Este documento fornece uma análise detalhada de uma partida de xadrez, identificando problemas conceituais com o desenvolvimento de peões e sugerindo estratégias para melhorar, como movimentar poucos peões no início para desenvolver peças e concentrar forças no centro do tabuleiro.
Este documento fornece uma análise detalhada de uma partida de xadrez, identificando problemas conceituais com o desenvolvimento de peões e sugerindo estratégias para melhorar, como movimentar poucos peões no início para desenvolver peças e concentrar forças no centro do tabuleiro.
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Análise da análise:
Sua análise revela alguns problemas conceituais. Você sente
dificuldade com relação aos seus peões, mas não sabe, exatamente, quais e como resolver.
“não desenvolvimento dos meus peões”
Vamos fazer uma correção na linguagem, para melhor
compreensão posterior: No conceito de desenvolvimento no xadrez, os movimentos de peão não fazem parte, esse conceito se refere às peças (menores = B e C; maiores = D e T). O desenvolvimento trás a idéia de você “tirar” a peça de sua casa inicial colocando-a numa casa em que ela tenha uma maior atividade.
Tratando especificamente de Peões, é importante conhecer os
conceitos de:
Peão dobrado (dois ou mais P na mesma coluna), do ponto de
vista ofensivo é ruim, pois um atrapalha o outro na hora de avançar
Peão Isolado (quando não há outro nas colunas adjacentes para
apoiá-lo), significa que, para defendê-lo você terá que utilizar uma peça, posto que ele sempre será um alvo de ataque.
Peão Atrasado (aquele que ficou prá trás quando os das colunas adjacentes avançaram), não tendo outro peão prá apoiá-lo, ele precisará de uma peça para sua defesa, e se ele for a base de uma cadeia de peões, será o ponto vulnerável da estrutura.
Estrutura de Peões: Formação típica de peões que se apresentam
nas aberturas ou em outros momentos da partida, definindo o “caráter” da posição (fechada, aberta, semi-aberta) Peões Colgantes (flutuantes) (dois ou mais peões que estejam separados dos demais)
Peão Passado (peão que não tem peão adversário na frente e nem nas colunas adjacentes), este pode ser isolado ou defendido por outro, ou por peça. É um candidato a coroação e seu adversário terá que freá-lo a todo custo.
Ilhas de Peões: Peões que se encontrem separados dos demais,
formando blocos.
A teoria preconiza que, todo movimento de peão é um “gasto” de
tempo, pois esse tempo não é utilizado para desenvolver peça. Recomenda-se assim, movimentar dois ou três peões na abertura, com o intuito de abrir espaço para desenvolver as peças. Lembre- se que toda regra tem exceção, há casos que se torna necessário movimentar mais do que o recomendado.
Outro conceito muito importante é o Tempo. No xadrez, tempo é o
lance que se executa, ou seja, se hipoteticamente, um C sai de g1 para f3 e em seguida volta de f3 para g1, o jogador terá gasto dois tempos (lances) para ficar na mesma posição em que estava. A resultante é zero. Neste meio tempo seu adversário jogou duas vezes, obviamente deverá ter passado à frente no desenvolvimento do jogo.
O Centro (casas e4,d4,e5,d5) e o Centro expandido (casas
imediatamente ao lado das mencionadas) são as áreas do tabuleiro onde deve-se concentrar o maior número de forças, as peças e peões deverão exercer ali a sua maior potencialidade, pois desta área do tabuleiro será mais próximo de se lançar um ataque a qualquer ponto do mesmo. Bispo ou Cavalo ?
Qual é o melhor?
Em posições abertas, com diagonais livres o B será melhor. Dois B
dão mate mais fácil.
Em posições fechadas, o C será melhor, é uma grande arma com
sua ação “indireta”, porém necessita estar mais próximo do alvo.
Voltando ao nosso jogo, seus peões de “a” e “b” gastaram tempo
correndo atrás do B de casas brancas, sem contudo atingir seus objetivos, ficaram no meio do caminho, deixando o B confortável na diagonal a2-g8. E se, ao invés dessa perseguição inútil, as pretas tivessem jogado o P em h6 antes de ter o B de casas pretas lá “pregando” o C de f6 ?
Não acho que o roque tenha sido tardio, nem que o B tenha sido prematuro, o problema foi que ao jogar Bb4+, tomou um c3 chutando o B, que voltou errado para “a5”. Se tivesse voltado para e7 teria resolvido todos os problemas das pretas.
A D ter ido a e8 sem um motivo aparente, foi o princípio das dores,
pois levou o Bxf6 obrigando a retomada com gxf6.
É preciso ter calma para ir ao ataque com o devido preparo. Sondar
as debilidades da posição inimiga para elaborar um plano aceitável.
Você já deve ter ouvido dizer que o xadrez é um jogo de paciência,
mas não aquela de esperar seu adversário jogar, quando ele demora a pensar, mas a paciência de construir a sua vitória. Não vamos ter resultados imediatos. Prepare-se para trabalhar duro e colha os frutos na hora apropriada. Antes vem o preparo da terra, a semeadura e só depois a colheita.
