Eletrônica Digital Apostila Portas Lógicas Simples
Eletrônica Digital Apostila Portas Lógicas Simples
Eletrônica Digital Apostila Portas Lógicas Simples
1 Níveis lógicos
Em eletrônica digital pode-se dizer que existem dois níveis lógicos (figura 1)
para operações, o nível lógico baixo (chamado de “nível 0”) e o nível lógico alto
(chamado de “nível 1”).
Figura 1 – Representação de níveis lógicos em eletrônica digital
O nível baixo será sempre uma tensão nula (ou total ausência de sinal num
ponto do circuito), nessa condição é indicado como “0” (zero) ou mesmo representado
com um termo derivado do inglês “low” (baixo).
O nível alto será sempre uma tensão elétrica contínua representada por um
sinal, nas quais essa amplitude varia dependendo da família lógica utilizada. Um
exemplo muito utilizado é o sinal de 5VCC (família lógica TTL).
Por sinal digital ou discreto entende-se ser um sinal que, ao longo do tempo, só
pode adquirir dois valores arbitrários fixos (figura 2). Cada um desses valores é
denominado genericamente de “0” e “1”, sendo o 0 considerado o “nível baixo”, e o 1
considerado o “nível alto”.
2 Álgebra Booleana
Nesta apostila será utilizada a notação “0” e “1”, que é a mais comumente
utilizada em eletrônica digital. Como o número de valores que cada variável pode
assumir é finito, o número de estados que uma função booleana pode assumir
também será finito, o que significa que se pode descrever completamente as funções
booleanas utilizando tabelas.
Devido a este fato, uma tabela que descreva uma função booleana recebe o
nome de tabela verdade, e nela são listadas todas as combinações de valores que as
variáveis de entrada de um circuito digital podem assumir e os correspondentes
valores da função (saídas).
Isto significa que por meio da utilização das tabelas verdade pode-se
determinar o comportamento completo de uma porta lógica e consequentemente de
um circuito lógico combinacional.
Resumindo, pode-se dizer que a tabela verdade (figura 5) é uma tabela que
exibe todas as possíveis combinações de entrada e saída de um circuito lógico, e é
extremamente importante para a análise de circuitos práticos digitais.
c = 2e
onde:
• Função booleana: F=A+B (ou seja, a saída F irá para nível alto se a entrada A
OU a entrada B estiverem nível alto, para duas entradas)
• Função booleana: F=A.B (ou seja, a saída F irá para nível alto se a entrada A e
a entrada B estiverem nível alto, para duas entradas)
• Função booleana: F=A (ou seja, a saída F irá para nível alto se a entrada
estiver em nível baixo e vice-versa)
Todo o circuito lógico executa uma função booleana e, por mais complexo que
seja, é formado pela interligação das portas lógicas básicas. Assim, pode-se obter a
expressão booleana que é executada por um circuito lógico qualquer, chamado de
circuito lógico combinacional.
Este é assim chamado porque combina as principais características individuais
das portas lógicas básicas e/ou derivadas (figura 11).
Na saída destes blocos está ligada uma porta AND de duas entradas, e a saída
total do sistema será na porta AND, e sua saída será acionada ou não, dependendo
das condições nos dispositivos de entrada. A expressão lógica de cada porta deverá
ser analisada individualmente, para a construção da expressão lógica de saída.
Para o primeiro parêntese tem-se uma soma booleana A+B, logo o circuito que
o executa será uma porta OU (OR). Para o segundo parêntese, tem-se outra soma
booleana B+D, logo o circuito será uma porta OU.
Sabe-se que todos os circuitos digitais, por mais complexos que sejam, são
obtidos através de portas lógicas. Estas, por sua vez, não são encontradas
comercialmente de uma forma discreta (como os resistores) e sim encapsuladas em
componentes chamados de circuitos integrados (CI’s).
Os CI’s que implementam funções lógicas podem possuir uma ou mais portas,
geralmente todas de uma mesma função (figura 15).
NOTA: Esta lista de exercícios faz parte da avaliação da disciplina, deve ser entregue
ao professor.
2) Explicar com suas palavras a definição de “tabela verdade”. Existe uma quantidade
fixa de entradas para as tabelas verdade, ou haverá variação de acordo com cada
processo?
3) Citar o que é uma porta lógica e quais tipos de portas lógicas básicas presentes nos
circuitos eletrônicos. Explicar detalhadamente uma delas.
7) Qual das portas lógicas estudadas é utilizada para “barrar sinais”, ou seja, inverter
sinais? Quantas entradas esta porta-lógica possui?
a) S = (A.B)+(C.D)
b) S = (A + B +C) . (A +C + D)
11) Converter a expressão booleana em um circuito lógico combinacional:
c) S = (A + B) . (A + C).B