Bibliografia Completa para Áreas Classificadas
Bibliografia Completa para Áreas Classificadas
Bibliografia Completa para Áreas Classificadas
Áreas classificadas são assim chamadas por apresentarem riscos de explosões em condições normais
e/ou anormais de uso. O risco pode ser representado por gases ou poeiras combustíveis.
Com o risco presente na atmosfera, é possível imaginar o estrago que um pequeno curto elétrico de
uma lâmpada causaria no local, não é mesmo?
Os materiais elétricos à serem utilizados nessa área precisam possuir propriedades Ex, sendo à prova
de explosão, segurança aumentada ou outra proteção dentre as descritas na norma, dependendo da zona em
que será alocado o equipamento.
A NBR (sigla usada para representar a expressão Norma Técnica) define as diretrizes não apenas de
áreas classificadas, mas também de todas as especificações dos equipamentos que serão usados nesta área. A
norma ABNT NBR IEC 60079-0 define os requisitos gerais de instalações em atmosferas explosivas. A
partir dela, diversas normas com o prefixo ABNT NRB IEC 60079 definem mais especificamente as
características dos equipamentos que serão usados.
Estas normas estão em constante evolução para garantir a segurança no processo fabril, então é bom
sempre ficar atento às suas atualizações pelo portal da ABNT.
As normas técnicas têm força obrigatória, mesmo não sendo especificamente uma lei. Isso ocorre
porque o não cumprimento desta implica que a empresa está assumindo um risco que certamente irá gerar
um resultado lesivo. O descumprimento traz consequências que vão de indenização até processo de
homicídio culposo ou doloso, além de impedir o processo de exportação e ter grandes problemas com a
fiscalização que não descansará enquanto não ver que seus colaboradores trabalham com devida segurança.
Temos também a Norma Regulamentadora 10 (NR10, que possui força de lei, obrigando todas as
empresas à segui-la). Desde 2004, a norma possui obrigações referentes a equipamentos elétricos em áreas
classificadas, como:
Identificar as áreas;
Instalar equipamentos adequados e certificados;
Inspecionar continuamente os sistemas eletroeletrônicos;
Treinar os profissionais que operam esses sistemas eletroeletrônicos.
A separação destas zonas é feita por um profissional em classificação de área. Não existe um número
exato, mas os valores mais comuns a serem considerados são:
Zona 1/21: Atmosfera explosiva por mais de 10h/ano, porém menos que 1000h/ano;
Zona 2/22: Atmosfera explosiva por menos de 10h/ano, porém necessita de atenção às fontes de ignição.
Classificação da Área
A classificação da área determina o tamanho do risco presente no ambiente. Este risco apresentado
pode ser proveniente de gases, vapores, poeiras ou fibras explosivas.
As normas API (American Petroleum Institute) e NEC (National Electrical Code) separam em
tabelas as classes e substâncias inflamáveis, codificando de acordo com suas características.
Aqui no Brasil, utilizamos a norma ABNT que segue a mesma lógica, porém com códigos diferentes,
veja:
Classes de Temperatura
Índice de Proteção
Tipos de Proteção
A adequação da área com estes equipamentos elétricos visa eliminar o risco de explosões e incêndios
ocasionado em áreas com atmosferas explosivas.
Todo equipamento para áreas classificadas possui classificação Ex (atmosfera explosiva), para
indicar com área classificada está apto para ser instalado.
(Tipos de Proteção em Equipamentos Ex)
Quando vemos a importância da adequação de áreas classificadas, fica difícil imaginar que grandes
empresas ignoram este fato. Isso ocorre, muitas vezes, pela falta de conhecimento sobre o assunto, ou por
achar que simplesmente por não trabalharem com gases inflamáveis que são os mais óbvios de causarem um
acidente, estão isentos da responsabilidade.
A taxa de indústrias que negam precisar de tal produto simplesmente porque “não precisam” é de
74% até o momento em que este artigo foi escrito. Tal fato não seria assustador se não levássemos em conta
que apenas contatamos empresas com áreas de produção que contém gases ou poeiras inflamáveis.
Para contornar tal rejeição, fizemos uma lista das indústrias que mais costumam possuir áreas
classificadas, para atentar a todos sobre o risco presente no ambiente antes que o mesmo receba uma multa
por não cumprir as exigências ou aconteça algo muito pior.
Refinarias de Petróleo
Fábricas de Produtos Químicos
Cabines de Pintura
Estações de Tratamento de Esgotos
Oxigênio e Acetileno
Hangar Para Avião
Instalações de Gnl
Cais Para Navios de Petróleo e Gnl
Fabricantes de Tintas
Destiladoras
Armários de Laboratório E Fumaça
Fabricação de Alimentos
Manuseio e Armazenamento de Grãos
Produtos Químicos / Fertilizantes
Plásticos
Madeira / Celulose / Papel
Leite em Pó
Moinhos de Farinha
Produtos Farmacêuticos
Processamento de Metal
Operações de Reciclagem
Fabricação de Fibra De Vidro
Marcação de Equipamentos Ex
A NBR IEC 60079 impõe que todos os equipamentos Ex para atmosferas explosivas necessitam de
uma marcação contendo todas as características aplicáveis. Esta marcação é feita por uma sequência lógica
passando por todos os itens que foram abordados neste artigo.
Não é apenas o preço que deve ser levado em conta, mas também a autoridade daquela empresa no
ramo e a sua competência em atender grandes clientes.
Quando um material “Ex” é fabricado, ele precisa passar por uma série de testes para ser certificado
aqui no Brasil. Os testes são certificados pelo Inmetro para funcionamento em áreas classificadas.
A parte de comprar o material elétrico é mais simples do que a etapa de classificar a área
corretamente. Um bom profissional de classificação de área irá evitar que sua empresa desperdice dinheiro
comprando luminárias à prova de explosão para áreas comuns que não precisam de tal proteção, por
exemplo.
Aqui elencamos algumas etapas que você deve se atentar ao procurar um fornecedor que te atenda:
Histórico da empresa
Pergunte para quais indústrias aquele vendedor já fechou parcerias, grandes empresas, pois elas
possuem muitas exigências. Então caso este fornecedor já tenha trabalhado com este tipo de processo, você
já consegue saber que atende aos requisitos necessários e vende produtos de qualidade.
Apesar da constante evolução dos produtos, muitos fornecedores ainda não se atualizaram, vendendo
luminárias com lâmpadas comuns, equipamentos extremamente pesados e de difícil instalação. Pense que a
manutenção em áreas classificadas tem que ser mínima e com produtos que durem muito tempo, então
escolha sempre tecnologias mais avançadas para atender sua empresa pensando não apenas no dia de hoje,
mas no futuro.
Certificado
Um item essencial é saber se a empresa garante o certificado. Pergunte sempre antes de fechar a
venda se o certificado acompanha a nota fiscal, que é padrão em grandes fornecedores. Para ter mais
confiança, reveja a lista de clientes como citado no item 1.
Esta dica é essencial! O preço pode diminuir muito se você encontrar fabricantes dos materiais ex.
Após encontrar, confirme com o fornecedor que está contatando se o mesmo é fabricante ou apenas revenda.
Nós da Exraven somos fabricantes especializados em materiais elétricos à prova de explosão e
procuramos não apenas atender à demanda do mercado, mas também fornecer conhecimento sobre o
assunto, que é tão pouco abordado.
https://exraven.com.br
(15) 3019-9131
vendas@exraven.com.br
Fontes:
https://competencytraining.com/hazardous-areas-training-cheat-sheet/
https://www.hse.gov.uk/comah/sragtech/techmeasareaclas.htm
http://paginapessoal.utfpr.edu.br/camaral/instrumentacao-industrial/15%20-
%20Apostila%20areas%20classificadas%20-%20instrumentista%20reparador.pdf/at_download/file
Muitas empresas ignoram a necessidade de produtos à prova de explosão por não acharem que
precisam adequar suas áreas, simplesmente por não enxergarem o risco.
Quando o setor de produção mexe com produtos químicos, gases, óleo, fica mais fácil saber que o
perigo existe e o setor precisa de cuidados especiais.
Poeiras explosivas são formadas por micropartículas que apresentam risco por serem inflamáveis,
condutivas ou explosivas quando em contato com alguma fonte de calor.
Diversos materiais que não são originalmente inflamáveis em condições normais (madeira, farinha,
açúcar, metais, etc.) podem originar poeiras combustíveis.
Com isso, vemos que muitas indústrias precisam de adequação para suas áreas classificadas. Um
dado muito preocupante, visto que a maioria descarta essa possibilidade, colocando tanto a empresa quanto
seus funcionários em risco.
Como fazer uma instalação elétrica em áreas classificadas com poeiras combustíveis.
São necessários 5 elementos para iniciar uma explosão por poeira. Os primeiros 3 elementos já são
necessários para iniciar o fogo.
Na Georgia, em 2008, uma explosão deste tipo ocorreu. Naquele dia, 14 pessoas morreram e outras
38 saíram feridas.
O acúmulo das poeiras e a falta de adequação do local de fabricação gerou um acidente que, em
pouco tempo, acabou com uma empresa inteira.
Quais produtos e substâncias em poeiras ou fibras apresentam risco de
explosão
O nível de perigo de uma poeira explosiva pode ser medido pelo seu número em Kst. Quanto maior
este número, maior a explosão que o produto ou substância pode causar.
KST é o índice de deflagração de uma poeira, é um número usado para estimar o comportamento
antecipado da deflagração ou explosão de poeira, indicando seu poder explosivo aproximado.
A tabela fornecida pelo Occupational Safety and Health Administration (OSHA) ilustra quais os
tipos de substâncias podem ser consideradas poeiras combustíveis, necessitando de uma classificação de
área por se tornar uma atmosfera explosiva:
Empresas que possuem poeiras explosivas no seu processo de fabricação são obrigadas a:
- Assegurar que os equipamentos instalados nestas áreas atendam aos requisitos das normas;
- Desenvolver rotinas operacionais seguras com procedimentos e treinamentos específicos para essas áreas.
Como fazer uma instalação elétrica em áreas classificadas com poeiras
combustíveis
Produtos para tal finalidade possuem características como blindagem e invólucros extremamente
isolados, garantindo que os componentes internos não entrem em contato com a atmosfera ao redor. O índice
de proteção (IP) garante esse isolamento, tanto para poeiras quanto para líquidos, bastando apenas analisar
qual será utilizado em cada área.
Quando poeiras são os componentes explosivos, tratamos as zonas de periculosidade como zona 20,
21 e 22, sendo:
Zona 22 – Nuvem explosiva presente apenas em condições anormais ou por curto período de tempo.
Para a instalação, não basta apenas as luminárias serem certificadas para áreas classificadas. É
necessário que toda a instalação seja feita de maneira segura, com conexões, comandos e iluminação para
áreas classificadas.
Não espere pelo pior, na dúvida, entre em contato conosco que ficaremos felizes em ajuda-lo a
certificar seus setores de produção e fornecer produtos de excelente qualidade.
Fontes:
https://www.nederman.com/pt-br/industry-solutions/poeiras-combustiveis-br
Aprenda a definir uma atmosfera explosiva e uma área
classificada
Publicado em 11 de Janeiro de 2018
Mas o que é uma atmosfera explosiva? São ambientes onde ocorrem a manipulação de
substancias inflamáveis em forma de gás, vapor ou poeira, que misturados com o ar apresentam
risco de explosão. Estão presentes em áreas industriais, principalmente nos setores de petróleo,
gás e mineração.
Para garantir maior segurança dos trabalhadores que estão expostos aos perigos de um
ambiente com atmosfera explosiva e também as instalações industriais, seguem algumas dicas
importantes que determinam o grau de risco de uma área classificada.
Mas, antes, é preciso saber o que significa área classificada? É o local no qual uma
atmosfera explosiva está ou pode estar presente, quantidade tal que requeira precauções
especiais para a construção, instalação e utilização de equipamentos elétricos apropriados.
Para tanto, é necessário determinar o grau de risco em função da fonte geradora, levando
em consideração a frequência e duração da liberação. Assim sendo, cada fonte de risco deverá
ser classificada em conformidade com seu grau, podendo ser contínuo, primário ou secundário.
Nos próximos posts, serão mostradas as modernas soluções de pesagem para atender à
aplicação em áreas classificadas.
Observação:
https://www.toledobrasil.com/blog/aprenda-a-definir-uma-atmosfera-explosiva-e-uma-area-
classificada
A inspeção deve ser baseada na NBR IEC 60079-17, que trata do detalhamento das não
conformidades e dos equipamentos empregados. Por meio desse documento, é possível verificar se a
instalação foi executada de forma adequada e se os equipamentos estão de acordo com o tipo de
zoneamento – Zona 0, Zona 1 e Zona 2, referente a produtos inflamáveis, ou Zona 20, Zona 21 e
Zona 22, referentes a poeiras combustíveis
Apenas com a classificação de áreas e com a inspeção em mãos, é possível iniciar o processo
de adequação das não conformidades nas instalações em áreas classificadas.
Os eletrodutos devem ser de aço, classe pesada, roscados, com ou sem costura, atendendo à
ABNT NBR 5597. O eletroduto deve dispor de, no mínimo, cinco fios de rosca para permitir uma
conexão adequada entre o eletroduto e o invólucro à prova de explosão.
Unidades seladoras Ex-d devem ser instaladas no invólucro, na parede do invólucro ou o mais
próximo possível dele, de forma a limitar os efeitos de pré-compressão e evitar a entrada de gases
quentes no sistema de eletrodutos a partir de um invólucro contendo uma fonte de ignição. Ela deve
ser selada com fibra e massa certificada.
Unidades seladoras também devem ser instaladas de acordo com os critérios da fronteira entre
zonas 1 e 2 e zonas 2 e área classificada.
Os sistemas de cabos e acessórios devem ser instalados, tanto quanto possível, em locais que
não sejam expostos a danos mecânicos, à corrosão ou influências químicas (por exemplo, solventes)
e aos efeitos do calor. Quando a exposição desses sistemas a efeitos dessa natureza for inevitável,
medidas de proteção, como instalação em eletrodutos parciais, devem ser tomadas ou devem ser
especificados cabos apropriados. Para minimizar o risco de danos mecânicos, por exemplo, devem
ser utilizados cabos armados, com proteção metálica, com cobertura de alumínio sem costura, com
cobertura de metal e com isolação mineral ou cabos com coberturas semirrígidas.
A conexão de cabos aos equipamentos elétricos deve ser feita de acordo com os requisitos do
respectivo tipo de proteção. Se o equipamento for Ex-d, o prensa cabo deverá ser do mesmo tipo,
como também se o prensa cabo for Ex-e, o prensa cabo deverá ser do mesmo tipo.
Uma filosofia de instalação fundamentalmente diferente deve ser feita nas instalações de
circuitos intrinsecamente seguros. Em comparação com todos os outros tipos de instalações, em que
é tomado o devido cuidado para confinar a energia elétrica no sistema instalado, projetado de forma
que uma área classificada não possa ser inflamada, a integridade de um circuito intrinsecamente
seguro deve ser protegido desde a entrada de energia de outras fontes elétricas, de forma que a
limitação de energia segura no circuito não seja excedida, mesmo quando ocorram aberturas de
circuitos, curtos-circuitos ou ligação à terra do circuito.
As instalações com circuitos intrinsecamente seguros devem ser instaladas de tal modo que
sua segurança intrínseca não seja afetada por campos elétricos e magnéticos externos, tais como a
proximidade de linhas aéreas de potência ou cabos unipolares conduzindo elevada corrente.
Os cabos contendo circuitos intrinsecamente seguros devem ser marcados para identificá-los
como parte de um circuito de segurança intrínseca. Se revestimentos ou capas forem identificados por
uma cor, esta deve ser azul-claro.
Toda essa exigência é oriunda da nova versão da NR 10, que está obrigando as empresas a
adequarem todas as instalações elétricas na unidade, incluindo principalmente as instalações
elétricas nas áreas com risco de explosão para prover segurança aos trabalhadores e também ao
patrimônio.
Anteriormente, não havia uma lei que estabelecesse esse compromisso, mas o item 10.9.4 da
NR 10 é claro: “instalações elétricas de áreas classificadas ou sujeitas a risco acentuado de incêndio
ou explosões devem adotar dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático, para
prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições
anormais de operação”.
Por isso, está em andamento o projeto da norma “Competências para trabalhos com
equipamentos elétricos para atmosferas explosivas”, de acordo com o documento ExMC/296/CD –
“Competencies for working with electrical equipment for hazardous áreas”, para certificação de
profissionais Ex. O documento está sendo elaborado pela Comissão de Estudo de Requisitos de
Instalação em Atmosferas Explosivas (CE-03:031.01) e inclui terminologia, dados de gases e vapores
inflamáveis, competências para trabalhos em equipamentos para atmosferas explosivas,
procedimentos de classificação de áreas, instalação, inspeção, manutenção, reparo, revisão e
recuperação de equipamentos elétricos utilizados em atmosferas explosivas.
Todos os equipamentos elétricos certificados possuem uma marcação que foi concedida no
processo de certificação e que obedece a um lay-out predefinido, de forma que se possa verificar se
as informações ali contidas correspondem ao que foi solicitado.
Na marcação do equipamento Ex deve constar o símbolo BR-Ex, o tipo de proteção, o grupo
de periculosidade do equipamento, a classe de temperatura e a temperatura máxima de superfície,
além de outras identificações adicionais exigidas pela norma específica para o respectivo tipo de
proteção e o número do certificado.
De posse deste laudo, se faz necessário ainda verificar se as áreas classificadas foram
sinalizadas em campo, conforme símbolo a seguir.
Como complemento final, exigido pela NR 10, é necessário treinar os profissionais que
trabalharão nessas áreas Ex, sejam eles operadores, engenheiros de processos, químicos,
mecânicos, técnicos e engenheiros de segurança, capacitando-os em áreas classificadas, no qual
obterão conhecimentos gerais dessas áreas, tipos de proteção, níveis de proteção e os riscos
envolvidos.
Para dar a devida seriedade a este processo de treinamento, que envolve capacitação e
qualificação dos profissionais, as empresas deverão fazer a devida regularização para a obtenção do
certificado das instalações elétricas em áreas classificadas, parte do Prontuário da NR 10, juntamente
com o estudo de classificação de áreas.
https://www.osetoreletrico.com.br/a-importancia-das-adequacoes-em-uma-area-classificada/
Áreas classificadas
jul, 2013
Dessa forma, o item 10.9.4 da NR 10 exige que sejam instalados dispositivos de proteção
destinados ao alarme e seccionamento automático da alimentação para prevenir sobretensões,
sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação,
possíveis de ocorrerem nesses ambientes com potencialidade de atmosferas explosivas ou elevado
risco de incêndio.
No projeto do sistema de proteção contra descargas atmosféricas, devem ser previstos meios
que evitem arcos ou centelhas passíveis de causar a ignição da mistura inflamável.
https://www.osetoreletrico.com.br/areas-classificadas/
INTRODUÇÃO
O autor mostra os princípios desta nova filosofia que será incorporada pelo Brasil, através de
norma ABNT prevista para 2003.
1) Estima-se a ventilação mínima requerida para prevenir o aparecimento de uma atmosfera explosiva
e usa-se esta vazão para calcular um volume hipotético com atmosfera explosiva Vz, o qual com um
tempo de dispersão estimado t , permite determinar o grau de ventilação.
Ainda que primariamente concebido para uso em área interna, o método exposto pode
também ser aplicado em áreas externas. Para este caso, a IEC 60079-10 fornece uma tabela para
referência.
O API RP-500 não informa as condições para as quais foram elaboradas as figuras de
classificação de áreas, sendo que ao longo da norma constam notas com dizeres como: “as distâncias
assinaladas são para uma refinaria típica”; “as distâncias assinaladas devem ser empregadas com
critério, podendo ser menores ou maiores, dependendo do caso”. [7]
Responda-me leitor: - Nossos projetistas atentam para estas notas, ou todas as unidades –
quaisquer que sejam - costumam receber extensões de áreas “idênticas” às mencionadas nas figuras
desta norma API ?
Outro detalhe importante é que o API RP-500 não enfoca com detalhes as características
físico-químicas das substâncias, preferindo considerar o ambiente da instalação.
Sabe-se hoje [2] que os gases com densidade superior à do ar (ou mesmo gases que quando
liberados na atmosfera possuem densidade maior que a do ar), tendem a se dispersar de modo
peculiar. Tais gases, ao serem liberados na atmosfera, tendem a se espalhar junto ao solo, por efeito
da gravidade, em todas as direções. Simultaneamente a este espalhamento inicial devido à gravidade
( slumping ), o gás começa a sofrer os efeitos do campo de ventos na região.
A simulação matemática da dispersão atmosférica de gases mais densos do que o ar
(também denominados "gases pesados") requer tratamento específico.
O comportamento dos gases densos resulta na formação de nuvens que se estendem a distâncias
laterais consideráveis (grande dispersão horizontal). Uma outra característica peculiar à dispersão de
gases pesados é que uma vez terminada a fase densa da dispersão, a ação da turbulência atmosférica
dilui a nuvem de uma forma tal, que a taxa de crescimento da altura da nuvem é consideravelmente
menor do que aquela esperada para um gás leve.
Estas considerações - à primeira vista extremamente teóricas - estão resultando na prática
numa verdadeira “revolução” nos projetos de classificação de áreas. [9]
O API procurou “correr atrás” da novidade implantada pela IEC, lançando a norma
denominada API RP-505 [6] (que traz como anexo tópicos da IEC 60079-10), introduzindo o conceito
de áreas Classe I, Zona 0, 1 e 2 e um método quantitativo para classificação. O National Electrical
Code (NEC) [8] de 1999, permitiu que a classificação de áreas de novas instalações americanas
pudesse ser - opcionalmente - elaborada conforme API RP-505, desde que conduzida por um
“Registered professional engineer”.
Não foi permitido pelo NEC que uma indústria que já possuísse uma classificação de áreas
feita originalmente com a API RP-500, tivesse uma ampliação classificada pela nova norma. Também
não é permitido nas novas instalações americanas classificadas segundo o API RP-505, o emprego de
equipamentos elétricos e eletrônicos com marcação EEx (certificação segundo normas européias), e
sim marcação AEx (certificação segundo norma UL 2279). [10]
Será que o país defensor da “globalização” estaria tentando criar uma “reserva de mercado”?
O Código Elétrico Canadense (CEC), que sempre seguiu o NEC, em 1998 inovou e tornou
obrigatória - e não opcional - a adoção da filosofia IEC para as novas instalações, abandonando o
conceito das figuras pré-concebidas.
Como diferencial notável, a IEC 60079-10 procura levar em conta o ambiente da instalação,
especialmente sua ventilação.
Na avaliação do sistema de ventilação devemos considerar:
Grau de ventilação:
Disponibilidade de ventilação:
O tamanho da nuvem do gás e o tempo que ela persiste após cessar a emissão podem ser
controlados por meio de ventilação. Um método para avaliar o grau de ventilação necessário para
controlar a extensão e persistência de uma atmosfera explosiva é descrito a seguir. Este método é
aproximado, entretanto o uso de fatores de segurança deve assegurar que o erro seja para o lado da
segurança.
A taxa mínima teórica de ventilação para diluir uma dada liberação de material inflamável, para uma
concentração definida abaixo do LIE, pode ser calculada por meio da fórmula:
(1)
Onde:
= vazão mínima de ar [m 3
/s]
= máxima taxa de liberação da fonte de risco [kg/s]
LIE [kg/m 3
] = 0,416 x 10 -3
x M x LIE [%vol] (2)
onde:
Com um dado número de trocas de ar por unidade de tempo C , relacionada à ventilação geral da
área, o hipotético volume Vz de uma atmosfera explosiva em torno da fonte da liberação pode ser
estimado usando-se a fórmula:
(3)
onde:
k = fator de segurança: 0,25 para fontes de risco de grau contínuo e primário; 0,5 para fontes de
risco de grau secundário.
A fórmula anterior seria aplicável para uma instantânea e homogênea mistura no ponto de
liberação, com condições ideais de fluxo de ar fresco. Na prática, tais situações poderão não ser
encontradas, por exemplo devido a obstáculos ao fluxo de ar, resultando em partes mal ventiladas na
região. Portanto, a troca efetiva de ar na fonte da liberação será mais baixa do que a dada por C na
fórmula (5), levando a um aumento no volume Vz . Introduzindo-se um fator de correção f na fórmula
anterior, resulta em:
(4)
onde:
f= denota a eficiência da ventilação em dissolver uma atmosfera explosiva, e varia de 1 (ideal) até
5 (fluxo de ar impedido).
Vz = representa um volume sobre o qual a concentração média de gás inflamável ou vapor será 0,25
ou 0,5 vezes o LIE, dependendo do valor do fator de segurança k usado em (3). Isto significa que nas
extremidades do volume hipotético estimado, a concentração do gás ou vapor será significativamente
menor que o LIE; isto é, o volume hipotético onde a concentração estará acima do LIE será menor
que Vz .
Para uma área fechada, C é dado por:
(5)
Onde:
= vazão total de ar
Em áreas abertas, até mesmo baixas velocidades de vento produzem alto número de trocas de
ar. Consideremos um cubo hipotético com dimensões de poucos metros numa área aberta. Neste caso
uma velocidade de 0,5 m/s produzirá um número de trocas de ar maior que 100/h (0,03/s)
Numa aproximação conservativa, usando-se então C= 0,03/s para situação de área aberta, o
volume Vz poderá ser obtido pela fórmula:
(6)
Tempo de persistência:
O tempo t necessário para uma concentração média cair de um valor inicial X o para o LIE
multiplicada por k após a liberação ter cessado pode ser estimada por :
(7)
Onde:
Seria simplista dizer que um grau de liberação contínuo conduziria à Zona 0, um grau primário
à Zona 1 e um grau secundário à Zona 2. Isto pode não ser verdade devido ao efeito da ventilação.
Em alguns casos, o grau e disponibilidade da ventilação poderão ser tão altos, que na prática
não haverá área classificada. Do mesmo modo, o grau de ventilação pode ser tão baixo que resulte
num grau mais severo da Zona (por exemplo, Zona 1 resultante de uma fonte secundária de
liberação).Isto ocorre por exemplo quando o nível de ventilação é tal que a atmosfera explosiva
persiste e é dispersada muito lentamente após a fonte de liberação ter cessado.
O volume Vz pode ser usado para classificar a ventilação como alta, média ou baixa. O
tempo de persistência t pode ser usado para decidir qual grau de ventilação é requerido para uma
área de forma a atender às definições de Zona 0, 1 ou 2.
A ventilação pode ser considerada alta se Vz for pequeno ou próximo de zero. O termo
“ventilação alta” deve ser empregado apenas nos casos de ventilação artificial em torno da fonte, em
pequenas áreas fechadas ou com taxas de liberação muito baixas.
Deve ser enfatizado que numa área fechada pode haver muitas fontes de liberação. Não é
conveniente ter muitas pequenas áreas classificadas dentro de uma área não-classificada.
Também deve ser visto que com as taxas de liberação típicas consideradas para classificação
de áreas, a ventilação natural é insuficiente até mesmo em áreas abertas.
O volume Vz não dá uma idéia do tempo que uma atmosfera explosiva persiste após cessar
a liberação. Isto não é relevante para casos de alta ventilação, mas é um fator a considerar se a
ventilação for baixa ou média.
Análise de caso
Para ilustrar melhor o procedimento descrito na IEC, aplicaremos às fórmulas expressas na IEC 60079-10 os
dados reais de uma planta industrial.
Depois, compararemos os resultados obtidos com a figura padronizada pelo API RP-500 para o tipo de
instalação estudado.
* Dados da instalação:
Temperatura ambiente: 10 o C
· Cálculos:
c) Tempo de persistência:
d) Avaliação:
Embora relegadas a segundo plano quando a classificação de áreas era feita pelo API RP-
500, as listas de dados [4] (cujo modelo básico encontra-se no anexo da IEC 60079-10), passarão a ter
fundamental importância, pois serão referenciadas também nas ampliações da planta industrial.
Com a publicação da norma brasileira baseada na IEC 60079-10, passaremos por uma fase
de transição que entendemos será muito positiva, pois consolidará o conceito de gerenciamento de
risco, podendo até permitir à cada empresa a adoção da solução de engenharia mais adequada à sua
realidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
[ 2 ] Análise de riscos das futuras instalações do pólo industrial de Guamaré. Princípia Engenharia de
Confiabilidade e Informática – 1996.
[ 5 ] Fanara, José R.A., Rangel Jr., Estellito – Extensões de áreas classificadas. In: V ENCONTRO DE
ENGENHARIA ELÉTRICA, Petrobrás, Rio de Janeiro, dez 1999, Anais p 104 – 118.
[ 7 ] API RP-500 – Recommended practice for classification of locations for electrical installations at
petroleum facilities. American Petroleum Institute, 1991.
[ 9 ] Bishop, D.N., Jagger, D. M, Propst, J.E. - New area classification guidelines. IEEE paper, 1998.
11 p.
[ 10 ] Babiarz, P.S., Ligett, D.P., Wellman, C.M. - How products will be adapted to the dual hazardous
area classification system. IEEE paper, 1996. 7 p
Estellito R. Junior é engenheiro eletricista, representante brasileiro no Comitê TC-31 da IEC que
elabora as normas internacionais sobre atmosferas explosivas, comenta as normas API e ISA sobre
instalações em áreas classificadas, executa auditorias em projetos e montagens elétricas industriais e
é especialista em classificação de áreas, tendo apresentado diversos trabalhos técnicos em congressos
nacionais e internacionais.
http://www.internex.eti.br/novafil.htm
ÁREAS CLASSIFICADAS
É uma mistura de substâncias inflamáveis na forma de gases, vapores, poeiras ou fibras com ar (ou
Oxigênio) e quando sob condições atmosféricas, na presença de uma fonte de ignição, a combustão se
O desenvolvimento de um trabalho de classificação de áreas de uma unidade industrial começa com a análise da “probabilidade”
da existência ou aparição de atmosferas explosivas nos diferentes locais da unidade, que serão posteriormente definidas como
Zonas 0, 1 ou 2. Portanto, é necessário que existam produtos que possam gerar essas atmosferas explosivas podendo ser gases
inflamáveis, líquidos inflamáveis ou ainda poeiras/fibras combustíveis que podem ser liberados para o ambiente pelos
Em geral, parte dos equipamentos do processo, tais como tampas, tomadas de amostras, bocas de visita, drenos, vents, respiros,
flanges, etc. são considerados “fontes de risco” pela possibilidade de vazamento de produtos para os ambientes onde estão
instalados.
Estas fontes de risco são classificadas em “graus”, dependendo da duração e frequência das atmosferas explosivas geradas por
elas.
São conhecidas como de grau contínuo aquelas fontes que geram risco de forma contínua ou durante longos períodos.
São conhecidas como de grau primário aquelas fontes que geram risco de forma periódica ou ocasional durante condições
normais de operação e
São conhecidas como de grau secundário aquelas que geram risco somente em condições anormais de operação e quando isto
Deve-se entender como condições “normais de operação” aquelas encontradas nos equipamentos operando dentro dos seus
parâmetros de projeto. Como exemplo de fonte de risco de grau contínuo podemos citar o interno de um tanque de
armazenamento de inflamáveis do tipo atmosférico, onde teremos permanentemente a presença da mistura explosiva enquanto
houver produto no tanque.
Já no mesmo tanque, uma fonte de risco de grau primário será o respiro dele, por termos a saída de vapores do produto toda vez
que o nível do mesmo aumentar (isto não acontece permanentemente, mas apenas quando o nível sobe).
Na mesma situação anterior do tanque de armazenamento de inflamáveis, poderemos ter fontes de risco de grau secundário
representadas por exemplo por flanges (que por envelhecimento da junta ou desaperto de parafusos podem vazar) ou também por
perda do controle de nível (que provocará o derramamento de líquido na bacia). Estas duas situações representam condições
Zona 0 – Local onde a ocorrência de mistrura inflamável/explosiva por gases ou vapores é continua ou existe por longos periodos.
Zona 1 - É um local onde a atmosfera explosiva está presente em forma ocasional e em condições normais de operação, sendo
Zona 2 - É um local onde a atmosfera explosiva está presente somente em condições anormais de operação e persiste somente
por curtos períodos de tempo, sendo geradas normalmente por fontes de risco de grau secundário.
Zona 20 - É um local em que a atmosfera explosiva, em forma de nuvem de poeira, está presente de forma permanente, por
longos períodos ou ainda frequentemente (estas zonas, igual que gases e vapores, são geradas por fontes de risco de grau
contínuo).
Zona 21 - É um local em que a atmosfera explosiva em forma de nuvem de pó está presente em forma ocasional, em condições
normais de operação da unidade (estas zonas, igual que gases e vapores, são geradas por fontes de risco de grau primário).
Zona 22 - É um local onde a atmosfera explosiva em forma de nuvem de pó existirá somente em condições anormais de operação
e se existir será somente por curto período de tempo (estas zonas, igual que gases e vapores, são geradas por fontes de risco de
grau secundário)
É o documento que deve mostrar as áreas classificadas existentes na unidade, seus graus de risco (Zonas) e suas extensões em
metros, não apenas em planta, mas também em elevação, já que não se trata de áreas, mas de “volumes de risco”. Ainda,
segundo a norma, devem ser identificadas neste documento todas as fontes geradoras de risco, os produtos que geram o risco e
O desenho de classificação de áreas é um documento que serve principalmente para definir os tipos de equipamentos elétricos a
serem instalados nesses locais. Por isto é necessário delimitar as diversas áreas classificadas existentes na unidade, assim o
Para atender às exigências da NR-10, todas estas áreas devem também ser “sinalizadas” em campo.
O desenho de classificação de áreas deve mostrar pontualmente as fontes geradoras de risco de explosão, sua extensão e graus
(Zonas 0, 1 e 2), definindo sua extensão em metros, conforme mostrado no desenho ao lado:
Normas
Além das normas citadas ao lado, existe uma relação para poeiras/fibras combustíveis:
NR 10 E ATMOSFERAS EXPLOSIVAS
A NR-10, publicada em Dez. 2004 detalha no parágrafo inicial 10.1 - OBJETIVOE CAMPO DE APLICAÇÃO os propósitos que esta
norma pretende alcançar. Como dito, embora resumidamente, a Norma define neste ponto o que ela pretende, que é ... “ a
implementação de medidas de controle e de sistemas preventivos, para garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores, que
Explicita a continuação “onde esta NR se aplica”, o que aparece definido no ponto 10.1.2 que “inclue todas as fases, desde a
geração, a transmissão, a distribuição e o consumo, incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação e
manutenção das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades, devendo observar-se as normas
técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na ausência ou omissão técnicas destas, as normas internacionais
cabíveis”. Logo a seguir detalha ponto a ponto todas as medidas que devem ser tomadas para conseguir os objetivos definidos em
10.1, começando com as Medidas de Controle (10.2); a Segurança em Projetos (10.3); a Segurança na Construção, na
montagem, na Operação e na Manutenção (10.4) etc; terminando no ponto 10.14 que corresponde a Disposições Finais, onde
pontualiza que “o não cumprimento desta norma, levará a autoridade competente a adotar as providências estabelecidas na NR-3
Á luz destas disposições da NR-10 e no que tange ao nosso interesse, que corresponde a “sistemas elétricos em áreas
classificadas”, detalhamos a seguir as consequências da aplicação dos diferentes itens da norma às empresas sujeitas a riscos de
explosão pela presença de gases, vapores, poeiras ou fibras. Neste contexto se encontram todas as empresas químicas,
Será necessário ter que definir esses riscos por meio de um trabalho de classificação de áreas que permitirá “definí-los e tratá-
los”.
Será necessário detalhar as áreas classificadas,assim como também as medidas de controle existentes para a segurança dessas
áreas.
Será necessário fornecer um treinamento específico em áreas classificadas com os devidos documentos.
(Neste caso, o trabalho se refere à “verificação da integridade dos equipamentos elétricos Ex”, que com o tempo ou pelas
Que devem ser elaborados por profissional legalmente habilitado, previamente qualificado e com registro no competente Conselho
de Classe.
10.2.8.1 Devem ser previstas e adotadas prioritariamente medidas de proteção de forma a garantir a segurança e a saúde dos
trabalhadores
Obriga a emissão do documento conhecido como Permissão de Trabalho em áreas classificadas, sendo necessário ainda,
10.2.8.3 O aterramento das instalações elétricas deve ser executado conforme regulamentação
Particularmente onde este é básico para a proteção dos sistemas elétricos, como na presença de Barreiras Zener.
3. Ser assinado por profissional legalmente habilitado. Para ambientes Ex, as regulamentações técnicas oficiais são as normas
editadas pelas diversas Comissões Técnicas do CT-31 do COBEI/ABNT e quedizem relação com Classificação de Áreas e com
10.3.9 O memorial descritivo do projeto deve conter, no mínimo os seguintes itens de segurança:
Recomendações de restrições e advertências quanto ao acesso de pessoas aos componentes das instalações. Isto
também inclue as áreas classificadas.
10.4.1 As instalações elétricas devem ser projetadas, construídas, operadas reformadas, ampliadas, reparadas e
inspecionadas de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhos e dos usuários..Obriga a definir na etapa de
projeto a existência de áreas classificadas, sua localização, extensão e grau para poder especificar os materiais e equipamentos
10.4.2 Nos trabalhos e nas atividades referidas, devem ser adotadas medidas preventivas destinadas ao controle dos
riscos adicionais. Refere-se às áreas classificadas e às responsabilidades que os departamentos e serviços da segurança
10.4.4 As instalações elétricas devem ser mantidas em condições seguras de funcionamento, devendo ser inspecionadas e
10.4.6 Os ensaios e testes comissionamento, somente podem ser realizados por trabalhadores treinados.Determina a
As definições dadas pelos ítens 10.8.1; 10.8.2 e 10.8.3 são complementadas pelo item 10.8.8.4 que diz que ... “os trabalhos em
áreas classificadas devem ser precedidos de treinamento específico, de acordo com o risco envolvido. Define a necessidade de
participar de programas de treinamento nos diferentes níveis, de acordo com a responsabilidade de cada um deles (capacitado,
qualificado ou habilitado)
10.9.1. Obriga a tratar das áreas classificadas com equipamentos elétricos Ex.
10.9.3. Determina a necessidade de utilizar equipamentos anti-estáticos e de prover os sistemas elétricos com
componentes que impeçam o acúmulo destas cargas eletrostáticas.
10.9.5. Obriga a obtenção da “Autorização ou Permissão” formalizada para trabalhar nas áreas classificadas.
10.10.1 Nas instalações...(em áreas classificadas) deve ser adotada sinalização adequada, destinada a advertência e a
PROCEDIMENTOS DE TRABALHO
Será necessário a adoção de medidas específicas para garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores (ordens de serviço
Se os locais de trabalho incluem áreas classificadas, “realizar uma avaliação prévia, estudar e planejar as atividades e
RESPONSABILIDADES 10.13
10.13.1 As responsabilidades são solidárias a contratantes e contratados envolvidos. Responsabilidades civis e criminais por
ação ou omissão.
10.13.2 É de responsablidades dos contratantes manter os trabalhadores informados sobre os riscos a que estão expostos
instruindo-os. Obriga mais uma vez ao treinamento dos profissionais envolvidos com os trabalhos em ambientes Ex.
10.14.1 Os trabalhadores devem interromper suas tarefas exercendo o direito de recusa quando constatarem a evidência de
riscos graves e iminentes. Por exemplo, pela utilização de equipamentos inadequados em ambientes Ex.
10.14.1 As empresas devem promover ações de controle de risco originados por outrem em suas instalações. Por exemplo, pela
presença de unidades sujeitas a riscos de explosão ou derramamentos/vazamentos de produto inflamável na sua vizinhança.
10.14.3 Na ocorrência do não cumprimento das normas o MTE adotará as providências estabelecidas na NR-3. Embargo ou
interdição.
10.14.4 A documentação prevista nesta NR, deve estar permanentemente a disposição dos trabalhadores. Em áreas
10.14.5 Adocumentação prevista nesta NR deve estar permanentemente a disposição das autoridades competentes. Em áreas
A segurança e conformidade do sistema elétrico de uma unidade industrial sujeita a riscos de explosões inclue, na ordem :
1. A definição das áreas classificadas por gases, vapores, poeiras ou fibras, por meio de documentos de classificação de áreas.
2. O tratamento que essas areas devem ter pela utilização de materiais e equipamentos Ex certificados.
3. A seleção dos equipamentos em função dos Zoneamentos, Grupos, Classes de Temperatura e Graus de Proteção.
CONCEITOS DE PROTEÇÃO
Os equipamentos elétricos instalados em áreas classificadas constituem possíveis fontes de ignição devido à arcos e faíscas
provocadas pela abertura e fechamento de contatos, ou por super aquecimento em caso de falhas. Assim, estes equipamentos
devem ser fabricados de maneira à impedir que a atmosfera explosiva entre em contato com as partes que possam gerar esses
riscos. Por isso, esses equipamentos, conhecidos como equipamentos Ex, são construídos baseados em 3 soluções diferentes:
3. Suprimem ou reduzem os níveis de energia do circuito a valores abaixo da energia necessária para inflamar a mistura presente
no ambiente. Assim, as soluções normalmente empregadas na fabricação de equipamentos Ex estão baseadas no princípio do
Considerando que todos os produtos inflamáveis tem características e graus de periculosidade diferentes, os equipamentos
elétricos para áreas classificadas na sua fabricação foram divididos em dois grandes Grupos: Grupo I - São aqueles equipamentos
fabricados para operar em minas subterrâneas, e Grupo II -São os equipamentos fabricados para operar em indústrias de
superfície. Considerando as substâncias inflamáveis presentes neste tipo de indústrias, este grupo foi subdividido em subgrupos:
Os equipamentos elétricos presentes numa área classificada podem se converter em fontes de ignição também por super
aquecimento provocado por uma condição de falha. Portanto, a classe de temperatura do equipamento é uma informação
fornecida pelo fabricante e confirmada pela Certificadora de que este equipamento, mesmo em condição de falha, não atingirá na
Grau de Proteção ou Indice de Proteção (IP) de um equipamento é uma informação fornecida pelo fabricante e confirmada pela
Certificadora de que o equipamento em questão foi projetado para impedir a entrada de sólidos e líquidos no seu interior.
Esta informação é constituida por dois dígitos (de 0 à 8), sendo que o primeiro dígito se refere às medidas que foram tomadas
para impedir a entrada de sólidos e o segundo dígito às medidas que foram tomadas para impedir a entrada de líquidos no seu
interior.
Esta é uma informação importante para equipamentos Ex, especialmente quando se trata de equipamentos tipo Ex-d e Ex-e.