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Mec Fratura

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Há 3 maneiras de carregar as peças trincadas:

- em modo I (normal ao plano da trinca)


- em modo II (corte, cisalhamento  à ponta da trinca)
- em modo III (torção, cisalhamento // à ponta da trinca)

O modo I é de longe o mais importante na prática, e quase


sempre as trincas propagam neste modo
-as trincas são modeladas como entalhes muito severos, com
raio da ponta r  0 (logo, as técnicas tradicionais da análise de
tensões não podem ser usadas em peças trincadas, porque na
ponta da trinca as tensões s  )

- vale enfatizar que se o campo de tensões em volta da trinca


for predominantemente linear elástico, as tensões sij(r,q) que
atuam num elemento localizado a r e q da sua ponta são dadas
por

sij (r , q)  KI / 2r  f ij (q)


FATOR DE INTENSIFICAÇÃO DE TENSÕES

Definição geral: KI = s (a) f(a/w)

onde s é a tensão (nominal) aplicada na peça, a é o comprimento


da trinca, w é uma dimensão característica da peça (tipo a largura)
e f(a/w) é a função adimensional que quantifica todo o efeito da
geometria da peça e da trinca no campo de tensões como o
campo de tensões quantificado por KI é linear elástico.

A função f(a/w) de uma dada geometria é única e pode ser


catalogada.
K I  s a K I  1.1215  s  a

K I  s  a  [sec  a ]1 / 2
K II  t  a 2
2w
4
[1  .025 (a/ w)  .06 (a/ w) ]

K I  [s a (1  w a )1.5 ] 
K III  t  a a  (1  a )6 ] }
{.857  .265 [ w w
KI  P  ( 2  a/ w ) 
K I  p a t w (1  a/ w )1. 5
[ .886  4.64 a  13.3 ( a )2
w w
 14.7 ( a )3  5.6 ( a )4 ]
w w
K I  P /( t  a )
TENACIDADE À FRATURA

- a tenacidade mede a resistência à propagação brusca de


trincas sob cargas quase-estáticas ou de impacto brusco
- a tenacidade do material, uma propriedade mecânica que
independe da geometria da peça, KIC MPam
- a fratura pode ser prevista por KI = KIC
-a energia despendida para propagar uma unidade de área da
trinca sob condições controladas por KIc é dada por:
GIc = KIc2(1n2)/E, em J/m2

- o vidro, que é muito frágil, tem GIc  10J/m2 (gasta apenas


10J para propagar cada m2 de área de trinca)
-já o Cu puro, que é muito tenaz, tem GIc  1MJ/m2 e
raramente fratura por propagação de trincas, falhando em
geral por esgotamento da ductilidade
Material GIc(kJ/m2) KIc(MPam)
metais dúcteis puros 100-1000 100-450
aços de baixo C tenazes 100-300 140-250
aços de alta resistência 10-150 45-175
ligas de Ti 25-115 55-115
ligas de Al 6-35 20-50
GFRPs 10-100 20-60
CFRPs 5-30 32-45
madeira,  às fibras 8-20 11-13
polipropileno (PP) 8 3
polietileno (PE) 6-7 1-2
concreto armado 0.2-4 10-15
ferros fundidos 0.2-3 6-20
madeira, // às fibras 0.5-2 0.5-1
acrílico (PMMA) 0.3-0.4 0.9-1.4
granitos ~0.1 1-3
Si3N4 0.1 4-5
cimento 0.03 0.2
vidro 0.01 0.7-0.8
gelo 0.003 0.2
Características Básicas das Fraturas Dúcteis e Frágeis

 o micromecanismo da fratura pode ser frágil (clivagem)


ou dúctil (cavitação, ou geração e coalescência de micro
poros ou micro vazios)
 por clareza, deve-se chamar de trincamento à geração e à
propagação paulatinas de uma trinca por fadiga, um
processo que é estável e que pode até durar muitos anos
(milhões ou bilhões de ciclos podem ser necessários para
que uma grande estrutura frature por fadiga)
 já a propagação da trinca na fratura final da peça deve ser
chamada de fraturamento (um processo que pode ser
brusco e instável, e ocorre em velocidades comparáveis à
do som no material quando este é frágil e a tenacidade do
material é atingida)
 clássica fratura copo-cone de um CP de tração de um
material dúctil, com grande redução de área na região
da estricção e um aspecto rugoso e fosco
 a fratura dúctil ocorre por cavitação e coalescência de
vazios, começa no centro do CP (como mostrado pelo
corte de um CP na figura da direita), e termina com a
formação dos lábios de cisalhamento externos
 já a fratura dos CPs de tração33 dos materiais frágeis
ocorre sem estricção, e a aparência da superfície da
fratura revela um aspecto fibroso bem característico,
freqüentemente com muitos pontos brilhantes devido
à reflexão da luz nos planos de clivagem
 um material é dúctil quando tolera grandes deformações
plásticas antes da fratura
 a ductilidade pode ser medida pela redução da área do CP
num teste de tração: a seção de ruptura dos materiais
dúcteis apresenta estricção significativa, enquanto a dos
frágeis quase não varia
 mas deve-se tomar cuidado com a palavra frágil, que é
usada como antônimo tanto de dúctil como de tenaz
 os materiais dúcteis em geral são também tenazes, mas
não se pode confundir a ductilidade com a tenacidade (a
qual depende da energia que é absorvida durante o
fraturamento)
 estas duas propriedades são claramente diferentes, pois
nem todo material tenaz é dúctil
 e.g., a madeira é um material tenaz (não se importa
muito com as trincas) mas não tolera deformações
plásticas
 a deformação plástica absorve muita energia (e por isto os
materiais dúcteis tendem a ser tenazes)
 mas a ductilidade não é o único mecanismo que pode
absorver energia durante a propagação das trincas e
contribuir para aumentar a tenacidade do material
 e.x., o polímero reforçado por fibra de vidro (GFRP) usado
em barcos e carros é bem tenaz apesar de feito de fibras
de um material muito frágil coladas com uma resina
(poliéster) que é ainda mais frágil que o vidro
 o GPRF tem GIc  30kJ/m2, muito mais que os 10J/m2 do
vidro, pois os materiais compósitos absorvem energia
descolando e arrancando as fibras da matriz
• como a tenacidade dos metais depende muito de sua
ductilidade, ela em geral decresce com o aumento da
resistência ao escoamento SE e da taxa de carga de/dt,
mas cresce com a temperatura q

• devido ao baixo custo dos testes de impacto Charpy ou


Izod, eles são muito usados na prática para quantificar
(ainda que indiretamente) a tenacidade

• nestes testes, um martelo pendular liberado de uma altura


padrão quebra durante o seu giro pequenos CPs
prismáticos entalhados (não trincados), e a energia que é
absorvida no fraturamento de um CP é facilmente medida
pela altura máxima que o pêndulo atinge após quebrá-lo
 esquema da máquina Charpy e testes típicos de aços
carbono: nos aços de baixo C há uma temperatura de
transição dúctil-frágil, abaixo da qual há uma grande
queda na energia absorvida na fratura do CP
• a tenacidade à
fratura do
material KIC em
geral decresce
quando a sua
resistência ao
escoamento SE
aumenta, como
ilustrado pelo
comportamento
do aço 4340
 os aços ferríticos e martensíticos apresentam transição
dúctil-frágil e seu KIC decresce com a temperatura
A tenacidade a fratura do material, KIC ou Kmat, é calculada a
partir de correlações com o valor da energia de Charpy do
material, CVN, a BS7910 fornece uma expressão para uma
ampla gama de aços e usa o limite inferior da curva ajustada
para os testes de Charpy, e o valor do Kmat é dado por:
0.25
   25 
K mat  12 CVN  20    20
 t 

As unidades do valor de Kmat são [Mpa.m1/2], as unidades da


CVN devem estar em [J] e a espessura t em [mm].
Exemplo.

Calcule o tamanho da trinca crítica aC na borda de uma


placa muito grande feita de Al 7075 T6 quando ela
trabalha à tração (use SE = 500MPa e KIC = 25MPam)
a tensão (nominal) de trabalho é s  250MPa.

KI  1.12sa, logo basta igualar KI a KIC para obter


aC  252/[(1.12250)2]  2.54mm

esta trinca crítica é muito pequena e difícil de


detectar (é da ordem do limiar de detecção dos
métodos de TND), e não pode ser considerada
segura
Exemplo

Compare o tamanho da trinca crítica aC na borda de uma


placa muito grande feita de aço estrutural com SE500MPa
e KIC  250MPam com aquele calculado para o Al 7075. A
tensão (nominal) de trabalho é s  250MPa.

aCaço  2502/[(1.12250)2]  254mm

Logo aCaço  100  aCAl , isto justifica em parte a grande


popularidade dos aços, pois na mesma tensão de trabalho
do Al este aço tolera uma trinca 100x maior (mas o Al 7075
é uma liga de alta resistência para os Al, que têm ~1/3 da
densidade do aço)
DUCTOS CON DEFECTOS TIPO GRIETAS

Criterio preliminar de evaluación:

(1) Las grietas deben deben tener profundidades menores que 50% del espesor del ducto:

a  0,5  t

(2) El diagrama FAD es utilizado em su forma mas simple, traducido como um rectángulo en el que las
razones KR y SR deben ser respectivamente menores que 70% de la tenacidad a la fractura KIc y 80% de el
limite de fluencia general del material Sflow.

KI s
KR   0,7 S R  n  0,8
K Ic S flow
(3) El factor de intensificación de tensiones KI debe ser calculado para una grieta pasante con longitud 2c
igual al mayor valor entre dos veces el espesor del ducto y la longitud detectada para la grieta, 2cm. El
esfuerzo σ para la ecuación de KI es dado por el esfuerzo normal que provoca la abertura de la grieta en
modo I. Caso este esfuerzo sea desconecido o la grieta este en el cordón de soldadura o en la zona
termicamente afectada, usar el Sflow del material en el cálculo de KI .

K I  s  .c
(4) La tenacidad a la fractura del material es dada por la ecuación (1) o por el valor calculado por (2),
mismo que este sea mayor, caso la energia consumida en la fractura del ensayo de Charpy sea conocida para
la mínima temperatura de trabajo que el metal del ducto pueda alcanzar. La temperatura de referencia Tref
puede ser obtenida para el material del ducto en la referencia [5]. Caso sea imposible de determinar Tref usar
38 oC.


K Ic  36.5  3.084 exp 0.036T  Tref  56 MPa.m1/2 y Tref =38 oC (1)
2
 K Ic   
   0,64 CVN  0,01 MPa.m1/2 y CVN en J (2)
S   S 
 y   y 

(5) El esfuerzo de colapso plástico es dado por la ecuación 3 caso la grieta sea longitudinal o por la ecuación
4 caso la grieta sea circunferencial. Para los cálculos de los esfuerzos, através de estas ecuaciones, ya fue
considerado que las grietas son largas y tienen profundidades iguales a 50% de t.

p.D
sn  (3)
t
2F 8M pD pD
sn    2s l sl  o  (4)
 Dt  D 2t 4t 2t

(6) El valor de Sflow es dado por la ecución 5 donde los valores de Sy y Su pueden ser substituidos por SMYS
y SMUS caso no sean conocidos:

S y  Su
S flow  (5)
2
Ejercicio:
Un ducto construido según el código ASME B31.8 presenta una grieta en su
superficie externa, localizada en el metal base y con dirección longitudinal. A
través de una inspección externa, donde se procedió a un examen visual
detallado, seguido de limpieza e mediciones de la longitud y la profundidad de la
grieta, fueron determinados una longitud de 50 mm e una profundidad de 6 mm
para la grieta. Determinar se el ducto puede continuar operando
momentáneamente hasta que una decisión sobre su reparo o substitución pueda
ser hecha. Otros datos:
D = 508 mm, t = 12,70 mm
tmin = 7,50 mm (calculado a través del código)
Sy = 413 MPa, Su = 517 MPa.
Temperatura mínima de operación: -10 oC
Hipótesis de cálculo: suponer grieta pasante con 2c = 50 mm.

2c=50mm 6mm

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