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CLC2 - DR1

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Curso EFA – Nível Secundário

Área de Competência-Chave: UFCD 2


Cultura, Língua e Comunicação Culturas ambientais

Ano Letivo 2020/2021

Objetivo/DR Aplica conhecimentos técnicos e competências interpretativas na gestão equilibrada de


consumos energéticos.

Formadores(as): ________________________________________________________________________
Formando: ___________________________________________________ Data de entrega: ___/___/_____

TEXTO 1: PROBLEMAS AMBIENTAIS E SUSTENTABILIDADE

Na Conferência das Nações Unidas sobre o Homem e o Ambiente,


celebrada em Estocolmo, em 1972, definiu-se ambiente como o conjunto de
componentes físicos, químicos, biológicos e sociais capazes de causar efeitos
diretos ou indiretos, num prazo curto ou longo, sobre os seres vivos e as
atividades humanas.
Parece consensual afirmar que os problemas causados pelas
atividades humanas no ambiente se intensificaram em meados do século
passado com o aumento da industrialização e do desenvolvimento das
redes de transporte, ambos ligados a modelos de consumo cada vez mais
exigentes e desenfreados.
Os problemas ambientais são hoje uma das maiores preocupações e
desafios que se colocam à Humanidade, dos quais se destacam o
aquecimento global, a destruição da camada do ozono e a poluição
generalizada. A degradação ambiental e o esgotamento dos recursos
naturais são o resultado de políticas erradas de desenvolvimento que também
originaram grandes desigualdades na distribuição da riqueza, quer entre
países quer dentro deles.
A forma como temos encarado a nossa casa comum – a Terra –
provisora de recursos infinitos que descobrimos não o serem e as
consequências das nossas atividades na alteração da atmosfera ameaçam a
biodiversidade e a própria sobrevivência humana,

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Formadores: Inês Machado
Curso EFA – Nível Secundário
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Ano Letivo 2020/2021

Contudo, os cenários de futuro pouco otimistas têm gerado uma


resposta por parte da população, dos governos, de organizações
internacionais, nomeadamente da ONU e de outras não governamentais no
sentido da união de esforços para a resolução dos problemas globais. A
consciência de que é necessário agir tem permitido dar prioridade ao
desenvolvimento sustentável, cujo conceito se começa a difundir nos finais
do século XX e a integrar-se nas estratégias de atuação com bons resultados,
embora muito ter ainda de ser feito.
A construção de cenários mais desejáveis passa pela mudança de
atitudes e de comportamentos individuais e coletivos enraizados durante
os últimos dois séculos e por entender que um problema do “outro” é também o
nosso problema.

Desenvolvimento sustentável

“O desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem


comprometer a capacidade das gerações futuras satisfazerem as suas próprias
necessidades, garantindo o equilíbrio entre o crescimento económico, o
cuidado com o ambiente e o bem-estar social.”, in Relatório Brundtland, 1987.

É possível um ambiente sustentável?

Já existem acordos entre os países para controlar os danos ambientais.


As ações podem ter vários agentes e assumir diferentes formas mas os
governos dos países ricos e pobres têm encontrado algumas dificuldades de
entendimento. O Protocolo de Quioto é disso exemplo, assim como a definição
de modelos alternativos de desenvolvimento com respeito pelo ambiente e
pelas gerações futuras. No entanto, a questão mais importante para nós é – o
que podemos nós, individualmente, fazer para colaborar nesta tarefa de salvar
o Planeta? Vejamos algumas soluções individuais possíveis:

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- Reduzir os gastos em energia, água, alimentos, vestuário e outros


bens;
- Não desperdiçar;
- Preferir bens não embalados;
- Reciclar;
- Reutilizar;
- Preferir produtos com rótulo ecológico europeu;
- Preferir produtos orgânicos locais e sazonais.

TEXTO 2: CONSUMO E SOCIEDADE DE CONSUMO

Por consumo entende-se a utilização de bens, serviços, energia e


recursos por parte de pessoas, organizações ou sociedades. Este fenómeno
conheceu um expressivo crescimento nos países industrializados, sobretudo ao
longo da segunda metade do século XX, fruto do desenvolvimento económico
que se verificou nessas regiões do mundo. A expressão sociedade de consumo
refere-se, assim, a esta nova realidade, caracterizada pela abundância e
circulação massiva de bens que moldam a existência humana.
Numa aceção positiva do consumo, o seu aumento massivo tem como
consequência a melhoria das condições materiais de vida e o grau de
satisfação das populações. Às famílias, hoje mais do que no passado, sobra
uma maior fatia do seu orçamento familiar para adquirir bens alimentares,
vestuário, automóveis, férias, viagens e uma multiplicidade de outros artigos.
Mas, por outro lado, o consumo desregrado à escala global acarreta a
destruição dos recursos naturais e acentua a clivagem entre países ricos e
pobres.

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Curta-metragem: Man, de Steve Cutts (2012)


TEXTO 3: CONSUMO RESPONSÁVEL E POLÍTICA DOS 5 R’S

Sim, precisamos do consumo para poder sobreviver. Mas, da forma


como vivemos hoje, acostumámo-nos a comprar muito mais do que
precisamos, consumir de forma desenfreada já se tornou um hábito. Como
consequência, a cada ano, o Dia da Sobrecarga da Terra, também conhecido
como Overshoot Day, que marca o dia em que já consumimos todos os
recursos naturais renováveis disponíveis, chega mais cedo.

Animação: Consumo Responsável, Programa Água Brasil (2015)

TEXTO 4: A PUBLICIDADE E O CONSUMO

Nos nossos dias, a publicidade é um dos fatores que mais influenciam o


consumo. Através de mecanismos de ordem psicológica, a publicidade não só
condiciona o consumo das populações, como cria novas necessidades e leva a
novos consumos.

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Utilizando argumentos de prestígio, estaturo social, beleza, qualidade, a


publicidade conduz as pessoas, na ânsia de se identificarem com esses
valores, “a consumirem produtos muitas vezes supérfluos”…, quanto mais não
seja para se afirmarem socialmente.
Verifica-se assim que, para além dos fatores de natureza estritamente
económica – como o rendimento disponível e o preço dos vens -, vários fatores
de natureza cultural, social e psicológica podem influenciar as decisões dos
consumidores.

TEXTO 5: CONHEÇA 5 FORMAS DE POUPAR ENERGIA EM SUA CASA

1. Desligue os equipamentos
Manter os equipamentos em standby (em vez de os desligar
completamente) é sinónimo de um gasto desnecessário de eletricidade em
casa. Segundo dados do projeto Ecocasa da associação ambiental Quercus,
cada casa portuguesa tem um consumo médio de 193 kWh por ano
em standby e off-mode. Ou seja, o equivalente aproximado de 4,8% na sua
fatura energética anual.
Tenha particular cuidado com as Boxs de televisão. Ao desligar o
consumo standby deste equipamento por um período de oito horas poderá
obter uma poupança de 17 euros por ano, de acordo com as contas do projeto
Ecocasa.

2. Troque as lâmpadas
À medida que as suas lâmpadas tradicionais (incandescentes) se vão
fundindo, troque-as por opções de baixo consumo. Ao fazer esta substituição
pelas lâmpadas fluorescentes compactas ou LED conseguirá poupanças entre
25 e 50 euros (dados da Comissão Europeia). Tenha sempre em conta o
tempo de vida útil de cada lâmpada, indicado na embalagem. Lâmpadas mais
caras são, por vezes, uma opção mais económica a longo prazo, tendo em
conta o tempo de vida útil.
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Aproveite ao máximo a luz natural e evite lâmpadas com potência


excessiva em relação ao uso pretendido.

3. Compare preços para poupar energia


O mercado liberalizado do gás e da eletricidade possibilita a existência
de vários fornecedores deste tipo de serviços. Tendo isso em conta, comparar
os preços praticados pelos vários concorrentes é uma regra de ouro.
Segundo a DECO – Associação de Defesa do Consumidor, escolher a
opção mais barata de gás e eletricidade permite a uma família sem filhos
economizar 47,86 euros. A associação disponibiliza um simulador online com a
melhor opção de tarifa para cada caso, a partir da oferta dos vários
fornecedores.
Quando analisar a melhor tarifa de energia para a sua família, tenha em conta
que optar por uma tarifa de consumo de energia bi-horária resulta em
poupanças significativas. Com uma tarifa bi-horária pode otimizar os seus
consumos de energia tendo em conta estas horas de vazio (períodos noturnos
e fins-de-semana).

4. Escolha eletrodomésticos eficientes


Na altura de comprar um novo eletrodoméstico, preste atenção à
etiqueta de eficiência energética. Esta etiqueta é uma informação obrigatória na
venda de alguns equipamentos, como fornos elétricos, frigoríficos, máquinas de
lavar e secar roupa ou máquinas de lavar a loiça. Ao analisar a etiqueta de
eficiência energética poderá saber a que classe pertence cada equipamento,
de A a G (respetivamente, do melhor ao pior desempenho energético).
Quanto pior a classificação de
um equipamento na etiqueta, maior o
consumo de energia e a conta da
eletricidade. Contudo, os
equipamentos mais eficientes podem
também ser os mais caros. Terá de
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analisar a melhor opção para poupar energia, tendo em conta um equilíbrio


entre preço e eficiência.

5. Atenção aos pequenos gestos


Nas contas aos consumos desnecessários de energia, há gestos
automáticos que podem custar caro. Altere pequenos hábitos do dia a dia para
poupar energia:
1. Planeie as refeições do dia seguinte e passe os alimentos do
congelador para o frigorífico. Desta forma, estes alimentos estarão a
dar frio ao frigorífico, reduzindo o consumo diário do equipamento em
2%.
2. Evite abrir a porta do frigorífico com frequência. Por cada vez que
abre a porta durante 10 segundos, aumenta o consumo energético do
frigorífico entre 0,2 e 0,8%. Retire todos os alimentos do frigorífico de
uma vez, para cada refeição.
3. Só utilize a máquina de lavar loiça quando esta estiver com carga
completa. O mesmo se aplica à máquina de lavar roupa.
4. Aproveite a capacidade do forno e cozinhe vários alimentos ao
mesmo tempo. Evite abrir a porta do forno durante a confeção da
refeição. Por cada vez que abre a porta durante 10 segundos, vai
precisar de mais 8% de consumo de energia para completar um
cozinhado de 20 minutos, segundo a Ecocasa.
5. Desligue o forno cinco a 10 minutos antes do tempo previsto de
confeção. O calor acumulado vai acabar de cozinhar os alimentos, sem
necessidade de mais gastos de energia.

In https://www.montepio.org/ei/pessoal/poupanca/poupar-energia-em-casa/
(Adaptado)

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ATIVIDADES

1. Refira quatros problemas ambientais com os quais nos defrontamos na


atualidade.

2. Explique, por palvras suas, o que entende por desenvolvimento


sustentável.

3. Apresente duas consequências positivas e duas consequências


negativas decorrentes da sociedade de consumo.

4. Em 2020, Steve Cutts lançou uma versão atualizada da sua curta-


metragem Man, apresentando alguns efeitos positivos da quarentena
(pandemia Covid-19) no meio ambiente. Veja o vídeo e identifique dois
desses efeitos.

Curta-metragem: Man 2020, de Steve Cutts (2020)

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5. Explique a política dos 5 R’s.

6. Explique o que é a etiqueta de eficiência energética.

6.1. Procure a etiqueta energética nos eletrodomésticos que tem em


casa. Apresente as informações que recolheu.

7. Selecione um produto que usa habitualmente (roupa, telemóvel,


frigorífico, televisão, livros, etc.), pesquise informação sobre os recursos
utilizados para a sua produção e preencha a tabela com os dados
recolhidos.

Produto: _________________
Em que se transformam
De onde vêm os materiais
De que é feito? quando terminam o seu
que o constituem?
ciclo de vida?

8. Calcule a sua pegada ecológica em


https://www.footprintcalculator.org/ (seleccione o idioma português no
canto superior direito da página Web).

8.1. Apresente os seus resultados e enumere três mudanças que


pode operar no seu estilo de vida com vista à diminuição da sua
pegada ecológica.
8.2. Imagine que trabalha numa empresa de publicidade. Formule
uma frase de sensibilização para cada uma das três mudanças
que referiu na alína anterior.

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Alguns exemplos de campanhas publicitárias de sensibilização


ambiental:

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