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Salmo 139

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SALMO 139 – Conhecer a Deus é o essencial da vida terrestre (efêmera), para

alcança a vida celestial (eterna).

Sobre este salmo Derek Kidner destaca: “Se tivermos quaisquer pensamentos
menos grandiosos acerca de Deus, este salmo os transcenderá de modo
magnífico; mesmo assim, apesar de suas alturas e profundidades, permanece
sendo intensamente pessoal, do começo até o fim”. O mesmo oferece-nos a
seguinte divisão:

1. O Onividente (vs. 1-6);


2. O Onipresente (vs. 7-12);
3. O Criador de tudo (vs. 13-18);
4. O Santíssimo (vs. 19-24).

Embora Deus nos conheça melhor do que nós mesmos nos conhecemos, e
saiba de todos os nossos erros e pecados e quão ruins e imorais nós somos
como pecadores, não precisamos ter medo dEle. Na verdade, devemos ter
medo de não ter um compromisso sério com Ele.

1. Deus nos sonda e nos conhece, discerne nossas intenções mais profundas.
Percebe nossas atitudes antes delas existirem. Antes de nossos pensamentos,
Deus já sabe o que vamos pensar. Nossos planos, já são conhecidos por Ele
antes deles serem nossos. Até as palavras que falamos Ele sabe antes de
falarmos. Assim, Deus sabe melhor do que nós mesmos quem realmente
somos (vs. 1-6).

2. Deus está em todos os lugares, nas altitudes e nas maiores profundidades.


Onde formos Deus estará lá. É impossível escondermos dEle (Gênesis 3:1-13).
Nem em Marte, Ogle-TR-56b, ou na Lua, ou em qualquer lugar do Universo,
não podemos fugir de Deus. Jonas sabe bem disso, assim como Davi (vs. 7-
12) – nem atrás do pecado é possível esconder-nos de Deus (Jonas 1:1-17-
2:1-10). Contudo, onde Ele estiver, ali estará o Seu amor (Romanos 8:38-39).

3. Deus conheceu-nos antes mesmo de nascermos. Aliás, Ele nos criou. Ele
formou e projetou-nos de forma assombrosa. Deveríamos, antes de tentar
escapar-nos dEle, buscá-lO para agradecer e louvar o Seu nome pelo que Ele
faz (vs. 13-18).

4. Deus, sabendo tanto sobre nós, portanto, cabe a nós rendermo-nos a Ele. É
loucura desafiá-lO. É arrogância que resulta em prejuízo ignorar o Juiz do
tribunal divino. É preciso aceitar o plano da salvação e pedir que Deus corrija
nossos defeitos (vs. 19-24).

Precisamos ter relacionamento de confiança plena com Deus, que sabe o que
é melhor para nós!

“Senhor, molda-me segundo o Teu querer. Rendo-me a Ti” – Heber Toth Armí.
Comentário devocional:

Este é o meu salmo favorito. Ele apresenta a Deus como o meu Pai,
intensamente íntimo, pessoal e amigo.

Em primeiro lugar, Ele conhece tanto o meu interior quanto o meu exterior. Ele
sabe quando eu me levanto e o que eu faço durante o dia. Ele sabe até o que
eu estou pensando e as palavras que irei dizer. Este perfeito conhecimento de
Deus a meu respeito é muito reconfortante para mim.

Em segundo lugar, Deus está em toda parte (v.7). Eu não posso me esconder
dEle ou tentar enganá-lo como Adão e Eva (Gn 3:8) ou Jonas (Jonas 1:3)
tentaram fazer. E por que eu iria querer fazer isso, quando tenho a garantia de
Sua proteção (v.10) e Sua luz (v.12) para iluminar meus dias mais escuros?

Em terceiro lugar, Ele é o meu Criador. Ele criou todo o universo e tudo que
nele há e também projetou propositada e intencionalmente os seres humanos
em todos os seu detalhes: o nosso olho, nossa pele e cor do cabelo, as
características que nos identificam. Nós somos únicos e Ele tem um plano para
cada um de nós (v.16) e isto é incrível!

Eu me sinto impressionada pelo maravilhoso Deus que sirvo. Ele é um Deus


que não está à parte, distante ou muito ocupado com o funcionamento do
universo que não possa me conhecer intimamente.

A minha oração é a mesma do salmista: que Deus continuamente busque por


mim, busque por meu coração e me guie no caminho que leva ao céu.
“Vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno”
(v. 24).

É impressionante a descrição feita por Davi com relação à formação de um ser


humano no ventre materno. Desprovido de toda a tecnologia que hoje
possuímos, Davi relata o processo da gestação com riquezas de detalhes e
com profunda admiração: “… visto que por modo assombrosamente
maravilhoso me formaste” (v. 14).

Neste Salmo, a onisciência, a onipresença e a onipotência de Deus são


apresentadas não apenas como atributos divinos, mas como bênçãos para
cada um de Seus filhos. O fato de Deus conhecer o nosso íntimo não nos torna
objetos de investigação, mas alvos de Sua proteção (v. 5). Ao aceitarmos a
benesse de Sua onisciência, recebemos a ação de Sua onipotência. Ele me
conhece e Ele te conhece simplesmente porque Ele me fez e Ele te fez. Você
não é obra do acaso e nem surgiu despropositadamente. Você é uma obra
admirável que homem algum tem o direito de intitular de resultado casual.

Deus esquadrinha cada um de nossos passos e pensamentos com apenas


uma finalidade: SALVAÇÃO. Dos versos 19 ao 22, parece que Davi perde o
foco de tudo o que havia falado antes. Ele passa de uma linguagem de amor
para uma linguagem de ira, manifestando a sua indignação e a sua inquietação
quanto aos perversos. A expressão “Aborreço-os com ódio consumado”
desnuda o coração do salmista, que, de imediato, o entrega ao controle do
Único capaz de sondá-lo, prová-lo e guiá-lo pelo caminho eterno.

Somos todos reféns de um coração enganoso e desesperadamente corrupto


(Jeremias 17:9) e somente Aquele que nos criou tem o poder de torná-lo como
um feto em formação: moldando-lhe até que atinja a forma perfeita. Esta obra
tem sido realizada no coração de todo aquele que tem buscado ao SENHOR
enquanto O pode achar (Isaías 55:6). Está perto o dia em que o livro de nossa
vida (v. 16) será aberto, “porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até
as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más” (Eclesiastes
12:14). E não haverá desculpas quando estivermos diante do Juiz Justo. Por
isso que o Seu convite é para que ao ouvirmos a Sua voz HOJE, não
endureçamos o nosso coração (Hebreus 3:15).

Não dá para cogitarmos os pensamentos de Deus, pois, como bem disse o


salmista, seria como querer contar os grãos de areia (v. 18). Mas Deus mesmo
nos revelou os pensamentos que Ele tem a nosso respeito: “Eu é que sei que
pensamentos tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz e
não de mal, para vos dar o fim que desejais” (Jeremias 29:11). E isto, por si só,
é motivo suficiente para declararmos: “Que preciosos para mim, ó Deus, são os
Teus pensamentos!” (v. 17).

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