Apostila-Psicologia Clinica - Life Ead
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SUMÁRIO:
INTRODUÇÃO
AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA
ENTREVISTA PSICOLÓGICA
O VÍNCULO TERAPÊUTICO
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
MATERIAL UTILIZADO
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INTRODUÇÃO
Olá, a você, que tem este material nas mãos, ou na tela do seu
computador. Profissional, estudante ou apenas estudioso sobre o
tema, este manual foi feito pra você. Ao longo dele, temos
explicações, conceituações, história, e fatos reais que aconteceram
dentro do contexto clínico de atuação.
Não se trata de um material perfeito, e sim de uma junção de
aspectos que existem na clínica Psicológica, uma introdução a estes
temas abrangentes e complexos, para te fazer considerar e refletir
sua atuação profissional.
Aprecie cada capítulo, e não hesite em adicionar outras teorias para
complementar seu estudo. Espero que gostem dos assuntos que
vamos tratar aqui, e se achar melhor, também releia novamente seus
capítulos preferidos.
A clínica em Psicologia possui diversas facetas e é completamente
um universo pronto para ser descoberto e explorado. Bem-vindo à
apenas uma partezinha do que ele engloba.
Aproveite!
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SURGIMENTO DA CLÍNICA PSICOLÓGICA
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portanto, de uma prática higienista. Dessa maneira, a clínica psicológica
esteve, por um bom tempo, distante das questões sociais.
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Mas a relação entre a Psicologia e o individualismo é marcada por
uma ambigüidade: se, por um lado, o individualismo foi condição sine qua
non para o surgimento da Psicologia como ciência, por outro, ele tomará
uma forma tal que denunciará a necessidade de que essa mesma
Psicologia reflita sobre seus efeitos, o que mudará completamente a
relação entre ambos. Assim, seria possível dar conta de todo tipo de
“mazela”, nesse modelo? No nosso entender, não se pode tratar a psique
da mesma maneira que se trata do soma e tampouco manter a
neutralidade científica diante de um objeto que coincide com o observador.
A clínica individual é fundamental, mas não podemos nos perder no
individualismo. Não se pode esquecer que a ciência expressa e alimenta
ideologias; assim, a idéia de clínica neoliberal alimenta o modelo
individualista, por vezes perverso, que se esquece do homem para manter
a lógica do capital.
Acreditamos que existam outras intervenções psicológicas, de efeitos
terapêuticos, resultantes de uma escuta clínica. Como breve exemplo das
limitações da clínica quanto ao segredo individual, queremos relatar um
episódio referente à prática de uma psicóloga em um hospital público. A
psicóloga, novata, interroga a coordenação de psicologia do hospital sobre
a possibilidade de se oferecerem mais consultórios dentro do hospital para
estagiários atenderem os pacientes. A coordenadora pergunta por que não
atender as pessoas no leito, pois atender só aqueles que têm condições
médicas de caminhar até o consultório seria excluir os acamados. A
psicóloga responde que não pode atender nas enfermarias, porque
sempre existe um segredo a ser dito. No nosso entender, manter esse
pressuposto é retirar, de alguns sujeitos, a possibilidade de acolhimento,
de escuta do sofrimento e até de uma nova posição subjetiva frente ao
sofrimento.
Desde o final do século passado e ainda no início deste século,
presenciamos, no País, um aumento considerável das áreas de atuação
da Psicologia, o que evidencia uma ampliação paulatina de seus locais de
trabalho: o psicólogo torna-se presença cada vez mais constante nos
sistemas de saúde pública, nos centros de reabilitação, nos asilos, nos
hospitais psiquiátricos e gerais, no sistema judiciário, nas creches, nas
penitenciárias, nas comunidades. Dessa maneira, surgem, para o
profissional, outras oportunidades de trabalho que escapam a seus
espaços usuais de atuação, restritos até então aos consultórios, às
escolas e às empresas. Todavia, cabe ressaltar que o psicólogo se
depara, portanto, com o desafio de trilhar novos caminhos e de sustentar
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suas conquistas recentes. Esse desafio pressupõe, de acordo com
Romagnoli (2006/no prelo).
Assim, não importa em que lugar ou espaço o ato clínico aconteça,
seja no âmbito privado ou público, numa relação diádica, grupal ou
coletiva. Este será sempre um fazer psicológico que se pautará em
concepções teóricas e metodológicas que refletirão essa postura diante do
sofrimento ou fenômeno psicológico que se coloca diante dele. Melhor
dizendo, o ato clínico se pautará muito mais por uma ética do que por
referenciais teóricos fechados. (Dutra, 2004, s/p).
A clínica em Psicologia então, possui um surgimento antigo, em
contextos médicos e perdura até hoje, nos mais variados contextos e
configurações. A clínica Psicológica é de um nível complexo pois se vale
de diferentes abordagens para enxergar o mesmo fenômeno. Estas
abordagens são escolhidas por cada profissional, esse
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ABORDAGENS PSICOLÓGICAS E TIPOS DE TERAPIA
A Psicologia é a ciência que estuda o comportamento humano, e
para isso ela se vale de diversas formas de enxergar e interpretar os
fenômenos. Fazendo uma analogia bastante simples e até ousada,
existem vários modelos de óculos. Os óculos que você escolhe utilizar
para enxergar determinada realidade ou fenômeno comportamental que se
apresenta em sua frente, estas são as abordagens. Veja a seguir breves
explicações sobre cada uma delas:
1. PSICANÁLISE
Essa, provavelmente, é a abordagem da Psicologia mais conhecida pelas
pessoas em geral. Sigmund Freud é o nome do teórico que a desenvolveu,
— e que é famoso até hoje, inclusive em muitas expressões
bem-humoradas (como o clássico “Freud explica”). Hoje, é importante
lembrar que existem outros autores que contribuem para esta linha teórica.
Todo o reconhecimento que Freud recebeu não foi à toa. Em sua época,
ele revolucionou a área da saúde ao propor tratamentos diferenciados
para as questões emocionais, questões que não tinham sido exploradas
de maneira aprofundada.
Em um período no qual a ciência médica não dava muita atenção para os
processos mentais, ele criou uma teoria bastante completa sobre o
funcionamento do psiquismo. O conceito central do pensamento freudiano
é o inconsciente. Segundo ele, muitas das emoções e dos
comportamentos humanos têm causas desconhecidas pela pessoa, já que
estão fora do nível da consciência racional. Nesse contexto, fazer terapia
com um psicanalista permite que o paciente conheça melhor seu
inconsciente e compreenda o que vive de maneira mais profunda. A
principal estratégia clínica da psicanálise é a fala e uma de suas
características marcantes é que não se configura como um tratamento
diretivo. A terapia com essa abordagem parte da associação livre, ou seja,
estimula que o paciente fale sobre o que quiser, sem muitas intervenções
do psicólogo. Os terapeutas psicanalistas são aqueles que permanecem
mais silenciosos durante uma sessão.
2. HUMANISMO
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O humanismo é outra das abordagens da Psicologia mais conhecidas. Na
verdade, ele funciona como uma corrente de pensamento que reúne várias
abordagens — como a Terapia Centrada na Pessoa e a Gestalt-Terapia.
Elas partem de uma base filosófica comum (principalmente ligada ao
existencialismo e à fenomenologia).
A psicologia humanista tem como principal característica considerar o ser
humano como um todo. Ela se baseia no fato de que há múltiplos fatores
envolvidos na saúde mental. Todos eles convergem e estão interligados:
as emoções, o corpo, os sentimentos, o comportamento, os pensamentos.
Uma das principais características do humanismo é o foco no momento
presente. Nesse ponto, ele se difere da psicanálise, já que ela busca
interpretar os acontecimentos atuais a partir do olhar aos primeiros anos
de vida do paciente.
Durante minha graduação, tive excelentes mestres que seguiam a
abordagem humanista e nos faziam ter uma total nova concepção sobre o
acolhimento.
Na faculdade de Psicologia, você vai aprender que os terapeutas
humanistas fazem o caminho contrário: compreendendo o passado a partir
do momento atual.
Além de dar atenção especial ao modo como a pessoa se sente hoje,
outro fator importante para o humanismo é a relação terapêutica. Os
princípios da teoria estimulam que o psicólogo se esforce para deixar de
lado suas pré-concepções sobre o paciente para se aproximar ao máximo
da experiência pelo ponto de vista dele.
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3. BEHAVIORISMO OU PSICOLOGIA COMPORTAMENTAL
Mais uma das principais abordagens inseridas no mercado de trabalho de
Psicologia é a teoria comportamental. Entre as três que citamos até aqui,
essa é considerada a linha de tratamento mais diretiva, pois foca no
comportamento observável e tem o objetivo claro de modificar padrões de
vida do paciente.
O desenvolvimento do behaviorismo se deu a partir, principalmente, dos
teóricos Watson e Skinner. Em sua época, eles consideraram
experimentos de comportamento animal para compreender como as
pessoas reagem ao que acontece em suas vidas. Assim, construíram
teorias que explicam o comportamento humano a partir dos estímulos
recebidos e das consequências geradas pelas ações.
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A
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Ian Pavlov também é outro teórico que contribuiu nesta abordagem. Veja:
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4. TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
Esta é uma das abordagens mais requisitadas na atualidade. Portanto,
teremos um capítulo só para ela. Mas enquanto isso, olhe aqui um
trechinho. Essa abordagem é um desdobramento do behaviorismo. Ela foi
desenvolvida por Aaron Beck e integra a base comportamental a
conhecimentos das neurociências. Com isso, foi desenvolvida uma teoria
que relaciona os pensamentos, as emoções e os comportamentos
humanos, ampliando a terapia comportamental clássica.
Para os teóricos da terapia cognitivo-comportamental (TCC), os
pensamentos estão intimamente relacionados a como as pessoas vivem e
aos sofrimentos emocionais que elas têm. Por isso, o psicólogo da TCC
não foca apenas na modificação de comportamentos, mas de padrões de
pensamento que estão na origem deles.
O psicólogo parte da ideia de que problemas de ansiedade podem estar
relacionados, por exemplo, a pensamentos disfuncionais de baixa
autoestima ou medo excessivo. Assim, o objetivo da terapia é identificar
esses padrões e ajudar o paciente a modificá-los para que seja possível
diminuir os sintomas e viver com mais qualidade.
Semelhante ao behaviorismo, essa também é uma terapia bastante
diretiva. Ela funciona a partir de objetivos que são estabelecidos entre o
psicólogo e o paciente. Dessa forma, as sessões são estruturadas em
torno dessas metas e o profissional utiliza diversas técnicas e atividades
para intervir nos problemas trazidos pela pessoa.
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Percebeu como as abordagens da Psicologia podem ser muito diferentes
entre si? Ainda assim, todas elas apresentam bons resultados nas
diversas áreas de atuação do psicólogo. Para escolher entre as teorias, o
indicado é que o estudante reflita sobre a que mais se aproxima da sua
compreensão dos aspectos humanos. Assim, ele se prepara para ajudar
seus pacientes da melhor maneira como profissional dessa área.
Como profissional da Psicologia, você utilizará alguma destas abordagens
para guiar sua prática clínica. Você fará especializações para tornar-se
cada vez melhor em sua área de conhecimento. Agora, vamos falar sobre
diferentes tipos de terapia que podem acontecer em sua prática
profissional. Cada pessoa que procura o serviço pode estar em uma
destas situações, e até mesmo, podem mudar de acordo com a demanda,
e acontecer simultaneamente. O terapeuta habilidoso saberá como
manejar estes momentos.
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pessoas e situações conflituosas com mais assertividade e
autoconfiança.’’
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Outras vertentes, de acordo com o site SAÚDE – ABRIL.
Arteterapia
Lápis, pincel, tinta, tela e demais recursos são ferramentas para externar
as emoções sem precisar necessariamente da fala. A expressão
audiovisual vira um meio para acessar o inconsciente e interpretar os
sentimentos, que muitas vezes não aparecem de outras formas
convencionais.
Dramaterapia
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Ludoterapia
Constelação familiar
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A Avaliação Neuropsicológica
(Cursos LifeEAD – Neuropsicologia)
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de construção ocorrem de forma interdisciplinar; apresentam rigor
metodológico na pesquisa, utilizando-se de critérios psicolinguísticos para
a construção de itens verbais; os dados gerados são quantitativos e
qualitativos(tipos de erros e estratégias); buscam-se por dissociações
entre funções e tarefas e pelo perfil neuropsicológico (habilidades
preservadas versus deficitárias), sendo estes dados base para a
intervenção Neuropsicológica. Portanto, estes instrumentos
neuropsicológicos podem ser úteis a profissionais de diferentes áreas da
saúde, com formação ou experiência clínica em Neuropsicologia, pois são
usados para diagnósticos neuropsicológicos (e não psicológicos).A
abordagem neuropsicológica cognitiva, mais especificamente, utiliza-se do
método de análise psicolinguística, no qual são usados indícios para inferir
o processo subjacente ao desempenho nas tarefas, como a comparação
do desempenho entre estímulos que variam em suas propriedades
psicolinguísticas, por exemplo. Aspectos diagnósticos em Neuropsicologia
baseiam-se na
comparação entre os desempenhos nos diferentes testes do paciente em
questão e os desempenhos esperados no indivíduo normal. O
desempenho de um dado paciente pode ser interpretado de acordo com o
modelo de processamento subjacente (modelo cognitivo).
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ENTREVISTA PSICOLÓGICA
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não chegará a lugar algum e não terá as informações que você necessita
para estabelecer um diagnóstico claro e um plano de intervenção.
1. Comunicação:
2. Interação
A interação prevê que cada um dos que estão envolvidos na entrevista
possuem um papel assimétrico. O do entrevistado, de promover o
fornecimento da informação, e o entrevistador, a busca da informação. O
entrevistador deve estar a todo tempo no controle deste tempo passado
junto com o entrevistado.
3.Propósito:
Qual é a finalidade da entrevista? Esta pergunta deve ser lembrada
sempre pelo entrevistador e respondida internamente. Isto o direcionará na
hora de conduzir neste momento importante.
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entanto, complementares e necessárias: O psiquiatra baseia-se em
elementos clínicos aparentes para estabelecer um diagnóstico,
referenciando-o seguidamente a um sistema nosográfico (OLIVEIRA,
2005).
O psicólogo, por seu lado, tenta antes compreender o funcionamento
psicológico de um indivíduo, tentando situar as condutas observadas num
contexto (história pessoal e familiar do sujeito, elementos de
personalidade, modalidades de relacionamento com o meio,
representações interiores); aqui a referência é o próprio sujeito; O
psiquiatra inscreve a entrevista clínica num procedimento terapêutico,
enquanto o procedimento do psicólogo não é terapêutico no sentido
médico do termo (ausência de prescrições); ela tem antes de mais um
cariz de ajuda, de aconselhamento e de intervenção psicológica, que é
suposto levar a modificações positivas no indivíduo em sofrimento
(OLIVEIRA, 2005).
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2. Resistências – trata-se de resistências ao trabalho terapêutico, que
tentam manter no inconsciente os acontecimentos esquecidos.
3. Transferência – representa o motor da cura e pode ser assim definida:
É a repetição, face ao analista, de atitudes emocionais, inconscientes,
amigáveis, hostis ou ambivalentes, que o paciente estabeleceu na sua
infância no contato com os pais e as pessoas que o rodeiam.
4. Contratransferência – trata-se de uma resposta do analista à
transferência do paciente mas que designa também, de forma mais geral,
o conjunto das reações inconscientes do analista perante o seu
interlocutor. Especificidades da entrevista clínica Uma forma particular de
comunicação.
Uma forma particular de apreender o discurso. Apesar de tudo uma
conversa Entrevista psicanalítica e entrevista clínica psicológica Ligações
A psicologia clínica e a psiquiatria clínica, em França, foram muito
influenciadas pelo modelo psicanalítico. Desde sempre existiram laços
muito fortes entre a psicologia clínica e a psicanálise.
Segundo Didier Anzieu: A psicanálise acabou por prestar um serviço à
psicologia em dois planos, o da garantia teórica e o de exemplo, senão
mesmo de um modelo de pratica. Por seu lado, a psicologia serviu de
veículo à propagação da psicanálise num pais que durante muito tempo
lhe foi indiferente ou reticente. No entanto, essas fortes ligações não
devem obscurecer as especificidades de cada uma destas disciplinas.
Temos também segundo Bleger (1998) que a entrevista pode ser de dois
tipos fundamentais: aberta e fechada. Na fechada as perguntas já estão
previstas, assim como a ordem e a maneira de formulá-las, e o
entrevistador não pode alterar nenhuma destas disposições.
Na entrevista aberta, pelo contrário, o entrevistador tem ampla liberdade
para as perguntas ou para suas intervenções, permitindo-se toda a
flexibilidade necessária em cada caso particular. A entrevista fechada é,
na realidade, um questionário que passa a ter uma relação estreita com a
entrevista, na medida em que uma manipulação de certos princípios e
regras facilita e possibilita a aplicação do questionário (p. 3).
Porém, devemos desde já destacar que a liberdade do entrevistador, no
caso da entrevista aberta, reside num manejo que permita, na medida do
possível, que o entrevistado configure o campo da entrevista segundo sua
estrutura psicológica particular ou – dito de outra maneira – “que o campo
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da entrevista se configure, o máximo possível, pelas variáveis que
dependem da personalidade do entrevistado” (Bleger, 1998, p. 4).
Desta forma, a entrevista aberta permite um aprofundamento mais amplo
da personalidade do entrevistado, embora a entrevista fechada permita
uma melhor comparação sistemática de dados, além de outras vantagens
próprias de todo método padronizado.
Um bom entrevistador deve ser capaz de:
1) estar presente, no sentido de estar inteiramente disponível para o outro
naquele momento, e poder ouvi-lo sem a interferência de questões
pessoais;
2) ajudar o entrevistado a se sentir à vontade e a desenvolver uma aliança
de trabalho;
3) facilitar a expressão dos motivos que levaram a pessoa a ser
encaminhada ou a buscar ajuda;
4) buscar esclarecimento para colocações vagas ou incompletas;
5) gentilmente, confrontar esquivas e contradições;
6) tolerar a ansiedade relacionada aos temas evocados na entrevista;
7) reconhecer defesas e modos de estruturação do sujeito, especialmente
quando elas atuam diretamente na relação com o entrevistador
(transferência);
8) compreender seus processos contratransferênciais;
9) assumir a iniciativa em momentos de impasse;
10) dominar as técnicas que utiliza.
Por estar atendo ao outro, o entrevistador estará mais apto a ajudá-lo a
sentir-se à vontade e a desenvolver uma aliança de trabalho.
A aliança para o trabalho, segundo Tavares (2002), que mais tarde se
desenvolverá em uma aliança terapêutica, é composta de dois fatores: A
percepção de estar recebendo apoio e o sentimento de estarem
trabalhando juntos. Desenvolver uma atmosfera de colaboração é
essencial para o sucesso de uma avaliação.
Para isso, é importante que o cliente perceba que o entrevistador está
receptivo a suas dificuldades e a seus objetivos, que ele demonstra
entendê-lo e aceitá-lo, que ele reconhece suas capacidades e seu
potencial, e que ele o ajuda a mobilizar sua capacidade de auto-ajuda.
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Essa percepção fortalece a relação e favorece uma atitude colaborativa e
participativa por parte do sujeito (ALMEIDA, 2004).
Este é o próximo assunto que vamos tratar. A entrevista é parte
fundamental para o processo terapêutico, e por isso devemos nos
aprofundar nesta técnica. Mas toda técnica do mundo não será bem-vinda
se não cuidarmos de um aspecto anterior e essencial: o Vínculo
terapêutico. Vamos conversar um pouquinho sobre isso !
O VÍNCULO TERAPÊUTICO
Vou começar este capítulo contando uma história real que aconteceu
comigo, para você entender o que estou falando. O vínculo terapêutico é
ensinado nas aulas de graduação, mas é realmente aprendido e sentido
na prática. Falo isso porque me recordo da trágica experiência de atender
meu primeiro paciente e sua mãe em meu primeiro estágio curricular em
Psicologia Clínica. Eu estava bastante preocupada (para não dizer
apavorada), seria meu primeiro contato com a clínica e eu me sentia
apreensiva e desesperada para ter um bom desempenho. Bom, me vesti
com minha roupinha de Psicóloga, e me dirigi até a clínica para esperar a
primeira paciente. Na hora marcada, ela estava lá, era a mãe da criança
que eu atenderia.
Quando a recebi na sala, um branco passou-se em minha cabeça. E
eu literalmente me senti totalmente acuada pela mulher. Minhas mão
suavam e meus pé tremiam, e com certeza, minha voz estava muito
insegura também. Perguntei o que estava acontecendo e ela secamente
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respondeu que já havia falado aquilo e perguntou se era realmente
necessário falar tudo outra vez. Toda minha empolgação evaporou, queria
me esconder e com menos de 30 minutos de sessão, dispensei a
paciente.
Ao chegar na supervisão em grupo, no outro dia, a professora
orientou-me a aumentar minhas perguntas e investir no vínculo
terapêutico. Tornando a história mais curta, aquele processo terapêutico
foi tão prejudicado pelo vínculo frouxo, que os progressos foram mínimos,
e eu não me sentia mais confortável em atender aquele caso. Levei todas
estas questões para terapia, e pouco a pouco, fui resolvendo cada uma
delas. Investi nas leituras e práticas específicas sobre o assunto, e meu
desempenho no ano seguinte no mesmo estágio de clínica, foi
significativamente melhor, de alto desempenho. Até hoje, continuo
melhorando minhas técnicas e buscando novas ferramentas que
adicionem em minha prática clínica. Acredito que nunca haverá um lugar
que chegamos onde o conhecimento não é construtivo e necessário.
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vínculo terapêutico. Alguns teóricos dizem que o vínculo é tão importante,
que se somente ele acontecesse, sem a presença de técnicas, já seria
suficiente e satisfatório. Existem muitas pesquisas que abordam apenas a
qualidade da relação entre paciente e terapeuta e sua efetividade no
processo terapêutico. Veja o que este trecho retirado de um artigo tem a
dizer:
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Depois de gravar a sessão, eu deveria escutar o áudio e escrever um
relatório enviando para ela os destaques daquela sessão. Eu nunca havia
feito isto na vida antes, nem durante o período da faculdade. Não preciso
dizer o tanto que fiquei resistente com esta ideia de gravar o atendimento
e me escutar depois. Confesso que demorei pelo menos 2 sessões para
colocar isso em prática. E após, finalmente, eu ter o primeiro arquivo
gravado, me sentei pra escutá-lo e fazer minhas anotações. Quando
apertei o botão ‘’play’’ para começar análise, eu entendi do que tudo aquilo
se tratava. De me devolver a consciência na atuação das sessões e de me
burilar para oferecer um serviço ainda melhor.
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profundamente o mesmo. Qualquer cliente, mesmo em silêncio, comunica
com o corpo, sobretudo com as mãos e o rosto.
Nesse sentido, Freud (1975, citado por Estanqueiro, 2008) alude que
aquele que tem olhos para ver e ouvidos para ouvir convence-se que os
mortais não podem esconder segredo algum. Como os problemas de
interpretação, também os problemas de expressão podem interferir no
desenvolvimento do vínculo. Complementa Campos (1997) que a
expressividade, de uma maneira geral, reflete a forma particular de
experienciar e demonstrar os sentimentos e sensações de alegria, tristeza,
prazer, dor, luto, entre tantas outras, segundo as mais diversas situações e
circunstâncias a que estejam sujeitos os indivíduos em seu cotidiano. Ao
expressá-la, o indivíduo reflete o dizível do indizível, o permissível do
não-permissível de acordo com os valores implícitos e intrínsecos
cultivados pelo grupo social do qual faz parte. A expressão é, portanto,
uma forma de linguagem e como tal, dirigida a alguém, veiculando
significados e sentimentos, variáreis em função da cultura onde o indivíduo
se acha inserido.
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de completa empatia e que de alguma forma, contribuiu significativamente
para a formação de vínculo entre elas.
Cliente ou paciente?
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TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL
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veracidade e estão acompanhados de uma emoção negativa perante as
variadas situações do cotidiano.
CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS:
As crenças intermediárias faz parte do segundo nível de cognição
postulado por Beck. Elas são as regras criadas pelos próprios indivíduos
para que ele possa conviver com estas ideias absolutas, negativas e não
adaptativas, que tem a seu próprio respeito. Estas crenças auxiliam o
indivíduo a lidar e se proteger da ativação extremamente dolorosa das
crenças nucleares, que compõem o terceiro e último nível.
CRENÇAS NUCLEARES:
Terceiro e mais profundo nível de cognições: são rígidas e inflexíveis, são
as ideias mais horríveis que o indivíduo tem a seu respeito; são mais
difíceis de serem acessadas e modificadas. Tem a ver com a sensibilidade
pessoal do indivíduo à rejeição, ao abandono, à oposição, às dificuldades
inerentes de se estar vivo.
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4. Estratégias Compensatórias de conduta que a pessoa utiliza para
evitar o acesso às suas crenças negativas
CASO CLÍNICO
Para exemplificar, deixo aqui embaixo um caso clínico, uma representação
de sessão retirada de um artigo que relata a experiência de um
atendimento em TCC:
Fonte: Abordagem cognitivo - comportamental no atendimento de
pacientes com história de depressão e déficit em habilidades sociais,
Lorine Tavares, 2005.
8ª SESSÃO “C” (29/09/2005)
Objetivos: Questionar pensamentos automáticos negativos de C através
do Método
Socrático.
Desenvolvimento:
C começou a sessão dizendo que seu namorado se mudou para
Florianópolis na
segunda-feira. A paciente diz ter ficado preocupada com ele naquele dia,
pois sabia que
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naquele dia ele iria dormir sozinho em casa, onde ele poderia vir a ficar
com medo, pois
normalmente ele o tem nessas situações. C diz que até em sua casa, o
namorado só dorme
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com a luz acesa. Na terça-feira, C diz que ficou triste. Neste dia C estava
em Florianópolis,
onde estava havendo greve de ônibus. Por isso, ela teve que esperar que
seu pai a buscasse
na universidade. A mãe de C a ligou para dizer que ela não fosse para a
casa do namorado
esperar o pai, e que sim, fosse numa tia. C não foi para a casa da tia, e
sim, foi para a casa
do namorado esperar até a hora em que o pai a iria buscar na
universidade. C diz ter ficado
triste, pois não queria ter que esconder nada para a mãe. Mencionou ainda
que
provavelmente sua mãe sabe que C vai para a casa do namorado, mas
que ela não pergunta,
provavelmente para não ter que escutar a verdade. Ainda no mesmo
episódio, C relata ter
tido uma discussão com o namorado, onde este disse que era para ela ter
simplesmente dito
que não iria para tia e pronto. Quando indagada sobre como o pai reagiu
quando a buscou
na universidade, C afirma que seu pai não disse nada, que apenas estava
nervoso por causa
do trânsito. C diz que chorou um pouco quando chegou em casa, pois
ficou irritada com
toda o evento ocorrido. Foi dormir, e ficou bem. C disse que esse tipo de
choro, nada a tem
a ver com os choros que tinha antigamente, que eram choros que vinham
do nada. Esse
choro, diz C, tinha um por que, que era o de ter ficado brava e irritada,
sendo um choro
mais de desabafo. C colocou durante a sessão de que na segunda e
terça-feira, pela noite,
sentiu mais “ansiedade, agonia”, do que tristeza. A paciente também disse
que leu no livro
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do Greenberger sobre ansiedade, onde está tentando fazer o exercício de
relaxamento
quando fica ansiosa. C diz ter ficado bem na quarta e quinta-feira.
A paciente lembrou de uma situação no final de semana, em que seu pai a
levou
para dirigir. Como C terá durante essa semana a prova prática para obter
a carteira de
motorista, seu pai a levou para dirigir no intuito de fazer C treinar. Durante
o evento, C
deixou o carro morrer uma vez, e passou por um buraco sem freiar, onde
seu pai então
brigou com ela no volante. C diz ter ficado triste na ocasião, pois seu pai
brigou com ela na
frente do namorado. C diz que em princípio pensou que seu pai estava
certo, de que ela não
sabe dirigir direito e não vai passar na prova. Depois seu namorado veio a
apoiar,
questionando esses pensamentos de C, colocando que é normal o
aprendiz errar, deixar o
carro morrer, etc. C diz que aos poucos, foi ficando mais calma. C relatou
que seu
namorado a ajudou muito.
88
A estagiária procurou ressaltar os aspectos positivos na semana de C,
indagando
sobre o que tinha ocorrido de bom durante a semana. C disse que de bom,
almoçou na casa
do namorado na terça e quarta-feira, e foi para a praia no fim-de-semana.
C colocou que no
próximo final de semana seu namorado irá trabalhar, e que por isso, se
verão menos.
Mencionou também que na sexta-feira seu namorado irá almoçar com a
família, e não com
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ela.
A estagiária perguntou à paciente se ela vem tendo aqueles pensamentos
de que seu
namorado está em festas, a trai, etc. C diz que às vezes surgem umas
idéias de que ele está
em algum bar, numa festa, na rua, mas que daí ela descarta os
pensamentos logo de uma
vez. Nesse sentido, vemos que a paciente vem procurando ignorar os
pensamentos que a
deixam triste, estratégia essa que vêm dando certo, visto que a paciente
não relatou mais
estar triste ou tendo choros freqüentes. C, porém, mencionou que às
vezes tem vontade de
ligar para o namorado, mas que está tentando não ligar. C diz que às
vezes, por ter vontade
de ligar, e não ligar, fica triste por deixar de fazer o que está com vontade.
C voltou a mencionar sobre o evento em que não obedeceu à mãe,
ficando na casa
do namorado. C diz que ficou triste na terça porque sabia que estava
fazendo algo que os
pais não queriam. “Se eles descobrirem, ficarão pensando coisas”. A
estagiária indagou
sobre que coisas eles ficariam pensando, e então C disse que eles
ficariam pensando que ela
estaria indo na casa dele para ter relações sexuais com o namorado. C diz
que no fundo sua
mãe sabe que C está tendo relações, pois ela não pergunta nada. “É
ingenuidade dela pensar
que eu não iria na casa do meu namorado”. C diz que o pai teve ter mais
“minhoca” na
cabeça do que a mãe, pois ele nunca fala nada. C diz ter ficado triste na
terça pois ficou
pensando que tava fazendo algo errado. A estagiária perguntou se pelo
fato de ficar
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pensando que está fazendo algo errado, se no momento da relação
sexual, C também fica
pensando nisso. C diz que não, e que não tem problemas nessa área.
C colocou que seu namorado diz que ela já está grande o suficiente para
saber o que
é certo para ela. A estagiária perguntou o que C achava disso. C diz
concordar com o
namorado, mas que como mora ainda com os pais, se sente na obrigação
de respeitá-los e
obedecer-lhos. Porém, C diz que acha que seus pais a vêem ainda como
uma menina de 15
anos. C diz que quando seus pais dizem que algo está errado, ela acaba
pensando também
que aquilo está errado. A estagiária perguntou se suas amigas dormem na
casa dos
89
namorados, por exemplo. C disse que sim. A estagiária então perguntou
se C acha que elas
fazem algo errado. C disse que não. “No fundo, sei que não tem nada de
mais”.
Quando indaga sobre o que acha de falar com a mãe sobre relação
sexual, etc, C diz
que acha muito difícil, pois como coloca, “Já foi difícil contar sobre o
namoro, imagina
sobre relação sexual”. C coloca que no fundo seus pais já sabem que ela
já tem relação
sexual, mas que só não querem “entregá-la de bandeja”. C diz que ficaria
mais chateada por
estar mentindo, mas que como sua mãe nunca pergunta, e assim não
mente, fica tudo bem.
Em relação à tarefa da semana passada, C diz não ter conseguido
formular uma
pergunta e nem fazê-la na sala de aula, e nem tentado falar com alguma
pessoa da sala de
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aula. A estagiária relembrou da importância de C se colocar nas situações
para ir perdendo
o receio, e C diz saber disso e se prontificou a tentar novamente na
próxima semana a fazer
uma pergunta em sala de aula, e a falar em algum grupo. A estagiária
colocou que C pode
antes mesmo da aula, ler sobre a matéria a ser dada, e fazer uma
pergunta, mesmo que já
saiba a resposta. C gostou da idéia. A paciente também ficou de fazer uma
lição do livro do
Greenberger.
Discussão:
Vemos ao longo da sessão que a paciente vem conseguindo utilizar a
técnica da
distração para não se sentir triste com os pensamentos automáticos
negativos relativos à
fidelidade do namorado, embora não tenha ainda questionado e
substituído por si mesma os
mesmos. Vemos nessa sessão o quanto a presença do namorado é
benéfica para C, no
sentido de que durante várias ocasiões ele procura questionar os
pensamentos negativos de
C, lhe ajudando a melhorar nos períodos de tristeza. Importante que,
talvez, essa sua ajuda
venha a reforçar o comportamento de reclamar, de chorar, de C.
Foi observado ainda que a paciente se encontra em conflito, pois de um
lado procura
atender às exigências da família, e por outro, do namorado, abdicando por
muitas vezes de
sua própria vontade, o que no reporta necessariamente à falta de
autonomia presente na
paciente.
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Encaminhamentos: Verificar as crenças da paciente referentes a
relacionamento sexual.
Verificar crenças e pensamentos automáticos de C, e observar a
existência de sentimentos
90
contraditórios. Analisar como C pode evitar sentimentos e pensamentos
negativos. No que
se refere à assertividade, trabalhar o como fazer perguntas aos
professores caso tenha
dúvidas. Verificar em quais contextos surge mais ocasiões para C fazer
perguntas. Observar
que estratégias C utiliza para tirar dúvidas. Procurar trabalhar a questão:
“Como resolver
problemas, sendo assertiva, num contexto que seja menos traumático
(dentro da hierarquia
de situações elaborada anteriormente)?”
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TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL NA PRÁTICA:
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mesmo recebe um feedback negativo do seu parceiro (a). Diantes destas
situações, você pode formar os seguintes pensamentos: ‘’Sou um inútil
mesmo’’. ‘’Todos vão pensar que sou incompetente e burro’’, ‘’não sou
bom o suficiente’’. Isto é chamado de pensamento insalubre, e são
insalubres porque são mentiras que acreditamos e que moldam nosso
comportamento. Preste atenção em mais alguns exemplos de
pensamentos insalubres:
- Não sou bom o suficiente
- Ninguém me ama
- O mundo é perigoso
- Nunca vou conseguir
- Não posso errar
- Vou passar vergonha
-Sou inútil
- As pessoas vão rir de mim
- Tenho que ser perfeito, se não...
- Tudo vai dar errado
- Não posso confiar em ninguém
-Nunca vou conseguir
Sinceramente, quantas vezes você já se sentiu desta forma? Estes
pensamentos dão início a uma reação em cadeia que consequentemente
afeta seus sentimentos e o comportamento. É neste ponto e com esta
consciência que vamos ver o ciclo vicioso em ação.
Chegamos numa importante parte de tudo isso: Pensamentos insalubres
levam a emoções insalubres. Quer ver? Como consequência do
pensamento ‘’Sou inútil e incompetente’’ você se sentirá envergonhado,
triste, deprimido ou decepcionado. Se você notar ou não este pensamento,
os resultados, de acordo com a neurociência, são estes. Se você se
acreditasse competente, habilidoso para resolver esta situação,
dificilmente os resultados seriam estes, certo? Você provavelmente se
sentiria muito bem.
Olhe algumas consequências que são estados emocionais, provenientes
de pensamentos insalubres. Se houver disfuncionalidade em seu
pensamento você poderá sentir-se :
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- Frustrado
-Deprimido
- Culpado
- Triste
- Com raiva
- Estressado
- Angustiado
- Irritado
- Ansioso
- Envergonhado
- Desapontado
- Sem esperança
- Inseguro
Se você analisar, pode ser muito fácil sentir-se assim. Porém, se o foco de
uma terapia é tratar apenas estas consequências, as mudanças não serão
duradouras, pois a raíz de tudo isso encontra-se no pensamento. Então, a
verdadeira chave da mudança está em identificar, monitorar e modificar
pensamentos. Você precisa aprender a ficar consciente de seus
pensamentos e assim vai ter uma ferramenta para trabalhar suas
emoções.
Vamos continuar um pouquinho nas emoções. O que será que pode
acontecer se pensamentos insalubres gerando emoções insalubres, o que
vem depois? Pode acontecer até mesmo sintomas físicos alterados.
Quando você se sente angustiado, deprimido, ansioso; você pode
começar a sentir dores de cabeça, musculatura tensa, suor excessivo,
pode sentir-se extremamente cansado ou inadequadamente eufórico. Veja
alguns destes sintomas abaixo:
- Dor de cabeça
-Dor de estômago
- Suor
- Só quero dormir
- Como demais
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- Parei de comer
- Não tenho apetite
- Frio na barriga
- Cansado
- Músculos Tensos
- Coração acelerado
- não consigo dormir
Como consequência destes sintomas físicos, podemos ter
comportamentos insalubres.
Veja como tudo faz sentido. Se você está se sentindo mal, cansado, tenso,
com muita dor de cabeça, pensando algo extremamente negativo, você
aceitaria um convite para uma festa ou iria se levantar da sua cama?
Certamente não. Pouco a pouco, você começa a adotar comportamentos
evitativos, para não encontrar as pessoas e ter que falar da sua situação.
Falamos de apenas um exemplo, mas este padrão pode se repetir em
outras áreas da sua vida e a partir daí você se torna alguém sem controle
emocional e refém das situações externas sem nenhum conhecimento de
como manejá-las.
Se você sente-se de acordo com alista de sintomas acima, veja só alguns
comportamentos que podem aparecer:
- Evitar amigos
- Não cuidar da higiene pessoal
- Tornar-se passivo
- Gritar e explodir
- Comer porcarias
- Tirar nota baixa
- Não estudar para a prova
- Não fazer exercício Físico
- Começar a procrastinar
-Gastar dinheiro compulsivamente
- Ser rude
- Não sair de casa
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Okay, parece que eu bombardeei você de informações que não trazem
perspectiva de mudança. Pois bem, vamos oferecer a solução, a
alternativa para este ciclo vicioso. Olhe este exemplo:
SITUAÇÃO: Seu filho tira uma nota baixa na escola
PENSAMENTO INSALUBRE: Ele não valoriza meus esforços e não é
comprometido com a educação, ele não aprende nada!
EMOÇÃO ANTERIOR: Tristeza, culpa, vergonha.
Comportamento :Fica emburrada, grita, e chora.
Veja esta situação agora com uma mudança do pensamento:
SITUAÇÃO: Seu filho tira uma nota baixa na escola.
PENSAMENTO SAUDÁVEL: Ele tem dificuldade com matemática, mas sei
que está se esforçando. Vou conversar com ele e descobrir o que está
acontecendo e o que posso fazer para ajudá-lo.
EMOÇÃO: Sua emoção é saudável, mesmo sem gostar do que aconteceu.
Seu físico também fica leve e você sente-se cheio de energia.
Este segundo quadro parece muito mais atrativo, não é mesmo?
A vida vai continuar com sua complexidade, nem sempre tudo dará certo
do jeito que você imagina, você vai continuar tendo problemas. E diante
disso, a solução não se encontra em otimizar de maneira mentirosa os
seus pensamentos, ignorando totalmente a situação não ideal ao seu
redor. Quando você sentir que isto pode acontecer, o melhor remédio é a
realidade. Para aquela apresentação super importante em seu trabalho no
dia seguinte; não pense que você é maravilhoso, perfeito e que tudo
estará sob controle porque isto é mentira. Ao invés disso, saiba que você
deu o seu melhor, que você está aprendendo a lidar com a ansiedade e
que por isso sua apresentação pode ser muito satisfatória. Percebe a
diferença? Então, se nada sair conforme o planejado, eu saberei como
corrigir. Além disso, vou aprender com meus erros para fazer melhor na
próxima vez.
UM PONTO IMPORTANTE:
O que resulta de um pensamento saudável é uma emoção saudável que
nem sempre será positiva. Como assim?
Veja, se você perder algo ou alguém muito importante, estar feliz e
contente seria um absurdo, completamente exagerado, certo?
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Mas estar deprimido ao ponto de não levantar da cama e não se cuidar,
acabando vagarosamente com a vida também não é a melhor alternativa.
Neste caso, um pensamento saudável produziria uma emoção negativa
mas que é saudável, dentro daquele contexto. Olhe só um exemplo de
pensamento saudável nesta situação. ‘’Estou com saudades da pessoa e
esse momento está sendo extremamente pesado e difícil. Mas eu sei que
depois de um tempo, vou processar tudo isso e vou poder voltar às
atividades e pessoas das quais gosto. Nesse intervalo, vou procurar e
aceitar apoio e ajuda das pessoas que me amam’’.
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Uma das abordagens teóricas atuais que tem apresentado propostas
terapêuticas no que se refere ao atendimento de crianças e adolescentes
é a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC). No contexto das
psicoterapias, a TCC é uma abordagem teórica que pode ser considerada
recente, desenvolvida nos anos 60 por Aaron Beck a partir do pressuposto
de que o modo como o paciente processa e interpreta as situações é o
que gera o sofrimento3 . O objetivo da Terapia Cognitivo-Comportamental
é atingir a flexibilidade e ressignificação dos modos patológicos de
processamento da informação, uma vez que se postula que os indivíduos
não sofrem pelos fatos e situações em si, mas pelas interpretações
distorcidas e rígidas que fazem dos mesmos4 . Já é possível encontrar na
literatura evidências científicas de que essa modalidade de tratamento é
eficaz para um grande número de patologias psiquiátricas e demandas
psicológicas (PUREZA ET AL, 2014).
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o caráter focal e diretivo da TCC, que demanda uma avaliação diagnóstica
devidamente conduzida.
Por conseguinte, a prática da avaliação infantil na TCC necessita que
alguns aspectos importantes sejam considerados: a) identificação e
compreensão das queixas da criança e/ou do adolescente e b) processo
de conceitualização cognitiva. Normalmente, quem expõe as queixas e
sintomas são os pais e/ou cuidadores.
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(PUREZA, ET AL 2014).
Como a TCC tem como foco o papel que os aspectos cognitivos exercem
na etiologia das dificuldades
e/ou transtornos emocionais e comportamentais nas crianças, é comum a
utilização de protocolos
específicos no processo de conceitualização cognitiva. De modo geral,
esses protocolos procuram abarcar,
principalmente, as seguintes demandas: a) identificação das dificuldades
atuais da criança; b) fatores
importantes da infância; c) a percepção que a criança tem de si e dos
outros, assim como a percepção que
a família tem da criança, sempre procurando identificar as principais
emoções, pensamentos e
comportamentos relativos à criança e seus familiares, assim como as
crenças relacionadas, as estratégias
compensatórias e as consequências de cada situação8,18.
Os protocolos de conceitualização cognitiva infantil devem ser revisados e
reavaliados durante
todo o processo de atendimento psicoterápico, já que a TCC de crianças e
adolescentes é um processo
dinâmico e sofre alterações constantes, mais rápidas às vezes do que no
atendimento de adultos, o que é
mais um ponto que reforça a importância da psicoterapia com jovens
nessa abordagem teórica. Alguns
autores ressaltam modelos de conceitualização cognitiva que enfatizam o
enfoque nas diferentes
intensidades emocionais específicas de cada situação, assim como a
capacidade para a resolução de
problemas nas diferentes situações conflitivas. Nessa investigação,
deve-se ter como foco central os
pensamentos relacionados aos problemas atuais da criança e quais as
dificuldades no processamento das
informações relativas aos comportamentos disfuncionais da
criança(PUREZA, ET AL , 2014).
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O trabalho do terapeuta na TCC com crianças e adolescentes começa
antes da chegada do paciente,
já na preparação da sala e na eleição dos brinquedos. A sala deve
contemplar alguns cuidados básicos
(como a presença de um banheiro, por exemplo), além de brinquedos
variados, que possam auxiliar a
criança em processos de expressão (como, por exemplo, desenhos e
argilas), processos de identificação
(como bonecos da família, animais e outros personagens), além de jogos
estruturados (tanto cooperativos
quanto competitivos, que permitem a avaliação dos processos da criança).
Além disso, pode ser
interessante também a presença de brinquedos úteis para metáforas no
trabalho de reestruturação
cognitiva (como lentes de aumento, óculos, balanças, entre outros). É
importante, ao iniciar o atendimento,
sempre verificar a preferência e história da criança, de modo a adaptar os
materiais e brinquedos antes da
sessão. Ainda, como a criança é capaz de entender a lógica das coisas,
mas seu pensamento ainda está em
desenvolvimento, recursos para representação concreta dos conceitos
também são necessários7
.É
fundamental que, na primeira sessão com a criança, os pais sejam
orientados a explicar para ela o porquê
de ela estar indo a um psicoterapeuta. É interessante incluir toda a família
no problema, de modo a
eliminar o aspecto punitivo do tratamento. A partir dessa primeira sessão,
conforme a demanda e o
diagnóstico da criança, serão aplicadas as técnicas cognitivas e
comportamentais.
Acompanhe um caso clínico na íntegra:
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Fernando**3 tem 9 anos, mora com os pais e o irmão mais velho. Os pais
de Fernando procuraram
ajuda para o filho porque ele está tendo dificuldade de ficar em sala de
aula ou em outro lugar em que
precise ficar longe dos pais ou do irmão mais velho, de 15 anos. Fernando
é muito ansioso e, toda vez que
fica longe dos pais ou do irmão, pensa que algo ruim pode acontecer a
eles ou a si próprio.Quando estão
por perto, consegue manter-se mais tranquilo.
Segundo os pais, o menino sempre foi assim, mas a ansiedade e a
preocupação têm aumentado
cada vez mais. Durante a aula ele liga para a mãe muitas vezes para
saber como ela está, chegando a ligar
cinco vezes em meia hora. Liga também no final da aula para se certificar
de que estão indo buscá-lo. A
ansiedade que Fernando sentia encontra-se em nível tão elevado que
chega a chorar e vomitar na escola,
e muitas vezes os seus pais precisavam buscá-lo antes.
Fernando não tem problemas de aprendizagem e tira boas notas. Segundo
os professores, ele
possui alguns amigos, mas não tem conseguido interagir, ficando,
geralmente, sozinho. Em casa, isto
também acontece: fica muito ansioso quando alguém demora a chegar,
pede para telefonar e verificar se
está tudo bem. Não quer ficar sozinho nem mesmo para sua mãe descer
para levar o lixo. O pai de
Fernando também sofre de ansiedade, mas nunca fez tratamento. A mãe é
superprotetora para com o
filho, assim como com o irmão mais velho.
A partir das sessões realizadas com Fernando, foi realizado o diagnóstico
de Ansiedade de Separação.
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Após a realização do diagnóstico, foi trabalhada a confecção do diagrama
de conceitualização cognitiva, No início do tratamento com Fernando, foi
utilizado o Baralho das Emoções. Pediu-se que Fernando
selecionasse as cartinhas com as emoções que mais estivesse sentindo
ultimamente. Ele selecionou as
cartas referentes à “preocupação” quando pensa que alguma coisa ruim
pode acontecer com ele ou com
os pais; “medo” de ficar sozinho ou que alguém estranho faça mal a ele;
“alegria” quando está junto à
família; e “orgulho” quando consegue ir para escola sem medo.
Em seguida foi feita uma Psicoeducação Diretiva acerca do medo e das
preocupações. Pediu-se que
Fernando escolhesse cores para representar essas emoções e que
pintasse, no desenho de um menino,
onde essas emoções apareciam no seu corpo e que tamanho tinham.
Fernando pintou de preto e vermelho
em toda a extensão do abdômen do menino, ressaltando o coração.
Também foi solicitado que Fernando
imaginasse seus medos e preocupações como tendo uma forma e como
ela seria. Então, o paciente
desenhou um “monstro bem feio” (sic) em preto e vermelho e o chamou de
Monstro das Preocupações.
Foi fundamental nesse caso que o paciente tenha conseguido externalizar
suas emoções de uma forma
criativa e como algo separado de si mesmo e que, consequentemente,
pode enfrentar.
Posteriormente, foi explicado a Fernando que esse monstro parece muito
grande, e, cada vez que
ele foge do monstro, ele se fortalece e cresce ainda mais, mas que, se ele
resolvesse enfrentar o monstro,
ele se tornaria tão pequeno que caberia na palma da sua mão. Então,
paciente e terapeuta desenharam
ambas as situações: de ele fugindo e o monstro ficando enorme e depois
de ele enfrentando e o monstro
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ficando bem pequeno. Para poder enfrentar o monstro através da
Exposição Graduada, Fernando teria
que passar por diversas etapas e, quando ele alcançasse a última etapa,
ele venceria o monstro e ganharia
uma medalha como recompensa.
Para ajudá-lo a enfrentar suas tarefas, foi ensinada a ele a Respiração das
Bolhas de Sabão para fazer
sempre que estivesse ansioso. Foi feita uma lista com cada etapa a ser
superada. A primeira das etapas era
Fernando ficar um dia da semana, no mínimo, sem ligar para a mãe no
final da aula. Ele conseguiu cumprir
essa etapa. Nas semanas seguintes foram aumentando os dias sem poder
ligar, depois ele também passou
a não poder ligar para a mãe no intervalo da aula. Em seguida, ele foi com
a turma em um passeio da escola
e, aos poucos, foi conseguindo superar seus medos.
Com o tempo, Fernando já estava conseguindo fazer o que mais gostava,
que era jogar futebol com
os colegas de aula e se divertir. Então, como combinado, Fernando
ganhou sua medalha dourada. O terapeuta pediu que ele desenhasse o
Monstro das Preocupações agora que ele havia conseguido enfrentálo.
Então Fernando o desenhou preso com grades e correntes em uma ilha
deserta, rodeado por tubarões
de onde ele não sairia tão cedo.
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AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
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avaliação Psicológica- questionários, inventários e testes. Todos
estes instrumentos, técnicas e testes são reconhecidos e
aprovados pelo Conselho Federal de Psicologia
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Quais são os cuidados necessários para a aplicação de um instrumento
de avaliação?
Veja o que a Cartilha de Avaliação Psicológica postula sobre este
aspecto:
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¬ Emprego de instrumentos de avaliação psicológica para os quais o
profissional esteja qualificado
;¬ Realização da avaliação psicológica em condições ambientais
adequadas, de modo a assegurar a qualidade e o sigilo das
informações obtidas;
¬ Guarda dos documentos de avaliação psicológica em arquivos
seguros e de acesso controlado;
¬ Disponibilização das informações da avaliação psicológica apenas
àqueles com o direito de conhecê-las;
¬ Proteção da integridade dos testes, não os comercializando,
publicando ou ensinando àqueles que não são psicólogos
Para mais informações sobre este assunto, vou deixar aqui o link
para a cartilha na íntegra:
http://satepsi.cfp.org.br/docs/Cartilha-Avalia%C3%A7%C3%A3o-Psicol%C3%B3gica.pdf
Caso haja ainda alguma dúvida, segue esta imagem para você entender melhor o rigor dos teste
Psicológicos :
Também vou deixar aqui para você a lista dos teste favoráveis de
acordo com o SATEPSI:
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(Retirado do site CFP, acesso em setembro, 2019)
AOL Favorável
+ As Pirâmides Coloridas de Pfister Favorável
+ Avaliação dos Interesses Profissionais (AIP) Favorável
+ Bateria de Avaliação para Seleção - eletrônica (BASe) Favorável
+ Bateria de Funções Mentais para Motorista - Teste de Atenção
Concentrada (BFM - 4) Favorável
+ Bateria de Funções Mentais para Motorista - Teste de Memória (BFM
- 2) Favorável
+ Bateria de Funções Mentais para Motorista - Teste de Raciocínio
Lógico (BFM-3) Favorável
+ Bateria de Funções Mentais para Motorista - Testes de Atenção - 2a.
edição (BFM-1) Favorável
+ Bateria de Provas de Raciocínio (BPR-5) Favorável
+ Bateria Fatorial de Personalidade (BFP) Favorável
+ Bateria Geral de Funções Mentais - Teste de Memória de
Reconhecimento (BGFM - 4) Favorável
+ Bateria Geral de Funções Mentais - Testes de Atenção Concentrada
(BGFM-2) Favorável
+ Bateria Geral de Funções Mentais - Testes de Atenção Difusa (
BGFM-1) Favorável
+ Bateria Piaget-Head de orientação direita-esquerda Favorável
+ Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção (BPA) Favorável
+ Bateria TSP (Teste de Seleção Profissional) Favorável
+ Casa - Árvore- Pessoa - Técnica Projetiva de Desenho (HTP) Favorável
+ Desenho da Figura Humana - Escala Sisto (DFH-Escala Sisto) Favorável
+ Desenho da figura humana. Avaliação do desenvolvimento cognitivo
infantil (DFH IV) Favorável
+ Entrevista Familiar Estruturada (EFE) Favorável
+ Escala de Inteligência Wechsler para Crianças - 4ª edição (WISC-IV)
Favorável
+ Escala Baptista de Depressão - Versão Adulto (EBADEP-A) Favorável
+ Escala Baptista de Depressão - versão Infanto-Juvenil (EBADEP-IJ)
Favorável
+ Escala de Aconselhamento Profissional (EAP) Favorável
+ Escala de Atenção Seletiva Visual (EASV) Favorável
+ Escala de Autenticidade, Agressividade e Inibição (EdAAI) Favorável
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+ Escala de Autoconceito Infanto-Juvenil (EAC-IJ) Favorável
+ Escala de Autoeficácia para Escolha Profissional (EAE-EP) Favorável
+ Escala de Avaliação da Impulsividade - Formas A e B (EsAvI-A e
EsAvI-B) Favorável
+ Escala de avaliação da motivação para aprender de alunos do ensino
fundamental (EMA-EF) Favorável
+ Escala de Avaliação Tipológica (EAT) Favorável
+ Escala de Empregabilidade Favorável
+ Escala de Inteligência Wechsler Abreviada (WASI) Favorável
+ Escala de Inteligência Wechsler para Adultos (WAIS III) Favorável
+ Escala de Matrizes de Vienna - 2 Versão Informatizada (WMT-2)
Favorável
+ Escala de Maturidade Mental Colúmbia Edição Brasileira Revisada
(CMMS 3) Favorável
+ Escala de Maturidade para a Escolha Profissional 2a. edição (EMEP)
Favorável
+ Escala de Motivação para a Aprendizagem (EMAPRE) Favorável
+ Escala de Pensamentos Depressivos (EPD) Favorável
+ Escala de Percepção do Suporte Social - Versão Adolescente (
EPSUS-Adol) Favorável
+ Escala de Percepção do Suporte Social - Versão Adulto (EPSUS-A)
Favorável
+ Escala de Stress para Adolescentes (ESA) Favorável
+ Escala de Suporte Laboral (ESUL) Favorável
+ Escala de Vulnerabilidade ao Estresse no Trabalho (EVENT) Favorável
+ Escala Fatorial de Extroversão (EFEx) Favorável
+ Escala Fatorial de Socialização (EFS) Favorável
+ Escala feminina de autocontrole (EFAC) e Escala masculina de
autocontrole (EMAC) Favorável
+ Escala Geral (MPR ) Favorável
+ Escala Hare (PCL - R ) Favorável
+ Escala para Avaliação de Tendência à Agressividade (EATA) Favorável
+ Estilos de Pensar e Criar Favorável
+ Figuras Complexas de Rey Favorável
+ G-36 Teste não-verbal de inteligência Favorável
+ G-38 Teste Não Verbal de Inteligência Favorável
+ HumanGuide Favorável
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+ Instrumento de Avaliação Neuropsicológica Breve ( NEUPSILIN)
Favorável
+ Instrumento de Avaliação Neuropsicológica Breve Infantil
(NEUPSILIN-Inf ) Favorável
+ Inventário de Avaliação Ocupacional (IAO) Favorável
+ Inventário de Cinco Fatores NEO Revisado - versão curta (NEO FFI-R)
Favorável
+ Inventário de Depressão de Beck (BDI-II) Favorável
+ Inventário de Estilos Parentais (IEP) Favorável
+ Inventário de Expressão de Raiva como Estado e Traço (STAXI-2)
Favorável
+ Inventário de Habilidades Sociais 2 (IHS 2 Del Prette) Favorável
+ Inventário de Habilidades Sociais Conjugais (IHSC) Favorável
+ Inventário de Habilidades Sociais Para Adolescentes (IHSA-Del-Prette)
Favorável
+ Inventário de Habilidades Sociais, Problemas de Comportamento e
Competência Acadêmica para Crianças (SSRS) Favorável
+ Inventário de Percepção de Suporte Familiar (IPSF) Favorável
+ Inventário de Personalidade NEO Revisado (NEO PI-R ) Favorável
+ Inventário Dimensional Clínico da Personalidade 2 e Inventário
Dimensional Clínico da Personalidade versão triagem (IDCP-2 )
Favorável
+ Inventário dos Seis Fatores de Personalidade (IFP-6) Favorável
+ Inventário Fatorial de Personalidade (IFP-II) Favorável
+ Inventário Fatorial de Personalidade Revisado - Versão Reduzida
(IFP-R) Favorável
+ Inventário Hogan de Personalidade (HPI) Favorável
+ Lista de Adjetivos Bipolares e em Escalas de Likrt (L.A.B.E.L.) Favorável
+ Manual do Teste de Pfister em Crianças e Adolescentes Favorável
+ Matrizes Avançadas de Raven Favorável
+ Matrizes Progressivas Avançadas de Raven Favorável
+ Matrizes Progressivas Coloridas de Raven (CPM) Favorável
+ Memória de Faces Favorável
+ Método de Avaliação de Pessoas (MAPA) Favorável
+ Myers-Briggs Type Indicator -Inventário de Tipos Psicológicos (MBTI )
Favorável
+ O Rorschach - Teoria e Desempenho (Sistema Klopfer) Favorável
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+ O teste de zulliger no sistema compreensivo - forma individual (ZSC )
Favorável
+ O Teste Palográfico na Avaliação da Personalidade Favorável
+ Orpheus - Inventário de Personalidade para o Trabalho Favorável
+ Psicodiagnóstico Miocinético (PMK) Favorável
+ QUATI - Questionário de Avaliação Tipológica Favorável
+ Questionário de Avaliação de Habilidades Sociais, Comportamentos e
Contextos para Universitários (QHC UNIVERSITÁRIOS) Favorável
+ Questionário de Busca Auto-Dirigida (SDS) Favorável
+ Questionário de Personalidade para Crianças e Adolescentes (EPQ-J)
Favorável
+ R-1 Forma B - Teste Não Verbal de Inteligência Favorável
+ R-1 Teste não-verbal de inteligência Favorável
+ R-2 Teste não-verbal de inteligência para crianças Favorável
+ Raciocínio Abstrato (BRD_AR) Favorável
+ Raciocínio Espacial (BRD_SR) Favorável
+ Raciocínio Mecânico (BRD_MR) Favorável
+ Raciocínio Verbal (BRD_VR ) Favorável
+ Rorschach - Sistema Compreensivo Favorável
+ Rorschach - Sistema da Escola Francesa (1. O Psicodiagnóstico de
Rorschach em Adultos: Atlas, Normas e Reflexões. 2. A Prática do
Rorschach) Favorável
+ Rorschach - Sistema de Avaliação por Desempenho (R-PAS) Favorável
+ Rorschach Clínico Favorável
+ Roteiro de Entrevista de Habilidades Sociais Educativas Parentais
(RE-HSE-P) Favorável
+ Sistema Multimídia de Habilidades Sociais de Crianças (SMHSC -
Del-Prette) Favorável
+ Sosie 2ª Geração Favorável
+ Técnica de Apercepção para Idosos (SAT) Favorável
+ Teste AC Favorável
+ Teste computadorizado de atenção - versão visual (TCA Visual )
Favorável
+ Teste Conciso de Raciocínio (TCR) Favorável
+ Teste D. 70 - Manual revisado e ampliado Favorável
+ Teste d2 - Revisado (d2-R) Favorável
+ Teste de Apercepção Infantil - Figuras de Animais (CAT-A) Favorável
+ Teste de Apercepção Infantil - Figuras Humanas (CAT-H) Favorável
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+ Teste de Apercepção Temática (TAT) Favorável
+ Teste de Aprendizagem Auditivo-Verbal de Rey (RAVLT) Favorável
+ Teste de Aptidão para Pilotagem Militar (TAPMIL) Favorável
+ Teste de Atenção Concentrada (TEACO-FF) Favorável
+ Teste de Atenção Concentrada AC15 (AC15) Favorável
+ Teste de Atenção Dividida (TEADI) e Teste de Atenção Alternada
(TEALT) Favorável
+ Teste de Atenção Seletiva (TAS) Favorável
+ Teste de Atenção Visual - TAVIS 4 (TAVIS 4) Favorável
+ Teste de Cancelamento dos Sinos Favorável
+ Teste de Criatividade Figural Infantil Favorável
+ Teste de Desenvolvimento do Raciocínio Indutivo (TDRI) Favorável
+ Teste de Fotos de Profissão (BBT-Br Feminino) Favorável
+ Teste de Fotos de Profissão (BBT) Favorável
+ Teste de Habilidade para o Trabalho Mental (HTM) Favorável
+ Teste de Habilidades e Conhecimento pré-alfabetização (THCP)
Favorável
+ Teste de Habilidades Sociais para crianças em situação escolar
(THAS-C) Favorável
+ Teste de Inteligência (TI) Favorável
+ Teste de Inteligência Geral - Não-Verbal (TIG-NV) Favorável
+ Teste de inteligência não-verbal (TONI-3) Favorável
+ Teste de Inteligência Verbal (TIV) Favorável
+ Teste de Memória de Reconhecimento (TEM-R) Favorável
+ Teste de Memória de Reconhecimento Memore (Memore) Favorável
+ Teste de Memória Visual de Rostos (MVR) Favorável
+ Teste de Memória Visual para o Trânsito (MVT) Favorável
+ Teste de Raciocínio Inferencial (Manual RIn) Favorável
+ Teste de Retenção Visual de Benton (BVRT) Favorável
+ Teste de Trilhas Coloridas Favorável
+ Teste de Zulliger no sistema Escola de Paris: forma individual
Favorável
+ Teste Destreza Favorável
+ Teste dos Cinco Dígitos (FDT) Favorável
+ Teste dos Cubos para avaliação do Raciocínio Viso-Espacial Favorável
+ Teste dos relógios (B e C) Favorável
+ Teste Gestáltico Viso-Motor de Bender - Sistema de pontuação
gradual (B-SPG) Favorável
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+ Teste Infantil de Memória - Forma Reduzida (TIME-R) Favorável
+ Teste Matrizes de Viena -2 (WMT-2) Favorável
+ Teste Medida da Prontidão Mental Favorável
+ Teste Não Verbal de Inteligência Geral BETA-III (Subtestes Raciocínio
Matricial e Códigos) Favorável
+ Teste Não-Verbal de Inteligência - SON-R 2½-7[a] Favorável
+ Teste Não-Verbal de Raciocínio para Crianças (TNVRI) Favorável
+ Teste Pictórico de Memória (TEPIC-M) Favorável
+ Teste Verbal de inteligência (V-47) Favorável
+ Teste Wisconsin de Classificação de Cartas Favorável
+ Teste Wisconsin de Classificação de Cartas (WCST) Favorável
+ Teste Wisconsin de Classificação de Cartas - versão para idosos
Favorável
+ Testes de Atenção Dividida e Sustentada Favorável
+ Z-Teste Coletivo e Individual Técnica de Zulliger
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Acima deixo um modelo de anamnese, que são questões levantadas
no primeiro atendimento com o paciente.
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Espero que esta apostila tenha sido de muita utilidade para você em
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MATERIAL UTILIZADO:
http://satepsi.cfp.org.br/docs/Cartilha-Avalia%C3%A7%C3%A3o-Psicol%C3%B3gica.pdf
SITE CFP:
https://site.cfp.org.br/
PRIMI, R.; Avaliação Psicológica no Brasil:Fundamentos, Situação Atual e Direções para o Futuro,
Psicologia: Teoria e Pesquisa 2010, Vol. 26 n. especial, pp. 25-35.
Pureza JR, Ribeiro AO, Pureza JR, Lisboa CSM. Fundamentos e aplicações da Terapia
Cognitivo-Comportamental com crianças e adolescentes. Rev. bras. psicoter. 2014;16(1):85-103
Bleger, J. (1998). Temas de psicologia: entrevistas e grupos. São Paulo: Martins Fontes.
34 – PSIC - Revista de Psicologia da Vetor Editora, Vol. 5, nº.1, 2004, pp. 34-39
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