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Resenha Crítica Do Livro Príncipe de Maquiavel

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AUTARQUIA DE ENSINO SUPEIOR DE GARANHUNS (AESGA)

FACULDADE DE DIREITO DE GARANHUNS (FDG)

CURSO DE DIREITO

VANESSA DE FREITAS REZENDE – 1ª SEMESTRE NOTURNO

RESENHA CRÍTICA DA OBRA “O PRÍNCIPE” DE NICOLAU MAQUIAVEL

O escritor Maquiavel conceituado como notável, brilhante e fundador da ciência


política moderna no período do Renascimento, vindo de família nobre Florentina na
data 03 de maio de 1.469 sendo os genitores Bernado Niccoló Machiavelli e de
Bartolomea do Steano Nelli.

O fundador do pensamento político moderno em 1498 foi nomeado segundo


chanceler da República de Florentina, o qual neste trabalho ao lado de César Borgia,
filho do Papa Alexandre VI, em que o filósofo serviu em várias missões diplomáticas
nas europa. E, através de sua experiência, concluiu que os Estados e Governantes
necessitam de justiça, armamento e a religião como utopia para manter os soldados fiéis
e aquele que se rebeliam era punidos.

Em 1512, Maquiavel foi suspeito e acusado com envolvimento em conspiração


contra a eliminação do cardeal Giovanni de Médici, o qual foi torturado, preso e
exilado.

Quando estava exilado, escreveu o Príncipe, com a pauta da conquista e


manutenção do poder, dedicando-a ao Duque, Lourenço II, Duque de Urbino. Nicolau
ao Magnífico Lourenço de Médice, com os seguintes dizeres:

Portanto, desejando oferecer a Vossa Magnificência algum


testemunho de minha submissão, nada encontrei entre minhas posses que me
fosse mais caro e estimado que o conhecimento das ações de grandes
personagens, adquirido por meio de uma longa experiência das coisas
modernas e de uma contínua lição das coisas antigas [..] considerando o fato
de que eu não poderia oferecer um presente maior ao lhe proporcionar a
condição de poder, e, em pouco tempo, compreender tudo o que eu conheci,
em tantos anos.” (MAQUIAVEL, 2007, p. 21).
Passado um ano, recebeu anistia do Papa Leão X e retornou a Florença,
recebendo a função remunerada de escrever a história da capital italiana e recebeu o
título de historiador oficial da República.

Na obra o príncipe, Maquiavel tem por base na ciência empírica baseada na


experiência, mostrando as formas de como conquistar, manter e persistir sem nenhuma
influência religiosa, pois acreditava na teoria estruturada na história e nos exemplos
vistos em governos anteriores, na investigação dos interesses de agir do próprio ser
humano. E para tanto a política do ilustre filósofo não é tratada pelo ideal cristão, mas
pelo que é o ser humano, em que as regras do livro convidam para o leitor a encarar a
política de forma nua e crua, remetendo a reflexão através dos personagens históricos
registrados nas épocas passadas.

Também é dito nesta obra que o bom governante irá usar a virtú ou a fortuna. A
virtú: Faz alusão de gerir, administrar os acontecimentos dentro da sua nação, dentro do
seu Estado, é a chave para o sucesso e glória Enquanto a fortuna: Circunstância do
tempo presente e as necessidades da mesma sorte do indivíduo.

Para ter a forma valorosa, o indivíduo deverá usar o arquétipo pertencente aos
animais, seja como um leão amedrontando os lobos, ora como uma raposa para
conhecer e identificar os seus inimigos:

Para que um príncipe saiba bem empregar a sua natureza animal,


precisa tomar como modelo a raposa e o leão, porque a raposa não sabe se
defender dos lobos e o leão não sabe se proteger das armadilhas. Portanto, é
preciso ser raposa para conhecer as armadilhas e leão para aterrorizar os

lobos. (MAQUIAVEL, 2007, p. 152)

Visto que uma natureza não poderá viver sem a outra, de forma equilibrada o autor
remete em sua obra:

Porém, é preciso saber bem disfarçar essa qualidade e ser hábil em fingir e
dissimular. Os homens são tão simples e obedecem a de tal forma às
necessidades presentes, que aqueles que engana encontrará sem quem se
deixa enganar” (MAQUIAVEL, p. 153)

A partir disto, as duas temáticas bastante discutidas em sua obra nos dias atuais,
as quais possuem duas faces: a do governante e para ter êxito deve conhecer bem a sua
nação onde deve ser brando ou violento, ou seja, deverá ser pacifico ou agressivo;
“Um príncipe não precisa ser amado, ele deve ser temido e respeitado, mas,
não pode ser odiado” em que se não houver respeito não haverá cooperação. Assim, o
escritor argumentou que o ideal e mais seguro das qualidades do político era ser temido
para estabilizar o poder do monarca.

O filósofo também aponta que o governante deverá ser cauteloso:

Concluo, portanto que um príncipe amado por seus súditos tem pouco a
temer as conspirações, mas quando ao contrário, eles lhe são adversos e o odeiam,
devem temer a tudo e a todos, Assim, também, os Estados bem governados e os
príncipes sábios cuidam sempre em não provocar os grandes e em satisfazer o povo
mantendo-o feliz, pois esse é um dos assuntos mais importantes que diz respeito a
um príncipe. (MAQUIAVEL, 2007 p.163)

Quando isso ocorre, o povo sabe que pode contar com o seu dirigente. Portando,
neste discurso para ser um bom Estadista é necessário agir com prudência e com justiça,
não se deixando levar pela a vingança, mas se preservar e aguardar o momento certo de
seus objetivos para o povo.

REFLEXÃO CRÍTICA

Portanto, nestas premissas, Maquiavel é o homem do renascimento, o qual irá


valorizar a antiguidade clássica e irá fazer apelo ao uma noção de liberdade, porém na
atualidade a obra o Príncipe possui uma carga adjetiva e pejorativa, sem conhecer as
indagações e sem conhecer as reflexões que o próprio escritor traz para a realidade
como um todo.

É Neste, aspecto se faz necessário refletir e focar o que esta obra nos provoca,
remetendo o real sentido das políticas, inclusive para os tempos atuais e qual é o
significado de falar de engano aos tempos atuais, sendo a política um jogo de aparências
e a disputa pelo o poder.

A capacidade do engano não é um simples exercício de falsificação. As pessoas


enganam e são enganadas porque vivem em um conjunto de crenças, valores,
expectativas e sonhos, de tal modo é provocado em sim mesmo o engano.

Ser livre para Maquiavel é não ser escravo de nenhum outro povo, a noção de
liberdade faz com que o homem conheça a sua noção de capacidade e estes que
conhecem a sua capacidade podem agir melhor, e ver que não precisa ficar esperando
que algum milagre ou alguma questão metafísica venha a governar e definir as questões
do cotidiano. O Renascimento surge com o domínio do saber e do conhecimento.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Tradução: Fulvio Lubisco. São Paulo: Jardim dos
Livros, 2007.

ROTOLI, Amanda Mendes. A Decadência do Príncipe na Contemporaneidade sob a


ótica de Nicolau Maquiavel. Disponível em:
https://webcache.googleusercontent.com/search?
q=cache:yOjl54hfBvIJ:https://cepein.femanet.com.br/BDigital/arqPics/1711402373P77
8.pdf+&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br .Acesso em 10 de março de 2021

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