Anato - Fattini
Anato - Fattini
Anato - Fattini
bípede), com a face voltada para a frente, o olhar dirigido para o horizonte,
membros superiores estendidos, aplicados ao tronco e com as palmas voltadas
para frente, membros inferiores unidos, com as pontas dos pés dirigidas para
frente.
Plano de delimitação:
a. dois planos verticais, um tangente ao ventre: plano ventral ou anterior - e
outro ao dorso: plano dorsal ou posterior. Estes e outros a eles paralelos são
também designados como planos frontais, por serem paralelos à ((fronte". Via
de regra, as denominações ventral e dorsal são reservadas ao tronco e anterior
e posterior, aos membros;
b. dois planos verticais tangentes aos lados do corpo: planos laterais direito e
esquerdo;
c. dois planos horizontais, um tangente à cabeça: plano cranial ou superior - e
outro à planta dos pés: plano podálico ( de podos = pé) ou inferior.
Sistema Esquelético
Existem ossos que não podem ser classificados em nenhum dos tipos descritos
acima e são, por esta razão e por características que lhe são peculiares,
colocados dentro de uma das categorias citadas a seguir:
Abóbada Craniana
Os ossos do neurocrânio são mais espessos posteriormente e sobre as órbitas,
e mais delgados lateralmente, onde músculos reforçam a proteção. A forma do
crânio é esferoidal, o que oferece maior proteção, pois as pancadas tendem a
desviar-se em sua superfície curva e lisa. As partes do crânio que, dos lados,
sobem em curva por sobre o encéfalo, formam a abóbada craniana, com quatro
ossos . A abóbada craniana é, em geral, ovóide, e mais larga
posteriormente do que anteriormente. Quatro ossos podem então ser
identificados: o frontal, anterior; o occipital, posterior; e os dois parietais,
direito e esquerdo. Estes ossos estão unidos por suturas. A que fica entre
os ossos parietais e o frontal é denominada sutura coronal, e entre os
parietais e occipital fica a sutura lambdóidea. Os parietais estão unidos
no plano mediano pela sutura sagital.
A intersecção das suturas coronária e sagital é o bregma, e a das suturas
sagital e lambdóide é o lambda. Chama-se vértex o pomo mais elevado do
crânio na sutura sagital. A porção mais convexa do osso parietal é conhecida
como eminência parietal. Ao nascimento, os ossos do crânio estão mais
separados e o tecido conjuntivo que se interpõe entre eles é mais
abundante. Além disso, o osso frontal está dividido, pois suas duas
partes ainda não se fundiram. Assim, no nível do bregma forma-se um
espaço losangular, o fontículo anterior, ao passo que no nível do lambda,
um outro espaço, menor e triangular, recebe o nome de fontículo
posterior Vulgarmente, estes espaços são conhecidos como moleiras e
são pontos onde a proteção ao encéfalo é deficiente. Até os 2 anos de
idade os fontículos desaparecem pelo crescimento e encontro dos ossos.
Órbitas: São duas cavidades ósseas nas quais estão situados os olhos, que
contém os seguintes acidentes
• a margem supra-orbital, que é o contorno superior da órbita, constituída pelo
osso frontal;
• a incisura supra-orbital, situada na porção medial da margem supra-orbital,
aloja o nervo e os vasos supra-orbitais. Em alguns crânios pode ser um forame.
Medialmente à incisura a margem supra-orbital é cruzada pelos nervos e vasos
supratrodeares;
• o processo zigomático do osso frontal é a continuação da margem supra-
orbital, lateralmente. É facilmente palpável no vivente;
• o teto da órbita, formado na sua maior parte pelo osso frontal;
• a margem lateral da órbita, constituída pelos ossos frontal e zigomático;
• a margem inferior da órbita, constituída pela maxila e zigomático;
• a margem medial da órbita, pouco nítida, é constituída pela maxila e pelos
ossos frontal e lacrimal;
• o forame infra-orbital, situado na maxila, abaixo da margem inferior da órbita,
e que dá passagem aos vasos e nervo infra-orbitais.
Proeminência da Face
A parte óssea do nariz externo é formada pelos ossos nasais e pelas maxilas e
termina, anteriormente, como abertura piriforme (Fig. 19. 7). Os ossos nasais
situam-se entre os processos frontais d.as maxilas e estão unidos no plano
mediano. Articulam-se com o frontal superiormeme, enquanto suas margens
inferiores estão ligadas às cartilagens nasais que constituem um arcabouço
cartilaginoso para as partes moles do nariz externo. Através da abertura
piriforme vê-se a cavidade nasal dividida pelo septo nasal ósseo em cavidades
nasais, direita e esquerda. A parte anterior do septo nasal é constituída por
cartilagem e a posterior pelo osso vômer e parte do osso etmóide. Cada parede
lateral da cavidade nasal apresenta, geralmente, três placas curvas (podem
existir quatro) denominadas conchas. Os espaços situados abaixo das conchas
são denominados meatos (superior, médio e inferior). No plano mediano, a
margem inferior da abertura piriforme apresenta um esporão ósseo aguçado, a
espinha nasal anterior.
Maxilas: O maxilar é composto de duas maxilas. O crescimento das maxilas é
responsável pelo alongamento vertical da face entre os 6 e 12 anos de idade.
Seus principais acidentes são
• o corpo da maxila, que contém uma cavidade, o seio maxilar;
• o processo zigomático, que se articula com o osso zigomático;
• o proceso frontal, que se articula com o osso frontal;
• o processo alveolar, no qual se implantam os dentes superiores nos alvéolos
dentais;
• o processo palatino, que se estende medial e horizontalmente para encontrar
seu homônimo do lado oposto e formar a maior parte do esquelern do palato
duro;
• o forame infra-orbital;
Além das paredes o canal apresenta duas aberturas que sao os anéis inguinais
superficial e profundo. No sexo masculino o canal contém o funículo
espermático, o n. ilio inguinal e o ramo genital do n. genito femoral. O funículo
espermático está constituído pelo dueto deferente, pela a. e v.
deferenciais, pela a. testicular, pelo plexo venoso pampiniforme, pelos
linfáticos e pelos nervos autónomos do testículo.
No sexo feminino o canal acomoda o ligamento redondo do útero, a a. e v.
do ligamento redondo, o n. ilioinguinal e o ramo genital do n.
genitofemoral. A existência do canal inguinal é uma necessidade biológica,
constituindo o trajeto pelo qual os testículos, que se formam na parede
posterior do abdome, conseguem chegar à bolsa escrotal. Os ovários também
se formam na mesma região e também descem, mas param na pelve, o que
não impede a ocorrência dos mesmos fenômenos relacionados ao canal
inguinal que acontecem com o sexo masculino.
Neste, o descenso testicular é acompanhado pela formação de uma
evaginação do peritônio, o processo vaginal, que acompanha o testículo
até o escroto. Logo após o nascimento o processo vaginal oblitera-se,
transformando-se em um cordáo fibroso. Somente sua porção adjacente
ao testículo não se oblitera e passa a constituir a túnica vaginal do
testículo, que o envolve parcialmente
Testículo:
Os testículos são duas massas ovoides e lisas, situadas no escroto, e
achatadas no sentido laterolateral. Cada testículo apresenta polos, superior e
inferior, faces medial e lateral, e margens anterior e posterior. A margem
posterior está coberta pelo epidídimo e pela parte inferior do funículo
espermático. O testículo está envolvido, com exceção de uma parte do seu
contorno posterior, por um saco seroso de dupla parede, a túnica vaginal,
derivada do processo vaginal do peritônio durante a descida do testículo. A
túnica vaginal apresenta uma lâmina visceral e outra parietal, em continuidade,
e separadas somente por uma camada líquida de espessura capilar. O
testículo esquerdo está situado num nível ligeiramente inferior ao direito.
A superfície do testículo é formada por uma camada densa de tecido
conjuntivo, a túnica albugínea, mais delgada no contorno posterior do testículo,
por onde entram e saem os vasos sanguíneos. Esta parte da túnica albugínea
é conhecida como mediastino do testículo e, na verdade, é uma porção da
túnica albugínea na substância do testículo. Do mediastino irradia-se uma série
de septos delgados que alcançam a superfície interna da túnica albugínea e
dividem o testículo em cerca de 250 compartimentos cónicos, os lóbulos do
testículo. Dentro de cada lóbulo, os túbulos seminíferos contorcidos estão
imersos em tecido conjuntivo, que contêm células intersticiais. Enquanto os
túbulos seminíferos são a sede de produção dos espermatozóides, as células
intersticiais sao produtoras de hormônios sexuais masculinos
Os túbulos seminíferos contorcidos dão origem aos túbulos seminíferos
retos, que convergem para o mediastino do testículo, onde formam uma
estrutura plexiforme, a rede do testículo. Desta complexa rede de canais
emergem 12 a 20 dúctos eferentes que penetram na cabeça do epidídimo.
Funículo Espermático
Pênis
O pênis é o órgão masculino da cópula. A sua ereção e o seu aumento são
devidos ao ingurgitamento com sangue. Descrevem-se no pênis uma raiz e
um corpo. A raiz do pênis está situada no espaço superficial do períneo e
é a parte fixa do pênis. Compreende dois ramos e o bulbo do pênis, os
três formados por tecido erétil. Cada ramo do pênis está unido a parte
inferior da face interna do ramo do ísquio correspondente e envolvido pelo m.
isquiocavernoso. Próximo à borda inferior da sínfise púbica, os ramos se
unem e voltam-se em direção inferior. A partir daí são denominados corpos
cavernosos do pênis. O bulbo do pênis está localizado entre os dois ramos, no
espaço superficial do períneo. Inferior e lateralmente, está envolvido pelo m.
bulboesponjoso. O bulbo do pênis se continua, no corpo do pênis, como
corpo esponjoso do pênis. A parte posterior, alargada, do bulbo, é penetrada
pela uretra, que corre também em toda a extensão do corpo esponjoso
O corpo do pênis é a parte livre, pendular, do pênis. A rafe do pênis está
situada no contorno posterior do pênis (quando o órgão está flácido) e se
continua com a rafe do escroto. O contorno anterior do pênis é o seu dorso. O
corpo do pênis contém dois corpos cavernosos, continuação dos ramos, e um
corpo esponjoso, continuação do bulbo do pênis.
Estrutura pênis:
• a pele, fina, elástica, lisa e de cor escura, está frouxamente presa à tela
subcutânea, exceto no nível da glande. No nível da coroa de glande, há muitas
glândulas prepuciais, de pequenas dimensões, responsáveis por uma secreção
sebácea de odor carácterístico, o esmegma;
• a tela subcutânea, também denominada fáscia superficial do pênis, é
praticamente desprovida de gordura, consistindo em tecido conjuntivo frouxo.
Continua-se com o dartos do escroto e com a fáscia superficial do períneo;
• a fáscia profunda do pênis é continuação da fáscia profunda do períneo.
Resistente e membranosa, envolve os corpos cavernosos e o corpo esponjoso,
mas não se estende à glande.
• a túnica albugínea é um invólucro fibroso, denso, que envolve os corpos
cavernosos (túnica albugínea dos corpos cavernosos) e o corpo esponjoso
(túnica albugínea do corpo esponjoso). As fibras superficiais da túnica
albugínea dos corpos cavernosos formam uma verdadeira bainha que envolve
ambos os corpos cavernosos. As fibras mais profundas circundam cada corpo
cavernoso, separadamente, e encontram-se, no plano mediano, para dar
origem ao septo do pênis. Este é espesso e completo próximo à raiz do pênis,
separando completamente os dois corpos cavernosos. Em direção à
extremidade livre, entretanto, ele é incompleto e, então, os corpos cavernosos
se comunicam entre si. Os corpos cavernosos e esponjoso estão divididos em
numerosos espaços cavernosos, verdadeiras lacunas, por trabéculas que
partem da túnica albugínea e correm em todas as direções através do tecido
erétil.
Ereção: A ereção do pênis é produto de complexos mecanismos
neuropsicovasculares, que levam ao relaxamento dos músculos lisos
cavernosos, aumento do fluxo arterial e bloqueio parcial do retorno venoso. E
atribuída maior responsabilidade no processo ao relaxamento da musculatura
lisa
Uretra: As partes intramural e prostática da uretra masculina já foram
descritas. As outras duas partes deste longo tubo excretor da urina,
membranácea e esponjosa, serão vistas a seguir.
A parte membranácea é o segmento menor e mais estreitado da uretra
masculina. Faz a conexão entre a uretra prostática e a esponjosa e, para isto,
atravessa o diafragma urogenital. Neste ponto é circundada pelo m. esfíncter
da uretra. Mede apenas 1 cm de comprimento e penetra na face superior do
bulbo do pênis. Ao fazê-lo, curva-se anteriormente para dentro do corpo
esponjoso. Por causa desta angulação e de suas paredes pouco espessas, a
uretra membranácea pode romper-se em circunstâncias diversas, como
quedas, nas quais for atingida a região urogenital, e fraturas da pelve com
deslocamento da parte prostática da uretra. Pode também ser perfurada por
uma sonda, forçada a passar por ela sem a necessária habilidade. parte
esponjosa (Fig. 23.66) localiza-se no corpo esponjoso do pênis, atravessando o
bulbo, o corpo e a glande do pênis. No nível do bulbo e da glande do pênis, seu
calibre dilata-se para formar, respectivamente, a fossa intrabulbar e a fossa
navicular. Na glande, a uretra esponjosa abre-se no meio exterior pelo óstio
externo da uretra. As aberturas das glândulas bulbouretrais estão localizadas
na parede inferior da uretra, logo no início da parte esponjosa.
Feminino
Os órgãos genitais femininoscompreendem os ovários, as tubas uterinas, o
útero, a vagina e os órgãos genitais externos. Estes últimos sao estudados com
o períneo. O útero é um órgão ímpar, mediano, predominantemente muscular.
Sua extremidade inferior está em comunicação com a vagina, um tubo
distensível, onde são depositados os espermatozóides durante a inseminação,
e que serve de canal para a expulsão do feto no momento do parto. Por sua
vez, as tubas uterinas são tubos estreitos, conectados com o útero, e que
servem para o transporte de ovos e espermatozóides
Períneo
O períneo é a região do tronco situada inferiormente ao diafragma pélvico. É de
forma losangular, com os mesmos limites da abertura inferior da pelve: a
margem inferior da sínfise púbica, os ramos do púbis e do ísquio, as
tuberosidades isquiáticas, os ligamentos sacrotuberais e o cóccix. A sínfise
púbica ocupa o ângulo anterior do losango, já o cóccix se situa no ângulo
posterior e os túberes isquiáticos, nos ângulos laterais. Uma linha imaginária,
horizontal, traçada no nível dos túberes isquiáticos, divide o períneo em
regiões anterior e posterior: a anterior é denominada trígono urogenital,
por ser atravessada por estruturas dos sistemas urinário e genital; a
posterior é o trígono anal, atravessado pelo canal anal.
Entre os trígonos anterior e posterior, em posição mediana, está o corpo do
períneo, uma massa mais fibromuscular do que tendínea, arredondada e com
cerca de 2 cm de diâmetro. Vários músculos prendem-se a ele, como os mm.
transversos superficial e profundo do períneo, bulboesponjoso,
levantador do ânus, esfíncter externo do ânus e o retouretral, que é
derivado da musculatura longitudinal do reto. O m. transverso profundo do
períneo, na mulher, é representado apenas por musculatura lisa. Além destes
músculos, as fáscias superficial e profunda do períneo, e outras fáscias de
revestimento, também se prendem a ele. Todas estas inserções, mesmo
quando parciais, fazem do corpo do períneo uma importante estrutura de
estabilização perineal. Na mulher, ele pode ser rompido durante o trabalho de
parto, o que é evitado pela incisão da parede posterior da vagina e da parte
adjacente do períneo (episiotomia), ampliando-se, assim, a abertura para a
passagem da cabeça do feto. O trígono anal é semelhante em ambos os sexos
Trígono Anal
O trígono (região) anal corresponde à parte posterior do losango. Está dividido,
quase que completamente, em duas partes simétricas e laterais pelo corpo do
períneo, pelo canal anal e pelo ligamento anacoccígeo, estruturas estas que se
estendem do diafragma pélvico à pele. Estas duas partes laterais são
denominadas fossas isquioanais. A fossa isquioanal é um espaço de forma
triangular (em corte frontal), preenchido por tecido gorduroso e situado
entre a pele da região anal, inferiormente, e o diafragma da pelve,
superiormente. A parede lateral da fossa isquioanal é quase vertical e está
formada pela fáscia obturatória, que cobre o m. obturador interno, e pela fáscia
lunata. Esta iniciase- no do esfíncter externo do ânus, um abscesso em uma
das fossas pode propagar-se à outra.
Mama
As mamas são anexos da pele, pois seu parênquima é formado de glândulas
cutâneas modificadas que se especializam na produção de leite após a
gestação. A mama é uma proeminência bilateral da parede anterior do tórax,
formada por uma porção glandular, por tecido conjuntivo e por variável, mas,
em geral, abundante tecido adiposo.