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Apostila Módulo 01 Aula 05

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Módulo 1

jardinagem
da teoria à
prática
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sobre o curso
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Estrutura, módulos e critérios de avaliação.

O curso de jardinagem Pró-Jardim STIHL foi feito para quem é jardineiro e quer crescer
ainda mais neste mercado tão importante, para quem está procurando uma nova forma de
empreender e também para os apaixonados pela natureza. O conteúdo está dividido em
quatro módulos compostos de conteúdos práticos, além dos assuntos comuns do
cotidiano da jardinagem. Cada módulo é composto por videoaulas e material didático,
como essa apostila que você está lendo, que fazem parte da nossa biblioteca de
conteúdos.

Módulo I: JARDINAGEM DA TEORIA À PRÁTICA


Módulo II: ESPECIALIZANDO NA JARDINAGEM
Módulo III: DA JARDINAGEM AO PAISAGISMO
Módulo IV: JARDINAGEM COMO NEGÓCIO

A jardinagem é uma atividade que exige experiência e conhecimentos sobre plantas, solos,
manejo da água, limpeza de jardins, ferramentas e vários outros assuntos. Além de temas
básicos, como implantação, manutenção e reforma de jardins, temos um módulo focado em
poda, visando capacitar ainda mais os jardineiros para as tarefas no dia a dia.

Preparamos conteúdos que vão além da prática de jardinagem. Inspirações e assuntos


ligados ao paisagismo, formando uma seleção de temas inspiracionais e atuais.

Temos um módulo com referenciais para formalização do negócio, profissionalização da


equipe e ainda a experiência de um case de sucesso que cresceu ao longo do tempo e
hoje atua com redes de franquias de jardinagem.

Ao final do curso, os participantes são direcionados a um questionário para verificação dos


conhecimentos. Ao atingir 70% ou mais de acertos, os participantes são considerados
aprovados no curso e, então, recebem certificado de conclusão do curso.

Desejamos que você tenha uma ótima jornada na busca por conhecimento e uma
excelente experiência na realização da jardinagem. Conte com a STIHL para lhe apoiar
em seu processo de crescimento.

Atenciosamente,

Equipe STIHL

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GRAMADO
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Vários estilos de jardim são compostos por uma área de gramado, para lazer, atividades
esportivas ou mesmo espaço de recreação. Para ter o gramado dos sonhos, é importante
realizar todas as etapas bem feitas.

• Preparo da área;
• Drenagem;
• Nivelamento do terreno;
• Escolha da espécie conforme a finalidade ou aptidões do local;
• Plantio das mudas ou sementes;
• Irrigação para a “pega das mudas”;
• Manutenção.

Principais espécies

Existem mais de dez mil espécies de gramíneas. Porém, são poucas as opções disponíveis
para serem cultivadas com a finalidade de gramados. Algumas são mais rústicas do que
outras e podem ser cultivadas sem muita preocupação. Já as usadas em gramados de
futebol, por exemplo, são espécies mais exigentes e requerem adubação semanal, além de
cortes a cada 5 ou 7 dias e irrigação controlada.

Podemos dividir as espécies de gramados em basicamente dois grupos: as de clima frio e


as de clima quente, sendo estas as mais importantes para o Brasil.

As espécies de gramas de clima quente são caracterizadas por não entrar em dormência
no período de inverno, com temperaturas próximas ou abaixo de zero. Se desenvolvem
bem em temperaturas altas e toleram temperaturas amenas ou baixas. Podem ser rústicas
às geadas esporádicas, comuns no Sul do Brasil.

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Principais espécies cultivadas no Brasil:

nome popular nome científico

santo agostinho Stenotaphrum secundatum

bermuda Cynodon spp.

esmeralda Zoysia spp.

bahia ou batatais Paspalum notatum

são carlos Axonopus compressus

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Instalação

Antes de realizar o plantio é fundamental preparar o terreno.

• Realize a obra de drenagem, quando necessário.


Para áreas onde ocorre alagamento ou possuem drenagem ineficiente, é importante
construir canais de drenagem, visando auxiliar a infiltração da água no solo, evitando
encharcamento e apodrecimento de raízes.

• Retire toda a cobertura vegetal, pedras, cascalhos e possíveis entulhos do local.


Se for uma área com grande infestação de plantas daninhas, o local possui um banco de
sementes destas espécies que irão nascer por meio a grama, prejudicando o aspecto
visual do gramado. Neste caso é recomendado trocar a terra, colocando pelo menos
uma camada de 10 centímetros em todo o espaço do futuro gramado.

• Faça o nivelamento do terreno, sem compactar o solo.


Espalhe a terra, levando dos níveis mais altos para os mais baixos. Ao final, mantenha
uma leve declividade do terreno de entre 0,5% e 1% para um gradual e lento
escoamento da água na superfície.

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• Espalhe uniformemente em todo o terreno uma camada fina de húmus de minhoca ou
composto orgânico ou uma mistura de terra com areia fina na proporção 1/1, se for uma
região onde chove muito.

Plantio por leivas

• Posicione as placas de grama lado a lado, fechando toda a extensão do terreno.


• Após, coloque um pouco de húmus de minhoca ou substrato para plantas entre as
placas, visando estimular o rebrote das mesmas para “fechar o gramado”.
• Com o auxílio de uma mangueira, molhe diariamente todo gramado durante 15 dias.
Nos próximos 15 dias, molhe a cada 2 ou 3 dias.

Plantio por mudas (indicado para espécies estoloníferas)

• Faça o nivelamento do terreno.


• Coloque uma camada de composto orgânico espalhado em todo o espaço.
• Plante as mudas, uma a uma, espaçadas a cada 10 ou 20 cm uma da outra. Quanto
mais mudas forem colocadas no espaço, mais rápido irá fechar o gramado.
• Regue o local todos os dias, por pelo menos 2 semanas, incentivando o crescimento
das mudas.
• Após 30 dias, aplique adubo na dose recomendada no rótulo, para gramados.
• Quando o espaço já estiver com cobertura de 90% da área, inicie o corte da grama,
para incentivar ainda mais o rebrote e o crescimento de novas folhas e raízes.

Plantio via sementes

• Faça o preparo do terreno, mantendo a superfície lisa e plana.


• Espalhe as sementes conforme a recomendação de plantio para cada espécie.
• Cubra as sementes com uma fina camada de terra (no máximo 1 cm de altura).
• Molhe a área todos os dias, de maneira que o solo esteja sempre levemente úmido,

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porém sem formar poças de água.

• Quando iniciar o processo de germinação, esperar 2 semanas para aplicar adubo. Neste
momento as plantas são delicadas e sensíveis, portanto aplicar sempre a metade da dose
recomendada no rótulo dos adubos para gramados.

* Use sementes de qualidade para garantir a procedência da grama.

Manutenção

Um gramado bem cuidado requer basicamente 3 práticas de manejo constantes: corte,


adubação e irrigação. A mais importante é o corte, também chamado de roçada.

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Corte

O corte bem feito proporciona a uniformidade do gramado. Ao cortar a grama, ocorre


redistribuição de hormônios de crescimento dentro da planta e há o estímulo para novo
crescimento lateral. Ou seja, quanto mais seguido o gramado for cortado, mais fofo e cheio
irá ficar.

A frequência de corte irá depender de vários fatores, como objetivo ou finalidade do


gramado, espécie de grama, presença ou ausência de plantas invasoras (inço), fertilidade
natural do solo, etc.

Se for um gramado para prática de golf, por exemplo, cada área do campo possui regras
de altura da grama, e com base nisso, se determina os períodos de corte. Já para um
gramado de futebol, a frequência de corte varia entre 3 a 10 dias, dependendo da região
do Brasil, do clima e regime hídrico da região. Em dias nublados o gramado cresce menos,
diminuindo a necessidade de corte.

Para gramados de jardins convencionais, de forma geral podemos dividir a frequência de


corte em dois tipo: intensivo (para meses de calor e boa insolação) e espaçado ou
extensivo (para meses de temperaturas amenas e dias nublados).
A altura de corte é tão importante quanto a frequência. Ao cortar muito baixo, dificulta o
rebrote da planta além de poder queimar algumas plantas na ausência de irrigação ou
chuva após o corte. Por isso, as alturas de corte devem ser maiores de 35 mm. Há uma
premissa básica que diz que nunca devemos cortar mais de ⅓ da altura da planta, visando
a recuperação das plantas após o corte.

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Altura e frequência de corte de diferentes espécies de grama:

características esmeralda
são carlos bermuda tifway
gerais e Mini zoysia

altura de corte 2,5 a 5 cm 2,5 a 5 cm 1,5 a 3 cm

freqUência de corte

verão 2x por semana 1x por semana 2x por semana

inverno 1x por semana 2x por mês 2x por semana

Para fazer a manutenção de gramados com mais praticidade, conte com os cortadores
de grama e roçadeiras STIHL.

As roçadeiras STIHL são fáceis de usar e possuem funções ideais para reduzir o esforço
e aumentar a qualidade do trabalho.

Os cortadores de grama, por sua vez, contam com baixo nível de ruído e possibilitam
o ajuste de altura, além de leveza e praticidade durante a operação.

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Adubação e correção da acidez

A adubação periódica e com adubos de qualidade mantém os gramados fortes e com belo
aspecto visual. Para que os adubos sejam absorvidos pelas raízes das plantas, é necessário
corrigir o pH do solo, buscando níveis entre 6,2 e 6,8, que é a faixa de valor que as plantas
absorvem a maior quantidade de nutrientes.

O pH muito ácido, ou seja, abaixo de 6, terá problemas com indisponibilidade de


macronutrientes, como nitrogênio, fósforo, cálcio e potássio. Já com nível elevado de pH,
acima de 7, os micronutrientes estarão em falta, como molibdênio, zinco, entre outros.

Através de uma análise de solo, podemos verificar o nível do pH do solo. Os solos


brasileiros são, em sua maioria, ácidos por natureza, devido a sua origem e formação
geológica. Para corrigir o pH, é recomendado uso de calcário. Porém, não pode ser usado
em excesso pois pode elevar o pH e prejudicar os futuros cultivos.

O cálculo da quantidade de calcário deve ser feito por um profissional com formação
técnica, como Engenheiro Agrônomo.

Irrigação

Algumas espécies são mais rústicas e toleram melhor alguns períodos sem água. Outras
são mais “exigentes” e consomem mais água ou ficam feias com facilidade na ausência de
água.

Quando falta água para as plantas, as folhas começam a ficar murchas, retorcidas, até que
amarelam e secam, formando palha. Neste cenário, é fundamental voltar a fornecer água,
todos os dias, para que as plantas se recuperem.

Os principais sistemas de irrigação para gramados são através de aspersores


automatizados, em função da praticidade. Podemos usar também mangueiras com ou sem
bicos para direcionar o jato de água.

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O cálculo de quantidade e espaçamento entre aspersores, assim como a potência dos
modelos escolhidos e vazão de água, fazem parte de um projeto de irrigação, que pode
ser feito caso a caso.

O objetivo é que a área de gramado seja uniformemente irrigada. Em dias de chuva ou


quando o solo está com água retida, o sistema pode permanecer desligado.

Problemas comuns em gramados:

• Manchas em reboleira.
• Doenças de solo.
• Podridões radiculares.
• Nematoides.
• Plantas invasoras.

Estes problemas são causados por diferentes organismos. Podem ser causadas por fungos,
bactérias e outros organismos, que infectam as plantas e causam lesões em pontos
isolados do gramado. Nestes casos, é importante realizar o diagnóstico do agente causal
da doença, podendo recorrer a laboratórios fitossanitários de universidades ou de
instituições diagnose de doenças de plantas. Em seguida, consultar um Agrônomo para a
recomendação de tratamento com produtos específicos, que podem ser comercializados
mediante apresentação do Receituário Agronômico.

No caso das plantas invasoras, os populares inços, é comum o controle químico através do
uso de produtos herbicidas. Porém, o corte mais frequente do gramado irá diminuir aos
poucos a população de plantas daninhas, evitando o uso de produtos tóxicos ao meio
ambiente, insetos e animais de forma geral, inclusive humanos. Além disso, pode ser feito o
controle mecânico, com capinas pontuais, eliminando as plantas do local.

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Vânia Cândida Chassot Angeli
Engenheira Agrônoma (CREA RS242743) responsável pela curadoria técnica do conteúdo
do curso.

Educadores convidados: Carol Costa, Nô Figueiredo, Murilo Soares,


Sydney Brasil, Gabriela Pileggi, Adri Schüler, Lúcia Borges, Vaner Silva e Fabricio
Magayevski

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