Missa Parte Por Parte
Missa Parte Por Parte
Missa Parte Por Parte
A missa é o culto mais sublime que oferecemos ao Senhor. Nós não vamos à missa somente para
pedir, mas também para louvar, agradecer e adorar a Deus. A desculpa de que rezar em casa é a
mesma coisa que ir à missa é por demais pretensiosa! É querer fazer da reza particular algo
melhor que a missa, que é celebrada por toda uma comunidade! Assim, vamos à missa para ouvir
a Palavra do Senhor e saber o que o Pai fala e propõe para a sua família reunida. Não basta ouvir!
Devemos pôr em prática a Palavra de Deus e acertarmos nossas vidas (conversão). O fato de
existir pessoas que freqüentam a missa, mas não praticam a Palavra jamais deve ser motivo de
desculpa para nos esquivarmos de ir à missa; afinal, quem somos nós para julgarmos alguém?
Quem deve julgar é Deus! Ao invés de olharmos o que os outros fazem, devemos olhar para o
que Cristo faz! É com Ele que devemos nos comparar!
A DIVISÃO DA MISSA
1. Ritos Iniciais
Comentário Introdutório à missa do dia, Canto de Abertura, Acolhida, Antífona de Entrada, Ato
Penitencial, Hino de Louvor e Oração Coleta.
2. Rito da palavra
Primeira Leitura, Salmo Responsorial, Segunda Leitura, Aclamação ao Evangelho, Proclamação
do Evangelho, Homilia, Profissão de Fé e Oração da Comunidade.
3. Rito Sacramental
1ª Parte - Oferendas: Canto/Procissão das Oferendas, Orai Irmãos e Irmãs, e Oração Sobre as
Oferendas;
2ª Parte - Oração Eucarística: Prefácio, Santo, Consagração e Louvor Final;
3ª Parte - Comunhão: Pai Nosso, Abraço da Paz, Cordeiro de Deus, Canto/Distribuição da
Comunhão, Interiorização, Antífona da Comunhão e Oração após a Comunhão.
4. Ritos Finais
Mensagem, Comunicados da Comunidade, Canto de Ação de Graças e Bênção Final.
POSIÇÕES DO CORPO
Os gestos são importantes na liturgia. Nosso corpo também "fala" através dos gestos e atitudes.
Durante toda a celebração litúrgica nos gesticulamos, expressando um louvor visível não só a
Deus, mas também a todos os homens.
Quando estamos sentados, ficamos em uma posição confortável que favorece a catequese, pois
nos dá a satisfação de ouvir evitando o cansaço; também ajuda a meditar sobre a Palavra que está
sendo recebida.
Quando ficamos de pé, demonstramos respeito e consideração, indicando prontidão e disposição
para obedecer.
Quando nos ajoelhamos ou inclinamos durante a missa, declaramos a nossa adoração sincera a
Deus todo-poderoso, indicando homenagem e, principalmente, total submissão a Ele e à sua
vontade.
Ao juntarmos as mãos, mostramos confiança e fé em Deus.
2. A missa é sacrifício
Sacrifício é uma palavra que possui a mesma raiz grega da palavra sacerdócio, que do latim
temos sacer-dos, o dom sagrado. O dom sagrado do homem é a vida, pois esta vem de Deus. Por
natureza o homem é um sacerdote. Perdeu esta condição por causa do pecado. Sacrifício, então,
significa o que é feito sagrado. O homem torna sua vida sagrada quando reconhece que esta é
dom de Deus. Jesus Cristo faz justamente isso: na condição de homem reconhece-se como
criatura e se entrega totalmente ao Pai, não poupando nem sua própria vida. Jesus nesse
momento está representando toda a humanidade. Através de sua morte na cruz dá a chance aos
homens e às mulheres de novamente orientarem suas vidas ao Pai assumindo assim sua condição
de sacerdotes e sacerdotisas.
Com isso queremos tirar aquela visão negativa de que sacrifício é algo que representa a morte e a
dor. Estas coisas são necessárias dentro do mistério da salvação, pois só assim o homem pode
reconhecer sua fraqueza e sua condição de criatura.
RITOS INICIAIS
3. Saudação
a) Sinal da Cruz
O presidente da celebração e a assembléia recordam-se por que estão celebrando a missa. É,
sobretudo pela graça de Deus, em resposta ao seu amor. Nenhum motivo particular deve
sobrepor-se à gratuidade. Pelo sinal da cruz nos lembramos que pela cruz de Cristo nos
aproximamos da Santíssima Trindade.
b) Saudação
Retirada na sua maioria dos cumprimentos de Paulo, o presidente da celebração e a assembléia se
saúdam. O encontro eucarístico é movido unicamente pelo amor de Deus, mas também é
encontro com os irmãos.
4. Ato Penitencial
Após saudar a assembléia presente, o sacerdote convida toda assembléia a, em um momento de
silêncio, reconhecer-se pecadora e necessitada da misericórdia de Deus. Após o reconhecimento
da necessidade da misericórdia divina, o povo a pede em forma de ato de contrição: Confesso a
Deus Todo-Poderoso... Em forma de diálogo por versículos bíblicos: Tende compaixão de
nós... Ou em forma de ladainha: Senhor, que viestes salvar... Após, segue-se a absolvição do
sacerdote. Tal ato pode ser substituído pela aspersão da água, que nos convida a rememorar-nos
o nosso compromisso assumido pelo batismo e através do simbolismo da água pedirmos para
sermos purificados.
Cabe aqui dizer, que o “Senhor, tende piedade” não pertence necessariamente ao ato penitencial.
Este se dá após a absolvição do padre e é um canto que clama pela piedade de Deus. Daí ser um
erro omiti-lo após o ato penitencial quando este é cantando.
5. Hino de Louvor
Espécie de salmo composto pela Igreja, o glória é uma mistura de louvor e súplica, em que a
assembléia congregada no Espírito Santo, dirige-se ao Pai e ao Cordeiro. É proclamado nos
domingos - exceto os do tempo da quaresma e do advento - e em celebrações especiais, de
caráter mais solene. Pode ser cantado, desde que mantenha a letra original e na íntegra.
6. Oração da Coleta
Encerra o rito de entrada e introduz a assembléia na celebração do dia.
“Após o convite do celebrante, todos se conservam em silêncio por alguns instantes, tomando
consciência de que estão na presença de Deus e formulando interiormente seus pedidos. Depois
o sacerdote diz a oração que se costuma chamar de ‘coleta’, a qual a assembléia dá o seu
assentimento com o ‘Amém’ final” (IGMR 32).
Dentro da oração da coleta podemos perceber os seguintes elementos: invocação, pedido e
finalidade.
O RITO DA PALAVRA
O Rito da Palavra é a segunda parte da missa, e também a segunda mais importante, ficando
atrás, somente do Rito Sacramental, que é o auge de toda celebração.
Iniciamos esta parte sentados, numa posição cômoda que facilita a instrução. Normalmente são
feitas três leituras extraídas da Bíblia: em geral um texto do Antigo Testamento, um texto
epistolar do Novo Testamento e um texto do Evangelho de Jesus Cristo, respectivamente. Isto,
porém, não significa que será sempre assim; às vezes a 1ª leitura cede espaço para um outro texto
do Novo Testamento, como o Apocalipse, e a 2ª leitura, para um texto extraído dos Atos dos
Apóstolos; é raro acontecer, mas acontece... Fixo mesmo, apenas o Evangelho, que será extraído
do livro de Mateus, Marcos, Lucas ou João.
1.Primeira Leitura
Como já dissemos, a primeira leitura costuma a ser extraída do Antigo Testamento.
Isto é feito para demonstrar que já o Antigo Testamento previa a vinda de Jesus e que Ele mesmo
o cumpriu (cf. Mt 5,17). De fato, não poucas vezes os evangelistas citam passagens do Antigo
Testamento, principalmente dos profetas, provando que Jesus era o Messias que estava para vir.
O leitor deve ler o texto com calma e de forma clara. Por esse motivo, não é recomendável
escolher os leitores poucos instantes antes do início da missa, principalmente pessoas que não
têm o costume de freqüentar aquela comunidade. Quando isso acontece e o "leitor", na hora da
leitura, começa a gaguejar, a cometer erros de leitura e de português, podemos ter a certeza de
que, quando ele disser: "Palavra do Senhor", a resposta da comunidade, "Graças a Deus", não se
referirá aos frutos rendidos pela leitura, mas sim pelo alívio do término de tamanha catástrofe!
Ora, se a fé vem pelo ouvido, como declara o Apóstolo, certamente o leitor deve ser uma pessoa
preparada para exercer esse ministério; assim, é interessante que a Equipe de Celebração seja
formada, também, por leitores "profissionais", ou seja, especial e previamente selecionados.
2.Salmo Responsorial
O Salmo Responsorial também é retirado da Bíblia, quase sempre (em 99% dos casos) do livro
dos Salmos. Muitas comunidades recitam-no, mas o correto mesmo é cantá-lo... Por isso uma ou
outra comunidade possui, além do cantor, um salmista, já que muitas vezes o salmo exige uma
certa criatividade e espontaneidade, uma vez que as traduções do hebraico (ou grego) para o
português nem sempre conseguem manter a métrica ou a beleza do original.
Assim, quando cantado, acaba lembrando um pouco o canto gregoriano e, em virtude da
dificuldade que exige para sua execução, acaba sendo simplesmente - como já dissemos -
recitado (perdendo mais ainda sua beleza).
3.Segunda Leitura
Da mesma forma como a primeira leitura tem como costume usar textos do Antigo Testamento, a
segunda leitura tem como característica extrair textos do Novo Testamento, das cartas escritas
pelos apóstolos (Paulo, Tiago, Pedro, João e Judas), mais notadamente as escritas por São Paulo.
Esta leitura tem, portanto, como objetivo, demonstrar o vivo ensinamento dos Apóstolos dirigido
às comunidades cristãs.
A segunda leitura deve ser encerrada de modo idêntico ao da primeira leitura, com o leitor
exclamando: "Palavra do Senhor!" e a comunidade respondendo com: "Graças a Deus!".
4.Canto De Aclamação Ao Evangelho
Feito o comentário ao Evangelho, a assembléia a se põe de pé, para aclamar as palavras de Jesus.
O Canto de Aclamação tem como característica distintiva a palavra "Aleluia", um termo hebraico
que significa "louvai o Senhor". Na verdade, estamos felizes em poder ouvir as palavras de Jesus
e estamos saudando-O como fizeram as multidões quando Ele adentrou Jerusalém no domingo
de Ramos.
Percebemos, assim, que o Canto de Aclamação, da mesma forma que o Hino de Louvor, não
pode ser cantado sem alegria, sem vida. Seria como se não confiássemos Naquele que dá a vida e
que vem até nós para pregar a palavra da Salvação. O Canto deve ser tirado do lecionário, pois se
identifica com a leitura do dia, por isso não se pode colocar qualquer música como aclamação,
não basta que tenha a palavra aleluia.
Comprovando este nosso ponto de vista está o fato de que durante o tempo da Quaresma e do
Advento, tempos de preparação para a alegria maior, também a palavra "Aleluia" não aparece no
Canto de Aclamação ao Evangelho.
5.Evangelho
Antes de iniciar a leitura do Evangelho, se estiver sendo feito uso de incenso, o sacerdote ou o
diácono (depende de quem for ler o texto), incensará a Bíblia e, logo a seguir, iniciará a leitura
do texto.
O texto do Evangelho é sempre retirado dos livros canônicos de Mateus, Marcos, Lucas e João, e
jamais pode ser omitido. É falta gravíssima não proceder a leitura do Evangelho ou substituí-lo
pela leitura de qualquer outro texto, inclusive bíblico.
Ao encerrar a leitura do Evangelho, o sacerdote ou diácono profere a expressão: "Palavra da
Salvação!" e toda a comunidade glorifica ao Senhor, dizendo: "Glória a vós, Senhor!". Neste
momento, o sacerdote ou diácono, em sinal de veneração à Palavra de Deus, beija a Bíblia
(rezando em silêncio: "Pelas palavras do santo Evangelho sejam perdoados os nossos pecados")
e todo o povo pode voltar a se sentar.
6.Homilia
A homilia nos recorda o Sermão da Montanha, quando Jesus subiu o Monte das Oliveiras para
ensinar todo o povo reunido. Observe-se que o altar já se encontra, em relação aos bancos onde
estão os fiéis, em ponto mais alto, aludindo claramente a esse episódio.
Da mesma forma como Jesus ensinava com autoridade, após sua ascensão, a Igreja recebeu a
incumbência de pregar a todos os povos e ensinar-lhes a observar tudo aquilo que Cristo pregou.
A autoridade de Cristo foi, portanto, passada à Igreja.
A homilia é o momento em que o sacerdote, como homem de Deus, traz para o presente aquela
palavra pregada por Cristo há dois mil anos. Neste momento, devemos dar ouvidos aos
ensinamentos do sacerdote, que são os mesmos ensinamentos de Cristo, pois foi o próprio Cristo
que disse: "Quem vos ouve, a mim ouve. Quem vos rejeita, a mim rejeita" (Lc 10,16). Logo, toda
a comunidade deve prestar atenção às palavras do sacerdote.
A homilia é obrigatória aos domingos e nas solenidades da Igreja. Nos demais dias, ela também é
recomendável, mas não obrigatória.
7.Profissão De Fé (Credo)
Encerrada a homilia, todos ficam de pé para recitar o Credo. Este nada mais é do que um resumo
da fé católica, que nos distingue das demais religiões. É como que um juramento público, como
nos lembra o PE Luiz Cechinatto.
Embora existam outros Credos católicos, expressando uma única e mesma verdade de fé, durante
a missa costuma-se a recitar o Símbolo dos Apóstolos, oriundo do séc. I, ou o Símbolo Niceno-
Constantinopolitano, do séc. IV. O primeiro é mais curto, mais simples; o segundo, redigido para
eliminar certas heresias a respeito da divindade de Cristo, é mais longo, mais completo. Na
prática, usa-se o segundo nas grandes solenidades da Igreja.
8.Oração Da Comunidade
A Oração da Comunidade ou Oração dos Fiéis, como também é conhecida, marca o último ato
do Rito da Palavra. Nela toda a comunidade apresenta suas súplicas ao Senhor e intercede por
todos os homens.
Alguns pedidos não devem ser esquecidos pela comunidade:
o As necessidades da Igreja.
o As autoridades públicas.
o Os doentes, abandonados e desempregados.
o A paz e a salvação do mundo inteiro.
o As necessidades da Comunidade Local
A introdução e o encerramento da Oração da Comunidade devem ser feitas pelo sacerdote.
Quando possível, devem ser feitos espontaneamente. As preces podem ser feitas pelo
comentarista, mas o ideal é que sejam feitas pela equipe de Liturgia, ou ainda pelos próprios
fiéis. Cada prece deve terminar com expressões como: "Rezemos ao Senhor", entre outras, para
que a comunidade possa responder com: "Senhor, escutai a nossa prece" ou "Ouvi-nos, Senhor”
Quando o sacerdote conclui a Oração da Comunidade, dizendo, por exemplo: "Atendei-nos, ó
Deus, em vosso amor de Pai, pois vos pedimos em nome de Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor
nosso”. a assembléia encerra com um: "Amém!".
RITO SACRAMENTAL
Na liturgia eucarística atingimos o ponto alto da celebração. Durante ela a Igreja irá tornar
presente o sacrifício que Cristo fez para nossa salvação. Não se trata de outro sacrifício, mas sim
de trazer à nossa realidade a salvação que Deus nos deu. Durante esta parte a Igreja eleva ao Pai,
por Cristo, sua oferta e Cristo dá-se como oferta por nós ao Pai, trazendo-nos graças e bênçãos
para nossas vidas.
É durante a liturgia eucarística que podemos entender a missa como uma ceia, pois afinal de
contas nela podemos enxergar todos os elementos que compõem uma: temos a mesa - mais
propriamente a mesa da Palavra e a mesa do pão. Temos o pão e o vinho, ou seja, o alimento
sólido e líquido presentes em qualquer ceia. Tudo conforme o espírito da ceia pascal judaica, em
que Cristo instituiu a eucaristia.
E de fato, a Eucaristia no início da Igreja era celebrada em uma ceia fraterna. Porém foram
ocorrendo alguns abusos, como Paulo os sinaliza na Primeira Carta aos Coríntios. Aos poucos foi
sendo inserida a celebração da palavra de Deus antes da ceia fraterna e da consagração. Já no
século II a liturgia da Missa apresentava o esquema que possui hoje em dia.
Após essa lembrança de que a Missa também é uma ceia, podemos nos questionar sobre o
sentido de uma ceia, desde o cafezinho oferecido ao visitante até o mais requintado jantar
diplomático. Uma ceia significa, entre outros: festa, encontro, união, amor, comunhão,
comemoração, homenagem, amizade, presença, confraternização, diálogo, ou seja, vida.
Aplicando esses aspectos a Missa, entenderemos o seu significado, principalmente quando
vemos que é o próprio Deus que se dá em alimento. Vemos que a Missa também é um convívio
no Senhor.
A liturgia eucarística divide-se em: apresentação das oferendas, oração eucarística e rito da
comunhão.
1) o pão e o vinho representam a vida do homem, o que ele é, uma vez que ninguém vive sem
comer nem beber;
2) representam também o que o homem faz, pois ninguém vai à roça colher pão nem na fonte
buscar vinho;
E a água? Durante a apresentação das oferendas, o sacerdote mergulha algumas gotas de água no
vinho. E o porquê disso? Sabemos que no tempo de Jesus os judeus bebiam vinho diluído em um
pouco de água, e certamente Cristo também devia fazê-lo, pois era verdadeiramente homem. Por
outro lado, a água quando misturada ao vinho adquire a cor e o sabor deste. Ora, as gotas de água
representam a humanidade que se transforma quando diluída em Cristo.
Os tempos da preparação das oferendas:
a) Preparação do altar
“Em primeiro lugar prepara-se o altar ou a mesa do Senhor, que é o centro de toda liturgia
eucarística, colocando-se nele o corporal, o purificatório, o cálice e o missal, a não ser que se
prepare na credência”(IGMR 49).
b) Procissão das oferendas
Neste momento, trazem-se os dons em forma de procissão. Lembrando que o pão e o vinho
representam o que é o homem e o que ele faz, esta procissão deve revestir-se do sentimento de
doação, ao invés de ser apenas uma entrega da água e do vinho ao sacerdote.
c) Apresentação das oferendas a Deus
O sacerdote apresenta a Deus as oferendas através da fórmula: Bendito sejais... e o povo
aclama: Bendito seja Deus para sempre! Este momento passa despercebido da maioria das
pessoas devido ao canto do ofertório. O ideal seria que todo o povo participasse desse momento,
sendo o canto usado apenas durante a procissão e a coleta fosse feita sem as pessoas saírem de
seus locais. O canto não é proibido, mas deve procurar durar exatamente o tempo da
apresentação das oferendas, para que o sacerdote não fique esperando para dar prosseguimento à
celebração.
d) A coleta do ofertório
Já nas sinagogas hebraicas, após a celebração da Palavra de Deus, as pessoas costumavam deixar
alguma oferta para auxiliar as pessoas pobres. E de fato, este momento do ofertório só tem
sentido se reflete nossa atitude interior de dispormos os nossos dons em favor do próximo. Aqui,
o que importa não é a quantidade, mas sim o nosso desejo de assim como Cristo, nos darmos
pelo próximo. Representa o nosso desejo de aos poucos, deixarmos de celebrar a eucaristia para
nos tornarmos eucaristia.
e) O lavar as mãos
Após o sacerdote apresentar as oferendas ele lava suas mãos. Antigamente, quando as pessoas
traziam os elementos da celebração de suas casas, este gesto tinha caráter utilitário, pois após
pegar os produtos do campo era necessário que lavasse as mãos. Hoje em dia este gesto
representa a atitude, por parte do sacerdote, de tornar-se puro para celebrar dignamente a
eucaristia.
f) O Orai Irmãos...
Agora o sacerdote convida toda assembléia a unir suas orações à ação de graças do sacerdote.
g) Oração sobre as Oferendas
Esta oração coleta os motivos da ação de graças e lança no que segue, ou seja, a oração
eucarística. Sempre muito rica, deve ser acompanhada com muita atenção e confirmada com o
nosso amém!
2. A Oração Eucarística
É na oração eucarística em que atingimos o ponto alto da celebração. Nela, através de Cristo que
se dá por nós, mergulhamos no mistério da Santíssima Trindade, mistério da nossa salvação:
“A oração eucarística é o centro e ápice de toda celebração, é prece de ação de graças e
santificação. O sacerdote convida o povo a elevar os corações ao Senhor na oração e na ação
de graças e o associa à prece que dirige a Deus Pai por Jesus Cristo em nome de toda
comunidade. O sentido desta oração é que toda a assembléia se una com Cristo na proclamação
das maravilhas de Deus e na oblação do sacrifício” (IGMR 54).
a) Prefácio
Após o diálogo introdutório, o prefácio possui a função de introduzir a assembléia na grande
ação de graças que se dá a partir deste ponto. Existem inúmeros prefácios, abordando sobre os
mais diversos temas: a vida dos santos, Nossa Senhora, Páscoa etc.
b) O Santo
É a primeira grande aclamação da assembléia a Deus Pai em Jesus Cristo. O correto é que seja
sempre cantado, levando-se em conta a maior fidelidade possível à letra da oração original.
d) A consagração
Deve ser toda acompanhada por nós. É reprovável o hábito de permanecer-se de cabeça baixa
durante esse momento. Reprovável ainda é qualquer tipo de manifestação quando o sacerdote
ergue a hóstia, pois este é um momento sublime e de profunda adoração. Nesse momento o
mistério do amor do Pai é renovado em nós. Cristo dá-se por nós ao Pai trazendo graças para
nossos corações. Daí ser esse um momento de profundo silêncio.
e) Preces e intercessões
Reconhecendo a ação de Cristo pelo Espírito Santo em nós, a Igreja pede a graça de abrir-se a
ela, tornando-se uma só unidade. Pede para que o papa e seus auxiliares sejam capazes de levar o
Espírito Santo a todos. Pede pelos fiéis que já se foram e pede a graça de, a exemplo de Nossa
Senhora e dos santos, os fiéis possam chegar ao Reino para todos preparados pelo Pai.
f) Doxologia Final
É uma espécie de resumo de toda a oração eucarística, em que o sacerdote tendo o Corpo e
Sangue de Cristo em suas mãos louva ao Pai e toda assembléia responde com um
grande “amém”, que confirma tudo aquilo que ela viveu. O sacerdote a diz sozinho.
3. Rito da Comunhão
A oração eucarística representa a dimensão vertical da Missa, em que nos unimos plenamente a
Deus em Cristo. Após alcançarmos a comunhão com Deus Pai, o desencadeamento natural dos
fatos é o encontro com os irmãos, uma vez que Cristo é único e é tudo em todos. Este é o
momento horizontal da Missa. Tem também esse momento o intuito de preparar-nos ao banquete
eucarístico.
a) O Pai-Nosso
É o desfecho natural da oração eucarística. Uma vez que unidos a Cristo e por ele reconciliados
com Deus, nada mais oportuno do que dizer: Pai nosso... Esta oração deve ser rezada em grande
exaltação, se for cantada, deve seguir exatamente as palavras ditas por Cristo, quando as ensinou
aos discípulos. Após o Pai Nosso segue o seu embolismo, ou seja, a continuação do último
pensamento da oração. Segue aqui uma observação: o único local em que não dizemos “amém”
ao final do Pai Nosso é na Missa, dada a continuidade da oração expressa no embolismo.
c) O cumprimento da Paz
É um gesto simbólico, uma saudação pascal. Por ser um gesto simbólico não há a necessidade
em sair do local para cumprimentar a todos na Igreja. Se todos tivessem em mente o simbolismo
expresso nesse momento não seria necessária a dispersão que o caracteriza na maioria dos casos.
Também não é permitido que se cante durante esse momento, uma vez que deveria durar pouco
tempo.
d) O Cordeiro de Deus
O sacerdote e a assembléia se preparam em silêncio para a comunhão. Neste momento o padre
mergulha um pedaço do pão no vinho, representando a união de Cristo presente por inteiro nas
duas espécies. A seguir todos reconhecem sua pequenez diante de Cristo e como o Centurião
exclamam: Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra
e serei salvo. Cristo não nos dá apenas sua palavra, mas dá-se por amor a cada um de nós.
e) A comunhão
Durante esse momento a assembléia dirige-se à mesa eucarística. O canto deve procurar ser um
canto de louvor moderado, salientando a doação de Cristo por nós. A comunhão pode ser
recebida nas mãos ou na boca, tendo o cuidado de, no primeiro caso, a mão que recebe a hóstia
não ser a mesma que a leva a boca. Aqueles que por um motivo ou outro não comungam, por não
se encontrarem devidamente preparados (estado de graça santificante) é importante que façam
desse momento também um momento de encontro com o Cristo, no que chamamos de
Comunhão Espiritual. Após a comunhão segue-se a ação de graças, que pode ser feita em forma
de um canto ou pelo silêncio, que dentro da liturgia possui sua linguagem importantíssima. O que
não pode é esse momento ser esquecido ou utilizado para conversar com quem está ao nosso
lado.
RITOS FINAIS
Não é qualquer canto que se escolhe para as celebrações. Existem cantos litúrgicos (para as
missas) e cantos mensagem (para outras ocasiões, encontros, etc...). As características do Canto
litúrgico são:
1. Conteúdo ou inspiração bíblica;
2. Qualquer salmo cantado é litúrgico;
3. Deve ter melodia fácil;
4. Todos os cânticos litúrgicos são personalizados (ritmo próprio, letra própria e momento
próprio);
5. Ter cuidado com as músicas destinadas às partes fixas da Celebração (Glória, Santo, Pai
Nosso, Cordeiro), pois cada um tem o seu conteúdo próprio e isto é da Tradição da Igreja.
As características a serem levadas em consideração são:
1. Canto de entrada:
Letra: Deve ser um convite à celebração! Deve falar do motivo da celebração.
Música: De ritmo alegre, festivo, que expresse a abertura da celebração.
2. Canto penitencial:
De cunho introspectivo, a ser cantado com expressão de piedade. Deve expressar confiança no
perdão de Deus.
Letra: Deve conter um pedido de perdão, sem necessariamente seguir a fórmula do Missal.
Música: Lenta, que leve à introspecção. Sejam usados especialmente instrumentos mais suaves.
3. Canto do glória:
Letra: O texto deve seguir o conteúdo próprio da Tradição da Igreja.
Música: Festiva, de louvor a Deus. Podem ser usados vários instrumentos.
4. Salmo Responsorial:
Letra: Faz parte integrante da liturgia da palavra: tem que ser um salmo. Deve ser cantado,
revezando solo e povo, ou, ao menos o refrão. Pode ser trocado pelo próprio salmo cantado,
porém nunca por um canto de meditação.
Letra: Salmo próprio do dia
Música: Mais suave. Instrumentos mais doces.
5. Aclamação ao Evangelho:
Letra: Tem que ter ALELUIA (louvor a Javé), exceto na Quaresma. É um convite para ouvir; é o
anúncio da Palavra de Jesus. Deve ser curto, e tirado do lecionário, próprio do dia.
Música: De ritmo vibrante, alegra, festivo e acolhedor. Podem ser usados outros instrumentos.
7. Santo:
É um canto vibrante por natureza.
Letra: Se possível seguir o texto original, indicado pela Tradição da Igreja.
Música: Que os instrumentos expressem a exultação desse momento e a santidade “Tremenda de
Deus”. Deve ser sempre cantado.
9. Pai-Nosso:
Pode ser cantado, mas desde que com as mesmas e exatas palavras da oração. Não de diz o
Amém, mesmo quando cantado.
SUGESTÃO: Sugerimos aos nossos amigos catequistas que realizem uma Missa comentada parte por parte com seus jovens. Como se dá
essa Missa? Convida-se um Sacerdote para ministra-la. O celebrante então explica aos jovens cada parte da missa, como no texto abaixo, o
que significa cada parte da Santa Missa. Para a Missa não se tornar muito extensa omite-se uma Leitura e o Salmo, o celebrante apenas
explica essas partes. Enfim o próprio Sacerdote sabe quais são as partes que podem ser apenas explicadas e assim o faz. Quando
realizamos essa Missa com os jovens, a comunhão é feita nas DUAS ESPÉCIES (pão e vinho). O resultado é surpreendente, vale a pena
realizar essa Missa.
RITOS INICIAIS
Entrada do Celebrante
Vai começar a Celebração. É o nosso encontro com Deus, marcado pelo próprio Cristo. Jesus é o orante máximo que assume a
Liturgia oficial da Igreja e consigo a oferece ao Pai. Ele é a cabeça e nós os membros desse corpo. Por isso nos incorporamos a
Ele pra que nossa vida tenha sentido e nossa oração seja eficaz. Durante o canto de entrada, o padre acompanhado dos ministros,
dirige-se ao altar. O celebrante faz uma inclinação e depois beija o altar. O beijo tem um endereço: não é propriamente para o
mármore ou a madeira do altar, mas para o Cristo, que é o centro de nossa piedade.
Saudação
O padre dirige-se aos fiéis fazendo o sinal da cruz. Essa expressão "EM NOME DO PAI E DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO",
tem um sentido bíblico. Nome em sentido bÍblico quer dizer a própria pessoa. Isto é iniciamos a Missa colocando a nossa vida e
toda a nossa ação nas mãos da Santíssima Trindade.
O sinal da cruz, significa que estamos na presença do Senhor e que compartilhamos de Sua autoridade e de Seu poder.
Ato penitencial
O Ato Penitencial é um convite para cada um olhar dentro de si mesmo diante do olhar de Deus, reconhecer e confessar os seus
pecados, o arrependimento deve ser sincero. É um pedido de perdão que parte do coração com um sentido de mudança de vida e
reconciliação com Deus e os irmãos.
E quando recitamos o Rito Penitencial, ficamos inteiramente receptivos à sua graça curativa: o Senhor nos perdoa, nos abrimos em
perdão e estendemos a mão para perdoar a nós mesmos e aos outros.
Ao perdoar e receber o perdão divino, ficamos impregnados de misericórdia: somos como uma esponja seca que no mar da
misericórdia começa a se embeber da graça e do amor que estão à nossa espera. É quando os fiéis em uníssono dizem: “Senhor,
tende piedade de nós!”
Hino de louvor
O Glória é um hino de louvor à Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. No Glória (um dos primeiros cânticos de louvor da Igreja),
entramos no louvor de Jesus diante do Pai, e a oração dEle torna-se nossa. Quando louvamos, reconhecemos o Senhor como
criador e Seu contínuo envolvimento ativo em nossas vidas. Ele é o oleiro, nós somos a argila (Jer 18-6). Louvemos!
Nós temos a tendência a nos voltar para a súplica, ou seja, permanecemos no centro da oração. No louvor, ao contrário, Jesus é o
centro de nossa oração. Louvemos o Senhor com todo o nosso ser, pois alguma coisa acontece quando nos esquecemos de nós
mesmos. No louvor, servimos e adoramos o Senhor.
OREMOS
A oração é seguida de uma pausa este é o momento que o celebrante nos convida a nos colocarmos em oração. Durante esse
tempo de silêncio cada um faça Mentalmente o seu pedido a Deus. Em seguida o padre eleva as mãos e profere a oração,
oficialmente, em nome de toda a Igreja. Nesse ato de levantar as mãos o celebrante está assumindo e elevando a Deus todas as
intenções dos fiéis. Após a oração todos respondem AMÉM, para dizer que aquela oração também é sua.
LITURGIA DA PALAVRA
Após o AMÉM da Oração, a comunidade senta-se mas deve esperar o celebrante dirigir-se à cadeira. A Liturgia da Palavra tem um
conteúdo de maior importância, pois é nesta hora que Deus nos fala solenemente. Fala a uma comunidade reunida como "Povo de
Deus". A Palavra explicada, nosso compromisso com Deus, nossas súplicas e ofertas.
Primeira leitura
E quando se inicia a Liturgia da Palavra, peçamos ao Espírito Santo que nos fale por intermédio dos versículos bíblicos: que as
leituras sejam para nós palavras de sabedoria, discernimento, compreensão e cura.
A Primeira Leitura geralmente é tirada do Antigo Testamento, onde se encontra o passado da História da Salvação. O próprio
Jesus nos fala que nele se cumpriu o que foi predito pelos Profetas a respeito do Messias.
Salmo responsorial
Salmo Responsorial antecede a segunda leitura, é a nossa resposta a Deus pelo que foi dito na primeira leitura. Ajuda-nos a rezar
e a meditar na Palavra acabada de proclamar. Pode ser cantado ou recitado.
Segunda leitura
A Segunda Leitura é tirada das Cartas, Atos ou Apocalipse. As cartas são dirigidas a uma comunidade a todos nós.
Terminada a Segunda Leitura, vem a Monição ao Evangelho, que é um breve comentário convidando e motivando a Assembléia a
ouvir o Evangelho. O canto de Aclamação é uma espécie de aplauso para o Senhor que via nos falar.
Evangelho
Toda a Assembléia está de pé, numa atitude de expectativa para ouvir a Mensagem. A Palavra de Deus solenemente anunciada,
não pode estar "dividida" com nada: com nenhum barulho, com nenhuma distração, com nenhuma preocupação. É como se Jesus,
em Pessoa, se colocasse diante de nós para nos falar.
A Palavra do Senhor é luz para nossa inteligência, paz para nosso Espírito e alegria para nosso coração.
Homilia
É a interpretação de uma profecia ou a explicação de um texto bíblico. A Bíblia não é um livro de sabedoria humana, mas de
inspiração divina. Jesus tinha encerrado sua missão na terra. Havia ensinado o povo e particularmente os discípulos.
Tinha morrido e ressuscitado dos mortos. Missão cumprida! Mas sua obra da Salvação não podia parar, devia continuar até o fim
do mundo. Por isso Jesus passou aos Apóstolos o seu poder recebido do pai e lhes deu ordem para que pregassem o Evangelho a
todos os povos. O sacerdote é esse "homem de Deus". Na homilia ele "atualiza o que foi dito há dois mil anos e nos diz o que Deus
está querendo nos dizer hoje".
Então o sacerdote explica as leituras. É o próprio Jesus quem nos fala e nos convida a abrir nossos corações ao seu amor.
Reflitamos sobre Suas palavras e respondamos colocando-as em prática em nossa vida.
Profissão de fé
Em seguida, os fiéis se levantam e recitam o Credo. Nessa oração professamos a fé do nosso Batismo.
A fé é à base da religião, o fundamento do amor e da esperança cristã. Crer em Deus é também confiar Nele. Creio em Deus Pai,
com essa atitude queremos dizer que cremos na Palavra de Deus que foi proclamada e estamos prontos para pô-la em prática.
Depois de ouvirmos a Palavra de Deus e de professarmos nossa fé e confiança em Deus que nos falou, nós colocamos em Suas
mãos as nossas preces de maneira oficial e coletiva. Mesmo que o meu pedido não seja pronunciado em voz alta, eu posso
colocá-lo na grande oração da comunidade. Assim se torna oração de toda a Igreja.
E ainda de pé rogamos a Deus pelas necessidades da Igreja, da comunidade e de cada fiel em particular. Nesse momento
fazemos também nossas ofertas a Deus.
LITURGIA EUCARÍSTICA
Na Missa ou Ceia do Senhor, o Povo de Deus é convidado e reunido, sob a presidência do sacerdote, que representa a pessoa de
Cristo para celebrar a memória do Senhor.
Vem a seguir o momento mais sublime da missa: é a renovação do Sacrifício da Cruz, agora de maneira incruenta, isto é, sem dor
e sem violência. Pela ação do Espírito Santo, realiza-se um milagre contínuo: a transformação do pão e do vinho no Corpo e no
Sangue de Jesus Cristo. É o milagre da Transubstanciação, pelo qual Deus mantém as aparências do pão e do vinho (matéria)
mesmo que tenha desaparecido a substância subjacente (do pão e do vinho). Ou seja, a substância agora é inteiramente a do
Corpo, Sangue, a Alma e a Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, embora as aparências sejam a do pão e do vinho.
As principais ofertas são o pão e vinho. Essa caminhada, levando para o altar as ofertas, significa que o pão e o vinho estão saindo
das mãos do homem que trabalha. As demais ofertas representam igualmente a vida do povo, a coleta do dinheiro é o fruto da
generosidade e do trabalho dos fiéis. Deus não precisa de esmola porque Ele não é mendigo e sim o Senhor da vida. A nossa
oferta é um sinal de gratidão e contribui na conservação e manutenção da casa de Deus. Na Missa nós oferecemos a Deus o pão e
o vinho que, pelo poder do mesmo Deus, mudam-se no Corpo e Sangue do Senhor. Um povo de fé traz apenas pão e vinho, mas
no pão e no vinho, oferece a sua vida. O sacerdote oferece o pão a Deus, depois coloca a hóstia sobre o corporal e prepara o
vinho para oferecê-lo do mesmo modo. Ele põe algumas gotas de água no vinho simboliza a união da natureza humana com a
natureza divina. Na sua encarnação, Jesus assumiu a nossa humanidade e reuniu, em si, Deus e o Homem. E assim como a água
colocada no cálice torna-se uma só coisa com o vinho, também nós, na Missa, nos unimos a Cristo para formar um só corpo com
Ele. O celebrante lava as mãos, essa purificação das mãos significa uma purificação espiritual do ministro de Deus.
Santo
Prefácio é um hino "abertura" que nos introduz no Mistério Eucarístico. Por isso o celebrante convida a Assembléia para elevar os
corações a Deus, dizendo Corações ao alto"! É um hino que proclama a Santidade de Deus e dá graças ao Senhor.
O final do Prefácio termina com a aclamação Santo, Santo, Santo... é tirado do livro do profeta Isaías (6,3) e a repetição é um
reforço de expressão para significar o máximo de santidade, embora sendo pecadores, de lábios impuros, estamos nos preparando
para receber o Corpo do Senhor
O celebrante estende as mãos sobre o pão e vinho e pede ao Pai que os santifique enviando sobre eles o Espírito Santo. Por
ordem de Cristo e recordando o que o próprio Jesus fez na Ceia e pronuncia estas palavras "TOMAI...
O celebrante faz uma genuflexão para adorar Jesus presente sobre o altar. Em seguida recorda que Jesus tomou o cálice em suas
mãos, deu graças novamente, e o deu a seus discípulos dizendo: "TOMAI...... "FAZEI ISTO" aqui cumpre-se a vontade expressa
de Jesus, que mandou celebrar a Ceia.
"EIS O MISTÉRIO DA FÉ" Estamos diante do Mistério de Deus. E o Mistério só é aceito por quem crê.
A Igreja está espalhada por toda a terra e além dos limites geográficos: está na terra, como Igreja peregrina e militante; está no
purgatório, como Igreja padecente; e está no céu como Igreja gloriosa e triunfante.
Entre todos os membros dessa Igreja, que está no céu e na terra, existe a intercomunicação da graça ou comunhão dos Santos.
Uns oram pelos outros, pois somos todos irmãos, membros da grande Família de Deus.
A primeira oração é pelo Papa e pelo bispo Diocesano, são os pastores do rebanho, sua missão é ensinar, santificar e governar o
Povo de deus. Por isso a comunidade precisa orar muito por eles. Rezar pelos mortos é um ato de caridade, a Igreja é mais para
interceder do que para julgar, por isso na Missa rezamos pelos falecidos. Finalmente, pedimos por nós mesmos como "povo santo
e pecador".
Neste ato de louvor o celebrante levanta a Hóstia e o cálice e a assembléia responde amém.
RITO DA COMUNHÃO
Pai nosso
Jesus nos ensinou a chamar a Deus de Pai e assim somos convidados a rezar o Pai-Nosso. É uma oração de relacionamento e de
entrega. Ao nos abrirmos ao Pai, uma profunda sensação de integridade e descanso toma conta de nós. Como cristãos, fazer a
vontade do Pai é tão importante para nosso espírito quanto o alimento é para nosso corpo.
O Pai Nosso, não é apenas uma simples fórmula de oração, nem um ensinamento teórico de doutrina. Antes de ser ensinado por
Jesus, o Pai-Nosso foi vivido plenamente pelo mesmo Cristo. Portanto, deve ser vivido também pelos seus discípulos.
Com o Pai Nosso começa a preparação para a Comunhão Eucarística. Essa belíssima oração é a síntese do Evangelho. Para
rezarmos bem o Pai Nosso, precisamos entrar no pensamento de Jesus e na vontade do Pai. Portanto, para eu comungar o Corpo
do senhor na Eucaristia, preciso estar em "comunhão" com meus irmãos, que são membros do Corpo Místico de Cristo.
Pode também ser cantado, mas sem alterar a sua fórmula. após o Pai Nosso na Missa não se diz amém pois a oração seguinte é
continuação.
A paz
Após o Pai-Nosso, o sacerdote repete as palavras de Jesus: “Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz”.
A paz é um dom de Deus. É o maior bem que há sobre a terra. Vale mais que todas as receitas, todos os remédios e todo o
dinheiro do mundo. A paz foi o que Jesus deu aos seus Apóstolos como presente de sua Ressurreição.
Que paz é essa da qual fala Jesus? É o amor para com o próximo. Às vezes vamos à Igreja rezar pela paz no mundo, mas não
estamos em paz conosco ou com nossas famílias. Não nos esqueçamos: a paz deve começar dentro de nós e dentro de nossas
casas.
Assim como só Deus pode dar a verdadeira paz, também só quem está em comunhão com Deus é que pode comunicar a seus
irmãos a paz.
Fração do pão
O celebrante parte da hóstia grande e coloca um pedacinho da mesma dentro do cálice, que representa a união do Corpo e do
Sangue do Senhor num mesmo Sacrifício e mesma comunhão.
Cordeiro de Deus
Tanto no Antigo como no Novo Testamento, Jesus é apresentado como o "cordeiro de Deus". Os fIéis sentem-se indignos de
receber o Corpo do Senhor e pedem perdão mais uma vez.
Comunhão
A Eucaristia é um tesouro que Jesus, o Rei imortal e eterno, deixou como MIstério da Salvação para todos os que nele crêem.
Comungar é receber Jesus Cristo, Reis dos Reis, para alimento de vida eterna.
A hora da Comunhão merece nosso mais profundo respeito, pois nos tornamos uma só coisa em Cristo. E sabemos que essa
união com Cristo é o laço de caridade que nos une ao próximo. O fruto de nossa Comunhão não será verdadeiro se não vemos
melhorar a nossa compaixão, paciência e compreensão para com os outros.
Modo de comungar
Quem comunga recebendo a hóstia na mão deve elevar a mão esquerda aberta, para o padre colocar a comunhão na palma da
mão. O comungaste imediatamente, pega a Hóstia com a direita e comunga ali mesmo na frente do padre ou ministro. Ou direto na
boca.
Quando a comunhão é nas duas espécies, ou seja, pão e vinho é diretamente na boca.
Pós comunhão
Depois de comungar temos alguns preciosos minutos em que Nosso Senhor Jesus Cristo nos tem, poderíamos dizer, abraçados.
Perguntemos corajosamente: Senhor, que queres que eu faça? E estejamos abertos para ouvirmos a resposta. Quantos milagres e
quantas curas acontecem nesse momento em que Deus está vivo e presente em nós!
Rito final
Seguem-se a Ação de Graças e os Ritos Finais. Despedimo-nos, e é nessa hora que começa nossa missão: a de levar Deus
àqueles que nos foram confiados, a testemunhar Seu amor em nossos gestos, palavras a ações.
Como receber a benção
É preciso valorizar mais e receber com fé a benção solene dada no final da Missa. E a Missa termina com a benção.
É justamente agora a parte mais importante da Missa, quando Ela se acaba, pois colocamos em prática tudo aquilo que ouvimos
e aprendemos durante a celebração, enfim quando vivenciamos os ensinamentos de Deus Pai.
A estrutura da Santa Missa
A estrutura da Santa Missa é construída sobre dois grandes pilares: a liturgia da palavra,
precedida dos ritos inciais, e a liturgia eucarística, seguida dos ritos finais.
O rito eucarístico que detalhamos a seguir é o latino na sua forma ordinária, que é aquele
que nos toca. Há, no mundo inteiro, vários outros ritos eucarísticos reconhecidos pela
santa Igreja, que se mantiveram por sua antiguidade e fidelidade à doutrina católica: o rito
ambrosiano, celebrado em Milão, o moçárabe, em partes da Espanha, o melquita, o
maronita, o braguense, a sagrada liturgia de São João Crisóstomo, etc.
RITOS INICIAIS
A finalidade dos ritos inciais, precedem a liturgia da palavra e têm o caráter de exórdio, introdução e
preparação. Sua finalidade é fazer com que os fiéis, reunindo-se em assembléia, constituam uma
comunhão e se disponham para ouvir atentamente a palavra de Deus e celebrar dignamente a Eucaristia.
Entrada A celebração começa com o canto de entrada, cuja finalidade é inserir os fieis no
mistério do tempo litúrgico ou da festa, e acompanhar a procissão do sacerdote e dos
ministros. Não havendo canto de entrada, a antífona proposta no missal é recitada.
Chegando ao presbitério, o sacerdote, o diácono e os ministros saúdam o altar com
uma inclinação profunda. Em seguida, o sacerdote e o diácono beijam o altar; e o
sacerdote, se for oportuno, incensa a cruz e o altar.
Saudação Executado o canto da entrada, o sacerdote junto com toda a assembleia, faz o sinal
da cruz; a seguir, pela saudação, expressa à comunidade reunida a presença do
Senhor.
Ato Realizado por toda a assembleia, por meio de uma confissão geral, e concluído
penitencial pela absolvição do sacerdote (que não alcança pecados graves). Aos domingos,
particularmente, no tempo pascal, pode-se optar pela bênção e aspersão da água
em recordação do batismo.
Kyrie Se não foi incluido no ato penitencial, o 'Senhor, tende piedade' (Kyrie eleison) é
rezado/cantado por todos, para implorar a misericórdia de Deus.
Glória O texto deste hino (remonta ao século II) não pode ser substituído por outro. Entoado pelo
sacerdote ou, se for o caso, pelo cantor ou o grupo de cantores, é cantado por toda a
assembleia. Se não for cantado, deve ser recitado por todos juntos ou por dois coros
dialogando entre si. O Glória é próprio aos domingos (exceto no Advento e na Quaresma)
e nas solenidades e festas.
Oração da Ao convite do sacerdote ('Oremos'), este diz a oração que se costuma chamar
coleta 'coleta', pela qual se exprime a índole da celebração. Conforme antiga tradição da
Igreja, a oração costuma ser dirigida à Trindade Santa.
LITURGIA DA PALAVRA
A liturgia da palavra deve ser celebrada de tal modo que favoreça a meditação. Integram-na também
breves momentos de silêncio, pelos quais, sob a ação do Espírito Santo, se acolhe no coração a Palavra
de Deus. Convém que tais momentos de silêncio sejam observados, por exemplo, antes de se iniciar a
própria liturgia da palavra, após a primeira e a segunda leitura, como também após o término da homilia.
Salmo O salmo responsorial deve responder a cada leitura e normalmente será tomado
responsorial do lecionário. De preferência, será cantado, ao menos no que se refere ao
refrão. Se não puder ser cantado, seja recitado do modo mais apto para
favorecer a meditação da palavra de Deus.
Aclamação ao Após a leitura que antecede o Evangelho, canta-se o Aleluia, conforme exigir o
Evangelho tempo litúrgico. Tal aclamação constitui um rito ou ação por si mesma, por meio
do qual os fieis acolhem o Senhor que lhes vai falar no Evangelho. Na
Quaresma, no lugar do Aleluia, canta-se o versículo antes do Evangelho
proposto no lecionário.
Leitura do É o ponto alto da liturgia da palavra. A própria liturgia ensina que se lhe deve
Evangelho manifestar a maior veneração, uma vez que a cerca mais do que as outras, de
honra especial. O Evangelho é lido pelo sacerdote.
Homilia É proferida pelo próprio sacerdote celebrante ou por ele delegada a um sacerdote
concelebrante ou, ocasionalmente, a um diácono, nunca, porém, a um leigo. Em casos
especiais e por motivo razoável a homilia também pode ser feita pelo Bispo ou
presbítero que participa da celebração sem que possa concelebrar. É obrigatória aos
domingos e festas de preceito, não podendo ser omitida, salvo por motivo grave. Após
a homilia convém observar um breve tempo de silêncio.
Credo Ao rezar o Credo, os fieis respondem à palavra de Deus anunciada da Sagrada Escritura
e explicada pela homilia, bem como, proclamando a regra da fé através de fórmula
aprovada para o uso litúrgico, recordar e professar os grandes mistérios da fé, antes de
iniciar sua celebração na Eucaristia. Deve ser cantado ou recitado pelo sacerdote com o
povo aos domingos e solenidades.
Oração Cabe ao sacerdote dirigir a oração. Ele a introduz com breve exortação, convidando
universal os fiéis a rezarem e depois a conclui. As intenções são pelas necessidades da
Igreja, pelos poderes públicos, pela salvação de todo o mundo, pelos que sofrem e
pela comunidade local. Outras podem ser agregadas de acoso com a ocasião
(matrimônio, exéquias etc.). As intenções são proferidas do ambão pelo diácono,
pelo cantor, pelo leitor ou por um fiel leigo.
LITURGIA EUCARÍSTICA
É a parte central da missa. Traz presente a última ceia, quando Cristo instituiu o sacramento eucarístico. A
Igreja dispôs toda a celebração eucarística de modo a corresponder às palavras e gestos de Cristo: na
preparação dos dons levam-se ao altar o pão e o vinho com água, isto é, aqueles elementos que Cristo
tomou em suas mãos; na oração eucarística, rendem-se graças a Deus por toda a obra da salvação e as
oferendas tornam-se Corpo e Sangue de Cristo; pala fração do pão e pela comunhão os fieis, embora
muitos, recebem o Corpo e o Sangue do Senhor de um só pão e de um só cálice, do mesmo modo como
os apóstolos, das mãos do próprio Cristo.
Pai O sacerdote profere o convite, todos os fiéis recitam a oração com o sacerdote, e o
Nosso sacerdote acrescenta sozinho o embolismo, que o povo encerra com a doxologia.
Rito da Oração dita somente pelo sacerdote, por meio da qual a Igreja implora a paz e a unidade
paz para si mesma e para toda a família humana. A saudação entre os fieis há de ser sóbria
e apenas aos que lhe estão mais próximos.
Fração O sacerdote parte o pão eucarístico, ajudado, se for o caso, pelo diácono ou um
do pão concelebrante. O sacerdote coloca uma parte da hóstia no cálice, para significar a
unidade do Corpo e do Sangue do Senhor. Entoa-se, então, o Cordeiro de Deus,
respondido pelos fieis.
Comunhão sacerdote prepara-se por uma oração em silêncio para receber frutuosamente o
Corpo e Sangue de Cristo. Os fiéis fazem o mesmo, rezando em silêncio. A seguir, o
sacerdote mostra aos fiéis o pão eucarístico sobre a patena ou sobre o cálice e
convida-os ao banquete de Cristo; e, unindo-se aos fiéis, faz um ato de humildade,
usando as palavras prescritas do Evangelho. Enquanto o sacerdote recebe o
sacramento, entoa-se o canto da comunhão que se estenderá à comunhão dos fieis.
Para encerrar todo o rito da Comunhão, o sacerdote profere a oração depois da
comunhão, em que implora os frutos do mistério celebrado.
RITOS FINAIS
Nos ritos de encerramento temos breves comunicações, se forem necessárias; saudação e
bênção do sacerdote, que em certos dias e ocasiões é enriquecida e expressa pela oração sobre
o povo, ou por outra fórmula mais solene; despedida do povo pelo diácono ou pelo sacerdote,
para que cada qual retorne às suas boas obras, louvando e bendizendo a Deus; o beijo ao altar
pelo sacerdote e o diácono e, em seguida, a inclinação profunda ao altar pelo sacerdote, o
diácono e os outros ministros.