Slides 2º Ano - Semana 03
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Semana 03
• Assuntos centrais da aula:
Teoria dos Ídolos para deixar o homem consciente das falsas noções que
congestionam sua mente. Portanto, podemos pensar sobre nossos ídolos atuais na
seguinte chave:
a) “Os ídolos da tribo estão fundados na própria natureza humana, na própria tribo
ou espécie humana. (…) O intelecto humano é semelhante a um espelho que
reflete desigualmente os raios das coisas e, dessa forma, as distorce e corrompe”.
Assim sendo, os ídolos da tribo referem-se às noções fundadas na tendência do
intelecto humano de misturar a própria natureza com a natureza das coisas que
observa. Por isso, ele não as conhece verdadeiramente.
b) “Os ídolos da caverna são os dos homens enquanto indivíduos. Pois cada um –
além das aberrações próprias da natureza humana em geral – tem uma caverna ou
uma cova que intercepta e corrompe a luz da natureza: seja devido à educação ou
conversação com os outros; seja pela leitura dos livros ou pela autoridade daqueles
que se respeitam e admiram (...)”. De acordo com essa ideia, os ídolos da caverna são
aqueles que derivam da pessoa que está fazendo a análise, da sua natureza singular,
formada pelas suas características mais fundamentais e também por hábitos
cultivados, pela educação que recebeu ou pelas pessoas com quem conviveu.
c) “Há também os ídolos provenientes, de certa forma, do intercurso e da associação
recíproca dos indivíduos do gênero humano entre si, a que chamamos de ídolos do foro
devido ao comércio e consórcio entre os homens. Com efeito, os homens se associam
graças ao discurso, e as palavras são cunhadas pelo vulgo. E as palavras, impostas de
maneira imprópria e inepta, bloqueiam espantosamente o intelecto”. Assim, os ídolos do
foro são aqueles formados a partir da linguagem, das palavras que, segundo Bacon, não
são dominadas pela razão humana, como acreditamos. As palavras exercem grande
impacto sobre a razão. Os ídolos que penetram no intelecto por meio das palavras podem
ser: aqueles que atribuem nomes a coisas inexistentes, fazendo parecer que são reais (ex.
Sorte), e também aqueles que atribuem nomes confusos e indeterminados a coisas que
existem, formados a partir de abstrações impróprias delas.
d) “Há, por fim, ídolos que migram para o espírito dos homens por meio das diversas
doutrinas filosóficas e também pelas regras viciosas da demonstração. São os ídolos do
teatro: por parecer que as filosofias adotadas ou inventadas são outras tantas fábulas,
produzidas e representadas, que figuram mundos fictícios e teatrais”. Os ídolos do teatro
são os derivados de doutrinas filosóficas e suas demonstrações que convencem o intelecto
de ideias que não podem ser validadas. Para Bacon, há três tipos de ídolos do teatro: Os
ídolos sofistas, os ídolos empíricos e os ídolos supersticiosos. Os primeiros são as
conclusões baseadas em experiências que não foram provadas; os segundos se referem às
conclusões tiradas de poucos experimentos sobre os quais se constroem sistemas
filosóficos; os terceiros são as conclusões formadas como um amálgama entre filosofia,
teologia e tradições.