1 - Calendário Judaico: Entenda Como Os Judeus Contam O Tempo
1 - Calendário Judaico: Entenda Como Os Judeus Contam O Tempo
1 - Calendário Judaico: Entenda Como Os Judeus Contam O Tempo
TEMPO
De acordo com os hebreus, os anos passaram a ser contados a partir do que eles acreditam ser a criação de
Adão.
Criado há mais de 3 mil anos, o calendário judaico tem sua origem em histórias religiosas.
Segundo a crença judaica, a lua nova do mês Nissan (correspondente a março/abril) teria sido apontada por
Deus a Moisés pouco tempo antes da saída dos escravos hebreus do Egito.
O fato teria acontecido 2448 anos depois da criação do homem no mundo (Adão), que é considerado o ponto
inicial na contagem de tempo desse calendário.
O calendário judaico se baseia nos movimentos da Lua e do Sol, sendo portanto um calendário lunissolar.
Dessa forma, os meses são contados a partir dos ciclos lunares, e os anos a partir dos ciclos solares.
Portanto, os anos podem variar de 12 a 13 meses, com 29 ou 30 dias.
Então, os anos nesse sistema são 11 dias mais curtos em relação ao calendário gregoriano, que é o mais
utilizado no mundo.
A fim de regular essa diferença, eles criaram anos bissextos, que, de tempos em tempos, incluem um mês.
São no total 7 anos bissextos em 19 anos, e ocorrem no 3º, 6º, 8º, 11º, 14º, 17º e 19º ano desse período.
Os meses hebraicos (ou judaicos) correspondem aos seguintes meses no calendário gregoriano:
Calendário
Calendário gregoriano
judaico
Nissan março/abril
Lyar abril/maio
Sivan maio/junho
Tamuz junho/julho
Av julho/agosto
Elul agosto/setembro
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Calendário
Calendário gregoriano
judaico
Tishrei setembro/outubro
Chesvan outubro/novembro
Kislev novembro/dezembro
Tevet dezembro/janeiro
Shevat janeiro/fevereiro
Adar fevereiro/março
Adar 2 março/abril (nos anos bissextos)
Semana
Semana no Calendário Gregoriano
Judaica
Iom Rishon início: noite de sábado / término: final da tarde de domingo (primeiro dia da semana)
Iom Sheni início: noite de domingo / término: final da tarde de segunda-feira
Iom Shlishi início: noite de segunda / término: final da tarde de terça-feira
Iom Revii início: noite de terça / término: final da tarde de quarta-feira
Iom Chamishi início: noite de quarta / término: final da tarde de quinta-feira
Iom Shishi início: noite de quinta / término: final da tarde de sexta-feira
Iom Shabat início: noite de sexta / término: final da tarde de sábado (último dia da semana)
Para o povo judeu o sábado (shabat) é considerado um dia sagrado, sendo portanto reservado para o
descanso.
Diferente de outras culturas, os domingos são dias produtivos de trabalho.
Também é comum que as tardes das sextas-feiras sejam livres.
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2- CALENDÁRIO CHINÊS: COMO FUNCIONA E QUAL A SUA ORIGEM
O ano 2020 no calendário gregoriano corresponde ao ano 4718, ano do rato, no calendário chinês.
O calendário chinês é o sistema de contagem do tempo mais antigo da história. Ainda antes de Cristo os
chineses o adotaram, até o mesmo ter sido substituído pelo calendário gregoriano em 1949.
Hoje, o calendário chinês é utilizado apenas na comemoração de datas importantes, tais como para escolher
a data de casamento ou da abertura de um negócio, para comemorar o Ano Novo Chinês, entre outros.
Atualmente, os chineses utilizam o calendário gregoriano, calendário solar utilizado no Brasil e na maior
parte do mundo.
O calendário chinês é lunissolar. Isso significa que ele utiliza o Sol e a Lua na sua contagem.
De acordo com o ciclo lunar, o ano teria 354 dias, no entanto, para estar em sincronia com o ciclo lunar, a
cada três anos um mês é acrescentado ao calendário.
É o acontece de forma parecida com o nosso calendário, quando a cada 4 anos, nos anos bissextos, é
acrescentado 1 dia no mês de fevereiro.
No calendário chinês, cada ciclo tem a duração de 12 anos, os quais têm o nome de um animal, na seguinte
ordem: rato, boi, tigre, coelho, dragão, serpente, cavalo, carneiro, macaco, galo, cão e porco. Cada vez que
acaba um ciclo, com o ano do porco, começa um novo, com o ano do rato.
O ano-novo chinês começa no primeiro dia do calendário gregoriano em que a lua está na fase nova.
É uma data móvel, ou seja, ele nunca acontece no mesmo dia, no entanto, sempre começa e termina entre 21
de janeiro e 21 de fevereiro.
O calendário chinês, o mais antigo da história, foi criado em 2637 a.C. pelo imperador Huang Di, conhecido
como o Imperador Amarelo.
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3- CALENDÁRIO ISLÂMICO: CONHEÇA SUA HISTÓRIA E SAIBA
COMO FUNCIONA
Em 2019, teve início o ano 1441, que compreende o período entre 1º de setembro de 2019 e 19 de agosto de
2020.
O calendário muçulmano é utilizado oficialmente em muitos países, por exemplo, na Arábia Saudita. Mas
também em muitas regiões com população muçulmana, o calendário é utilizado para marcar as celebrações
religiosas, a exemplo do Ramadã.
O calendário islâmico foi criado por Hazrat Umar bin Al Khattab em 638 d.C. a fim de ajustar a contagem
do tempo e corrigir os conflitos do sistema utilizado na época.
Umar foi o segundo califa do Islã e pessoa próxima ao Profeta Muhammad. Com a ajuda de seus
conselheiros, a cronologia foi criada baseando-se em trechos do sagrado Alcorão.
O primeiro ano do calendário islâmico, ou ano 1, corresponde a 16 de julho de 622 d.C., quando
ocorreu a Hégira ou Hijra, evento histórico do Islã, que se refere à migração do profeta Maomé de Meca
para Medina. Por isso, o calendário também é chamado de calendário da Hijra.
Nesse tipo de calendário um mês não pode iniciar até que a Lua mude para a fase crescente, que é posterior à
lua nova. Por isso, há uma dependência das observações astronômicas.
No calendário tradicional, um comitê ou pessoa designada para a observação, informa o início da lua
crescente, determinando a duração de cada mês.
Se a lua crescente foi facilmente visualizada logo após o pôr do Sol, o dia seguinte é o início de um novo
mês. Caso contrário, um dia a mais é adicionado ao mês atual. Por isso, os meses do calendário muçulmano
possuem 29 ou 30 dias.
Versões modernas ajustadas por cientistas para prever o surgimento da lua crescente foram aderidas para
facilitar a contagem do tempo e, por isso, o ano pode iniciar em diferentes datas, um dia antes ou depois, de
um país para outro.
1. Muharram
2. Safar
3. Rabi al-Awwal
4. Rabi al-Thani
5. Jumada al-Awwal
6. Jumada al-Thani
7. Rajab
8. Sha'aban
9. Ramadan
10. Shawwal
11. Dhu al-Qidah
12. Dhu al-Hija
No calendário islâmico, o ano inicia-se com o mês de Muharram e termina no mês de Dhu al-Hija.
O calendário é dividido em meses de 29 dias, meses pares, e 30 dias, para os meses ímpares. Em um ciclo,
que dura 30 anos, o último mês, Dhu al-Hija, recebe onze vezes um dia a mais para manter o calendário
sincronizado com as fases da Lua.
Muharram, Rajab, Dhu al-Qidah e Dhu al-Hija são considerados meses sagrados, pois na cultura árabe
tradicional nesses meses a paz era preservada e os combates eram proibidos ou suspensos.
O Ramadan é o mês de sacrifício, onde os muçulmanos jejuam, rezam e leem as revelações sagradas do
Alcorão.
OS DIAS DA SEMANA
Nos países islâmicos, a semana inicia-se no domingo e termina no sábado. Os dias úteis são de domingo à
quinta-feira, enquanto que sexta-feira e sábado representam o fim da semana. O descanso é realizado no
sexto dia, sexta-feira, pois trata-se de um dia sagrado, reservado à oração.
O ano novo islâmico é comemorado em um evento chamado de Al-Hijra, mudança do profeta Maomé de
Meca para Medina, evento que sinaliza o primeiro dia do ano e início do calendário para os muçulmanos.
O Eid al-Moulid ocorre no décimo segundo dia do mês de Rabi al-Awwal, terceiro mês, comemorando o
nascimento do profeta Maomé com festas e distribuição de comida aos pobres.
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As principais festas islâmicas são: o Eid-al-Adha, fim da peregrinação à Meca - festa do sacrifício, no
décimo dia de Dhu al-Hija, e o Eid-al-Fitr, término do Ramadã, no primeiro dia de Shawwal.
O ano civil islâmico é mais curto, possui apenas 354 ou 355 dias, enquanto que o calendário gregoriano
possui 365 ou 366 dias. No calendário islâmico, os meses variam entre 29 e 30 dias. Já no calendário
gregoriano, os meses variam entre 30 e 31 dias, com exceção de fevereiro.
Essa diferença de aproximadamente 11 dias faz com que o calendário muçulmano não esteja sincronizado
com o início das estações no ano. Por isso, muitos países muçulmanos adotam o calendário gregoriano como
o ano civil, para facilitar as atividades ligadas às estações do ano, como a agricultura.
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4- CALENDÁRIO MAIA: O QUE É E COMO FUNCIONA
O calendário maia foi o método empregado pela civilização maia na contagem do tempo, que o desenvolveu
mediante a observação dos astros, bem como através dos seus conhecimentos notáveis em Matemática.
Ainda hoje, ele é utilizado por uma parte da população da Guatemala.
Contando com 365 dias, o calendário dos maias considera o tempo circular, o que significa que eventos
importantes se repetem.
HAAB
O Haab, considerado o calendário civil dos maias, é um calendário solar, e tem 365 dias.
O mesmo é dividido em 18 meses com 20 dias cada, ou seja, 360 dias. Os 5 dias restantes não pertenciam a
nenhum mês, porque eram considerados “dias maus”.
Assim, nos chamados Uayeb, ou “dias sem nome”, os maias não saíam de casa para evitar acidentes.
1. Pop
2. Uo
3. Zip
4. Zotz
5. Tzec
6. Xul
7. Yaxkin
8. Mol
9. Chen
10. Yax
11. Zac
12. Ceh
13. Mac
14. Kankin
15. Muan
16. Pax
17. Kayab
18. Cumku
TZOLKIN
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O Tzolkin é um calendário sagrado, ou cerimonial, uma vez que era utilizado na marcação de eventos
importantes, tal como a realização de casamentos.
Ele conta com 260 dias, numa referência ao número da gestação das mulheres, que é de aproximadamente
260.
Os anos do Tzolkin não são contados, bem como as semanas podem ter 13 ou 20 dias e se intercalam. As
semanas de 13 dias são “semanas numeradas”. Já as semanas de 20 dias são “semanas nomeadas”, pois cada
dia recebe um nome, conforme abaixo:
0. Ahau
1. Imix
2. Ik
3. Akbal
4. Kan
5. Chicchan
6. Cimi
7. Manik
8. Lamat
9. Muluc
10. Oc
11. Chuen
12. Eb
13. Ben
14. Ix
15. Homens
16. Cib
17. Caban
18. Etznab
19. Caunac
Repare que existe o dia “zero”, algo que é exclusivo do calendário maia.
Além do Haab e do Tzolkin, havia também o "Calendário de Conta Longa", que não não era usado
diariamente.
Ao contrário dos outros, o calendário de conta longa era linear, tal como o calendário utilizados pela maior
parte do mundo, o calendário gregoriano. De todo modo, ele também considerava algumas características
cíclicas.
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5- CALENDÁRIO JULIANO: ORIGEM E CARACTERÍSTICAS
O calendário juliano foi o calendário adotado pelos romanos com a finalidade de corrigir a discrepância que
havia no calendário romano. Criado por Júlio César, até hoje ele é usado por cristãos ortodoxos.
O calendário juliano surgiu quando Júlio César, aconselhado por astrônomos egípcios, decidiu alterar o
calendário utilizado na altura, o calendário romano. Isso porque, ele havia reparado que as comemorações da
primavera coincidiam com dias de inverno.
Assim, o calendário que antes era lunisolar, passou a ser solar, ou seja, se baseando no ciclo do Sol, à
semelhança do calendário egípcio.
A transição do calendário romano para o calendário juliano foi feita em 46 a.C., ano que ficou conhecido
como o Ano da confusão, pois para corrigir a defasagem existente nas estações do ano, foram acrescentados
mais 80 dias a esse ano, ou seja, o ano 46 a.C contou com 445 dias em vez de 365.
O número de dias dos meses intercalavam entre 30 e 31, com exceção de februaris, que tinha 29 ou 30 dias.
Com a evolução do calendário juliano, a distribuição de dias passou a ser idêntica a que utilizamos hoje com
o calendário gregoriano:
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Calendário juliano primitivo Calendário juliano evoluído
Após a morte de Júlio César, a fim de homenageá-lo, quintilis recebeu o seu nome. Tempos depois, o
Senado romano quis prestar uma homenagem a César Augusto, o primeiro imperador romano, dando o seu
nome ao 8.º mês do ano.
O Senado achou que os meses dedicados a Júlio César e César Augusto tinham que ter o mesmo número de
dias para que fossem considerados com o mesmo grau de importância.
Por isso, augustus passou a ter 31 dias em vez de 30 para se igualar a julius. Com essa alteração, februaris
que inicialmente tinha 29 ou 30 dias, passou a ter 28 ou 29, conforme a ocorrência de anos bissextos.
Além disso, para que não ter tantos meses com 31 dias seguidos (julius, augustus e september), september
passou a ter 30 dias e os meses seguintes intercalaram esse número: october, com 31 dias, november, com
30, e december, com 31.
O calendário gregoriano é o mais utilizado em todo o mundo. Ele difere em cerca de 13 dias do calendário
juliano, ou seja, enquanto estamos no dia 1 do primeiro mês do calendário juliano, estamos no dia 14 do
primeiro mês do ano do calendário gregoriano.
Isso porque existe uma pequena diferença na contagem dos anos bissextos. Enquanto no calendário juliano,
os anos bissexto acontecem sempre a cada 4 anos, no calendário gregoriano existe uma regra que diz que os
anos bissextos acontecem a cada 4 anos, mas com a condição de que esse ano não seja múltiplo de 100
(exceto se for múltiplo de 400).
É por isso que a diferença inicial entre o calendário juliano e gregoriano era de 10 dias, mas com o passar
dos anos bissextos, já são 13 dias.
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O calendário juliano deu lugar ao calendário gregoriano no ano 1582, quando foi reformado pelo papa
Gregório XIII.
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6- CALENDÁRIO ETÍOPE
O calendário etíope ou calendário eritreu é o principal calendário utilizado na Etiópia, cuja organização é
próxima do calendário juliano devido à semelhança entre os cálculos astronômicos utilizados.
Por ser um calendário solar, sua contagem do tempo leva em consideração a duração do movimento da Terra
do Sol, que simboliza um ano solar.
Ao todo, o ano tem 13 meses, sendo 12 meses com 30 dias e o último mês com apenas 5 dias. A cada quatro
anos ocorre um ano bissexto e o 13º mês recebe um dia a mais.
Uma curiosidade sobre esse calendário é que a data do nascimento de Jesus difere da qual conhecemos. Para
os etíopes, Jesus nasceu 7 anos antes do que o calculado no calendário gregoriano.
Os cálculos alternativos do calendário etíope também são aplicados no início de um ano. Para eles, o ano
inicia quando no calendário gregoriano estamos em 11 de setembro, ou 12 de setembro nos anos bissextos.
Essas diferenças de cálculo fazem com que o calendário esteja entre 7 e 8 anos atrasado em relação ao
gregoriano.
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7- CALENDÁRIO GREGORIANO: CONHEÇA SUA ORIGEM E SAIBA
COMO FUNCIONA
O calendário gregoriano, também conhecido como cristão ou ocidental, é o calendário utilizado pela maioria
dos países, incluindo o Brasil. A ISO 8601 faz uso desse calendário para estabelecer um padrão
internacional na representação de dias e horas.
O astrônomo, médico e filósofo italiano Aloysius Lilius (1510-1576) foi o seu inventor. Sua criação foi uma
tentativa de corrigir os erros que o calendário juliano, seu antecessor, continham. O nome desse calendário
foi escolhido em homenagem ao papa Gregório XIII.
A comissão para criação de um novo calendário foi organizada pelo papa e o principal trabalho da equipe foi
determinar uma correção para restabelecer a sincronia com o ano solar. Posteriormente, uma nova fórmula
para calcular os anos bissextos foi criada.
A resistência ocorreu principalmente pelos países protestantes, com receio de que se tratava de uma maneira
utilizada pela Igreja Católica para impedir a expansão da religião. Países como Alemanha e Inglaterra só
aderiram ao calendário depois de 1700.
O calendário juliano foi criado pelo astrônomo grego Sosígenes, da Escola de Alexandria, e implementado
pelo imperador Júlio César em 46 a.C.
Dificuldade em estabelecer o tempo real que a Terra levava para dar uma volta completa ao redor do
Sol.
Ocorrência de anos bissextos a cada quatro anos. A frequência com que ocorriam fizeram a
contagem do tempo estar em desacordo com fenômenos naturais, como as mudanças de estações, que
ocorriam em datas fixas.
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Com o passar do tempo, no calendário juliano, a data da Páscoa estava ficando cada vez mais
distante do Equinócio de Primavera.
Para ajustar-se às datas das estações, 10 dias do calendário juliano foram excluídos. O dia posterior a
4 de outubro de 1582 passou a ser 15 de outubro, no calendário gregoriano.
A Turquia foi o último país a oficializar em seu território o calendário gregoriano. O fato ocorreu em
1º de janeiro de 1927.
O calendário gregoriano também não é perfeito, se comparado com o ano tropical. Por isso, até 4909
nosso calendário estará adiantado em um dia.