Maria José - Obras de Terra Vol.I
Maria José - Obras de Terra Vol.I
Maria José - Obras de Terra Vol.I
Fortificaçáo e Construçáo
VOLUME I
Sondagens a m o s
Sondagens a percussão
Sondagens rotativas
Coleta de amostras indeformadas
Ensaios de campo
Comumente. os solos são considerados como apoio básico de estruturas tais como edifícios. muros
de arrimo, túneis ou condutos enterrados.
Entretanto. o solo é o mais antigo material de construção de que se tem notícias.
O Homem, antes de saber ler e escrever, aprendeu a moldar a t e m em blocos, que secavam ao ar, e
com eles levantava paredes para suas casas; aprendeu a amontoar o solo para enterrar seus mortos e a
formar plataformas para adoração de seus deuses.
Do mesmo modo, os blocos de rocha provenientes de depósitos fluviais ou talus foram utilizados,
isoladamente ou em mistura com solos, nas primeiras construções humanas. Dessa mistura primitiva, evoluiu-
se para as construçóes mais sofisticadas de alvenaria, que só vieram a se aperfeiçoar através da
mecanização.
Por outro lado, o solo é um material de construção durável, o que é demonstrado por muralhas de
cidades pré-históricase antigos terraplenos, encontrados em muitas partes do mundo. ainda hoje.
Apesar disso. o tratamento científico para o uso do solo e das rochas como materiais de construção,
:-iciou-se em 1930 e tem revolucionado as obras de tem.
A modema tecnologia tomou possível construir. rápida e economicamente. grandes estruturas de
ma e rocha. que serão ainda mais duráveis do que os monumentos antigos. se cada etapa da obra for
dnvenientemente organizada e executada, desde o planeiamento até a construção,.
Denomina-se OBRA DE TERRA toda aquela que utiliza o solo como material de construção.
São obras de terra:
ATERROS
REGULARIZA~ÃO TOPOGRÁFICAOU
TERRAPLENOS
ELEYAÇÃO DO TERRENO
PAVIMENTO
CORTES
A construção d e obras viárias-exige uma sucessão& -cortese atenos; a-fim-de que se possa
implantar o corpo estradal.
ESCAVAÇ~ES
Sttperiici&ou Subterrânea -
Sub-aquáticas Dwgagens
O engenheiro civil está envolvido no projeto de uma obra por vários diferentes aspectos e suas
principais responsabilidades são: garantir a segurança e a economia da obra.
Para atingir essas metas, deve entender como o terreno responderá ao seu projeto e como sua
construção será afetada pelas condições locais, valendo-se para isso de um estudo adequado dos
locais da obra.
A investigação do local de uma obra deve ser entendido como o estudo do meio ambiente e
condições do subsolo no local dos trabalhos e obras de engenharia civil, cobrindo todas as técnicas
e investigações que possam ser empregadas para obter-se informações de um lugar particular.
A Investigação é um ramo especializado da engenharia civil mas, como todas as especializa-
ções, seus conceitos básicos e a suas aplicações precisam ser entendidos pelos que vão fazer uso
dela.
iiura 1 contém alaumas das muitas diferentes disciplinas que podem contribuir para uma vi-
LOCAIS DAS
P-
TOPOGRAFIA
OBRAS
figura 1
As especialidades ali citadas não devem ser consideradas indispensáveis em todos os casos
de investiqações, embora, em obras de grande vulto. todas possam vir a ser empregadas.
3quena escala, entretanto, cabe ao engenheiro geotécnico ser o mais versátil possível e
)nhecimentos abrangentes, de modo a poder requisitar as especialidades adequadas,
ai a w u d caso específico.
OBRAS DE TERRA ESTUDO DO LOCAL DA OBRA-4
O meio natural é instável e reage as solicitações exteriores segundo um processo que lhe é
óprio. Compete ao Homem tentar compreender e definir as exigências naturais para estabelecer
na estratégia coerente da ação humana, que lhe permita, em cada caso, adotar uma tática certa
,3ra fazer a Natureza aceitar a construção projetada. Será necessário, então, conceber um con-
junto meio natural-obra, coerente, cujo comportamento seja tal que, a perenidade do segundo não
possa ser comprometido pelas reações do primeiro
Quanto mais a obra altera as condições naturais, maior é o risco de insucessos.
Exemplo disso, é o comportamento de uma mesma região face a implantação de obras com di-
!rentes características. A antiga Rio-São Paulo (antiga Washington Luiz), na serra das Araras,
áxima ao monumento rodoviário, nunca sofrera qualquer deslizamento, até as chuvas de 1966167,
quando os acidentes foram de pequeno vulto. Trata-se de uma rodovia que, praticamente, acom-
panha as curvas de nível sem grandes cortes e, portanto, sem agressões a natureza. Em contra-
.=: ,..+ .i.trecho da atual via na direção Rio-São Paulo, na época concluido há pouco menos de um
..-&:A-
no, sofre!u sérios deslizamentos, interrupções do tráfego e a reconstrução exigiu obras de conten-
30 e dreriagem, que deveriam ter sido previstas no projeto original.
Todos, os tipos de estruturas interagem com o terreno, na superfície ou no seu interior.
A figura 2 ilustra as caractensticas de quatro estruturas que interagem com o subsolo de difer-
~ ~~
ntes manieiras.
OBRAS DE TERRA ESTUDO DO LOCAL DA OBRA-5
Fig. 2b - 1 km de rodovia.
Investigaçõesa 3 m além da pista e
3 m de profundidade.
- . . . ~
Fig. 2c - Ponte rodoviária, com fundação Fig. 3d - Estrutura industrial com fundarão
em estacas de 10 m de profundidade. em sapatas isoladas, a 2 m de profundida-
Investigações a 6 m além das fundaç0es e de. Investigaç6es a 6 m além do perímetro
a 30 m de profundidade e a 10 m de profundidade.
A casa tendo uma fundação em radier aplicará ao terreno pequenas cargas. (fig 2a)
Por outro lado, o carregamento devido a ponte é muito mais elevado e foram empregadas esta-
cas para transmitir cargas aos estratos mais profundos. (fig 2c)
A estrada envolve uma área muito grande mas o carregamento do tráfego será, rapidamente,
listribuido pela construção do pavimento. (fig2b)
A fábrica é apoiada em fundações isoladas e a diferença entre os volumes de solo afetados
lesse caso e na ponte é evidente. (fig 2d)
BRAS DE TERRA ESTUDO DO LOCAL DA OBRA6
O engenheiro civil tem considerável controle sobre os materiais que emprega na construção,
..ias pouco ou nenhum sobre os materiais que servirão de apoio as estruturas.
A engenharia geotécnica , no sentido mais amplo, é mais uma arte do que uma ciência, con-
tando o engenheiro com casos históricos, sua própria experiência e seu julgamento profissional,
para chegar a solução de um problema.
É verdade que o conhecimento das teorias da Mecânica dos Solos, Geologia, história do local e
propriedades dos solos são todos essenciais mas, no fim, a solução de muitos problemas ainda se
resume a um julgamento profissional.
0 s projetos possuem diversos níveis de importância os quais, de um certo modo, determinam o
orçamento disponível. É dentro desse orçamento que o engenheiro deve produzir um projeto que
apresente um aceitável fator de segurança, seja prdtico e satisfaça ao cliente. Esses requisitos são
muitas vezes resumidos pela expressão "uma solução profissionalde engenharia".
Há claramente diferentes escolhas para as fundações a serem utilizadas pelos engenheiros e
diferentes problemas locais conduzirão a diferentes soluções.
Em todos os casos, quanto mais esclarecedor o levantamento do local proposto, melhor as in-
vestigações poderão ser planejadas e mais econ6micas serão.
Nenhuma investigação pode ser considerada completa, pois os locais são muito variáveis e
osso conhecimento muito limitado. Contudo, devem ser mobilizados recursos para reduzir-se o
sco a um nível aceitável.
Muitos métodos de análise consideram os solos homogêneos, isotrópicos e elásticos, mas de
fato, eles são heterogêneos, anisotrópicos e inelásticos. Isto não quer dizer que os métodos não
sejam válidos, mas suas limitações devem ser reconhecidas. Muitas vezes é necessário simplificar
situações pois, sem alguma simplificação, o problema não teria uma solução possível.
Qualquer que seja o ramo da engenharia civil onde se vá desenvolver um projeto, ou seja, em
que se vá CRIAR e MANTER uma construção, a chave principal deste processo é efetuar PRE-
VIS~ES.
Inúmeros exemplos podem ser citados para ilustrar os vários tipos de previsões feitas pelos en-
genheiro civil.
Projetando uma obra viária o engenheiro escolhe uma vida útil para o projeto e então prevê o
nível de tráfego que irá ocorrer no período selecionado, no futuro.
Uma tarefa essencial de qualquer projeto de construção é a previsão de seu custo total para
que o proprietário possa decidir se o projeto pode ser mantido, se deve ser alterado ou aban-
donado. Em edificações esse custo reflete-se no preço de venda, tomando o empreendimento
viável ou não.
As grandes construções tais como, barragens, estações de energia, estradas e condutos po-
dem influenciar, significativamente, o ambiente físico e humano em uma ampla área. Algumas con-
seqüências de tais projetos são benéficos e outros detrimentais.
SIMPLIFICAR
Tf
DETERMINAR O MECANISMO
TI
=POR AS PREVISÕES
GEOLOGIA
A Geologia reune, o que se sabe e o que se vê do local da obra e suas vizinhanças, utilizando.
m EzI EzIIl
Documentações Foto - interpretação Mapeamento de campo
A interpretação desses dados, embora subjetiva e envolvendo o que não se vê, pemite esta-
)elecer o primeiro modelo do local da obra.
Com esse modelo define-se a sele$io, o quadro geral de mobilização, execução e interpretação
jos procesos a serem empregados nos outros dois grupos.
BRAS DE TERRA ESTUDO DO LOCAL DA OBRA-9
O princípio geral dos métodos geofísicos é medir na superfície do terreno campos de força,
naturais ou artificiais, com o objetivo de detectar anomalias nesses campos. Interpretando as
anomalias, pode-se predizer a configuração dos materiais e das estruturas geológicas subter-
râneas.
Dependendo dos campos de força que façam uso e das propriedades físicas utilizadas, os
métodos geofísicos classificam-se em:
4 Métodos Sísmicos
Os métodos sísmicos baseiam-se no fato da velocidade de propagação das ondas elásticas
variar com o tipo de rocha. Nos materiais de baixa consistência, como solos e sedimentos não wn-
solidados, a velocidade é em média 1500 m/s e nas rochas compactas como granitos, da ordem de
5 000 mls.
Criando-se na superfície do terreno ou a pouca profundi-
dade uma fonte de ondas elásticas, por meio de explosões ou
choques mecânicos, os limites (contatos) que separam mate-
riais diferentes, refletem e refratam parte da energia das ondas
elásticas.
Os métodos geofisicos são de dois tipos:
reflexão 9 quando observam as ondas refletidas.
refração 6 quando observam também as ondas refrata-
rocha das.
Fig. 3
;Z
tato rocha/solo darão início a uma infinidade de ondas
lue entrarão no solo em direção a superfície.
Nos pontos de escuta (geofones), colocados a dis-
.âncias variáveis de O, são determinados os tempos de
Com
.eterno a superfície
as distâncias
da primeira
dos geofones
onda. a origem das on- vz - refraçóes
- - +
primeiras ondas vibratórias que atingem os geofones mais próximos, são ondas refletidas e os mais
afastados recebem ondas refratadas.
O método sísmico de reflexão fornece valores mais precisos das profundidades das camadas.
Os métodos de refração só podem ser empregados em terrenos em que a velocidade de
propagação V aumenta com a profundidade.
0 s resultados das investigações geofísicas permitem burilar o modelo do local em estudo,
anteriormente montado pela geologia, mas não permitem criar e estabelecer um modelo geotécnico.
Melhores resultados são obtidos quando as camadas de solo tem caracteristicas bastantes dis-
tintas. Assim, pela geofísica pode-se definir, perfeitamente, a transição solo/rocha e sem muita pre-
cisão, solos de baixa resistência como areias fofas e argila de baixa resistência.
Os levantamentos geofísicos são muito empregados em investigações de áreas extensas (dire-
trizes de estradas, eixo de barragens, canais de acesso a portos para fins de dragagem, etc.
SONDAGENS E ENSAIOS
Manda a boa técnica, que nas obras de grande vulto, a aplicação dos métodos deste grupo se faça
com base no modelo, o mais elaborado possível, obtido com os recursos dos grupos anteriores
(geologia e geofísica).
Uma sondagem pode então ser definida como:
O um recurso para se provar e testar o modelo já montado, permitindo melhorá-lo.
O uma ferramenta que permite realizar medidas dos parâmetros necessários, seja por
determinages "in-situ ",seja pela coleta de amostras.
É preciso ressaltar que, mesmo adotando-se a sequência lógica, anteriormente exposta, e em-
pregando-se a tecnologia adequada nas investigaçóes, jamais se conseguirá fazer um inventário
completo das condições e dos parâmetros que regem os fenômenos naturais, atingidos pela obra
que se pretende construir.
Por outro lado, as informações fornecidas 1 1s e os parâmetros obtidos com amos-
tras ensaiadas em laboratório ou ensaios de campo, serao apenas pontuais, no maciço investigado.
Tendo como referência o modelo pré-estabelecido, poder-se-á, legitimamente, extrapolar ao
restante do maciço, os valores localizados e interpretar as variafles.
+:* SIMPLIFICAR
Simplificar é estabelecer um modelo geotécnico do local, para que o problema possa ser tratado de
forma científica e serem efetuadas previsões.
adensamento da argila.
4
PROJETO
MECANISMO DE RUPTURA
/-1
Identificados os mecanismos, são definidas diversas alternativas para o projeto e toma-se ne-
cessário selecionar métodos para efetuar as previsões e a escolha dos parâmetros dos solos en-
volvidos por esses métodos.
No exemplo citado na etapa anterior, um dos recursos de projeto para combater o mecanismo
de ruptura seria a construção de bermas laterais de equilíbrio.
Argila
Fig. 6 (a) Projeto para combater a ruptura (b) Projeto para acelerar os recalques
Com relação aos recalques, o projeto deverá prever algum recurso para acelerar o processo de
recalques (drenos verticais de areia) ou diminuir o recalque que ocorrerá após a conclusão da obra
(construção de uma sobrealtura).
Existem na Mecânica dos Solos, vários métodos que podem ser utilizados na previsão (projeto)
da solução de um problema, cada um tendo, evidentemente, seu valor e suas limitações. Nenhum
deles é inútil a priori, mas também, nenhum é universal.
Considerados, a cada nível do estudo, as características naturais do local, as particularidades
do projeto e principalmente o mecanismo estabelecido na etapa anterior, são deteminados os
parâmetros do solo. 0 s métodos de previsão, geralmente, requerem parâmetros de resistência,
wmpressibilidade, permeabilidade e módulos tensão /deformação.
Existem três processos para a avaliação de parâmetros:
O os ensaios de laboratório
O ensaios de campo
O correlações empíricas
No caso do aterro sobre argila mole, serão apresentadas as seções transversais do atem, com
ou sem bermas laterais, para os modelos geotécnicos representativos de diversos trechos da es-
trada.
As previsões deste caso, referem-se aos recalques ao longo do tempo, que devem ser wntro-
lados, por medições diretas das deformações e observações, através de piezômetros, das pressões
neutras induzidas pela carga do aterro.
OBRAS DE TERRA PROSPECÇÃGI
Os métodos que permitem a obtenção de amostras para classificação visual dos solos,
realização de ensaios de laboratório e elaboração de um perfil registrando as condiçóes
do subsolo em profundidade, podem sergrupadoscomose segue.
ESCAVAÇOES TRADOS
- -- -i -- - - -- i
o Poços o Manuais
o Trincheiras e
o Galerias o Mecânicos
I_-. .-.
I
- . .
SONDAGENS 7
- --
ENSAIOS
.-
-1--
o Rotativa o Laboratório
OBRAS DE TERRA PROSPECÇÃO-2
ESCAVAÇ~ES
POÇOS ( NBR 9604) -
Constituem o melhor método para obtenção detalhada de informações sobre resistência,
3stratificação e descontinuidades dos solos.
A perfuraflo pode ser manual ou mecânica.
Exemplo de Aplicação Infomaçóes Obtidas
'
k
GALERIAS
b São escavações no interior dos maciços, escoradas nos trechos em solo ou em ro-
-
b chas. nas regiões de decomposição ou grande alteração.
-
SONDAGENS A TRADO
APARELHAGEM:
I
I
f Trado cavadeira
Recomendado para
solos argilosos, siltoços
Trado helicoidal
Indicado para solos argilosos,
silto-argilosos ou areno-
f -
I Planta Seçáo
I
I Informações obtidas: 1 coleta de amostras amolgadas profundidade dos horizontes de solo 1
determinação do NA volume dos materiais disponíveis em
eb cada camada de solo
9
C OBRASDETERRA PROSPECÇ~O- SONDAGEM PERCUSSAO -1
4
4
Sondagens a percussão com circulação de água
6
B
9 NBR - 6484 Execução de sondagens de simples reconhecimento dos solos.
5,
9 NBR - 7250 Identificação e descrição de amostras de solos obtidas em sondagens de
simples reconhecimento dos solos.
B
c!
B
NBR - 8036 Programação de sondagens de simples reconhecimento dos solos para
fundações de edifícios.
9
8 NBR - 6502 Rochas e solos - Terminologia
9
9 VANTAGENS APRESENTADAS PELO PROCESSO
9
9 Simplicidade na execução e no equipamento
4
Acesso fácil aos locais de sondagem
0
e, Rapidez na execução
b
g Custo relativamente baixo ( 0,005% do custo total )
b Permite a medida de um índice do solo e a realização de ensaios
b
@ Proporciona a determinação da profundidade de ocorrência do NA
E9
b
4
a) Perfuração do solo
b) Amostragem
) Ensaio de penetração
Inicial
Final
Após 24h
Após a retirada do revestimento
~RAS
DE TERRA PROSPECÇAO - SONDAGEM PERCUSSÃO - 3
Nas argilas, o N esta correlacionado com o índice de consistência e a coesão não drenada.
Alguns autores preferem a correlação do N (SPT) com a resistência a compressão simples das
argilas, resultando em gráficos, como o exemplificado na página seguinte, devido a Sowers.
Observações importantes:
A utilização de correlações empíricas deve ser feita com a consciência de suas limitações, pois
foram estabelecidas para uma determinada formação de solo e certas características e técnicas
de investigação.
b 30
E2
@ 25
a
a 20
s
&) N 15
b
Q 1o
e!
9 5
9
o
Resistência n6o drenada da argila c,
Sowers --- Tetzaghi-Peck
Boletim de campo de uma sondagem a percussão
MATERIAL
Limite da sondagem
OBRAS DE TERRA PROSPECÇAO - R O T ~ -AI
SONDAGEM ROTATIVA I
Movimento de rotação
Cabeça do bamlete
os detritos a superfície.
Bamlete duplo giratório
Testemunho da
Coroa diamantada
,
,,!/,,,/;,,,
/ >
/ I
/,/~/,,,,,
i
OBRAS DE TERRA PROSPECÇAO- ROTATIVA -2
O principal objetivo de uma sondagem rotativa é obter uma recuperação de 100% ou seja, ter
amostras ou testemunhos de todas as camadas atravessadas e dos materiais que, eventualmente,
prencham as fraturas. Uma recuperação de 90% pode representar um problema para o geólogo ou
engenheiro, particularmente se os 10% que faltam correspondem a um material mais fraco e por-
tanto de maior importância. Admitir-se que o terreno não recuperado é idêntico ao restante, pode
~onduzira uma interpretação errônea da formação investigada, pois, na técnica atual, as zonas
menos resistentes e em particular os enchimentos das fraturas são os que oferecem maior dificul-
dade a recuperação e essas zonas são, afinal, as que determinam o comportamento mecânico dos
maciços rochosos e também sua permeabilidade.
Embora não seja um objetivo fácil de se atingir em algumas situações, existem muitos fatores
influenciando a percentagem de recuperação que merecem ser analisados para que se possa reali-
zar uma boa sondagem.
Normalmente são usados bamletes do tipo duplo móvel, que se evitam o contacto do testemu-
nho com o tubo exterior em movimento e com a água de circulação. Essa condição tenderia a des-
gastar as partes menos resistentes do testemunho.
A água é injetada na zona cortante da própria coroa.
Há situações entretanto, em que o barrilete duplo móvel é ineficiente, tal como ocorre em for-
mações muito alteradas e são empregados bamletes especiais que eliminam, quase totalmente, o
trecho do testemunho sujeito a ação erosiva do fluido de circulação.
O diâmetro da perfuração
Para se poder variar a pressão aplicada a rocha, segundo as circunstâncias, é necessário usar
máquinas de sondar que permitam essa regulagem pelo operador, não ficando o mesmo restrito ao
controle do avanço.
Pode -se dizer que quanto mais dura for a rocha menor deve ser a velocidade de rotação da
coroa e maior a pressão sobre ela. Para rochas moles são recomendáveis velocidades altas e bai-
X, sões sobre as coroas.
OBRAS DE TERRA -
PROSPECÇÃO ROTATIVA -3
Na escolha da coroa deve-se fixar a quantidade de diamantes por unidade de área do bordo
cortante, o número ( ppq - número de pedras por quilate ) e a granulometria das pedras.
Geralmente são usadas coroas de 10 a 80 ppq, sendo recomendável um número elevado de
ppq (pedras pequenas) para rochas de alta abrasividade e compactas e um número baixo de ppq
(peças grandes) para rochas moles e friáveis.
Quanto as saídas de água, usa-se poucas saídas em rochas duras e abrasivas e um número
maior nas rochas moles e alteradas.
Tira-se partido também da posição onde são colocadas as saídas de água, dispondo-as na
parte cortante quando se trata de material sujeito a erosão.
A vibração está ligada a diversos fatores entre os quais a ancoragem da máquina, estado das
hastes e seu diâmetro que deve ser idêntico ao da coroa que está sendo utilizada.
A pencia do sondador
Muito frequentemente as sondagens são mal executadas por falta de conhecimento da equipe
que as estão realizando e nem sempre um material que apresenta uma recuperação baixa corres-
ponde a um maciço muito alterado.
Isto pode ocorrer em forma@es xistosas, sondadas em direção aproximadamente perpendicu-
lar à xistosidade e em maciços intensamente fraturados mas compactos, cuja baixa recuperação
pode ser decorrente de deficiência na técnica de sondagem.
As questões que se tem levantado na aplicação do RQD relacionam-se ao fato dos compri-
mentos das peças poderem ser influenciadas pelo sondador e a possível influência do diâmetro da
perfuração.
Admite-se que, desde que a sondagem seja conduzida por pessoal qualificado, usando equi-
pamento moderno, o RQD é um índice bastante significativo.
b
B *:* ROCK QUALITY DESIGNATION ( RQD )*:*
h ( Designação da qualidade da rocha )
ata-se de uma recuperação modificada em que são considerados, apenas,
peças do testemunho recuperado, com comprimento mínimo de IOcm,
nstituidos de rocha sã e dura.
Testemunho Recuperação
recuperado modificada
(cm) (cm)
101 ooo
o"o
Recuperação 5, 1
129/150=86% +13 RQD= 86115 0 ~ 5 7 %
Quanto ao RQD
medianamente alterada
muito alterada
I OBRASDETERRA PROSPECÇÃO - ROTATNA -5
I
I
ocasionalmente fraturada
pouco fraturada
medianamentefraturada
muito fraturada
extremamente fraturada
em fragmentos
amostras de solo são usadas para identificação e determinação das propriedades dos solos,
ssibilitando a realização de ensaios de laboratório.
REPRESENTATIVAS
Conservam todos os constituintes minerais do solo in-situ e se possivel, sua umidade natural
a
.
AMOLGADAS OU DEFORMADAS
9
strutura foi perturbada pelo processo de extração
em superfície
Blocos
Anéis
Cilindros
em profundidade
Tubos de ponta aberta (shelby)
Tubos de pistão fixo (Osterberg)
Amostrador Denison
?
B
C OBRASDETERRA PROSPECÇAO - AMOSTRAGEM - 2
I
b
AMOSTRAGEM DE SOLOS
b
a
b Bise1 cortante Parafin
B
a) Cravação b) Escavação em C) Acondicionamento
tomo do tubo
a) Cravação b) Extração do
cilindro cheio
. Aprofundidade
amostragem é precedida de uma perfuração até a
desejada, empregando-se equipamen-
tos usuais na execução de sondagens.
9
5
orifício .L . A contenção das paredes do furo pode ser conseguida
pelo emprego de tubos de revestimento ou de lama
Válvula de
h esfera bentonítica.
. perfuração
Durante a subida, a válvula impede que o fluido de
pese sobre a amostra e ajuda a criar um
vácuo parcialacima do solo, o que retém a amostra.
5 OBRASDETERRA PROSPECÇÃO - AMOSTRAGEM - 4
B
B I AMOSTRADOR DE PISTÃO ESTACIONÁRIO
B
RMA BRASILEIRA: NB 1071 -
Coleta de Amostras Indeformadas de Solo em Furos de Sondagem
RACTER~STICAS:
;ompletamente selado no fundo, pode seguramente descer através do fluido e material mole cortado,
em o risco de contaminação da amostra.
-
. qualquer
Mantendo o pistão estacionário e descendo o amostrador, o topo da amostra protegido contra
é
distorsão. O vácuo criado no topo da amostra é muito mais efetivo na retirada da amostra do
g
queoefeitodaválvulanotuboshelby.
DESCIDA AMOSTRAGEM
IRAS DE TERRA PROSPECÇÃO- AMOSTRAGEM - 5
AMOSTRADOR DENISON
EQUIPAMENTO E OPERAÇÃO:
Cabeça do amostrador
O emprego do amostrador Denison exige,
obrigatoriamente. uma sonda rotativa:
Camisa de latão
Retentor de amostra
guns aspectos do amolgamento não podem ser totalmente eliminados, como a variação
estado de tensões pela remoção das amostras.
itretanto, o grau de amolgamento pode ser controlado nas diversas etapas citadas.
As razões que podem conduzir à opção pela realização de ensaios de campo ou en-
saios 'in-situ', podem ser grupadas como se segue:
o
B
t dificuldade na obtenção de amostras indeformadas, como ocorre nas areias e so-
los muito moles.
9
5 OBJETIVOS DOS ENSAIOS DE CAMPO
4
t Determinação direta da capacidade de carga de elementos de fundação e dos seus
9 recalques. Neste caso, são estabelecidas relações empíricas entre os resultados do
4 ensaio e o comportamento dos solos.
5
eg t Estimativa das propriedades dos solos, tais como parâmetros de resistência, mó-
e dulo, de deformabilidade, coeficiente do empuxo no repouso.
Para a determinação dos parâmetros são construidos modelos matemáticos, os
a mais próximos possíveis dos fenômenos físicos que ocorrem durante os ensaios e
i-9 que possibilitem a determinação dos citados parâmetros.
eS
a3
9
e
B
e
9
3
9
IRAS DE TERRA - ENSAIOS- 2
PROSPECÇ~~O
z
\
I EXPANSAO CIL~NDRICA(Ensaio penetrométrico) ]
EXPANSAO CIL~NDRICA
A partir do estabelecimento de
uma relação tensão-deformação
pode-se determinar características
"2
de resistência ao cisalharnento, de
deformabilidade e coeficiente de
ernpuxo no repouso.
RAS DE TERRA PROSPECÇÃO - ENSAIOS - 3
FINALIDADE
HIPÓTESES DE CALCULO
$
LD z 2 r - 4
9
b
b
B
b
b
Rotação da palheta
B
i9 O momento de torsão máximo Mmax é obtido no ensaio quando da ruptura do solo, atuan-
h
do nas bases e na superfície lateral da superfície de ruptura a coesão c, não drenada.
b
1
D
b ~ÁLCULODO ENSAIO
B M,=x.D.H.c.-=-.D n.~'
H.c M
,,, = M, + 2M,
b 2 2
RAS DE TERRA PROSPECÇAO - ENSAIOS - 4
1 '
VELOCIDADE DO ENSAIO I
A 2irgila pode ser considerada um sólido plasto-visco-elástico: puramente elástico até certo
I
nív(el de deformaçáo e a partir daí suas deformações crescem com o tempo e por outro lado, a
ocidade de deformação é função linear da deformaçào.
3umento da velocidade se traduz por um endurecimento aparente do material.
ra que os resultados pudessem ser comparáveis, padronizou-se a velocidade de rotaçào em
.'Iseg (6"Imin)
HETEROGENEIDADE I I ANISOTROPIA
Um solo é anisotrópico quanto a coesão se
esse parâmetro variar com a direção consi-
derada.Nesse caso, nas bases atuaria a
9 are coesão CH e na parede lateral a coesão c ~ .
-.
B Pode-se estabelecer a expressão correla-
pedregulhos cionando CH e c~ com a relação HID e rea-
5 lizando-se ensaios com palhetas com di-
9 fragmentos de conchas versas relações H/D pode-se determinar
eS CHe =v.
9
HIPÓTESES SOBRE A RUPTURA
A instalação do vane causa modificações
,sapata de proteção
nas tensões do solo, bem como amolga-
mento da argila.
Na realidade, a superfície de ruptura não é
.i .1 i
, .j
da sapata cilindrica, podendo ocorrer outros modos de
ruptura.
As zonas próximas a palheta podem estar
sob tensões mais elevadas, com concen-
tração nas extremidades das lâminas (ruptura
progressiva).
palheta
de ruptura admitida
9 à palheta
9
c
IRAS DE TERRA PROSPECÇÃO - ENSAIOS - 5
s
ENSAIO DE PALHETA OU VANE-TEST
*:* FATORES QUE INFLUENCIAM O RESULTADO DO ENSAIO
I PLASTICIDADE DA ARGILA (
Analisando casos de ruptura de aterros sobre solos moles em que o projeto previa FS>l, L.Bjerrum
(8O Congresso de Mecânica dos Solos-Moscou-1973) concluiu que a coesão obtida no Vane deveria
ser comgida, multiplicando-se por um fator menor do que 1, para se levar em conta os efeitos do
creep (tempo) e da anisofrupia que se manifestam na ruptura do aterro.
ANISOTROPIA NO C~RCULODE
RUPTURA
w
Ao longo do círculo de ruptura há uma reori-
entação das tensões principais, o que faz cornpressao
Na conjunção dos dois efeitos , predomina o relativo a perda de resistência com o tempo.
Bjerrum mostrou que, quanto mais plástico o solo, maior a correção devida ao creep e menor a
correspondente a anisotropia.
o 2040 ~ 8 0 1 0 3 1 2 0
(segundo Bjerrum)
P
e OBRASDETERRA PROSPECÇÃO-ENSAIOS 7 -
C
C
b
ENSAIO DO CONE OU DIEPSONDERING 1
b
C PRINC~PIODO ENSAIO
B
b I FP
Consiste em determinar o esforço, estático e contínuo,
necessário para fazer penetrar no terreno um cone colocado
1
na extremidadede uma haste.
O esforço medido, dividido pela seção da base do cone, é
denominado resistência de ponta.
FT
revestimento
\ i Quando se associa as hastes uma camisa de revestimento
e mede-se a resistência a penetração do conjunto cone +
haste + revestimento, mede-sea resistência total F,.
b Com este tipo de cone , denominado cone holandês, obtem-se apenas o valor do atrito Ia-teral
édio de todas as camadas atravessadas e náo um atrito localizado. Este valor médio é influen-
ado pelo amolgamento das camadas superiores no contacto com o revestimento.
cste inconveniente foi contornado por outro tipo de cone, denominado cone Begmann, que
macamisa próximaaocone, permitindo a medida do atrito lateral local.
- 3BRAS DE TERRA PROSPECÇAO -ENSAIOS 8 -
-elemento
- porcso
HASTE
4cm
......... ........................
RESISTÊNCIA TOTAL
Sem mover a ponta, o revestimento desce 4cm res- v
tabelecendo a configuração inicial da aparelhagem e
o conjunto desce até 25cm abaixo da posição inicial,
determinando-se a resistência total.
Nessa posiçáo realiza-se novo ensaio de ponta
OBRAS DE TERRA PROSPECÇAO- ENSAIOS - 10
POSIÇÁO FINAL
camisa para
medida de
atrito lateral local
cone para
resistência de pont
RESISTÉNCIA DE PONTA
Mede-se o esforço necessáiro
para fazer, somente o cone, pe-
netrar 4cm, no terreno.
RESISTÊNCIA DE PONTA
i- I
Mede-se o esforço necessário para fazer,
o cone e a camisa de atrito, penetrarem
4cm, no terreno.
POSIÇÂO FINAL
Restabelece a posição inicial da aparelhagem e
todo o conjunto é penetrado 12cm no terreno, me-
dindo-se a resistência total. Assim, 20cm abaixo da
posição inicial, é realizado novo ensaio.
*:* CARACTER~STICASDOS EQUIPAMENTOS
EQUIPAMENTO DE 2.5 t
CARACTER~STICAS INFORMAÇ~ESOBTIDAS
ÊMBOLO A = IO cm2
-
EQUIPAMENTO DE 10 t
CARACTER~STICAS INFORMAÇ~ES OBTIDAS
ÊMBOLO A = 20 cm*
REVESTIMENTO +,fi = 36 mm
+int = 16 mm
PENETROMETRO HOLANDÊS
FOLHA DE ENSAIO RESULTADO DO ENSAIO Moa
PROFUNDIDADE
-
q, resistência de ponta
R,- resistênciatotal
CONE BEGEMANN
-
q, resistência de ponta Argila arenosa cinza
PIEZOCONE CPTU -
RELAÇÃOENTREOCPTEOSPT
R
@ Relação Resistência de Ponta, Relação Resistência de Ponta,
e, Den!ãidade Relativa e Tensão Vertical Inicial Densidade Relativa e Tensão MBdia Inicial
wles,1988 ) ( Bellotti,1986 )
OBRAS DE TERRA PROSPECÇAO- ENSAIOS - 17
o processo de amostragem, por mais cuidadoso que seja, altera a amostra, afetando o
*:* resultadoobtido para a permeabilidade.
de carga va,-jável
ensaio O de realizagomais simples, indicado para
os solos finos
g Ensaios de bombeamento
apropriados para solos ou rochas altamente permeáveis, nos problemas que
envolvem o rebaixamento do lençol d'água ou a avaliação de um aquífero para
abastecimento d'água.
t,= o t2=At
d
Nível do terreno
e,
Caso a) Permeabilidade predominante vertical
ei t,= O t2=At
Caso b) P e r m e a ~ d predomi-ontal
e
4 PROSPECÇÃO-ENSAIOS 19 -
OBRAS DE TERRA
C
I
.<- Nível do terreno
el da água
h,=h,+h,
Cota de ensaio abaixo do NA Cota de ensaio acima do NA
do terreno
da água
Cota do ensaio
h, = h, + H, h,=h,+h,+L/2
Cota de ensaio abaixo do NA Cota de ensaio acima do NA
E lq = F.K. h
-
h carga hidráulica
K - coeficiente de peneabilidade
I ENSAIOS DE BOMBEAMENTO
DO ENSAIO
PRINC~PIO \
.--
dágua emoutros poços.
Adisposição dos poços é mostrada, esquemati- 4
carnente, nafigura. ',
----
A água é bombeada a uma velocidade cons --+----e
tante até que os níveis da água permaneçam
constantes nos poços de observaçâo, ou seja
quando se estabelece um regime permanente i,
I
de escoamento.
São registrados a descarga do poço e os níveis
nos poços de obse~açáo.
i I
H I P ~ T E S E SBASICAS
4 Formaçãoarenosa, homogênea, isotrbpica + Níveld'água original horizontal.
+ O poçopenetraemtoda a espessura da camada.
gradiente hidráulico . dh
I=-
dr
área através da qual ocorre o
escoamento
A = 2nrh
r dr
dh
'artindo da Lei de Darcy: = &= k r ~ t ~ -
dr
dr 271
ou -=-Khdh
r q
Logo:
OBRAS DE TERRA PROSPECÇAO-ENSAIOS - 22
Com os resultados obtidos são traçados gráficos correlacionando a descargaabsorvida pela rocha, por
unidade de comprimentodo trecho ensaiado com as pressões aplicadas.
São os denominados diagramas de Lugeon.
.
Ê A
C Caso ideal. A lei de Darcy impõe que o escoamento seja
-
'E
5
o
diretamentepmporcional& pressão.
i
Não há abertura nemwlmatagemdefisçuras.
N
m
>
pressáo ( kg~ctn')
A passagem da água sob pressão provocou A passagem da água sob pressa0 provocou
um aumento da permeabilidade, pois a vazáo uma diminui@o da permeabilidade, indican-
na descarga 6 maior doque no carregamento, do umfechamento das fraturas (wlmata-
sugerindo que ocorreu uma abertura das sem).
fraturas. A MZ%O diminui para uma mesma pressão no
estágio de descarregamento.
ugeon definiu uma unidade para medir a absorção da água pelas rochas.
lugeon - absorção de 1 (um) litro de água por minuto por metro de perfuração, quando a
pressão assume o valor de IO kgf/cm2.
8 Apêndice
1 PERCOLAÇÃO EM MACIÇOS TERROSOS 1
'
b
No Curso de Mecânica dos Solos, quando se abordou o assunto da permeabilidade, foram
considerados casos simples de eswamento da água nos solos em que a aplicação direta
s
b da Lei de Darcy era suficiente para calcular-se a descarga através da massa de solo, o
gradiente hidráulico, a força de percolação,etc.
5
@ São exemplo dessas situações:
-
e3
lg ENSECADEIRA BARRAGEM DE TERRA
e Permitem a escavação abaixo do nível A agua retida pela barragem perwla através
d'água. Deverá ser efetuado um bombea- do maciço terroso e pode surgir no talude de
e)
nento para manter-se o NA no fundo, jusante, se não for interceptada por um filtro.
)aias a agua percola através do terreno,
entando restabelecer o nível externo.
ti
b
g OBRAS DE TERRA PERCOLAÇAO - 2
b
1 I REDE DE PERCOLAÇÁO I
b
b Para a solução dos problemas da percolação plana, recorre-se aos gráficos denominados
C redes de percolação, decorrentes da solução da equagio de continuidade de Laplace.
B
MN e PQ - linhas de fluxo
MP e NQ - linhas equipotenciais
equipotencial ,
linhas de fluxo
s equipotenciais
9
8 CARACTER~STICASDAS REDES DE FLUXO
B
B
B O A água tende a seguir o caminho mais curto entre dois pontos
Nos problemas em que as linhas de fluxo são curvilíneas, a lei de Darcy não pode ser
aplicada diretamente porque o gradiente hidráulico é desconhecido.
E necessário estabelecer uma equação diferencial, cuja solução fomeça a distribuição da
carga hidráulica do regime de percolação e, em consquência, o gradiente hidráulico.
dz Solo saturado
VX...-.+ i
>,/T . VY
+dx
.A
-- vz
O fluxo não modifica a estrutura do solo
/
1 Examina-se a entrada e a saida do volume de água em cada uma das direções,
separadamente, e portanto são empregadas derivadas parciais representando o
gradiente de variação em cada direção.
1 EQUAÇAODE LAPLACE 1
r A equação de Laplace descreve, matematicamente, não
a'h d2h só o fluxo de agua através dos solos, mas também de
-+-=o outros fenômenos físicos.
3x2 3~2 Representa uma situação particular de solo isótropo em
3! relação a pemeabilidade e fluxo bidimensional.
9
e)
-3 SOLUÇÃO DA EQUAÇAO DE LAPLACE PARA UM CASO SIMPLES -3
B Escoamento Unidimensional
a'h
Escoamento linear -- -0
ax2
Integrando-se h = C1 x+C2
Ponto I x I h I
A O H entrada
B L O saida
definidas por:
1
Se as funções d, e sáo as soluções procuradas
a*++-d 2 4= Oe-a2w+-=o
- dZy
a2 LS2 iikZ LS2
e:* FUNÇÃO POTENCIAL
FUNÇÃO DE FLUXO
($)d.(s]
g
dv=-vydx+vXdy=O
L v = -1
g OBRASDETERRA PERCOLAÇÃO -7
i _ _ e -
X
Curvas em que 4 e h são constantes
em todos os pontos sao linhas
equipotenciais
0
a- FUNÇÃO DE FLUXO
4 & acv Curvas em que o coeficiente angular da
dy=-dx+-dy
'3 bx aU tangente em cada ponto é igual ao do
9 dv=-vy.dx+ v d y vetor velocidade de percolação são linhas
se yl= constante dv=O de fluxo.
dy
-=-
dx v,
Itraçar-se uma rede de fluxo é conveniente As redes devem ser constituidas de quadrados
otar-se A+=Aq constante para cada par de curvilineos, isto é, Ay=A+.
rvas consecutivas.
Ias linhas de fluxo ou duas equipotenciais não podem cortar-se; não haveria área para
o da água ou um ponto teria duas cargas hidráulicas diferentes.
IRAS DE TERRA PERCOLAÇÃO 8-
IIrarli partido das semelhanças risiczzs para as quais as relações também são estabelecidas
pela equação de Laplace.
Experimentalmente, o mais útil é o que utiliza a correspondência entre o escoamento da ele-
tricidade em um material condutor e a percolação no meio poroso.
ODELOS REDUZIDOS
20 usados em geral para fins didáticos e de pesquisa, pois seriam muito onerosos, para
andes projetos.
\ Barragem Impermeável
v2
I I I il i -- .
Meto dndutor / I
I
1
/ /
/
/ -
/-,
.
.'
\
1
/ \
/ 1 / \
/ / I \
Linha ~quipotencial-/
(V=ccinstante) 1 I
I I I I I I I I \
ANALOGIA ELETRICA
tante V = constante
IRAS DE TERRA PERCOLAÇÃO 10-
MODELO REDUZIDO
ubos de vidro
tinta colorida)
base da
'escavação
uperfííie
o terreno
nha de
luxo -
-
INTERFACE ÁGUA MEIO PERMEÁVEL
--
impermeAve1
-
1 2 Linha de Saturação
Na linha de saturação a pressão da água é igual a atmosférica h =z
2 4
-
-
NTERFACE MEIO DE PERMEABILIDADE k~ MEIO DE PERMEABILIDADE kg
e3r
ea
s
c3
Ocorre dentro de limites de saturação
e? ESCOAMENTO CONFINADO
conhecidos
A
seção simples (meio homogêneo)
seção simples
seção composta
IBRAS DE TERRA PERCOLAÇÃO - 14
/ Para uma primeira tentativa, não traçar mais de 4 ou 5 vias de fluxo, pois a
preocupação com maior número de linhas poderá desviar a atenção de
outros detalhes importantes.
/ Não tentar acertar detalhes antes que a rede, como um todo, se apresente,
aproximadamente, correta.
4 Notar que, sempre, todas as transições entre trechos retos e curvos são
e suaves e de forma elíptica ou parabólica. 0 s quadrados em cada via de fluxo
eà mudam gradativamente.
9
BRAS DE TERRA PERCOLACÃO - 15
NA
--
-- --
---.
- - Cortina LF - linhas de fluxo
LE - linhas equipotenciais
LE mdxima LE mínima
Identificar as condições de
contorno
AB e CD - linhas equipotenciais
limites
Inicio das LE , BEC e EG - linhas de fluxo limite
P -
9 0 ' L-
90°& 90%
- 9O0A & -9& ---
G Assinalar as direç8es de início
e f i m das linhas de contorno
Impermeável
(a)
eJ
Desenhar uma primeira
tentativa de famíiia de linhas
de fluxo ou equipotenciais.
obedecendo às condiçOes de
contorno.
-
e Mantendo as linhas traçadas.
esquematizar a primeira
b tentativa da rede de fluxo.
B Desenhar as linhas ortogonais .
3 Setas indicam as direçóes
das correçóes necess6rias
RJ
a
ag
b
B
Apagar e redesenhar as linhas
linha de fluxo
até que todas as malhas sejam
quadradas.
b Subdividir para obter maior
precisão e detalhes.
9
hJ!
83
R
9
9
9
ri
BRAS DE TERRA PERCOLAÇAO - 16
7
e 9 0O 9 0 y%y9o0
e Linhas de fluxo
Equipotenciais Linhas de fluxo
B J
90'
óes a 90"
,--
Linha de !luxo
Linha equipotencial
fíitm
CONDIÇ6ES DE CONTORNO
Equipotenciais Linhas de Fhxo
BC - +Kh CD -tinha de saturação
AD - $ = O AI3 -tinha inferior
9
9 PROPRIEDADES DA LINHA DE SATURAÇÃO
-
A linha de saturação ou linha freática é uma linha de fluxo particular, na qual atua a
pressão atmosférica e , portanto, a pressão piezométrica é nula.
Cada ponto da linha de saturação tem como potencial hidráulico ou carga total a sua
própria cota em relação ao plano de referência adotado.
.................. hp=hR=h
a
a As equipotenciais são ortogonais a linha de saturação, pois esta é uma linha de fluxo.
@
P As perdas de carga são altimétricas. Assim, as distâncias verticais entre os pontos de
4
interseção com a linha de saturação de duas equipotenc~ais wnsecutivas são
B constantes, ou seja, Ah = constante.
A linha de saturação, sendo uma linha de fluxo, deve ser perpendicular ao talude de
montante (equipotencial), no seu ponto de entrada no maciço.
/
A linha freática é tangente ao talude de jusante ( taludes'rnenores que 90") ou tangente
a vertical no ponto de saída, caso haja drenagem.
BRAS DE TERRA PERCOLAÇAO - 18
8
B
C OBRAS DE TERRA PERCOLAÇÃO - 19
C
e
e0
'n O SOLUÇÃO DE KOZENY
I
As linhas de fluxo e as equipotenciais são constituídas de parábolas homofocais, com foco
no ponto F , que marca a passagem do material impermeável para o filtro.
2 2
x = Y-S
2s
OBRAS DE TERRA PERCOLAÇAO - 20
A adaptação da solução de Kozeny as condições reais das barragens de terra foi feita por
CASAGRANDE, modificando a curva na entrada do maciço
SOLUÇÃO DE CASAGRANDE
-
EB projeç3o da área molhada
AB = 0.3 (EB)
vértice e a distância focal podem ser determinados por um .processo simples baseado nas
apriedades da parábola.
1 MEIOS ANISOTR~PICOS+APLICAÇÃO
:+ DA LEI DE LAPLACE I
0 s solos sedimentares e os maciços compactados mecanicamente são anisotrópicos pois,
pelo processo de sua formação, a pemeabilidade horizontal (Kx) é maior do que a
permeabilidade vertical (Ky).
a2h
Para esses materiais, a equação da continuidade assume a expressão K,-+ K,- a2h = O
âX2 ay2
Esta equação não é a equação de Laplace e portanto sua solução não será a mesma
daquela equação.
SECÃO TRANSFORMADA
3ra que as soluções correspondentes a equação de Laplace possam ser aplicadas a um
eio anisotrópico, torna-se necessária uma mudança na escala do desenho, reduzindo-se
;dimensões, no sentido da maior pemeabilidade.
Determinação de (a):
- L
'
,
a ,. ,L
(bax 3
\, \ -
'
azh - a2h
-- =_._._=_.-
1 a2h: i%
ax a anz %i a2 ax2 ,
Na equação d e kntinuidadè! . ~ ,.
*,
ô2h ô2h
K,-+K,- =O
dx2 ?Y2
2 a2h d2h
K,a = + K , d y ~ - - 0
K,
-2-
a2h + 7d2h
=0
K, ax2 ay-
Para transformar esta equação na equação de Laplace
Kx
-0 2
= I a 2 =K- a, =
K Y K,
IBRAS DE TERRA PERCOLAÇAO - 22
Seção
Transfomada (d) SeçSo Real (a)
como
BRAS DE TERRA PWCOLAÇÃO - 24
NA
y = 5.8. lo4 m d s
5 = 2.3 .104 m d s
SEÇAO TRANSFORMADA
PERMEABILIDADE EQUIVALENTE:
m
E9
ei OBRAS DE TERRA PERCOLAÇAO - 26
b
b
b I APLICAÇ~ESDA REDE DE FLUXO I
0:- NOMENCLATURA E FORMULARIO
mprimento representativo da
hc=(HInd).np=Ah.np
drostática (altura de água no piezômetro
acima do NA de jusante)
Hp altura da carga total mhxima que haveria em P, se não houvesse perda de carga,
adotando um plano de referência (NR)
eg
1
OBRAS DE TERRA -
PERCOLAÇÃO 27
e3
admitindo a G l
Lei de Darcy q=K.i.A q = K. Ah. nf Ah=HInd
F, q = K. H. (nf I nd)
9
Q
@ EXEMPLO NUMÉRICO:
B
Para o escoamento da figura, pede-se a perda de água pelo terreno em m3 Idia. m, sendo
K = 0,01 mrn Is
B
B Soiução:
0
K = 0,01 mm Is = 10-5 (60 x 60 x 24) = 0,864 m Idia
B
b q = 0,864 x2,5 x (4 16) = 1,44 m3 I dia. m
vBRAS DE TERRA PERCOLAÇÃO - 28
'
9
PELA UNHA DE SATIJRA~AO:
1 t---d-
1 Na parábola básica Pela Lei de Darcy
C OBRAS DE TERRA PERCOLAÇAO - 29
r?
k CÁLCULO DO GRADIENTE HIDRÁULICO
b
Exemplo Numérico:
H .i = - = Ah H
Ah=-
' d I
-
nd.I Calcular o gradiente hidráulico junto a cor-
tina, na saida do fluxo.
3-0.5 - 2.5 o.41kn
Ah =
nd 6
.I=-=Ah --
0.417 - 0.51
I - comprimento de uma linha de fluxo pas- 1 0.82
sando pelo ponto P
Q
Y Nos meios anisotrópicos, o valor de ( I) deve ser tomado na rede de fluxo da seção
real.
Exemplo Numérico:
b
Em última análise, as pressões hidrodinâmicas podem ser calculadas a partir das pressões
piezométricas.
B
9
6
g ROTEIRO PARA O CALCULO
A
9 a) Escolher o plano de referência NR
e,
pode ser adotado um NR para todos os pontos onde se quer calcular up
B o NR pode passar pelo ponto considerado.Neste caso, ha = hp pois Z = O
9
9 b) Calcular Hp c) Determinar Np
9
9 d) Calcular a perda de carga total e) Calcular a carga total no ponto P
Ahp = (H Ind). Np (carga máxima - perda de carga)
B -
hp = Hp (H/ nd). Np
......
i::::::::
......
rg
CJ
OBRAS DE TERRA PERCOLAÇAO - 3 1
b
9 EXEMPLO DE CALCULO
Ponto HP NP A ~ P hp = ha 'JP
1 H 1 H110 H -0,IH (0,9HhJa
2 H+D2 1,5 1,5 (H i 10) H + D2 - O,i 5H (D2 + 0,85H)ya
3 H 4,3 4,3 (H 1 10) -
H 0,43H (o957~ha
4 H + D4 9,5 9,5(H110) H+Dq-0,95H ( ~ +40 ~ 0 5 ) ~ ~
ROTEIRO:
5) up"hap Ta
OBRAS DE TERRA PERCOLAÇÃO - 32
EXERC~CIOa)
3) Condição de levitação
Para haver levitação a'= O o'=ot-u=O at = u
IJA=(2,0+ l,O+Ah)x10=47,8 Ah = 4,78 - 3,O = 1,78 m
Como nD não mudou h= H/~D H = 1,78x11 = 19.58rn
Altura da água na cortina HC= 19,58 - 5,30
Hc = 14,28 m
BRAS DE TERRA PERCOLAÇÃO 34 -
XERC~CIOSPROPOSTOS
Qual a pressão efetiva em A, se o nível d' água estabiliza-se em ambos os lados da parede
a 8,20m como mostrado na figura?
,..
9 m.
b
Que sobrecarga q, em k~lm', propiciará um fator de segurança F = 2 no ponto A, pdra u m
a
9 carga não balanceada de i3,5m? ( H=l3,5m)
e
4 Resposta: q = 35,46 k ~ / m ~
s
C
OBRAS DE TERRA PERCOLAÇAO - 35
e!
C
b
b
A resultante da pressão da água sobre um elemento impermeável existente no interior
6! de um horizonte de solo, denomina-se subpressão.
e!
diagrama de distribuieo de subpressão é obtido calculando-se em cada ponto a
e! pressão piezom6tnca.
Quando o solo sofre percolaçáo, as pressões da água são determinadas pela REDE DE
FLUXO.
cotas em m
cotas em m
h~=(10+3,35)-2(10/12)=13,35-1,70=11,65m
h~=(10+3,35)-3(10112)=10,85m
-
h~ = ( 10 + 3,35) 9,O ( 10112) = 5,85m
DETERMINACÃO DA SOBREPRESSÃO
EXEMPLO NUMERICO
No ponto A No ponto B
np = 8 n, = 2
hC=8x1,2=9,6m h, = 2,4m
u, = 96,O kN 1 m2 u, = 24,O kN I m2
FORÇA DE PERCOLAÇÃO
A força exercida pela água sobre a estrutura do solo quando percola através de seus vazios,
pode ser expressa por:
F=iVy, -
V volume do solo
F=iy, força de percolação por unidade de volume de solo.
EXEMPLO:
b
eq - +
R
c9 força de
ca perwlaçáo
a percolação descendente Força resultante Pf2=(qsÚ,+
izyJA
e
B
OBRAS DE TERRA PERCOLAÇAO - 41
W - peso submerso
U, - resuitante da sobrepressao
lilliiw
1 l 1 1 1 1 1
+ t $ f t t t u c uc
1 1 1 1 1 1
n, = 6
(hC)D=(2,5x1,8)16=0,75m
OBRAS DE TERRA PERCOLAÇÃO - 42
MÉTODO DE TERZAGHI
Pelas imprecisões nas obtenções dos dados, utiliza-se um fator de segurança mínimo de 4 a5
EXEMPLOS:
Para combater o piping junto e a jusante da cortina de estacas
pranchas, coloca-se um filtro que, além de aumentar o peso sobre
o terreno, impede a saida dos grãos finos
ir
ficha
extra
Solo permehvel
Um acréscimo da ficha da cortina, aumentando o caminho de
percolação,também colabora na estabilidade da cortina.
NA
-
.....:..:.,
<
.....~...... .
-
-
- .r:,.::..:;.::..>
..
estacas pranchas
Solo permeável -
OBRAS DE TERRA PERCOLACAO - APÊNDICE- 1
Parábok básica
I
I
Conhecidos o foco F, o vértice C e um ponto A de uma parábola, esta poderá ser deteminada
graficamente.
d) 0 s pontos I',
2' e 3' sobre AB são ligados a C. As interseções das horizontais com I'C, 2'C e 3'C
deteminam pontos da parábola.
,Y
iste um recurso gráfico de determinação de a' ou seja, da posição da interseção da parábola
sica com o talude, sem a necessidade do traçado da parábola.
Marcar AB = 0,30MB
9 A horizontal passando por J' determina J que é passagem da parábola básica e tem-se a + Qa.
g) I J é tangente a parábola básica.
EXEMPLO NUMÉRICO
Traçar a linha de saturação da barragem cuja seção transversal está indicada na figura.
!
45,O
Cotas em metros 1
OBRAS DE TERRA PERCOLAÇAO- AP~NDICE- 3
b) Com centro em F e raio FA, determinou-se E e a seguir G, pela vertical que passa por A
EG = 3,Om
Aa
f) Com -= 0,14 e a' = 2,O s Au = 2,O x 0,14 = 0,28m a = 2 0 - 9 2 8 = /72m
a'
OBRAS DE TERRA PERCOLAÇAO- AP~NDICE- 4
A solução para a linha de saturação em maciços temsos com taludes suaves foi estabelecida,
simultaneamente, por Schaffemak e Van Iterson e modificada por Casagrande, quanto ao ponto de
entrada no talude de montante.
A descarga através de toda a seção da barragem poderá ser escrita, em função das coordenadas
de uma seção qualquer:
4'-- tga
No ponto K a linha de saturação é tangente ao talude, logo - . Então, na seção que passa
cúc
lor K a expressão da descarga será Q = k.a.sena.tga que poderá ser substituida na expressão
interior.
OBRAS DE TERRA PERCOLAÇAO- APÊNDICE - 5
y2 +a2.sen2a
x= para x = d y=4
2a.sena. t g a