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SANTAELLA, Lúcia. A Teoria Geral Dos Signos, 1995

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SANTAELLA, Lúcia. A teoria geral dos signos: semiose e autogeração.

São Paulo:
Editora Ática, 1995.

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[I. Introdução: da fenomenologia à semiose]

- “[...] visava introduzir um estudo eminentemente monográfico que tem por objetivo
colocar, em foco de aproximação máxima, a lógica do engendramento da semiose, o
modo como o signo age ou – o que é a mesma coisa – o modo como ele é interpretado
para, então, seguir o trajeto dessa ação em câmera lenta. Numa explicação menos
metafórica, o que se busca é examinar detalhada e vagarosamente a definição triádica do
signo formulada por Peirce, com atenção às minúcias, em estado de alerta contra as
ciladas das interpretações equivocadas e com abertura para as possíveis implicações,
tanto dos fundamentos filosóficos, de um lado, quanto do potencial de aplicação dos
conceitos semióticos, de outro” (p.10)

- “[...] não há, de modo algum, comunicação, interação, projeção, previsão,


compreensão etc. sem signos. [...] Provavelmente a tarefa mais cabal deste livro será
patentear a onipresença inalienável dos signos. Tudo é relativo, porque tudo depende
dos signos de modo absoluto. No limite, signo é sinônimo de vida. Onde houver vida,
haverá signos” (p.11)

- “[...] um setor da obra de Peirce, especialmente voltada para suas categorias


fenomenológicas, pois é diretamente delas que nasce a semiótica e a definição de signos
nas suas múltiplas facetas” (p.15)

- “Como ponto de partida, sem nenhum pressuposto de qualquer espécie, Peirce se


voltou para a experiência ela mesma. Como entidade experienciável (fenômeno ou
phaneron), considerou tudo aquilo que aparece à mente. [...] Fenômeno é qualquer cosia
que aparece à mente, seja ela meramente sonhada, imaginada, concebida, vislumbrada,
alucinada... Um devaneio, um cheiro, uma ideia geral e abstrata da ciência... Enfim,
qualquer coisa” (p.16)

- “As categorias voltavam agora com mais vigor, estendidas para toda a natureza. Por
quase trinta anos, Peirce buscou comprovações empíricas para elas, encontrando-as em
todos os domínios, da lógica e psicologia, à metafísica, fisiologia e física” (p.17)
- “Daí Peirce ter finalmente fixado para elas a denominação logicamente pura de
“primeridade, secundidade e terceridade”. O primeiro está aliado às ideias de acaso,
indeterminação, frescor, originalidade, espontaneidade, potencialidade, qualidade,
presentidade, imediaticidade, mônada... O segundo às ideias de força bruta, ação-
reação, conflito, aqui e agora, esforço e resistência, díada... O terceiro está ligado às
ideias de generalidade, continuidade, crescimento, representação, mediação, tríada...”
(p.18)

- “É justamente a terceira categoria fenomenológica (crescimento contínuo) que irá


corresponder à definição de signo genuíno como processo relacional à três termos ou
mediação, o que conduz à noção de semiose infinita ou ação dialética do signo” (p.18)

- “Mas um signo só pode funcionar como tal porque representa, de uma certa forma e
numa certa medida, seu objeto” (p.18)

- “O que disso se pode provisoriamente concluir é que a semiótica peirceana é uma


teoria lógica e social do signo” (p.19)

[II. Cp.1 – Do signo]

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