Manifesto A SBC PGIE
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Resumo
Este manifesto nasceu devido a um processo de auto-reflexão, busca de melhoria contínua do sujeito-pesquisador e
do constante impulso que nos move a compartilhar com a comunidade nossas impressões, sejam elas dolorosas ou
não, para nós e para outros. Desta forma, trazemos à luz a evidência e a reprodutividade da pesquisa como fatores
fundamentais para a melhoria da qualidade das pesquisas que estão sendo negligenciados pela comunidade de
Informática na Educação. Com isso, elencamos dez princípios baseados em nossas observações e vivências ao
longo dos últimos quinze anos de interação com a comunidade científica interessada em produzir conhecimento,
produtos e inovação nesta área estratégica para o desenvolvimento social e econômico do país. Apresenta-se aqui
uma carta aberta para o estímulo ao debate e a provocação ao movimento pela pesquisa em Informática na
Educação baseada em evidências.
Cite as: Bittencourt, I. I. & Isotani, S. (2018). Evidence-based Computers in Education: A Manifesto (Informática
na Educação baseada em Evidências: Um Manifesto). Brazilian Journal of Computers in Education
(Revista Brasileira de Informática na Educação - RBIE), 26(3), 108-119. DOI:
10.5753/RBIE.2018.26.03.108
Bittencourt, I. I., Isotani, S. RBIE V.26, N.3 – 2018
1 Introdução
Em 2017, a Revista Brasileira de Informática na Educação (RBIE) fez 20 anos, mas as pesquisas
em informática na educação começaram a ser realizadas no Brasil muito antes disso. Como bem
apresenta o artigo do Prof. José A. Valente, publicado na primeira edição da RBIE em 1997, as
pesquisas realizadas nesta área no Brasil são datadas da década de 70 (Valente, 1997). Em
quatro décadas, a comunidade cresceu de algumas dezenas de pesquisadores, isolados em
centros de pesquisas de excelência, para quase 3 mil pesquisadores espalhados em todo o
território brasileiro, de acordo com a lista de discussão da SBC-IE. Essa evolução é decorrente
de uma característica inerente da comunidade de agregar e recepcionar de braços abertos novos
pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento, sem exceção. Utilizando-se das palavras do
nosso saudoso colega Professor Dr. Alexandre Direne, podemos dizer que “a comunidade de
Informática na Educação é uma das mais democráticas na área de Computação do Brasil”.
Essa característica traz diversos benefícios para apoiar os processos de ensino-
aprendizagem, pois é possível atacar um mesmo problema utilizando diferentes perspectivas e
abordagens provindas de áreas de conhecimento distintas. Dessa forma, o ambiente de pesquisa
torna-se um local rico e propício para realizar trabalhos multidisciplinares onde pesquisadores
de diferentes áreas se utilizam de diferentes métodos para identificar as melhores formas de
solucionar problemas educacionais de maneira integrada e com resultados potencialmente mais
robustos.
Entretanto, apesar da caracterização democrática da comunidade, ainda são poucas as
pesquisas de excelência e de nível internacional desenvolvidas pela nossa comunidade. Há um
número reduzido de pesquisadores convidados como palestrantes principais (keynote speakers)
ou que façam parte de comitês de programa de eventos de alto nível internacional, o que mostra
ainda a pouca expressividade da comunidade no cenário mundial1. Correlacionado a este fato,
poucos pesquisadores da comunidade possuem expressivo número de citações, seja no Web of
Science, Scopus ou no Google Citations.
São vários os potenciais fatores que podem ter levado a comunidade, ao longo das quatro
décadas de pesquisa em Informática na Educação no Brasil, a possuir baixo nível de
excelência/impacto nas pesquisas desenvolvidas. Alguns exemplos que podemos citar são:
poucas oportunidades de fomento de pesquisa para a área; poucos programas de pós-graduação
em Informática na Educação; barreira da língua inglesa; baixa interação com agentes do
ecossistema de tecnologia educacional do país; êxodo de pesquisadores de alto nível para outras
áreas da computação, educação e afins; falta de envolvimento de pesquisadores renomados em
eventos da comunidade; pesquisadores considerarem a informática na educação como sua área
de pesquisa secundária ou terciária; pouca colaboração entre os pesquisadores da área, dentre
outros. Ou seja, são muitos os fatores que podem ter levado a área a ter, até o momento, baixa
expressividade no Brasil e no exterior. Contudo, essas dificuldades não podem ser impedimento
para que a comunidade se desenvolva mais rapidamente nas próximas décadas.
Dessa forma, trazemos à luz dois fatores que consideramos fundamentais para a melhoria
da qualidade das pesquisas que estão sendo negligenciados pela comunidade de Informática na
Educação. São eles: a evidência e a reprodutividade da pesquisa. Em pesquisas realizadas por
Magalhães et al. (2013), são poucos os trabalhos publicados no SBIE, WIE e RBIE que
apresentam evidências científicas que sustentem as proposições feitas. Por exemplo, O SBIE
possui aproximadamente 90% dos seus trabalhos sem nenhum tipo de evidência científica
(sejam elas de pesquisas quantitativas, qualitativas ou mistas), enquanto que eventos como o
1
Esta visão dos autores pode ser corroborada ao analisar os nomes dos pesquisadores de maior expressividade na
comunidade (Posada et al., 2016) e suas respectivas contribuições também no cenário internacional.
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2 Princípios
São apresentados aqui dez princípios baseados em nossas observações e vivência ao longo dos
últimos quinze anos de interação na comunidade de Informática na Educação (IE). É importante
deixar claro que os princípios não têm por objetivo serem excludentes ao propor um enfoque dos
pesquisadores em detrimento a outro. Por exemplo, sem dúvida propostas teóricas próprias ou
questionários próprios são relevantes e importantes para a comunidade, entretanto tais
proposições sem clareza conceitual ou validação do instrumento são inexpressivos e
inadequados sob um ponto de vista científico. Destaca-se ainda que novos princípios podem ser
adicionados e os princípios apresentados foram sumarizados para que tal extrapolamento não
leve a uma perda de foco das pesquisas baseadas em evidência. Outro ponto importante é que os
princípios não se limitam ao paradigma de evidências, mas também objetiva apresentar
princípios intermediários e secundários, porém fundamentais para tal paradigma.
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suposições. Como cientistas, não é saudável que nos deixemos cair em tentação utilizando um
discurso baseado em achismo (i.e. “eu acho isso, você acha aquilo, mas de fato não sabemos de
nada”). A exemplo disto, podemos citar um comentário feito por uma colega para um
palestrante durante o CBIE de 2017: “já existem muitos resultados empíricos na literatura que
indicam que esse tipo de pesquisa não oferece benefícios à aprendizagem; então qual o objetivo
de você utilizar essa abordagem? Qual a relevância do seu trabalho?”. Para alguns pode
parecer um comentário rude; para outros um ataque à própria pessoa que fez a apresentação.
Contudo, para efeitos científicos, esse comentário é de suma importância por dois motivos:
primeiro, evita que conceitos errôneos se propaguem na comunidade; segundo, tem um efeito
didático de curto-médio prazo fazendo com que as pessoas envolvidas reflitam mais sobre seus
trabalhos, preparem-se mais (ou seja, leiam mais trabalhos relacionados considerando múltiplas
perspectivas) e, finalmente, escrevam e apresentem artigos mais bem embasados, justificados e
fundamentados.
O que queremos esclarecer com este princípio é que fazer críticas construtivas e
colaborar com outros pesquisadores é fundamental para a realização de pesquisas de qualidade
(Liao, 2010), bem como para o crescimento do cientista e da própria comunidade. Um
palestrante, ao apresentar um trabalho, não deve esperar apenas um elogio, mas sim perguntas
intrigantes, e às vezes desafiadoras, que o façam repensar sobre suas próprias práticas
científicas. Em contrapartida, as pessoas da plateia não devem escutar de maneira passiva. É
preciso ser ativo, pensar sobre o trabalho apresentado e atuar como auditores que querem
contribuir para a melhoria da pesquisa do palestrante. Sem essa interação, para que então
participar de nossas conferências? Só pra ter mais uma linha no currículo lattes e conhecer mais
um lugar ?
Precisamos sair desta zona de conforto que criamos e implodir as bolhas de pensamento
fragmentadas nas quais nos alojamentos. É preciso que a comunidade aprenda a escutar críticas
e também a fazer críticas construtivas utilizando como ponto de debate as hipóteses formuladas,
os métodos e materiais desenvolvidos/utilizados, as evidências encontradas e as contribuições
obtidas. É preciso criar nossa própria comunidade de prática! Sem ela continuaremos a trabalhar
sozinhos, sem rumo, sem perspectiva, sem melhoria.
Um exercício, que você leitor, pode fazer relacionado a este princípio, é continuar a
leitura deste texto com a mente aberta, pronto para o debate, e entender que estamos fazendo
uma crítica e autocrítica construtivas. Ou seja, não nos abstemos dos erros que cometemos e,
esperamos que, com o debate sobre esses princípios, possamos crescer conjuntamente.
2.2 Princípio II: Menos estudos independentes, mais estudos fundamentados no estado
da arte
Para fundamentar esse princípio, vamos lhe fazer duas perguntas: (1) Quem são os
pesquisadores ou grupos de pesquisa mais importantes em sua grande área de atuação que têm
destaque no Brasil? E no exterior? (2) Quais são os desafios e questões de pesquisa mais
relevantes da sua área de atuação? Se você respondeu essas duas perguntas facilmente então
você merece aplausos e congratulações.
O que vemos atualmente é que poucos pesquisadores ou pesquisadores em formação (i.e.
alunos de iniciação científica, mestrado e doutorado) conhecem o estado da arte em sua área de
pesquisa e, tampouco, conhecem quem são os pesquisadores ícones nestas áreas. Por exemplo,
há 15 anos se perguntássemos qual era o grupo de pesquisa mais relevante na área de CSCL
(Computer-Supported Collaborative Learning) no Brasil, rapidamente viria à mente o grupo do
Prof. Hugo Fuks da PUC-RIO e seus trabalhos com o AulaNet, modelo 3C e Engenharia de
Groupware (Fuks et al., 2002). A mesma pergunta poderia ser feita para a área de Inteligência
Artificial aplicada na Educação. Facilmente, as pessoas indicariam o grupo da Profa. Rosa
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Maria Vicari da UFRGS e seus trabalhos com sistemas tutores inteligentes, padrão OBAA 2,
multiagentes e modelo BDI (Vicari et al., 2003).
Ao iniciar uma pesquisa, muitos deixam de fazer o dever de casa, ou seja, fazer um
estudo aprofundado do estado da arte por meio de uma revisão da literatura. Contudo, é a partir
deste estudo aprofundado que é possível entender os problemas de pesquisa mais atuais e
relevantes que podem contribuir com a área e a comunidade. Infelizmente, por meio de nossa
participação ativa nos comitês organizadores e de programa dos eventos da Comissão Especial
de Informática na Educação (CEIE), observamos que a maioria das submissões carece de uma
seção de trabalhos relacionados. Além disso, muitos confundem fundamentação teórica com
trabalhos relacionados, e como consequência, grande parte dos trabalhos conduzidos por nossa
comunidade são realizados por comodidade ou conveniência com pouco comprometimento
científico em enriquecer e aprofundar o conhecimento da área. Ou seja, são estudos
independentes que, apesar de potencialmente interessantes, não auxiliam a área a construir
incrementalmente (ou até disruptivamente) seus conhecimentos e a resolver seus grandes
desafios.
Isso significa que se continuarmos com essa prática, se passarão mais 20 anos e
estaremos falando das mesmas coisas, tentando lidar com os mesmos problemas e, por fim, nos
perguntando sobre o porquê de nossas pesquisas não chegarem a proporcionar impacto relevante
nas escolas e nas políticas públicas em educação do país.
2.3 Princípio III: Menos teorias avulsas, mais compromisso ontológico e epistemológico
Observamos na comunidade muitas propostas de teorias avulsas, com baixo fundamento
científico e sem consonância com o estado da arte da área. Falta de clareza de fundamento
teórico se dá, principalmente, pela falta de compromisso ontológico e epistemológico do
pesquisador. Ou seja, não há uma reflexão dos pesquisadores da comunidade sobre como o
mesmo concebe a realidade das coisas (dimensão ontológica) e como o conhecimento é
construído com base nesta realidade (dimensão epistemológica). Acrescentam-se a estas
dimensões, as dimensões metodológica, ética e política da pesquisa científica. Isto faz com que
muitos pesquisadores fiquem em processo de autofagia onde sua “sobrevivência acadêmica”
depende da construção de conhecimento em cima de teorias avulsas.
Sendo assim, o efeito colateral que se tem com a vacuidade das fundações referentes às
dimensões do conhecimento são artigos pseudocientíficos que apresentam teorias avulsas e
conceitualmente inconsistentes, tentativas de fusão de diferentes propostas teóricas que se
contradizem em suas dimensões ontológicas e/ou epistemológicas, oscilação de pesquisas de um
mesmo pesquisador trafegando em diferentes dimensões, entre outros. Mais uma vez
destacamos que não estamos nos eximindo deste problema e já choramos juntos com a
comunidade deste mal. Joguem fora muitos de nossos artigos!!!
É difícil rastrear e encontrar a raiz deste problema, mas é evidente que a natureza
inerentemente interdisciplinar da Informática na Educação torna o problema mais complexo. A
pesquisa na área se relaciona com Ciência da Computação, Engenharia, Pedagogia, Psicologia,
Sociologia, Antropologia, Filosofia, Neurociência, dentre outras. Além disso, a área considera
diferentes dimensões do sujeito (seja ele aluno, professor, gestor, pais), como física, psicológica,
fisiológica, ética, política, interacional, dentre outras.
Alguns encaminhamentos de solução que já são percebidos pela comunidade são as
iniciativas da Comissão Especial de Informática na Educação sobre a formação básica do
pesquisador, através da produção de livros sobre a área (Jaques et al., 2017; Jaques et al., 2018);
artigos recentemente publicados em primeira pessoa pelo pesquisador Mariano Pimentel da
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http://www.portalobaa.org/
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2.6 Princípio VI: Menos purismo acadêmico, mais interface com o ecossistema
educacional
Um desafio estrutural e organizacional que qualquer pesquisador ou grupo de pesquisa enfrenta
é fazer com que suas pesquisas cheguem ao público alvo de interesse (e.g. estudantes,
professores, pais, gestores), bem como alcancem atores do ecossistema educacional (e.g.
secretarias, redes de ensino, escolas, universidades, empresas, investidores, ONGs) de forma
significativa. O que se observa é que há (i) um distanciamento entre o que a academia está
pesquisando e uma demanda do ecossistema educacional; (ii) incapacidade dos pesquisadores e
incubadoras em traduzir uma pesquisa de relevância científica em um modelo de intervenção
educacional que gere impacto positivo e significativo na educação e em políticas públicas e (iii)
falta de profundidade da pesquisa em resolver o problema educacional que está posto.
Como consequência desta precária interação dos pesquisadores da área com os atores do
ecossistema educacional emerge uma descrença na pesquisa nacional e na capacidade dos
pesquisadores em apoiar na resolução de problemas educacionais complexos e relevantes. Com
isso, poucos pesquisadores da área atuam em colaboração com o Ministério da Educação,
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2.7 Princípio VII: Menos descontinuidade, mais foco em objetivos de longo prazo
Um grande problema na nossa comunidade é a dificuldade de desenvolver pesquisas que tenham
impacto a longo prazo. Veja que este é um problema não só da nossa comunidade, mas se
estende a computação, pedagogia, psicologia educacional e outras áreas. O que mais se observa
é a descontinuidade e a falta de foco das pesquisas da área, onde os pesquisadores desenvolvem
suas pesquisas sem direcionamento. Ou seja, definem suas pesquisas de acordo com o interesse
de um novo aluno, possibilidade de cooperação com um pesquisador internacional (i.e. atuando
nas pesquisas do pesquisador internacional) e até mesmo devido aos hypes da área, como os
estilos de aprendizagem, gamificação, mineração de dados educacionais, e os novos hypes IoT
na Educação e Computação Afetiva.
Como resultado desta descontinuidade, as pesquisas da área são rasas, com baixa
relevância científica, que leva a poucas citações e os resultados são publicados em revistas
domésticas, conferências caseiras ou em livros organizados por pesquisadores do próprio círculo
de interação. O problema fica ainda mais acentuado pelo mito do qualis, que leva pesquisadores
(principalmente mestrandos, doutorandos e recém-doutores) a acreditarem que a publicação da
forma supracitada valida uma pesquisa de qualidade. Fazer pesquisa leva tempo. É preciso uma
década para construir um portfólio sólido em uma linha de pesquisa.
São várias as razões que levam a este tipo de problema, mas sem dúvida a falta de uma
formação teórica na área de Informática na Educação é um dos pivôs. Esta carência é, muitas
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vezes, resultante da incompreensão dos estudantes sobre o estado da arte e da prática e em não
entender quais são os problemas relevantes ou grandes desafios da área. Como historicamente a
área nunca teve uma formação robusta, muitos doutores da área sofrem do mesmo problema,
que limita a capacidade de gerar um curso de formação de qualidade e, com isso, o problema é
basicamente retroalimentado ao longo do tempo e das novas gerações. Aliado a isto, muitos
pesquisadores não acreditam que possuem esta limitação ou não estão dispostos a superar tal
limitação.
É difícil encontrar pesquisas que de fato possuam uma continuidade e que sejam
trabalhadas com objetivos claros sendo maturados e avaliados ao longo do tempo. Por exemplo,
não é de nosso conhecimento estudos longitudinais desenvolvidos na IE. Talvez seja por isso
que estejamos reinventendo a roda em ciclos decenais, que tem nos levado ao abismo da
tentativa de resolução dos mesmos problemas nos 40 anos que temos de pesquisa nacional em
IE. Uma evidência disto é a palestra dada pelo professor José Armando Valente, no CBIE 2014
(em Dourados - MS), sobre os problemas de pesquisa em IE atuais. Nessa palestra, o mesmo
trouxe suas transparências de uma palestra dada na década de 80 do século passado, que foram
exibidas num ultrapassado retroprojetor. Curiosamente, os desafios atuais apresentados por
muitos pesquisadores são os mesmos que ele apresentou na época. Assim, perguntamos a você,
leitor, será que estamos caminhando em círculos? Será que nossas pesquisas são de longo prazo
(e.g. 10 anos) ou estamos buscando o próximo artigo de revista?
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aberta, para que todos possam reproduzir os resultados obtidos e dialogar com a comunidade
sobre as evidências encontradas. Na mesma direção, o trabalho de Tenório et al. (2017)
disponibiliza os dados brutos de dois experimentos realizados com um sistema tutor inteligente
chamado MeuTutor, para que outros pesquisadores possam reproduzir os resultados encontrados
e construir novas questões de pesquisa nesta temática.
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