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Suno Internacional 115

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Publicado em 18.10.

2019
13.01.2021

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▪ Recomendamos o investimento no Store Capital REIT (STOR) para os
acionistas de longo prazo, inicialmente com um preço-teto de US$
38,00. O ativo fará parte da nossa carteira Dollar Income.

▪ Gostamos do modelo de negócio da companhia. Os inquilinos de alta


qualidade, contratos longos e alta previsibilidade da receita reduzem
o risco da operação a companhia.

▪ O STORE Capital REIT tem atualmente 2.587 propriedades em seu


portfólio, dispostas ao longo do território dos Estados Unidos.

▪ O mercado endereçável gigantesco e a proposta de valor oferecida


aos clientes da empresa (de redução do custo de capital e
flexibilidade de capital) deve permitir um interessante crescimento
ao longo dos próximos anos.

▪ Além disso, a baixa necessidade de investimento, evidenciado pelo


CAPEX inexistente de manutenção e baixa necessidade de capital de
giro, proporcionam uma alta rentabilidade.

▪ Tudo isso com uma gestão de alta qualidade e vantagens


competitivas, que irão sustentar o crescimento e a rentabilidade no
longo prazo.

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Estamos recomendando a compra das ações do STORE Capital REIT (STOR).

O STORE Capital foi formado em 2011 para investir e gerenciar Single


Tenant Operational Real Estates (imóveis operacionais de inquilino único),
que é de onde advém o nome S.T.O.R.E.

O STORE Capital REIT possui atualmente 262.593.616 ações em circulação,


o que confere a ele um valor de mercado de US$ 7,96 bilhões, com as
ações STOR cotadas a US$ 30,32.

O STORE opera com contratos Triple Net Lease (NNN), nos quais o inquilino
é responsável por pagar, além do aluguel, todas as despesas da
propriedade, incluindo impostos, seguros para o imóvel e os investimentos
necessários para a manutenção da propriedade. O resultado é que ele
praticamente não precisa realizar investimentos para a manutenção de
suas propriedades (CAPEX de manutenção), reinvestindo apenas para o
crescimento do negócio (CAPEX de crescimento).

Atualmente, o STORE tem 2.587 imóveis em diversas indústrias e setores.


Antes de adquiri-los, a empresa passa por um processo de diligência,
quando analisa a qualidade das operações da empresa que é um potencial
inquilino, para então comprar a propriedade da companhia e depois alugá-
la novamente para a mesma empresa (sale-leaseback).

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O STORE foca em aquisições de “profit centers” – imóveis com inquilinos
únicos e que possuem demonstrativo de resultado para cada imóvel. Desta
forma, como as empresas divulgam seus resultados por propriedade (o
que, normalmente, não ocorre com inquilinos de grande porte), isso
permite que o STORE acompanhe a rentabilidade das operações
conduzidas em cada imóvel de seu portfólio.

Dessa forma, a companhia tem acesso a informações valiosas sobre a


qualidade e a saúde do negócio que está sendo conduzido em cada
propriedade alugada, acessando nível de vendas, despesas e lucratividade.
Além disso, sabe a importância das propriedades para as operações dos
inquilinos, uma vez que, se está alugando um imóvel que gera lucro, o
inquilino (que cobre o aluguel com folga) tem total interesse em manter
essa propriedade relevante para o seu negócio.

O STORE tem uma abordagem voltada para o longo prazo em seus


contratos de aluguel (prazo médio de vencimento dos contratos de 14
anos). Por isso, a atividade de aquisição é focada em propriedades que
operaram em setores que a gestão acredita ter relevância de longo prazo.
A maioria é composta por empresas de serviços (63% do portfólio), sem se
envolver em setores que não têm características que julgam favoráveis.

Serviços locais não podem ser comprados na Amazon, por exemplo. Assim,
o STORE foca em propriedades relevantes em suas localizações, onde são
conduzidos negócios que têm baixo risco de disrupção.

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O REIT é diversificado, com propriedades em 114 indústrias diferentes. A
empresa tem 19% do portfólio exposto a propriedades de varejo, mas,
como este setor está mais sujeito à disrupção por alternativas digitais, a
gestão é criteriosa em relação ao tipo de varejista que aceita.

Por exemplo, um dos pré-requisitos é que o inquilino deve ter distribuição


omnichannel (física e digital), além de estar em uma indústria com apelo de
longo prazo.

Por fim, 18% do portfólio está exposto a propriedades de manufatura, com


localização majoritariamente próxima a parques industriais e
estrategicamente próximas de seus consumidores.

▪ Exemplos de imóveis operacionais de inquilino único da indústria


de serviços: restaurantes, centros de educação infantil, saúde, pet
care, entretenimento e logística.

▪ Exemplos de imóveis operacionais de inquilino único de varejo:


lojas de móveis, caça e pesca, carros recreativos e agropecuária.

▪ Exemplos de imóveis operacionais de inquilino único de


manufatura: fabricação de metais, processamento de alimentos,
plástico e borracha e equipamentos eletrônicos.

Portanto, ao adquirir o imóvel dos operadores e, em seguida, alugar o


imóvel de volta para eles, as companhias tornam-se inquilinos (ou clientes)
de longo prazo do STORE.

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Por meio da execução dos contratos sale-leaseback, o STORE supre uma
necessidade dos clientes, pois fornece uma fonte de capital de longo prazo
que funciona como alternativa a contração de dívidas e / ou o investimento
de capital próprio (de alto custo) para financiar os imóveis essenciais aos
seus negócios.

Para conduzir suas atividades, as empresas têm a opção de adquirir a


propriedade, o que normalmente requer um financiamento com um banco
e investimento de capital próprio, ou alugar a propriedade. O STORE opera
auxiliando na segunda opção, provendo capital para a compra dos imóveis
dos profit centers, para então alugá-los com contratos de longo prazo.

Dessa forma, em vez da empresa (inquilino) investir capital próprio e pagar


os juros de dívida para o banco após fazer um financiamento para adquirir
a propriedade (normalmente, 40% capital próprio e 60% dívida), o STORE
Capital adquire o imóvel e aluga os profit centers, permitindo com que o
inquilino utilize o capital que antes gastaria na propriedade para investir
em outros elementos de crescimento de seu negócio.

As atividades do STORE geram valor para seus inquilinos, pois auxiliam


que eles ganhem mais dinheiro ao diminuir o custo de capital que teriam
caso tivessem que investir capital próprio.

Além disso, eles fornecem um capital que é mais flexível do que os


inquilinos conseguiriam ao contrair um financiamento em bancos, que
possui restrições e covenants.

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Ou seja, o STORE fornece uma alternativa não apenas às dívidas que as
empresas precisariam contrair para adquirir uma propriedade, mas
também ao capital próprio que seria empregado no imóvel.

Assim, gostamos do modelo de negócio do STORE Capital, pois ele gera


valor para os inquilinos e para o próprio REIT.

Segundo o CEO Chris Volk, em 2010, quando estavam criando o STORE,


perceberam que a consolidação do setor criou uma enorme gama de
empresas de médio porte e sem rating de crédito.

No total, é estimado que o número de empresas no mercado intermediário


(de US$ 10 milhões a US$ 1 bilhão de receita) seja de aproximadamente
200.000, que necessitam de imóveis em seus negócios e que consistem em
um mercado endereçável estimado em mais de US$ 3 trilhões.

A gestão identificou que esse tipo de negócio precisa de uma empresa


como o STORE, uma vez que essas empresas são “dependentes de bancos”,
pois elas não têm acesso aos mercados de títulos de dívida.

Para eles, não existe um mercado hipotecário comercial eficiente e flexível.


Não há financiamento de taxa fixa que se estenda por mais de 10 anos, não
há financiamento assumível (que pode ser transferido ao comprador em
caso de venda posterior da propriedade) e o financiamento existente,
muitas vezes, não é fácil de ser modificado.

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O contrato de aluguel do STORE com essas empresas reduz o custo de
capital delas, substitui a dívida bancária e o alto custo do capital do
investidor normalmente exigido, além de elevar a flexibilidade corporativa,
oferecendo direitos de assumabilidade e substituição da propriedade.

Além disso, sempre que possível, o STORE se empenha em ajudar os


inquilinos a expandir o número de locais lucrativos e fechar os locais de
baixo desempenho.

Portanto, desde o início, o STORE focou em inquilinos que efetivamente


precisavam do auxílio da companhia, em vez de grandes empresas com
rating de crédito elevado (investment grade), que cobram mais caro por
suas propriedades, não divulgam resultados por propriedade e têm acesso
ao mercado de títulos de dívida.

A razão para isso é completamente racional: sale-leaseback contratados


com empresas com rating de crédito elevado costumam ter um preço
ineficiente, pois você paga caro pela propriedade e recebe menos retorno
no aluguel por conta da suposta qualidade do inquilino.

O custo por metro quadrado do imóvel tende a ser mais alto. Os contratos
de aluguel costumam ter prazos menores. Há uma inexistência quase que
universal de demonstrativos financeiros por propriedade (o que impediria
o STORE de acessar a saúde dos negócios conduzidos em cada imóvel).

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Existem possibilidades limitadas de master-lease, que é o único meio real
de garantir a diversidade de investimento em vários ativos alugados ao
mesmo locatário. Dessa forma, a rentabilidade do investimento é
substancialmente menor, assim como os reajustes anuais nos aluguéis.

Além disso, após pagar caro, há uma chance superior a 50% que um
inquilino investment grade tenha uma redução em seu rating de crédito
em um período de 10 anos, o que tornaria inviável o prêmio pago pela
suposta qualidade do inquilino.

Além disso, o preço pago por propriedades com inquilinos investment


grade chega a ser o dobro do custo de reposição da propriedade e as cap
rates atingidas nos negócios são, em média, de 5% a 5,5%. Por outro lado,
o custo de dívida para os REITs que têm inquilinos investment grade é mais
baixo, em média, de 3,5%. O resultado é um spread (diferença entre o
custo da dívida e cap rate) de aproximadamente 2% para o REIT

Entretanto, no mercado de empresas de médio porte e privadas, que é o


foco do STORE, é possível adquirir as propriedades a 80% do custo de
reposição (algo que o STORE vem executando desde o início de suas
operações), além de obter uma cap rate mais generosa, de cerca de 8%.

O custo da dívida do STORE (média de 4,3%) acaba sendo mais alto do que
se os seus inquilinos fossem investment grade, mas o spread é muito
maior, de aproximadamente 4,7%.

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Dessa forma, a margem para erro nos investimentos do STORE – que são
feitos a 80% do custo de reposição das propriedades, em indústrias
diversificadas, com acompanhamento de resultados das propriedades e
alto spread entre a cap rate e o custo de dívida – acaba sendo muito mais
elevada do que a de empresas concorrentes no espaço de net-lease.

Essas empresas têm exposição maior a inquilinos investment grade, mas


pagam caro por isso, seja com aquisições com preços / m² mais elevados,
com contratos de duração menor e falta de previsibilidade dos resultados
em nível das propriedades.

Vale citar que parte relevante da qualidade do modelo de negócio do


STORE são os contratos de net-lease, não apenas a qualidade do inquilino
ou do imóvel. Eles são fundamentais para o potencial de fornecer taxas de
retorno atraentes ajustadas ao risco de longo prazo para os acionistas.

Os contratos de aluguéis de apenas uma propriedade fornecem aos


inquilinos a oportunidade de avaliar a conveniência e a viabilidade de cada
propriedade que alugam em caso de declararem recuperação judicial
(podendo terminar os contratos de propriedades não rentáveis e
mantendo apenas as lucrativas).

Já os contratos de master-lease vinculam várias propriedades, permitindo


que o proprietário se beneficie do desempenho agregado das propriedades
e limitando a capacidade dos inquilinos de escolher quais aluguéis reter e
quais terminar.

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Em outras palavras, caso um inquilino possua diversas propriedades com o
STORE e entre em recuperação judicial, não poderá encerrar os contratos
de propriedades que dão prejuízo e manter os de propriedades que são
lucrativas, elevando assim a segurança para o STORE.

Dessa forma, a companhia consegue criar contratos que são investment


grade (aproximadamente 70% dos contratos nos últimos anos) com
inquilinos que não possuem rating de crédito.

As informações citadas acima, aliadas aos termos favoráveis dos contratos,


que ao final de 2019 tinham uma cap rate média de 7,8% (8,1% no terceiro
trimestre de 2020), com reajustes anuais médios de 1,8% no valor do
aluguel, demonstram a qualidade do REIT.

O STORE Capital REIT tem atualmente 2.587 propriedades em seu portfólio,


dispostas ao longo do território dos Estados Unidos de acordo com o mapa:

Fonte: STORE Capital

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Abaixo, trazemos um compilado de informações sobre as indústrias dos
inquilinos, número de propriedades por indústria, área e percentual da
base de aluguéis por indústria.

Fonte: STORE Capital

Fonte: STORE Capital

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O STORE Capital REIT tem algumas vantagens competitivas que podem ser
listadas:

▪ Originação dos investimentos: uma das vantagens do STORE é a sua


capacidade de originar e comercializar diretamente (sem
intermediários) os contratos de locação de imóveis para o mercado
intermediário dos Estados Unidos.

Cerca de 80% dos investimentos feitos pelo STORE foram originados


por sua equipe interna através de solicitações diretas de novos
clientes. Desde cedo, o REIT investiu em uma ampla estrutura de TI e
sua equipe de vendas cultivou relacionamentos no país. Ao criar
demanda por seu serviço, isso culmina em um pipeline de
investimentos atual de aproximadamente US$ 12 bilhões.

▪ Subscrição dos investimentos (underwriting): o processo de


subscrição de investimentos do STORE é diferenciado e centrado em
avaliações em nível de propriedade, valendo-se dos demonstrativos
para cada imóvel.

O foco em “profit centers” permite criar contratos de locação com


características de desempenho de pagamento que, geralmente, são
substancialmente superiores às classificações de crédito implícitas da
base de inquilinos diversos.

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▪ Gestão qualificada e com foco em value investing: com uma gestão
qualificada e mais de 30 anos de experiência, vemos que o STORE
opera com uma mentalidade de “investimento de valor”, alocando
capital apenas em oportunidades com elevada taxa de retorno
ajustada pelo risco.

Gostamos bastante da gestão do STORE Capital REIT. A STORE abriu suas


portas para negócios em maio de 2011, com um grupo fundador que
incluía o CEO, Christopher Volk, a COO, Mary Fedewa, e a Diretora
Financeira, Cathy Long.

O time atual tem mais de 30 anos de experiência, tendo aberto o capital de


três empresas em sua história, incluindo o STORE Capital. Outros membros
fundadores incluíam a Oaktree Capital, Arizona Retirement System e Mort
Fleischer, chairman do STORE.

Recomendamos que você assista a seguinte palestra ministrada por Chris


Volk, onde ele demonstra a abordagem de “value investor” que possuem
dentro do STORE Capital:

https://www.youtube.com/watch?v=L4kCa3hp4x0

A posição acionária (excluindo stock options) dos diretores executivos do


STORE pode ser vista a seguir:

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Fonte: Guru Focus

O quadro de maiores acionistas institucionais pode ser visto a seguir:

Fonte: Guru Focus

Como destaque, temos a Berkshire Hathaway, que é dona de cerca de 9,3%


do STORE Capital.

Nos últimos cinco anos, o STORE apresentou um CAGR de 18,51% em sua


receita, evidenciado pelo gráfico abaixo.

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Fonte: RI Store Capital / elaboração Suno Research

Entre 2018 e 2020, a companhia foi capaz de adicionar 381 imóveis,


aumentando sua base de clientes de 421 para 511, sendo 80% dos
contratos gerados pela força de venda interna da companhia, sem a
necessidade de corretores intermediários, que encarecem a operação.

Neste mesmo período, o aumento do aluguel anual médio ponderado foi


de 1,8%. Pode parecer pouco, mas é importante ressaltar que o STORE não
arca com os impostos, seguros para o imóvel e investimentos necessários
para a manutenção da propriedade.

Outro ponto importante a se observar é a taxa de ocupação dos imóveis ao


longo dos últimos trimestres, especialmente os afetados pelo coronavírus.
Quando vemos o primeiro gráfico da página abaixo, percebemos uma
grande resiliência do STORE.

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Fonte: RI Store Capital / elaboração Suno Research

Por mais que a taxa de ocupação dos imóveis não tenha caído, percebemos
que os contratos da companhia sofreram uma reclassificação de crédito no
último trimestre, evidenciado pela queda de 14% dos contratos
considerados “investment grade”.

Contratos classificados como "investment grade" (média de 3 meses)

Essa informação, no entanto, não nos assusta. Acreditamos ser normal um


re-rating no momento em que vivemos. Além disso, temos plena confiança
nas propriedades e inquilinos de alta qualidade do STORE.

Esperamos que os contratos “investment grade” retornem aos níveis


médios observados nos últimos trimestres.

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Cada vez mais próximos de uma distribuição total de vacinas, esperamos
que as coletas dos aluguéis também retornem aos níveis observados nos
períodos passados.

Como podemos ver pela imagem abaixo, já houve uma grande recuperação
nas coletas do portfólio.

Porcentagens de coleta por setor - Fonte: RI Store Capital

O segmento de Serviços foi o mais impactado, justamente por necessitar


da presença física das pessoas.

Os cinemas, como podemos ver no próximo gráfico, ainda não


conseguiram se recuperar, diferentemente dos centros de educação,
entretenimento familiar e unidades de saúde.

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Fonte: RI Store Capital

O gráfico abaixo ilustra o crescimento do Net Operating Income, do Funds


From Operations (fluxo de caixa proveniente da operação) e do Lucro
Líquido. Além disso, apresenta uma comparação entre os primeiros nove
meses de 2019 e os complicados três primeiros trimestres de 2020.

NOI, AFFO e NET INCOME ($MM)2 – Fonte: RI Store Capital

Como vemos, a empresa segue em franca expansão e suas operações não


foram tão afetadas quanto sugere a queda do preço das suas ações.

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Para se ter noção, desde 2015, o STORE apresentou um crescimento anual
composto do seu lucro líquido, dividendos e fluxo de caixa operacional de
16%, 6,9% e 7,5%, respectivamente.

Crescimento anual por ação – Fonte: RI Store Capital

O crescimento composto anual dos dividendos, de cerca de 7% desde


2015, coloca o STORE como a companhia que mais cresceu sua
remuneração ao acionista entre seus principais pares comparáveis.

Fonte: RI Store Capital

Tudo isso com um Dividend Payout muito confortável, o que garante


proteção aos dividendos do investidor em caso de queda do FFO.

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Fonte: RI Store Capital

Por mais que crescimento passado não seja garantia de crescimento


futuro, vemos que a companhia segue investindo muito em CAPEX,
inteiramente de crescimento, o que se traduzirá em maiores receitas e
fluxos de caixa no futuro.

Volume de aquisição e disposição - Fonte: RI Store Capital

Para financiar esse crescimento, o STORE reinveste parte de seus lucros na


operação, além de levantar capital via emissão de dívidas e oferta de ações.
A figura abaixo ilustra a estrutura de capital da companhia. Vemos que as
dívidas são majoritariamente de longo prazo, com grande parte vencendo
em 2028 e 2029, e com taxas de juros atraentes, bem abaixo do Cap Rate
atingindo nos contratos. Além disso, as operações da empresa geram caixa.

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Estrutura de capital da companhia - Fonte: RI Store Capital

O indicador Dívida Bruta / EBITDA dos últimos 12 meses da empresa é de


aproximadamente 5,87, o que apesar de ser um múltiplo elevado para uma
empresa tradicional, devemos lembrar que o modelo de negócio do STORE
(e da maioria dos REITs) possui previsibilidade elevada da receita, o que
permite uma alavancagem mais elevada.

Além disso, podemos ver que a geração de caixa anual do STORE é


suficiente para cobrir qualquer maturação anual de principal de dívida.
Como abordamos anteriormente, o prazo médio de vencimento dos seus
contratos de aluguel é de 14 anos. Para se ter noção, entre seus pares
comparáveis, o STORE é o que possui a menor quantidade de aluguéis
vencendo nos próximos cinco anos.

Fonte: RI Store Capital

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Com um retorno sobre patrimônio líquido sobre novos investimentos de
12,8%, bem acima do custo de capital, o STORE cria muito valor aos seus
acionistas, conseguindo crescer com alta rentabilidade, bem acima de seus
principais pares comparáveis.

Retorno sobre patrimônio líquido sobre novos investimentos - Fonte: RI Store Capital

Antes de tomar qualquer decisão, os investidores devem se atentar aos


fatores de risco que permeiam sua tese. Assim como qualquer empresa, o
STORE não é isento de incertezas sobre o futuro, que podem comprometer
a sua saúde financeira, justamente como seu fluxo de caixa e operações.

▪ O sucesso do STORE depende do sucesso de seus clientes: como


abordamos anteriormente, a empresa aluga suas propriedades para
inquilinos que a utilizarão como profit centers, gerando receitas e
lucros. Dessa forma, a decisão de investimento e o gerenciamento
de risco gira em torno de uma premissa, a fonte primária e mais
importante de pagamento dos aluguéis é a lucratividade dos
inquilinos nas propriedades específicas.

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Embora os clientes possam ter outras fontes de pagamento para
cumprir as obrigações com o STORE, como o sucesso de outras lojas,
por exemplo, o sucesso em nível de unidade é essencial para o longo
prazo, visto que os clientes irão simplesmente optar por fechar os
profit centers que não são lucrativos.

▪ Mudanças nas condições macroeconômicas podem afetar


adversamente a lucratividade dos clientes: o sucesso de grande
parte dos profit centers depende da disposição dos consumidores de
utilizar sua renda discricionária para adquirir bens e serviços. Dessa
forma, tendências macroeconômicas que incentivam o consumo,
como o baixo nível de desemprego e a confiança na economia, são
importantes para a lucratividade das unidades.

▪ Alguns clientes podem ser disruptados pelo comércio eletrônico


ou outras tendências tecnológicas: por mais que o portfólio do
STORE seja extremamente diversificado, em indústrias resilientes,
com tendências de longo prazo, que exigem muitas vezes a presença
física do consumidor e deva atender uma série de pré-requisitos
(como ser omnichannel, no caso das propriedades de varejo), não
devemos esquecer que as condições tecnológicas e comerciais estão
mudando rapidamente, assim como a preferência dos consumidores.

▪ O sucesso da empresa depende da boa alocação de capital dos


gestores: temos grande confiança no CEO, Chris Volk, que se
mostrou um excelente alocador de capital ao longo de sua carreira.

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O modelo de negócio do STORE exige grande conhecimento sobre
negócios, diligência e disciplina na hora de fazer os investimentos,
fatores essenciais para conseguir uma cap rate que gere valor.

Como Chris Volk afirma:

“O que queremos fazer por vocês, como investidores, não é


necessariamente retornar a menor taxa de vacância possível
(embora estejamos conseguindo cumprir isso), e sim o maior
dinheiro possível. Queremos ter as maiores taxas de retorno”.

Realizando um RDCF (fluxo de caixa descontado reverso), percebemos que,


no nível de preço atual e com uma taxa de desconto de 8,3%, calculada
pelo terminal Bloomberg, o mercado precifica STORE com um crescimento
esperado de 5% no FCF para os próximos 15 anos e 3% na perpetuidade.

Acreditamos que as duas primeiras estejam subavaliadas.

Primeiramente, em relação ao custo de capital, o baixíssimo nível das taxas


de juros atuais (e de longo prazo), juntamente com a alta qualidade do
modelo de negócio do STORE, com contratos longos (média de 14 anos),
alta previsibilidade de receita e inquilinos de grande qualidade, deveria
resultar em uma diferente percepção de risco pelo investidor, exigindo
uma taxa de retorno mais compatível com a qualidade do negócio.

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Em segundo lugar, os recentes e próximos investimentos em CAPEX,
inteiramente para crescimento, devem contribuir com um crescimento
maior do que 5% ao longo dos próximos anos.

Como você deve saber, os modelos de valuation são altamente sensíveis às


premissas adotadas pelos analistas. Por isso, optamos sempre pelo cenário
mais conservador, exigindo uma margem de segurança para aumentarmos
nosso retorno potencial e nos protegermos de eventuais adversidades.

Utilizando um WACC de 6%, em nossa visão, mais compatível com o


momento atual que vivemos e com a qualidade do REIT investido, uma taxa
de crescimento de 7% para os próximos cinco anos, 5% para os próximos
dez e 3% na perpetuidade, constatamos que há uma confortável margem
de segurança.

Por conta disso, recomendamos o investimento em STOR para os


acionistas de longo prazo, inicialmente com um preço-teto de US$ 38,00.
O ativo fará parte da nossa carteira Dollar Income.

Gostamos do modelo de negócio do STORE. Os inquilinos de alta qualidade,


contratos longos e alta previsibilidade da receita reduzem o risco da
operação a companhia.

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O mercado endereçável gigantesco e a proposta de valor oferecida aos
clientes (de redução do custo de capital e flexibilidade de capital) deve
permitir um interessante crescimento ao longo dos próximos anos.

Além disso, a baixa necessidade de investimento, evidenciado pelo CAPEX


inexistente de manutenção e baixa necessidade de capital de giro,
proporcionam uma alta rentabilidade.

Tudo isso com uma gestão de alta qualidade e vantagens competitivas, que
irão sustentar o crescimento e a rentabilidade no longo prazo.

Plantão de Dúvidas
Envie suas dúvidas referentes a este relatório. Elas serão respondidas em uma live especial!
Acesse: https://sunoresearch.typeform.com/to/ZO09Qd

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CARTEIRA INTERNACIONAL | GREAT COMPANIES

Data Preço atual Preço-teto DY Estimado Preço de Retorno


Ranking Suno Ticker Empresa Recomendação
Recomendada (USD) (USD) 12 meses entrada * (USD)

Berkshire
1 BRK.B 17/09/2018 233,03 240.00 0,00% 216.29 Comprar 7,74%
Hathaway

Cboe Global
2 CBOE 28/10/2020 101,02 95.00 1,66% 81.30 Comprar 24,26%
Markets

Bank Of New
3 BK 17/03/2020 46,56 45.00 2,66% 29.20 Comprar 59,45%
York Mellon

Alphabet Inc
4 GOOG 17/09/2018 1746,55 1850.00 0,00% 1156.05 Comprar 51,08%
Class A

5 WFC Wells Fargo 17/09/2018 33,94 45.00 1,18% 49.79 Comprar - 31,83%

Johnson &
6 JNJ 17/09/2018 158,13 150.00 2,40% 131.68 Aguardar 20,09%
Johnson

JPMorgan
7 JPM 17/09/2018 140,22 120.00 2,57% 105.78 Aguardar 32,56%
Chase & Co.

8 DIS Disney 17/09/2018 175,99 135.00 1,00% 107.21 Aguardar 64,15%

Charles
9 SCHW Schwab 05/08/2020 61,20 40.00 1,11% 33.88 Aguardar 80,64%
Corporation

10 BLK BlackRock 17/09/2018 777,74 550.00 1,70% 444.34 Aguardar 75,03%

11 SBUX Starbucks 17/09/2018 102,82 70.00 1,40% 52.20 Aguardar 96,97%

12 AAPL Apple Inc 17/09/2018 128,80 57.50 0,60% 53.01 Aguardar 142,97%

* Informações atualizadas em 12.01.21, às 18h00. Para ver a carteira completa e atualizada, acesse: https://membros.sunoresearch.com.br/carteira-investindo-no-exterior/

CARTEIRA INTERNACIONAL | HIDDEN VALUE

Data Preço atual Preço-teto DY Estimado Preço de Retorno


Ranking Suno Ticker Empresa Recomendação
Recomendada (USD) (USD) 12 meses entrada * (USD)
Propiedades
1 IRCP Comerciales 08/07/2020 9,89 15.00 0.00% 4.82 Comprar 105,19%
SA
Micron
MU 29/07/2020 79,46 80.00 0.00% 50.09 Comprar 58,63%
2 Technology

Facebook
3 FB 17/09/2018 251,09 300.00 0.00% 160.58 Comprar 56,36%
Inc
Alliance
Data
4 ADS 14/01/2019 73,74 99.00 1.14% 161.91 Comprar - 54,46%
Systems
Corporation

5 YY JOYY Inc 28/02/2019 86,14 90.00 2.37% 70.48 Comprar 22,22%

Booking
6 BKNG 17/09/2018 2196,34 2150.00 0.00% 1890.76 Aguardar 16,16%
Holdings Inc

Revolve
7 RVLV 10/10/2019 35,37 23.00 0.00% 20.86 Aguardar 69,56%
Group Inc

Antero
8 AR 03/05/2019 7,61 3.00 0.00% 7.16 Aguardar 6,28%
Resources

28

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CARTEIRA INTERNACIONAL | DOLLAR INCOME

Data Preço atual Preço-teto DY Estimado Preço de Retorno


Ranking Suno Ticker Empresa Recomendação
Recomendada (USD) (USD) 12 meses entrada * (USD)

British American
1 BTI 10/07/2019 37.38 42.00 7.19% 33.64 Comprar 11,12%
Tobacco

STORE Capital
2 STOR 13/01/2021 30.32 38.00 - 30.32 Comprar
REIT -

Physicians Realty
3 DOC 17/09/2018 17.16 18.50 5.36% 15.22 Comprar 12.75%
Trust REIT

4 CIO City Office REIT 17/09/2018 9.61 14.30 6.24% 10.53 Comprar - 8.74%

Tanger Factory
5 SKT 17/09/2018 11.15 7.00 - 19.57 Aguardar - 43.03%
Outlet REIT

Rentabilidade acumulada da carteira (em vermelho) até novembro de 2020 (Fonte: Economatica / Suno Research).

29

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