2 - Citoesqueleto - Filamentos Intermediários PDF
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AULA
Os Filamentos Intermediários
objetivos
INTRODUÇÃO Como já vimos na aula 21, o sucesso do modelo eucarionte de célula se deve,
em grande parte, à existência do citoesqueleto, sistema dinâmico de filamentos
protéicos que confere às células forma, motilidade, resistência e suporte das
estruturas intracelulares. Três classes de filamentos formam o citoesqueleto:
os microfilamentos, os microtúbulos e os filamentos intermediários, assunto
desta aula.
Os filamentos intermediários conferem às células resistência mecânica ao
esticamento. Essa propriedade é importante para os tecidos de modo geral
e particularmente para aqueles que normalmente são submetidos a tensão e
compressão, como as células musculares, cardíacas e a pele (Figura 22.1).
Dados históricos
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Caracterização
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(microtúbulos e microfilamentos), são os mais resistentes e duráveis: em
células submetidas a tratamento com detergentes não iônicos e soluções
concentradas de sais, o citoesqueleto é praticamente todo destruído,
com exceção dos filamentos intermediários. Nas células de nossa pele,
que naturalmente se descamam, também só existem praticamente os
filamentos intermediários.
Os filamentos intermediários são encontrados no citoplasma
de quase todas as células eucariontes, embora haja exceções, como as
hemácias. Tipicamente formam uma rede no citoplasma, envolvendo o
núcleo e se distribuindo para a periferia. Freqüentemente se ancoram à
membrana plasmática em áreas de junção célula-célula (desmossomas)
ou célula-lâmina basal (hemidesmossomas). Há também um tipo de
filamento intermediário que se distribui na face interna do envoltório
nuclear, formando a lâmina nuclear.
Estrutura
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Biologia Celular I | Os Filamentos Intermediários
NH2 COOH
a
região em α-hélice
NH2 COOH
b
dímero trançado
NH2 COOH
COOH NH2
NH2 COOH
0,5µm c
filamento intermediário
observado ao microscópio eletrônico COOH NH2
NH2 tetrâmero formado COOH
pela justaposição dos dímetos
e
resultado da adição tetrâmeros
para formação do filamento
10nm
Figura 22.2: Os filamentos intermediários são formados pela adição de tetrâmeros — grupos de 4 moléculas
fibrilares — que se organizam de modo que as extremidades do filamento são idênticas.
Dinâmica
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Diversidade
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pelas proteínas tubulina e actina respectivamente, cada tipo celular possui
filamentos intermediários específicos. Dentre os tipos de proteínas que
formam os filamentos intermediários, as queratinas formam o maior
grupo. Mais de 20 tipos de queratina já foram identificadas em células
epiteliais humanas e outros 10 tipos em cabelos e unhas. Cada tipo de
epitélio possui determinados tipos de queratina.
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pressão
lâmina
basal
queratina defeituosa
hemidesmossomas
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Neurofilamentos
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epiteliais, os neurofilamentos são tipicamente encontrados nos neurônios
(Figura 22.4).
Figura 22.4: O axônio
é um prolongamento
do corpo celular do
neurônio através do
qual são transportadas
as vesículas contendo os
neurotransmissores.
Alguns podem chegar
a medir 1m ou mais,
dependendo do tamanho
do animal.
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Figura 22.6: Junções que
reforçam a adesão entre
as células musculares
cardíacas. Filamentos
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intermediários formados
por desmina participam
dessas estruturas.
célula 1 célula 2
junções
As laminas nucleares
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Tabela 22.1
Tipo de filamento Proteínas componentes Localização celular
células do sangue
Desmina Músculo
Proteína acídica glial (GFAP) Células da glia
(astrócitos, células de
Schwan, microglia)
RESUMO
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As principais funções dos filamentos intermediários estão ligadas à sustentação da
AULA
membrana plasmática, do envoltório nuclear e ao posicionamento das organelas no
citoplasma.
EXERCÍCIOS DE AUTO-AVALIAÇÃO
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8. Qual a doença associada ao aumento excessivo de neurofilamentos?
10. Com os conhecimentos adquiridos nesta aula, comente a frase: “do pó vieste
e ao pó retornarás”.