Guia Completo Do Amputado
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O Guia Completo
do Amputado
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O Guia Completo do Amputado
Onde eles poderão se inteirar mais sobre a nova realidade, se quase não há
informações específicas sobre próteses e amputações disponíveis na internet?
A boa notícia é que após ler este material do começo ao fim, várias dúvidas
comuns sobre este assunto terão sido respondidas.
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Objetivo do guia
Este guia foi idealizado para orientar de forma positiva e simples,
todos os recém-amputados através de dicas, tutoriais e relatos.
Queremos demonstrar que o caminho para adaptação é possível e
que nossa capacidade de superação é ilimitada.
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Índice
Causas da amputação..........................................................................................................................6
Tipos de amputação....................................................................................................................................8
Dessensibilização................................................................................................................................10
Procedimentos para dessensibilização..........................................................................................11
Pós-operatório: quanto tempo após a amputação poderá ser feito a protetização?..12
Enfaixamento.......................................................................................................................................13
Passo a passo para enfaixamento de coto abaixo do joelho................................................14
Passo a passo para enfaixamento de coto acima do joelho..................................................14
Higienização........................................................................................................................................15
Sudorese......................................................................................................................................................16
Banho............................................................................................................................................................17
A importância da psicoterapia após amputação......................................................................18
Entenda a Síndrome do Membro Fantasma...............................................................................20
Sensação fantasma...................................................................................................................................21
Dor fantasma.............................................................................................................................................21
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Causas da Amputação
Desde a época das guerras mundiais, a amputação é um
dos procedimentos cirúrgicos mais frequentes da medici-
na. Esse processo se faz necessário quando não há espe-
rança de que o membro voltará a ser saudável.
1 Nível proximal
2 Nível médio
1
3 Nível distal
2
É através deles, que o profissional especializado conse-
guirá definir a melhor prótese para cada caso, a fim de
possibilitar um ajuste mais confortável, menos dolorido e 3
evitando ao máximo possíveis complicações. 1
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As principais causas para que ocorra a amputação, são: Infecções: menos frequente e sem uma faixa etária es-
pecífica, geralmente é decorrente de algum problema
Malformação congênita: geralmente realizada em de cicatrização originados após cirurgias, da meningite
crianças ou adolescentes que nasceram com alguma meningocócica ou necrose;
parte do corpo malformada – por exemplo, pés ou
braços mal desenvolvidos – que podem comprometer Traumatismo: uma das causas mais recorrentes, por
a qualidade de vida no futuro; ser comum após graves acidentes de trabalho, cho-
ques de alta tensão, hemorragias, queimaduras, esma-
Problemas vasculares: frequentemente realizada em gamentos ou acidentes de trânsito;
pessoas com mais de 50 anos, ocorre quando há um
entupimento nas veias, causados ou pelo tabagismo, Tumores: provocada geralmente por algum tumor ma-
hipertensão arterial, diabetes, sedentarismo, obesidade ligno ósseo diagnosticado tardiamente, como osteo-
ou estresse, impedindo a circulação sanguínea regular melite ou osteíte, é mais comum nos membros inferio-
na área; res ou em adolescentes.
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1
1 Desarticulação de ombro
2
2 Amputação Transumeral
3
3 Desarticulação do cotovelo
4
4 Amputação transradial
5
5 Desarticulação do punho 6
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Amputação Inferior
1 Hemipelvectomia
2 Desarticulação do quadril
3 Amputação transfemoral 1
2
4 Desarticulação do joelho
5 Amputação transtibial 3
6 Amputação do pé
4
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Dessensibilização
Logo após o pós-operatório, é recomendado iniciar a rotina
de exercícios de dessensibilização, ou seja, movimentos
que irão evitar dores intensas e auxiliar o coto a reconhe-
cer diversas sensações, como o frio ou calor.
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É de extrema importância que esses procedimentos sejam realizados diariamente ou em dias alternados, pois auxiliam no proces-
so de cicatrização e diminuem o risco do paciente sofrer com dores intensas ou com a síndrome do membro fantasma.
Os materiais utilizados em cada processo podem ser alternados. Por exemplo, se na segunda feira foi realizada a massagem
proprioceptiva com gelo, esponja grossa e escova de dente, na terça-feira ela poderá ser feita com algodão, lixa grossa e es-
ponja fina.
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Enfaixamento
Após obter boa cicatrização, todo amputado deve partir O enfaixamento é importante, pois:
para o processo de enfaixamento do coto, através de uma
atadura ou faixa elástica. Recomendados que o primeiro 1 Estimula a circulação sanguínea e metabolismo;
enfaixamento seja realizado com o acompanhamento de
um profissional qualificado. Indicamos também trocá-lo 3 2 Elimina possíveis edemas;
vezes durante o dia, e nunca permanecer por mais de 12
horas com o coto numa mesma posição. 3 Prepara o coto para receber a prótese.
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Passo a passo para coto abaixo do joelho: Passo a passo para coto acima do joelho:
1 De trás para frente, comece passando a faixa 1 Comece passando a faixa por detrás da coxa do
acima da articulação do joelho; paciente até a virilha;
Em formato de infinito ou 8, enrole todo o coto, Em formato de infinito, comece a dar as voltas,
2 2
exceto em cima do joelho (para não comprometer enrolando todo o coto;
a mobilidade do membro);
Finalize com uma fita branca ou atadura elástica.
3
3 Finalize com uma fita branca ou atadura elástica.
É importante que a pressão seja uniforme em toda faixa, para que o paciente não sinta dores em áreas específicas. Caso isso
ocorra, o procedimento deve ser repetido até que o incômodo desapareça.
Outro hábito recomendado, é o de lavar as faixas elásticas ao menos uma vez por mês.
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Higienização
Por se tratar de uma área que passou por um processo complexo, resultando em várias cica-
trizes e perda significativa da sensibilidade, é imprescindível que o coto seja a região de maior
cuidado diário. O Dr. Sancinetti afirma que, além dos exercícios e massagens que vimos ante-
riormente, a higiene também é indispensável e suas etapas devem ser seguidas rigorosamente.
Se estiver sozinho, tenha sempre o hábito de observar o coto através de um espelho, procuran-
do por manchas de origem desconhecidas, má cicatrização ou pequenas protuberâncias, que
podem futuramente originar um edema.
Após a inspeção, se estiver tudo bem com o coto, siga para a higienização:
Lave-o pelo menos uma vez por dia com água Seque-o com uma toalha macia ou felpuda, mas
1 morna e sabonete neutro, sempre realizando
movimentos leves e circulares com o sabão;
2 evitando o contato direto na cicatriz;
Quando estiver seco, massageie a região com um Se a pessoa já faz uso de próteses, caso a higie-
Além da higienização diária, tomar banho de sol é um ótimo hábito para fortalecer o osso e
a pele, uma vez que a luz solar é rica em vitamina D.
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Banho
Um hábito que faz parte da rotina de todas as pessoas, seja qual for a
idade, etnia ou cultura, é o banho. É comum surgir inúmeras dúvidas
na cabeça do recém-amputado em relação a isso, principalmente se a
amputação aconteceu em algum membro inferior.
É bom ter em mente que não há uma prótese específica para o banho
diário, apenas para quem deseja frequentar piscinas ou o mar, como a
3R80, por exemplo.
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A importância da psicoterapia
após amputação
Do ponto de vista psicológico, independente da origem da am-
putação, o sentimento de dor e perda são tratados da mesma
maneira, visto que após o procedimento cirúrgico, todos os
pacientes se deparam com uma nova realidade.
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O tratamento reflete diretamente em sua qualidade de vida e minuindo as chances do paciente desenvolver psicopatologias
reabilitação física e mental, tornando-se capaz de concluir a relacionadas ao luto por perda de membro corporal, como a
adaptação de maneira adequada e saudável, evitando ou di- depressão, por exemplo.
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Sensação fantasma: trata-se de ainda sentir que o membro Dor fantasma: sem causa aparente, é uma ilusão que
está lá, mesmo após a amputação. Por exemplo, é como se machuca de verdade. Os pacientes relatam sentir forte
o cérebro fosse um computador e nossa perna uma impres- ardência, queimação e beliscões na área que anterior-
sora. Se cortássemos os fios que conectam as máquinas, o mente pertencia ao membro amputado. Geralmente ela é
computador ainda reconheceria a conexão, mesmo que os intensa e pode se intensificar ao longo dos anos. Sua cau-
fios estivessem danificados. É basicamente o que acontece: sa, ainda é um mistério para a medicina moderna, porém,
o cérebro continua achando que o corpo está intacto. o pouco que se sabe, é que tende a se manifestar com
Cerca de 66% dos amputados dizem senti-la ao longo da maior frequência em pacientes que sofreram amputação
vida. traumática.
Tendo em mente a protetização, é importante manter uma rotina diária de cuidados básicos, higiene e exercícios, que explica-
mos no início deste material, para manter uma boa desenvoltura muscular e articular. A atenção especial começa logo no pós-
-operatório e se estende por toda vida.
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Os materiais mais utilizados para fabricar as próteses são divididos em duas categorias:
1 Exoesqueléticas: feitas em resinas, PVC, fibra de carbono ou polipropileno, podendo ser ocas ou não;
2 Endoesqueléticas: também conhecidas como modulares, podem ser feitas em alumínio, aço, titânio ou fibra de carbono.
Dificilmente um amputado conseguirá decidir qual a mais indicada para ele, sem ao menos saber quais os tipos disponíveis no
mercado. Conheça:
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Encaixe
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Acima do joelho:
Encaixe
Encaixe flexível ou liner
Desarticulação do joelho
Sistema tornozelo-pé
Pilar de sustentação
Espuma cosmética
Desarticulação de quadril:
Encaixe
Articulação de quadril
Componentes modulares
Joelho
Pé
Espuma
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1 Idade do paciente: pacientes com mais de 45 anos 3 Prótese: a qualidade de fabricação, peso e articulação
tendem a ter uma maior dificuldade para se adaptar a da prótese são fatores importantes na hora de decidir
protetização, uma vez que a quantidade de fibras muscula- qual comprar. As mais baratas e simples, tendem a exigir um
res é menor do que o de alguém com 20 anos, por exemplo; maior tempo de adaptação, por não proporcionarem 100%
de qualidade em seu acabamento.
2 Nível de amputação: é a peça chave no tempo de
adaptação, principalmente no que diz respeito ao ta- Sensibilidade: cotos bem cicatrizados e maduros auxi-
4
manho do membro residual. Cotos maiores, tendem a fixar liam numa rápida adaptação, diferente de um paciente
melhor a prótese, enquanto cotos menores têm um encaixe com o coto ainda sensível, comum em amputações recentes.
mais complicado, demandando maior tempo de ajuste a O ideal é esperar alguns meses após a amputação, até partir
nova realidade; de fato para a protetização.
A ordem dos fatores varia e não altera o resultado, segundo o Dr. Sancinetti, em condições favoráveis, o paciente levaria de
6 a 12 meses para um uso pleno do material.
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Acompanhamento fisioterápico
Após escolher a prótese mais indicada para o tipo e nível de
amputação, começa uma das fases mais importantes na vida
de todo amputado: a fisioterapia.
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Seja através de aulas que reeducam o amputado a sentar, andar, subir e descer escadas ou de exercícios assistidos, como o kabat, é
bom lembrar que essas atividades são recomendados com a presença de um profissional qualificado.
Dois exercícios, que os fisioterapeutas geralmente costumam recomendar para serem repetidos em casa, quando o paciente já
atingiu certo grau de reabilitação, é a marcha lateral e o rolar a bola, veja:
Marcha lateral: acompanhado por outra pessoa, o amputado Rolar a bola: acompanhado por outra pessoa e o paciente em
fica próximo à uma parede, com o umbigo voltado para ela, e pé, rolar uma bola pequena e leve para direita, esquerda, fren-
tenta percorrer sua extensão caminhando lateralmente; te, em círculos e para trás.
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A isenção ocorre apenas uma vez por pessoa, mas a cada dois
anos poderá ser renovada.
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Depoimentos
Marinalva Almeida
Julia Weiss
“Muitos sonhos que foram podados na
“Prótese para o amputado, é qualidade de
hora da amputação, se realizaram e de um
vida. Ela faz parte de mim”
jeito muito maior do que eu imaginava”
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“Toda apresentação da empresa, dos vídeos com os casos clínicos, dos produtos e da
equipe, nós fazemos com os pacientes recém-chegados, para que eles vejam que a vida
não acaba quando se perde um membro” – Nelson.
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Dicionário de termos
Amputação Bilateral – é o termo para quando duas pernas, braços, pernas, mãos ou pés de uma mesma
pessoa são amputadas;
Coto – é a parte restante do membro amputado, também conhecido como membro residual;
Desarticulação – quando a amputação ocorre na altura da articulação, porém com manutenção do osso;
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Diabetes – doença crônica provocada pelo acúmulo de açúcar no sangue, divididas em tipo 1, no qual
pouca ou nenhuma produção de insulina, e ou tipo 2, quando o organismo não consegue utilizar de maneira
adequada a insulina produzida;
Edema – acúmulo anormal de líquidos, abaixo da pele, que gera inchaço na área afetada;
Fisioterapia – Acompanhamento clínico que visa restaurar ou manter a função ideal e a qualidade de vida
da pessoa, através de exercícios e técnicas, como a massagem;
Hipertensão Arterial – doença cardiovascular que aumenta consideravelmente a pressão arterial; popular-
mente conhecida como pressão alta;
Kabat – Recurso fisioterapêutico, que através da sensibilidade aumenta a força, equilíbrio e coordenação da
pessoa;
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Malformação congênita – transtorno do desenvolvimento fetal, o bebê pode nascer com parte ou sem o
membro;
Meningite meningocócica – infecção bacteriana, que causa inflamação no sistema nervoso e infecção total
do corpo;
Necrose – é a degeneração de um órgão, tecido ou grupo de células de um organismo vivo, que impede seu
bom funcionamento, muitas vezes causada por infecções;
Órteses – Aparelhos colocados junto ao corpo, para corrigir ou suprir alguma malformação do membro;
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Tumor – crescimento de algum tecido corporal morto, podendo ser benigno ou maligno, popularmente co-
nhecido como câncer.
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