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Aula 4 - Criolipólise

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Criolipólise

O QUE É CRIOLIPÓLISE?
É o uso de crioterapia (frio) em temperaturas abaixo de -1°C.
Método seguro, aprovado pela Health Canadá e Food and Drug
Administration (FDA). Novo método de redução de camada de
gordura de maneira não-invasiva.

JEWELL; SOLISH; DESILETS, 2011; ZELICKSON et al., 2009.


A exposição do tecido adiposo a baixas
temperaturas leva à cristalização dos lipídios
encontrados dentro do citoplasma dos adipócitos,
levando à apoptose celular e um processo
inflamatório.
Redução da gordura
pós criolipólise
• Modificação dos triglicerídeos
de estado líquido a sólido.
• Fractal de gordura
• Apoptose das células de
gordura
Corte Histológico
Redução do tamanho dos adipócitos e aumento do
infiltrado inflamatório.

Zelicson, et all 2009


Reparo tecidual
3, 7, 14, 60 e 90 dias
Diminuição do tecido adiposo e aumento de
Infiltrado inflamatório. Diminuição de 40%.

ZELICKSON, 2009
Fases no adipócito
Adipócitos rodeados por neutrófilos, linfócitos e
Até 14 dias
outras células mononucleares.
14-30 dias Macrófagos e outros fagócitos

4 semanas A inflamação e volume dos adipócitos diminuem


3 meses Septos interlobulares ficam espessos
Efeito Metabólico
Manutenção da Cristalização
temperatura da gordura

Inflamação e Lipídeos
fagocitose metabolizados
(14- 30d) (90 d)

ZELICKSON, 2009
Ação no adipócito

CRISTALIZAÇÃO DO
VIAS DE APOPTOSE TEMPERATURA NEGATIVA
ADIPÓCITO

AUMENTO DA SÍNTESE DE
CASPASES (ATIVAM A NK – LIGAÇÃO ADIPÓCITO EXPRESSÃO GÊNICA
APOPTOSE)

COLAPSO POTENCIAL DE INATIVAÇÃO MORTE DO ADIPÓCITO


MEMBRANA MITOCONDRIAL (-7°)
TABLE 2. Mean Serum Lipid Values

Time
Analyte
(unita) [reference range]
Baseline 1 day 1 week 4 weeks 8 weeks 12 weeks P- value

Cholesterol (mg/dl) [125-200]

Mean 173.3 171.2 174.4 172.1 175.2 177.1 0.6286

Std dev. 23.1 27.3 23.8 25.7 25.9 26.5

N 39 30 28 39 38 38

Triglycerides (mg/dl) [<150]

Mean 82.1 84.7 93.4 90.8 92.6 93.2 0.2218

Std dev. 30.3 45.9 37.2 44.8 47.5 40.0

N 39 30 28 39 38 38

HDL cholesterol (mg/dl) [≥46]

Mean 67.0 64.4 63.3 64.0 66.3 66.7 0.0296*

Std dev. 11.4 10.6 12.0 11.9 12.4 11.6

N 39 30 28 39 38 38

LDL cholesterol (calc) (mg/dl) [<130]

Mean 89.8 89.8 92.4 89.9 90.4 91.8 0.9903

Std dev. 18.9 21.6 20.8 20.4 21.6 23.7

N 39 30 28 39 38 38

VLDL cholesterol (mg/dl) [5-35]

Mean 16.5 17.1 18.6 18.2 18.5 18.6 0.2987

Std dev. 6.0 9.2 7.6 9.0 9.5 8.1

N 39 30 27 39 38 37

Non-invasive Cryolipolysis TM for subcutaneous fat reduction does


not afect serum lipidic evels or liver function tests. 2009.
Característica do estudo Objetivo do estudo Metodologia Resultados encontrados

O frio resultou em inflamação, morte


Verificar se danos seletivos a Estudo experimental: 6 adipocitária por apoptose, redução de
Comprovação da
gordura subcutânea poderiam porcos, utilizando-se 40% (em média) da camada de gordura
eficácia da criolipólise
ser obtidos por aplicação de temperaturas de -5°C e -8°C, e, por fim, a fagocitose do adipócito.
(Estudo em animais).
frio sobre a pele. durante 10 minutos. Mencionaram também a morte
adipocitária por reperfusão.

Verificar se o frio não invasivo


poderia induzir a danos na Estudo experimental: 3 A inflamação precedeu a perda da
Comprovação da
gordura subcutânea sem porcos receberam gordura, e pode iniciar-se de 24 a até
eficácia da criolipólise
lesionar a pele e sem causar criolipólise em 22 regiões 72 horas após a aplicação, e perdurar
(Estudo em animais).
aumento prejudicial nos níveis distintas. por até 30 dias.
lipídicos.

Determinar os mecanismos
Comprovação da que regulam a morte
Estudo em vitro: células Houve morte celular por apoptose, a
eficácia da criolipólise adipocitária após o
adiposas foram resfriadas temperaturas de -2°, 0° e 2°C; e houve
(Estudo in vitro). resfriamento: necrose
de -2°C a 28°C. apoptose a partir de 7°C.
(citotoxicidade) e/ou apoptose
(enzima caspase-3).

40 voluntários foram
Não foram verificadas alterações
Verificar se a Criolipólise tratados nos flancos e
significativas nos níveis de lipídios no
Comprovação da provocaria alteração nos avaliados durante 12
sangue ou no teste de função hepática,
segurança do método. níveis séricos de lipídios e na semanas com exames
durante 12 semanas de
função hepática. laboratoriais e testes
acompanhamento.
hepáticos.
Efeitos inesperados

Hiperplasia adiposa paradoxal pós- criolipólise

• Aumento no volume de tecido adiposo na região onde foi


aplicada a criolipólise.

• Surge de 1 a 6 meses após a realização do tratamento.

• Aumento no número de células adiposas e fibroses no local de


aplicação da criolipólise.
Figure 1.

Paradoxícal Adípose Hyperplasia Approximately Soft-Tissue Hyperplasia Composed of Adípose


5 Months Following Cryolípolysis Tissne

There is a sharply demareated, rectangular Magnetic resonance imaging reveals increased


enlargement around the umbilicus adipose tissue with normal signal intensity. The
corresponding to the treatment zone. This soft- fat hyperplasia is greatest on the periphery of
tissue protrusion was soft. mobile. and slightly the treatment zone.
tender to palpation. The overlying skin was
unremarkable.
Crioglobulinas
São proteínas (anticorpos) que se precipitam a
baixas temperaturas e se desprendem após serem
aquecidas. Sua presença no sangue está associada a
crioglobulinemia, de causa ainda desconhecida. Pode
ocasionar oclusão vascular e alterações renais.

Por esse motivo, recomenda-se cautela na


associação de protocolos no pós tratamento de criolipólise.

Patrícia Froes
Efeitos adversos comuns
Eritema localizado
Equimose (vácuo) - Sujeitos em uso de
aspirina e anticoagulantes 45 min tratamento pós tratamento

Dormência temporária (98%) - Redução


da sensibilidade
Dor até 15 dias após a aplicação 2 dias após o tratamento 2 dias após o tratamento

Dor em pontada por 1 semana -


Inflamação de nervos periféricos
15 dias após o resultado 15 dias após o resultado

https://m.youtube.com/watch?v=Ag0yIyMmIn4
Efeitos indesejáveis:
Queimaduras 18

• Aparelhos clandestinos sem registro na Anvisa


• Aparelhos com problemas técnicos e/ou sem manutenção periódica e
calibração
• Manta sem procedência ou Reaproveitamento
• Profissional sem capacitação
• Pele com hipersensibilidade ao frio
• Tempo excessivo de exposição a baixas temperaturas
• Avaliação da espessura da prega adiposa (adipômetro) e temperatura

• Combinações de protocolos (MAIOR RISCO)


CONTRAINDICAÇÕES
19

• Dermatites ou pruridos na região a ser tratada;


• Urticária induzida pelo frio
• Cirurgia recente, cicatriz ou hérnia na região a ser
tratada;
• Gravidez ou lactação;
• Feridas abertas ou infectadas;
• Doenças neuropáticas (neuralgia pós herpes);
• Sensibilidade ao frio;
• Sensação dérmica prejudicada;
• Hemoglobinúria paroxística ao frio;
• Crioglobulinemia;
• Alterações nos fatores de coagulação *(Dengue);
• Diabetes descompensado.
Diferença entre os
métodos de redução de GL
EQUIPAMENTOS
21
Tipos de técnicas e
manípulos
• Criolipólise de Contraste:
Aquece no início para oxigenar o tecido, antes do
congelamento e no final para reperfundir sangue
na área congelada e auxiliar no
descongelamento dos adipócitos (técnica para
substituir massagem no final do procedimento).

• Criolipólise de placas:
Utiliza uma ponteira plana, sem vácuo, que
permite aplicação em tecidos com prega
cutânea menor do que 2,5cm. Sendo que o
mínimo de prega cutânea é de 1cm para que a
técnica seja realizada. Uma boa opção para
quem tem flacidez tissular.
• Criolipólise 360 graus:
Utiliza um copo de alumínio que distribui o resfriamento por toda
a prega e não apenas na região das placas de resfriamento. A
temperatura utilizada é mais alta para proteger o tecido de
queimaduras.
EQUIPAMENTOS
24
Vácuo
• A força do vácuo: 80 a 100 kpa
• A pressão deve ser moderada
• “DESENHAR ” a prega: melhor posicionamento

Formação da prega

• Pele e gordura são “sugados” para dentro do


aplicador

• Adipometria de no mínimo 2,5cm.

https://m.youtube.com/watch?v=4pi_9r5dBwo
APLICAÇÃO 25

Seleção dos Pacientes e Etapas do Procedimento

Pneuzinho
Deixe atuando por 45 a
60min com vácuo e
A manta anti-freeze tem Aplicador resfriamento
por objetivo proteger a Placa
de Vácuo

pele.

Selecionar Área de Colocar a manta Colocar o aplicador na


Tratamento anti-freeze área Deixe atuando

Tratamento
❖ Verificar a espessura Uniforme

de gordura – ideal Regule o vácuo, mantendo


+2,5cm sucção de acordo com a
❖ Marque o tamanho da sensibilidade do cliente
área de tratamento (50cmhg) (50-80kpa)
Parâmetros de Tratamento

Periodicidade: 2 meses (Shek et al., 2012; Coleman et al, 2009;


Stevens et al, 2013; Garibyan, 2014)

Tempo: 45 a 60 minutos por área.


(Varia de acordo com o equipamento)

Temperatura: Varia de -5 a -10oC

Densidade de energia removida: -60 / -70mW/cm2 - CIF: Cool Intensity


Factor
Técnica de avaliação
ÁREAS DE APLICAÇÃO 28
MANTA
Posicionamento do manípulo
Exemplos da aplicação
Após aplicação
Técnica logo após
aplicação
• Massagear a área de tratamento.
Procedimentos
Pré e Pós- aplicação
•DLM;

• Massagens;

•Radiofrequência;

•Ultrassom;

•Terapias Combinadas;

•Carboxiterapia.
Tratamento pós
criolipólise
Imediatamente após a criolipólise
• Massoterapia; (melhora de até 44% na redução de gordura no local)
• Terapias mecânicas: Ondas de choque, Endermo Vibratória;
• Radiofrequência (para a qual é recomendado o uso de ponteira
monopolar, com temperatura de 37 °C a 38 °C, por 5 a 7 minutos por
área.
• Ultrassom terapêutico (recomenda-se dose de 1,5 W/cm2 no modo
contínuo
• Cinta compressiva
** Carboxiterapia após 15 dias **

45 a 60 dias após
• Ultrassom (dose de 2,5 W/cm2 a 3,0 W/cm2 no modo contínuo
• Ultracavitação;
• Radiofrequência (recomenda-se o uso de ponteira monopolar, com
temperatura de 40 °C a 42 °C, por 10 a 12 minutos por região.

Fabio Borges, 2018.


Após 24hs da aplicação: 37

crio + associações
Referências
•COLEMAN, Sydney R et al. Clinical Efficacy of Noninvasive Cryolipolysis and
Its Effects on Peripheral Nerves. Aesth Plast Surg. 33:482-488, 2009.

•BRIAN ZELICON, et al. Cryolipolysis for Noninvasive Fat Cell Destruction:


Initial Results from a Pig Model. American Society for Dermatologic Surgery ,
2009.

•Borges, Fabio; Scorza Flavia. Terapeutica em Estética: conceitos e técnicas.


1ºEd. São Paulo. Ed Phorte, 2016.

•Fábio dos Santos Borges; Flávia Acedo Scorza. Fundamentos da criolipolise.


Rev. FisioSer. Vol. 9. nº 4. 2014.

•Amanda URZEDO, Ana Paula; LIPI, Jussara; ROCHA, Leticia. Criolipólise:


tecnologia não invasiva para redução de medidas. South American jornal
os Aesthetic Medicine. 2012.

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