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Relatório - Espelho Plano - Laboratório Virtual

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA DE MATERIAIS

JOSÉ ROSA DE SOUZA FARIAS - 20189004695


LAURA ALMEIDA PEREIRA DOS SANTOS - 20179138710

ESPELHOS PLANOS

TERESINA-PI

2021
1. Introdução

Espelho plano é aquele em que a superfície de reflexão é totalmente


plana, polida e sem curvatura, capaz de promover a reflexão regular da luz. Os
raios de luz refletidos por espelhos planos apresentam o mesmo ângulo que os
raios incidentes e, além disso, os raios incidentes e refletidos encontram-se no
mesmo plano [1].

Figura 01 – Reflexão de um raio de luz na superfície de um espelho plano [2].

A imagem é formada quando dois ou mais raios de luz refletidos se cruzam. No


caso dos espelhos planos, a imagem é formada pelo cruzamento do
prolongamento dos raios de luz, isso acontece “atrás” do espelho conforme por
ser visto na Figura 02, em uma distância igual àquela em que o objeto da
imagem está e com o mesmo tamanho [1].

Figura 02 – Formação da imagem em um espelho plano [1].

A associação de espelhos planos lado a lado com uma de suas arestas em


comum faz com que a luz refletida por um espelho E1 atinja um segundo
espelho E2, formando assim uma combinação de imagens refletidas [3].
Figura 03 – Objeto posicionado em frente a dois espelhos planos associados e as imagens
formadas [4].

Considerando α como sendo o ângulo formado por dois espelhos planos


associados, a quantidade de imagens formadas (N) por um objeto P, colocado
entre os dois espelhos, pode ser determinada pela equação 1:

Se o valor de N for um número par, objeto P poderá assumir qualquer posição


entre os dois espelhos. Caso o valor de seja um número ímpar o objeto deve
estar exatamente no plano bissetor do ângulo α formado entre os dois espelhos
[3].

2. Experimento

2.1 Materiais

Para a realização do experimento foram utilizados:

 Espelhos
 Vela.

2.2 Métodos

Os espelhos encontravam-se com a abertura formando o ângulo de


abertura de 120° e uma vela posicionada entre eles, durante o experimento os
espelhos foram movimentados a fim de obter os ângulos de 32, 36, 40, 45, 60,
90 e 120 graus.

3. Resultados e discussões
Na Tabela 01 estão dispostos os dados obtidos durante a realização do
experimento de espelhos planos.

Ângulo ( Quantidade de imagens vistas no espelho


32 10
36 9
40 8
45 7
60 5
90 3
120 2

Tabela 01 – Dados coletados durante do experimento.

A partir da análise dos dados obtidos pode-se observar que conforme vai
se diminuindo gradualmente o ângulo entre os espelhos, mais imagens são
formadas. Do mesmo modo, se o ângulo entre os espelhos for aumentado, o
número de imagens diminui e quando esse ângulo é de 180 graus, apenas uma
imagem é visível. Quando o ângulo entre os dois espelhos é de 180 graus, eles
agem juntos como um único espelho, de modo que apenas uma imagem é
visível. À medida que o ângulo entre os espelhos diminui gradualmente, não
apenas a vela, mas os próprios espelhos são representados um no outro. É por
isso que quando o ângulo entre os espelhos diminui, observa-se imagem
dentro da imagem, e imagem dentro dessa imagem, e assim por diante. Desta
forma, observam-se muitas imagens. Se o ângulo entre os espelhos for
finalmente reduzido a zero (espelhos paralelos), infinitas imagens serão
formadas [6-9].

É possível observar a vela em qualquer posição entre os dois espelhos,


todavia, se forem relacionadas as quantidades de imagens obtidas
experimentalmente com a fórmula empírica 1 temos as seguintes observações:

Se a razão for par: O objeto pode estar em qualquer posição

entre os dois espelhos.


Se a razão for ímpar: O objeto estará exatamente no plano

bissetor do ângulo formado entre os dois espelhos, isto é, no ponto


equidistante dos dois espelhos.

4. Conclusão

Por meio deste experimento, foi possível observar a relação entre a


quantidade de imagens formadas entre dois espelhos planos sob diferentes
inclinações (graus) dos espelhos. Através deste experimento foi possível
concluir que o número de imagens é inversamente proporcional a inclinação
entre os espelhos, devido á própria reflexão dos espelhos, onde infinitas
imagens são formadas se os espelhos estiverem em posições paralelas
(inclinação 0°). Além disso, foi possível concluir também que sob um ângulo de
180° apenas uma imagem é formada uma vez que os espelhos agem juntos
originando apenas uma imagem visível, logo, se o intuito é observar mais de
uma imagem entre os espelhos, não se deve colocar o objeto a uma inclinação
de 180° entre os espelhos. Neste sentido, a realização do experimento permitiu
atrelar o conhecimento teórico ao prático, onde os resultados obtidos foram
satisfatórios.

5. Referencias
[1] HELERBROCK, Rafael. Espelhos planos. Mundo educação UOL. Disponível em:
https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/espelhos-planos.htm. Acesso em 08 de julho de 2021.
[2] "Espelho Plano" em Só Física. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2021. Consultado
em 08/07/2021 às 16:18. Disponível
em http://www.sofisica.com.br/conteudos/Otica/Reflexaodaluz/espelhoplano.php
[3] CAVALCANTE, Kleber G. Associação espelhos planos. Mundo educação UOL. Disponível
em: https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/associacao-espelhos-planos.htm. Acesso em 08
de julho de 2021.
[4] SILVA, Domiciano Correa Marques da. "Cálculo do ângulo limite"; Brasil Escola. Disponível
em: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/calculo-angulo-limite.htm. Acesso em 08 de julho de
2021.
[5] BISQUOLO, Paulo Augusto. Reflexão total, ângulos limite, miragens e fibra óptica.
Educação UOL. Disponível em: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/fisica/reflexao-total-
angulos-limite-miragens-e-fibra-optica.htm. Acesso em 08 de julho de 2021.
[6] SILVA, Domiciano Correa Marques da. Determinando o ângulo; Mundo educação.
Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/determinando-angulo-limite.htm
Acesso em 08 de julho de 2021.
[7] Concepts of physics: Multiple Images with Plane Mirrors. Disponível em:
https://www.concepts-of-physics.com/pw/html/a/ba/uba.html. Acesso em: 08 de julho de 2021.
[8] Halliday, Resnick. Fundamentos de física: Óptica e Física Moderna. 10. ed. Rio de Janeiro:
LTC Editora, 2016, 691f.
[9] Young, H. D.; Freedman, R.A. Física ll: Ótica e Física Moderna. 14a ed. São Paulo,
Addison Wesley, 2015, 392f.

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