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Geração Low Carb - Dicas - PDF Versão 1

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Geração Low Carb

Seja bem vindo! Este material é destinado para você, que já está praticando a
alimentação Low Carb ou Paleo. Contém dicas baseadas em dúvidas comuns que
diversas pessoas tiveram ao longo das suas jornadas. Esperamos que contribua
para que o seu estilo alimentar seja o mais saudável possível.

É válido ressaltar que não somos médicos ou quaisquer outros


profissionais da saúde. Sendo assim, para mais esclarecimentos, procure seu
médico e, para cardápio individualizado, procure seu nutricionista.

Caso não tenha retirado da sua rotina todos os carboidratos refinados, como
açúcar refinado e farinha de trigo, e todos os óleos vegetais processados, como
óleo de soja e margarina, é melhor que leia e pratique antes nosso material inicial.

Não tenha pressa! O importante é praticar aquilo que já se aprendeu.


O que é natural é saudável?
Muitos possuem a mentalidade de que tudo que é natural é saudável.

De fato, um estilo alimentar mais próximo de produtos naturais é, em geral,


mais saudável do que um estilo baseado em alimentos altamente processados
industrialmente.

Entretanto, nem sempre é assim. Há frutas na natureza, por exemplo, que são
comestíveis para alguns animais e, para seres humanos, são venenosas.

Ao longo das próximas páginas serão abordados alguns alimentos naturais que
fazem parte de uma “rotina alimentar normal”, mas não são saudáveis, a saber:
arroz e feijão, leite e sucos naturais.
Arroz e Feijão
Arroz e Feijão é o prato típico de um brasileiro normal. Culturalmente, fomos
acostumados a comê-los no almoço e no jantar. Muitos acreditam que não há
problemas devido ao fato de esses dois alimentos serem encontrados na natureza.

O feijão é um grão e, sendo assim, não é liberado na Low Carb (por causa do
índice considerável de carboidratos) e nem na Paleo (nossos antepassados não
cozinhavam feijão).

Além disso, ele possui fitatos, que são substâncias naturalmente presentes nos
grãos e leguminosas (aveia, feijão, ervilha, lentilha, grão-de-bico, milho e etc…).

Quando comemos feijão, os fitatos nele presentes se ligam a sais minerais,


como o zinco, ferro e cálcio no intestino, impedindo que o corpo aproveite bem
esses micronutrientes. Por este motivo, esses compostos são chamados de
“antinutrientes” e, portanto, não vale a pena consumir feijão.
Arroz e Feijão
Por outro lado, o arroz é um alimento que é consumido por povos milenares,
como o japonês. No entanto, o arroz atual está muito longe do que era consumido
por esses povos.

Este alimento passa por processos industriais a fim de amaciar os grãos. Tais
processos retiram boa parte dos seus nutrientes, restando apenas amido, ou seja,
carboidratos. Dessa forma, o arroz branco é feito de carboidratos pobres em fibras
e outros nutrientes, motivo pelo qual possui alto Índice Glicêmico, quase igual ao
do pão.

Mesmo o arroz integral, que é vendido com o rótulo de “saudável”, tem um


elevado Índice Glicêmico. Semelhantemente ao arroz branco, não vale a pena
consumi-lo. Sendo assim, arroz não é nem Low Carb e nem Paleo.

Concluindo, apesar de arroz e feijão serem dois produtos naturais, não é


aconselhável o seu consumo.
Leite
Os leites de origem animal, apesar de serem alimentos naturais, não são
liberados na Alimentação Low carb, pois contém lactose, um tipo de açúcar. Além
disso, o leite disponível no mercado é processado industrialmente (leite de caixa e
leite em pó) e, portanto, não é recomendado na Alimentação Paleo.

De igual modo, o leite “sem lactose” também não é permitido, uma vez que,
artificialmente, é inserida a enzima lactase, que quebra a molécula da lactose,
transformando-a em galactose e glicose, ou seja, o leite continua tendo açúcar.

Ainda sobre este assunto, o leite desnatado não é liberado por dois motivos:
parte da gordura, que supostamente seria a parte boa do leite, é retirada por
processos industriais e, em seguida, para não deixá-lo tão ralo, é inserido amido
(carboidratos) na sua composição.
Sem Lactose

Desnatado
Derivados do Leite
Os derivados do leite (laticínios) são permitidos, com moderação, na Low Carb
e Paleo (apesar de serem industrializados, são liberados devido aos seus
benefícios).

– Com relação ao queijo, requeijão e iogurte natural, a lactose é digerida por


microorganismos, chamados lactobacilos. Consequentemente, a priori, não há
açúcar nas suas composições.

– Creme de leite, nata e manteiga, de igual forma, são liberados porque são
feitos da gordura do leite, ou seja, gordura animal, que é boa.

Não se esqueça de, quando for comprar quaisquer derivados do leite, olhar a
composição na embalagem, a fim de verificar se há ingredientes não permitidos.

Creme
Natural
de Leite
Suco “Natural”
Primeiramente, é preciso esclarecer que, apesar de o suco ser feito de frutas
naturais, nossos antepassados não batiam frutas no liquidificador ou as
espremiam no espremedor de frutas. Portanto, não é permitido suco natural na
Paleo.

Agora, vamos para uma abordagem Low Carb. Quando se faz um suco
“natural”, a hélice do liquidificador ou do espremedor destrói boa parte das fibras
(um tipo de carboidrato que o corpo não consegue digerir, mas contribui para o
bom funcionamento do intestino) dos vegetais, como, por exemplo, a couve ou a
laranja.

Isso faz com que o corpo faça a digestão mais rápida dos carboidratos que são
digeríveis. Consequentemente, sucos “naturais” possuem um Índice Glicêmico
maior do que comer as frutas nas suas formas originais, como são encontradas na
natureza.
Suco “Natural”
Além disso, sucos feitos a partir de frutas que possuem uma quantidade
considerável de frutose (um tipo de açúcar que é encontrado em alguns alimentos
naturais, como as frutas). Um copo de suco de laranja contem, no mínimo, três ou
quatro laranjas. Não é nada Low Carb.

Há também os sucos “detox”, os quais são rotulados como bebidas saudáveis


que “desintoxicam” o corpo. Lembre-se que não existem alimentos que façam o
milagre de desintoxicar o corpo em um curto período de tempo. A forma de
desintoxicar o corpo é ter uma constante boa alimentação.

Sendo assim, sucos “naturais” também não são saudáveis, pois as fibras dos
vegetais são retiradas e, se forem feitos de frutas com uma quantidade de frutose
considerável, são uma “bomba de frutose”, com alto Índice Glicêmico.

Coma os vegetais e beba a bebida mais saudável do mundo: a água!


Adoçantes na Low Carb
Hiperpalatabilidade é a característica de um produto de possuir uma
intensidade de sabor muito além daquela presente na comida real. Tal
característica foi introduzida pela indústria nos alimentos processados. Uma vez
que estejamos acostumados a consumi-los rotineiramente, a comida de verdade
começa a parecer sem gosto.

Consequentemente, fazer o uso recorrente de adoçantes (Xilitol, Eritritol e


Stevia, por exemplo) é um hábito muito comum para quem é iniciante na
Alimentação Low Carb, devido ao paladar ainda não estar acostumado com o gosto
dos alimentos que antes eram ingeridos adoçados com açúcar como, por exemplo,
o café. É importante ressaltar que o paladar, com uma alimentação saudável, volta
ao normal ao longo do tempo.

É importante ressaltar que, apesar de serem adoçantes permitidos na Low


Carb, são produtos industrializados e quimicamente processados. Portanto, devem
ser utilizados com moderação, ou seja, não devem fazer parte da sua rotina.
“Receitinhas” na Low Carb
Um dos erros comuns de quem está fazendo Low Carb é o uso excessivo de
“receitinhas”. Não há problemas em fazê-las, desde que sejam esporádicas.

Low Carb é baseada em comida de verdade. É preciso, portanto, mudar a


mentalidade. Muitas pessoas, ao longo da Low Carb, fazem, em excesso, “pão low
carb”, “bolo low carb”, “brigadeiro low carb”, “queijadinha low carb”, “biscoito low
carb” e etc, a fim de matar a saudade do gosto de alimentos que comia antes da
sua mudança alimentar.

Tal hábito não contribui para que a pessoa possa resistir à vontade de comer
alimentos não permitidos, uma vez que ela não mudou a sua mentalidade sobre o
estilo alimentar de vida. Ou seja, frequentemente coloca na boca coisas cujo o
gosto fazem lembrar o passado. Isso não ajuda em nada.

Outro aspecto importante é que fazer receitas é muito mais custoso, tanto
em termos de trabalho quanto financeiro, do que fazer comida de verdade. Low
Carb é simples e fácil!
“Receitinhas” na Low Carb
E, por último, quando feitas em excesso, podem não contribuir para o
emagrecimento. Normalmente elas tem, como ingredientes:

– Produtos industrializados e modificados quimicamente, como o fermento


em pó, o qual possui amido (carboidratos) em sua composição;

– Farinhas, que atrapalham o emagrecimento, caso sejam consumidas em


excesso (mesmo as permitidas, com baixa quantidade de carboidratos);

– Laticínios (creme de leite, queijo e etc…) que, como já visto anteriormente,


devem ser consumidos com moderação;

– Frutas secas, que devem ser evitadas por pessoas que desejam nivelar
glicemia ou eliminar peso, pois contem um percentual de açúcar natural maior que
o da fruta encontrada na natureza, uma vez que boa parte da água foi retirada; e

– Adoçantes.
Bebidas Alcoólicas
Álcool não se transforma em açúcar. Consequentemente, não aumenta a
insulina. Contudo, caso não for aproveitado como energia, o corpo irá estocá-lo
como gordura, contribuindo para o aumento de peso. É bem provável que o corpo
não consiga usá-lo completamente como energia, uma vez que ele, após
determinada quantidade, afeta a capacidade de raciocínio e causa tonturas.

A cerveja é cheia de maltose em sua composição, um açúcar não doce, que


causa o aumento da insulina e contribui para o acúmulo de gordura abdominal.
Portanto, não é Low Carb. O vinho, em geral, tem menos carboidratos que a
cerveja; pode ser uma opção para quem não tolera destilados. Bebidas destiladas,
como o Whiskey e a Vodka, não contém carboidratos.

Todas as bebidas alcoólicas, exceto as artesanais, passam por processos


químicos industriais. Nenhuma é comida de verdade e, portanto, caso forem
consumidas, deve ser com (muita) moderação, ou seja, em datas ou momentos
específicos. Não faça disso um hábito!
Quanto mais doce, mais engorda?
O mito de que quanto mais o alimento for doce, mais ele engorda precisa ser
esclarecido. Como já foi visto anteriormente, o que contribui para o acúmulo de
nutrientes em forma de gordura é a liberação, em quantidade excessiva, de
insulina por parte do pâncreas na corrente sanguínea.

Tal liberação está diretamente relacionada com o Índice Glicêmico e a


quantidade de carboidratos do alimento ingerido, e não com a intensidade do seu
sabor doce. Veja alguns exemplos:

– Pão francês e arroz branco não são doces e possuem um alto Índice
Glicêmico, maior que o mel (que, por sua vez, não é Low Carb, mas é liberado na
Paleo, pois nossos antepassados o consumiam);

– Kiwi é doce e possui poucos carboidratos (e é liberado na Low Carb).

Dessa forma, a fim de não se complicar, é melhor seguir a lista de alimentos


permitidos, elaborada pelo Grupo.
Contagem de Carboidratos
Contar carboidratos na Low Carb é uma atividade que exige muito esforço e
disciplina; pode ser que você se desanime, caso não consiga cumprir. Além disso, há
muitas fontes de dados não confiáveis.

Porém, caso você queira realizar a contagem, seguem os seguintes parâmetros


de consumo diário de carboidratos líquidos (digeríveis pelo corpo):

– Menor que 50g → Consumo baixo, para quem deseja emagrecer; Consumo baixo, para quem deseja emagrecer;
– Entre 50g e 100g → Consumo baixo, para quem deseja emagrecer; Consumo moderado; e
– Acima de 100g → Consumo baixo, para quem deseja emagrecer; Consumo elevado, para quem deseja manter peso.

Lembre-se que carboidratos refinados não entram na contagem, pois não


devem ser ingeridos na Low Carb.

Entretanto, o ideal é que você não conte carboidratos. Basta se alimentar de


forma saudável, observando a lista de alimentos permitidos.
Termogênicos
Metabolismo é o conjunto de transformações que as substâncias químicas
passam no interior do corpo humano. Elas podem resultar tanto em outras
substâncias químicas, quanto em energia, como por exemplo, a transformação do
carboidrato em glicose e da gordura em energia.

Por outro lado, o corpo gasta uma quantidade de energia para realizar este
processo. Termogênicos são alimentos ou suplementos alimentares que o corpo
precisa gastar mais energia para digeri-los. Algumas dietas fazem uso disso, com a
pretensão de acelerar a velocidade do metabolismo, a fim de resultar em um
emagrecimento mais rápido.

É importante deixar claro que alterar a velocidade do metabolismo não faz


parte do escopo da Low Carb ou Paleo. Portanto, para este fim, procure um
profissional de saúde especializado.
Contagem de Calorias
Caloria é a quantidade de energia produzida por determinados nutrientes,
quando metabolizados pelo corpo. Ambos os estilos de alimentação, Low Carb e
Paleo, não dizem respeito às calorias.

É importante entender que o corpo metaboliza de forma diferente a


quantidade de refrigerante que representa 1 caloria e a quantidade de banana que
representa 1 caloria.

No primeiro caso, a tendência é o corpo estocar os nutrientes em forma de


gordura, devido à elevada quantidade de insulina liberada em reação ao aumento
grande e rápido da Glicemia. No segundo, como não há aumento exacerbado da
Glicemia, a tendência é o corpo levar os nutrientes até as células para energia.

Baixo Teor Calórico


não é a mesma coisa que
Saudável
Contagem de Calorias
É por isso que a quantidade de calorias que um alimento pode liberar ao ser
digerido não é parâmetro para determinar se ele é saudável ou não. Não adianta
possuir poucas calorias, mas causar uma liberação grande de Insulina, a qual, já
sabemos que contribui para que o corpo estoque nutrientes em forma de gordura.

Se você quer perder peso e conta calorias, de modo a restringir seu consumo
ou come menos, o seu corpo pode entender que precisa diminuir o metabolismo, a
fim de otimizar o consumo de energia. Consequentemente, terá mais dificuldade
para emagrecer.

Contar calorias não faz parte do escopo da Low Carb. Antes, se atenha a
comer de forma saudável.

Baixo Teor Calórico


não é a mesma coisa que
Saudável
Cuide do seu Intestino
O intestino é o órgão do corpo humano responsável por realizar a absorção
dos nutrientes providos dos alimentos ingeridos. É o final da digestão. Somos não
só aquilo que comemos, mas sim, aquilo que absorvemos.

Para que ele funcione corretamente, seguem algumas dicas:

– Não fique sem beber água, a fim de que seu corpo não gere fezes ressecadas,
ocasionando intestino preso;

– Coma alimentos que contenham fibras (principalmente verduras), que


auxiliam o intestino a formar o bolo fecal; e

– Não deixe de comer gorduras boas.


Jejum Intermitente
A prática do jejum é bem antiga. Há diversos relatos históricos de civilizações
nas quais o jejum estava dentro de suas culturas. Normalmente, era associado com
renovação e purificação.

Além disso, na antiguidade, quando disponibilidade de alimentos era muito


menor do que atualmente, o homem poderia demorar dias para poder conseguir se
alimentar de sua caça. Ou seja, ao invés de comer frequentemente, passava por
jejuns prolongados. Mesmo sob tais condições, ele tinha forças e vigor para
conseguir apresar um animal.

Há um processo que acontece no nosso corpo, quando estamos um tempo


considerável sem comer (estudos dizem que esse tempo é de 12 horas) chamado
Autofagia (do grego “comer a si mesmo”). Ele consiste em o próprio corpo, ao
perceber que não está recebendo alimentos, começar a utilizar ele mesmo como
energia.
Jejum Intermitente
Imagina que você está dentro de uma casa numa noite muito fria, de forma
que seja necessário que uma lareira fique acesa para aquecer a casa. Num
determinado momento, você percebe que a lenha da lareira está acabando. A
decisão mais lógica é que você procure na casa coisas que não estão mais sendo
usadas e que podem ser utilizadas como combustível para a lareira.

Semelhantemente a esse exemplo, o corpo faz isso. Ao perceber que não está
mais recebendo fontes de energia, ele começa a selecionar células defeituosas, a
fim de as utilizar como fontes de energia. Dessa forma, durante o jejum, o corpo vai
se renovando.

Há estudos científicos que comprovam que a autofagia possui efeitos


“antienvelhecimento”, podendo eliminar vírus e bactérias invasores do interior das
células. Além disso, há relações com uma melhor resposta do corpo ao câncer e
doenças neurológicas.
Jejum Intermitente
Há muitos relatos de pessoas que, durante o período de jejum, sentem que
seus sentidos ficam mais aguçados. De fato, isso está em concordância com o que
acontecia com nossos antepassados, os quais despertavam seus instintos
primitivos de caça, a fim de capturar o animal.

Jejum também é um treinamento para diferenciar com mais clareza a vontade


de comer e a fome. A primeira, após um tempo pequeno, passa, enquanto a
segunda é a sinalização fisiológica de que o corpo precisa de nutrientes e energia.

Não há fórmulas para a prática do Jejum Intermitente, desde que o espaço de


tempo sem comer seja de no mínimo 12 horas. Uma boa sugestão é aproveitar o
tempo de sono para a prática do jejum.

Se você não cortou os carboidratos refinados e as gorduras vegetais


processadas da sua rotina, não é aconselhável fazer jejum. Dê um espaço de mais
ou menos 1 mês após a sua mudança de estilo alimentar.
Exercícios Físicos
Uma boa alimentação aliada à prática de exercícios físicos resultam no ganho
de saúde. É extremamente comum que a pessoa que decida adotar um estilo de
vida alimentar, ao longo do tempo, se sinta melhor e comece a ter vontade de
praticar atividades físicas.

Há evidências científicas que a prática de exercícios físicos está diretamente


relacionada com a diminuição de risco de doenças cardiovasculares.

Por outro lado, não há evidências científicas de que exercícios localizados


tenham efeito localizado sobre as gorduras. Exemplificando, é ineficaz fazer
exercícios de abdome com a finalidade de perder gorduras na barriga. O corpo não
retira a energia da gordura da barriga para contrair o abdome. Ao invés disso, retira
energia dos nutrientes que estão circulando no sangue.
Exercícios Físicos
Exercitar o corpo contribui para o fortalecimento dos músculos que, junto com
os ossos, são responsáveis por sustentar toda a estrutura do corpo. No entanto,
caso esteja acima do peso, recomendamos que não comece a fazer antes de
procurar um profissional da área, a fim de evitar lesões.

O melhor exercício físico é aquele que se adapta ao seu estilo de vida e que
contribua para sua saúde, tanto física, quanto mental. O estresse libera um
hormônio chamado cortisol. Este, por sua vez, libera glicose na corrente sanguínea,
que estimula a liberação de insulina pelo corpo. Portanto, é fato que o estresse
está relacionado com o aparecimento de diabetes tipo II.

Nenhum exercício físico substitui uma maus hábitos alimentares. Antes, para
se alcançar bons resultados, devem ser combinados com uma boa alimentação.
Posso comer alimentos não permitidos?
A Alimentação Low Carb e Paleo não são dietas, mas sim, estilos de vida.

Caso você resolva comer alimentos não permitidos em um determinado


momento, simplesmente não podemos orientá-lo quanto ao que comer e à
quantidade. A sua consciência irá estabelecer os critérios quanto a isso.

Depois que o seu corpo se acostumou com a comida de verdade, comer


alimentos não permitidos pode acarretar algumas consequências como diarreia,
mal estar, dores no estômago, enjoo ou até mesmo vômitos.

Se você apresenta quadro de obesidade, diabetes, câncer ou epilepsia,


recomendamos fortemente que não faça isso. Pesquise sobre os benefícios
trazidos por uma alimentação saudável nesses casos.
“Jaquei”, e agora?
”Jacar” significa “enfiar o pé na jaca” (extrapolar) no que diz respeito à comida.

É associado com saídas não planejadas, geralmente motivadas por gula ou


razões emocionais. Clique no link abaixo de um excelente texto sobre Compulsão
Alimentar, disponível nosso Instagram. Aproveite para deixar sua curtida!

Compulsão
Alimentar
“Jaquei”, e agora?
Os alimentos industrializados (principalmente os ultraprocessados) passam
por diversas etapas, nas quais são inseridos alguns ingredientes, de modo a atrair a
atenção do consumidor, fazendo com que ele compre recorrentemente. Açúcar, sal,
realçadores de sabor e outros elementos com a finalidade de “melhorar” a
aparência do produto são exemplos disso.

Muitas marcas contratam cientistas, com a intenção de tornar o sabor artificial


dos produtos “irresistível”, de forma a acionar sensações de prazer dentro do
nosso cérebro. Caso não consiga mais parar com o hábito de comer esses produtos
ou mesmo a vontade de comê-los ultrapassa a saciedade, isso se torna um vício.

A forma de vencer esse vício é não comer mais esses produtos. Após um
tempo, a vontade de comê-los passa e o seu paladar se adapta à comida saudável.

Se “jacou”, não adianta “se auto flagelar” comendo mais e mais. Volte a se
alimentar saudavelmente. Tenha forças e acredite em você!
Ortorexia
Ortorexia é a compulsão por comida saudável. É quando o indivíduo
considera o alimento como “impuro” quando vê qualquer coisa que não se
enquadre em suas “regras alimentares”. Sendo assim, a pessoa tende a tomar
conclusões binárias sobre todos os alimentos: ou ele é saudável, ou “não presta”.

Apesar de não ser um conceito propriamente de Alimentação Low Carb e


Paleo, há algumas situações que se pode aplicar ao nosso contexto:

– Comer verduras que foram cultivadas de naturalmente (orgânicos) é melhor


do que comer verduras com agrotóxico. Entretanto, comer verduras com
agrotóxico é muito melhor do que simplesmente não comer verduras. É válido
lembrar que a lavagem em água corrente já retira boa parte dos agrotóxicos.

– Consumir ovos caipira é melhor do que consumir ovos brancos. Mas consumir
ovos brancos é muito melhor do que não consumir ovos. O ovo é um dos alimentos
mais nutritivos que existe.
Ortorexia
E há outros exemplos como: nunca comer uma carne provida de um boi que foi
alimentado com grãos (em vez de comer pasto) a vida toda; comer somente peixes
que não viveram em cativeiros; jamais comer uma comida que não preparou, uma
vez que não se tem a certeza absoluta de como foi feita e etc… Tal abordagem
simplista pode gerar dois efeitos:

– A pessoa passa a comer menos (ou simplesmente “passa fome”), que


contraria a ideia de “comer até ficar saciado”;

– Ou ela pensa da seguinte forma: “como já comi uma coisa não permitida,
então é agora que vou ‘enfiar o pé na jaca’ mesmo”. É uma conclusão perigosa e
que deve ser evitada a todo custo. O ótimo não pode ser inimigo do bom.

Portanto, se você comeu qualquer alimento não permitido, seja por um deslize
ou simplesmente porque não teve acesso a alimentos completamente saudáveis,
não se desanime! Volte a se alimentar de forma saudável o mais rápido possível.
Breve Resumo
Alimentação Low Carb e Paleo, não são dietas, mas sim, estilos de vida. Ao
longo deste material, foram abordados alguns pontos importantes nesta
caminhada, partindo do princípio que você já eliminou os carboidratos refinados e
as gorduras vegetais processadas.

Alguns alimentos amplamente aceitos na culinária brasileira, apesar de serem


encontrados na natureza, não são Low Carb e nem Paleo, como o Arroz, Feijão,
Leite e sucos “naturais”.

Mude a sua mentalidade alimentar. Foque-se em comer comida de verdade.


Deixe as “receitinhas” para momentos esporádicos. Acostume seu paladar.

Laticínios podem ser consumidos na Low Carb e na Paleo (com moderação,


pois são produtos industrializados).

Bebidas alcoólicas (exceto algumas como a cerveja) podem ser consumidas


com (muita) moderação.
Breve Resumo
Contar carboidratos pode ser um processo muito custoso. Siga a lista dos
alimentos permitidos e os consuma de acordo com a recomendação de distribuição
dos alimentos dentro do prato.

A utilização de termogênicos e a contagem de calorias estão fora do contexto


da Low Carb e Paleo.

O Jejum Intermitente estimula a Autofagia, que é um processo no qual o corpo


utiliza células defeituosas, a fim de produzir energia. É uma maneira de o corpo,
por si só, se renovar.

Exercícios físicos são ótimos, e precisam ser combinados com uma alimentação
saudável, para que se possa obter resultados satisfatórios.

”Jacar” não é o fim do mundo.


Volte à alimentação saudável assim que possível.
Alimentação Paleo para seus filhos
A comida de verdade é benéfica tanto para as crianças quanto para os adultos,
e, portanto, para lactantes. Quem é lactante pode seguir a Low carb? A resposta é:
mais ou menos. As lactantes devem seguir uma alimentação Paleo!

Mães que seguem um regime paleo na amamentação relatam que os seus


bebês são calmos, mamam bem, apresentam menos desconfortos intestinais e têm
um sono mais tranquilo. Dependendo do estado de saúde da lactante, a Paleo pode
ser até recomendada para voltar ao peso anterior da gravidez, controlar
hipertensão ou diabetes que possa ter contraído na gravidez, tratar a obesidade e
trazer outros benefícios para a mãe e a saúde do bebê.

O bebê necessita ser alimentado somente com o leite materno até os 6 meses,
e depois passar pelo processo de introdução alimentar com novos alimentos,
revezando com o aleitamento até os dois anos ou mais. Quem é lactante não deve
seguir jejuns longos e não pode deixar de se hidratar. Uma nutrição equilibrada é
um dos fatores fundamentais para uma boa produção de leite.
Alimentação Paleo para seus filhos
Tente mentalizar o motivo pelo qual você tomou a decisão de mudar seu
estilo alimentar. Talvez foi para obter mais saúde, disposição e até mesmo, para
melhorar sua aparência. Agora, veja o que você ganhou: seus exames médicos
provavelmente melhoraram, seu condicionamento físico foi incrementado, e sua
aparência pode ser que tenha rejuvenescida.

Você, então, começa a falar para seus amigos. Compartilha suas experiências
com outras pessoas que tomaram a mesma decisão. Tenta ajudar pessoas com
algum problema de saúde ou que tenha algum familiar doente. E, daí surge a
pergunta: por que não estender esse estilo de vida para seus filhos?

Crianças não só podem, como devem seguir a Alimentação Paleo. Alimentos


industrializados possuem elementos químicos que podem fazer mal a crianças, uma
vez que elas possuem um sistema imunológico mais frágil que o de um adulto.
Alimentação Paleo para seus filhos
No início, é bem provável que mudar a alimentação de crianças seja algo bem
difícil. Mas lembre-se que foi difícil para você mudar a sua também. Certo?

É normal que crianças que foram acostumadas com comidas industrializadas se


recusem a comer comida de verdade, justamente porque as industrias exploram
(muito) bem a questão da Hiperpalatabilidade. Isso as torna viciadas nesses
produtos e resistentes à comida de verdade, pois esta parece não ter gosto. Para
isso, seguem algumas dicas:

– Nunca deem doces (ou qualquer outra comida) como recompensa. A criança
cresce com o seu subconsciente associando comida com recompensa. Pensamentos
como “vou comprar esse docinho porque, afinal de contas, eu mereço, pois saí
tarde do trabalho hoje” surgem, muitas vezes, da forma como fomos educados;

– Nunca deem doces (ou qualquer outra comida) para que a criança fique
quieta. Arriscar a saúde do seu filho não vale os poucos momentos de paz que você
pode ter em troca de um “docinho”;
Alimentação Paleo para seus filhos
– Nunca deem doces (ou qualquer outra comida) para que seus filhos parem
de chorar. Não associe tristeza (ou outra emoção) com comida. Procure associar
comida com fome;

– Converse com seus filhos a respeito da importância de se ter uma


alimentação saudável;

– Filhos seguem o seu exemplo. Não adianta falar para seu filho comer brócolis
se você mesmo não come. Dê o seu exemplo;

– Tenha paciência.

Há vários relatos disponíveis na internet de pais que mudaram a alimentação


dos seus filhos e, segundos eles, seus filhos ficaram mais atenciosos, calmos e
obedientes. Pesquise a respeito disso. Vale a pena!
Um pouco de Motivação
“Perseverança é o trabalho duro que você faz depois de ter se
Cansado de fazer o trabalho duro que você já fez.” Newt Gingrich

É com esse pensamento que terminamos este material. A palavra-chave é


Perseverança. Não há atalhos para essa jornada. E quando falamos nisso, não nos
referimos a uma jornada qualquer. É a sua jornada! É aquilo que você escolheu
fazer.

Neste caminho, é bem provável que você tropece, fique triste e que tenha
tempos difíceis. Aproveite esses momentos para crescimento. Estude mais. Treine
a sua capacidade de resistir aos seus impulsos e seguir sua própria consciência.
Procure auxiliar outras pessoas, principalmente os novatos, afinal de contas, você
já foi um!

Fica aqui nossa gratidão por ter lido até o fim!

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