Fé - Certeza e Convicção
Fé - Certeza e Convicção
Fé - Certeza e Convicção
Hebreus 11
INTRODUÇÃO
I- FÉ DEFINIDA
1
LOPES, Hernandes Dias. Hebreus: a superioridade de Cristo. São Paulo: Hagnos, 2018. P. 149.
2
OLYOTT, Stuart. A carta aos hebreus bem explicadinha. São Paulo: Cultura Cristã, 2012. p. 100.
Rua Salgado Filho, 2435. São Cristóvão.
Porto Velho/RO
A fé não é certeza do desconhecido, mas do invisível! Essa frase também
aponta para o entendimento de que fé não é uma antítese de conhecimento!
Fé se relaciona com o invisível, não com o desconhecido! Assim, o firme
fundamento está baseado em conhecimento, sabedoria. Mas, que tipo de
conhecimento e sabedoria? Evidentemente não é a humana. Não cremos
porque um homem disse, porque um cientista falou ou porque uma prova foi
mostrada. Nossa base de conhecimento não é construída a partir do homem,
mas da palavra de Deus! Deus fala e devemos crer! Deus tem mais autoridade
no falar do que o homem, um fato ou uma prova em persuadir. Até porque
homens e provas podem falhar, serem mal interpretados ou incertos. No
entanto, a voz de Deus não padece de mudanças, incertezas ou alterações. Ela
é firme e eficaz!
A ciência muda de opinião com frequência. Para citar um exemplo, no
começo da pandemia em que vivemos, COVID-19, existia a recomendação de
que nem todos precisariam usar máscaras e era desaconselhável a produção
de máscaras caseiras! Lembro bem disso. Um mês depois, o que aconteceu?
Os especialistas, as instituições, as organizações de saúde não falam de outra
coisa: é preciso que todos usem máscaras e é viável a produção e uso de
máscaras caseiras! Já existe até um forte comércio de vendas de máscaras
caseiras. Não menosprezando os avanços da verdadeira ciência, mas como
confiar numa base tão volúvel em questões tão importantes quanto a nossa
vida, nossa existência e nosso destino eterno?
Como disse certa vez um escritor: a ciência ainda tem dúvida se a
manteiga que eu como me faz bem ou mal! Poderíamos abrasileirar: a ciência
ainda não decidiu se o café que bebemos nos faz bem ou mal!
Portanto, a fé, certeza e convicção vem pela palavra e conhecimento de
Deus. A isso muitos reclamam que não conseguem ouvir a Deus. Que Deus
não se revela a eles. Que não tem evidências.
A esse respeito Vincent Cheung3 comenta que
As pessoas frequentemente reclamam que há evidência insuficiente
sobre Deus e o Cristianismo, mas a Bíblia diz que eles já conhecem
sobre esse verdadeiro Deus, mas apenas estão suprimindo esse
conhecimento, pois recusam reconhecê-lo ou adorá-lo. O
conhecimento sobre Deus é “evidente entre eles”, pois ele “lhes
manifestou”. O problema não é uma falta de evidência, mas uma série
de pressuposições artificialmente manufaturadas que suprimem a
evidência sobre Deus.
Mas, como sabemos que a fé é exatamente isso que se fala? “Pois, pela
fé, os antigos obtiveram bom testemunho” (v. 2). Ou seja, o relato bíblico traz
que os antigos tiveram bom testemunho de Deus, e fizeram o que era certo,
justamente por ter esse tipo de fé tratada aqui, ou seja, certeza e convicção
das coisas invisíveis concernentes à vontade do Senhor!
3
CHEUNG, Vincent. Confrontações pressuposicionais. Brasília: Editora Monergismo, 2006. p. 8.
Rua Salgado Filho, 2435. São Cristóvão.
Porto Velho/RO
APLICAÇÃO
II- FÉ DEMONSTRADA
Mas, será que alguém tem ou viveu ou vive esse tipo de fé? Parece algo
tão ideal e inalcançável! O escritor aos Hebreus mostrará uma série de
exemplos de pessoas que alcançaram bom testemunho agindo exatamente
conforme os padrões dessa fé, com certeza e convicção das coisas que não se
vê.
4
LOPES, Hernandes Dias. Hebreus: a superioridade de Cristo. São Paulo: Hagnos, 2018. P. 151.
5
OLYOTT, Stuart. A carta aos hebreus bem explicadinha. São Paulo: Cultura Cristã, 2012. p. 102.
6
LOPES, Hernandes Dias. Hebreus: a superioridade de Cristo. São Paulo: Hagnos, 2018. P. 152.
Rua Salgado Filho, 2435. São Cristóvão.
Porto Velho/RO
não ter evidências palpáveis que lhe dessem provas. Imagine a
situação, Deus chamando Noé para construir a Arca, pois enviaria
um dilúvio e Noé retorquindo a Deus pedindo provas de que o
dilúvio era possível e iria acontecer. Não teria cabimento. “Que
exemplo de alguém que creu, creu e continuou crendo! As pessoas
zombavam e escarneciam, dizendo que aquilo nunca aconteceria.
(...) No final, sua fé foi vindicada, e o mundo à sua volta foi
desmascarado por aquilo que era – incrédulo e contra Deus”7.
• Abraão quase representa o exemplo máximo de fé. Em primeiro
lugar, sua fé respondeu ao chamado de Deus. Ele morava em Ur
dos Caldeus, na Mesopotâmia. Sua família era idólatra. Ele
recebeu o chamado de Deus para ir a uma terra que lhe seria
mostrada. Abraão imediatamente obedeceu. “Abraão não duvida,
não questiona nem adia. Ele larga tudo para trás e atende à
convocação divina. Abraão torna-se o pai dos que creem (Rm
4.16)”8. Em segundo lugar, Abraão teve uma fé que espera a
promessa de Deus. A vinda de seu filho Isaque foi fruto da bênção
de Deus e exigiu fé. Abraão estava com cem anos de idade e Sara
com noventa. Entretanto, ainda assim foram visitados por um
Anjo e desafiados a crer no invisível: no nascimento de Isaque!
Isaque veio, foi uma realidade! Em terceiro e último lugar, a fé se
sacrifica para obedecer a Deus. O Senhor colocou Abraão à prova
pedindo que lhe oferecesse seu filho em sacrifício, Abraão
obedeceu e creu que mesmo que matasse seu filho o Senhor o
poderia restituir dos mortos!
APLICAÇÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS