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ALCANOS Neto

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Índice

1.0.Introdução....................................................................................................................4

1.01.Objectivos:.................................................................................................................4

1.0.2.Metodologia..............................................................................................................4

1.1.Alcanos........................................................................................................................5

1.2.Nomenclatura dos alcanos...........................................................................................6

1.3.Nomenclatura IUPAC dos alcanos..............................................................................6

1.4.Nomenclatura dos alcanos normais.............................................................................6

1.5.Nomeclatura dos alcanos ramificados.........................................................................8

1.6.Série homóloga..........................................................................................................11

1.7.Nomenclatura Usual dos alcanos...............................................................................12

2.0.Propriedades Físicas dos Alcanos.............................................................................15

2.1.Métodos de Obtenção dos Alcanos...........................................................................16

2.2.Síntese de Wurtz........................................................................................................16

2.3.Isomeria dos Alcanos................................................................................................17

2.4.Tipos de Isomeria......................................................................................................17

2.5.Propriedades Químicas e Aplicações dos Alcanos....................................................20

2.6.Aplicações dos Alcanos e seus Derivados.................................................................23

3.0.Conclusão..................................................................................................................24

Referencias Bibliográficas...............................................................................................25
1.0.Introdução
O presente trabalho da cadeira de química orgânica tem como o tema: Alcanos e nela
vão abordar o seu conceito, a sua fórmula geral, a sua nomenclatura, a sua isomeria, as
suas propriedades físicas, suas propriedades químicas e suas aplicações. De tal maneira
os alcanos são hidrocarbonetos saturados de cadeia aberta que apresenta ligações
simples.

1.01.Objectivos:

Geral

 Conhecer os Alcanos

Específicos

 Descrever a fórmula geral e a nomenclatura dos alcanos;


 Identificar as propriedades físicas, propriedades químicas e as suas aplicações
dos alcanos.

1.0.2.Metodologia

Para a elaboração do trabalho usou-se a metodologia de pesquisa bibliográfica, que é


um apontamento geral sobre aos principais trabalhos já realizados, revestidos de
importância por serem capazes de fornecer dados atuais e relevantes relacionados com o
tema. Portanto, este método consistiu na escolha seletiva dos autores que abordam o
tema em estudo.

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1.1.Alcanos
Alcanos são hidrocarbonetos saturados de cadeia aberta que apresentam apenas ligação
simples entre átomos de carbono. Arnaud, P. (1975).

Para: Feltre, R. (1995). Certamente que uma cadeia saturada é aquela que apresenta
apenas ligações simples entre átomos de carbono. Em todos os alcanos a relação entre a
quantidade de átomos de carbono e de hidrogénio é traduzida pela fórmula geral:

Onde:

“n” - representa o número de átomos de carbono;

“2n + 2” – representa o número de átomos de hidrogénio.

De acordo com Feltre, R. (1995). Portanto, fazendo a substituição na fórmula geral de


alcanos por números que variam de um a mais infinito, teremos a indicação da
quantidade de átomos de carbono e de hidrogénio que aparecem em cada alcano, o que
trata se de fórmula molecular da substância. Assim teremos as seguintes fórmulas
moleculares:

Se continuarmos a fazer a substituição na fórmula geral dos alcanos, tal como fazemos
nos casos acima, notaremos que: em alcanos a quantidade de átomos de hidrogénio é
sempre o dobro mais dois átomos em relação à quantidade de átomos de carbono.

De facto:

• 4 (átomos de hidrogénio) é o dobro de um (átomo de carbono) mais dois;

5
• 6 (átomos de hidrogénio) é o dobro de dois (átomos de carbono) mais dois;

• 8 (átomos de hidrogénio) é o dobro de três (átomos de carbono) mais dois.

Assim sempre que se tiver um composto formado por carbono e hidrogénio em que se
observe esta relação quantitativa dos seus átomos, fique claro que se trata- de um
alcano.

1.2.Nomenclatura dos alcanos

Como é de seu conhecimento, o acto de dar nomes chama-se nomenclatura. Os alcanos


e outros compostos orgânicos, à semelhança do que acontece connosco pessoas, que
temos duas possibilidades de ser chamados: pelo nome oficial (o da escola) e, pelo
nome não-oficial (o de casa), podem ser chamados usando nomes oficiais designados
nomes IUPAC (União Internacional da Química Pura e Aplicada) e através de nomes
não-oficiais, os nomes triviais ou usuais. Barbosa, (2004).

1.3.Nomenclatura IUPAC dos alcanos

Para dar nomes IUPAC aos alcanos é preciso, distinguir entre eles, os de cadeia
carbónica normal, aqueles de sucessão linear dos átomos de carbono e os de cadeia
ramificada, aqueles em que na sucessão linear dos átomos de carbono, aparece um ou
mais outros átomos de carbono que constituem uma sub cadeia lateral, como se de
ramos de uma árvore se tratasse. Carneiro, (2010).

1.4.Nomenclatura dos alcanos normais

De acordo com Barbosa, (2004). A regra consiste em pronunciar um Prefixo e, nele


acrescentar a terminação “ano”, portanto (prefixo + ano). O prefixo é um termo que nos
indica a quantidade de átomos de carbono presentes na cadeia carbónica.

A tabela abaixo mostra a relação dos prefixos baseados na quantidade de átomos de


carbono presente na cadeia.

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Fonte: Arnaud, P. (1975).

Exemplos:

Metano CH4 –

Etano CH3-CH3

Propano CH3-CH2-CH3

Butano CH3-CH2-CH2-CH3

Pentano CH3-CH2-CH2-CH2-CH3

Hexano CH3-CH2-CH2-CH2- CH2-CH3

Heptano CH3-CH2- CH2-CH2-CH2- CH2-CH3

Octano CH3-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH2-CH3

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1.5.Nomeclatura dos alcanos ramificados
Regra:

Para Feltre, R. (1995). A nomenclatura dos alcanos são nomeados de seguinte maneira:

• Idenfica-se a cadeia principal, que é a mais longa com sucessão de átomos de carbono
na cadeia.

• Numeram-se os átomos de carbono na cadeia, iniciando de um dos lados, tal que os


radicais constem em carbonos com os menores números possíveis.

• Referenciam-se os nomes dos radicais de forma sequanciada, obedecendo à ordem


alfabética das iniciais dos nomes dos radicais ou de complexidade crescente do tamanho
do radical.

• Para cada radical especifica-se o número correspondente ao do carbono de seu


posicionamento na cadeia. Ou cada ramificação terá um número que indica a sua
posição na cadeia principal.

Considera-se radical um átomo ou grupo de átomos que apresenta uma ou mais


valências livres. Com efeito, um radical não é um alcano, visto que a quantidade de
átomos de hidrogénio não é o dobro dos de carbono mais dois.

Quando se pretende generalizar a referência a radicais, usa-se a letra r maiúscula,


seguida de um traço para indicar a valência livre (R-). Portanto, o R- dá-nos a indicação
de se tratar de um radical. Existem diferentes tipos de radicais:

• Radicais alquil - aqueless que provêm de alcanos por perda de um hidrogénio,


ficando com uma valência livre;

• Radicais aril - aqueles que provêm de aromáticos por perda de um hidrogénio,


ficando uma valência livre;

• Radicais acil – aqueles que provêm de compostos carbonilados apresentando valência


livre.

Alguns exemplos de radicais alquil:

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Fonte: Feltre, R. (1995).

Relacionando o número de átomos de carbono no radical e respectivos prefixos,


resultam as seguintes designações para os radicais derivados de alcanos:

Fonte: Arnaud, P. (1975).

Exemplo Dê nomes aos alcanos abaixo:

Resolução

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Identifica-se a cadeia principal contando os átomos de carbono a partir de cada
extremidade da cadeia para outra. Portanto, será a principal aquele que nos der o maior
número. Se houver mais que uma possibilidade que nos dá a sucessão mais longa,
escolhe-se aquela que apresentar maior número de radicais.

A numeração dos átomos da cadeia principal faz-se a partir da extremidade mais


próxima do radical.

b) Seguindo o mesmo procedimento para esta alínea, teremos.

Repare, que começamos a numeração da extremidade à esquerda por ser o lado que nos
dá um radical em carbono de baixa numeração.

Dizemos 2,3 para indicar que nos carbonos número dois e número três há

dois radicas metis.

Feita a identificação da cadeia principal nota-se que há dois tipos de radicais metil e etil.
Resta-nos dizer o posicionamento desses radicais na cadeia principal que, como já
identificamos tem seis átomos de carbono, usaremos o prefixo “hexa”.

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O nome do alcano será dado usando duas possibilidades: a sequência de complexidade
crescente do tamanho dos radicais (do radical de um carbono ao de dois) ou a
sequência alfabética, em que dizemos primeiro o radical cuja letra inicial aparece
primeiro no abecedário. Portanto, entre “e” de etil, e “m” de metil, no alfabeto aparece,
primeiro o “e”, daí que menciona, primeiro o radical etil.

Sequência crescente: 2,4-Dimetil, 4-Etil hexano

Sequência alfabética: 4-Etil, 2,4-Dimetil hexano

Repare que por serem dois radicais metil, para dar a entender que de facto são dois,
usamos “di” antes, que se refere a existência de dois radicais semelhantes. Se fossem
três radicais do mesmo tipo, especificaríamos os números de carbonos em que aparecem
e depois escrevíamos “tri”. Por exemplo, 2,2,3-Trimetil.

Ordem alfabética: 3-Etil, 2,5,5-Trimetil heptano

Ordem de complexidade crescente: 2,5,5-Trimetil, 3-Etil heptano.

Se continuarmos a fazer a substituição na fórmula geral dos alcanos, tal como fazemos
nos casos acima, notaremos que:

 Em alcanos a quantidade de átomos de hidrogénio é sempre o dobro mais dois


átomos em relação a quantidade de átomos de carbono.

1.6.Série homóloga

Para Solomons, (1982). A Série homóloga – é conjunto de compostos que pertencem à


mesma função e que diferem entre si por apenas um grupo metileno (-CH2-).

 Nas três fórmulas químicas em que apresentamos os alcanos, estivemos a


representar os primeiros cinco membros da série homóloga dos alcanos.

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1.7.Nomenclatura Usual dos alcanos
De acordo com Feltre, R. (1995). No geral, os nomes usuais ou trivias não têm regra
definida para a sua atribuição. Porém, para certos grupos de substâncias, como por
exemplo os alcanos, convencionou-se uma “regra”. Esta regra consiste em:

 Identificar no composto o carbono que apresenta menor quantidade de átomos


de hidrogénio a ele ligados.
 Designar de carbono “metano” a esse carbono de menor quantidade de
hidrogénios a ele ligados (carbono menos hidrogenado).
 Considerar de radicais todos os outros carbonos directamente ligadas ao
carbono metano.
 Pronunciar os nomes de todos os radicais ligados ao carbono metano
obedecendo a ordem alfabética ou de complexidade crescente do tamanho dos
radicais e, por fim dizer o nome “metano” daquele carbono.
A ausência de hidrogénios num certo carbono significa que ele está menos hidrogenado.
Quando no composto temos dois ou mais carbonos menos hidrogenados, consideramos
carbono metano aquele que apresentar o maior número possível de radicais a ele
ligados.
Exemplos
1. Dê nomes usuais aos compostos:

Resolução
O carbono do meio (CH2) é o menos hidrogenado. Então é o carbono “metano”. E
podemos pô-lo numa circunferência (circundá-lo). Os outros dois a ele ligados passam a
ser radicais.

Como já se sabe que, o radical formado por um átomo de carbono chama-se radical
metil. Como são dois radicais, então o nome do composto é Dimetilmetano.

Resolução
Primeiro identificamos o carbono metano. Com efeito, existem no composto dois
carbonos menos hidrogenados, os dois do meio (CH2). Quando é assim, escolhemos
qualquer um dos dois, por exemplo, o segundo da esquerda para direita.

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Assim, o primeiro passa a ser radical, o radical metil. Os dois carbonos à direita do
metano também passam a ser um radical, o radical etil. Pelo que o nome será:
Metil etilmetano ou Etil metilmetano

Como pode observar, é possível representar o mesmo alcano nas fórmulas molecular,
estrutural e racional, além da empírica, que como se deve lembrar, dá-nos média de
combinação entre os átomos intervenientes.
Resolução
No composto aparece um único carbono com menos hidrogéios, o segundo, da esquerda
para direita (CH). Então este é o carbono metano. Os restantes passam a constituir
radicais ligados ao carbono metano. O nome será: Ordem de complexidade crescente:
Metil etil propilmetano Ordem alfabética: Etil metil propilmetano.

Certamente que notou que o menos hidrogenado é o terceiro carbono da esquerda para à
direita (C), que passa a ser o carbono metano. Os restantes passam a ser radicais.
Assim o nome é, segundo: Ordem de complexidade crescente:
Metil dietil isopropilmetano. Ordem alfabética: Dietil metil isopropilmetano.

Os primeiros dois carbonos começando da esquerda para direita e o primeiro de baixo,


passam a constituir um único radical, pois ligam-se ao carbono metano por uma única
extremidade ou valência livre. Esse radical chama-se isopropil (veremos em próximas
lições a origem do iso).
Agora vamos ver como proceder para escrever a fórmula química de um alcano sendo-
nos dado o respectivo nome (usual ou IUPAC).
Preste muita atenção, que você verá que não é difícil. Se contarmos quantos átomos de
carbono estão no segundo composto e fizermos a diferença com o total de átomos de
carbono do primeiro composto, veremos que esta é igual a um.

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Escreva as fórmulas racionais de:
a) Trimetil metano
Resolução
Quando nos é dado o nome usual ou trivial de um alcano, procedemos da seguinte
maneira:
 Escreve-se, primeiro, um carbono. Este constituirá o carbono metano.
 Ao carbono metano ligam-se sucessivamente os radicais referidos no nome
dado.
 Verifica-se se, no carbono metano faz-se valer a sua tetravalência, isto é, se
estabeleceram as quatro ligações. Se não, acrescentam-se hidrogénios até
completar as quatro ligações.

Como pode notar, escrevemos primeiro um carbono (C), o carbono metano. A ele
ligamos sucessivamente três radicais metil. Entretanto notou-se que o carbono metano
estabelecia, apenas, três ligações. Para completar a quarta, colocamos um hidrogénio.
b) Dimetil dietilmetano.
Resolução

Escrevemos o carbono metano (C). A ele ligamos dois radicais metil, pois temos no
nome, dimetil. Também ligamos dois radicais etil, já que no nome está referido dietil
que pressupõe a existência de dois radicais etil. Como pode notar, o carbono metano
completou as quatro ligações requeridas. Feltre, R. (1995).

c) 2-Metil butano
Resolução
Quando nos é dado o nome IUPAC de um alcano, para escrever a respectiva fórmula
química procedemos assim:
 Identifica-se o número de carbonos que constituirão a cadeia principal. Isso é
possível com base no prefixo que antecede a terminação “ano”. E, assim faz-se
uma sucessão de átomos de carbono conforme a identificação.

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 Numeram-se os carbonos representados a partir de qualquer uma das
extremidades.
 Colocam-se os radicais referidos no nome em cada carbono da cadeia principal,
dependendo do número que conste no nome.
 Controla-se a tetravalência de todos os carbonos da cadeia e, onde haja ligações
em falta,acrescentam-se átomos de hidrogénio.
Então do exercício dado teremos:
No nome dado (2-Metil butano) a anteceder a terminação “ano” temos o prefixo “but”
que corresponde à existência de quatro carbonos. Então escrevemos a sucessão de
quatro carbonos assim: 4C – 3C – 2C – 1C

Do nome temos: 2-Metil. Isso significa que no carbono número dois da cadeia principal
deve existir um radical metil. Então vamos nessa posição colocar o radical metil.

Daquí só nos resta controlar a tetravalência do carbono completando as suas quatro


ligações.

2.0.Propriedades Físicas dos Alcanos


Segundo Feltre, R. (1995). À temperatura ambiente (25º C), os alcanos apresentam-se
em estados físicos variados, dependendo do tamanho do composto, isto é, da quantidade
de carbonos presentes na cadeia carbónica. Assim:
 Alcanos de 1 a 4 carbonos apresentam-se no estado gasoso.
 Alcanos de 5 a 17 carbonos apresentam-se no estado líquido e
 Alcanos de 18 carbonos para adiante apresentam-se no estado sólido.
 Todos são insolúveis em água mas, são bem solúveis em outros solventes
orgânicos.
 São menos densos que a água.
 São todos combustíveis, isto é, ardem. Todos ardem libertando o dióxido de
carbono ou monóxido de carbono ou carbono e água.
 Apresentam cheiro característico, semelhante ao do petróleo ou ao do gás
doméstico.

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2.1.Métodos de Obtenção dos Alcanos
Existem muitos métodos de obtenção de alcanos, no entanto, vamos restringir o nosso
estudo a três métodos.

2.2.Síntese de Wurtz

A síntese de Wurtz consiste em reagir derivados halogenados de alcanos (R-X) com o


metal Sódio (Na).

No decurso da reacção tudo ocorre como se se colocasse um espelho diante do radical


derivado do alcano, facto que faz com que apareça a imagem no espelho. Desse modo
passamos a ter além do radical, a sua imagem, o que leva à duplicação do tamanho da
cadeia. Assim, a partir da síntese de Wurtz obtém-se sempre alcanos de número par de
átomos de carbono.

Exemplo 1:

Note que colocando um espelho entre CH3- e Cl, estando este com a face virada para
CH3-, nele apareceria a imagem deste radical como que reparando o objecto. E assim o
Cl liga-se ao Na constituíndo o Cloreto de Sódio.

Exemplo 2:

Podemos generalizar a síntese de Wurtz da seguinte maneira:

Onde:

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R – é o radical alquil

X – halogénio (Cl, Br, I, F)

2.3.Isomeria dos Alcanos

Isomeria – é o fenómeno da ocorrência de dois ou mais compostos diferentes (fórmulas


estruturais diferentes) e que apresentam mesma fórmula molecular.

A esses compostos diferentes que apresentam mesma fórmula molecular designa-se de


isómeros.

2.4.Tipos de Isomeria

Distinguem-se dois tipos principais de isomeria: a isomeria plana e a isomeria estrutural


ou geométrica.

Na isomeria plana você pode imaginar as substâncias como se estivessem no plano


(chão), enquanto que na isomeria estrutural, analisa-se o composto como se estivesse no
espaço tridimensional, podendo vê-lo dos vários horizontes.

Os alcanos apresentam a isomeria plana, que subdivide em:

 Isomeria plana de cadeia e,


 Isomeria plana de posição.

Quando a partir de uma mesma fórmula molecular se formarem dois ou mais compostos
diferentes cujas estruturas diferem no tipo de cadeia, dizemos que ocorreu a isomeria de
cadeia.

Cada composto formado, em relação ao outro constituem isómeros de cadeia. Quando a


partir de uma mesma fórmula molecular se formarem dois ou mais compostos
diferentes, cujas estruturas diferem na posição dos radicais, dizemos que ocorreu a
isomeria de posição.

Cada composto formado, em relação ao outro constituem isómeros de posição. Os


isómeros são normalmente representados usando a fórmula estrutural.

Exemplo 1:

Dada fórmula molecular C5H12, represente os possíveis isómeros e classifique-os.

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Quando se representa os isómeros é necessário dar o nome IUPAC de cada composto
imediatamente, pois só assim é que se descobre se estamos repetindo a mesma estrutura
ou não. Embora o ideal seja representar os isómeros usando fórmulas estruturais,
também se pode usar a fórmula racional.

Para classificar, fazemos a comparação de cada estrutura com as outras. O composto


(1), é o pentano de cadeia linear ou normal. Para tornar claro no nome que o pentano a
que nos referimos é linear, é importante antecipar o nome pela letra “n”, que significa
normal.

O composto (2), 2-Metil butano, forma uma cadeia carbónica ramificada. Comparando
os dois compostos podemos concluir que têm igual fórmula molecular, no entanto, as
suas estruturas diferem no tipo de cadeia, uma é normal e outra é ramificada. Assim,
entre os dois compostos ocorre o fenómeno de isomeria que se chama isomeria de
cadeia. Portanto, os compostos têm tudo de em comum e diferem no tipo de cadeia, daí
serem O composto (3), 2,2-Dimetil propano, também constitui uma cadeia carbónica
ramificada. Entretanto, comparando-o com o composto (2) também ramificado, notamos

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que eles têm uma mesma fórmula molecular mas diferem no posicionamento dos seus
radicais. Pelo que dizemos que entre os dois compostos ocorre o fenómeno de isomeria
que se designa isomeria de posição.

Os compostos formados têm tudo de comum, porém diferem na posição e assim são
chamados de isómeros de posição.

O composto (3) difere do composto (1) no tipo de cadeia. Porém tem mesma fórmula
molecular, pelo que entre eles ocorre a isomeria de cadeia e, eles constituem isómeros
de cadeia.

Resumindo a classificação temos:

(1) / (2) – isomeria de cadeia

(2) / (3) – isomeria de cadeia

(1) / (3) – isomeria de cadeia

Exemplo 2:

Dada a fórmula C6H14, forme dois isómeros de posição e dois de cadeia.

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Classificação

(1) / (2) – isomeria de cadeia

(1) / (3) – isomeria de cadeia

(2) / (3) – isomeria de posição

(3) / (4) – isomeria de posição

2.5.Propriedades Químicas e Aplicações dos Alcanos

Para Carey, (2011). Quando se refere a propriedades químicas de uma substância, está
em causa saber como e com quem a substância em causa reage e o que se forma.
Propriedades químicas têm a ver com a reactividade química da substância.

O tipo de reacção característica dos alcanos é a reacção de substituição, onde durante a


reacção os átomos de hidrogénio do alcano são sucessiva ou totalmente substituídos por
radicais formando derivados de alcanos.

As reacções de substituição decorrem num mecanismo baseado na Regra de


Markovnikov, que nos ajuda a identificar o hidrogénio do alcano a ser
preferencialmente substituído.

A não observância desta regra faz com que uma mesma reacção forme uma diversidade
de produtos, dependendo do desejo de quem a escreva, pois por existirem muitos
hidrogénios em alcanos, cada um substituiria o hidrogénio que fosse de seu gosto.
Assim, segundo a Regra de Markovnikov, “em reacção de substituição é

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preferencialmente substituído o hidrogénio ligado ao carbono menos hidrogenado da
cadeia carbónica”.

Existindo mais de um carbono menos hidrogenado no composto, escolhe-se um deles,


aleatoriamente. Na prática, a substituição em alcanos ocorre em mais de um carbono, ao
mesmo tempo, formandose assim uma mistura de derivados de alcanos. Mas, para fins
de aprendizagem, baseamo-nos na regra de Markovnikov. Dependendo do tipo de
substância com que o alcano reage, a reacção de substituição em causa toma uma
desingação específica, por exemplo:

 Halogenação, para referir a reacção com halogéneos, no geral.


 Cloração, quando é reacção com o cloro.
 Bromação, quando é reacção com o bromo.
 Iodização, quando é reacção com o iodo.
 Nitração, quando é reacção com o ácido nítrico.
 Sulfonação, quando é reacção com o ácido sulfúrico.

Reacção de cloração

Repare, que um dos quatro hidrogénios do metano saiu e, em sua substituição temos um
átomo de cloro. O hidrogénio saído e o átomo de cloro que restou da molécula, ligam-se
formando o cloreto de hidrogénio.

Entretanto, no metano podem ocorrer a substituição sucessiva dos hidrogénios até a


saída de todos, formando diferentes derivados halogenados de alcanos, que como
veremos adiante, têm inúmeras aplicações.

Os derivados halogenados formados nas quatro equações têm as designações de cloro


metano, dicloro metano, tricloro metano e tetracloro metano, respectivamente.

21
Bromação

O procedimento é semelhante ao observado na cloração.

A substituição ocorreu no carbono menos hidrogenado. A iodização obedece o mesmo


procedimento.

Nitração

Tal como nos casos anteriores, a substituição ocorre no carbono menos hidrogenado.
Para sua orientação, escreva, num rascunho, a fórmula do ácido nítrico (HNO3), desta
maneira HO-NO2. Assim, HO do ácido e o hidrogénio do carbono menos hidrogenado
vão constituir a água e o NO2 (chama-se radical nitro), liga-se na valência livre deixada
pelo hidrogénio.

Usando as regras IUPAC para dar nomes a compostos ramificados, temos como nome
do produto 2-Nitro propano. Tornando a reagir o produto formado com o ácido nítrico,
o procedimento seria o mesmo. A substituição ocorre no carbono menos hidrogenado.

Voltando a reagir com mais uma molécula de ácido nítrico, a substituição ocorreria em
qualquer um dos dois carbonos das extremidades, visto terem igual grau de
hidrogenação.

22
Sulfonação

Esta ocorre de forma semelhante à da nitração. Sugerimos-lhe que escreva, num


rascunho, a fórmula do ácido sulfúrico, H2SO4, desta maneira HO-HSO3. O hidrogénio
que sai do carbono menos hidrogenado vai ligar-se ao HO saído do ácido sulfúrico,
constituíndo a água e, HSO3 que resta, liga-se na valência livre deixada pelo
hidrogénio.

Ao nomear o produto dizemos ácido... porque a fórmula HSO3 apresenta um hidrogénio


acídico. E é necessário especificar o número do carbono em que o radical aparece
ligado.

Além da reacção de substituição, os alcanos também sofrem a combustão que pode ser
completa ou incompleta.

Reacção de combustão

Num meio rico ou com excesso de oxigénio, os alcanos ardem e transformam-se em


dióxido de carbono e água. No etanto, quando há défice de oxigénio, forma-se
monóxido de carbono ou carbono e água.

Qualquer equação química só tem validade quando os coeficientes estequiométricos


estão certos.

2.6.Aplicações dos Alcanos e seus Derivados

Para Barbosa, (2004). Os alcanos constituem, no geral, a base dos combustíveis fósseis.
Os alcanos de cadeia curta (até 4 carbonos) entram na composição do gás de cozinha.

Certamente já observou que as botijas de gás de cozinha têm a inscrição propano ou


butano. Os alcanos líquidos (de C5 a C11) entram na composição da gasolina.

23
A gasolina constituída por alcanos lineares apresenta-se como sendo de baixa qualidade,
sendo a de alcanos ramificados a de excelente qualidade (gasolina super).

A qualidade da gasolina é determinada usando uma grandeza chamada de índice de


octana. Para a gasolina constituída por alcanos normais o índice de octano é baixo,
enquanto que de alcanos ramificados é elevado. Alcanos líquidos (de C8 a C17)
constituem o gasóleo, o petróleo de iluminação, o jet, entre outros óleos e lubrificantes.
Os alcanos superiores (C18 para adiante), constituem desde as massas lubrificantes,
como o grise, até o alcatrão para asfaltar as estradas.

Do metano, por exemplo, como resultado da sua combustão incompleta forma-se o


carbono em pó, um pó preto que serve para a produção de gracha para sapatos. Os
derivados do metano têm larga aplicação na indústria. Por exemplo, o cloro metano, o
dicloro metano são usados na indústria de fabrico de aparelhos de refrigeração como gás
de refrigeração; O tricloro metano (clorofórmio de nome usual) é usado como solvente e
como anestésico. O tetracloro metano (tetracloreto de carbono ou tetra) é usado para a
extinção de incêndios. Barbosa, (2004).

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3.0.Conclusão
Após ter feito o trabalho destacou-se que os alcanos são compostos orgânicos com
ligações simples entre os átomos de carbono e possuem a cadeia aberta. Os alcanos
como não contêm ligações múltiplas designam-se por hidrocarbonetos saturados. Em
condições ambientais, os alcanos apresentam-se nos estados sólido, líquido ou gasoso,
dependendo do número de átomos de carbono da cadeia. Os alcanos de cadeia normal
constituídos por um a quatro átomos de carbono são gases, de cinco a quinze átomos de
carbono são líquidos e de dezasseis átomos de carbono em diante são sólidos, nas
condições normais de temperatura e pressão. Os alcanos são compostos apolares, deste
modo, são insolúveis em solventes polares como a água, porém são solúveis em
solventes apolares, como o benzeno, e em solventes fracamente polarizados, como o
álcool etílico.

25
Referencias Bibliográficas

Arnaud, P. (1975). Curso de Química Orgânica, 1ª Ed., São Paulo

Barbosa, Luiz Cláudio de Almeida. (2004). Química Orgânica. Editora UFV.


São Paulo.

Carneiro, Manuel Sérgio de Sá, (2010). Introdução à Química Orgânica.

Carey, Francis (2011) A Química Orgânica, V. 1, 7ª Ed., Porto Alegre: AMGH.

Feltre, R. (1995). Química - Volume 3 - Química Orgânica. São Paulo: Editora


Moderna, Ltda.

Solomons, T.W. Gralham. (1982). Química Orgânica –1. 4 ed. São Paulo L.T.C.
Editora.

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