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KARIZA RAFAELA DO NASCIMENTO

A DANÇA PARA USUÁRIOS DE CADEIRAS DE RODAS


COMO FORMA DE MANIFESTAÇÃO ARTÍSTICA

2021
KARIZA RAFAELA DO NASCIMENTO
MARIANA OLIVEIRA

A DANÇA PARA USUÁRIOS DE CADEIRAS DE RODAS


COMO FORMA DE MANIFESTAÇÃO ARTÍSTICA

Monografia apresentada ao curso de Artes Visuais da Unar


como requisito parcial para obtenção do título de
Licenciada.
Orientador:
2021

KARIZA RAFAELA DO NASCIMENTO

A DANÇA PARA USUÁRIOS DE CADEIRAS DE RODAS


COMO FORMA DE MANIFESTAÇÃO ARTÍSTICA

Monografia apresentada ao curso Artes Visuais da Unar


como requisito parcial para obtenção do título de
Licenciada.

COMISSÃO EXAMINADORA

____________________________________

____________________________________

____________________________________
2020.

Dedico esta grande vitória aos


meus pais e amigos, pela força nas horas
difíceis e por todo amor, carinho e
confiança a mim depositados.

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, por todas as oportunidades oferecidas, pela Força


para superação dos obstáculos.
Por maiores que sejam os desafios que enfrentamos, sempre poderemos
contar com pessoas dispostas a nos ajudar. Portanto, durante a trajetória deste
trabalho meu agradecimento a meu orientador Profª.Ms pelos ensinamentos e
reflexões da pesquisa.
Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu
coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu
entendimento, e de todas as tuas forças; este é o
primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a
este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não
há outro mandamento maior do que estes.
Marcos 12:30-31

Kariza Rafaela do Nascimento, A Dança para usuários de cadeiras de rodas como


forma de manifestação artística.

RESUMO
O presente estudo tem com objetivo principal apresentar a contribuição da Dança
Artística como uma das principais formas de representação das artes visuais que
quando utilizada para usuários em cadeira de rodas no processo de inclusão do
deficiente físico na sociedade, para o deficiente físico facilita a inclusão e desafia
os conceitos do que seja arte e do que significa dança. Acreditar na aceitação da
pessoa com deficiência como dançarino, como artista, foi um longo caminho
baseado em mudanças conceitos da antiguidade até a inclusão social.
Antes de ser dançarino, o deficiente físico deve ser considerado um cidadão com
direitos, mesmo numa sociedade que busca lidar com a diversidade e com as
diferenças, embora com muitas dificuldades. Pensar na arte em específico, a
dança para pessoas com deficiência física, pode apresentar-se como uma
possibilidade e como meio facilitador do desenvolvimento e inserção social do
aluno.

PALAVRAS–CHAVE: Deficiência Física. Artes, Dança como Forma de Expressão


Artística, Dança em cadeira de rodas, inclusão.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO

Considera-se como ponto de partida a concepção da Dança como uma


das mais antigas formas de expressão artística e corporal do ser humano. Para
Dançar utiliza-se o corpo em movimento como um meio de expressão artística,
comunicação e criação. Assim sendo, o movimento é a possibilidade que o ser
humano tem de poder transmitir seus sentimentos.
A Dança é uma forma desencadeadora da artes visuais e é, como todas
as formas de manifestação artística, uma tentativa de resposta ás questão
colocada por determinada época. Ela reflete o que os homens estão buscando em
sua forma de vida, Dançar é um estado de espírito que conduz a realização de
nosso íntimo. A Dança nos leva a transcender do cotidiano até a vida material.
A Dança é um campo de aprendizagem privilegiado: é uma forma de arte
que não precisa de diversidade de materiais para ser ensinada, pois envolve
apenas o corpo e seus movimentos. Diante do exposto, questiona-se como a
dança em cadeira de roda pode contribuir com a inclusão social do aluno com
deficiência física? Podemos a encontrar a Dança tanto nas grandes metrópoles
quanto nas áreas rurais, ou seja, em todos os lugares uma vez que para Dançar
não são necessários materiais específicos e talvez por isso ela tenha se tornado
tão popular pois tem uma repercussão ainda maior na vida das pessoas,
resolvemos mostrar nessa pesquisa como a dança em cadeira de rodas como
meio facilitador na inclusão.
O presente estudo tem como objetivo principal apresentar as
contribuições da dança artística para usuários de cadeira de rodas no processo
de inclusão do deficiente físico. Descrever sobre a deficiência física e pesquisar a
importância inserção da dança artística para usuários de cadeira de rodas.
Procurou-se ressaltar a necessidade e importância da Dança enquanto
oportunidade de inclusão social aos deficientes físicos usuários de Cadeira de
Rodas, a fim de pensar em uma oportunidade de inclusão social.
Razão pela qual, este trabalho uma pesquisa bibliográfica, acerca do
tema proposto, como explicam Lakatos e Marconi (2006), um estudo bibliográfico
oferece meios para definir, resolver, não somente problemas já conhecidos, como
também explorar novas áreas, onde os problemas ainda não se cristalizaram,
suficientemente.
Dessa forma, optamos em estruturar esse trabalho em três partes, sendo
que a primeira que abordou a história e política da Educação Especial discorrendo
especificamente sobre a deficiência física. Na segunda ponderaremos sobre a
Dança e sua expressão Artística. A terceira parte a análise da Dança para
usuários de Cadeira de Rodas. Na quarta e última parte uma analise geral das
contribuições do estudo.
Ao analisar a proposta de inclusão escolar percebe-se que cada vez mais
está encontra dificuldade na sua concretização devido à falta de capacitação
profissional, pouca mudança no ambiente escolar, entre outras.
Neste contexto, é necessário pensar na capacitação dos professores para
serem aptos e saber lidar com o seu aluno especial, para que não haja
constrangimentos ou exclusão por parte da turma e do professor e até mesmo
algum tipo de acidente. A capacitação também é importante, pois durante as
aulas os alunos deficientes desenvolveram sua ação motora e cognitiva e o
convívio social.
Se a Dança Artística como qualquer outra arte comunica-se, expressa,
possibilita estudar, discutir e problematizar a pluralidade cultural. Este trabalho
possibilitou enriquecer minha formação acadêmica, oferecendo segurança para
ensinar os conteúdos da Dança aos usuários de Cadeira de Rodas.
Objetivando viabilizar contribuições, para uma maior conscientização a
respeito da acessibilidade e importância da Dança aos cadeirantes pois muitas
vezes as pessoas comprometidas fisicamente, que sofrem preconceito exclusão
pela sociedade, encontraram através da dança uma forma de superar as barreiras
a serem enfrentada.

1 EDUCAÇÃO ESPECIAL HITÓRIA E POLÍTICA.


A Educação Especial é definida na Lei nº. 9.394/96 no art. 58 (Lei de
Diretrizes e Bases) sendo uma modalidade da educação escolar percebe-se
dessa forma que todos independentes de sua limitação tem direito a esta
modalidade de ensino, pois enquanto cidadão a lei prevê, igualdade de direitos.
O decreto nº 6.571 (2008) destaca bem os objetivos da Educação Especial:

Art. 2º São objetivos do atendimento educacional especializado:


I - prover condições de acesso, participação e aprendizagem no ensino
regular aos alunos referidos no art. 1º; II - garantir a transversalidade das
ações da educação especial no ensino regular; III - fomentar o
desenvolvimento de recursos didáticos e pedagógicos que eliminem as
barreiras no processo de ensino e aprendizagem; e IV - assegurar
condições para a continuidade de estudos nos demais níveis de ensino.

Identificando as pessoas que são consideradas com necessidades


educativas especiais, o decreto nº 3.298, (1999) diz:

Art. 4º É considerada pessoa portadora de deficiência a que se enquadra


nas seguintes categorias:

I - deficiência física - alteração completa ou parcial de um ou mais


segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da
função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia,
monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia,
hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro,
paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou
adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam
dificuldades para o desempenho de funções; (Redação dada pelo
Decreto
nº 5.296, de 2004)

II - deficiência auditiva - perda bilateral, parcial ou total, de


quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas
frequências de 500HZ, 1.000HZ, 2.000Hz e 3.000Hz; (Redação dada
pelo Decreto nº 5.296, de 2004).

III - deficiência visual - cegueira, na qual a acuidade visual é igual


ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; a
baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor
olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais a somatória da
medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60º;
ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores;
(Redação dada pelo Decreto nº 5.296, de 2004).

IV - deficiência mental– funcionamento intelectual


significativamente inferior à média, com manifestação antes dos dezoito
anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades
adaptativas, tais como:
a) comunicação;
b) cuidado pessoal;
c) habilidades sociais;
d) utilização da comunidade;
d) utilização dos recursos da comunidade; (Redação dada pelo
Decreto nº 5.296, de 2004).
e) saúde e segurança;
f) habilidades acadêmicas;
g) lazer; e
h) trabalho;
V - deficiência múltipla – associação de duas ou mais deficiências.

A Lei prevê a inclusão de pessoas com necessidades especiais, e como


vimos à cima este se classificam como, deficiente físico, deficiente auditivo,
deficiente visual, deficiente mental e deficiente múltiplos.
Com o passar do tempo surgiram discussões em relação à aceitação e
respeito dessas diferenças, deste modo da início as reflexões acerca de uma
educação sem distinção, de direito e qualidade igual a todos. Sendo assim nos
dias atuais é muito comum a discussão de uma escola inclusiva
A partir da década de 50, a inclusão, esteve se firmando no mundo todo.
De acordo com Sassaki (1997), citado por Cidade e Freitas, (1997), a inclusão
pode ser ressaltada como uma modificação da sociedade sendo princípio para
que pessoas com necessidades especiais não encontrem empecilhos que os
limitem a viverem como cidadãos. Segundo o autor, este processo de inclusão é
amplo, e possui algumas transformações, podendo estas ser grandes e
pequenas, tanto nos ambientes físicos como mentalidade de todas as pessoas,
inclusive própria pessoa com necessidades especiais.
Ao final dos anos 80 e início dos anos 90, inicia-se pelo mundo um
movimento composto por profissionais da educação, pessoas com diversos tipos
de deficiência e seus familiares, que lutaram contra o conceito de que a educação
especial, embora no papel estivesse posta em prática junto com a integração
escolar, na realidade permaneceria à parte, sem oferecer a todos os alunos a
mesma oportunidade de serem agentes ativos e transformadores da sociedade.
Assim, surge o movimento de inclusão que tem como seu objetivo inicial
uma reformulação da educação especial. Surgem escolas que exibem propostas
de uma educação de qualidade para todos independente de sua condição e
limitação. Esse movimento foi chamado de Educação para todos.
Dessa forma, esse movimento de Educação para todos pode ser
caracteriza-se como:
[...] “um movimento que pressupõe, conceitualmente, que todos, sem
exceção, devem participar da vida acadêmica, em escolas ditas comuns
e nas classes ditas regulares onde deve ser desenvolvido o trabalho
pedagógico que sirva a todos, indiscriminadamente” (Edler Carvalho,
1998, pag.170).”

Por muito tempo pessoas com deficiência não tinham a oportunidade de


frequentarem as escolas de ensino regular, pois estavam inseridas em escolas
especiais, sendo privadas da socialização com alunos sem deficiência. Este fato
estava em desacordo com a Constituição Federal, conforme (Brasil ,1988) que
diz:

“O dever do Estado com a Educação será efetivado mediante a garantia


de:

III - atendimento educacional especializado aos portadores de


deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;

IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de 0 a 6


anos de idade”.

O documento Declaração de Salamanca foi aprovado na Conferência


Mundial de Educação Especial, que aconteceu na Espanha, na cidade de
Salamanca no ano de 1994, por 88 governos e 25 organizações internacionais
discute sobre princípios, políticas e práticas na área das necessidades educativas
especiais, pois existiu a necessidade de se debater sobre a criação de meios para
promover a inclusão de alunos com necessidades especiais.

Principio fundamental da escola inclusiva é o de que todas as crianças


devem aprender juntas, sempre que possível, independentemente de
quaisquer dificuldades ou diferenças que elas possam ter. Escolas
inclusivas devem reconhecer e responder às necessidades diversas de
seus alunos, acomodando ambos os estilos e ritmos de aprendizagem e
assegurando uma educação de qualidade à todos através de um
currículo apropriado, arranjos organizacionais, estratégias de ensino, uso
de recurso e parceria com as comunidades[...] apoio instrucional
adicional no contexto do currículo regular, e não de um currículo
diferente[...] providenciar a mesma educação a todas as crianças.
( UNESCO, 1994, p. 5)

Nacionalmente podemos destacar o capítulo V da Lei de Diretrizes e Bases


Nacionais (1996) que aborda a questão da Educação Especial. Seu artigo 58 diz:
Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a
modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede
regular de ensino, para educandos portadores de necessidades
especiais.
§1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na
escola regular, para atender as peculiaridades da clientela de educação
especial.
§2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou
serviços especializados, sempre que, em função das condições
específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes
comuns do ensino regular.
§3º A oferta da educação especial, dever constitucional do Estado, tem
início na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil.
O artigo 59 consolida:
Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades
especiais:
I – currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização
específicos, para atender às suas necessidades; II – terminalidade
específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a
conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e
aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os
superdotados; III – professores com especialização adequada em nível
médio ou superior, para atendimento especializado, bem como
professores do ensino regular capacitados para a integração desses
educandos nas classes comuns; V – acesso igualitário aos benefícios
dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível
do ensino regular.

Neste trabalho estamos abordando a Dança para usuários de Cadeiras de


Rodas, portanto, Deficientes Físicos:

1,1 DEFICIÊNCIA FÍSICA

O termo “deficiência” faz referência a uma restrição seja ela sensorial


mental ou física, sendo ela transitória, ou permanente.

Segundo Souza (1994), a deficiência física é a disfunção ou interrupção


dos movimentos de ou mais membros: superiores, inferiores ou ambos, e que
conforme o grau do comprometimento ou tipo de acometimento podem ser:
paralisia (perda da capacidade de contração muscular voluntária) ou paresia
(movimento apenas limitado ou fraco, relaxação ou debilidade)
Para Carmo (1992) a deficiência física é vista como uma desvantagem
resultante de um comprometimento que limita ou impede o desempenho motor da
pessoa afetada. Isso significa que as partes afetadas são braços ou as pernas. Já
Telford e Sawrey (1978) caracterizam a deficiência física por um distúrbio da
estrutura anatômica ou da função que interfere na movimentação e/ou locomoção
do individuo.
O Decreto Federal 5.296 de 02 de dezembro de 2004 conceitua a
deficiência física pelo, como sendo: Uma alteração completa ou parcial de um ou
mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função
física, não abrangendo as deformidades estéticas e as que não produzam
dificuldades para o desempenho de funções.

[...] é necessário que os professores conheçam a diversidade e a


complexidade dos diferentes tipos de deficiência física, para definir
estratégias de ensino que desenvolvam o potencial do aluno. De acordo
com a limitação física apresentada é necessário utilizar recursos
didáticos e equipamentos especiais para a sua educação buscando
viabilizar a participação do aluno nas situações prática vivenciadas no
cotidiano escolar, para que o mesmo, com autonomia, possa otimizar
suas potencialidades e transformar o ambiente em busca de uma melhor
qualidade de vida (BRASIL, 2006, p. 29).

Segundo Souza (1994), a deficiência física é a disfunção ou interrupção


dos movimentos de ou mais membros: superiores, inferiores ou ambos, e que
conforme o grau do comprometimento ou tipo de acometimento podem ser:
paralisia (perda da capacidade de contração muscular voluntária) ou paresia
(movimento apenas limitado ou fraco, relaxação ou debilidade).
De acordo com Souza (1994), as causas da Deficiência Física podem estar
relacionadas a problemas genéticos, complicações na gestação, doenças infantis
ou acidentes. Que podem acontecer na fase pré-natal sucedidas antes da criança
nascer e, que são ocasionadas por remédios, bebidas, drogas, aborto entre
outras.
Existem diferentes tipos de Deficiência Física, abordaremos as principais
citadas por Ferreira (2009): Lesão cerebral (paralisia cerebral, hemiplegias);
Lesão medular (tetraplegias, paraplegias); Miopatias (distrofias musculares);
Patologias degenerativas do sistema nervoso central (esclerose múltipla e outras);
Amputações (membros superiores e inferiores) e Espinha bífida (oculta,
meningocele, mielomeningocele) e, que levam o indivíduo a fazer uso de cadeira
de roda.
Souza (1994) considera as causas da deficiência física como sendo: As por
Lesão medular: por ferimento por arma de fogo; ferimento por arma branca;
acidentes de trânsito; mergulho em águas rasas. Traumatismos diretos; quedas;
processos infecciosos; processos degenerativos e outros. E as por Paralisia
Cerebral: por prematuridade; desnutrição materna; rubéola; toxoplasmose; trauma
de parto; anóxia perinatal, subnutrição; outras. Hemiplegias: por acidente vascular
cerebral; aneurisma cerebral; tumor cerebral e outras.
Souza (1994) também classifica a Distrofia progressiva caracterizada pela
degeneração dos músculos estriados como uma doença hereditária de causa
desconhecida. A distrofia muscular pseudo-hipertrófica ou distrofia muscular de
Duchenne (DMD) é transmitida para ambos os sexos, mas compromete
predominantemente o sexo masculino, evolui mais rapidamente, a mais grave e a
mais conhecida.
Segundo Souza (1994) as amputações; que não estão associadas a
deficiência intelectual como amputações de causas vasculares; traumas;
malformações congênitas; causas metabólicas e outras. A Poliomielite (paralisia
infantil): também conhecida como pólio, é uma paralisia causada por infecção
viral, provocada por um vírus denominado poliovírus. Este vírus ataca a
substância cinzenta da medula, destruindo as células motoras. A Febre reumática
– (doença grave que pode afetar o coração); Câncer; Miastenias graves
(consistem num grave enfraquecimento muscular sem atrofia).
A inclusão dos Deficientes Físicos na sociedade atual é uma tarefa
fundamental na sociedade atual. Todos devem ter o direito de ser diferente e de
ter suas necessidades reconhecidas e atendidas pela sociedade desfrutando dos
serviços pertinentes para que possam desenvolver suas potencialidades e viver
uma vida tão normal quanto possível.

2 DANÇA COMO FORMA DE EXPRESSÃO ARTÍSTICA

A Dança é um rico conteúdo a ser ensinada na escola, através dela


permitimos aos alunos expressar seus desejos, expectativas e necessidades.
Além de tudo, promoverá um resgate a cultura.
Ribas (1959) explica que desde o inicio de sua história o homem
expressava-se por meio da linguagem gestual e estabeleceu posteriormente todo
um código de sinais, gestos e expressões imprimindo a eles vários ritmos.
Percebe-se que os movimentos corporais se fazem presentes na vida humana
desde o inicio do desenvolvimento da sociedade.

“Dançar é movimentar-se pelo espaço, é sentir o corpo livre, é


comunicar-se consigo mesmo, é desfrutar, liberar-se... Convidar para
dançar é animar, quebrar preconceitos, medos, vergonhas... O
movimento é comunicação; comunicar uma mensagem é utilizar uma
linguagem. A linguagem corporal, o movimento é o instrumento dessa
linguagem. Para enviar essa mensagem, não se requer nenhuma
condição, nem idade, nem sexo, todos os indivíduos aceitarão, com
ilusão e interesse, o gesto da comunicação corporal” (Marques 1999, p.
54).

Para Gariba e Franzonni (2007) deve haver importância ao compreender


a Dança enquanto linguagem corporal, priorizando esse processo de construção
de conhecimento, a fim de formar cidadãos que agentes sobre sua história,
capazes de despertar a consciência crítica daqueles que vivenciam estes
momentos preciosos.
Segundo as autoras acima citadas:

...a dança enquadra-se como linguagem que deve ser ensinada,


aprendida e vivenciada, na medida em que favorece o desenvolvimento
de vertentes cognitivas, éticas e estéticas e contribui qualitativamente
para as questões da socialização e expressão. Atividades corporais
advindas da expressividade, comunicação, alegria, liberdade são
elementos relevantes na vida do ser humano. (GARIBA; FRANZONNI,
2007, p.159)

Garaudy (1980) ao expressar sua ideia de Dança como linguagem


corporal, diz que a Dança nasce da necessidade de se dizer o indivisível,
revelando através dos gestos e da sua forma de expressão corporal estes
sentimentos e emoções.
Em 1997, a Dança foi incluída nos Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCNs), ganhando assim reconhecimento como forma de conhecimento a ser
ensinado na escola. Tornando a Dança inserida tanto na área de Educação Física
quanto de Artes. Sendo assim este conhecimento deve ser contextualizado e
ensinado.
Cabe do mesmo modo as profissionais de Educação proporcionar
vivências, possibilidades, conteúdos, agregando objetivos a suas aulas, para que
o sistema regula não fique só no papel.

[...]Observa-se uma grande ausência de discussões sobre a Dança, um


dos conteúdos da Educação Física escolar a ser desenvolvido no espaço
escolar. Este é um dos motivos para delimitar este estudo ao conteúdo
da Dança. Da mesma forma, evidenciamos que a Dança é
descontextualizada da cultura, e consequentemente marginalizada no
currículo escolar, sendo apenas realizada mediante eventos
extracurriculares. ( Sborquia e Gallardo 2006, p.96)

Os fatos assinalam uma direção que favorece o espaço previsto para o


ensino da Dança. Porém será que ela é acessível a todos? Tanto nas grandes
metrópoles quanto nas áreas rurais, todos os lugares têm Danças, com diferentes
tipos de musicas e diferentes tipos de Danças sejam estas coletivas, individuais
ou em pares, o que a leva a fazer parte da vida das pessoas que trazem muitas
vezes essa manifestação de arte para o cotidiano escolar.

“Seja a dança ensinada como arte, na forma lúdica ou recreacionista, ela


é um fator social presente desde as mais antigas civilizações, é também
uma forma de linguagem corporal, que podemos utilizar no contexto
escolar como uma forte aliada no processo de formação e
desenvolvimento dos escolares. Ou a dança deve permanecer na
informalidade das ruas, trios elétricos, programas de auditórios?
(MARQUES, 1997). Bérjat apud Garaudy (1980).”

Sendo assim a Dança deve ser vista como uma proposta educativa, a ser
ensinada com criatividade, expressão e comunicação realizando relações com
cotidiano de nossos alunos, tendo para eles sentido e significado.
A Dança favorece aos profissionais de Educação, várias possibilidades a
serem trabalhadas. Afim, de evitar que nossos alunos apenas reproduzam o que
a mídia mostra sem obter sentido para sua vida.

O trabalho da Dança Educacional, quando preocupado em deixar fluir


dos educandos suas emoções, seus anseios e desejos, através dos
movimentos que não necessariamente envolvam a técnica, permitirão
que o sujeito se revele e desperte para o mundo, numa relação consigo
e com os outros, de forma consciente. (RANGEL, 2002, p.56)
Barreto (2004) o educador é também artista, sendo assim é um mestre
que permite ao educando ser ele mesmo, e desenhar seu próprio caminho,
caminhando nele e construindo-se como características, sentimentos e ideias
próprias com isso conseguem se conhecer, comunicar-se e expressar-se de
forma única, individual.
Para a autora:

[...] A Dança na escola, deve oportunizar o autoconhecimento, estimular


vivências da corporeidade, oportunizar relações estéticas com os demais
e com o mundo, estimular a expressão dos alunos, possibilitar a
comunicação não verbal e os diálogos corporais, sensibilizar os alunos a
contribuírem na construção de uma educação estética, de modo a
favorecer relações mais equilibradas e harmoniosas diante do mundo.
(Barreto 2004. P. 79)

Dessa forma, a Dança na escola deve assumir seu papel, não podendo
ser negado enquanto construtora de conhecimento. Ela pode ser uma ferramenta
preciosa para o professor enquanto gestor de conhecimento.

Enfim, acredito que os processos educacionais hoje devam dar mais


ênfase e incentivo à formação de uma rede de informações
multifacetadas que ensine a intersecção entre os mundos vividos,
percebidos e imaginados dos alunos e alunas; além de suas conexões
como os processos criativos e interpretativos da Dança, formando,
assim, uma imensa rede de saberes. (MARQUES, 1998, P.77)

A Dança tem como objetivo o desenvolvimento integral do aluno e deve


ser ensinada na escola, direcionada ao contexto em que se insere enquanto
conhecimento, artístico-cultural, social e educacional.

Analisar, refletir, respeitar e preservar as diversas manifestações de Arte


– em suas múltiplas funções – utilizadas por diferentes grupos sociais e
étnicos, interagindo com o patrimônio nacional e internacional, que se
deve conhecer e compreender em sua dimensão sócia histórica.
(BRASIL, 2000, p. 57)

Através da Dança é possível exteriorizar ideias e emoções, possibilitando


no seu ensino discutir e problematizar a sua pluralidade cultural, fazendo relação
com diferentes contextos.
Dançar é movimentar-se pelo espaço, é sentir o corpo livre, é comunicar-
se consigo mesmo, é desfrutar, liberar-se... Convidar para dançar é
animar a quebrar preconceitos, medos, vergonhas... O movimento é
comunicação; comunicar uma mensagem é utilizar uma linguagem. A
linguagem corporal, o movimento é o instrumento dessa linguagem.
“Para enviar essa mensagem, não se requer nenhuma condição, nem
idade, nem sexo, todos os indivíduos aceitarão, com ilusão e interesse, o
gesto da comunicação corporal” (MARIA JESUS ZEA, 1995 apud HAAS,
2006, p.139).

É possível utilizar todos os movimentos que fazem parte da


construção da Dança sendo estes, de expressão, comunicação, sentimento e
emoção, valorizando a sua riqueza enquanto patrimônio social e conteúdo.
Ao pensar na Dança e Educação, não devemos nos preocupar com
a Dança estereotipada, que prioriza a técnica de movimentos, e não respeita a
individualidade e limite dos alunos.

A escola frequentemente tem representado uma camisa de força para a


arte a ponto de transformá-la em processos vazios, repetitivos,
enfadonhos, que se convertem exclusivamente em técnicas, atividades
curriculares, festas de fim de ano. Será esta a sina da educação?
(MARQUES, 2007, p.45).

Dessa forma, é necessária que esteja à frente uma Educação, que


contemple a Dança possibilitando contribuir na totalidade do indivíduo e não se
resuma apenas apresentações em datas comemorativas. Nanni (1998, p.8) afirma
que é "imprescindível para que o ser humano se torne sujeito de sua práxis no
desvelar a sua realidade histórica, através de sua corporeidade.”.
De acordo com Laban (1990), a Dança quando ensinada no contexto
escolar, tem o objetivo de auxiliar o desenvolvimento corporal, em sua totalidade.
Entende-se que o seu ensino envolve muitos elementos que podem ser
desenvolvidos dentro e fora da escola como forma significativa de conhecimento
para formação do ser humano é que se compreende a necessidade de ensina-la
nas aulas de Educação Física. Portanto, o professor não deve ignorar o papel
social, cultual e político do corpo em nossa sociedade, portanto a Dança.
Entendemos que a Dança pode se manifestar através das linguagens de
diferentes culturas, que se compõem em diferentes contextos ressaltando assim o
valor desse conteúdo permitindo ao aluno conhecer esse patrimônio que faz parte
da sua cultura levando-o a criar, recriar e entender seus movimentos.
3 DANÇA ARTÍSTICA PARA USUÁRIOS DE CADEIRAS DE RODAS

Dança é arte que expressa emoção, concentração, imaginação espontaneidade


imaginação todos os aspectos ligados a comunicação dos seres humanos.
A Dança é multicultural considerar a dança como forma de representação estica
é valorizar a cultura.
A dança artística é a forma de movimentar o corpo em certo ritmo, é considerada
uma das principais artes cênicas da antiguidade ao lado do teatro e da música.
Caracteriza-se pelas coreografias ou em passos livres.

Sabemos que é comum observarmos pessoas se espantarem ao se


depararem com outra pessoa que se desvia do modelo que é esperado e aceito
pela sociedade fazendo pré-julgamentos, pois a sociedade atual impõe padrões
dos quais devemos nos adequar para sermos aceitos, Os preconceitos acabam
muitas vezes excluindo as pessoas que não se enquadram no padrão esperado
sem mesmo o conhecer, apenas por pré-julgamentos suscitando atitudes
discriminatórias. Por causa dessas atitudes por muito tempo o ensino de pessoas
com deficiência tem sido separado, os privando assim de um melhor
desenvolvimento social.
Neste sentido, a educação inclusiva pode ser caracterizada como Paula
( 2008, p. 12 ) cita Armstrong (1999. p. 76 ) :

Um sistema de educação que reconhece o direito a todas as crianças e


jovens a compartilharem de um meio ambiente educativo comum em que
todos sejam valorizados por igual, com independência das diferenças
percebidas quanto à capacidade, sexo, classe social, etnia ou estilo de
aprendizagem.

Nos dias atuais é muito comum a discussão de uma escola inclusiva


surgem-se discussões quanto à aceitação e respeito dessas diferenças, deste
modo começa a se pensar em uma educação sem distinção, de direito e
qualidade igual a todos.
Busca-se abrir oportunidades educacionais adequadas a todas as pessoas.
Dar condições para que todos que precisam tenham acesso as necessidades
educativas especiais
[...] possam se desenvolver socialmente e intelectualmente junto às
outras crianças. É uma escola, portanto, que aceita todas as diferenças e
se adapta à variedade humana, criando um ambiente propício ao
desenvolvimento das potencialidades humanas. (SEMENGHINI, 1998,
p.13).

É preciso que estas pessoas vivam com independência e liberdade.

[...] Ter oportunidades para tomar decisões que afetam a própria vida,
realizar atividades de própria escolha. Vida independente tem a ver com
a auto- determinação. É com direto e a oportunidade para seguir um
determinado caminho. E significa ter a liberdade de falhar e aprender das
próprias falhas, tal qual pessoas não deficientes. (SASSAKI,1997, p. 32)

Segundo Sassaki (1997) o estilo de vida independente é fundamental para


que aconteça a inclusão do indivíduo na sociedade e para que aconteça tal
normalização, ou seja, ele terá vida independente exercendo a cidadania, sendo
ele ativo e atuando como cidadão.
Cada dia mais se houve falar em igualdade para todos, principalmente
quando se trata de pessoas que possuem limitação devida alguma deficiência,
porém a atual sociedade ainda apresenta-se como discriminatória, criando
padrões onde se é aceito apenas aqueles que se encaixam, excluindo o diferente.
Entende-se que a inclusão surgiu como alternativa para a educação de
pessoas com necessidades especiais e suas vidas na sociedade. Segundo
Sassaki (2006, p. 123):

A educação inclusiva representa um passo muito concreto e manejável


que pode ser dado em nossos sistemas escolares para assegurar que
todos os estudantes comecem a aprender que o “pertencer” é um direito,
não um status privilegiado que deva ser conquistado. A educação
constrói o homem, seus potenciais criadores, produtores e de
organização social, ela ratifica ou retifica formas de pensar, isto não
somente referindo-se aos alunos, mas também aos professores.

A dança para usuários de cadeira de rodas nasceu como uma sugestão


para possibilitar que os deficientes fizessem uso dos movimentos que lhe são
permitidos. Ela era uma forma que especialistas e estudiosos encontraram de
tornar os deficientes cadeirantes capazes de usar com agilidade e certa
habilidade uma cadeira de rodas. (FERREIRA,2003).
A International Sports Organization for the Disabled (ISOD) (subcomitê
para dança em cadeira de rodas) fundada na cidade alemã de Munique em
janeiro de 1991 estabelece a definição da dança em cadeira de rodas:

A dança em cadeira de rodas é uma forma especial das danças


com deficientes, a qual difere pela sua técnica especial a dança com
deficientes, cegos, surdos, mentais e de aprendizagem. A figura central é
o homem, que depende por sua deficiência de aparelhos suportes de
sustentação e de movimento ou de sua mobilidade e, andar é limitado
por causa do seu sistema nervoso periférico. Ele sempre depende de
uma cadeira de rodas ou tem tanta dificuldade em andar que é mais fácil
para ele se locomover numa cadeira de rodas. Ele pode como qualquer
pessoa ter alegria e divertimento no movimento e na música em
companhia de semelhantes (ISOD, 1992 P.34).
Para os cadeirantes, a dança oferece vários benefícios como: prevenção
de rigidez articular; estimulação da musculatura, coordenação e resistência física;
diminuição de contraturas; age na circulação do sangue e artérias, o que favorece
a nutrição dos tecidos; melhoria cárdio-respiratória; agilidade no manejo da
cadeira de rodas; equilíbrio do tronco; auxilia no aspecto físico e na
conscientização corporal, já que, aumenta na pessoa a percepção e o contato
com seu próprio corpo.
Essa modalidade atualmente encontra-se ligada ao esporte em nível de
competições e campeonatos. Academias e grupos de dança em cadeira de rodas
surgem no mundo contemporâneo. Baseado em apresentações de diversos
grupos de dança nesse estilo, foi criado um método que relaciona a dança do
cadeirante com suas emoções Esse método é conhecido como método Laban.

Este se torna ponto de partida para uma análise crítica sobre como o
dançarino reage fora e dentro do palco. Essa dança pode ser
considerada a forma de arte na qual se cultiva a expressão visível do
movimento, que envolvem “ações reais de corpos reais” (Laban, 1975
P,28).

A Dança Artística para usuários de cadeira de rodas oferece a


oportunidade para deficiente Físico a oportunidade de ampliar sua percepção
quanto à realidade que o cerca, dos efeitos sobre si próprio, e da capacidade que
ele tem de agir sobre essa realidade (Ferreira R, 2005).
Uma das principais características da dança em benefício dos cadeirantes,
é que ela permite a interação entre quem é e quem não é portador de deficiência.
pois o corpo estará envolvido numa rede complexa de relações sociais.
De acordo com Ferreira (2003), a Dança para cadeirantes é uma atividade
completa que traz em si a técnica da criatividade. Através dela é possível
perceber uma nova proposta estética, que desafia os conceitos do que seja arte e
do que significa dança.
A dança para pessoas com deficiência é um direito de acesso à arte. É
uma prática de atividade física e exercício de cidadania. Essa habilidade que a
dança tem, cria nas pessoas com necessidades especiais alegria e a vontade de
viver.
A prática da dança sobre rodas além de promover a interação do individuo
consigo mesmo e com os outros, proporcionando a inclusão social, incentiva o
deficiente físico a desenvolver seus talentos, expressar seus sentimentos
(alegrias, desejos, tristezas), desenvolve a criatividade, a autodisciplina a
concentração, o equilíbrio, o ritmo, a coordenação motora, o autoconhecimento da
percepção corporal.
Ao dançar em uma cadeira de rodas, o aluno poderá sentir todas as
emoções que qualquer dançarino sente, ou seja, ele é um corpo dançante Ainda
que o corpo tenha seus limites físicos.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Enquanto Artes a dança se expressa por meio de signos de movimento,
expressa cultura emoções sensações que representa de forma clara as artes
visuais que tem a visão como principal forma de apreciação.
Verificou-se, que a dança artística proporciona influência benéfica com
relação à saúde dos deficientes em cadeira de rodas. Que pode ser vista
principalmente no cunho social, envolvendo a convivência dos cadeirantes com o
meio em que vivem e com a sociedade que os cerca.
A dança em cadeira de rodas é mais uma oportunidade que surge para o
corpo dançante poder sentir algo de próprio e singular. Acreditamos, ainda que, o
corpo tenha seus limites físicos, ao dançar em uma cadeira de rodas, poderá
sentir todas as emoções que qualquer dançarino sente, ou seja, ele é um corpo
dançante que pode viver intensamente os movimentos na sua relação com o
mundo. A pessoa comprometida fisicamente, que sofre preconceito e muitas
vezes são excluídas pela sociedade, encontra através da dança uma forma de
superar as barreiras que encontra.
Sendo assim, a Dança contribui não só para o desenvolvimento de
habilidades motoras, coordenação, ritmo e expressão, mas sobre tudo traz
consigo uma pluralidade de culturas, que dependeram da intervenção do
professor que deve se sentir responsável pela disseminação deste conteúdo, este
poderá com suas práticas educativas agir de modo, a atrofiar a mente de seus
alunos, ou se desejar, intervir de modo a estimular, desenvolver em seus alunos a
criticidade.
Sabemos que refletir a Dança implica primeiramente entender que esta é
construção cultural sobre a qual são empregadas diferentes marcas de diferentes
tempos, espaços, grupos sociais, étnicos, etc. Tornando-se uma rica parte dos
conteúdos a ser ensinado e que não podem ser negados ao deficiente físico.
Como sugestões, que esse estudo, seja um estímulo a outros estudantes
em realizarem pesquisas em campo e, publicações de artigos para que possam
divulgar o que arte Dança. Pode trazer para as pessoas com deficiência, tornando
um cidadão mais consciente das suas capacidades e potencialidades.
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