Teoria Geral Da Prova No Direito Processual Penal Brasileiro
Teoria Geral Da Prova No Direito Processual Penal Brasileiro
Teoria Geral Da Prova No Direito Processual Penal Brasileiro
1. CONCEITO DE PROVA
Prova pode ser compreendida como tudo aquilo que contribui
para a formação do convencimento do juiz, ou seja, é tudo
aquilo que levamos ao conhecimento do magistrado na
expectativa de convencê-lo da realidade dos fatos ou de um ato
do processo. Ela é inerente ao desempenho do direito de defesa
e de ação.
3. DESTINATÁRIOS
Há dois tipos de destinatários das provas, sendo eles o
destinatário direito e indireto.
4. OBJETO
Conforme estabelece Nestor Távora (2013), objeto é o que de
fundamental deve estar conhecido e demonstrado para
viabilizar o julgamento.
Há dois tipos de objeto, a seguir explicitados: o objeto da
prova, que se refere aos acontecimentos relevantes ao
desvendamendo da causa e; o objeto de prova, que está
relacionado ao que é pertinente provar, ou seja, aos elementos
que a lei não desobriga de provar.
5. CLASSIFICAÇÃO DA PROVA
As provas podem ser classificadas de acordo com os seguintes
critérios.
6. MEIOS DE PROVA
Os meios de prova são instrumentos utilizados para produzir a
prova e levá-la ao conhecimento do magistrado. Ou seja, é tudo
aquilo que pode ser usado, direta ou indiretamente, para
demonstrar o que se alega no processo.
7. PROVAS ILÍCITAS
A doutrina diferencia os termos provas proibidas, provas
ilícitas e provas ilegítimas.
Nesse sentido, vale observar que a prova ilícita não pode ser
utilizada para demonstrar a culpa de outrem, pois seus efeitos
são limitados à obtenção da inocência do réu.
8. ÔNUS DA PROVA
O ônus da prova se refere ao encargo atribuído as partes de
demonstrar aquilo que alegou. Conforme preleciona o
artigo 156, 1ª parte, CPP, aquele que alega é quem faz a prova
da alegação.
Trata-se de uma faculdade, no quala parte omissa assume as
consequências de sua inatividade (aquele que não foi exitoso
em provar, possivelmente não terá reconhecido o direito
pretendido).
9. PAPEL DO MAGISTRADO
O juiz, no processo penal, não possui ônus probatório, pois é
inerente às partes a atribuição de provar.
11. PROVA EMPRESTADA
Prova emprestada é "aquela que, produzida originariamente
em um determinado processo, vem a ser apresentada,
documentalmente, em outro. Para que seja admissível, é
preciso que ambos os feitos envolvam as mesmas partes e que,
na respectiva produção, tenha sido observado o contraditório.
Satisfeitas estas duas condições, terá a prova emprestada o
mesmo valor das demais provas realizadas dentro do processo.
Ausentes, contudo, perderá muito de seu valor probatório,
devendo ser considerada como simples indício" (AVENA;
Norberto, 2014, p.509)
12. PROCEDIMENTO PROBATÓRIO
O procedimento probatório compreende as seguintes etapas:
(i) Proposição da prova
A proposição se refere ao requimento das provas a serem
produzidas na instrução processual ou ao lançamento aos
autos das provas pré-constituídas.
(iv) Valoração
A prova produzida será valorada na respectiva decisão judicial.
14. BIBLIOGRAFIA
AVENA, Norberto. Processo Penal Esquematizado. 6 ed.
Rev., atual e ampl. Ed. Método, 2014.
CAPEZ, Fernando; COLNAGO, Rodrigo. Código de processo
penal comentado. 1 ed. Ed. Saraiva, 2015.
LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de processo penal. 3
ed. Rev., atual e ampl. Salvador: Ed. JusPODIVM, 2015.
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo e
execução penal. 11. Ed. Rev., atual e ampl. Rio de Janeiro:
Ed. Forense, 2014.
NUCCI, Guilherme de Souza. Provas no processo penal. 4.
Ed. Rev., atual e ampl. Rio de Janeiro: Ed. Forense, 2015.
TÁVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar Rodrigues. Curso de
direito processual penal. 8. Ed. Salvador: Ed. JusPODIVM,
2013.
TÁVORA, Nestor; ROQUE, Fábio. Código de Processo
Penal para concursos. 5. Ed. Salvador: Ed. JusPODIVM, 2014.
Vade Mecum Saraiva. 19. Ed. Atual. E ampl. São Paulo: Ed.
Saraiva, 2015.