Renascimento Humanismo
Renascimento Humanismo
Renascimento Humanismo
Origem do Renascimento
O Renascimento originou-se na Itália, devido ao florescimento de cidades como Veneza, Gênova,
Florença, Roma e outras
Elas enriqueceram com o desenvolvimento do comércio no Mediterrâneo dando origem a uma rica
burguesia mercantil que, em seu processo de afirmação social, se dedicou às artes, juntamente com
alguns príncipes e papas.
Cultura Renascentista
A cultura renascentista teve quatro características marcantes, a saber:
Racionalismo - os renascentistas estavam convictos de que a razão era o único caminho para
se chegar ao conhecimento, e que tudo podia ser explicado pela razão e pela ciência.
Experimentalismo - para eles, todo conhecimento deveria ser demonstrado através da
experiência científica.
Individualismo - nasceu da necessidade do homem conhecer a si próprio, buscando afirmar a
sua própria personalidade, mostrar seus talentos, atingir a fama e satisfazer suas ambições, através da
concepção de que o direito individual estava acima do direito coletivo.
Antropocentrismo - colocando o homem como a suprema criação de Deus e como centro do
universo.
O Humanismo Renascentista
Renascimento Literário
O Renascimento deu origem a grandes gênios da literatura, entre eles:
Dante Alighieri: escritor italiano autor do grande poema "Divina Comédia".
Maquiavel: autor de "O Príncipe", obra precursora da ciência política onde o autor dá
conselhos aos governadores da época.
Shakespeare: considerado um dos maiores dramaturgos de todos os tempos. Abordou em sua
obra os conflitos humanos nas mais diversas dimensões: pessoais, sociais, políticas. Escreveu
comédias e tragédias, como "Romeu e Julieta", "Macbeth", "A Megera Domada", "Otelo" e várias
outras.
Miguel de Cervantes: autor espanhol da obra "Dom Quixote", uma crítica contundente da
cavalaria medieval.
Luís de Camões: teve destaque na literatura renascentista em Portugal, sendo autor do grande
poema épico "Os Lusíadas".
Renascimento Artístico
No século XVI, o principal centro de arte renascentista passou a ser Roma. Os principais artistas
plásticos do renascimento foram:
Leonardo da Vinci: Matemático, físico, anatomista, inventor, arquiteto, escultor e pintor, ele foi um
gênio absoluto. A Mona Lisa e A Última Ceia são suas obras primas.
Mona Lisa
Rafael Sanzio: foi um mestre da pintura, famoso pela doçura de suas madonas. AMadona do
Prado foi considerada a mais perfeita.
Madona do Prado
Michelangelo: artista italiano cuja obra foi marcada pelo humanismo. Além de pintor foi um dos
maiores escultores do Renascimento. Entre suas obras destacam-se a Pietá, David, O teto da Capela
Sistina, A Criação de Adão e O Juízo Final.
Pietá
Saiba mais sobre os Artistas do Renascimento
Renascimento Científico
O Renascimento foi marcado por importantes descobertas científicas, notadamente nos campos da
astronomia, da física, da medicina, da matemática e da geografia.
O polonês Nicolau Copérnico, que negou a teoria geocêntrica defendida pela Igreja, ao afirmar que "a
terra não é o centro do universo, mas simplesmente um planeta que gira em torno do Sol".
Galileu Galilei descobriu os anéis de Saturno, as manchas solares, os satélites de Júpiter. Perseguido e
ameaçado pela Igreja, Galileu foi obrigado a negar publicamente suas ideias e descobertas.
Na medicina os conhecimentos avançaram com trabalhos e experiências sobre circulação sanguínea,
métodos de cauterização e princípios gerais de anatomia.
O MOVIMENTO
- A reforma religiosa ocorreu no século XVI.
- Foi um movimento de ruptura da Igreja Católica, que deu origem a outras igrejas cristãs.
- A reforma aconteceu, inicialmente, em três países:
* Alemanha
* Suiça
* Inglaterra
LUTERISMO - LUTERO
No início do século XVI (anos 1500), no antigo Sacro Império Romano-Germânico, Martinho Lutero
desenvolveu suas famosas 95 teses contra a Igreja Católica. Entre elas, duas são mais importantes para
o nosso conhecimento:
Condenação da prática das indulgências;
Condenação da veneração de imagens e figuras sagradas que não fossem o próprio Deus.
As indulgências eram uma das principais fontes de renda da Igreja e, pior, se a humanidade deveria
venerar apenas a Deus, o próprio Papa perdia seu caráter sagrado.
Por isso, Lutero foi convocado, em 1521, a se retratar perante a Igreja, desmentindo suas teses. No
entanto, ele se manteve firme e, pouco depois, ajudou a disseminar o protestantismo pela Europa, ao
demonstrar que era possível se opor ao poder do papado.
A monarquia inglesa
A nobreza promoveu uma imensa revolta contra a exigência de impostos, ordenada por
Henrique III (1216 a 1272), filho de João Sem Terra. Henrique foi forçado a negociar com os
rebeldes; por sua participação nessa revolta, a burguesia teve o direito de participar do Grande
Conselho, que, no ano de 1265, passou a ser chamado de Parlamento.
Na Idade Média, o Parlamento era uma reunião entre o rei, os nobres e o clero, onde eles
debatiam sobre assuntos Político, financeiros, dentre outros, também para responder a petições.
Na década de 1330, o Parlamento se dividiu em duas casas, a dos nobres, que era a câmara alta
e a dos condados burgos, que era a câmara baixa.
A monarquia francesa
O primeiro rei da França, se chamava Filipe Augusto (1180 a 1223). Ele conseguiu dominar
feudos gigantescos. Casou-se por interesse, comprando as terras dos nobres e usou um poderoso
exército assalariado.
Luís IX (1226 a 1270). Ele também contribuiu para a centralização do poder na França,
permitindo que todo aquele que fosse condenado para o tribunal dos nobres recorresse ao tribunal do
rei, impondo uma moeda única para todo o reino da França.
Filipe IV, o Belo (1285 a 1314). Ele deu continuidade à centralização política, exigindo que o
clero pagasse impostos. Já que papa não aceitou pagar os impostos, ele convocou os Estados Gerais —
uma assembleia formada pelos representantes da nobreza, do clero e da burguesia — que no ano de
1302 aprovaram a decisão de Felipe IV. Assim, o rei conseguiu aumentar seu poder e sua autoridade
sob seu reino.
A formação de Portugal
No século XI, o nobre Henrique de Borgonha, ganhou do rei de Leão e Castela, uma recompensa por
sua participação na guerra contra os árabes, era uma faixa de terra chamada de, o Condado
Portucalense. Seu filho e herdeiro do trono, Afonso Henriques, ajudou na guerra contra os árabes e,
ao mesmo tempo, lutou para conseguir a independência do Condado Portucalense. Em 1339, Afonso
Henriques, rompeu com os reinos de Leão e Castela e, assim, declarou a independência do Condado
Portucalense, assim fundando o Reino de Portugal. Afonso Henriques se consagrou como o primeiro
rei de Portugal, e iniciou a dinastia Borgonha. Os reis desta dinastia lutaram contra os árabes e, em
1249, conseguiram incorporar as terras de Algarve. Completando-se assim a formação do Reino de
Portugal.
A formação da Espanha
Em 1469, ocorreu um fato muito importante para o processo que estávamos abordando: os reis cristãos
Fernando de Aragão e Isabel Castela se casaram e se uniram no combate contra os árabes. Em 1492, os
exércitos de ambos os reis ampliaram seu território reconquistando Granada, o último território árabe
na Península Ibérica. Anos depois, com a conquista de Navarra, termina-se a formação do Reino da
Espanha.
O absolutismo
Se iniciou na Europa Ocidental entre os séculos XVI e XVIII, algumas das monarquias adotaram o
Absolutismo, que era uma grande concentração de poder nas mãos dos reis. Poderiam interferir na
religião, decidiam tudo na política, poderiam criar leis de uma hora para outra etc. Mas, o poder dos
reis não era ilimitado. O rei absolutista mantinha seu poder limitado pelos costumes, pelas as tradições
e pela existência dos ministros fortes; os motivos que influenciaram para o nascimento do Absolutismo
foram: o aperfeiçoamento da imprensa — melhorou o sistema de comunicação do reino —, a Reforma
Protestante — enfraqueceu o poder do papa e aumentou o poder real —, e a caça às bruxas — onde os
reis espalhavam o terror pelo campo, acusando vários homens e mulheres de praticarem a feitiçaria.
Ou seja, foi feito com o objetivo de eliminar a feitiçaria.
Eram:
➢ A existência de um exército poderoso voltado para a guerra;
➢ O apoio de parte da nobreza para conseguirem de volta seus privilégios, e dos comerciantes, que
queriam ampliar seus negócios;
➢ A criação de leis ao favor da consolidação do poder real;
➢ O fato dos nobres considerarem os reis como seres sagrados.
Teóricos do absolutismo
Conforme os reis iam aumentando sua autoridade em todo o reino, surgiram teóricos que refletiam
sobre o absolutismo. Entre eles podemos destacar:
Thomas Hobbes (1588 a 1679). Era um filósofo inglês e autor de Leviatã. Ele acreditava que no
começo, os homens viviam em estado natural, ou seja, obedecendo apenas aos seus desejos
particulares. Por isso a vida era uma guerra. Para evitar a destruição da humanidade, os humanos
deram direito e liberdade em favor de um único senhor, o Estado. Foi, por tanto, o ser humano que
deram os poderes para os reis, originando as monarquias absolutistas.
Jacques Bossuet (1627 a 1704). Era um bispo francês e autor de A Política tirada da Sagrada
Escritura. Para Jacques, o rei era como se fosse o representante de Deus na Terra, e ele era infalível.
Assim, o direito de poder governar de forma absoluta era de origem divina; o absolutismo variou no
tempo e espaço. O rei que melhor dominou o regime absolutista na Europa Ocidental, foi o rei francês
Luís XIV, o Rei Sol.
Luís (1638 a 1715), reinou por 54 anos! Ele exigia obediência e lealdade e cuidava pessoalmente dos
assuntos ligados ao governo.
Além dele usar o seu exército para impor a sua autoridade, ele procurava atender os interesses
importantes da nobreza e da burguesia. Atraiu a nobreza distribuindo pensões e cargos. E, em sua
corte, que ficava no Palácio de Versalhes (onde o rei morava), ele abrigava vários outros nobres e
garantiam a eles uma vida de luxo.
Para agradar à burguesia, Luís XIV, entregou a economia a Jean B. Colbert, membro de uma
importante família burguesa. Jean favoreceu as exportações francesas, concedendo dinheiro como
prêmio a várias manufaturas francesas, se livrando de impostos.
Porém, Jean não conseguiu estimular a economia, por causa dos grandes gastos da corte, por conta das
guerras externas e da fuga de capitais, motivadas pela intolerância religiosa.
O mercantilismo: riqueza e poder para o estado
As monarquias absolutistas europeias, adotaram várias ideias e práticas econômicas que, mais tarde,
foram chamadas de mercantilismo.
O mercantilismo inglês
O mercantilismo na Inglaterra foi aplicado de modo amplo pela rainha Elizabeth I (1558 a
1603), que queria aumentar o comércio exterior, Elizabeth dava prêmios e removia os impostos sobre
os tecidos vindos do exterior. Ela estendeu sua proteção também à indústria naval e à mineração. O
motivo é bem simples: por estar em uma ilha, a Inglaterra necessitava de navios para conseguir
comercializar com outros países. E para fabricar navios, era necessário madeira e ferro.
A monarquia inglesa, acumulou capitais, apoiando a prática da pirataria na América, na
África e na Ásia. Elizabeth I, deu apoio material ao corsário — Pirata que tinha carta de corso, isto é,
uma licença oficial dada pelo governo de seu país, que dava o direito de poder praticar roubos no mar e
na terra — Francis Drake. Por conta da prática da pirataria, as monarquias absolutistas europeias
retiraram uma grande quantidade de riquezas da África e da América.