Anatomia Do Estômago
Anatomia Do Estômago
Anatomia Do Estômago
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diafragma. Limitada inferiormente pelo plano horizontal do óstio cárdico.
A incisura cárdica está entre o esôfago e o fundo.
O fundo pode ser dilatado por gás, líquido, alimento ou qualquer combinação
destes.
3) Corpo: entre o fundo e o antro pilórico.
4) Parte pilórica: região infundibuliforme do estômago.
Antro pilórico: é a sua parte mais larga.
Canal pilórico: é a sua parte mais estreita.
- Artéria gastromental direita: artéria hepática comum vai dar a artéria hepática,
própria que sobe para o fígado, e a artéria gastroduodenal, que desce passando
atrás do duodeno e vai dar a artéria gastromental direita (ou gastroepiplóica direita)
que irriga a parte lateral direita (distal) da grande curvatura. Corre pela esquerda
ao longo da curvatura maior para anastomosar-se com a artéria gastromental
esquerda.
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- Artéria gastromental esquerda: origina-se da artéria esplênica. Segue ao longo da
curvatura maior para anastomosar - se com a artéria gastromental direita.
- Artérias gástricas curtas: originam-se da extremidade distal da artéria esplênica
ou de seus ramos esplênicos e passam para o fundo do estômago.
Vascularização Venosa:
As veias gástricas são paralelas às artérias em posição e trajeto, e desembocam
na veia porta.
As veias gástricas esquerda e direita drenam para a veia porta do fígado.
As veias gástricas curtas e a veia gastromental esquerda: drenam para a veia
esplênica, que se une à mesentérica superior para formar a veia porta do fígado.
A veia gastromental direita esvazia-se na veia mesentérica direita.
Veia pré-pilórica sobe acima do piloro em direção à veia gástrica direita
(cirurgiões a usam para identificar o piloro).
Todo o sangue do trato digestório vai passar pelo fígado, que funciona como um
filtro, então todas as veias convergem para a veia porta (formada pela veia
mesentérica superior e veia esplênica). Numa situação de impedimento de fluxo
portal, cirrose, por exemplo, que o sangue não consegue passar adequadamente
pelo fígado, isso gera um aumento de pressão dentro do sistema porta. O sangue
fica retido, aumenta a pressão dentro da veia e o sangue fica retido, estasiado,
seguindo outra direção.
A veia ázigos se comunica com a veia gástrica esquerda. Essas veias são muito
finas e com aumento de pressão, a luz fica tortuosa, formando as chamadas varizes
de esôfago.
Inervação do Estômago:
O nervo vago faz toda a inervação parassimpática das vísceras abdominais. O
vago direito é também chamado de vago anterior, e o vago esquerdo é o vago
posterior, são dois troncos vagais.
Ao nível de junção esôfago-gástrico é possível palpar o nervo vago. A importância
do nervo vago é, através da acetilcolina, aumentar a secreção de ácido.
Nas cirurgias para úlcera duodenal e péptica, uma das medidas adotadas é cortar o
nervo vago para diminuir a secreção gástrica. O nervo vago também aumenta o
peristaltismo e abre o piloro.
- Suprimento nervoso parassimpático do estômago: troncos vagais anterior e
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posterior e seus ramos, que entram no abdome através do hiato esofágico.
- Tronco vagal anterior: derivado do nervo vago esquerdo. Entra no abdome como
um único ramo que se localiza na face anterior do esôfago. Corre em direção à
curvatura menor, onde emite ramos hepáticos e duodenais que saem do estômago
pelo ligamento hepatoduodenal. O resto continua ao longo da curvatura menor,
dando origem aos ramos gástricos anteriores.
- Tronco vagal posterior: é o maior, derivado do nervo vago direito. Entra no
abdome na face posterior do esôfago e passa em direção à curvatura menor do
estômago.
Fornece ramos para as faces anterior e posterior do estômago.
Emite um ramo celíaco que corre pelo plexo celíaco e depois continua ao longo da
curvatura menor, dando origem aos ramos gástricos posteriores.
- Suprimento nervoso simpático do estômago: segmentos T6 até T9 da medula
espinhal. Passa para o plexo celíaco através do nervo esplâncnico maior e é
distribuído através dos plexos em torno das artérias gástricas e gastromental.
Vasos linfáticos:
Os linfonodos geralmente acompanham as artérias. Temos linfonodos gástricos
esquerdos e paragástricos, gástrico direito, gastroepiplóico, esplênicos. E toda a
drenagem linfática do estômago vai para os linfonodos do tronco celíaco.
Quando se opera um tumor gástrico, ressecar todos os linfonodos é difícil O
sistema linfático anastomosa-se entre si, e a disseminação de tumores é grande.
No Japão (local onde mais se desenvolve câncer gástrico) foram determinados os
linfonodos passíveis de metástases, que devem ser retirados a qualquer custo.
Todos convergem para o Gânglio Celíaco (o principal) e depois para o ducto
torácico.
- Linfa dos dois terços superiores: drena ao longo dos vasos gástricos direito e
esquerdo para os linfonodos gástricos.
- Linfa do fundo e parte superior do corpo: também drenam ao longo das artérias
gástricas curtas e vasos gastromentais esquerdos para os linfonodos pancreáticos e
esplênicos.
- Linfa do terço inferior, dois terços direitos: drena ao longo dos vasos
gastromentais direitos para os linfonodos pilóricos.
- Linfa do terço esquerdo da curvatura menor drena ao longo dos vasos gástricos
curtos e esplênicos para os linfonodos pancreático-duodenais.
Carcinoma do Estômago:
É quando o corpo ou a parte pilórica do estômago contém um tumor maligno, a
massa pode ser palpável. É mais comum nos homens. Quando ocorre na parte de
cima deve retirá-lo todo, mas quando ocorre na parte de baixo, retira-se somente a
parte do tumor. No tumor, a parede do estômago fica lisa, sem pregas.
Gastroscopia:
É usada pelos médicos para inspecionar a túnica mucosa do estômago cheio de
ar, o que permite a eles observar as lesões gástricas e fazer biópsias.
A drenagem linfática é excessiva no estômago e por isso cria uma impossibilidade
de remover todos os linfonodos numa cirurgia. Assim, os linfonodos ao longo dos
vasos esplênicos podem ser extraídos removendo-se o baço, os ligamentos
gastroesplênico e esplenorretal e o corpo e cauda do pâncreas.
Já os linfonodos envolvidos ao longo dos vasos gastromentais podem ser removidos
ressecando o omento maior. Contudo, a remoção dos linfonodos aórticos e celíacos
e aqueles em torno do pâncreas são mais difíceis.
Gastrectomia:
Pode ser total (remoção de todo o estômago) ou parcial (remoção de parte do
estômago).
Ela pode ser utilizada para remover a região do estômago envolvida por um câncer
ou para excisar o antro pilórico em alguns casos de úlcera péptica. Para remover
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um câncer, ela precisa remover todos os vasos linfáticos regionais envolvidos.
Como as anastomoses das artérias que suprem o estômago fornecem boa
circulação colateral, uma ou mais artérias podem ser ligadas nesse procedimento.
Quando se remove o antro pilórico, o omento maior é incisado paralelo e abaixo
da artéria gastromental direita, requerendo ligadura de todos os ramos omentais
desta artéria.
O omento não se regenera por causa das anastomoses com outras artérias como
ramos omentais da artéria gastromental esquerda, que ainda estão intactos.
Câncer na região pilórica é mais freqüente. Deve-se fazer a remoção dos
linfonodos pilóricos e gastromentais direitos (que recebem a drenagem linfática
dessa região).
O gânglio sentinela é um indicador de mau-prognóstico, porque ele é o primeiro
gânglio linfático que drena uma neoplasia, e é o primeiro a receber células
metastáticas. É essencial após descoberta de tumor maligno verificar se o gânglio
sentinela está invadido, pois o inicio de metastização determina estratégias
terapêuticas mais agressivas.
Caso clínico 1:
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4) Qual porção do estômago normalmente atravessa para o tórax?
Primeiro a cárdia e depois o fundo.
Caso clínico 2:
Paciente de 32 anos tabagista de longa data deu entrada no PS com fortes dores
abdominais em região epigástrica e fossa ilíaca direita.
História Pregressa: tratamento para úlcera gástrica. Não faz uso regular do
medicamento.
Exames: Rotina de abdome agudo.
Diagnóstico: Úlcera péptica perfurada.
Tratamento: Laparotomia exploradora e vagotomia e piloroplastia.
Caso clínico 3:
O diagnóstico de uma senhora de 50 anos foi de adenocarcinoma da grande
curvatura do estômago com um nódulo supraclavicular esquerdo.
No carcinoma do estômago, quando o corpo ou a parte pilórica do estômago
contém um tumor maligno, a massa pode ser palpável.
1) Qual a drenagem linfática da curvatura maior do estômago?
- linfonodos gastro-epiplóicos (gastro-omentais) direitos
- linfonodos infrapilóricos
- linfonodos gastroepiplóico (gastro-omental) esquerdo
- linfonodos esplênicos
2) Com base anatômica explique o melhor tratamento.
O melhor tratamento nesse caso é a remoção de todo o estômago: gastrectomia
total.
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3) Qual a explicação do nódulo supraclavicular?
Provavelmente deve-se tratar do gânglio ou linfonodos sentinela, que é um
indicador de mau prognóstico. Ele é o primeiro gânglio linfático que drena uma
neoplasia, e é o primeiro a receber células metastáticas. É essencial após
descoberta de tumor maligno verificar se o gânglio sentinela está invadido, pois o
inicio de metastização determina estratégias terapêuticas mais agressivas.
Caso clínico 4:
Na operação de um paciente com úlcera gástrica crônica, descobriu-se que a
parede posterior do estômago estava aderida à parede posterior do abdome.
1) Que estruturas situadas posterior ao estômago estão envolvidas no caso acima?
Pâncreas, baço, rim.
2) Qual vaso posterior ao estômago pode ser atingida por uma ulcera crônica?
A artéria esplênica.
3) Qual artéria passa posterior ao duodeno e pode causar hemorragia vultuosa nas
úlceras duodenais?
A artéria gastroduodenal.