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Hipótese Heterotrófica X Autotrófica

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VEST

MAPA MENTAL
Fevereiro @vestmapamental

BIOLOGIA
EVOLUÇÃO
Hipótese Heterotrófica x Autotrófica
HIPÓTESE HETEROTRÓFICA

Segundo essa hipótese, os primeiros organismos eram estruturalmente


muito simples, sendo de se supor que as reações químicas em suas células
também seriam simples. Eles viviam em um ambiente aquático, rico em
substâncias nutritivas, mas provavelmente não existia oxigênio na
atmosfera, nem dissolvido na água dos mares. Nessas condições, é
possível supor que, tendo alimento abundante ao seu redor, esses
primeiros seres teriam utilizado esse alimento já pronto como fonte de
energia e matéria-prima. Eles seriam, portanto, heterotróficos (hetero =
diferente; trofos = alimento): organismos que não são capazes de
sintetizar seus próprios alimentos a partir de compostos inorgânicos,
obtendo-os prontos do ambiente.

Os seres capazes de sintetizar seus próprios alimentos a partir de


substâncias inorgânicas simples são chamados de autotróficos (auto =
próprio; trofos = alimento), como é o caso das plantas.

Uma vez dentro da célula, esse alimento precisa ser degradado. Nas
condições da Terra atual, a via metabólica mais simples para se degradar
alimento sem oxigênio é a fermentação, um processo anaeróbio (an =
sem; aero = ar; bio = vida). Um dos tipos mais comuns de fermentação é a
alcoólica. O açúcar glicose é degradado em álcool etílico (etanol) e gás
carbônico, liberando energia para as várias etapas do metabolismo
celular.

Esses organismos começaram a aumentar de número por reprodução.


Paralelamente a isso, as condições climáticas da Terra também estavam
mudando a ponto de não mais ocorrer síntese pré-biótica de matéria
orgânica. Desse modo o alimento dissolvido no meio teria começado a
ficar escasso.

Com o alimento reduzido e um grande número de indivíduos nos mares,


deve havido muita competição, e muitos organismos teriam morrido por
falta de alimento. Ao mesmo tempo, teria se acumulado CO2 no
ambiente. Acredita-se que nesse novo cenário teria ocorrido o surgimento
de alguns seres capazes de captar a luz solar com o auxílio de pigmentos
como a clorofila. A energia da luz teria sido utilizada para a síntese de seus
próprios alimentos orgânicos, a partir de água e gás carbônico. Teriam
surgido assim os primeiros seres autotróficos: os seres fotossintetizantes
(foto = luz; síntese em presença de luz), que não competiam com os
heterotróficos e proliferaram muito.

Esses primeiros seres fotossintetizantes foram fundamentais na


modificação da composição da atmosfera: eles introduziram oxigênio no
ar, e a atmosfera teria passando de redutora para oxidante. Até os dias de
hoje, são principalmente os seres fotossintetizantes que mantém os níveis
de oxigênio na atmosfera, o que é fundamental para a vida do nosso
planeta. Em condições de baixa disponibilidade de moléculas orgânicas no
meio, esses organismos aeróbios teriam grande vantagem sobre os
fermentadores.

Havendo disponibilidade de oxigênio, foi possível a sobrevivência de seres


que desenvolveram reações metabólicas complexas, capazes de utilizar
esse gás na degradação do alimento. Surgiram, então, os primeiros seres
aeróbios, que realizavam respiração. Por meio da respiração, o alimento,
especialmente o açúcar glicose, é degradado em gás carbônico e água,
liberando muito mais energia para a realização das funções vitais do que
na fermentação.

A fermentação, a fotossíntese e a respiração permaneceram ao longo do


tempo e ocorrem nos organismos que vivem atualmente na Terra. Todos
os organismos respiram e/ou fermentam, mas apenas alguns respiram e
fazem fotossíntese.
Hipótese Heterotrófica

Fermentação → Fotossíntese → Respiração Aeróbica

HIPÓTESE AUTOTRÓFICA

Alguns cientistas tem argumentado que os seres vivos não devem ter
surgido em mares rasos e quentes, como proposto por Oparin e Haldane,
pois a superfície terrestre, na época em que a vida surgiu, era um
ambiente muito instável. Meteoritos e cometas atingiam essa superfície
com muita frequência, e a vida primitiva não poderia se manter em tais
condições.

Logo no início da formação da Terra,meteoritos colidiam fortemente com


a superfície terrestre, e a energia dessas colisões era gasta em
derretimento ou até mesmo na vaporização da superfície rochosa. Os
meteoritos fragmentavam-se e derretiam contribuindo com sua
substância para a Terra em crescimento. Um impacto especialmente
violento pode ter gerado a Lua, que guarda até hoje em sua superfície as
marcas desse bombardeio por meteoritos. Na superfície da Terra a
maioria dessas marcas foi apagada ao longo do tempo pela erosão.

A maioria dos meteoritos se queima até desaparecer quando entra na


atmosfera terrestre atual e brilha no céu como estrelas cadentes. Nos
primórdios os meteoritos eram maiores, mais numerosos e atingiam a
Terra com maior frequência.

Alguns cientistas especulam que os primeiros seres vivos não poderiam ter
sobrevivido a esse bombardeio cósmico, e propõe que a vida tenha
surgido em locais mais protegidos, como os assoalhos dos mares
primitivos.

Em 1977, foram descobertas nas profundezas oceânicas as chamadas


fontes termais submarinas, locais onde emanam gases quentes e
sulfurosos que saem das aberturas do assoalho marinho. Nesses locais há
vida abundante. Muitas bactérias que aí vivem são autótrofas, mas
realizam um processo muito distinto de síntese. Onde essas bactérias
vivem não há luz, e elas são a base da cadeia alimentar peculiar. Elas
servem de alimento para os animais ou são mantidas dentro dos tecidos
deles. Nesse caso tanto bactérias como animais se beneficiam: elas têm
proteção dentro do corpo dos animais, e estes recebem alimentos
produzidos por estas bactérias.

A descoberta das fontes termais levantou a possibilidade de que a vida


teria surgido nesse tipo de ambiente protegido e de que a energia para o
metabolismo dos primeiros seres vivos viria de um mecanismo autotrófico
denominado quimiossíntese. Alguns cientistas acreditam que os primeiros
seres vivos foram bactérias, que obtinham energia para o metabolismo a
partir da reação entre substâncias inorgânicas, como fazem as bactérias
encontradas atualmente nas fontes termais submarinas e em outros
ambientes muito quentes (com cerca de 60 a 105°C) e sulfurosos. Segundo
essa hipótese, parece que toda a vida que conhecemos descende desse
tipo de bactéria. Que deveria se autotrófica.

Os que argumentam a favor dessa hipótese baseiam-se nas evidências que


sugere a abundância de sulfeto de hidrogênio (gás sulfídrico, H2S) e
compostos de ferro na Terra primitiva. As primeiras bactérias devem ter
obtido energia das reações que tenham envolvido esses compostos para a
síntese de seus compostos orgânicos.

Algumas bactérias que vivem atualmente em fontes quentes e sulfurosas


podem realizar a reação química a seguir, que segundo a hipótese
autotrófica, pode ter sido a reação fundamental fornecedora de energia
para os primeiros seres vivos.

sulfeto ferroso + gás sulfídrico → sulfeto férrico + gás hidrogênio + energia

A energia liberada por essa reação pode ser usada pelas bactérias para a
produção de compostos orgânicos para a vida, a partir de CO2 e H2O.

Assim, segundo essa hipótese, a quimiossíntese – um processo autotrófico


teria surgido primeiro. Depois teriam surgido a fermentação e finalmente
a respiração aeróbia. A hipótese autotrófica vem ganhando cada vez mais
força.

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