107 Orçamento Operacional
107 Orçamento Operacional
107 Orçamento Operacional
Introdução
Especialização em Enge-
nharia Econômica pela
Universidade São Judas
Tadeu (USJT). Graduação
em Ciências Econômicas
Se quisermos fazer uma comparação entre o universo de empresas que são pela Faculdade Católica
de Administração e Eco-
bem-sucedidas e aquelas que precocemente começam a colecionar problemas nomia (FAE). Atualmente
é Professor Adjunto da
financeiros, uma das variáveis que certamente surgiria como divisora entre as Universidade Federal do
Paraná. Tem experiência
bem-sucedidas e as mal-sucedidas é, de fato, o orçamento operacional. na área de Economia.
Atua nos seguintes temas:
projetos industriais, trans-
Muitas empresas novas ou já atuantes no mercado têm como plano de ferência de tecnologia,
processo de inovação nas
ação a elaboração de orçamento operacional para suas atividades vindou- Biotecnologias.
1. o orçamento de receitas;
O orçamento de receitas
O orçamento de receitas, como seu nome já diz, trata-se da etapa onde
se procura determinar a receita bruta que se deseja com o(s) produto(s)
elaborado(s).
No que concerne ao preço deve-se estar atento, pois podem existir duas
situações: o preço é conhecido e já foi determinado no período anterior ou
é preciso precificá-lo.
Esse preço seria então uma referência sujeita a ajustes para mais ou para
menos, de acordo com as condições de mercado e com negociações espe-
cíficas com cada cliente. Chama-se isto a segunda maneira de precificá-lo
onde parte-se dos custos e depois ajusta-se ao mercado.
Uma observação final ainda sobre o preço deve ser feita: se os vende-
dores tiverem vínculo empregatício com a empresa, então o percentual de
comissão deve incluir os encargos sociais. Os tributos são: ICMS, PIS, Cofins,
ISS, CPMF (antes de sua queda, bem entendido) etc.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 141
mais informações www.iesde.com.br
Orçamento operacional
Observe a seguir que temos para esta etapa duas tabelas. Uma referente ao
consumo da matéria-prima e outra referente às compras de matéria-prima.
Por fim, obtemos os materiais a serem usados pela soma do estoque ini-
cial com as compras deste período.
Matéria-prima Total
Orçamento de unidades físicas
Consumo de produção (tabela 3A)
(+) Estoque-alvo final
(=) Total necessário
(–) Estoque inicial
(=) Compras
Orçamento de custos
Compras de matéria-prima:
quantidade . preço unitário
Assim como nos custos diretos encontramos os custos fixos e variáveis, nos
indiretos também encontramos. Enquanto os variáveis se alteram com o volu-
me de produção, os fixos não se alteram com o aumento ou redução do
volume de produção.
Uma observação deve ser feita antes de passarmos para a próxima tabela.
É necessário sabermos que este custo unitário refere-se às unidades inicia-
das e completadas em X1 (neste caso, por exemplo, podemos empregar o
método PEPS – Primeiro que Entra, Primeiro que Sai do estoque). Somente
com o método determinado podemos partir para a elaboração da próxima
tabela.
Na tabela 6A fica fácil perceber que, para obtermos o custo unitário, basta
multiplicarmos o custo unitário pela quantidade e, após, somarmos todos os
custos envolvidos.
Receitas Tabela 1
Custo de produtos vendidos Tabela 7
Margem bruta (Tabela 1 – Tabela 7)
Custos operacionais
P&D Tabela 8
Marketing Tabela 8
Distribuição Tabela 8
Atendimento ao cliente Tabela 8
Administração Tabela 8
Energia elétrica da administração Tabela 8 (Total da tabela 8)
Lucro operacional (Margem bruta – tabela 8)
Exemplo
A Pranchas Ltda. fabrica e vende pranchas de surfe, porém, fabrica um
único modelo, o Tubo. No verão de 2003, o contador desta empresa obteve
os seguintes dados para preparar o orçamento operacional de 2004 (HORN-
GREN; DATAR; FOSTER, 2006, v.1).
Preços em unidades
Preço por unidade de 2003 Preço por unidade de 2004
Madeira R$28,00 por p.m. R$30,00 por p.m.
Fibra de vidro R$4,80 por metro R$5,00 por metro
MOD R$24,00 por hora R$25,00 por hora
CIF = CF + CV
Custo fixo = R$66.000,00
Custo variável = R$7,00/hora . 5 500h = R$38.500,00
Total dos CIF = R$104.500,00
Custo indireto de fabricação por prancha (R$104.500,00/1 100) = R$95,00 por prancha
Conclusão
O que podemos perceber neste capítulo é que elaborar um orçamento
operacional é uma tarefa bastante longa, mas ao mesmo tempo fácil se co-
nhecidas todas as etapas envolvidas no processo.
Atividades de aplicação
1. Uma determinada empresa produz caixas para embalagens em metal.
As vendas projetadas para o primeiro trimestre do ano vindouro e os
dados sobre o estoque inicial e final são os seguintes:
As caixas são moldadas e então pintadas. Cada caixa exige 4kg de me-
tal, que custa R$2,50 por kg. O estoque inicial de matéria-prima é de
Receitas = R$1.200.000,00
CPV = R$800.000,00
Gabarito
1.
Orçamento de vendas
Unidades 100 000
Preço R$15,00
Vendas R$1.500.000,00
2.
Orçamento de produção
Vendas 100 000
(+) Estoque final 12 000
(=) Total 112 000
(–) Estoque inicial 8 000
Unidades a serem produzidas 104 000
3.
4.
5.
6.
Receitas R$1.200.000,00
(–) Custo de Produtos Vendidos R$800.000,00
(=) Margem bruta R$400.000,00
(–) Despesas operacionais R$500.000,00
Prejuízo operacional (R$100.000,00)