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NBC-TA-500 - (R1) - Evidência de Auditoria

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NBC-T 11- Normas

de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis.doc


NBC TA 500 (R1) – Evidência De Auditoria

Sumário Item
INTRODUÇÃO
Alcance 1–2
Data de vigência 3
OBJETIVO 4
DEFINIÇÕES 5
REQUISITOS
Evidência de auditoria apropriada e suficiente 6
Informações a serem utilizadas como evidência de auditoria 7–9
Seleção de itens para testes para obtenção de evidência de auditoria 10
Inconsistência ou dúvidas quanto à confiabilidade da evidência de auditoria 11
APLICAÇÃO E OUTROS MATERIAIS EXPLICATIVOS
Evidência de auditoria apropriada e suficiente A1 – A25
Informações a serem utilizadas como evidência de auditoria A26 – A51
Seleção de itens para testes para obtenção de evidência de auditoria A52 – A56
Inconsistência ou dúvidas quanto à confiabilidade da evidência de auditoria A57
Esta Norma deve ser Lida Juntamente com a NBC TA 200 – Objetivos Gerais do Auditor Independente
e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria.

Introdução

Alcance

1. Esta Norma define o que constitui evidência de auditoria na auditoria de demonstrações contábeis e
trata da responsabilidade do auditor na definição e execução de procedimentos de auditoria p/ a
obtenção de evidência de auditoria apropriada e suficiente que permita a obtenção de conclusões
razoáveis p/ fundamentar a opinião do auditor.

2. Esta Norma é aplicável a toda evidência de auditoria obtida durante a auditoria. Outras normas de
auditoria tratam de:

(a) aspectos específicos da auditoria como na NBC TA 315;

(b) evidência de auditoria a ser obtida em relação a um tópico específico (NBC TA 570);

(c) Procedimentos específicos p/ a obtenção de evidência de auditoria (NBC TA 520);

(d) a avaliação se foi obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente (NBC TA 200 e NBC
TA 330).

Data de vigência

3. Esta Norma é aplicável a auditoria de demonstrações contábeis para períodos iniciados em ou após
1º de janeiro de 2010.
Objetivo

4. O Objetivo do auditor é definir e executar Procedimentos de Auditoria que permitam ao auditor


conseguir Evidência de Auditoria apropriada e suficiente que lhe possibilitem obter conclusões
razoáveis para fundamentar a sua Opinião. (CESPE-2016 – TCE-PR)

Definições:

5. Para os fins das normas de auditoria, os termos a seguir têm os significados atribuídos abaixo:

(a) Registros contábeis compreendem os registros de lançamentos contábeis e sua documentação-


suporte (cheques e registros de transferências eletrônicas de fundos, faturas, contratos); os
livros diário, razões geral e auxiliares, as reclassificações nas demonstrações contábeis não
refletidas no diário e as planilhas de trabalho, que suportem as alocações de custos, cálculos,
conciliações e divulgações.

(c) Evidência de Auditoria compreende as Informações utilizadas pelo auditor p/ chegar às


conclusões em que se fundamentam a sua opinião. A Evidência de auditoria inclui as
informações contidas nos registros contábeis que suportam as demonstrações contábeis e
informações obtidas de Outras Fontes. (Alterado pela NBC TA 500 (R1))

(d) Especialista da administração é uma pessoa ou organização com especialização em uma área,
que não contabilidade ou auditoria, cujo trabalho naquela área de especialização é utilizado
pela entidade para ajudá-la na elaboração das demonstrações contábeis.

(b) Adequação da evidência de (e) Suficiência da evidência de auditoria é a


auditoria é a medida da Qualidade da medida da Quantidade da evidência de auditoria.
Evidência de auditoria, isto é, a sua A Quantidade necessária da evidência de auditoria
Relevância e Confiabilidade para é Afetada pela avaliação do auditor dos RDR e
suportar as conclusões em que se também pela Qualidade da Evidência de
fundamenta a opinião do auditor. auditoria. (ISS-ISS-Manaus-FCC-19/CESPE-2018)
Requisitos

Evidência de auditoria apropriada e suficiente

6. O auditor deve definir e executar procedimentos de auditoria que sejam apropriados às


circunstâncias com o objetivo de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente (ver itens A1 a
A25).

Informações a serem utilizadas como Evidência de Auditoria

7. Ao estabelecer e executar procedimentos de auditoria, o auditor deve considerar a Relevância e


Confiabilidade das informações a serem utilizadas como evidência de auditoria (ver itens A26 a
A33).

8. Se as informações a serem utilizadas como evidência de auditoria forem elaboradas Com a


utilização de um Especialista da administração, o auditor deve, na medida necessária, levando
em conta a importância do trabalho desse especialista p/ os propósitos do auditor (ver itens A34
a A36): (CESPE-2019 -SEFAZ-RS)

(a) Avaliar a Competência, Habilidades e Objetividade do Especialista (ver itens A37 a A43);

(b) obter Entendimento do trabalho do Especialista (ver itens A44 a A47); e

(c) avaliar a Adequação do trabalho desse especialista como evidência de auditoria para a
afirmação relevante (ver item A48). (CESPE-2019 -SEFAZ-RS)

9. Ao usar informações apresentadas pela entidade, o auditor deve avaliar se as informações são
suficientemente confiáveis p/ os seus propósitos, incluindo, como necessário nas circunstâncias:

(a) obter evidência de auditoria sobre a exatidão e integridade das informações (ver itens A49 e
A50); e

(b) avaliar se as informações são suficientemente precisas e detalhadas para os fins da auditoria
(ver item A51).

Seleção dos itens p/ testes para obtenção da evidência de auditoria

10. Ao definir os Testes de Controles e os Testes de Detalhes, o auditor deve determinar meios para
selecionar itens a serem testados que sejam Eficazes para o cumprimento dos procedimentos de
auditoria (ver itens A52 a A56).

INCONSISTÊNCIA ou Dúvidas quanto à confiabilidade da Evidência de auditoria:


11. Se:

(a) a evidência de auditoria obtida em uma fonte é Inconsistente com a obtida em outra; ou

(b) o auditor tem Dúvidas quanto à confiabilidade das informações a serem utilizadas como
evidência de auditoria, ele Deve determinar quais Modificações ou Acréscimos aos
Procedimentos de auditoria são necessários para solucionar o assunto e deve considerar o
efeito desse assunto, se houver, sobre outros aspectos da auditoria (ver item A57). (CESPE-2019-
SEFAZ-RS/)

Em razão dessa alteração, as disposições não alteradas desta norma são mantidas e a sigla da NBC TA
500, publicada no DOU, Seção 1, de 3/12/2009, passa a ser NBC TA 500 (R1).

A alteração desta norma entra em vigor na data de sua publicação, aplicando-se às auditorias de
demonstrações contábeis para períodos que se findam em, ou após, 31 de dezembro de 2016.

Brasília, 19 de agosto de 2016.

Contador José Martonio Alves Coelho

Presidente
Aplicação e outros Materiais Explicativos

Evidência de auditoria apropriada e suficiente (ver item 6)

A1. A Evidência de Auditoria é necessária para fundamentar a opinião e o relatório do auditor. Ela
tem natureza Cumulativa e é obtida principalmente a partir dos Procedimentos de auditoria
realizados durante o curso do trabalho. Contudo, ela também pode incluir informações obtidas de
outras fontes, como Auditorias Anteriores (contanto que o auditor tenha determinado se ocorreram
mudanças desde a auditoria anterior que possam afetar sua relevância para a atual auditoria – ver
NBC TA 315, item 9) ou procedimentos de controle de qualidade da firma de auditoria para
aceitação e continuidade de clientes. Além de outras Fontes, dentro e fora da entidade, os seus
registros contábeis são importantes fontes de evidência de auditoria. Além disso, informações que
podem ser utilizadas como Evidência de Auditoria podem ter sido elaboradas com a utilização do
trabalho de Especialista da Administração. A Evidência de Auditoria abrange informações que
suportam e corroboram as afirmações da administração e QQ informação que contradiga tais
afirmações. Além disso, em alguns casos, A Ausência de informações (por exemplo, a recusa da
administração em fornecer uma representação solicitada) é utilizada pelo auditor e, portanto,
também constitui Evidência de Auditoria.

A2. A maior parte do trabalho do auditor para formar sua opinião consiste na obtenção e avaliação da
evidência de auditoria. Os procedimentos de auditoria para obter evidência de auditoria podem
incluir a inspeção, observação, confirmação, recálculo, reexecução e procedimentos analíticos,
muitas vezes em combinação, além da indagação. Embora a Indagação possa fornecer importante
evidência de auditoria e possa produzir evidência de distorção, a Indagação, sozinha, geralmente
não fornece evidência de auditoria suficiente da ausência de distorção relevante no nível da
afirmação nem da eficácia operacional dos controles.

A3. Como explicado na NBC TA 200, item 5, obtém-se segurança razoável quando o auditor obtiver
evidência de auditoria apropriada e suficiente para a redução do risco de auditoria (isto é, o risco
de que o auditor expresse uma opinião não apropriada quando as demonstrações contábeis
apresentam distorção relevante) a um nível aceitavelmente baixo.

A4. A Suficiência e Adequação da evidência de auditoria estão inter-relacionadas. A Suficiência é


a medida da Quantidade de evidência de auditoria. A quantidade da evidência de auditoria
necessária É Afetada pela avaliação do auditor dos Riscos de Distorção (quanto mais elevados os
riscos avaliados, maior a probabilidade de que seja exigida mais evidência de auditoria) e também
pela Qualidade de tal evidência de auditoria (quanto maior a qualidade, menos evidência pode ser
exigida). A obtenção de mais evidência de auditoria, porém, não compensa a sua má
qualidade.
Classificações: Suficiência e Adequação

A5. Adequação é a medida da Qualidade da evidência de auditoria, isto é, sua Relevância e sua
Confiabilidade p/ fornecer suporte às conclusões em que se fundamenta a opinião do auditor. A
Confiabilidade da evidência É Influenciada pela sua Fonte e sua Natureza e depende das
circunstâncias individuais em que é obtida.

A6. A NBC TA 330, item 28, exige que o auditor conclua se foi obtida evidência de auditoria
apropriada e suficiente. É questão de julgamento profissional determinar se foi obtida evidência de
auditoria apropriada e suficiente para reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo e,
com isso, possibilitar ao auditor atingir conclusões razoáveis que fundamentem sua opinião. A NBC
TA 200 contém a discussão de assuntos, como a natureza dos procedimentos de auditoria, a
tempestividade dos relatórios financeiros e a relação entre benefício e custo, que são fatores
relevantes quando o auditor exerce o julgamento profissional e determina se foi obtida evidência de
auditoria apropriada e suficiente.

Fontes da Evidência de auditoria

A7. Alguma evidência de auditoria é obtida pela execução de procedimentos de auditoria para testar os
registros contábeis, por exemplo, por meio de análise e revisão, re-execução dos procedimentos
seguidos no processo de elaboração das demonstrações contábeis e conciliação de tipos e aplicações
relacionadas das mesmas informações. Pela execução de tais procedimentos de auditoria, o auditor
pode determinar que os registros contábeis são internamente consistentes e estão de acordo com as
demonstrações contábeis.

A8. Geralmente obtém-se Mais Segurança com Evidência de Auditoria Consistente obtida a partir de
Fontes diferentes ou de Natureza diferente do que a partir de itens de evidência de auditoria
considerados individualmente. Por exemplo, informações corroborativas obtidas de uma Fonte
INDEPENDENTE da entidade podem aumentar a segurança que o auditor obtém da evidência de
auditoria gerada internamente, tais como a evidência existente em registros contábeis, minutas de
reuniões ou representação da administração.

A9. Entre as informações de fontes independentes da entidade que o auditor pode usar como evidência
de auditoria podem estar Confirmações de Terceiros, Relatórios de Analistas e Dados
comparáveis sobre concorrentes (dados referenciais para benchmarking).

Procedimentos de Auditoria para obtenção de Evidência de Auditoria:


A10. Como exigido e explicado adicionalmente pela NBC TA 315 e pela NBC TA 330, a Evidência de
Auditoria p/ a obtenção de Conclusões p/ Fundamentar a Opinião do auditor é conseguida pela
execução de:

(a) Procedimentos de Avaliação de Riscos; e

(b) Procedimentos Adicionais de Auditoria, que abrangem:

(i) Testes de Controles, quando exigidos pelas normas de auditoria ou quando o auditor assim
escolheu; e

(ii) Procedimentos Substantivos, inclusive Testes de Detalhes e procedimentos Analíticos


Substantivos.

A11. Os Procedimentos de Auditoria descritos nos itens A14 a A25 abaixo podem ser utilizados como
Procedimentos de Avaliação de Riscos, Testes de Controles (Adicional) ou Procedimentos
Substantivos (Adicional), dependendo do Contexto em que sejam aplicados pelo auditor. Como
explicado na NBC TA 330, item A35, a evidência de auditoria obtida de Auditorias Anteriores
pode, em certas circunstâncias, fornecer evidência de auditoria apropriada quando o auditor executa
procedimentos de auditoria para estabelecer que a evidência de auditoria continue relevante.
A12. A natureza e a época dos procedimentos de auditoria a serem utilizados podem ser afetadas pelo
fato de que alguns dados contábeis e outras informações podem estar disponíveis apenas em forma
eletrônica ou apenas em certos pontos ou períodos no tempo. Por exemplo, documentos de fonte,
tais como ordens de compra e faturas, podem existir apenas em forma eletrônica quando a entidade
utiliza comércio eletrônico ou podem ser descartados após a leitura ótica quando a entidade utiliza
sistemas de processamento de imagem para facilitar o armazenamento e referência.

A13. Certas informações eletrônicas podem não ser recuperáveis após um período de tempo especificado,
por exemplo, se os arquivos forem modificados e se não houver cópias de segurança (backup).
Portanto, o auditor pode julgar necessário, como resultado das políticas de retenção de informação
da entidade, solicitar a retenção de algumas informações para sua revisão ou executar
procedimentos de auditoria em um tempo em que a informação esteja disponível.

Inspeção

A14. A Inspeção envolve o exame de registros ou documentos, Internos ou Externos, em forma de


papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o Exame Físico de um ativo. A inspeção de
registros e documentos fornece Evidência de Auditoria com graus variáveis de confiabilidade,
dependendo de sua natureza e fonte e, no caso de registros internos e documentos, da eficácia dos
controles sobre a sua produção. Exemplo é a inspeção de registros em busca de evidência de
autorização.

A15. Alguns documentos representam evidência de auditoria direta da existência de um Ativo, por
exemplo, um documento que constitui um instrumento financeiro, como uma ação ou título. A
inspeção de tais documentos pode não fornecer necessariamente evidência de auditoria sobre
propriedade ou valor. Além disso, a inspeção de um contrato executado pode fornecer evidência de
auditoria relevante para a aplicação de políticas contábeis da entidade, tais como reconhecimento de
receita.

A16. A Inspeção de Ativos Tangíveis pode fornecer evidência de auditoria confiável quanto à sua
existência, mas não necessariamente quanto aos direitos e obrigações da entidade ou à avaliação
dos ativos. A inspeção de itens individuais do estoque pode acompanhar a observação da contagem
do estoque.

Observação

A17. A Observação consiste no exame de processo ou procedimento executado por outros, por
Exemplo, a Observação pelo auditor da contagem do estoque pelos empregados da entidade ou da
execução de atividades de controle. A Observação fornece Evidência de Auditoria a respeito da
execução de processo ou procedimento, MAS é limitada ao ponto no tempo em que a observação
ocorre e pelo fato de que o ato de ser observado pode afetar a maneira como o processo ou
procedimento é executado. Ver NBC TA 501 – Evidência de Auditoria – Considerações Específicas
para Itens Selecionados para orientação adicional sobre a observação da contagem de estoque.
(VUNESP-2019)

Confirmação Externa (Circularização)

A18. Uma Confirmação Externa representa evidência de auditoria obtida pelo auditor como Resposta
Escrita de Terceiro (a parte que confirma) ao auditor, em forma escrita, eletrônica ou em outra
mídia. Os procedimentos de confirmação externa frequentemente são relevantes no tratamento de
afirmações associadas a certos saldos contábeis e seus elementos. Contudo, as confirmações
externas não precisam se restringir apenas a saldos contábeis. Por exemplo, o auditor pode
solicitar confirmação de termos de contratos ou transações da entidade com Terceiros; a solicitação
de confirmação pode ser planejada para perguntar se foram efetuadas QQ modificações no contrato
e, em caso afirmativo, quais são os detalhes relevantes. Os procedimentos de confirmação externa
também são utilizados para a obtenção de evidência de auditoria a respeito da ausência de certas
condições, por exemplo, a ausência de acordo paralelo (side agreement) que possa influenciar o
reconhecimento da receita. Ver NBC TA 505 para orientação adicional. (VUNESP-2019)

Recálculo

A19. O Recálculo consiste na verificação da Exatidão Matemática de documentos ou registros. O


recálculo pode ser realizado manual ou eletronicamente.

Reexecução

A20. A Reexecução envolve a execução Independente pelo auditor de procedimentos ou controles que
foram originalmente realizados como parte do controle interno da entidade. (VUNESP-2019)

Procedimentos Analíticos (Revisão Analítica)

A21. Os Procedimentos Analíticos consistem em avaliação das informações feitas por meio de estudo
das Relações Plausíveis entre DADOS Financeiros e Não Financeiros. Os procedimentos
analíticos incluem também a investigação de Flutuações e relações identificadas que sejam
inconsistentes com outras informações relevantes ou que se desviem significativamente dos
valores previstos. Ver NBC TA 520 para orientação adicional.(CESPE-2019)
Indagação

A22. A Indagação consiste na BUSCA de INFORMAÇÕES junto a pessoas com


CONHECIMENTO, financeiro e não financeiro, Dentro ou Fora da entidade. A indagação é
utilizada extensamente em toda a auditoria, além de outros procedimentos de auditoria. As
indagações podem incluir desde indagações Escritas Formais até indagações Orais Informais. A
avaliação das respostas às indagações é parte integral do processo de indagação. (Ver A2) (VUNESP-
2019)

A23. As respostas às indagações podem fornecer ao auditor informações não obtidas anteriormente ou
evidência de auditoria comprobatória. Alternativamente, as respostas podem fornecer informações
significativamente divergentes das informações que o auditor obteve, por exemplo, informações
referentes à possibilidade da administração burlar os controles. Em alguns casos, as respostas às
indagações fornecem uma base para que o auditor modifique ou realize procedimentos de auditoria
adicionais.

A24. Embora a corroboração da evidência obtida por meio da indagação muitas vezes seja de particular
importância, no caso de indagações sobre a intenção da administração, a informação disponível para
suportar a intenção da administração pode ser limitada. Nesses casos, o entendimento do histórico
da administração na realização de intenções por ela formuladas, das razões por ela alegadas para
escolher determinado curso de ação, e sua capacidade de seguir um curso de ação específico, podem
fornecer informações relevantes para corroborar a evidência obtida por meio de indagação.

A25. No que diz respeito a alguns assuntos, o auditor pode considerar necessário obter Representações
Formais da administração e, quando apropriado, dos responsáveis pela governança, para confirmar
respostas a indagações verbais. Ver NBC TA 580 para orientação adicional.

Informações a serem utilizadas como evidência de auditoria

Relevância e Confiabilidade (ver item 7)

A26.Como observado no item A1, embora a Evidência de Auditoria seja principalmente obtida a partir
de Procedimentos de Auditoria realizados durante o curso do trabalho, ela também pode incluir
informações obtidas de Outras Fontes, por exemplo, Auditorias Anteriores, em certas
circunstâncias, e procedimentos de controle de qualidade da firma de auditoria para aceitação e
continuidade de clientes. A Qualidade de toda Evidência de Auditoria é afetada pela Relevância
e Confiabilidade das informações em que ela se baseia. (CESPE-2019)

Relevância:

A27. A Relevância trata da ligação lógica ou influência sobre a finalidade do procedimento de auditoria
e, quando apropriado, a afirmação em consideração. A Relevância das informações a serem
utilizadas como evidência de auditoria pode ser afetada pela Direção do teste. Por exemplo, se a
finalidade de um procedimento de auditoria é testar para verificar se há superavaliação na
existência ou valorização das contas a pagar, testar as contas a pagar registradas pode ser um
procedimento de auditoria relevante. Por outro lado, para testar se há subavaliação na existência ou
valorização das contas a pagar, testar as contas a pagar registradas não seria relevante, mas testar
informações como desembolsos subsequentes, faturas não pagas, faturas de fornecedores e exceções
apontadas nos relatórios de recebimento de mercadorias podem ser relevantes.

A28. Um dado conjunto de Procedimentos de auditoria pode fornecer evidência Relevante para certas
afirmações, mas não para outras. Por exemplo, a inspeção de documentos relacionados com a
cobrança de contas a receber após o fim do período pode fornecer evidência de auditoria referente à
existência e valorização, mas não necessariamente ao corte. Similarmente, a obtenção de evidência
de auditoria referente a uma afirmação específica, por exemplo, a existência de estoque, não
substitui a obtenção de evidência de auditoria referente a outra afirmação, por exemplo, a
valorização desse estoque. Por outro lado, evidência de auditoria de diferentes fontes ou de
diferente natureza pode ser relevante para a mesma afirmação.

A29. Os Testes de controle são definidos para avaliar a eficácia operacional dos controles na prevenção,
detecção e correção de distorções relevantes no nível da afirmação. A definição de testes de
controles para obtenção de evidência de auditoria inclui a identificação de condições (características
ou atributos) que indiquem a realização de controle, e condições de desvio que indiquem desvios da
execução apropriada. A presença ou ausência dessas condições pode então ser testada pelo auditor.

A30. Os procedimentos são definidos para detectar distorções relevantes no nível da afirmação. Eles
compreendem testes de detalhes e procedimentos analíticos substantivos. A definição de
procedimentos substantivos inclui a identificação de condições relevantes para o propósito do teste
que constituem uma distorção na afirmação relevante.

Confiabilidade

A31. A Confiabilidade das informações a serem utilizadas como evidência de auditoria e, portanto, da
própria auditoria, É Influenciada pela sua Fonte e sua Natureza, e as circunstâncias nas quais são
obtidas, incluindo os controles sobre sua elaboração e manutenção, quando relevante. Portanto,
generalizações sobre a confiabilidade de vários tipos de evidência de auditoria estão sujeitas a
importantes exceções. Mesmo quando as informações a serem utilizadas como evidência de
auditoria são obtidas de fontes externas à entidade, podem existir circunstâncias que podem afetar a
sua confiabilidade. Por exemplo, informações obtidas de fonte externa independente podem não
ser confiáveis se a FONTE não tiver conhecimento ou se for possível que especialista da
administração não tenha objetividade. Embora reconhecendo que podem existir exceções, as
seguintes generalizações sobre a confiabilidade da evidência de auditoria podem ser úteis: (CESPE-
2019 -SEFAZ-RS)

 a Confiabilidade da Evidência de Auditoria é Maior quando ela é obtida de Fontes


Independentes fora da entidade;

 a Confiabilidade da Evidência de Auditoria gerada Internamente é Maior quando os


Controles relacionados, incluindo os controles sobre sua elaboração e manutenção, impostos
pela entidade, são Efetivos;

 a Evidência de auditoria Obtida Diretamente pelo Auditor (por exemplo, a observação


da aplicação de um controle) é mais confiável do que a evidência de auditoria obtida
indiretamente ou por inferência (por exemplo, indagação a respeito da aplicação de controle);

 a Evidência de auditoria Em Forma de Documentos, em papel, mídia eletrônica ou de


outro tipo, é mais confiável do que a evidência obtida verbalmente (por exemplo, uma ata de
reunião elaborada tempestivamente é mais confiável do que uma representação verbal
subsequente dos assuntos discutidos); (CESPE-2019 -SEFAZ-RS)

 a Evidência de auditoria Fornecida por Documentos Originais é mais confiável do que


a evidência de auditoria fornecida por fotocópias ou fac-símiles ou por documentos que foram
filmados, digitalizados ou transpostos de outra maneira para forma eletrônica, cuja
confiabilidade pode depender dos controles sobre sua elaboração e manutenção. (CESPE-2019 -SEFAZ-
RS)

A32. A NBC TA 520, item 5(a), fornece orientação adicional sobre a confiabilidade dos dados utilizados
para fins de definição de procedimentos analíticos como procedimentos substantivos.

A33. A NBC TA 240, item 13, trata das circunstâncias em que o auditor tem razão para crer que um
documento pode não ser autêntico ou pode ter sido modificado sem que essa modificação tenha sido
divulgada ao auditor.

Confiabilidade das informações apresentadas por Especialista da Administração (ver item 8)

A34. A elaboração das demonstrações contábeis da entidade PODE exigir conhecimento especializado
em outro campo que não a contabilidade ou a auditoria, como cálculos atuariais, avaliações ou
dados de engenharia. A Entidade PODE empregar ou contratar especialistas desses campos para
obter o conhecimento especializado necessário p/ a elaboração das demonstrações contábeis.
Deixar de FAZÊ-LO quando tal conhecimento especializado é necessário Aumenta os Riscos
de Distorção Relevante.
A35. Quando as informações a serem utilizadas como evidência de auditoria foram elaboradas com o uso
do trabalho do especialista da administração, aplica-se a exigência do item 8 desta Norma. Por
exemplo, um indivíduo ou organização pode possuir conhecimento especializado na aplicação de
modelos para estimar o valor justo de títulos mobiliários para os quais não há mercado observável.
Se o indivíduo ou organização aplica esse conhecimento especializado em uma estimativa que a
entidade utiliza na elaboração das suas demonstrações contábeis, o indivíduo ou organização é um
especialista da administração e aplica-se o item 8. Se, por outro lado, esse indivíduo ou organização
meramente fornece dados de preço referentes a transações privadas não disponíveis de outra
maneira para a entidade e que esta utiliza nos seus métodos de estimativa, tais informações, se
utilizadas como evidência de auditoria, estão sujeitas ao item 7 desta Norma, mas não se trata de
uso, pela entidade, de especialista da administração.

A36. A natureza, época e extensão dos Procedimentos de auditoria em relação à exigência do item 8
(Com a utilização de um Especialista da Administração) desta Norma, Podem ser Afetados por assuntos
como: (CESPE-2019)

 a natureza e complexidade do assunto relacionado ao especialista da administração;

 os RDR no assunto;

 a disponibilidade de fontes alternativas de evidência de auditoria;

 a natureza, alcance e objetivos do trabalho do especialista da administração;

 se o especialista da administração é empregado pela entidade ou é parte contratada por


ela para fornecer serviços relevantes;

 a extensão em que a administração pode exercer controle ou influência sobre o trabalho do


especialista da administração;

 se o especialista da administração está sujeito a padrões de desempenho técnico ou outras


exigências profissionais ou da indústria;

 a natureza e extensão de QQ controles dentro da entidade sobre o trabalho do especialista


da administração;

 o Conhecimento e Experiência do Auditor sobre a Área de atuação do especialista da


administração;

 a experiência prévia do auditor com o trabalho desse especialista.

Competência, habilidade e objetividade de um especialista da administração (ver item 8(a))

A37. A competência relaciona-se com a natureza e nível de conhecimento na área de atuação do


especialista da administração. As habilidades relacionam-se com a capacidade do especialista da
administração para exercer essa competência nas circunstâncias. Fatores que influenciam as
habilidades podem incluir, por exemplo, o local geográfico e a disponibilidade de tempo e recursos.
A objetividade relaciona-se com os possíveis efeitos que tendenciosidades, conflitos de interesse ou
influência que outros possam ter sobre o julgamento profissional ou de negócios do especialista da
administração. A competência, habilidades e objetividade de especialista da administração e QQ
controles da entidade sobre o trabalho desse especialista são fatores importantes em relação à
confiabilidade de QQ informação apresentada por um especialista da administração.

A38. Informações referentes à competência, habilidades e objetividade de um especialista da


administração podem vir de uma variedade de fontes, como:

 experiência pessoal com trabalho anterior do especialista;

 discussões com esse especialista;

 discussões com outros que estejam familiarizados com o trabalho desse especialista;

 conhecimento das qualificações desse especialista, filiação a qual órgão profissional ou


associação de classe, licença para a prática ou outras formas de reconhecimento externo;

 dissertações publicadas ou livros escritos por esse especialista;

 um especialista do auditor, se aplicável, que auxilie o auditor na obtenção de evidência de


auditoria apropriada e suficiente referente às informações apresentadas pelo especialista da
administração.

A39. Assuntos relevantes para a avaliação da competência, habilidades e objetividade de um especialista


da administração incluem determinar se o trabalho desse especialista está sujeito a padrões de
desempenho técnico, outros requisitos profissionais ou de indústria, por exemplo, padrões éticos e
outros requisitos de filiação a órgão profissional ou associação de classe, padrões de
credenciamento de órgão licenciador, assim como, exigências impostas por lei ou regulamento.

A40. Outros assuntos que podem ser relevantes incluem:

 a relevância da competência do especialista da administração para o assunto para o qual o


trabalho desse especialista será utilizado, incluindo áreas de especialização no campo desse
especialista. Por exemplo, um atuário específico pode se especializar em seguros de propriedade
e acidentes, mas ter conhecimento especializado limitado no que se refere a cálculos de pensão;

 a competência do especialista da administração no que se refere a exigências contábeis


relevantes, por exemplo, conhecimento de premissas e métodos, inclusive modelos, quando
aplicável, que sejam compatíveis com a estrutura de relatório financeiro aplicável;
 se eventos inesperados, mudanças nas condições ou a evidência de auditoria obtida dos
resultados dos procedimentos de auditoria indicam que pode ser necessário reconsiderar a
avaliação inicial da competência, habilidades e objetividade do especialista da administração à
medida que a auditoria avança.

A41. Uma ampla gama de situações pode ameaçar a objetividade, por exemplo, ameaças de interesse
próprio, de defesa dos interesses da entidade, de familiaridade, de auto-revisão e de intimidação.
Salvaguardas podem reduzir tais ameaças e podem ser criadas por estruturas externas (por
exemplo, a profissão do especialista da administração, legislação ou regulamentação) ou pelo
ambiente de trabalho do especialista da administração (por exemplo, políticas e procedimentos de
controle de qualidade).

A42. Embora salvaguardas não possam eliminar todas as ameaças à objetividade do especialista da
administração, ameaças como a de intimidação podem ter menos importância para um especialista
contratado pela entidade do que para um especialista empregado pela entidade, e a eficácia de
salvaguardas como políticas e procedimentos de controle pode ser maior. Como a ameaça à
objetividade criada pelo fato de ser empregado da entidade sempre estará presente, normalmente
não se pode considerar mais provável que um especialista empregado pela entidade seja mais
objetivo do que outros empregados da entidade.

A43. Na avaliação da objetividade de especialista contratado pela entidade, pode ser relevante discutir
com a administração e o especialista, QQ interesses e relacionamentos que possam criar ameaças à
objetividade do especialista e QQ salvaguardas aplicáveis, inclusive QQ exigências profissionais
que se apliquem ao especialista e avaliar se as salvaguardas são apropriadas. Interesses e
relacionamentos criadores de ameaças podem incluir:

 interesses financeiros;

 relacionamentos comerciais e pessoais;

 prestação de outros serviços.

Obtenção de entendimento do trabalho do especialista da administração (ver item 8(b))

A44. O entendimento do trabalho do especialista da administração inclui o entendimento da área de


especialização relevante. O entendimento da área de especialização relevante pode ser obtido em
conjunto com a determinação de se o auditor possui conhecimento especializado para avaliar o
trabalho do especialista da administração ou se o auditor precisa de especialista para essa finalidade
(ver NBC TA 620).
A45. Aspectos da área de atuação do especialista da administração relevantes para o entendimento do
auditor podem incluir:

 se a área do especialista tem setores de especialização que sejam relevantes para a auditoria;

 se são aplicáveis padrões profissionais ou de outro tipo e exigências regulatórias ou jurídicas;

 quais premissas e métodos são utilizados pelo especialista da administração e se eles são
geralmente aceitos na área do especialista e apropriados para fins de demonstrações contábeis;

 a natureza dos dados internos e externos ou das informações que o especialista do auditor utiliza.

A46. No caso de especialista da administração contratado pela entidade, geralmente há uma carta de
contratação ou outra forma escrita de acordo entre a entidade e esse especialista. A avaliação desse
acordo durante a obtenção do entendimento do trabalho do especialista da administração pode
ajudar o auditor a determinar, para fins de auditoria, a adequação dos seguintes aspectos:

 a natureza, alcance e objetivos do trabalho desse especialista;

 as respectivas funções e responsabilidades da administração e desse especialista; e

 a natureza, época e extensão da comunicação entre a administração e esse especialista, inclusive


a forma de qualquer relatório a ser fornecido por esse especialista.

A47. No caso de especialista da administração empregado pela entidade, é menos provável que exista um
acordo escrito desse tipo. As indagações junto ao especialista e outros membros da administração
podem ser a forma mais apropriada de obtenção do entendimento necessário ao auditor.

Avaliação da adequação do trabalho do especialista da administração (ver item 8(c))

A48. Considerações durante a avaliação do trabalho do especialista da administração como evidência de


auditoria para a afirmação relevante podem incluir:

 a relevância e razoabilidade das constatações ou conclusões desse especialista, sua consistência


com outras evidências de auditoria, e se elas foram apropriadamente refletidas nas
demonstrações contábeis;

 se o trabalho desse especialista envolve a utilização de premissas e métodos significativos, a


relevância e razoabilidade dessas premissas e métodos; e

 se o trabalho desse especialista envolve uso significativo de dados-fonte, a relevância,


integridade e exatidão desses dados-fonte.

Informações apresentadas pela entidade e utilizadas para as finalidades do auditor (ver item 9(a) e (b))

A49. Para que o auditor obtenha evidência de auditoria confiável, as informações apresentadas pela
entidade que sejam utilizadas para a execução dos procedimentos de auditoria precisam ser
suficientemente completas e exatas. Por exemplo, a eficácia de auditar a receita pela aplicação de
preços-padrão a registros de volume de vendas é afetada pela exatidão da informação de preços e a
integridade e exatidão dos dados de volume de vendas. Similarmente, se o auditor pretende testar
uma população (por exemplo, pagamentos) para verificar certa característica (por exemplo,
autorização), os resultados do teste serão menos confiáveis se a população, na qual os itens
selecionados para teste, não estiver completa.

A50. A obtenção de evidência de auditoria a respeito da exatidão e integridade de tais informações pode
ser realizada conjuntamente com o procedimento efetivo de auditoria aplicado às informações,
quando a obtenção de tal evidência for parte integrante do procedimento de auditoria em si. Em
outras situações, o auditor pode ter obtido evidência de auditoria da exatidão e integridade de tais
informações testando controles sobre a elaboração e manutenção de tais informações. Em algumas
situações, porém, o auditor pode determinar que procedimentos adicionais de auditoria são
necessários.

A51. Em alguns casos, o auditor pode pretender utilizar informações apresentadas pela entidade para
outros fins de auditoria. Por exemplo, o auditor pode pretender utilizar medidas de desempenho da
entidade para fins de procedimentos analíticos ou utilizar informações da entidade apresentadas
para atividades de monitoramento, tais como relatório de auditoria interna. Em tais casos, a
adequação da evidência de auditoria obtida é afetada pelo fato de as informações serem ou não
suficientemente precisas ou detalhadas para as finalidades do auditor. Por exemplo, medidas de
desempenho utilizadas pela administração podem não ser precisas o suficiente para a detecção de
distorções relevantes.

Seleção de itens para Testes para Obtenção de evidência de auditoria (ver item 10)

A52. Um teste eficaz fornece evidência de auditoria apropriada na medida em que, considerada com
outra evidência de auditoria obtida ou a ser obtida, será suficiente p/ as finalidades do auditor. Ao
selecionar itens a serem testados, o item 7 exige que o auditor determine a Relevância e
Confiabilidade das informações a serem utilizadas como evidência de auditoria; outro aspecto da
EFICÁCIA (suficiência) é uma consideração importante na seleção de itens a serem testados. Os
meios à disposição do auditor para a seleção de itens a serem testados são:

(a) seleção de Todos os itens (exame de 100%);

(b) seleção de itens específicos; e

(c) Amostragem de Auditoria.


A aplicação de QQ um desses meios ou de uma combinação deles pode ser apropriada dependendo
das circunstâncias específicas, por exemplo, os RDR relacionados à afirmação que está sendo
testada, e a praticidade e eficiência dos diferentes meios.

Seleção de Todos os itens

A53. O auditor pode decidir que será mais apropriado examinar TODA a população de itens que
constituem uma classe de transações ou saldo contábil (ou um estrato dentro dessa população). É
improvável um exame de 100% no caso de testes de controles; contudo, é mais comum para
Testes de Detalhes. Um exame de 100% pode ser Apropriado quando, por exemplo:

 a população constitui um Número Pequeno de itens de Grande valor;

 há um Risco Significativo e outros meios não fornecem evidência de auditoria apropriada


e suficiente; ou

 A Natureza Repetitiva de um cálculo ou outro processo executado Automaticamente


por sistema de informação torna um exame de 100% eficiente quanto aos CUSTOS.

Seleção de itens específicos

A54. O auditor pode decidir selecionar itens específicos de uma população. Ao tomar essa decisão,
fatores que podem ser relevantes incluem o entendimento da entidade pelo auditor, os riscos
avaliados de distorção relevante e as características da população que está sendo testada. A seleção
com base em julgamento de itens específicos está sujeita ao Risco de Não amostragem . Itens
específicos selecionados podem incluir:

 Valor Alto ou Itens-Chave. O auditor pode decidir selecionar itens específicos dentro de
uma população porque eles têm valor elevado ou exibem alguma característica, por exemplo,
itens suspeitos, não usuais, particularmente propensos a risco ou que tenham histórico de erro;

 Todos os itens acima de certo valor. O auditor pode decidir examinar itens cujos valores
registrados excedam certo valor, de modo a verificar uma grande proporção do valor total de
uma classe de transações ou saldo contábil;

 itens para obtenção de informação. O auditor pode examinar itens para obter informações
sobre assuntos como a natureza da entidade ou a natureza de transações.

A55. Embora o exame SELETIVO de itens específicos de uma classe de transações ou saldo contábil
frequentemente seja um meio eficiente de obter evidência de auditoria, NÃO constitui
amostragem em auditoria. Os resultados de procedimentos de auditoria aplicados a itens
selecionados dessa maneira NÃO podem ser projetados p/ a população inteira; portanto, o
exame seletivo de itens específicos NÃO fornece evidência de auditoria referente ao restante da
população.

Amostragem em auditoria (c)

A56. A amostragem em auditoria destina-se a possibilitar conclusões a serem tiradas de uma população
inteira com base no teste de amostragem extraída dela. A amostragem em auditoria é discutida na
NBC TA 530.

Inconsistência ou Dúvidas quanto à confiabilidade da evidência de auditoria (ver item 11)

A57. A obtenção de evidência de auditoria de fontes diferentes ou de natureza diferente pode indicar que
um item individual da evidência de auditoria não é confiável, como quando a evidência de auditoria
obtida em uma fonte é incompatível com a evidência obtida em outra. Pode ser esse o caso, por
exemplo, quando respostas a indagações junto à administração, auditoria interna e outros são
inconsistentes ou quando respostas a indagações feitas aos responsáveis pela governança para
corroborar as respostas às indagações feitas à administração forem inconsistentes com a resposta da
administração. A NBC TA 230, item 11, inclui uma exigência de documentação específica se o
auditor identificou informação que seja incompatível com a conclusão final do auditor referente a
um assunto significativo.
NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE – NBC TA 500 (R1), DE 19 DE AGOSTO DE
2016

Altera a NBC TA 500 que dispõe sobre a


evidência de auditoria.

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, considerando o processo de convergência


das Normas Brasileiras de Contabilidade aos padrões internacionais e que, mediante acordo firmado com
a IFAC que autorizou, no Brasil, o CFC e o IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil,
como tradutores de suas normas e publicações, outorgando os direitos de realizar tradução, publicação e
distribuição das normas internacionais em formato eletrônico, no exercício de suas atribuições legais e
regimentais e com fundamento no disposto na alínea “f” do Art. 6º do Decreto-Lei n.º 9.295/1946,
alterado pela Lei n.º 12.249/2010, faz saber que foi aprovada em seu Plenário a seguinte Norma Brasileira
de Contabilidade (NBC), elaborada de acordo com a sua equivalente internacional ISA 500 da IFAC:

1. Altera a definição de “evidência de auditoria” do item 5 na NBC TA 500 – Evidência de


Auditoria, com a seguinte redação:

5. Para fins das normas de auditoria, os termos a seguir têm os significados atribuídos abaixo:

(...)

(c) Evidência de auditoria compreende as informações utilizadas pelo auditor para chegar às
conclusões em que se fundamentam a sua opinião. A evidência de auditoria inclui as
informações contidas nos registros contábeis que suportam as demonstrações contábeis e
informações obtidas de outras fontes.

(...)

2. Em razão dessa alteração, as disposições não alteradas desta norma são mantidas e a sigla da NBC
TA 500, publicada no DOU, Seção 1, de 3/12/2009, passa a ser NBC TA 500 (R1).

3. A alteração desta norma entra em vigor na data de sua publicação, aplicando-se às auditorias de
demonstrações contábeis para períodos que se findam em, ou após, 31 de dezembro de 2016.

Brasília, 19 de agosto de 2016.


Contador José Martonio Alves Coelho

Presidente

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