumava se ajoelhar em frente ao vaso e vomitar toda a sexta-feira à
noite. Você sabe aonde ele ia? Ou isso foi demais para os ouvidos de
princesa.
— Foda-se, Molly.
— Alexa, - ela corrigiu.
— O que seja, puta.
Eu não tinha para onde ir quando ela me puxou com força e me
deu um tapa. Foda. Minha bochecha ia ter hematomas dessa mulher.
— O que Ream já fez para você? - E então isso me bateu tão forte
que parecia que ela me tinha dado um tapa no rosto novamente.
Ela sabia sobre seu passado.
Ela sabia onde ele tinha sido forçado a ir a cada sexta-feira e
sábado à noite.
Matt disse que ela tinha 24 anos. Eu me lembro de porque ele
verificou a sua carteira de motorista. Ela deve ter alterado o seu nome
ou estava usando o seu nome do meio.
Ela riu e o som me fez engasgar.
— Ele te disse? Fascinante. Sim, acho que isto vai acabar melhor,
afinal de contas. - Ela estalou a língua dela e suspirou. — Pobre Ream.
Mas ele vai me ter agora.
— Ele foi forçado a...
Ela me cortou num abrupto tom de raiva.
— Eu tomei conta dele. Ele era meu. Ele é meu.
Oh Deus. Não. Ream. A garota. Ream me disse que Lenny teve um
filho. Uma garota. Ela tinha sido um par de anos mais jovem que ele.
— Então ele lhe disse sobre mim? Vejo em seu rosto. Sim, eu sou
filha do Lenny, Alexandria Molly Reynolds. - Ela bateu com o pé no
chão, a coxa dela balançando com o movimento. — Ream e a sua
patética irmã inocente deixaram-me sozinha. Não tinha ninguém. Ele
prometeu nunca me deixar. Mas ele mentiu. Ele me deixou naquela
casa nojenta com tio Olaf. - Sua voz ficou mais alta, o tom mais agudo.
— Ele estragou com tudo quando ele matou o Gerard. Só porque o cara
estava se divertindo com o anjinho precioso do Ream. - Ela grunhiu,
agitando a cabeça para frente e para trás. — Convenci Olaf a deixá-lo ir,
você sabe. Ele descobriu que eles estavam se escondendo no galpão de
uma velhinha e queria matá-lo, mas não podia deixar isso acontecer,
então eu disse a ele que eu vi Haven bater com uma estátua em Gerard
e matá-lo. Acho que ele não acreditou em mim, mas Olaf gostava de
mim e eu era boa em fazê-lo... Feliz. - Ela deu de ombros. — Foi culpa
da Haven de qualquer maneira. Ela devia ter ficado calada. Ela teve que
pagar pelo seu erro.
Meus olhos se arregalaram, enquanto as suas palavras me
cercavam de um medo frio.
— Eu ia ser o seu anjo, não ela. - Oh Deus, não. Alexa sorriu. —
Sim, claro que fui eu. Ela não seria tão preciosa depois das drogas e do
Gerard, não é? Eu seria o seu anjo. Eu. - Haven. Deus, a coitada já
tinha sido abandonada por sua mãe e, em seguida, o ciúme da Alexa
querendo a destruir. — Eu preparei tudo para o Gerard. Eu o via a
observando toda vez que ele vinha. Eu sabia que ele faria qualquer
coisa para tê-la, e eu dei as drogas do esconderijo do Olaf para ajudá-lo
com ela. - A voz dela estalou e quebrou. — Fui eu quem cuidou de
Ream. Eu o acalmava quando ele estava doente. Esperei por ele no topo
da escada do porão, todos os domingos. Fui eu.
Eu coloquei a minha mão sobre a minha boca e olhei ao redor
freneticamente para vomitar em alguma coisa. Eu consegui pegar uma
sacola plástica do chão, mesmo com meus pulsos amarrados na minha
frente. Lance estendeu seu lenço quando terminei de esvaziar o
conteúdo do estômago, e chutei a mão dele fora.
Alexa estava rindo e tinha grande prazer em tudo isto.
— Ele não dormiu com os seus colegas ou quem diabos que eles
eram, Não foi? Eles eram pedaços de merda contratados. - Não precisei
perguntar por que eu já sabia. Trabalhando no bar para nos vigiar,
tornar-se nossa amiga, Lance. A galeria. Oh Deus, a galeria.
Virei-me para o Lance.
— Você não possui duas galerias em Nova York, não é?
— Não. Eu não sei merda nenhuma sobre arte. Aluguei a Galeria
após o proprietário anterior ter um... Acidente repentino. - Oh Deus.
Eles fizeram isso para o Lance ficar perto de mim, então eu ficaria longe
do Ream quando ele voltasse da turnê. Ele me fez contratar Molly para
a minha amostra de arte, ele me pediu para Brett e Emily convidarem
os seus amigos, porque o Lance não tinha quaisquer contatos exceto
talvez drogados vagabundos.
Mas o plano da Alexa para manter Ream e eu separados não
funcionou, então ela foi mais longe. Ela tentou que me estuprassem.
Ela cortou meu rosto, esperando que Ream não fosse me querer. Mas
nada disso funcionou então ela armou para ele. Convenceu-o a entrar
na casa dela, fingindo que ela estava com medo e, em seguida, deu-lhe
uma bebida, drogada sem dúvida. Pela manhã, ela me mandou uma
mensagem dizendo que o Ream estava lá para que eu fosse é o pagasse
me traindo. Mas ele não tinha me traído, não tinha?
Oh Deus, Ream. Eu senti vontade de me enrolar numa bola e
chorar por nós, e ao mesmo tempo gritar bem alto e mergulhar em cima
da Alexa e rasga-la em pedaços com as minhas unhas.
O carro freou e parou.
— Oh, aqui estamos. Pronta para se divertir Kat. - Alexa saltou
fora do carro como se fosse para um parque de diversões.
— Fora. Agora, - Lance ordenou quando permaneci sentada
tentando acalmar o meu corpo para o que eu estava prestes a fazer.
Eu saí do carro, e instantaneamente me engasguei com o cheiro
de lixo podre. Estávamos parados na estrada com uma cerca quebrada
à direita que levava a uma velha casa arruinada. As janelas estavam
todas tapadas com madeira compensada e havia grades nas janelas do
porão. Santo Cristo. Eu tinha que sair daqui. Se eu entrasse naquela
casa tinha uma sensação que nunca iria sair novamente dela. Eu
prefiro levar um tiro a viver os meus dias finais naquele lugar.
Um cara, que assumi ser o motorista, agarrou o meu braço e me
arrastou para frente. Eu tropecei e caí sobre um joelho. Tão logo ele se
inclinou para me levantar, eu levantei e meti meu joelho na sua cara ao
mesmo tempo. Eu senti os pedaços do seu nariz baterem na minha
rotula. Ele xingou e eu corri.
Eu não tinha corrido desde o novo sintoma nas minhas pernas, e
eu não sabia até onde conseguiria ir, mas não ia ser uma galinha
atraída a uma casa dos horrores de uma puta maluca.
Já minhas pernas tinham outras ideias e o esforço foi demais. Eu
caí de cara primeiro com o rosto no asfalto, e minhas pernas perderam
o controle. Eu gritei quando uma mão agarrou o meu cabelo e me
puxou para cima. Tentei ficar de pé, mas não sentia força nelas eu
estava sem equilíbrio.
Ele puxou com força.
— Levante-se.
— Eu não posso seu bastardo.
— Puta, você vai andar. - Ele me chutou nas costelas e senti que
um dos ossos quebrou e perfurou meu pulmão enquanto a agonia
rasgou através de mim. — Levante-se. - Ele me chutou de novo e tentei
tirar o meu cabelo das suas garras, mas não consegui. Ele me bateu no
estômago, e eu fiquei pendurada em seu agarro enquanto eu engasgava
com falta de ar.
— Pare. Levante-a. Não seja um bastardo preguiçoso, Greg, -
Lance disse. — Nós temos de... - Ele olhou para mim —... Tratar de
umas coisas.
Era eu o assunto a tratar.
Tiraram minha roupa, exceto a minha calcinha e sutiã, e não foi
uma tarefa fácil. Lutei contra o bastardo Greg, com tudo o que eu tinha.
Mesmo com minhas mãos amarradas, eu consegui dar um pontapé no
seu plexo solar, que o deixou ofegando por ar, e depois eu cuspi na cara
dele. Ele me algemou acima da minha cabeça doeu muito, mas valeu a
pena assistir à minha saliva acertar em seu olho.
Lance ficou por perto e observou, apenas se divertindo com a
minha luta inútil. Alexa desapareceu em algum lugar dentro da casa.
Foi aqui onde Ream e Haven passaram dois anos da sua
juventude?
Nós tínhamos passado por uma cozinha imunda, com pratos
empilhados na pia, e o que parecia ser molho de tomate espalhado por
todas as paredes brancas manchadas de fumaça. Fomos para baixo
através de um conjunto de escadas de madeira num porão escuro e
empoeirado. Estremeci todo o corpo enquanto crescia um sentimento
sinistro como um tambor calmamente batendo, cada vez mais alto.
Deus, isto tinha que ser onde Ream era levado cada sexta-feira e
sábado à noite. Eu não poderia sequer começar a compreender o terror
que um jovem rapaz deve ter suportado andando até aqui.
Greg abriu uma porta, e em seguida, me jogou no chão de
cimento. Eu estava prestes a ir para longe quando ele me agarrou pelos
cabelos e arrastou-me por toda a superfície áspera. Eu freneticamente
agarrei os seus pulsos, tentando aliviar a pressão no meu couro
cabeludo, em seguida, empurrei sobre meus pés.
— Pare. Eu posso andar. Seu bastardo. Pare.
Ele me deixou ir por um momento e olhei em volta, meu coração
batendo mais rápido, e mais rápido, quando olhei para a cama de
dossel com a cortina branca puxada para trás. Então, eu notei as
correntes anexadas aos pés da cama e a parede de pedra com a coleção
de engenhocas. Havia algo que me lembrou de um saco para os ginastas
praticarem boxe. Ele tinha uma almofada vermelha em cima e depois
algemas acolchoadas presas ao pé dele.
Medo atingiu o meu corpo como seixos sendo jogados em mim.
Era doloroso respirar, meus pulmões lutando por ar quando eu percebi
que este... Este lugar era onde Ream tinha vindo a cada sexta-feira e
sábado à noite.
Ele disse lá em baixo. No porão.
Ream. Não. Não. Não podia sequer imaginar como seria para um
garoto com catorze anos vir aqui. Ter que...
— Oh Deus. - Eu estremeci violentamente e depois rastejei até
lixeira ao lado da cama e vomitei.
— Foda, - Greg murmurou. — Puta estúpida. - Ele esperou até
que o meu estômago parasse de se contrair e então me apanhou e me
jogou na cama.
Eu tentei fugir pelo outro lado, mas ele agarrou meu tornozelo, me
puxou de volta, em seguida, colocou uma algema fria de metal em torno
dele que estava anexada a um dos postes da cama.
— Não. Raios, não. - Eu gritei e puxei as correntes para ficar livre,
enquanto Greg agarrava os meus pulsos e os soltava. Assim que eles
ficaram livres, puxei freneticamente as algemas que estavam nos meus
tornozelos. Ele agarrou um pulso e repetiu o processo, até que eu
estava deitada de costas, de pernas bem abertas, arfando e me
contorcendo, as correntes batendo contra os postes da cama enquanto
eu lutava para me libertar.
— Guarde suas forças. Seu primeiro cliente deve chegar dentro de
uma hora, e ele gosta de uma boa briga. - Greg riu e então eu ouvi a
porta bater.
Não havia razão para gritar. Mas eu gritei de qualquer jeito. Não
havia nenhum sentindo em tentar escapar das algemas — mas fiz da
mesma forma. E fiz até que estava sangrando e minha garganta estava
tão dolorida que, quando eu gritei, eu tive um ataque de tosse.
Ninguém veio.
E eu fiquei deitada tremendo na cama, sangue seco nos meus
pulsos e tornozelos da luta com as algemas. Constantemente ouvia os
passos, portas abrindo, e o medo constante que logo seria estuprada.
Mas a porta não abriu durante horas.
Então ela abriu.
— O que eu te disse?

Ele estava com raiva de novo. Fiz ele ficar com raiva porque eu tentei
fugir.

Não podia evitar. Eu o odiava tanto. Doía tanto. As mulheres nunca me


machucavam; Elas cuidavam de mim. Não doía. Ele me machucava.

Eu tinha que protegê-la.

— Por favor, tio Ben. Eu não queria. - Eu nunca tive um tio. Nem sei se eu
tinha algum parente. Ben insistiu que o chamasse assim. Ele gostava.

Ele me encarou longamente e com dureza, os seus olhos olhando para


mim, com luxúria. Eu queria correr e vomitar. Meu estômago se apertou.

— Seja um bom menino, então. Vire-se e me deixe fazer isto.

Eu fechei os meus olhos e levei a minha mente para um lugar legal como
o parque onde Haven e eu fomos no outro dia depois da aula. Foi
divertido. Eu ri, assim como a Haven.

Eu coloquei meu rosto no travesseiro, meus dedos apertando em torno do


material.

Então eu fui para bem longe.

Não conseguia ver quem estava se aproximando da cama, uma vez


que as correntes estavam muito apertadas, impedindo de eu sentar. Os
meus lábios ficaram colados por causa da desidratação, e eu senti como
se minhas pálpebras tivessem pesos colados nelas. Estava com medo de
cair no sono, mas meu corpo lutou comigo, o esgotamento físico e
mental tentando me levar para a escuridão.
Quando a garota chegou perto, segurando uma garrafa de água,
quase implorei. Mas não precisei; Ela quebrou a tampa plástica e a
segurou entre os meus lábios e deixou a água sair da garrafa.
O líquido fresco facilmente deslizou pela minha garganta, e eu
engolia tão rápido que a garrafa começou a amassar enquanto o ar saía
dela. Ela afastou, e eu puxei para cima as correntes tentando recuperá-
la.
Ela apenas esperou até que a forma da garrafa voltasse ao normal
e então voltou a colocá-la nos meus lábios. Eu a chupei até acabar com
a água. A menina a levou embora e então olhou para baixo para mim.
Olhei de volta, perguntando-me se ela era uma prostituta. Se ela era,
então ela teria muitos clientes porque ela era deslumbrante. Feições
suaves, delicadas e sutis para combinar com seus olhos que eram da
cor mais estranha — cinza com um toque de verde pálido salpicado nas
profundezas. Eles eram da mesma cor dos de Ream, caídos
ligeiramente, mas vívidos e com tanta expressão. Eu reconheci a
tormenta que eu tinha visto no Ream.
O cabelo dela fluía passando os ombros em cachos, a pálida pele
impecável combinava com o seu cabelo louro. Não era loiro brilhante;
era um loiro tranquilo que não era agressivo quando você via a cor,
combinando com tudo nela.
Mas com toda a sua beleza foi outra coisa que me chamou a
atenção, a marca no interior do pulso. Eu só a vi por um segundo,
quando ela chegou para frente para me dar água pela segunda vez, e
então a manga de seu vestido de seda branco deslizou sobre ela
novamente.
Parecia uma... Uma marca. Palavras chamuscadas que queimaram
a sua pele. Ela começou a se afastar levando a garrafa vazia com ela
quando a chamei.
— O que vai acontecer comigo?
Quando ela virou foi gracioso e fluído, o vestido de seda flutuando
ao redor de suas pernas enquanto ela se mexia e, em seguida,
ajustando-se em suas coxas magras. Eu queria implorar para ela me
ajudar, a me deixar ir, mas implorar nunca ajuda. Só faz você parecer
fraca, e eu sabia que essa garota não me libertaria. Ninguém o faria.
— Você vai morrer se ela conseguir fazer o que quer. - Mesmo as
suas palavras me atravessando como uma faca, sua voz era doce e
suave, combinando perfeitamente com todo o resto dela, exceto com o
vazio em seus olhos. Não via esperança, alegria, ou até mesmo raiva.
Eles estavam apenas olhando e assistindo, não reagindo, no entanto lá
estava escondido um tormento familiar.
— Por quê?
Ela não disse nada.
— Por que me trouxe água se eu vou morrer de qualquer jeito?
Você se excita em ver uma garota em correntes? Qual é a próxima
coisa... Você vai me dar uma surra? Vai estragar o seu lindo vestido de
seda com meu sangue? - Eu sabia que deveria ficar de boca fechada,
mas se eu ia morrer então eu ia morrer lutando. — Eu nunca vou
implorar. Você pode me chicotear até eu morrer, mas nunca vou lhe
pedir para parar.
— Eu estava com medo, - ela disse num sussurro rouco silencioso.
— Eles estão sempre observando.
— O que você quer dizer? - Ela caminhou em direção à porta e a
abriu. — O que você quer dizer? - Eu gritei.
A porta se fechou.

Greg me acompanhou até o banheiro. Meus braços e pernas


estavam tão restritos que não tinha a capacidade de lutar com ele. Ele
manteve os olhos dele fixados em mim enquanto eu baixei a minha
calcinha e me sentei no vaso sanitário. Demorou alguns minutos antes
de eu finalmente conseguir fazer as minhas coisas; medo do palco
assumiu um significado completamente diferente.
Lavei meu rosto e as mãos e depois seus dedos quentes enrolaram-
se no meu braço, enquanto ele me levava de volta para a cama. Eu
hesitei e ele me puxou rápido que eu bati no peito dele. Suas
sobrancelhas escuras curvaram por cima dos seus olhos marrom-
merda. Seu igual cabelo marrom-merda caia com fios gordurosos na
testa. Seus dedos envolvidos num aperto doloroso enquanto ele me
empurrou para a cama.
Eu balancei minha cabeça para frente e para trás, o instinto de
lutar em mim, enquanto nos aproximávamos para o que se tornou
minha gaiola. Uma gaiola de conforto e beleza enganosa, mas era isso o
que era. Este era um local de sacrifício não importa como eu olhasse
para ele. Eu ia morrer aqui. Usada até morrer. Levada a implorar, mas
eu não iria, e eu sabia que assim seria pior para mim.
Greg me jogou com a cara primeiro na cama, e então ele estava em
cima de mim, as coxas em cada lado da minha pélvis.
— Saia de cima de mim. - Entrei em pânico, meu coração batendo
no meu peito e meu pulso acelerado descontroladamente, enquanto
tentava escapar. Eu me movi descontroladamente e coloquei ambos fora
de equilíbrio. Caí sobre o piso de cimento, o meu joelho direito batendo
com tanta força que eu gritei de dor.
Greg não teve misericórdia quando ele me pegou num aperto que
ia deixar contusões e forçou novamente a minha cara para baixo na
cama. Logo eu estava acorrentada, mas pior, eu estava deitada no meu
estômago. O pânico de ser incapaz de me mover correu através de mim,
e eu puxei as correntes, arqueando as costas, minhas bochechas
pressionando o travesseiro.
— Não vai demorar muito agora, - Greg disse e depois saiu
casualmente da sala como se não fosse nada com ele — que uma
mulher raptada e acorrentada a uma cama fosse uma ocorrência
habitual.
— Boa! Diz a essa vadia que eu estou esperando por ela. - Não sei
se ele ouviu tudo isso, porque a porta se fechou no meio dos meus
gritos.
Devo ter adormecido porque quando abri os olhos à menina de
olhos cinza estava ao lado da cama, com outra garrafa de água na mão.
Ela estalou o invólucro de plástico e a tampa caiu no chão. Levantei a
minha cabeça, tanto quanto pude, e ela serviu a água na minha boca.
Embora metade dela escorregasse para o lado e ensopasse o travesseiro.
Ela colocou o seu dedo sob o meu queixo, para me ajudar e derramou
mais lentamente o líquido fresco, então eu pude engolir mais fácil.
— Há quanto tempo estou aqui? - Eu perguntei quando a água
acabou.
— Um dia e meio. - Ela me olhou por alguns segundos, suas
delicadas sobrancelhas finas curvadas sobre os olhos dela. Ela inclinou
a cabeça para frente para que o cabelo dela balançasse para frente e
escondesse o seu rosto. — Ele está aqui, sendo forçado a olhar para
você, - ela sussurrou e então ela girou sobre seu calcanhar e ouvi a
porta abrir e fechar.
Eu sacudi as correntes. O quê? O que ela quis dizer? Oh Deus, por
favor, que não seja o Ream. Prefiro morrer aqui sozinha, com fome e
quebrando até... Eu já não existir. Uma casca vazia sem nada para
amar, para dar a alguém, para sentir.
Era isso o que o Ream tinha querido dizer? Como ele se sentiu toda
a sua vida — até mim.
Querida. Era a sua voz na minha cabeça que iria me salvar agora.
Linda. Ele era tudo o que me restava, e quando morresse, seria
com os seus braços ao meu redor.
Eu te amo, Kat.
Eu fechei meus olhos e ouvi a voz dele mais, e mais, na minha
cabeça. E então, depois de um tempo, eu suspirei quando a minha
mente me levou... Deu-me a ele e eu dormi em seus braços.
Acordei descobrindo algo pesado em cima de mim. Um braço
enrolado na minha cintura, puxando-me para cima, então as correntes
foram esticadas e algemas escavadas em minha carne.
Lábios frios no meu pescoço.
Não. Não.
A pele nua quente em cima de mim cheirava a menta... Oh Deus,
era ele. Meu estômago se revoltou e engoli, tentando manter a água
dentro de mim, enquanto o corpo pesado me puxou apertado contra ele.
Foi seu sussurro contra meu ouvido que me deixou selvagem.
— Desta vez temos muito tempo e ninguém vai te ouvir gritar.
Eu gritei de qualquer maneira. O mais alto que pude. Lutando.
Meus braços se esforçando contra imóveis correntes. Ele era muito
forte, e eu era como uma boneca de pano amarrada, patética e fraca.
Incapaz de me libertar. Incapaz de fazer mais do que o excitar pela
minha luta.
Senti seu pau inchar e me movi quando ele o esfregou contra a
minha bunda. As suas coxas me prenderam entre as suas pernas como
troncos de árvore.
— Oh, Jesus, sim, você é melhor do que a Alexa me prometeu.
Uma lutadora real. - Ele beijou a minha nuca, sua língua deslizando
pela minha carne até o meu ombro. Ele circulou e beijou o meu sinal e
então me mordeu com força.
Gritei enquanto sentia a agonia de seus dentes rasgando a minha
pele, meu corpo esticando com tensão.
— Você sabe que eu fodi seu namorado nesta mesma cama. Ele
gritou também. - Eu me engasguei com a bílis que subiu na minha
garganta e enfiei o meu rosto no travesseiro. — Ele lutou como você,
pelo menos ele o fez os primeiros meses. E depois... Depois eu acho que
ele gostou. Ele adorava especialmente quando eu dava um boquete.
Claro que isso era depois que ele tinha tomado conta de mim.
Não. Ream. Não. Era por isso. Oh Deus.
Eu te amo.
Eu te amo, Ream.
— Você vai parar de lutar contra mim também. E então teremos de
experimentar coisas novas. - Ele mordiscou minha orelha, sua
respiração pesada, como se o seu peso o dificultasse a respirar.
O estrondo alto fez ambos nos mover, exceto que eu não tinha para
onde ir e eu não pude ver a causa disso, mas pude ouvi-lo.
— De o fora de cima dela. - A voz da Ream estava misturada com
tanta raiva que estava quase irreconhecível.
O peso desapareceu.
— Quem diabos é... Jesus, é o garoto. Olhe para você, todo
crescido.
— Sim, e você é o tio de merda Ben, o bastardo que vai morrer me
implorando por misericórdia desta vez.
A alegria e o medo me atingiram como um desfile de fogos de
artifício. Foi o alívio por ele estar aqui e, em seguida, terror porque que
se ele estava aqui, então ele poderia ser um prisioneiro também.
— A chave. Na gaveta da mesinha de cabeceira. Destranque as
suas algemas. - Eu não podia vê-lo, mas o veneno na voz dele teria feito
qualquer um fazer o que ele disse, mesmo que ele não tivesse qualquer
arma. — Agora! Eu ouvi a porta se fechar.
O metal cortante caiu dos meus tornozelos e, em seguida, dos
pulsos, e a primeira coisa que fiz foi me enrolar numa bola, meus
joelhos no meu peito e meus braços ao redor deles. Era protetor e
instintivo, como se o meu corpo precisasse se sentir após ser forçado a
estar separado por dois dias.
— Kat. Você precisa se levantar. - Fechei os olhos, deixando sua
voz cair sobre mim como água fria. — Kat. Faça-o agora, querida. Vá
para o banheiro e feche a porta, - ordenou Ream.
Silêncio.
Ninguém se moveu.
Então eu me endireitei e levantei a minha cabeça, procurando por
ele.
Foi o meu soluço estrangulado rasgando a minha garganta que
rompeu o silêncio. Em pé, com nada além de uma faca que segurava em
sua mão ao seu lado, e uma escuridão mortal em seus olhos raiados de
sangue. E foi assustador. Ele era terrível e belo, tudo ao mesmo tempo.
Não havia nada em seus olhos exceto frieza, uma frieza que
emanava de todas as partes do seu corpo enquanto ele lentamente
percorria o meu com o olhar. Era como se as mãos dele estivessem
correndo pela minha pele, e a minha pele se arrepiou com o seu olhar
frio.
— Vá ao banheiro e não saia até que eu diga.
Eu assenti e escorreguei pelo lado da cama, e recuei lentamente do
Ben, pelo menos era como todos o chamavam, e suspeitei que neste
lugar ninguém usasse os seus nomes reais.
Os olhos do Ream estavam fixados no pedaço de merda nu de
cinquenta anos. Havia um olhar nos olhos dele que estava cheio de ódio
por Ben. Era forte. Determinado. Era como se uma represa tivesse
quebrado e toda a dor que ele sofreu nas mãos deste homem se revelou
nos seus olhos.
Ódio. Puro ódio, tão profundo que só poderia ir por um caminho.
Eu permaneci no batente da porta, com medo de deixar Ream,
medo de fechar a porta e ele desaparecer.
Ele nem olhou para mim quando ele disse:
— Abra todas as torneiras.
A fria voz dele ainda conseguia mexer com toda a minha pele como
asas de borboleta.
— Ream. - Os olhos dele permaneceram colados em Ben. — Eu te
amo. Aconteça o que acontecer.
Eu vi uma minúscula descontração na sua postura, nada que
ninguém notaria, mas eu a vi. Eu conseguia ver. E eu sabia exatamente
o que ele ia fazer com o Ben, e não me importava. Ele precisava saber
disso. Ben merecia as consequências do que ele tinha feito a Ream e a
muitos outros ao longo dos anos.
— Você ama este prostituto? - Ben riu, mas era um som inquieto
com um ligeiro tremor nele. Ele estava com medo de Ream. Como ele
deveria ter. — Isso é tudo o que ele é. Um prostituto. E ele gostou. Ele
gritou meu nome quando ele...
— Feche a porra da porta, Kat, - Ream gritou.
Bati a porta, em seguida, liguei as torneiras no máximo. Sentei-me
no chão o mais longe da porta que pude.
— Vou partir você em dois, seu merdinha.
— E eu vou deixar você tentar. Mas saiba que você vai morrer pelo
que fez a mim e a Kat. - A voz de Ream era firme e lenta, cada palavra
pronunciada com uma ameaça óbvia.
Quando começaram os gritos... Eu coloquei minhas mãos sobre
meus ouvidos.
Foi um longo tempo antes dos gritos de Ben tornaram-se gemidos
de mendicância, antes de finalmente o silêncio.
Não me movi, eu estava enrolada com a cabeça entre as pernas, os
braços em volta do meu corpo.
Senti suas mãos em meus braços, seu cheiro que me cercava, me
confortando enquanto eu respirava. E então ele estava ao meu redor.
— Baby.
Isso era tudo o que tinha. Aquela voz suave familiar que afundou
em mim. Eu violentamente joguei meus braços ao redor dele.
— Ream. Oh Deus. Ream.
Ele acariciou minha cabeça e enterrou o rosto no meu pescoço. Eu
nunca senti como se estivesse em casa até aquele momento.
Não era sobre o lugar, foi à pessoa que fez a casa. E eu não tinha
dúvida de que Ream era meu.
— Eu sinto muito. Eu pensei... Eu deveria saber. Eu deveria ter
confiado em você. - Toda a dor que eu causei-nos por não acreditar
nele.
— Shh. - Ele se afastou e eu não queria que ele se afastasse.
Eu queria que ele me mantivesse em seus braços para sempre. Ele
insistiu embora e rapidamente tirou a camiseta e colocou sobre a minha
cabeça. Em seguida, ele segurou minha cabeça entre as mãos para ter
certeza de que eu era coerente e ouvia, porque eu estava chorando
incontrolavelmente agora.
— A prova foi muito contundente, baby. - Ele acariciou minha
bochecha com o polegar. — Eu não confio em mim mesmo. Eu sabia
que nunca faria isso com você, mas... acordar assim. Não me
lembrando. Todas as memórias fodidas deste lugar... Bateu-me e eu não
conseguia pensar direito. Fez-me mal ao pensar que eu fiz isso com
você.
Beijei seus lábios, o nariz, as bochechas.
— Você não fez Ream. Deus, eu te amo. E eu quero sair daqui e te
mostrar o quanto. Talvez possamos ir para a casa de campo por um
tempo e...
— Não. Ainda não. Ok? - Ele puxou minha cabeça em seu peito e
beijou o topo da mesma. — Nós não podemos ir ainda. Um pouco mais.
— Ream, temos que sair daqui. - Eu queria olhar para ele, mas ele
manteve a cabeça enfiada em seu peito e eu escutava o ritmo constante
do seu batimento cardíaco. Foi reconfortante, como se eu estivesse
encapsulada em meu cobertor favorito.
Ele enfiou a mão na minha e deu um aperto de luz.
— Nós temos tempo. Como está se sentindo? Suas pernas estão
bem?

— Elas estão bem, não fiz muito esforço deitada em uma cama por
quase dois dias. - Eu tentei olhar para ele, mas o corpo de Ream
endureceu e seus braços se apertaram ao meu redor. — Quem é... Era
ele? - Eu sabia, sem a menor sombra de dúvida de que Ben estava
morto.

— Só um tarado que precisava de medo para fazê-lo sair. Agora


acabou, baby. - Ream teve que viver todos esses anos sabendo que este
homem estava andando livre, magoando os outros. Encarceramento não
foi suficiente para alguém assim. Ream tinha sido tão jovem... Ben
merecia tudo o que Ream lhe fizera.
— Alexa... Ela é insana, Ream.
Ele acenou com a cabeça.
— Quando criança, ela era obsessiva e cruel. Eu suspeito que ela
fosse a razão pela qual muitos dos animais no bairro
desapareceram. Mas ela tentou me proteger, mesmo com 12 anos de
idade. Ela levantou-se para o pai e pediu-lhe para não me levar lá
embaixo. - Ele fez uma pausa. — Ela segurava minha mão todo o
caminho até a porta que dava para baixo. Seu pai não a deixava chegar
mais longe e, em seguida, ela beijava minha bochecha e apertava minha
mão e me dizia que estaria tudo bem. - Ele balançou a cabeça e
suspirou. — Nunca estava bem. Mesmo quando ela estava esperando
por mim quando eu voltava, por vezes, tão abatido que eu tinha que ser
feito. Lenny foi inflexível sobre seus clientes não deixando cicatrizes. Ele
queria manter a minha aparência de inocência, disse. Pagava mais. - Eu
engasguei com meu soluço querendo que ele parasse, mas sabendo que
ele precisava disso. — Alexandria me cuidava de volta à saúde e até
segunda-feira eu estaria de volta na escola e tudo seria normal
novamente. Semana após semana, a mesma coisa, até que ele
finalmente parou. Alexa pensou que ela ia implorar, mas a verdade é
que a dívida da minha mãe foi paga e Lenny surpreendentemente
manteve sua palavra.
Eu balancei a cabeça. Não a faz uma boa pessoa embora. Ele
proxeneta para fora uma criança de dois anos.
— Ela tinha quatorze anos depois, e já não era uma menina
tentando salvar seu herói, era uma menina querendo fazer seu herói
dela. - Seus braços se apertaram em torno de mim e ele respirou fundo
várias vezes. — Eu nunca fui um herói maldito, muito menos dela. Eu a
odiava pelo que ela fez. Eu não queria que ela ajudasse. Ela teve uma
vida difícil também. Mal tinha o suficiente para comer, mas com todos
os drogados que vieram para a casa, Lenny nunca deixou ninguém
tocá-la. Mas ela tinha um ciúme doentio de Haven. Ela fingiu não ter,
mas eu a vi sempre tentando nos manter separados, culpando Haven
por qualquer coisa que desse errado. - Ele resmungou.
Fiquei quieta um segundo, então eu disse:
— Eu te amo, Ream.
Ele olhou para mim e eu vi o frio prolongado.
— Eu vou tirar você daqui.
— Nós.
— Baby. - Ele se inclinou em seguida, começou a beijar as
manchas de lágrimas. — Não vai funcionar dessa maneira. Não desta
vez.
Suas palavras me bateram com tanta força que tirou o fôlego de
mim.
— Não. - Ele tentou me beijar de novo e eu puxei de volta. —
Não. Ream. Não.
Ele suspirou acariciando o lado do meu rosto ao longo da borda da
minha cicatriz depois a beijou, a ponta de veludo de sua língua
acariciando a superfície levantada. Quando ele se afastou havia tanta
tristeza em seus olhos.
— Eu fiz isso.
— O quê?
— Tudo isso é culpa minha.
— Não, é da Alexa. É da sua mãe por vender seus filhos para
Lenny para o dinheiro da droga. Eu não me importo quantas cicatrizes
eu tenha desde que você esteja comigo. Eu posso lutar se eu sei que
você está ao meu lado. - Eu coloquei minhas mãos em cada lado seu. —
Ream. Não. Eu não vou sair daqui sem você.
Ele gemeu.
— Não. Prometa-me.
— Baby...
Eu estava tremendo e balançando a cabeça para trás e para
frente.
— Não. - Eu tentei me levantar, mas ele encostou-se à parede e me
arrastou com ele. — Nós temos que ir.
Minhas costas estavam firmes contra seu peito e seus braços
estavam ao meu redor, com os dedos ligados. Ele me manteve trancada
contra ele enquanto eu lutava para me libertar. Para tirar-nos daqui.
— Kat, eu preciso que você pare. Pare de lutar contra mim.
Bati meu punho em sua coxa, e ele beijou o topo da minha
cabeça.
— Precisamos ir embora. - Mas desta vez a minha voz era um
sussurro, porque eu estava percebendo que isso... Ream estar aqui
comigo tinha mais do que eu pensava.
— A mente de Alexa é deformada. - Ream acariciou meus braços
lentos e casuais, como se estivesse sentado no banco dos réus e ele
estava me contando uma história. — Ela cresceu cercada por
drogados. Sua mãe... ela fugiu quando Alexa tinha dois anos, pelo
menos é o que o rumor era. O mais provável é que ela teve uma
overdose. - Ele baixou a voz. — Só há uma coisa que ela quer.
Meu coração bateu no meu peito.
— Ela não pode tê-lo. Você é meu. Eu não vou deixá-la ter você.
Sua boca estava no meu cabelo e eu senti a curva de seus lábios.
— Oh, baby, eu adoro ouvir isso mais do que qualquer coisa. Essas
palavras de seus lábios... Eu te amo, Kat. - Eu ouvi a hesitação e minha
respiração engatou. — Mas eu não posso deixar nada acontecer com
você, você sabe disso, certo? Eu lhe disse. - O medo me chocou como
um caminhão Mac, e eu tentei virar, mas ele segurou firme.
Eu não podia. Eu não faria isso. Ele ia fazer algo estupidamente
corajoso ou simplesmente estúpido, e eu não iria deixá-lo.
— Não.
— Kitkat. - Seu tom era forte e feroz, mas eu sabia que não
importa o que ele disse, eu nunca o deixaria para trás.
— Não, você prometeu se casar comigo. - Eu o senti parar de
respirar, seu corpo enrijecer, e depois era como se ele deixasse tudo ir e
trouxe o calor em torno de mim e me levou para ele.
— Mesmo depois de saber... O que eu era?
Eu arranquei dos braços e me virei e agarrei-o pelas bochechas.
— Sim. Nem sequer questione isso. Nunca. Eu me apaixonei por
você, e isso é tudo de você. O que aconteceu aqui é parte de quem você
é agora, e é o homem que eu amo.
Ele olhou para mim por alguns segundos, em seguida, um rosnado
baixo saiu de sua garganta e ele me beijou. Era duro e inflexível, como a
corrida de um rio selvagem. Apesar de onde estávamos às
circunstâncias, não importa, porque nós tivemos um ao outro. Sua
língua procurou a minha, e a doçura invadiu me trazendo para ele,
nossos lábios bloquearam juntos como latentes elos de metal a serem
soldados.
Ele foi o primeiro a se afastar, e eu senti o seu corpo no meu ceder
e isso me assustou, porque parecia a derrota.
— Ream? Por que não podemos ir embora? - Esta... Sentado aqui
esperando... Mas para quê? Ele não estava certo. Alguma coisa estava
fora e meu estômago parecia uma maré colidindo com pedras
irregulares e outra vez.
Ele suspirou e baixou os olhos.
Não. Não. Eu sabia que algo estava errado. Devemos estar em
execução para as nossas vidas, e nós estávamos sentados aqui no
banheiro.
— Ream. Não.
— Kat...
Senti as lágrimas, lágrimas estrangeiras, que agora não eram tão
estranhas mais.
— Não, não diga isso. Eu não vou embora sem você. - Eu tentei me
levantar de novo, mas ele me segurou para ele. — Ream vamos. Nós
podemos fazer isso.
— Não, querida. Nós não podemos.
Engasguei de volta o meu soluço e me arranquei de seus braços,
lutando para os meus pés.
— A porta, ela nunca estava trancada, podemos sair daqui. - Ream
estava sentado no chão, com os joelhos dobrados, me observando. O
medo era como uma aranha tecendo sua teia em volta de mim. —
Levante-se, dane-se.
Ele estava tão calmo. Muito calmo. Renúncia. Oh Deus. Não. Mas
isso fazia sentido. Como ele me encontrou. Como ele só andou bem aqui
e ninguém fez nada. Como não havia pressa para sair. E então eu fiz o
que eu jurei nunca mais fazer de novo.
— Por favor... Por favor... Ream podemos tentar. Por favor.
Ele se levantou e andou até mim e me segurou em seus braços
enquanto eu implorei através das minhas lágrimas. Ele acariciou
minhas costas e enxugou as lágrimas com a ponta do polegar, lentos e
suaves, os olhos cheios de preocupação, por mim. E foi
enlouquecedor. Eu queria sacudi-lo e gritar e implorar e depois executar
a partir deste lugar com os dedos fechados com o meu.
— Alexa... Ligou-me. Fez-me um acordo. Era a única maneira de
chegar até você rápido o suficiente antes de Ben... - Oh Deus, eu não
queria ouvir o resto. Eu só queria levá-lo e correr. — Baby olhe para
mim.
Eu fechei os olhos quando ele inclinou a cabeça para cima.
— Eu preciso que você olhe para mim.
Eu não queria, porque eu sabia o que eu veria... A aceitação do que
isso era.
É o que ia acontecer aqui. Ele beijou cada pálpebra.
— Abra-os, linda.
Eu fiz e tudo dentro de mim estava gritando.
— Deck. Deck virá.
Ele balançou a cabeça.
— Deck não vem. Ninguém sabe onde estamos.
Minha respiração engatou.
— Mas ele vai descobrir isso. Georgie vai chamá-lo e ele vai nos
encontrar.
Ele acariciou o lado do meu rosto e eu me inclinei para ele.
— Deck está no Afeganistão. Mesmo que Georgie possa alcançá-lo
novamente... Eu não vou arriscar sua vida, Kat.
— Você está me dizendo que você veio aqui sem dizer a
ninguém? Jesus, Ream, por quê?
— Porque eu quero que você viva. Não vou arriscar a sua vida. Ela
vai deixar você ir e isso vai acabar. - Ele se inclinou e beijou minha
bochecha. — Eu vou sair. Eu vou voltar para você.
— Não.
Eu me empurrei para longe dele e empurrei-o para trás.
Eu me virei e comecei a andar para fora do banheiro, em seguida,
parei quando eu vi o corpo. Ben foi espalhado como águia na cama,
algemado.
Havia vergões e sangue por todo o corpo, como... Eu olhei para trás
por cima do meu ombro para Ream e ele olhou para trás, com uma
expressão fria, indiferente em seus olhos.
Ele sabia exatamente o que ele fez e não havia um lampejo de
remorso. Ben tinha danificado Ream por dois anos. O que aconteceu
nesta sala tinha sido horrível para Ream. Ele não tem que me dizer
nada disso; eu vi tudo isso no corpo deitado imóvel. De repente, a porta
se abriu. Eu cambaleei para trás até que eu bati no peito de Ream e
senti suas mãos em meus braços me segurando firme.
Alexa caminhou com Greg e Lance, seu sorriso cúmplice brilhante
quando ela olhou para a cama e depois para nós.
— Muito bem, Ream. - Ela apontou para o corpo sem vida de
Ben. — E merecedor, eu imagino. Eu sabia que você gostaria do meu
presente. Ben era todo vertiginoso sobre ser capaz de foder sua
namorada aqui. Não demorou muito para convencê-lo a vir aqui. - Ela
inclinou a cabeça para Lance e Greg, e encaminhou-se para nós.
— Não. Espere. - Toda a esperança que eu senti quando Ream
caminhava por aquela porta tinha ido embora. Os dedos de Ream
apertaram meus braços e eu senti sua respiração em meu ouvido
enquanto ele falava:
— Ela vai deixar você ir. Você a pé viva.
— Você confia nela? Você acha que ela vai me deixar ir? - Eu
quebrei livre de seu aperto e me virei em seus braços. — Ainda não
acabou.
— O que você está dizendo? Ream, maldição. Você não pode... -
Eu não poderia mesmo começar as palavras pelos meus lábios. Como
ele poderia hospedar-se com Alexa. Para o que... A minha liberdade? A
minha vida? Como eu poderia viver todos os dias sabendo que ele
estava com ela. Forçado a ficar.
— Kat, ouça-me. - Ele olhou para cima e seus olhos se estreitaram,
e eu suspeitava que Lance e Greg estivessem se movendo sobre nós. —
Vá para casa. E você não vai dizer uma palavra a ninguém sobre o que
aconteceu comigo. Vamos desaparecer daqui e isso vai acabar. Isso não
é um pedido.
Eu tremia tanto que eu pensei em desmoronar. Ele não podia dizer
isso. Deck e os seus homens, que fizeram esse tipo de coisa... Ele tem
Emily fora do México. Ele ajuda...
— Ela está planejando isso há anos. - Ele agarrou meus braços e
me sacudiu como se ele soubesse exatamente o que estava passando
pela minha cabeça.
— Kat, anos. Ela pensou em cada contingência... Porra, ela teve
anos para pensar em cada plano de contingência. Nós acabaremos com
isso agora. Tudo isso termina agora.
Olhei para ele por um tempo, pelo menos parecia um tempo e,
provavelmente, foi porque eu podia ouvir Alexa limpando a garganta e o
clique de seus saltos altos enquanto ela caminhava em nossa direção.
— E o que faz você pensar que ela só vai me deixar viver? Que ela
não vai me matar no segundo que você está fora de vista.
— Porque ela me dá prova, e se ela não o fizer, eu nunca vou ser
dela.
Eu queria gritar que ele não era. Que ele era meu, mas as palavras
estavam trancadas na minha garganta.
Eu era teimosa e eu lutaria por nós com o meu último suspiro,
mas eu não era estúpida. Ream e eu não escaparíamos passando Greg e
Lance.
— Só mais uma coisa, - as palavras de Alexa enviaram um frio
direto através de mim.
Ream empurrou.
— Alexa. O nosso negócio.
Ela sorriu.
— Oh, é só um pequeno lembrete para a pequena princesa como a
quem você pertence agora. E o que acontecerá se ela abrir a boca
deliciosa dela. Eu prometo, ela não vai se machucar e então eu vou ter
Greg a levando de volta para a cidade.
Meu coração batia tão rápido que eu sentia como se fosse quebrar
através das minhas costelas. Os seus olhos brilhavam de prazer com o
que ela tinha planejado.
Greg se aproximou e pegou meu braço; reagi imediatamente,
tentando libertar-me, sentindo-me como se uma corda estava apertando
meu pescoço.
— Vá com ele, Kat.
As palavras de Ream rasgaram minhas entranhas. Não havia nada
em sua voz que estava vivo. Era como uma geada tinha vindo sobre ele
e entorpecido o sangue correndo em suas veias. Mas eu fiz o que ele
pediu e caminhei em silêncio ao lado de Gregg, com Ream e Lance atrás
de mim, e o clique do salto agulha de Alexa, liderando o caminho.
Eu me contorcia. Eu me esforcei. Combati. Eu gritei e eu até
recorri à mendicância. Eu sabia que não iria parar o que estava prestes
a acontecer. Nada e ainda assim, permaneci em silêncio... Eu não
poderia fazê-lo.
Mas Ream nunca lutou. Seu rosto impassível e sem emoção como
Lance garantiu-lhe, como um poste de madeira, com as mãos
algemadas a um anel acima de sua cabeça.
Greg tinha o braço travado em torno da minha cintura e sua outra
mão foi presa em torno de meus pulsos tão apertados que eu não
conseguia mais sentir as minhas mãos.
Alexa passeou ao redor do posto como um gato perseguindo sua
presa, seus longos passos graciosos, nada como a menina Molly que ela
fingia ser.
— Isto é para ela, Ream. Para protegê-la. Eu odiaria ter que tê-la
matado. Ela vai ver a verdade em minhas palavras, uma vez que
estamos a fazer aqui.
— Eu não vou dizer nada, porra, porra. Eu juro. - Mas como eu
disse as palavras, eu sabia que eles eram uma mentira. Alexa também
viu. Ela sabia o que Ream significava para mim. Ela sabia como que eu
era; ela estava me observando e todos os outros por meses. Não havia
dúvida de que eu estava mentindo, porque eu iria caçá-la e matá-la a
mim mesmo se eu tivesse que fazer. Eu nunca deixaria Ream, e eu faria
o que fosse preciso para tirá-lo de volta.
— Eu suspeito que você vá à primeira chance que tiver. Você vai
chamar Deck e então talvez a polícia, mas vou mostrar-lhe o que vai
acontecer se você fizer.
Ela caminhou até o outro lado da sala, e Lance puxou uma corda
que acendeu uma lâmpada acima da cabeça. Senti-me como se eu
tivesse sido atingida no estômago quando o ar me deixou, e eu sufoquei
meu horror com a variedade de armas que estava pendurada na parede.
— Não. Por favor. Não faça isso com ele. - Eu cai nos braços de
Greg com a devastação no que Alexa ia fazer abriu um buraco através
do meu estômago.
— Nós vamos começar com a luz, vamos, Ream? Para aquecer a
ideia. Não importa sobre cicatrizes agora, não é? Eu não me importo.
Vai ser um lembrete a respeito de quem você pertence. - Alexa arrancou
um chicote enrolado longo da parede e caminhou de volta para
Ream. Ela correu os dedos ao longo de sua tatuagem na época por sua
espinha ao seu jeans. Ela inclinou-se para que seus seios fossem contra
ele, e eu a vi sussurrar algo em seu ouvido.
Ream não se moveu. Ele não vacilou. Ele não reagiu. Nada. Ela riu
e, em seguida, se afastou alguns metros antes de se virar e dar com o
chicote de couro desenrolado e cortado nas costas de Ream. Eu gritei,
lutando contra o aperto implacável de Greg.
— Ream, - Eu botei para fora.
— Não. Por favor, eu juro que não vou dizer nada. Por favor.
Não havia sequer um olhar a minha maneira como minhas
palavras foram ignoradas e Alexa derrubou o chicote novamente. Em
seguida, mais difícil de novo. E mais uma vez. Ele não se moveu. Seus
músculos das costas flexionando quando o chicote desceu, quase como
se eles estivessem tentando fugir, mas os músculos se recuperaram
apenas para tê-lo que repetir uma e outra vez.
Alexa acenou para Lance e meus olhos se arregalaram de horror
enquanto ele caminhava até a parede e pegou outra arma. Ele tinha
vários metros de fios longos e no final de cada um tinha algo
brilhante. Arrepio acumulou através de mim enquanto eu observava
Alexa tomar a arma de Lance.
— Você vê, Ream veio aqui sabendo muito bem que ele estava
trocando sua vida pela sua. - Ela caminhou ao redor do posto, o chicote
arrastando no chão de cimento atrás dela. — E ele não arriscaria sua
vida por dizer a ninguém ou vindo aqui com armas em punho. Você
sabe por que, princesa... Porque eu tenho, seguro extra.
Ela levantou o chicote sobre a cabeça, e desta vez Ream vacilou
quando a arma foi lançada nas costas. Seus dedos se enroscaram na
madeira e seu corpo ficou tenso, e eu ouvi um gemido controlado
escapar de sua boca. O sangue escorria pelas suas costas do que quer
que estivesse, nas extremidades dos fios do chicote.
— Alexa, eu juro que nunca vou dizer nada, - eu soluçava. E agora
eu quis dizer as palavras. Ela amava Ream, em seu próprio modo
doente, repugnante, e ela estava abusando dele, machucando-o apenas
para provar um ponto. Para ter certeza de que eu nunca esqueceria as
imagens disso em minha mente. E ela estava certa. Eu não faria
isso. Ela gravou-os em mim.
Alexa levantou o braço e o som do chicote batendo sua carne ecoou
na sala. Era como se eu pudesse ouvir sua divisão de pele aberta. Ele
veio em cima dele de novo e de novo até que ele entrou em
colapso. Todo o seu peso pendurado em seus braços preso ao anel no
poste.
Ream. Oh Deus. Ream. Não.
Meus olhos rasgaram longe de Ream quando Alexa entrou na
minha frente. Eu nem tinha notado. Mas quando ela o segurou para
fora segurando o chicote com sangue escorrendo de Ream fora os fios
na mão eu não conseguia parar, quando eu levantei a cabeça e olhei
para ela.
— Foda-se, vadia. - Eu cuspi na cara dela.
De repente, os braços de Greg me soltaram e eu vi ascensão do
braço de Alexa com o chicote pronto para me acertar com ele.
— Faça isso, e eu nunca vou ser seu.
A voz de Ream atravessou a sala em um berro alto.
Eu nem acho que ele era capaz de falar depois do que ela tinha
acabado de fazer a ele.
Alexa baixou o braço e antes de Greg me pegar de novo eu corri
para Ream.
— Leve-a, - disse Alexa, seu tom de voz como se eu fosse um
roedor traquina que tinha escapado de sua armadilha. Bati no poste,
minhas pernas tremendo mal capaz de me apoiar quando eu usei a
estrutura para me segurar.
— Ream. - Tive o cuidado de não tocar o desfiado de volta quando
eu coloquei a cabeça em minhas mãos. Soluços embargados e lágrimas
frescas escorriam pelo meu rosto. Eu podia sentir o cheiro de cobre de
seu sangue e o suor de seu corpo devastado.
— Vá, Kat. - Sua voz estava quebrada e rouca, como se ele
machucasse apenas para falar duas palavras.
— Eu te amo, baby. - Eu chorei depois apertei minha boca até os
lábios trêmulos. Eles só tocaram e de repente eu estava rasgada.
O braço de Greg enrolado ao redor da minha cintura, me
levantando do chão, e, em seguida, ele se dirigiu para a porta.
— Ream! - Eu gritei. — Por favor. Não. - Eu não dei a mínima para
parecer fraca ou se eu implorei. Nada importava exceto que eu estava
sendo arrancada de Ream. A mão de Greg estendeu para a maçaneta da
mesma forma que se abriu e bati no rosto quadrado. Ele cambaleou
para trás e caiu.
Eu caí no chão e fui para embaralhar de volta para Ream quando
eu olhei para a arma apontada para... Virei à cabeça. Apontada para
Alexa.
— Meu amor. Eu lhe disse para esperar no meu quarto. Você me
veria em breve. - A voz de Alexa realizou um ligeiro mal-estar quando
ela lentamente começou a andar em direção à porta. — Não agir
estupidamente. Você sabe o que vai acontecer.
— Não se mova. - A menina com os olhos cinzentos segurava a
arma com uma mão, constantemente apontada para Alexa.
— Querida. O que você está fazendo? Eu já cuido de você. Dou
tudo o que você sempre quis. Temos sido como... Irmãs.
Ouvi o arrastar de pés e vi Greg fazer a sua jogada. Eu empurrei
quando a arma disparou e Greg caiu no chão, o sangue escorrendo do
ferimento no peito.
Quando eu olhei de volta para Alexa, ela nem parecia afetada pela
morte de Greg. Ela com confiança deu mais um passo para frente e
estendeu a mão.
— Dê-me a arma. Nós vamos falar sobre isso.
A menina balançou a cabeça, e seus fios loiros fluíram para frente
e para trás sobre os ombros.
— Não. Você mentiu para mim. Você me disse que nunca iria atrás
dele se eu ficasse com você. Você me prometeu. Eu fiz tudo o que
queria. Tudo. Nem uma vez eu fui contra você e para quê? Assim, você
pode planejar o tempo todo para ir atrás de meu irmão?
Ouvi o barulho do anel que acertou no poste e, em seguida, a voz
entrecortada de Ream.
— Haven?
Engoli em seco. Haven. Sua irmã? Mas ela morreu... No hospital.
— Ele pertence a mim, - gritou Alexa.
A arma disparou novamente e desta vez a bala bateu no chão ao
lado de Alexa.
— Haven. Você estaria morta na rua agora, se Olaf não a tivesse
levado do hospital. Ream não poderia cuidar de você. Nós fizemos. Você
é família. Ambos são. E agora teremos Ream para trás, você não
vê? Estaremos todos juntos novamente. Eu fiz isso por nós.
Meu olhar disparou de volta para Haven e eu esperava para vê-la
vacilante sob a persuasão de Alexa, mas seus olhos cinzentos
permaneceram inabaláveis e fixos nela.
— Talvez eu estivesse morta agora. Mas isso teria sido a minha
escolha. Você acha que eu queria viver com você? Para viver em uma
casa nojenta onde eu estava aterrorizada depois estuprada. Para ser
alimentada de drogas como doces, então eu teria que contar com Olaf
para a minha próxima correção. Para ter de implorar para ele. E você...
Você queria me manter como um animal de estimação em uma gaiola...
— Não. Isso não é verdade, - disse Alexa, sua voz agora começando
a tremer.
— E agora você quer fazer a mesma coisa para Ream. Não,
Alexa. Eu vou matá-la antes de eu lhe permitir torturá-lo como você fez
comigo todos esses anos.
— Haven, eu te amo. - A voz de Alexa quebrou e eu vi a realização
em seus olhos, pouco antes, Haven disse:
— E você pode morrer sabendo que eu sempre te odiei.
A arma disparou.
Eu assisti como se estivesse em câmera lenta como os olhos de
Alexa se arregalaram e suas mãos foram para o peito e, em seguida,
afastou-se quando ela olhou para o sangue. O sangue dela. Ela olhou
de volta para Haven, sua abertura de boca como se fosse dizer alguma
coisa. Em seguida, ela caiu no chão.
Eu não esperei por mais tempo quando eu cambaleei para os meus
pés e fui correndo para Ream. Eu tinha esquecido sobre Lance e ele
mergulhou para mim. Ele era ágil e rápido, mas Haven, quem quer que
ela se tornou ao longo dos anos, não hesitou quando ela puxou o
gatilho de novo, e a mão de Lance só apertou o meu ombro quando ele
caiu.
Haven caminhou em nossa direção, a arma ainda apontada para
Lance agora deitado no chão se contorcendo de dor. Então, ela estava
sobre ele, e eu o vi estender a mão. Ela nunca disse uma palavra
quando a arma disparou de novo; o corpo de Lance empurrou depois
ainda.
Haven se agachou e procurou nos bolsos, em seguida, tirou uma
chave que ela jogou para mim.
— Pegue-o para baixo.
Eu não prestei muita atenção a ela quando eu rapidamente corri o
resto do caminho a Ream. Eu fiquei na ponta dos pés quando eu
coloquei a chave nas algemas que foram travadas ao anel no poste.
— Baby. - Ele mal conseguia respirar por causa da dor. Em estado
de choque, sua carne pálida e corpo tremendo violentamente.
Assim que suas mãos estavam livres, ele empenhou em meus
braços, me arrastando para o chão com ele.
— Haven. - Eu não poderia levá-lo. Eu precisaria de sua ajuda
para tirá-lo daqui.
Quando olhei para cima, ela estava andando de volta para a sala
carregando um recipiente de gasolina de plástico vermelho. Ela
começou a derramar o líquido em todo o lugar, a fumaça tão pungente
que comecei a tossir.
— Ream. Ream, temos que sair daqui. Levante-se. Você tem que se
levantar. - Eu passei meu braço em volta de sua cintura e senti-o
endurecer quando o material da minha camisa roçou contra seus
ferimentos. — Ream, maldição. Venha. Levanta, - eu gritei.
Tentei entrar para os meus pés, mas as minhas pernas estavam
fracas e eu não tenho a força para levantá-lo do chão. De repente,
Haven estava do outro lado dele e ela em um impulso pôs o braço em
volta dele e nós duas arrastamos por seus pés.
— Haven. - Seus olhos estavam fechados, mas ele sabia que ela
estava lá para salvá-lo. Ela era sua gêmea, sua outra metade, seu anjo.
Ela nunca disse uma palavra.
Nós tínhamos arrastado ele, levando-o para a porta. Em seguida,
parou Haven. Ela nem sequer olhou para mim quando ela me passou a
arma, em seguida, enfiou a mão no bolso, tirou um fósforo, e bateu
contra o batente da porta. Ele chiou, uma vez que pegava fogo, o laranja
brilhante que ilumina sua expressão indiferente. Em seguida, ela jogou-
o por cima do ombro em uma piscina de gasolina.
— Vamos.

A fumaça era espessa no momento em que chegou à porta


lateral. O crepitar da madeira quando queimou soou como tiros, e eu
me encolhi cada vez, com medo que alguém iria vir atrás de nós e nos
parar, levar-nos de volta, ou matar-nos.
Mas, logo eu estava chupando o ar fresco, tossindo e cuspindo
cinzas que estavam em meus pulmões. Ream pendurado entre nós
como Haven nos empurrou mais longe, não parando até que chegamos
a uma linha da cerca. Ela chutou um par de placas de madeira e eles
saltaram livres.
Em seguida, ela arrastou fora e deu um tapa na cara de
Ream. Engoli em seco, mas ela me ignorou e agarrou-o pelo queixo.
— Ream. - Ele se encolheu e vi seus olhos piscarem abertos,
vidrados e vermelhos. Ele estava quase inconsciente da dor. — Fique de
joelhos. Você precisa rastejar por aquele buraco. Você me ouve, Ream. -
Quando ela soltou seu rosto, eu podia ver a marca deixada de seus
dedos.
— Deixe-o ir, - Haven ordenava.
— Mas ele vai...
Eu não terminei a frase porque Haven pegou Ream de mim e ele
caiu de joelhos, as costas arqueando com dor sacudindo através
dele. Olhei para ela com horror, minha boca aberta.
— A dor impulsiona o corpo para fazer mais do que você pensaria
ser possível. - Foi uma declaração e eu tinha a sensação de que ela
sabia sobre a declaração melhor que ninguém. Então eu pensei da
marca que eu tinha visto em seu pulso interior.
Haven abriu as tábuas e Ream dolorosamente rastejou através e
depois seguimos. Minhas pernas reagiram ao esforço, os alfinetes e
agulhas correndo solta, mas eu não tinha o nervosismo para
acompanhá-lo, e foi assim que eu percebi que durou tanto tempo. Eu
estava calma.
Ream estava ao meu lado. Estávamos vivos.
Assim como as placas se fecharam atrás de nós, ouvi o estrondo de
algo explodindo e, instintivamente, cobri o corpo de Ream com o meu
próprio. Haven não estava à espera de qualquer coisa embora e agarrou
meu braço.
— Mova-se. A polícia vai estar aqui a qualquer minuto.
— Mas eles podem ajudar... - Minha voz sumiu enquanto pegava
Ream, me ignorando. Subi para ajudar e, em seguida, nós estávamos
correndo pela rua. Eu notei que as luzes da rua não estavam
funcionando e me perguntei se isso era coincidência ou não.
Cinco luzes na direita em uma linha reta e uma acima de um carro
azul, que indescritivelmente estava atualmente desbloqueado. Fui
buscar o banco de trás com Ream, mas Haven me puxou de volta e
apertou as chaves na minha mão. Eu olhei para ela confusa.
— Eu não sei como conduzir, - afirmou, em seguida, ela foi para o
banco de trás com Ream e bateu a porta.
Eu comecei a dirigir; embora eu não tivesse ideia de onde
estávamos e que o carro era muito velho e não tinha GPS. Mas Haven
me direcionou para a estrada, e depois que passou o primeiro sinal, eu
sabia onde estávamos e pressionei meu pé no pedal.
O hospital não era muito longe. Eu comecei a tomar a rampa de
saída que tinha o sinal azul com o grande H. Uma mão apertou o cerco
em meu ombro.
— Nenhum hospital.
— Mas...
Eu olhei para seu rosto no espelho retrovisor e ela balançou a
cabeça.
— Não. Eu só explodi uma casa... Matei Alexa, e dois
homens. Olaf. Aquele canalha imundo ainda está vivo. Se formos para o
hospital e houver um relatório... ele vai descobrir que estamos
vivos. Nossa melhor esperança é que ele pense que todos nós morremos
naquele incêndio.
— Tudo bem. - Puta merda. Não havia dúvida que este Olaf iria
olhar para o que aconteceu. — Ok, vamos para a fazenda.
Eu a vi acenando a cabeça e, em seguida, ela se inclinou para trás
na cadeira, a cabeça de Ream no colo. Por um segundo, quando eu
olhei no espelho, eu vi a expressão fria e dura no rosto dela vacilar
quando ela olhou para ele. Eu tinha a sensação de que a irmã de Ream
que um dia conheceu, tinha morrido naquele hospital e esta mulher...
Aquela que nem sequer pestanejou quando ela matou três pessoas...
Ela não era seu anjinho mais.
Chegamos à fazenda e eu toquei a buzina todo o caminho até a
entrada de automóveis. No momento em que eu puxei o carro para uma
parada, Logan, Emily, Crisis, e Kite estavam todos lá. Não foram feitas
perguntas a respeito de quem Haven era ou o que aconteceu ou onde eu
estava há quase dois dias. Eu não acho que as palavras eram
necessárias quando viram as costas de Ream.
Logan e Kite levantaram-o para fora do carro, enquanto Emily me
puxou para um abraço esmagador.
— Quando Georgie apareceu na galeria e você não estava lá...
Então Ream desapareceu... Georgie finalmente conseguiu ir ao porão de
Deck. Ele está em um voo pra cá agora. - Lágrimas de Emily embebidas
na camisa de Ream que eu ainda estava usando.
— Ream. Eu preciso ver Ream. - Eu não quero falar sobre nada
agora, tudo o que eu queria fazer era segurar Ream.
Emily se afastou.
— Sim. Oh meu Deus, sim.
Começamos a caminhar para a casa, quando uma porta de carro
foi fechada. Haven. Merda.
Ela estava encostada na lateral do carro, com o corpo rígido e
inflexível, sangue por todo seu vestido branco. Ela segurou a arma
apertada em sua mão ao seu lado, os olhos apertados em Crisis no que
estava à sua frente, encarando-a.
— Porra, você é sua irmã gêmea. Você é Haven.
Crisis sabia sobre ela? Eu esperei por sua reação, se ela ia ter
alguma. Seus penetrantes olhos cinzentos encontraram Crisis e ela
olhou para ele. Então sua expressão rígida vacilou, a arma caiu de sua
mão, e ela caiu no chão.
— Baby, traga seu traseiro aqui. - Ream tinha a corda amarela
desgastada em sua mão.
Revirei os olhos, em seguida, levantei meu quadril e coloquei
minha mão sobre ele.
— Abóbora.
Ele odiava quando eu o chamava assim.
— Eu não estou fazendo isso. Disse-lhe isso. Mas você pode vir
aqui e beijar minha bunda. - Ream riu. Foi uma risada real, que
começou no fundo do estômago e percorreu todo o caminho até o baú
com uma vibração profunda.
Mordi o lábio inferior enquanto eu o observava, querendo dizer isso
e correr de volta para a casa enquanto todos estavam aqui e ter-lhe
fazer mais do que beijar minha bunda.
— Ele parece... Relaxado, - Emily se inclinou para mim e
sussurrou. — Havia sempre algo nele que era... Eu não sei triste e
escuro. Eu nunca poderia colocar o dedo sobre ela. - Emily acenou para
Haven, que estava encostada numa árvore, os braços cruzados e
olhando para longe. Ela não quis vir conosco, mas Ream disse que se
ela não viesse, então ele estava hospedado e se ele ficasse ninguém
podia ir. Ela veio. — Essa menina está seriamente ferida.
Eu balancei a cabeça. Ela acordou três dias depois que ela caiu na
calçada. Deck nos encontrou um médico disposto a manter a calma,
com dinheiro, é claro. Não havia nada de errado com a exaustão dela.
Ream por outro lado tinha semanas de curativos e duas rodadas de
antibióticos.
Como eu, ele iria viver com as cicatrizes de Alexa e sua loucura,
mas isso só nos fez mais fortes. Ela teria ficado chateada de saber isso.
— Eu não posso fazê-la falar. Ream tentou tantas vezes, mas ela só... é
como se estivesse olhando através dele, nem mesmo levando-se bem o
que ele está dizendo. - Ream tinha aquele olhar uma vez, e agora eu
sabia de onde ele veio. Ele me disse desde o começo que ele teve um
passado fodido; bem, fodido nem sequer começa a descrevê-lo.
— Tenho certeza que o terapeuta ficaria feliz em vê-la. Ele era
muito bom, não força muito.
Eu balancei a cabeça. Mas eu suspeito que Haven não aceite
qualquer ajuda oferecida. Talvez não por muito tempo... Alguma vez.
Logan e Emily tinha se mudado para o seu novo local, uma criança
de dez hectares "ninho de foda", como Crisis gostava de chamá-lo. Era
pitoresco como uma antiga casa do século XVIII em uma colina com
vista para uma lagoa. Era também muito longe da estrada e tinha
portões de ferro em toda a calçada. Logan tinha um sistema de
segurança colocado, top de linha com câmeras ao redor da
propriedade. Emily voltou para casa na semana passada com um filhote
de cachorro pastor alemão para o que Logan disse "de jeito nenhum." O
cachorro foi nomeado lágrima. Emily disse que ele foi nomeado após a
banda. Logan disse que era porque o cão rasga tudo em
pedaços. Lágrima estava na fazenda com Hank enquanto estávamos
aqui. Haven se mudou para a fazenda, embora raramente visse como
ela passou a maior parte de seu tempo fora em algum lugar... Nenhum
de nós realmente sabia aonde ela ia.
Ream ficava frustrado e ferido, eu suspeitava que fosse porque
Haven se recusou a deixá-lo entrar, talvez com o tempo ela fosse. Eu
esperava que ela fizesse. Eu sabia que ela gostava dele, eu tinha visto o
rosto dela no carro, embora esse olhar nunca atravessasse seu rosto
novamente. Tinham ambos se sacrificado um pelo outro. Ream desistiu
de sua inocência, a fim de proteger os seus, só para tê-lo quebrado por
seu estuprador. Então Haven entregou-se a Alexa e Olaf em troca da
segurança de Ream.
Mas isso não foi o suficiente para Alexa.
Eu não sabia como Haven foi tratada, se ela foi abusada ou forçada
a se prostituir como Ream tinha sido, mas ela tinha sido uma
prisioneira. Uma prisioneira durante doze anos era algo que muitos não
poderiam voltar.
Deck tinha tomado Haven de lado e falou com ela. Eu imaginei que
ele estava recebendo tanto da história quanto podia para que ele
pudesse nos manter fora do inquérito policial na casa. Eu suspeitava
que Deck tivesse algo a ver com o fechamento rápido do inquérito
também. Eles teriam descoberto como o fogo começou, mas foi
considerado acidental. O que eu não conseguia entender era a
capacidade de Haven com uma arma e que ela já não era uma viciada
em drogas. Ream perguntou-lhe de imediato, mas não a tenho em
nenhum lugar porque Haven simplesmente foi embora.
Olhei para Logan, Crisis, e Ream, que estavam conversando
calmamente juntos, o lago atrás deles, o sol radiante para baixo em
seus peitos nus. O cabelo de Ream estava molhado da natação, e eu
senti o calor familiar de amor quando eu corri meu olhar sobre ele.
— O que você acha que eles estão falando? - Perguntou Emily.
— Como estamos sexy? - Ela bufou. — Ou o quanto eles nos amam
e não podem viver sem nós.
— Eu acho que eles estão conspirando para nos levar esta noite
para o sexo bêbado, - disse Emily.
Ream olhou para mim e piscou. Meu coração pulou uma batida, e
eu sorri.
— Sexo Bêbado é alto e as paredes são finas como papel neste
lugar. Estou pensando lago do sexo à meia-noite. Você pode tê-lo aqui.
O penhasco era um local perfeito, mas Ream e eu tivemos ontem à noite
sob as estrelas. - Esta noite eu queria sexo no lago, logo depois que eu
chutei a bunda dele no Monopólio. Nós fomos e compramos um novo
jogo, afinal fomos rápido. Mas desta vez tive a certeza de que ele nunca
estava sozinho com as atendentes.
Crisis chutou todas as nossas bundas e surpreendentemente Kite
veio em seguida. Acho que ele era melhor em corridas ao vivo do que
jogos. Logan amarrou Ream, embora eu ache que Ream ia vencê-lo por
uma fração de segundo. Emily e eu... Bem, nós duas decidimos pegar
leve com os homens. Chutar a bunda na frente de todos, era mais
divertido de vê do que cortá-los fora.
Mas Ream sabia que eu joguei a corrida.
Ele me jogou em seu ombro e bateu na minha bunda enquanto
caminhávamos à frente de todos de volta para o carro.
— Você perdeu de propósito, baby.
Ele me colocou contra o carro e se inclinou para dentro. Eu passei
meus braços em volta de seu pescoço.
— Então você me deve.
Ele ergueu as sobrancelhas.
— Como assim?
Eu sorri.
— Eu não me lembro de fazer qualquer aposta. - Ele mordeu meu
pescoço.
Inclinei a cabeça para o lado para lhe dar melhor acesso então
gemi quando sua língua rodou sobre o lugar sensível que ele beliscou.
— Para salvar-lhe de qualquer embaraço por ter perdido da sua
namorada...
— Noiva, - ele rosnou e mordeu meu pescoço — duro.
— Oww. - Eu empurrei de volta em seu peito, mas ele estava
imóvel. — Ok, noiva. - Nós não temos uma data ainda, e não havia
pressa. Eu tinha sido inflexível em nem mesmo discuti-lo até depois do
casamento de Logan e Emily, em fevereiro. Eles queriam um casamento
do inverno com um trenó puxado a cavalo para o que Clifford foi
delegada. Eu acho que o maldito cavalo estava orgulhoso de ser dado
um trabalho.
— O que eu devo a você, então, linda?
Ele fez o seu pagamento ontem à noite em cima do penhasco, sob
as estrelas. As paredes finas ou não, eu estava certa de que todos eles
me ouviram gritar seu nome para baixo na casa de campo.
— Oh, não. - Emily agarrou meu braço, me puxando de meus
pensamentos.
— O quê?
— Correr.
— O quê?
— Corra!
Olhei para cima e vi Ream e Logan correndo em nossa
direção. Meus olhos se arregalaram e Emily e eu corremos no
caminho. Mas nenhuma de nós foi rápida o suficiente, quando
estávamos engatadas por nossos homens que levaram chutes e rindo e
gritando de volta até o morro.
— No três, - disse Ream.
— UM, - Logan contou.
Emily gritou.
— Logan. Coloque-me no chão. Não se atreva.
— Ream. Não. - Eu chutei e me contorci em seus braços. Sua
reação foi uma risada.
— Foda-se. Vá, - disse Ream.
Ream correu comigo em seus braços, Logan e Emily ao lado de
nós, como os meninos pularam para fora da borda do penhasco e
mergulharam na água fria ao mesmo tempo.
Eu vim para cima da água, os braços de Ream ainda fechados em
torno de mim, e Logan e Emily estavam ocupados se beijando depois de
afundar sob a superfície da água.
Eu ouvi um grito estranho de cima e olhei para cima, assim
quando Crisis voou por cima da borda do penhasco com Haven em seus
braços.
Puta merda.
— Foda-se, - disse Ream, seus braços apertando ao redor de mim.
Quando eles surgiram, Crisis estava rindo para caramba e Haven
se agarrou a ele para salvar a vida. Merda era óbvio que ela não sabia
nadar. Seus olhos estavam arregalados e ela estava olhando para Crisis
como se ele fosse um lunático. Bem, talvez ele fosse um pouco.
Ream foi todo acelerado e pronto para chutar a bunda dele, mas eu
envolvi minhas pernas em torno de seus quadris e beijei-o antes que ele
pudesse começar algo com Crisis.
— Haven, querida. Estamos fazendo isso de novo. - Eu olhei para
cima, assim quando eu peguei a pequena peculiaridade no canto de sua
boca. Crisis mantinha trancada para o lado dele enquanto ele ajudou-a
a ir para beira do lago, e antes que pudesse decolar e se esconder como
ela sempre faz, ele agarrou a mão dela e puxou-a atrás dele.
Os olhos de Ream viram quando os dois desapareceram pelo
caminho. Seus olhos se estreitaram e eu podia sentir os ombros tensos
sob as minhas mãos.
— Ela não está namorando aquele idiota.
Eu sorri. Não era como se Ream teria uma escolha em qualquer
coisa quando se tratava de Haven. Ela pode estar ferida e quebrada e
levada dentro de si mesma, mas a menina tinha atirado em três pessoas
de ponto em branco, explodiu uma casa, e sobreviveu 12 anos como
prisioneira.
Sim, a garota estava decidindo seu próprio destino.
Encostei-me no balcão da cozinha e vi Ream na sala. Ele estava
conversando com Logan e rindo de algo que ele havia dito. Seu domínio
sobre a garrafa de cerveja confortável e relaxado, na verdade, tudo nele
era relaxado. Ainda mais agora que nunca tinha tido essa confiança
completa, que saía dele em ondas.
Eu podia ouvi-lo dizer algo para Logan, e o som profundo rouco
vibrou com um tom familiar que parecia que foi feito apenas para mim.
Ele foi feito apenas para mim.
Como se Ream soubesse que eu estava pensando sobre ele, ele
olhou para mim e meu coração saltou em seguida, começou a bater
enquanto seus olhos correram sobre meu corpo. Eu levantei meu
quadril e coloquei minha mão sobre ele e baixei o olhar. Então eu
inclinei a cabeça um pouco e meu cabelo caiu facilmente para o lado
fazendo um véu em toda a metade do meu rosto. Lentamente, eu
arrastei meus dentes por cima do meu lábio inferior.
Eu não tinha que olhar para cima para saber que ele estava
caminhando em direção a mim. Meu corpo sabia e foi aquecendo e
iluminando com formigamento, e estes eram bons arrepios. Na verdade,
meus sintomas haviam se comportado nos últimos tempos. Eu até
ganhei um pouco do peso de volta com as recomendações da
nutricionista. Acho que Ream tinha algo a ver com isso também. Dormi
enrolada em seus braços à noite e acordei com beijos exigidos todas as
manhãs.
Havia uma facilidade para nós. A confiança construída depois do
que tinha acontecido tinha levado tanto de nós em um lugar que não
teve muitos relacionamentos. Logan e Emily tinham a capacidade de
saber o que o outro precisava e dando a eles completamente.
Seu cheiro me bateu primeiro e eu respirava-o como uma
droga. Em seguida, seu toque com o dedo cutucou por baixo do meu
queixo e levantou minha cabeça que eu encontrei seus olhos. Desejo
espalhou através de mim como fogo em um cobertor aquecido.
— Você flertando comigo, linda?
Seu tom de voz era suave sussurrou um orgasmo em si, e eu
segurei meu gemido. Ele se tornou ainda mais arrogante sobre suas
proezas sexuais. Ele até me deixa ir em cima dele uma vez que o toque
foi lentamente ficando cada vez melhor. Acho que foi por causa do seu
passado que não era mais escondido e ele pudesse finalmente começar
a curar.
— Está funcionando?
Seu dedo apertou no meu queixo. Em seguida, ele se inclinou e
minha respiração engatou pouco antes que sua boca reivindicou a
minha. Foi um beijo duro, lento, sua língua deslizando sobre os dentes
em seguida, procurando o calor familiar do toque de veludo da minha
boca. Alegando. Precisando. Dele me dizendo que eu era dele.
Eu caí nele e ele passou o braço em volta da parte inferior das
costas e, com um puxão tinha-me contra ele, a dureza de seus
músculos apertando em mim.
Ele gemeu e aprofundou o beijo.
— Kat.
Eu enterrei minhas mãos nas mechas curtas de seu cabelo e puxei,
necessitando-o mais perto, querendo cada parte dele ser meu.
Ele era meu. Ream tinha sido meu desde o início, o que nos levou
voltando ao nosso começo de encontrar o nosso caminho de volta para
isso.
— Você vai transar com ela ai mesmo no balcão da cozinha, amigo?
- A voz de Crisis nos separou.
Eu levantei minha coxa no quadril de Ream, e ele facilmente me
puxou para cima para que eu pudesse enrolar minhas pernas em volta
de sua cintura. Então eu olhei por cima do ombro para Crisis que
estava ao meu lado.
— Não, ele vai-me foder na praia. E, em seguida, na água, e talvez
se eu pedir, ele vai-me foder na doca também.
Crisis revirou os olhos e gemeu. Então eu notei seus olhos irem
para a porta fechada e seu sorriso desapareceu. Haven tinha
desaparecido atrás daquela porta logo após o jantar.
Eu chamei a atenção de Emily e ela piscou para mim, em seguida,
pegou a mão de Logan e ficou na ponta dos pés, como ela sussurrou em
seu ouvido. Sua expressão não mudou, mas não houve um ligeiro
aperto em seus músculos. Eu só aposto que ela tinha acabado de lhe
pedir para ir para o precipício.
Ream mordeu minha orelha e, em seguida, sua língua deslizou
sobre o ponto sensível.
— Você vai pedir?
— Baby, eu vou fazer mais do que mendigar. - Eu beijei a ponta do
seu nariz. — Deus, você é tão sortudo que eu te dei uma segunda
chance. - Ele me levou para a porta de correr, e eu cheguei por trás e
deslizei-a aberta para nós. — Noite, todo mundo, - eu gritei por cima do
ombro.
Ream fechou a porta com o calcanhar, em seguida, suas mãos
apertaram minha bunda.
— Eu não preciso de segundas chances, Kitkat.
Corri meus dedos pelo seu rosto, em seguida, através de seus
lábios, onde ele agarrou-a entre os dentes em seguida, chamou-o na
boca.
— Bah estamos juntos porque eu te dei uma segunda chance. - Eu
puxei meu dedo da boca e interliguei meus dedos ao redor de seu
pescoço e pendurei o meu peso em cima dele.
Ele ajustou seu poder sobre mim enquanto descíamos o caminho
para a água.
— Nunca precisava de uma segunda chance.
Eu ri, revirando os olhos.
— Querido, você precisava de uma segunda chance. Foi uma
jogada dura e você teve sorte e eu peguei de volta. Estou super
compreensiva. Eu estou pensando que eu preciso de alguma vingança
por ser uma garota incrível.
O luar pegou o lampejo de arrogância aquecida em seus olhos, e eu
mexi minha pélvis em sua cintura.
— Segundas chances são para quando você é feito com o
primeiro. Eu não fui feito. Eu nunca vou ser feito. Eu não preciso de
segundas chances, linda. Não com você. Você é a minha primeira
chance. E foda-se eu amo a minha primeira chance. - Ele abaixou de
joelhos sobre o gramado na beira da praia e tinha-me de costas e minha
camisa rasgada fora antes que eu pudesse voltar com alguma
coisa. Sua primeira chance. Sua única chance. Estendi a mão e segurei
seu rosto.
— Ream?
Ele terminou tirando a camisa e jogou-a em algum lugar atrás de
mim.
— Sim, baby?
— Eu amo a nossa primeira chance também. - Seus olhos ardiam e
eu continuei: — E eu te dei tantas chances como você precisava.
Ele gemeu e então sua boca esmagou a minha e o peso dele se
apoderou de mim. Minhas mãos acariciaram, foram acariciadas, e tocou
cada parte dele com qualquer controle que eu tinha detonado no ar à
noite.
Agarrei-o para mim, seu pau pressionado em minha pélvis, coxas
abrangendo a minha enquanto seu beijo feroz machucava meus lábios e
pegou o que eu estava mais do que disposta a dar.
— Por favor. - Eu escorreguei minha mão entre nós e tentei
desfazer suas calças. Precisando. Querendo. Desesperada para aliviar
a dor que Ream acendeu em mim. — Eu preciso disso em mim agora.
Ream puxou para trás, colocando as mãos na grama de cada lado
da minha cabeça. Ele olhou para mim por alguns segundos, e eu
respirava com dificuldade, sentindo como se eu fosse entrar em
combustão, se ele não me beijasse, ou me fodesse, ou fizesse alguma
coisa.
— Você precisa de mim em você.
— Sim, isso é o que eu disse.
— Não, você disse isso.
Estendi a mão, enrolando meus dedos em seu cabelo, e puxei para
baixo. Seus braços cederam à pressão e ele estava cheio em cima de
mim de novo.
— Semântica. - Beijei-o, os meus lábios vagueando sobre o dele,
tomando o que era meu e sabendo que tudo o que aconteceu comigo,
que Ream estaria comigo.
Ele esteve disposto a sacrificar a sua vida pela minha. Assim como
ele tinha para sua irmã, dando-se a sua inocência, a fim de proteger os
seus. Eu percebi que quando Ream amava, era verdadeiramente
incondicional e foi o que eu precisava o tempo todo. Dele. Sua
superproteção. Sua determinação. Seu entendimento.
Ele rolou para o lado, deslizou as calças, em seguida, rasgou
minha calcinha e jogou por cima do ombro. Seu dedo escorregou em
minha umidade e jogou em meu clitóris.
Minhas costas arqueadas.
— Ream.
Ele beijou cada parte de mim, tomando seu tempo, suas mãos
acariciando enquanto sua língua provava e sua boca adorava. Eu me
contorcia e pedi-lhe para colocar seu pênis dentro de mim antes mesmo
que ele estivesse entre as minhas pernas.
Ream lambeu a umidade e depois chupou duro, então suave e
gentil. Meu corpo era uma montanha-russa de emoções, oscilando à
beira, então descia novamente quando ele abrandou.
De repente, ele empurrou dois dedos dentro de mim, e eu gemia de
dor-prazer da intrusão repentina. Ele entrava e saía, enquanto seu
polegar circulou mais alto causando minhas pernas para abrir mais
longe e meus músculos para apertar. Eu levantei minha bunda do chão,
querendo mais. Precisando de mais.
— Porra, você é linda, - disse ele enquanto seus dedos
continuavam a bombear dentro e fora de mim enquanto a outra mão
estendeu a mão e seu dedo acariciou o lado do meu rosto, onde minha
cicatriz era. Era uma linha branca e agora eu poderia cobri-lo com
maquiagem, mas na maioria das vezes eu não fiz. Era parte de mim. Eu
aceito isso, assim como eu fiz com minha EM. E eu tinha o apoio de
Ream e meus amigos. Eu nunca iria enfrentar isso sozinha, e eu sabia
que eu não queria. Eles sabendo não me fazia fraca, isso me fez mais
forte do que nunca.
Ele tirou os dedos de mim e agarrou seu pênis e deslizou entre as
minhas pernas. Eu plantei meus pés com força no chão e levantei,
assim como ele colocou seu pênis na minha abertura. Ele empurrou
para dentro com força e profundamente, e eu gemi, fechando os olhos.
— Ansiosa? - Ream puxou seus quadris um pouco para trás, e ele
deslizou para fora, em seguida, inclinou sua pélvis e mergulhou
novamente.
— Amo você, baby. - Eu enrolei minha mão ao redor de seu
pescoço e trouxe sua boca para a minha. Que fez isso. Obtendo Ream a
perder o controle tomando trabalho, e eu descobri o que o fez doce. Ele
conquistou o meu atrevimento de cada vez, então eu usei isso para
conseguir o que eu precisava. E o que eu precisava era que ele me
fodesse.
Ele empurrou para dentro de mim duro, depois, lentamente,
retirou-se, e, em seguida, empurrou dentro de mim novamente. Mais e
mais, até que eu estava ofegante e apertei em cada parte dele. Ele
agarrou minha coxa que eu tinha trancado em torno de sua cintura, os
dedos machucando minha carne enquanto empurrava mais forte, mais
rápido, mais profundo.
— Oh Deus. - Eu fechei meus olhos, minhas unhas cavando em
seus antebraços logo abaixo da tatuagem de borboleta. — Por
favor. Ream.
— Não. Espere, - ele rosnou. Sua pélvis abalou em mim de novo e
de novo, e eu conheci cada movimento seu, o nosso corpo liso e batendo
um no outro, o som ecoando através da água ainda. Ele parou de se
mover e segurou minhas mãos e colocou-as em cima da minha cabeça.
Nossos dedos entrelaçados, exatamente como nós éramos. Como
nós sempre estaríamos.
A fechadura quebrada com a chave danificada agora se
encaixa. Nós tínhamos um ao outro se abrindo, e foi lindo.
Ele começou a se mover novamente e baixou a cabeça e me
beijou. Ele era gentil e doce, mas cheio de tanto significado. Enviei mais
de mim para ele. Dei-lhe tudo de mim.
Ele empurrou mais rápido.
— Agora, - ele murmurou em meus lábios.
Deixei levar os sentimentos e meu corpo sucumbiu ao clímax e
caiu sobre a borda em um furacão girando de êxtase. Ream fez vários
golpes mais duros, e então sua boca deixou a minha. Ele ficou tenso,
com a cabeça para trás e mandíbula, olhos fechados.
Demorou alguns instantes antes de Ream abrir os olhos e
encontrar o meu. Nossas mãos ainda estavam trancadas e seu pau
ainda dentro de mim.
— Nenhuma outra. Nunca mais.
Eu não tinha certeza se ele estava dizendo isso para mim ou me
dizendo que eu não teria outra. Isso realmente não importa. De
qualquer maneira não haveria outro. Ream era para mim.
Nós nos sentamos no final da doca, a lua cheia batendo na água
assim que olhou como diamantes brilhantes espalhados pela
superfície. Sentei-me entre as pernas, os pés girando na água enquanto
sua cabeça se aninhou no meu pescoço e seu braço me segurou firme
contra ele.
— Então, você nunca vai me dizer quem é dono desse lugar?
— Mhmm, - ele murmurou enquanto seus dentes mordiscaram a
ponta da minha orelha. — Ela é uma garota sexy quente que me adora.
Eu não disse a você sobre ela?
— Ream, - Eu bati a coxa e ele pegou minha mão e enrolou os
dedos juntos.

Ele riu.
— Bem, ela pode ter sido sexy cinquenta anos atrás. Lembre-se de
que lhe falei Urma?
— A velha mulher que o deixou e Haven ficar em seu galpão?
Ele acenou com a cabeça.
— Ela morreu alguns anos atrás. Ela deve ter visto alguma coisa a
ver com a banda e me reconheceu porque seu advogado entrou em
contato comigo depois que ela faleceu. Urma deixou a casa para mim e
Haven. O vizinho do lado, ela fica de olho nele por mim. Ela também o
estoca quando eu trago minhas mulheres sequestradas aqui. - Eu ri e
ele sorriu. Ream pode ter chamado Haven de seu anjinho, mas soou
como Urma tinha sido o anjo deles. — Eu vim aqui depois que você foi
baleada. Eu não sei... Ela sempre teve esse efeito calmante sobre
mim. Como Urma fazia. Este lugar se parece como ela, simples e
acolhedora... Segura. Sua... Que... Galpão que era seguro. Não sabia
seu tempo, mas ela era como uma mãe, eu acho. Como uma mãe deve
ser. Ela se importava. - Ele acariciou o lado do meu rosto com o
polegar. — Mas agora eu tenho você. Você é o meu seguro, Kat.
Liguei os dedos juntos e, em seguida, puxei a mão à boca e beijei
cada dedo.
— Não há nada seguro sobre mim, Ream. -Não, eu ainda tinha
uma batalha para lutar, que duraria o resto da minha vida, por mais
longa que fosse. Mas eu não estava sozinha. Eu não tive que lutar
contra isso por mim, o que tornou muito mais fácil de aceitar.
Ream apertou minha mão. — Baby, você é o lugar mais seguro que
eu já estive. Você é o único lugar que eu sempre vou pertencer. - Ele
beijou meu pescoço. — E você pertence a mim.
Este livro é dedicado a todos aqueles que sofrem com a esclerose
múltipla. É uma doença complexa que afeta o CNS (Sistema Nervoso
Central). É imprevisível e os sintomas podem variar imensamente com
cada indivíduo. Estima-se que 100 mil pessoas são afetadas por esta
doença sozinha e mais de 2,3 milhões em todo o mundo no
Canadá. Esta doença é geralmente diagnosticada entre as idades de
quinze e quarenta anos, mas as crianças também têm sido afetadas
pelo EM. Muitas pessoas com EM podem fazer e viver uma vida
produtiva.

Não há cura.

Mas há apoio. Ninguém tem que ficar sozinho.

http://www.overcomingmultiplesclerosis.org/
http://mssociety.ca
http://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/multiple-
sclerosis/basics/definition/con-20026689
Hey vocês,
Muito obrigada por ler "Oprimido por Você". Espero que tenham
gostado de Kat e a história de Ream. Se você não se importaria de me
ajudar e deixar um comentário no site onde comprou Oprimido por
Você seria muito apreciada. Obrigada!

Todo o seu apoio e amor tem sido incrível. Na verdade, eu estou


com piso. Assim, muitos novos amigos. Eu adoro conversar com cada
um de vocês. Então, por favor, venha dizer oi no FB.

Felicidades,

Nash xx
Eu gostaria de poder nomear cada indivíduo que eu tive o prazer
de conversar no FB ou através de e-mail ou no GR. Eu não estaria aqui
sem vocês. Seu apoio incrível, palavras amáveis, comentários e os
comentários incríveis que você tomam o tempo para escrever... Eu
realmente não posso agradecer o suficiente. Eu adoro conversar com
você e mesmo que eu não conheci a maioria de vocês, pessoalmente,
sinto-me como se eu tivesse feito alguns grandes amigos.
Para Sarah, meu leitor beta emergência e meu saco de
pancadas. Quando eu estou enlouquecendo sobre algo que você
calmamente colocar tudo de volta em perspectiva... Obrigada.
Para meus editores Kristin, o editor romântico e Max, The
PolishedPen ...este livro respira por causa de vocês dois.
Kari de capa a capa projetos, obrigadq por colocar-se com os meus
e-mails constantes quando estamos trabalhando em uma capa. Você vê
minha visão e sempre me deu uma cobertura kick ass. Amo você.
Stacey, minha maravilhosa formatadora e Debra, O Livro
Entusiasta Promoções tanto "trazê-lo" cada vez!
Meu leitor beta Paula-WOW. Eu espero que você perceba que você
pertence a mim agora!
Melissa, meu leitor pré-beta e minha a menina quando eu tenho
problemas de enredo ou apenas... Questões, lol. Te amo mocinha. Aos
meus rockin leitores beta de SMI livro clube Yaya... Meu perseguidor
pessoal... eMidiã, vocês garotas via as coisas quando eu não... Eu te
amo!
Tia, nada eu sou tão sortuda por ter encontrado você. Sua joia é
impressionante e eu adoro que os personagens podem ganhar vida com
os seus pedaços. Você é uma mulher notável!
Para os blogueiros que eu considero amigos: G & J Totalmente
Reservado; Jessica & Sarah encantadores Books; Kayla o Bibliophile e
Sassy Sara. Obrigado por todo o seu amor e apoio
Para os autores incríveis que eu tive o prazer de conversar com as
estrelas e que são verdadeiramente com as suas palavras e os seus
corações... Penelope Ward, Pimenta Winters, Nicola Hakin, Carmen
Jenner, Lili St. Germain.
WOW... Os blogueiros. Você meninas são outra coisa e estou
admirado com o que você faz. Obrigado por seu apoio constante, e por
trazer livros para a ribalta com a sua devoção incrível.
Elaine e Susan... Caramba, eu tenho muita sorte de ter encontrado
belas mulheres quentes, como vocês duas.
Para todos na arrancada de Você Book Club e meus admins
Michelle, Sarah e Jessica. Cada um de vocês me fizeram rir e trouxe
muita alegria a este longo processo de fazer o meu livro ganharem vida,
obrigado.
E para o meu agente Mark Gottlieb no Trident Media Group,
obrigado por todo seu apoio e sua confiança em mim. Estou animada
para fazer essa nova jornada com você.
Claro que, como sempre, para os meus amigos peludos que me dão
amor incondicional mesmo quando estou na minha escrita caverna. E,
para minha família sempre solidária, eu te amo.

Abraços e beijos a cada um de vocês.


Nashoda Rose

―Perfect Chaos‖ (Inflexível #1) Georgie e Deck


"Perfect Ruin" (Inflexível #2) London e Kai
"Perfect?" (Inflexível #3)

(em nenhuma ordem particular)

"Untitled" (Tear Asunder #3) Crisis e Haven


"Untitled" (Tear Asunder #4)

Escrita como Cindy Paterson (o romance paranormal)


"Take" (Sentidos # 4) Jasper e Max
por
Nashoda Rose

Eu suavizei as rugas na minha colcha, então coloquei meu coelho


de pelúcia marrom contra o descanso de lance florido branco e
rosa. Aos dezesseis anos, eu estava um pouco velha para bichos de
pelúcia, mas tinha sido um presente do meu irmão a primeira vez que
ele foi embora para o Afeganistão com os militares.
Eu me endireitei, em seguida, vi a folha pendurada no canto direito
e rapidamente coloquei-o de volta para o colchão. Perfeito. Eu gostei...
Bem, eu era obcecada por ser organizada. Tudo tinha o seu lugar,
mesmo comigo. Eu continuei com as mesmas roupas incolores branda,
a mesma programação, o mesmo estilo de cabelo. Por que mexer com o
que funcionou? Meu irmão sempre me provocou e disse que eu deveria
me juntar as forças canadenses como ele. Eu posso gostar de tudo
limpo e arrumado, mas eu odiava luta, sangue, armas, e, sem dúvida,
qualquer assassinato.
Connor sabia disso. Ele me ajudou a enterrar meu peixinho Goldie
no quintal quando eu tinha sete anos. Em seguida, o hamster
Fiddlehead quando eu tinha dez anos. Para este dia havia uma pedra
marcada que Connor tinha feito para ele que estava perto da cerca dos
fundos. Eu podia vê-lo sempre que eu olhei pela janela da cozinha.
Eu empurrei a porta de um carro, o que soou como se fosse em
nossa garagem. O sol tinha acabado de picar no horizonte; que era
muito cedo para todos os visitantes, além de que era domingo e meu pai
tinha a regra de que ele e mãe dormiriam bastante. Eu sempre levantei
de madrugada querendo chegar à frente do dia, outra razão, Connor
disse que eu ia sobressair no serviço militar. Embora, nós dois
sabíamos que ele nunca permitiria eu em qualquer lugar perto de
perigo, e eu estava muito contente com isso. Perigo para mim era se o
meu shampoo estava faltando e eu tivesse que usar o do meu irmão de
vez.
Connor não devia voltar por mais um mês, isso significava... Um
congelamento súbito bateu no meu corpo, fechando minhas pernas no
lugar, quando eu percebi que poderia estar em nosso caminho, às seis
da manhã de um domingo. Minha respiração ficou presa na minha
garganta como se umas mãos apertadas foram me estrangulando.
Não.
Não. Eu balancei a cabeça para trás e para frente. Por favor, não
bata.
Era o menino do jornal. Precoce. Ele estava uma hora mais cedo
hoje. Em um segundo, eu ouvi o barulho com o pacote de jornal
batendo na porta de tela de metal.
Olhos apertados bem fechados, eu esperava o som familiar.
Nada. Chupei em grandes quantidades de ar para os meus
pulmões com fome.
Não ele. Por favor, não ele.
Connor.
Connor.
Meu coração batia cada vez mais difícil em sua gaiola e lágrimas
agrupadas em meus olhos. Eu não podia ouvir seus passos, mas eu
sabia que suas botas de combate pretas foram andando até o caminho
de pedra em direção a casa.
Eu não posso perdê-lo. Por favor.
Corra.
Corra e não vai ser verdade.
Mas eu não podia me mover. Minhas pernas estavam trancadas no
lugar enquanto eu esperava para o pesadelo começar.
A batida.
Thump.
Thump.
Thump.
Era como se cada batida foi um soco no estômago. Sem ar. Eu não
conseguia respirar. Eu estava gritando silenciosamente e nada poderia
parar o medo segurando minhas entranhas.
Por favor. Não. Eu preciso dele.
Silêncio.
Eu ouvi a porta do quarto dos meus pais serem aberta e o arrastar
de pés pelo corredor sobre os pisos de madeira. Os cliques distintos
quando o bloqueio se virou e, em seguida, a porta da frente se abriu
seguido do grito da porta de tela.
Silêncio.
Parecia horas que eu estava no meio do meu quarto, com medo de
olhar pela janela e ver o carro que eu não queria ver. Com medo de ser
executada. Com medo de me mover. Esperando que eu ainda estivesse
dormindo e isso era tudo um sonho.
Sim, era sonho. Eu acordaria a qualquer momento. Eu diria que
ele hoje. Eu diria a ele o quanto eu sentia falta dele e o amava. Fazia
semanas desde nossa última conversa. Eu deveria ter enviado a ele com
mais frequência. Por que não tinha?
Alto gemido de minha mãe cortou o ar, e meu mundo perfeito caiu
aos meus pés. Era como se eu estivesse sendo enrolada no aperto da
morte de uma anaconda e arrastou sob a água.
Eu caí de joelhos, meus braços em volta de mim, e eu balançava
para frente e para trás quando os gritos de minha mãe tornaram-se
abafados como se ela estivesse sendo esmagada contra algo.
Havia mais passos. Não tranquilo e suave como a minha mãe. Não
lento e pesado como o meu pai. Longos, passos confiantes.
Não. Vá embora. Basta ir embora. Não é real.
Os passos pararam fora da minha porta, e então ouvi o clique
quando minha maçaneta girou. Ele estava abrindo a minha alma e
arrancando meu coração.
Parei de balançar.
A porta se abriu.
Eu apertei meus olhos não querendo vê-lo. Incapaz de encará-
lo. Enfrentar o que ele estava aqui para me dizer.
— Georgie.
Seu tom de voz ríspido eu reconheceria em qualquer lugar. Isso me
assustou, sempre teve. Ele me assustou.
Eu fungava enquanto meu nariz escorria, e eu senti a gota de
lágrimas deslizarem dos cantos dos meus olhos.
— Olhe para mim. - Se eu o ignorasse tudo iria embora. — Georgie.
Foi o toque de suavidade em sua voz quando ele disse meu nome
que me fez abrir os olhos.
Meu olhar bateu as pernas em primeiro lugar, o comprimento
longo, magro, cobertas de calças cargo pretas. Havia um rasgo no
material um pouco acima do joelho. Manchas de sujeira nas calças
como se ele tivesse vindo direto de tudo o que o inferno tinha dentro
dele.
Eles. Em um segundo, a palavra que não existe mais.
Meu olhar se moveu para cima, hesitante, como se o meu cérebro
estivesse lutando a cada passo. Suas mãos estavam fechadas em
punhos em seus lados, os dedos fortes entalhados que tinha sentido a
dureza de bater em outro homem. Era estranho porque suas mãos
estavam limpas, e ainda vi a sujeira em seus braços tatuados e a...
Sangue? Foi o seu sangue ou...
— Georgie.
O som alto, abrupto do meu nome me fez cambalear e meu olhar
voou para o dele.
Sua mandíbula estava tensa. Olhos duros e frios, sem emoção. Ele
olhou diretamente para mim, nem um pingo de compaixão em seu olhar
inflexível. Mas eu vi outras coisas. Lá em baixo de sua solidez estoica...
O tormento, a dor, a escuridão que logo vai se tornar a minha
escuridão.
Eu comecei a tremer violentamente, e minha garganta apertada
contra os soluços que sacudiam meu corpo.
— Não. Foi a única palavra que poderia sair.
Por favor, não.
Ele se levantou e me viu tremer e chorar de joelhos no meio do
meu quarto por alguns minutos antes, que ele dissesse:
— Eu não poderia salvá-lo.
Suas palavras cortadas em mim com determinação da verdade, e
minha respiração engatou quanto mais lágrimas reunidas e caiu a
partir dos limites de minhas pálpebras. Eu apertei meus braços em
volta do meu corpo, como se isso iria ajudar a aliviar a dor.
Ele não o fez.
Nada o faria.
Connor.
Ele se foi.
Eu nunca ouviria sua provocação. Sentir o toque de sua mão
bagunçando meu cabelo. Ouvir sua voz me chamando menina Georgie.
Ele prometeu voltar.
Dor.
Doer.
Devastação.
Menina Georgie.
Caos. Minha cabeça gritava com o caos quando a imagem de
Connor jogou na minha mente. Foi distorcido e quebrado com pedaços
de luz que está sendo sugado separado pela escuridão.
Destruição. Eu tinha que destruir. Meu mundo não era mais
perfeito. Nada mais será o mesmo novamente. Eu nunca seria a mesma.
Eu me levantei e peguei meu edredom e rasguei-o para fora da
cama, o travesseiro lance florido e coelho foram atirados para o
chão. Um som estranho saiu da minha garganta quando eu mergulhei
para o meu armário e varri meu braço sobre a brilhante superfície de
livros puro, minha caixa de joias, e um vaso caíram no piso de
madeira. Eu podia ouvir vidro quebrando, e brincos de prata, pérolas e
anéis espalhados em todas as direções.
Eu não parei. Eu não podia.
Destruição.
Peguei minha luz da minha mesa de cabeceira e joguei por todo o
quarto. O bulbo fez um pop alto quanto ele bateu na parede. Eu
precisava destruir. Tudo o que eu tinha feito em um lugar limpo e
arrumado não era mais. Estava tudo acabado. Nada seria perfeito
novamente. O meu mundo tinha acabado de se abrir, e eu estava
sangrando. Doeu. Deus doeu.
Eu tropecei em meu edredom quando eu fui para o armário e caí
de joelhos. Ele não me impediu... A dor física não era nada, quase
acolhedora para a dor emocional que estava me levando além, pedaço
por pedaço. Levantei-me, em seguida, cambaleei até o armário e abri as
portas.
Eu arranquei minhas roupas os parasitas, os belos vestidos macios
amarelos, brancos, pretos. Em seguida, as blusas de abotoar simples e
as calças pretas. Os cabides vazios balançaram para frente e para trás
na barra de metal quando cada peça de roupa foi jogada ao
chão. Quando o armário estava vazio, eu peguei o que estava ao meu
alcance e comecei a rasgar. Botões estouraram. Seda e nylon rasgaram,
mangas rasgadas dos núcleos como eu. Isto me foi sendo desfiado em
pedaços.
De qualquer jeito, eu puxei e puxei em minhas mãos tudo o que
podia obter num porão.
Rasgue.
Arruinar tudo. Destruir.
Eu estava respirando com dificuldade quando eu terminei. Nada foi
deixado vivo. Assim como eu. Eu não tinha mais nada a não ser para
ser executado.
Correr.
Correr.
Correr.
Corri para a porta. Eu não conseguia respirar. Eu tinha que sair
daqui. Fora deste mundo perfeito arruinado. Ele se foi. Connor tinha
ido embora.
Minha mente estava girando e frenética.
Fuja.
Eu nem sequer pude vê-lo; minha visão turva de lágrimas e raiva e
dor. Ele bloqueou a porta, seu corpo alto e magro impedindo meu
caminho de fuga.
Corri de qualquer maneira, tentando mergulhar por ele.
Ele me agarrou pela cintura com um braço e meus pés deixaram o
chão. Eu gritava e me contorcia em seu domínio como uma boneca de
pano. Ele me colocou para baixo diretamente na frente dele, suas mãos
agarraram meus braços em um aperto de contusões.
— Georgie, olhe para mim.
Eu chutei e gritei, tentando sair, mas nada iria me libertar. Eu
sabia que nunca estaria livre novamente. O meu irmão. Meu melhor
amigo. Ele estava morto.
— Deixe-me ir. Deixe-me ir. Deixe-me ir.
Correr. Afaste-se.
— Olha. para. Mim.
Desta vez, sua voz cortou minha necessidade histérica de escapar,
e eu parei de lutar, olhando para os olhos resolutos. Como ele poderia
ficar ali? Ele tinha acabado de destruir a minha vida, a vida da minha
família. E ele estava ali olhando para mim com nem um pingo de
compaixão.
— Eu te odeio.
— Você vai ficar parada?
Peito arfando e coração batendo, percebi que Deck tinha me visto
destruir tudo no meu quarto. Ele nunca fez nada para detê-lo. A única
coisa que eu sabia sobre esse homem era que ele era inflexível. Connor
sempre disse que Deck era o melhor líder de equipe, porque não
importa que merda descia, Deck nunca dava a ninguém. Ele ficava com
a sua palavra, não importa o quê, e eu imaginei que ele não me deixou
ir até que eu inclinei-me para a sua vontade.
Eu parei de lutar.
Ele esperou um segundo, em seguida, me liberou. Então ele enfiou
a mão no bolso de trás e tirou um livro encadernado em couro pequeno
que tinha arestas usadas e uma espinha quebrada.
— Ele quer que você fique com isso.
Eu não me movi enquanto eu olhava para o que eu sabia que era o
diário de Connor. Deck agarrou meu pulso e empurrou-o na minha
mão. A superfície dura abrupta bateu na palma da minha mão.
O nome de Connor foi escrito no topo em sua familiar escrita de
mão bagunçada.
Eu quase caí. Provavelmente teria se Deck não tivesse agarrado
meu braço. Ele guiou-me para o meu quarto, e eu não resisti. Tudo que
fiz foi olhar para o livro encadernado. A última peça do meu irmão. Não
foi o suficiente. Ele nunca seria suficiente.
Senti a suavidade do colchão quando Deck me fez sentar, e então o
chão rangeu quando ele começou a se afastar.
Eu olhei para a figura em retirada.
— Eu queria que fosse você, não ele.
Não houve reação às minhas palavras, e realmente, eu não
esperava qualquer. Ele acabou de sair. E eu odiava que Deck foi aqui
em vez de Connor. Eu odiava que ele pudesse caminhar de volta para a
sua família e rir e mantê-los e meu irmão não podia.
Ele virou a cabeça e encontrou meus olhos. Por um segundo, eu
pensei que eu testemunhei remorso, mas foi tão rápido que eu poderia
ter imaginado ou talvez eu esperasse vê-lo do melhor amigo do meu
irmão.
— Sim. - Seu tom sussurrou era quase inaudível, como a porta
fechada, e eu ouvia seus passos firmes calçados com botas.
A porta da frente se abriu, e da porta de tela gritou. Ambos
fechadas.
Eu não sei por que fiz isso, mas fui até a janela, abri as cortinas
brancas completas e vi como ele andava no caminho. A tensão nas
costas. A rigidez de seu passo.
Ele parou ao lado do carro e ficou parado por um segundo. Eu não
conseguia ver o rosto dele ou o que ele estava fazendo até que ele bateu
com os dois punhos no teto do carro; em seguida, sua cabeça caiu para
frente e os ombros largados.
Meus dedos se fecharam em torno do material delicado das
cortinas, e eu não sabia o quão duro estava agarrando até que a cortina
arrancou da haste e caiu no chão deixando a janela nua.
Como se tivesse ouvido isso, mas eu sabia que era impossível Deck
virou. Nossos olhos se encontraram. Parecia que ele pudesse ver em
mim com aquele olhar direto. Eu me senti nua e vulnerável, incapaz de
desviar o olhar, presa. Ele me deu essas feridas. Feridas que nunca
cicatrizam. Deck era agora parte da escuridão dentro de mim que eu
nunca escaparia.
Seu gesto mal se distinguiu, antes que ele quebrou a conexão e
abriu a porta do carro.
Eu assisti sua forma magra indo para o banco do motorista.
O motor ganhou vida com um ronronar alto.
Vida. Algo que Connor tinha perdido.
Afastei-me, assim quando eu ouvi o grito dos pneus na rua.
Meu mundo perfeito só tinha sido jogado no caos destrutivo total.

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