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Etnocentrismo

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LABORATÓRIO DE COMUNICAÇÃO

HISTÓRIA 2º ANO DO ENSINO MÉDIO- CPM


PROFa. WILZA DUARTE DOS SANTOS

wilza.santos@professor.educ.al.gov.br

Roteiro de Estudo ASSUNTO: Etnocentrismo


Período: 10/03/2021 à 27/03/2021
AULA REMOTA- LINK: meet.google.com/nit-otgh-oqg

A palavra etnocentrismo designa uma forma de enxergar


outra etnia (e suas derivações, como cultura, hábitos, religião,
idioma e formas de vida em geral) com base na etnia própria. A
visão etnocêntrica de mundo não permite ao observador de
uma cultura reconhecer a alteridade e faz com que ele estabeleça a
sua própria cultura como ponto de partida e referência para
quantificar e qualificar as outras culturas. Disso se resulta, grosso
modo, que o observador etnocêntrico vê-se como superior aos
demais em aspectos culturais, religiosos e étnico-raciais.
olítica, à sexualidade, ao feminismo, à questão racial, às drogas, etc.

O que é etnocentrismo
A palavra etnocentrismo contém os radicais “etno” (derivado de
etnia, que significa, por sua vez, semelhança de hábitos, costumes e
cultura) e “centrismo” (posição que coloca algo no centro, como
referência central a tudo que está a sua volta). A visão etnocêntrica
é aquela que vê o mundo com base em sua própria cultura,
desconsiderando as outras culturas ou considerando a sua como
superior às demais.

“etnocentrismo é uma visão do mundo onde o nosso


próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os
outros são pensados e sentidos através dos nossos valores,
nossos modelos, nossas definições do que é a existência. No
plano intelectual, pode ser visto como a dificuldade de
pensarmos a diferença; no plano afetivo, como
sentimentos de estranheza, medo, hostilidade etc”.

O etnocentrismo pode relacionar-se com o racismo, com


a xenofobia ou com a intolerância religiosa, porém esses elementos
não são, rigorosamente, as mesmas coisas.
 Etnocentrismo e racismo
Enquanto o etnocentrismo designa uma classificação por etnia, o
racismo parte da noção de “raça”, que foi construída socialmente
ao longo dos anos, e defende a posição de que os diferentes grupos
étnicos podem relacionar-se com as diferentes “raças”.
A noção de raça já está em desuso no campo da antropologia e
da sociologia, pois ela pretendia, quando surgiu, assumir a tese de
que a espécie humana era classificada por diferentes raças
hierarquizadas, de modo que algumas fossem superiores e outras
inferiores.
Na antropologia do século XIX, tentava-se associar o nível de
desenvolvimento cultural com a “raça” (entendendo raça como
um aspecto biológico), sendo que “culturas superiores” derivariam
de raças superiores, e “culturas inferiores”, de raças inferiores.
Essa visão, por ser etnocêntrica e ter como base o homem branco
europeu, justificou, à época, a exploração dos povos africanos,
asiáticos, indianos, e nativos da Oceania e das Américas, por parte
dos europeus.
 Etnocentrismo e xenofobia
A xenofobia é a aversão ao que é estrangeiro, ao que veio de
fora. Uma visão etnocêntrica, por partir da sua própria cultura para
estabelecer uma hierarquia cultural, tende a ver o estrangeiro
como alguém inferior em hábitos, costumes, religião e outros
aspectos culturais. O que resulta naquela aversão ao que veio de
outro lugar e é, portanto, inferior ao que já habitava o lugar de
referência.
 Etnocentrismo e intolerância religiosa
Essa relação é semelhante às que foram descritas nos tópicos
anteriores, mas relaciona-se diretamente com a religião. A
tendência, neste caso, é que a religião do outro seja vista como
errada e inferior, o que implica uma noção de classificação,
hierarquização e preconceito quanto às religiões, derivando disso
um etnocentrismo religioso.
Leia mais: Qual a diferença entre religião seita?
Etnocentrismo religioso
A visão etnocêntrica na religião causa a intolerância religiosa e
o preconceito contra as manifestações espirituais diferentes das que
o observador etnocêntrico segue. Tomemos como exemplo o
Ocidente, que é majoritariamente cristão. O cristianismo foi
amplamente difundido dentro da Europa, e a colonização das
Américas pelos povos europeus forçou a entrada e disseminação
dessa religião em nosso continente.
Os povos nativos daqui tiveram as suas crenças forçadamente
profanadas pelos colonizadores, que promoveram, inclusive,
grandes campanhas de catequização dos nativos por meio de grupos
religiosos cristãos, os jesuítas, como a Companhia de Jesus. Para os
europeus, o cristianismo era a religião correta, que levaria à
salvação da alma, enquanto a religião dos povos nativos era inferior,
errada, pecadora etc.
Ainda hoje existem casos de etnocentrismo religioso, quando, por
exemplo, religiões de matriz africana são desrespeitadas por
cristãos, que as associam ao pecado e ao que é considerado
demoníaco, podendo acontecer também o movimento inverso (que é
mais difícil de ocorrer por conta da hegemonia cristã ocidental).
Isso ocorre porque o praticante de uma determinada religião tende a
considerar o seu grupo religioso como a única manifestação
dogmaticamente correta.

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