Níveis de Referência de Diagnóstico em Tomografia Computorizada para Exames Do Abdómen
Níveis de Referência de Diagnóstico em Tomografia Computorizada para Exames Do Abdómen
Níveis de Referência de Diagnóstico em Tomografia Computorizada para Exames Do Abdómen
, 2012
Resumo
A Tomografia Computorizada (TC) é considerada uma das maiores fontes de exposição à radiação da população em diagnóstico
médico por raios – X. O Índice de Dose em Tomografia Computorizada ponderado (CTDIw) e o Produto Dose Comprimento
(DLP) foram propostos como as grandezas dosimétricas apropriadas para o estabelecimento dos Níveis de Referência de Diagnóstico
(NRD) de modo a optimizar a exposição à radiação em TC. Neste trabalho, os NRD para o exame de rotina de TC abdominal em
pacientes adultos padrão foram determinados a partir de medições do CTDI em 20 TC distribuídas a nível nacional e comparados
com os NRD Europeus e outros estudos semelhantes de forma a fornecer uma perspectiva geral da prática de TC abdominal em
Portugal. Todas as medições foram efectuadas com uma câmara de ionização e um fantoma de corpo de polimetil metacrilato
(PMMA) utilizando os parâmetros típicos de exposição à radiação. Os valores de CTDIw e DLP apresentam uma variação entre
4,8 – 30,3 mGy e 51 – 504 mGy.cm, respectivamente. Os resultados revelaram discrepâncias significativas nos valores de dose
entre os Tomógrafos, o que pode ser atribuído principalmente às diferenças entre os protocolos de exame. A dose efectiva foi
estimada por dois métodos, observando-se que os respectivos valores médios diferiam em 31%. A dose equivalente nos órgãos foi
também calculada, verificando-se que o estômago e o fígado recebem a maior percentagem de dose de radiação durante um
exame de rotina de TC abdominal.
Palavras–chave
Abdómen; Dosimetria; Níveis de Referência de Diagnóstico; Tomografia Computorizada.
Abstract
Computed Tomography (CT) is considered a major source of radiation exposure for the population in diagnostic medical X –
rays. The weighted Computed Tomography Dose Index (CTDIw) and Dose Length Product (DLP) were proposed as the appropriate
dose quantities for establishment of Diagnostic Reference Levels (DRL) for optimizing patient exposure in CT. In this essay, the
DRL for the abdominal routine CT examination in standard adult patients were determined from CTDI measurements on 20 TC
scanners distributed nationwide and compared with the European DRL and with other similar studies to provide an overview of
abdominal CT practice in Portugal. All measurements were performed with a pencil ionization chamber and a polymethyl
methacrylate (PMMA) body phantom using typical exposure parameters. Values of CTDIw and DLP had a range of 4,8 – 30,3
mGy and 51 – 504 mGy.cm, respectively. The results revealed significant discrepancies in dose values among the CT scanners,
which can be mainly attributed to variations in the examination protocols. The effective dose was estimated using two methods
and it was found that their mean values differed by 31%. Doses to organs were also calculated and it was found that the stomach
and liver receive the highest percentage of radiation dosage during an abdominal routine TC examination.
Key-words
Abdomen; Dosimetry; Diagnostic Reference Levels; Computed Tomography.
Introdução
A Tomografia Computorizada (TC) é actualmente, dentro
Recebido a 05/01/2011
da prática clínica, uma técnica de imagem por raios – X
Aceite a 03/06/2011 altamente acessível. No entanto, o recurso cada vez mais
ARPq59
frequente a esta modalidade é acompanhado por crescentes 1 2
preocupações acerca dos riscos associados ao seu CTDIw = ⋅ CTDI100,c + ⋅ CTDI100, p [mGy] (3)
diagnóstico. Dados de 1991 a 1996 mostram que, 3 3
globalmente, a TC é responsável por 34% da dose colectiva
anual proveniente de exposições médicas, o que é onde o CTDI 100,p representa a média aritmética das
significativo em comparação com outras modalidades de medições efectuadas em quatro pontos localizados na
diagnóstico que envolvem radiação ionizante [1]. Em 2002, periferia do fantoma. O CTDIw é a primeira das duas
estimou-se que a TC contabilizava 3,3% do total dos quantidades dosimétricas propostas pela CE como Níveis
exames médicos com raios – X realizados no Reino Unido, de Referência de Diagnóstico em TC e expressa a dose de
contribuindo em 39,7% para a dose colectiva na população radiação absorvida ao nível do corte irradiado.
em relação aos 40,7% estimados para os exames de De modo a ter em conta variações na exposição à radiação
radiologia convencional [2]. A União Europeia, na ao longo do eixo de rotação (z) [6], o descritor de dose
Directiva 97/43/EURATOM relativa à protecção da saúde Índice de Dose em Tomografia Computorizada
dos indivíduos contra os perigos resultantes de radiações volumétrico (CTDIvol) foi definido de acordo com a
ionizantes apontou para a necessidade de uma exposição relação:
radiológica médica justificada e optimizada [3]. 1
Relativamente à optimização, o conceito de Níveis de CTDI vol = ⋅ CTDI w [mGy] (4)
passo
Referência de Diagnóstico (NRD) para pacientes foi
introduzido pelo International Commission for
Radiological Protection (ICRP) [4]. Este conceito foi onde o passo é definido pela relação entre o incremento
adoptado pela Comissão Europeia (CE) no documento da mesa por rotação (TF) e a espessura nominal de corte
European Guidelines for Quality Criteria in Computed (T).
Tomography como uma ferramenta operacional na A segunda quantidade dosimétrica estabelecida como Nível
identificação das práticas de TC que necessitam de uma de Referência de Diagnóstico em TC é denominada
redução mais urgente da dose de radiação administrada, Produto Dose Comprimento (DLP), sendo expressa pela
sem o comprometimento da qualidade da imagem para o seguinte relação:
diagnóstico [5].
A distribuição de dose em TC difere grandemente da que DLP = CTDI vol ⋅ L [mGy.cm] (5)
ocorre nos exames convencionais de diagnóstico com raios
– X, pelo que foram adoptadas grandezas dosimétricas
onde L é o comprimento da região do corpo irradiada. O
especiais que procuram caracterizar a dose de radiação
DLP reflecte a dose de radiação absorvida para um exame
em TC. Neste sentido, é necessário definir o conceito de
completo.
Índice de Dose em Tomografia Computorizada (CTDI) e
Os NRD Europeus estabelecidos para o exame de rotina
Produto Dose Comprimento (DLP).
de TC abdominal pela C.E. na EUR 16262 EN [5]
Teoricamente, o CTDI é definido como o integral do perfil
encontram-se na Tabela 1.
de dose (D(z)) ao longo de uma linha paralela ao eixo de
Para determinar o risco da exposição à radiação associada
rotação (z) para um só corte, dividido pela espessura
ao exame de TC abdominal, uma estimativa geral da dose
nominal de corte T:
efectiva (E) pode ser feita a partir do valor da grandeza
dosimétrica DLP utilizando coeficientes normalizados
+∞
1 apropriados:
T −∫∞
CTDI = ⋅ D ( z ) ⋅ dz [mGy] (1)
E = E DLP ⋅ DLP [mSv] (6)
Na prática, o CTDI pode ser convenientemente medido onde EDLP é o coeficiente de dose efectiva normalizado
utilizando uma câmara de ionização tipo lápis com 100 especifico para a região do corpo fornecido na EUR 16262
mm de comprimento activo de modo a fornecer uma EN [5]. O valor geral de EDLP próprio para região anatómica
medição do CTDI100 expressa em termos de dose absorvida do abdómen é dado na Tabela 1.
no ar [5]: De acordo com a legislação Portuguesa em vigor [7], no
+50 mm âmbito das exposições radiológicas médicas, o titular da
1 instalação radiológica deve ser responsável pelo
T −50∫mm
CTDI 100 = ⋅ D ( z ) ⋅ dz [mGy ] (2)
ar
estabelecimento de recomendações no que respeita à
optimização das doses de radiação no paciente,
Tais medições podem ser executadas no ar paralelamente assegurando que o nível da exposição médica está de
ao eixo de rotação do Tomógrafo, CTDI livre no ar acordo com os NRD Europeus, quando estes existem. Na
(CTDI 100,ar), ou no centro (CTDI100,c) e na periferia pesquisa efectuada não foram encontrados, ou não existem
(CTDI100,p) de fantomas de dosimetria em TC. dados actualmente disponíveis relativamente à dose de
No pressuposto de que a dose de radiação decresce radiação administrada em TC e acerca do número de TC
linearmente desde a periferia até ao centro do fantoma, o operacionais a nível nacional. Deste modo, o objectivo do
Índice de Dose em Tomografia ponderado (CTDIw) foi presente trabalho é contribuir para o estabelecimento de
estimado através da expressão: NRD para o exame de TC do Abdómen em Portugal.
60q ARP
Tabela 1 – Níveis de referência e coeficiente de dose efectiva normalizado propostos pela C.E. na EUR 16262 EN para
o exame de rotina de TC abdominal.
Tabela 2 – Distribuição das TC por fabricante, modelo, número de arrays e ano de fabrico.
Fabricante Modelo Nº de arrays Ano de Fabrico
Siemens SOMATON Emotion Duo 2 2003
SOMATON Emotion 6 6 2007
SOMATON Emotion 6 6 2004
SOMATON Emotion 6 6 2005
SOMATON Emotion 16 16 2006
SOMATON Emotion 16 16 2010
SOMATON Sensation 16 16 2005
SOMATON Sensation 16 16 2004
SOMATON Sensation Open 64 2006
SOMATON Sensation Cardiac 64 2005
General HiSpeed Nx/i 2 2001
Electrics HiSpeed Nx/i 2 2001
BrigthSpeed 16 2009
BrigthSpeed 16 2006
BrigthSpeed 4 2008
LightSpeed Plus 4 2007
Prospeed 1 1997
Philips Brilliance 64 64 2010
Brilliance 16 16 2009
Brilliance 6 6 2004
ARPq61
Patient Dosimetry Calculator do grupo ImPACT [8]. A O valor da dose efectiva, útil na comparação do risco
percentagem de dose de radiação nos órgãos foi calculada biológico com outros tipos de exames radiológicos, foi
utilizando o programa, segundo os factores teciduais da também determinado pelo programa ImPACT utilizando
publicação 103 do ICRP [9], através da média da dose cálculos de Monte Carlo e segundo a publicação 103 do
equivalente em cada órgão para todos os protocolos ICRP. Os resultados são apresentados na Tabela 6. O valor
adquiridos. médio derivado do método de Monte Carlo verifica ser
mais elevado em 31% do que do método proposto pela
Resultados EC.
A distribuição percentual da dose média absorvida nos
A Tabela 3 e 4 sumarizam os valores das grandezas órgãos é apresentada na Tabela 7.
dosimétricas CTDIw e DLP calculadas para o exame de É o estômago e o fígado que evidenciam uma maior
rotina de TC abdominal, assim como o valor do terceiro percentagem de dose absorvida durante um exame de TC
quartil (Q3/4) deduzido das correspondentes distribuições. abdominal com um comprimento irradiado de 21,5 cm.
Este foi definido para a determinação dos NRD de modo Com o objectivo de evidenciar algum tipo de relação entre
a representar a fronteira entre práticas potencialmente as marcas de TC e o número máximo de cortes
inadequadas em termos do valor da dose administrada ao simultaneamente efectuados por estas com os valores de
paciente. A dose efectiva, calculada utilizando o coeficiente CTDIw e DLP obtidos pelas mesmas, recorreu-se ao teste
de dose efectiva normalizado EDLP próprio para região do estatístico de análise de variância a 1 factor (One – Way
abdómen, é apresentada na Tabela 5, juntamente com o Anova) que permite verificar qual o efeito de uma variável
valor de dose efectiva correspondente ao nível de independente ou factor de natureza qualitativa, numa
referência de DLP proposto pela EUR 16262 EN, uma variável dependente ou de resposta quantitativa, a um nível
vez que pode ser derivado do mesmo. de significância p de 5% (esta significância quantifica que
O valor do terceiro quartil para o CTDIw e DLP verificam a probabilidade de se rejeitar a hipótese inicial sendo esta
ser inferiores aos níveis de referência da EC em 54,6% e verdadeira, é de 0,05). A hipótese inicial de igualdade de
53,8%, respectivamente. O mesmo se constata para o nível valores médios de CTDIw e DLP entre marcas de TC e
de dose efectiva obtido. Nenhum dos Tomógrafos verificou número de cortes é aceite caso o nível de significância
exceder os níveis de referência da EC. estatístico obtido p seja superior a 0,05. As Figura 1 e 2
Tabela 3 – Mínimo, máximo, média e terceiro quartil (Q3/4) do CTDIw para o exame de rotina de TC abdominal.
CTDIw (mGy)
Min – Max Média Q3/4 16262 EN NRD
Abdómen TC 4,8 – 30,3 13,3 15,9 35
Tabela 4 – Mínimo, máximo, média e terceiro quartil (Q3/4) do DLP para o exame de rotina de TC abdominal.
DLP (mGy.cm)
Min – Max Média Q3/4 16262 EN NRD
Abdómen TC 51 – 504 268 360 780
Tabela 5 – Mínimo, máximo, média e terceiro quartil (Q3/4) da dose efectiva E para o exame de rotina de TC abdominal.
E (mSv)
Min – Max Média Q3/4 16262 EN
Abdómen TC 0,8 – 7,6 4,0 5,4 11,7
Tabela 6 – Comparação da dose efectiva pelo método proposto pela Comissão Europeia (CE) e pelos cálculos de
Monte Carlo (MC).
Dose efectiva, E (mSv)
EC método MC método % diferença
Min – Max Média Q3/4 Min – Max Média Q3/4 entre médias
Abdómen TC 0,8 – 7,6 4,0 5,4 1,3 – 11,0 5,8 7,9 31
62q ARP
Tabela 7 – Distribuição percentual (%) da média da dose absorvida nos órgãos discriminados segundo o ICRP 103.
Órgãos % Dose
Superfície Óssea 11,8
Bexiga 0,6
Mama 0,9
Cólon 10,2
Gónodas 1,2
Fígado 24,3
Pulmão 3,9
Esófago 0,3
Medula Óssea 4,8
Pele 4,1
Estômago 26,0
Tiróide 0,1
Cérebro 0,0
Glândulas Salivares 0,0
Restantes órgãos 11,7
mostram, a título exemplificativo, a distribuição dos Fig. 2 – Variação dos resultados de CTDIw distribuídos pelo número de
resultados de CTDIw por marcas de TC e número de cortes, cortes (6, 16, 64, 2, e 1) presentes neste estudo.
enquanto a Tabela 8 apresenta o nível de significância p
encontrado para a estatística do teste em causa.
Os resultados sugerem que não é a marca de TC nem o máximo dos resultados é de 84,1% e 89,9%,
número máximo de cortes simultaneamente efectuados respectivamente e, pode ser atribuída aos diferentes
pelo Tomógrafo a exercer algum tipo de influência sobre protocolos de exame de TC abdominal aplicados ente os
os resultados dosimétricos obtidos, seja para o CTDIw ou Tomógrafos. Foi observado durante a aquisição do CTDI
para o DLP. discrepâncias entre os parâmetros de exposição aplicados;
por exemplo, a maioria das Instituições aplica tensões
Discussão similares (120 – 130kV), enquanto o produto corrente-
tempo (mAs) varia significativamente (84 – 316 mAs). A
Foram verificadas discrepâncias nos valores de CTDIw e Tabela 9 apresenta o valor do terceiro quartil dos NRD
DLP obtidos para o exame de TC abdominal entre os (CTDIw e DLP) obtido neste estudo (Portugal) e aqueles
diferentes Tomógrafos. A diferença entre o mínimo e o estabelecidos por outros autores no Reino Unido, Grécia,
ARPq63
Tabela 8 – Nível de significância p para o CTDIw e DLP entre marcas e número de cortes.
Marcas Nº de cortes
Tabela 9 – Comparação do terceiro quartil dos NRD (CTDIw e DLP) entre estudos para o exame de TC abdominal.
Estudo CTDI w (mGy) DLP (mGy.cm)
Portugal 15,9 360
Reino Unido[10] 19 472
Grécia[11] 26 561
Tanzânia[12] 18,4 1082,8
Itália[13] 25 632
64q ARP
Da Figura 3 verifica-se que o CTDIw não parece estar 6. Tsapaki, V.; Rehani, M. - Dose management in CT facility. Biomel
correlacionado com a dose efectiva (R=0,533). Por outro Imaging Interv J, 2007, 3(2): e43.
lado, é observado na Figura 4 que a correlação entre o 7. Decreto – Lei nº 180/2002 de 8 de Agosto. Diário da República nº
DLP e a dose efectiva para o exame de TC abdominal é 182/2002 – I Série A. Ministério da Saúde. Lisboa, 2002.
positiva e muito significativa (R=0,978); de facto o DLP
consegue explicar 95,7% dos resultados de dose efectiva 8. ImPACT, Imaging Performance Assessment of CT Scanners. ImPACT’s
CT patient dosimetry calculator – version 1.0.2(2009) Disponível em
obtidos (R2=0,9566). A forte relação linear entre as http://www.impactscan.org/ctdosimetry.htm [acedido a 15 de Maio de
grandezas mostra que o nível de risco biológico associado 2010].
à exposição à radiação em TC abdominal é tanto maior ou
menor quanto maior ou menor o nível de DLP. Desta forma, 9. ICRP, International Commission on Radiological Protection.
pensa-se que é significativo a criação de critérios “padrão” Recommendations of the International Commission on Radiological
Protection. ICRP Publication 103, Annals of the ICRP, 2007.
de dosimetria em termos de DLP, uma vez que este pode
variar segundo diferentes comprimentos da região do corpo 10. Shrimpton, P.C.; Lewis M. A.; Dunn M. - Doses from Computed
irradiada para o mesmo exame (como referido acima), no Tomography examinations in the UK – 2003 review. Chilton, England,
sentido de minimizar o nível de risco associado a este tipo National Radiological Protection Board Document NRPB – W67, 2005.
de exposição. Finalmente, se a recta de regressão linear 11. Hatziioannou, K.; Papanastassiou, E.; Delichas, M.; Bousbouras, P.
da correlação entre o DLP e E fosse forçada a passar - A contribution to establishment of diagnostic reference levels in CT.
exactamente no ponto de origem, o coeficiente EDLP Br J of Radiol, 2003, 73:541–545.
estimado seria de 0,0219 mGy.mSv-1.cm-1, que difere em
cerca de 31% do proposto pela EC na Tabela 1, sendo 12. Ngaile, J. E.; Msaki, P.; Kazema, R. - Towards establishment of
national reference dose levels computed tomography examinations in
essa a diferença encontrada entre a dose efectiva obtida Tanzania. J. Radiol. Prot., 2006, 26:213–225.
pelos método da EC e MC.
Conclusões 13. Papadimitriou, D.; Perris, A.; Manetou, A.; Molfetas, M.;
Os NRD estabelecidos neste estudo para o exame de TC Panagiotakis, N.; Lyra-Georgosopoulou, M. - A survey of 14 computed
tomography scanners in Greece and 32 scanners in Italy: examination
abdominal estão de acordo com os NRD Europeus, frequency, dose reference values, effective doses and doses to organs.
mostrando-se ser bastante inferiores a estes e sugerido por Radiat. Prot. Dosimetry, 2003, 104(1):47–53.
isso, que os Tomógrafos estão a operar em condições de 14. Yoshizumi, Terry T.; Hurwitz, Lynne M.; Goodman, Philip C. -
optimização relativamente ao nível de dose de radiação Effective Dose and Dose – Length Product in CT. Radiology, 2009,
administrada ao paciente no exame de TC abdominal. No 250:604–605.
entanto, as discrepâncias observadas nos valores de CTDIw Correspondência
e DLP para o mesmo tipo de exame mostram que há uma
necessidade de explicar a não – padronização dos exames A. Patrício
de TC abdominal nas Instituições onde operam as TC. Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa
Av. D. João II, Lote 4.69.01
1990-096 Lisboa
Agradecimentos e-mail: anapatriciapatricio@gmail.com
Referências
1. UNSCEAR, United Nations Scientific Committee on Effects of
Atomic Radiation. Sources and Effects of Ionizing Radiation. 2000
Report to the general assembly annex D: medical radiation exposures.
Volume I: Sources. United Nations, New York, 2000.
ARPq65