Texto Grupos Aneis
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6.2.1.Definições e aplicações
Sejam G, um conjunto, não vazio, e * uma operação binária sobre G. Dizemos que G é um
grupo em relação à operação *, e denotamos por (G,*) se, e somente se:
i) a * (b * c) = (a * b) * c " a, b e c Î G;
ii) Existe e Î G tal que a * e = e * a = a " a Î G;
iii) Todo elemento de G é simetrizável em relação a operação *, isto é:
" a Î G, $ a' Î G tal que a * a' = a' * a = e (elemento neutro)
6.2.3. Subgrupos
Seja (G, ∆) um grupo. Dizemos que um subconjunto não vazio H, H Ì G, é um subgrupo de
G se, somente se:
I) " a, b Î H Þ a ∆ b Î H (isto é, H é fechado para a lei de composição interna de G);
II) (H, ∆) também é um grupo (a lei de composição é a mesma de G, só que restrita a
H).
OBS: A propriedade associativa é válida para todo, os elementos de G; em particular, é válido aos
elementos de H ; pois , H Ì G.
TEOREMA:
Seja (G, ∆) um grupo e H um subconjunto não vazio de G. H é um subgrupo de G se,
somente se:
I) " a, b Î G; se a, b Î H Þ a ∆ b Î H
II) " a Î G; se a Î H Þ a’ Î H
6.2.4. Exercícios Propostos
1) Responda as perguntas abaixo, justificando sua resposta.
a) “Diz-se que um conjunto A munido da operação binária * é um grupóide relativamente à
operação *, e, representa-se o grupóide por: (A, *). ” Responda: os pares ordenados (N, -) e
(N, .) são grupóides? Por quê?
b) Se considerarmos o conjunto A = {a, b, c} munido da operação *, definida pela tabela abaixo:
* a b c
A a c b
B c b a
C b a c
responda e justifique: (A, *) é um semigrupo?
c) O que você pode afirmar em relação às estruturas (N, +) e (N, .)? Especifique os respectivos
elementos neutros.
d) Determine o elemento simétrico de um elemento qualquer de (Z, +) e (Q, .).
2) Considere a operação * definida sobre o conjunto R* x R , onde:
6.3.1.Homomorfismo de Grupo
Dados dois grupos (G, ∆) e (J, *), dizemos que uma aplicação f : G → J é um
homomorfismo de G em J se, e somente se: " a, b Î G; f(a ∆ b) = f(a) * f(b) , isto é, f é compatível
com as leis de G e J.
Exemplos:
1) Seja f : (IR, + ) → (IR*, . ) e f (x) = 2x .
" a, b Î IR ; f(a + b) = 2a+b = 2a . 2b = f(a) . f(b)
Portanto, f é um homomorfismo de (IR, + ) em (IR *, . ).
Núcleo de um Homomorfismo
Sejam (G, ∆) e (J, *), grupos e a função f : G → J um homomorfismo. Chama-se núcleo de
f e denota-se por N(f) ou Ker(f) o seguinte subconjunto de G :
N(f) = {x Î G | f(x) = u } ,
onde ‘u’ indica o elemento neutro de J.
Exemplos
1) Mostre que (Z, +, .) é um anel.
2) Mostre que (2Z, +, .) é o anel dos inteiros pares.
3) Mostre que A = {f | f: Z → Z} é um anel. Dados:
(f + g) : Z → Z tq (f + g)(x) = f(x) + g(x)
(f . g) : Z → Z tq (f . g)(x) = f(x) . g(x)
b) Para todo a Î A Þ a . 0 = 0 . a = 0
c) Para todo a e b Î A tem-se: a . (-b) = (-a) . b = -(a . b)
Obs.: Como (A, +) e (B, *) são grupos, a função f é, em particular, um homomorfismo de grupo.
Núcleo de um Homomorfismo
Dado f : (A, *, ∆) → (B, *, ∆) um homomorfismo. Indicaremos por N(f) e chamaremos de
núcleo de f o seguinte subconjunto de A:
N(f) = {x Î A | f(x) = u } ,
onde ‘u’ indica o zero do anel B.