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Embriologia

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Embriologia

Comentários Iniciais

 O desenvolvimento humano começa quando um oócito de uma mulher é fertilizado por um espermatozóide de um homem. O
desenvolvimento envolve muitas mudanças que transformam uma única célula, o zigoto, em um ser humano multicelular.
 Embriologia = formação, e é a partir da fecundação que começa a embriologia.
 Sistema reprodutor: organismos maduros se preparando para produzir suas células germinativas (gametas).

 Diferença de homens e mulheres na questão de amadurecimento do sistema reprodutor:


o A mulher nasce com o sistema reprodutor já em formação, e ao longo da vida da menina até a primeira menstruação vai
ocorrendo o amadurecimento (ciclos celulares de mitoses e meioses – menarca, primeira menstruação). A primeira menstruação é
um marco para o desenvolvimento das meninas, que diz que amadureceram em todos os sentidos.
o O desenvolvimento humano masculino e feminino é diferente. Os meninos nascem com a ovogônia pré pronta, e vão
amadurecendo ao longo da vida. Nos meninos, a produção do espermatócito vai sendo constantemente formados.
o Depois dos 40 anos, uma mulher possui dificuldade de engravidar porque o ovócito está muito maduro.

 Características das células germinativas:


o Conteúdo genético possui no núcleo genético (conteúdo haplóides – 23 cromossomos no ovócito de 2° ordem e 23 no
espermatócito), no qual na fecundação reconstitui o conteúdo diplóide da espécie humana.
o 2n = 23 pares de cromossomos. 22 são chamados de cromossomos autossomos que exercem todas as funções do organismo, e o
outro que é o cromossomo sexual (que define caracteres sexuais, como hormônios).

Fertilização
O ovócito de segunda ordem entra em contato com o espermatozoide = formação de células germinativas. Um zigoto é formado pela
união entre o espermatozóide e o ovocito, que contém cromossomos e genes derivados do pai e da mãe. O zigoto se divide diversas vezes e vai
se transformando progressivamente em um ser humano multicelular, por meio de processos celulares tais como divisão, migração, crescimento e
diferenciação.
O local habitual de fecundação é na ampola da tuba uterina (se não for nesse local, passa pela tuba até a cavidade do útero, onde é degenerado e
reabsorvido). A fecundação termina com o entrelaçamento dos cromossomos paternos e maternos na metáfase da primeira divisão mitótica do
zigoto.

Gametogênese

O espermatozóide e o oocitos possuem metade do número típico de cromossomos (23 cromossomos, em vez de 46). O numero de cromossomos
é reduzido durante a meiose. Esse tipo de divisão celular ocorre durante a gametogênese (formação das células germinativas).

MEIOSE: consiste em duas divisões celulares, durante as quais o numero de cromossomo das células germinativas é reduzido à metade (23, haplóide) do numero
presente em outras células do corpo (46, diplóide). Durante a primeira divisão meiótica, o número de cromossomos é reduzido de diplóide para haplóide. No
final, cada célula formada (espermatócito II ou óocito II) tem um numero haplóide de cromosssomos.

A segunda divisão meiótica há sucessivas meioses para formação do gameta maduro e pronto. O conteúdo se separa, são misturados *aleatoriamente,
variabilidade genética) e ocorre o Crossing Over – cromossomos novos, trocam partes entre eles, e se distribuem para as células germinativas. Quando junta o
espermatozóide e o ovócito II, gera uma nova pessoa, geneticamente diferente. Forma o ovo ou zigoto, chamado de primeira célula somática, que compõe todo
organismo, vindo da união do espermatozóide (23 cromossomos paternos) e ovocito II (23 cromossomos maternos)

ESPERMATOGÊNESE

o Antes da puberdade, as espermatogônias permanecem dormentes nos túbulos seminíferos dos testículos. Na puberdade elas começam aumentar em numero.
Após diversas divisões celulares mitóticas, elas crescem e sofrem mudanças que as transformam em espermatócitos primários.
o Cada espermatócito I passa por uma divisão redutora (primeira divisão meiótica) para formar o espermatócito II haploide. Posteriormente, o espermatócito
II sofrem uma segunda divisão meiótica para formar quatro espermátides haplóides.
o As espermátides são gradualmente transformadas em espermatozóides maduros durante o processo de espermiogênese. Quanto esta se completa, os
espermatozóides entram na luz dos túbulos seminíferos, onde são armazenados e se tornam funcionalmente maduros.
o A espermiogênese normalmente continua ao longo de toda vida reprodutiva de um homem.
o Quando ejaculados, os espermatozóides maduros são células móveis, formadas por uma cabeça e uma cauda. A cabeça contém o núcleo, e os dois terços
anteriores são cobertos pelo acrossoma (contem enzimas capazes de facilitar a penetração do espermatozóide durante a fecundação). A cauda proporciona
motilidade, auxiliando seu transporte até a ampola da tuba uterina. As caudas contem mitocôndria em sua peça intermediária, que produz energia responsável
pelo movimento.

OOGÊNESE OU OVOGÊNESE

o Ovogônias (oócitos primordiais) são transformados em oocito.


o Esse processo se inicia durante o período fetal, mas não se completa até após a puberdade.
o Durante a vida fetal precoce, a oogônia se prolifera por mitose e aumenta o tamanho para formar os oócitos primários. Ao nascimento, todos os oocitos
primários já completaram a prófase da primeira divisão meiótica. Esses oócitos permanecem na prófase até a puberdade. Logo após a ovulação, um oócito
primário completa a primeira divisão meiótica. Na ovulação, o núcleo do oocito secundário começa a segunda divisão meiótica, mas progride até a metáfase.
o Se o oócito secundário for fecundado por um espermatozóide, a segunda divisão é completada. O oocito secundário liberado na ovulação é envolto por uma
cobertura de material amorfo, conhecida como zona pelúcida e uma camada de células foliculares chamada de corona radiata.
o Podem ser encontrados até dois milhões de oócitos primários nos ovários de uma criança recém-nascida. A maioria destes regride durante a infância e
também na puberdade. Destes, somente 400 amadurecem em oócitos secundários e são expelidos na ovulação.

DNA NUCLEAR

Do ponto de vista genético, há 23 pares de cromossomos (44 autossomos (22 pares), e 2 sexuais (1 par)). TOTAL:
46 cromossomos (23 pares) –2n
DNA de eucariotos: sequência de nucleotídeos do DNA, é essa sequencia que herdei do pai e da mãe que rege o desenvolvimento embrionário e
da vida adulta. A partir dessa conversa dos genes contidos do DNA que os eventos acontecem.
O DNA nuclear determina a maior parte da função da molécula.
Compõe genoma humano: 99% DNA nuclear e 1% DNA mitocontrial (na mitocôndria, mais simples, circular, pequeno – trabalha na própria
mitocôntria. Precisa também dos produtos do DNA nuclear para poder funcionar).
Sequência de nucleotídeos do DNA: especialmente do DNA nuclear, acontece todas as funções do organismo. Orquestrar as funções do
organismo.

Células somáticas vem da fecundação, possuem o mesmo conteúdo genético no núcleo, apesar de possuírem funções diferentes.
Expressão genética o que muda de uma célula para outra (do fígado para uma muscular, por exemplo). Expressão = sequência de nucleotídeos no
DNA, e a partir dele há processos de transcrição e tradução.

Interações indutivas entre os genes: padrão de desenvolvimento pré natal. Um gene produz algo, que ativa o outro, que ativa o outro. O
desenvolvimento embrionário ocorre como uma orquestra, que cada gene representa um músico, que possui cada um sua partitura. Harmonia na
interação entre eles.

Estágios do Desenvolvimento Pré-Natal


CLIVAGEM
A clivagem consiste em repetidas divisões mitóticas do zigoto, levando a um rápido aumento no número de células, agora chamada de
blastômeros. Proliferando células, movimentando. Não cresce de tamanho, só aumenta o número de células – volume grande. Esses blastômeros
se tornam menores a cada divisão. Durante a clivagem, o zigoto ainda é envolto pela zona pelúcida. Após o estágio de 8 células, os blastômeros
mudam sua formação e se alinham firmamente uns contra os outros – compactação, que possibilita melhor interação célula-célula e é pré-
requisito para segregação das células internas que formam a massa celular interna. Quando há de 12 a 32 blastômeros, o concepto é chamado de
mórula. As células internas da mórula – embrioblasto ou massa celular interna - são envolvidas por uma camada de blastômeros achatados que
formam o trofoblasto.

Formação do Blastocisto:
Logo após a entrada da mórula no útero, o líquido uterino passa através da zona pelúcida para formar um espaço repleto de líquido – a cavidade
blastocística, no interior da mórula. Com aumento do líquido na cav, os blastômeros são separados em duas partes:

A) Trofoblasto – células externas que são origem à parte embrionária da placenta


B) Embrioblasto – pequeno grupo de blastômeros que é o primórdio do embrião *massa celular interna)

Nesse estágio o embrião é chamado de blastocisto. O embrioblasto agora se projeta para a cavidade blastocística e o trofoblsto forma a parede
do blastocisto.
Após o blastocisto flutuar no líquido uterino, a zona pelúcida degenera-se, e isso permite que o blastocisto aumente rapidamente de tamanho.
Após 6 dias da fecundação, o blastocisto adere ao epitélio endometrial e o trofoblasto começa a proliferar rapidamente e se diferenciar em
duas camadas:

A) Citotrofoblasto – camada interna de células


B) Sinciciotrofoblasto – camada externa, em contato com o epitélio do útero (colabora para formação dos anexos embrionários)

Ao final da primeira semana, o blastocisto está superficialmente implantado na camada compacta do


endométrio e retira seus nutrientes do tecido materno. O sinciciotrofoblasto altamente invasivo se
expande rapidamente próximo ao embrioblasto – o pólo embrionário (ele permite que o blastocisto se
insira no endométrio)

Ao final do 8° dia: fixação na cavidade uterina, diferenciação do trofoblasto, definição embrioblasto.


Epiblasto e hipoblasto – disco embrionário bilaminar.

OBS: A implantação do blastocisto começa no final da primeira semana e normalmente ocorre no


endométrio. O sinciciotrofoblasto invade o tecido conjuntivo endometrial que contém glândulas e
capilares. A medida que o blastocisto se implanta, o trofoblasto aumenta o contato com o endométrio.
O sinciotrofoblasto produz hormônio (gonadotrofina coriônica humana hCG) que entra no sangue
materno, e é a base dos testes de gravidez.

Período Embrionário: 2-8 semanas

Disco embrionário bilaminar: composto por duas camadas:


A) Epiblasto: camada mais espessa, formada por células cilíndricas, relacionadas com a cavidade amniótica
B) Hipoblasto. Camada mais delgada, formada por células cúbicas e pequenas, primórdio da vesícula umbilical

O disco embrionário origina as camadas germinativas que formam todos os tecidos e órgãos do embrião. É chamado de organogênese,
organizando todos os órgãos e sistemas (alguns não finalizam no final da 8 semana, terminam depois da 8, que chamamos de período fetal)
Gastrulação: formação das camadas germinativas
É o processo pelo qual o disco embrionário bilaminar é convertido em disco embrionário trilaminar. Cada uma das três camadas germinativas
(ectoderma, endoderma e mesoderna) do disco embrionário origina os tecidos e órgãos específicos. A gastrulação é o inicio da morfogênese
(desenvolvimento da forma e estrutura de vários órgãos e partes do corpo). Este processo começa com a formação da linha primitiva na
superfície do epiblasto.

O terceiro folheto embrionário surge a partir de movimentos que acontecem no disco embrionário – proliferação e migração de células do
epiblasto para o plano mediano do disco embrionário. O evento chave para a formação: nó primitivo (série de movimento de genes trabalhando,
que induz a proliferação da camada externa, formando o terceiro folheto - mesoderma), linha primitiva (também define os eixos fetal – o que é
direito e esquerdo, dorso e
ventre, caudal – cefálico).

No início da terceira semana a linha primitiva surge na extremidade caudal do embrião como resultado da proliferação e migração de células do
epiblasto para o plano mediando do disco embrionário, constituindo o primeiro sinal da gastrulação. Na sua extremidade cefálica surge o nó
primitivo, com uma pequena depressão no centro chamado fosseta primitiva e ao longo da linha forma-se o sulco primitivo. O aparecimento da
linha primitiva torna possível identificar o eixo embrionário.

Células mesenquimais migram cefalicamente do nó e da fosseta primitiva formando um cordão celular mediano, o processo notocordal. Esse
processo adquire uma luz - canal notocordal - e cresce até alcançar a placa precordal, área de células endodérmicas firmemente aderidas a
ectoderma. Estas camadas fundidas formam a membrana bucofaríngea (boca). Caudalmente a linha primitiva há uma área circular também com
disco bilaminar, a membrana cloacal (ânus).

Placa notocordal: se dobre em torno de si mesma, e esse dobramento leva a formação da notocorda, submersa no mesoderma e forma a
notocorda.
Período em que a notocorda induz a formação da placa neural, que leva o final a formação do tubo neural, que da origem ao sistema nervoso
central. As pregas neurais se fundem formando o tubo neural.

Período fetal: 9-38/42 semana


Ocorre o amadurecimento de órgãos e sistemas, finalização de diferenciação celular, o bebe cresce, sistemas começam a funcionar

Embriologia buco-maxilo-facial

 Destacamento das células da crista neural. Essas células possuem uma sinalização para formar orelha e boca.
 Desenvolvimento craniofacial: células da crista se destacam e possuem competência de sinalização, que leva a formação dos arcos
faríngeos.
 4 /5 semanas: fechamento do tubo neural, neurulação. Células da crista neural migram para formar os arcos faríngeos, no sentido da
região dorsal para ventral.
 A migração das células da crista neural, que tem origem no cérebro médio, proporciona o tecido conjuntivo necessário para o
desenvolvimento crâniofacial.
 ARCOS FARINFEOS: MIGRAÇÃO DAS CÉLULAS DA CRISTA NEURAL REFORÇA A PROLIFERAÇÃO DA LÂMINA
MESODÉRMICA LATERAL

Formação da face

A parte externa no arco faríngeo é revestida por ectoderma, e a parte interna endoderma.

Componentes dos arcos faríngeos:


 Artéria: Forma as artérias da cabeça e do pescoço
 Nervo: supre a mucosa e os músculos derivados do arco
 Cartilagem: contribui na formação do esqueleto do arco
 Músculo: forma parte dos músculos da cabeça e pescoço
O 1° arco faríngeo:
 É inervado pelo nervo facial e trigêmio
 Cartilagem: cartilagem de meckel, localizada na mandíbula, que auxilia a formação do osso mandibular. Tb forma os ossículos da
orelha.
 Muscular: músculos da mastigação (temporal, masseter, milohoideo) *o segundo arco forma os músculos da expressão facial*

1° arco faríngeo: se diferencia em dois processos, o primeiro a se formar é o processo mandibular, que crescem até
se encontrarem na frente, formando a mandíbula. O segundo é o processo maxilar, que proliferam e migram, mas não
chegam até o meio (envolve a união de 5 processos faciais).

5 processos faciais:
 (1) Processo fronto nasal (testa e parte do nariz e sulco nasolabial)
 (2) Processos maxilares que chegam ate a linha do incisivo lateral (processos palatinos)
 (2) Processos mandibulares
OBS: O processo maxilar e mandibular vem do primeiro arco, e o fronto nasal do cérebro anterior.

pfn

pmx
pmd

 Nasal medial: ponta do nariz, columela. ENCONTRO: SEGMENTO INTRAMAXILAR


 Nasal lateral: asa do nariz

Formação da língua:

 Depende da dilatação do tubérculo impar ladeada pelas saliências linguais. Eminência hipobranquial RAIZ DA LINGUA (3°arco).

Formação do Palato:

 Processos palatinos querem crescer, mas não conseguem porque no meio está a língua, e crescem lateralmente a língua (no sentido
vertical a língua) Nesse momento, o bebe meche a cabeça para trás, a mandíbula desce, a língua desce, e há espaço para os processos
se encontrarem no meio.

Formação do Tecido Ósseo:


 Maxila e mandíbula: ossificação do tipo intramembranosa.
 Iniciam a partir de centros de ossificação relacionados a um nervo e cartilagem primaria, e cartilagem secundária para auxiliar o
crescimento.

Desenvolvimento da Mandíbula:
 Cartilagem de Meckel: ossificação intramenbranosa da mandíbula, formação do osso mandibular
 Nervo alveolar inferior e seus ramos incisivo e mentoniano

Desenvolvimento da Maxila:
 Cartilagem da cápsula nasal é quem induz a formação do osso da maxila e zigomático.
 Nervo infra-orbital originando o nervo alveolar inferior.

Formação do Crânio:
 Ossos da face- feto de 14 semanas. Para isso acontecer, teve um padrão de expressão genética.

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