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Biologia Nejaii-Volume2

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Governo do Estado do Rio de Janeiro

Secretaria de Estado de Educação

Comte Bittencourt
Secretário de Estado de Educação

Andrea Marinho de Souza Franco


Subsecretária de Gestão de Ensino

Elizângela Lima
Superintendente Pedagógica

Maria Claudia Chantre


Coordenadoria de Áreas do Conhecimento

Assistentes
Cátia Batista Raimundo
Carla Lopes
Roberto Farias

Texto e conteúdo

Aline Assumpção Ribeiro


C.E. David Capistrano

Jeniffer Ribeiro da Cruz


C.E. Brigadeiro Schorcht

Pedro Paulo de Abreu Manso


C.E. Pastor Miranda Pinto

Simone Gonçalves Amorim

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C.E. Professora Luiza Marinho

Capa
Luciano Cunha

Revisão de texto

Prof ª Andreia Cristina Jacurú Belletti

Prof ª Andreza Amorim de Oliveira Pacheco.

Prof ª Cristiane Ramos da Costa

Prof ª Deolinda da Paz Gadelha

Prof ª Elizabete Costa Malheiros

Prof ª Karla Menezes Lopes Niels

Prof ª Kassia Fernandes da Cunha

Prof Marcos Giacometti

Prof Mário Matias de Andrade Júnior

Prof Paulo Roberto Ferrari Freitas

Prof Sammy Cardozo Dias

Prof Thiago Serpa Gomes da Rocha

Esse documento é uma curadoria de materiais que estão disponíveis na internet, somados à experiência
autoral dos professores, sob a intenção de sistematizar conteúdos na forma de uma orientação de
estudos.

©️ 2021 - Secretaria de Estado de Educação. Todos os direitos reservados.

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ORIENTAÇÕES DE ESTUDOS PARA BIOLOGIA
2º Bimestre de 2020 – Módulo II da Educação de Jovens e
Adultos Médio

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 6
2 Aula 1 A célula 7
3 Aula 2 Ciclo Celular: Interfase e Mitose 12
4 Aula 3 Ciclo Celular: Meiose 14
5 Aula 4 Síntese de Proteínas 16
6 Aula 5 Atividades 20
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 21
8 RESUMO 21
9 INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS 21

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DISCIPLINA: Biologia.

ORIENTAÇÕES DE ESTUDOS PARA BIOLOGIA


2º Bimestre de 2020 – Módulo II da Educação de Jovens e
Adultos Médio

META:

Reconhecer a estrutura celular, bem como os mecanismos que a caracterizam


como unidade básica da vida e compreender como as informações genéticas são
transmitidas e expressadas através de proteínas.

OBJETIVOS:

Ao final destas Orientações de Estudos, você deverá ser capaz de:


• Conhecer a célula e suas organelas;
• Entender o processo de expressão gênica a partir da síntese de proteínas;
• Compreender o processo de divisão celular e formação de gametas.

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1. INTRODUÇÃO

Dedicamos essa Orientação de Estudo para aprofundar a aula que você


assistiu ou assistirá sobre as estruturas e os ciclos celulares, bem como sobre o
mecanismo envolvido na síntese proteínas.
Nas aulas do 1° bimestre, você aprendeu que a célula é a unidade básica da
vida, isto é, a menor parte que compõe um ser vivo. Você também estudou a
diferença entre células procariontes e eucariontes, entendendo em que seres vivos
esses tipos de células são encontrados.
Neste material, você aprenderá sobre as estruturas que formam a célula,
como as suas organelas e também sobre a função de cada uma dentro do limite
celular, ou seja, você compreenderá como o trabalho de cada uma delas colabora
para que as células realizem suas funções.
Sendo a menor unidade de um ser vivo, a célula também está sujeita ao ciclo
da vida: nascer, crescer, reproduzir, envelhecer e morrer. Chamamos esse
processo de ciclo celular. Sabemos que nem todos os seres vivos passam por
todas as etapas, assim como algumas células também não passarão. Porém, o
estudo do ciclo celular é importantíssimo para entendermos como uma célula se
divide, dando origem a outras e compartilhando seu material genético.
E por falar em material genético, veremos como se dá o processo de
transcrição do DNA, formando RNA, fundamental para a síntese de proteínas.

Bons estudos!

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2. Aula 1

Aula 1: A célula

Chamamos de citologia o estudo das células e suas características, bem como


suas organelas. Todo ser vivo possui células, porém nem todas as células são iguais.
Assim, primeiramente os dividimos em dois grupos: os procariontes (largamente
representados pelas bactérias) e os eucariontes (seres vivos dos demais reinos). A
principal diferença entre os grupos é a presença da carioteca (membrana nuclear), por
parte dos eucariontes.

Célula Animal Célula Vegetal

Célula procarionte
Fontes: Animal https://cutt.ly/xloBeBa – Vegetal - https://cutt.ly/KloBcOL / Procarionte - https://cutt.ly/nloBOUL

Organismos procariontes também não apresentam nenhum tipo de organela


membranosa. Seu material genético, circular e formado por uma fita única, fica solto no
citoplasma. A única organela comum às células eucariontes é o ribossomo, que será responsável

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pela síntese das proteínas responsáveis por sua sobrevivência. Bactérias aeróbicas (isto é, que
produzem energia na presença de oxigênio) apresentam ainda uma invaginação da membrana
plasmática, chamada de mesossomo. O mesossomo apresenta as enzimas necessárias para a
conversão de produtos orgânicos em ATP. Esta organela também pode participar do processo
de divisão celular.
Antes de falarmos das organelas celulares, vamos entender a composição
citoplasmática. O citoplasma é composto por uma substância fluida. A essa parte fluida e sem
organelas do citoplasma, damos o nome de citosol. Essa substância fluida, porém, não é estática.
Sua movimentação é chamada de ciclose e ela é responsável pelo transporte de substâncias,
bem como de vesículas, no interior da célula. Imersos no citosol, encontram-se os filamentos
proteicos do citoesqueleto. O citoesqueleto é responsável pela manutenção da morfologia
celular, ou seja, é ele quem mantém a forma da célula. Porém, esta estrutura está presente
apenas em células animais, uma vez que em bactérias e plantas essa função é desempenhada
pela parede celular.
Estruturas
1. Material genético
Todo ser vivo apresenta material genético, pois ele é que contém todas as informações para
a sobrevivência de um organismo. Assim sendo, ele será encontrado em todos os tipos de célula.
Nos procariontes, como citado acima, ele fica solto no citoplasma. Nos eucariontes, o material
genético encontra-se armazenado no núcleo (organela celular própria para o armazenamento
desta substância). Sua membrana, porosa, é chamada de carioteca. A presença de poros é
necessária para a migração de substâncias (como o RNA) produzidas dentro do núcleo e que
serão utilizadas no citoplasma.
Dentro do núcleo, há uma região de intensa produção de RNAr, chamado de RNA
ribossômico, que será responsável pela formação de uma organela: o ribossomo. Essa região
é chamada de nucléolo.
2. Ribossomos
Os ribossomos são formados no núcleo, porém realizam sua função no citoplasma. Essas
organelas são responsáveis pela produção de proteínas. Quando livres no citoplasma, os
ribossomos sintetizam proteínas para uso interno.
Estão presentes em todos os tipos de célula.

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3. Retículo Endoplasmático
O retículo endoplasmático é formado por uma vasta rede de
canais membranosos e é responsável pela síntese e pelo transporte
de substâncias. É dividido em dois tipos:
Retículo Endoplasmático Liso: sintetiza e transporta compostos
de origem lipídica para exportação, ou seja, que não será utilizado
dentro da célula. Exemplo: estrogênio (hormônio feminino à base de
colesterol).
Retículo Endoplasmático Rugoso: recebe este nome por
apresentar ribossomos aderidos à sua parede. Desta forma, será Fonte:
https://cutt.ly/ClpTFeK
responsável pela síntese e pelo transporte de proteínas para
exportação, como, por exemplo, o hormônio insulina.
Quando a substância produzida nos retículos é necessária, uma
vesícula se solta e, a partir da ciclose, é levada a outra organela, o
complexo de Golgi.
4. Complexo de Golgi

O complexo de Golgi é uma organela formada por bolsas


membranosas e achatadas, responsável pelo armazenamento e
empacotamento das moléculas a serem exportadas. É nesta

Fonte: organela que recebem o “acabamento final” antes de serem


https://cutt.ly/PlpTgTk liberadas para o meio externo. Assim como ocorre com os retículos,
quando a liberação da substância é necessária, uma vesícula se
solta e se funde à membrana plasmática para ser liberada.

5. Lisossomos
Pequenas vesículas, com formação semelhante à do complexo de Golgi,
responsáveis pela digestão intracelular. Em seu interior encontram-se enzimas
necessárias para a degradação de substâncias que não mais serão utilizadas pelas
células. Quando o tempo de vida das células é alcançado, o lisossomo libera suas
enzimas, degradando as estruturas celulares.
6. Peroxissomos
Vesículas muito similares aos lisossomos, que apresentam uma enzima chamada
catalase, responsável pela degradação do peróxido de hidrogênio (água oxigenada).

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Essa organela é responsável pela desintoxicação celular e está presente em maiores
quantidades em células do fígado e dos rins.
Nas células vegetais, esta organela é chamada de glioxissomo e é responsável pela
transformação de ácidos graxos (gorduras) em precursores da glicose, que será usada
pelo embrião na germinação. Além disso, participa de algumas reações da fotossíntese.

7. Mitocôndrias
As mitocôndrias são organelas de extrema importância
para as células, pois são responsáveis pela produção de
energia (processo que será visto em detalhes em breve).
O interessante sobre mitocôndrias, bem como os plastos,
é que sua incorporação às células eucariontes foi dada a partir
do seu englobamento pela membrana. Tanto mitocôndrias
como os plastos eram, primariamente, seres procariontes
Fonte: https://cutt.ly/RlpE13V aeróbicos. E como procariontes, apresentam estrutura e
material genético diferenciados. Assim, todas as proteínas
mitocondriais são produzidas a partir das informações
genéticas contidas no seu DNA e não no DNA nuclear. Essa
relação então estabelecida entre um organismo procarionte e
um eucarionte (anaeróbico) é explicada pela Teoria
Endossimbiótica. Por ser uma relação de simbiose, a célula

Fonte: https://cutt.ly/klpEvbV oferece os nutrientes para a mitocôndria, em troca de energia.

8. Plastos
Os plastos são organelas que surgiram primariamente com a função de
armazenamento de substâncias. Ao longo dos anos, alguns plastos sofreram
modificações em sua estrutura, que possibilitaram a realização da fotossíntese,
processo metabólico de extrema importância. A esses plastos foi dado o nome de
cloroplastos.
Plastos em geral são encontrados apenas em vegetais.

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9. Centríolos

São organelas, não envolvidas por membrana, responsáveis


pela formação do citoesqueleto. Desta forma, estão presentes
apenas em células animais. É extremamente importante no
processo de divisão celular. A região onde os centríolos se
Fonte: encontram é chamada de centrossoma.
https://cutt.ly/YlpEodS
Em várias células, o centríolo origina e serve de base para um
filamento que pode ser um cílio ou um flagelo.

10. Vacúolo
Organela exclusivamente vegetal, responsável pelo
armazenamento de substâncias, bem como o controle hídrico e
iônico da célula. Sua hipertonia (capacidade de estar mais
concentrado que o meio) atrai osmoticamente água para a
célula. Sua membrana é denominada tonoplasto.
Em células jovens, encontram-se vários pequenos vacúolos.
Com o passar do tempo, eles se fundem, transformando-se num
grande vacúolo, que por consequência, se torna a maior
organela vegetal.
Como existem outros tipos de vacúolo (como, por exemplo,
Fonte: https://cutt.ly/xlpW7iG
o vacúolo contrátil presente em protozoários e esponjas, ambos
de água doce), o vegetal é chamado de vacúolo de suco celular.

11. Membrana Plasmática


A membrana plasmática delimita o espaço celular,
permitindo a entrada e/ou saída de substâncias, por isso, diz-
se que a membrana apresenta permeabilidade seletiva.
É formada por uma dupla camada de fosfolipídios, sendo
seu interior apolar e seu exterior, polar. Apresenta, ainda,
moléculas de colesterol (em animais) imersas, que ajudam a
manter sua fluidez. Proteínas também fazem parte da
composição e serão responsáveis pelo transporte de
determinadas substâncias.

Fonte: https://cutt.ly/MlpWHme

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12 . Parede Celular

Presente em quatro reinos de seres vivos


(ausente apenas em animais), a parede celular
confere resistência e proteção à célula e não
permite alterações morfológicas. Sua
composição varia de acordo com os reinos, mas,
nos vegetais, é formada principalmente por
celulose. Apesar de rígida, a parede celular
Fonte: https://cutt.ly/2lpWz3k
apresenta permeabilidade.

3. Aula 2
Ciclo Celular: Interfase e
Mitose

O ciclo de vida de uma célula é chamado de ciclo celular e podemos dividi-lo,


basicamente, em dois momentos. A interfase e o período de divisão celular, que pode ser a
mitose ou a meiose.
Como pode ser observado na figura abaixo, a célula passa maior parte de sua vida em
interfase. Isso acontece porque a célula precisa se desenvolver antes de se dividir. Uma célula
que passasse por sucessivas divisões, sem ter tempo para se desenvolver, apresentaria
tamanhos cada vez menores.

Fonte: https://static.biologianet.com/2019/12/interfase.jpg

A interfase, por sua vez, é dividida em três períodos:


- Período G1: Ocorre logo após a divisão celular. É nesse período que o metabolismo
(respiração celular, sínteses proteica, fotossíntese) estará mais desenvolvido, para que a célula

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ganhe tamanho e se desenvolva.
- Período S: A letra S vem da palavra síntese, pois é nessa fase que ocorre a síntese de
proteínas necessárias à duplicação do material genético, que também acontece no período S.
- Período G2: É a fase onde ocorre a duplicação dos centríolos, processo que será de
extrema importância na separação dos cromossomos, na divisão celular.

Fonte: https://cutt.ly/ilpQkGn

Mitose

Processo pelo qual uma célula diploide (2n) origina duas células-filha, idênticas, também
diploides. A mitose é importante no crescimento de órgãos e tecidos e como reprodução
assexuada. Assim sendo, é considerada uma divisão equacional. Ocorre apenas em células
somáticas, ou seja, células não-reprodutoras.
-Fases da Mitose
1. Prófase
Na prófase, a célula sofre um aumento no volume citoplasmático e ocorre também o
desaparecimento da carioteca e do nucléolo. Na prófase também começa a migração dos
centríolos para os polos da célula, a formação das fibras do fuso. O material genético começa
sua condensação para a formação dos cromossomos.
2. Metáfase
Na metáfase, os cromossomos atingem o máximo de sua condensação e ficam dispostos na
placa equatorial da célula (nome dado em função da linha do Equador, conhecida por dividir o
planeta ao meio). Assim, podemos entender que os cromossomos estão no centro da célula. Por
outro lado, os centríolos estão nos polos da célula. É nessa fase que as fibras do fuso se ligam
ao centrômero de cada cromossomo, para que eles possam ser divididos.
3. Anáfase
A anáfase é a fase onde ocorre a separação das cromátides-irmãs. Isso acontece a partir da

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redução das fibras do fuso que, diminuindo de tamanho, puxam cada cromátide para um pólo
da célula.
4. Telófase
É na telófase que os cromossomos se descondensam, a carioteca é regenerada e
começa o processo de citocinese, que é a divisão total das células originadas, onde cada
uma fica com o seu material genético.

Fonte: https://cutt.ly/MlpQws6

4. Aula 3

Aula 3: Ciclo Celular: Meiose

Meiose

É a divisão celular que ocorre em células reprodutivas, para a produção de gametas. Na


meiose, uma célula diploide (2n) origina quatro células haploides (n). A divisão meiótica ocorre
por duas fases: a meiose I (reducional) e a meiose II (equacional).

Meiose I

É a mais importante fase da meiose, onde ocorre o que conhecemos como crossing over,
que é a troca gênica entre cromossomos homólogos. A partir dessa permuta, ocorre uma
recombinação gênica, processo que é importante no aumento da variabilidade gênica da
espécie.

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Fases:
1. Prófase I
A prófase I é dividida em 5 subfases:
1. Leptóteno: É a fase onde começa a condensação dos cromossomos.
2. Zigóteno: Ocorre o emparelhamento dos cromossomos homólogos.
3. Paquíteno: Duas cromátides-irmãs podem se ligar (ocorre uma ruptura em suas estruturas) e, a
partir disso, trocar de lugar, realizando o que chamamos de crossing over.
4. Diplóteno: Os cromossomos começam seu processo de separação e ficam ligados apenas pelas
extremidades, chamadas de quiasmas.
5. Diacinese: Os quiasmas se quebram e os
1. Metáfase I
Muito semelhante à metáfase da mitose, porém a
condensação máxima e a presença na placa equatorial é
de cromossomos permutados. As fibras do fuso se ligam a
cada cromossomo, para que haja a separação dos
mesmos.
• Anáfase I
Os cromossomos são separados por inteiro. Não há
rompimento de centrômero. Cada cromossomo homólogo
é separado do seu par. O processo de separação dá-se
da mesma forma que na anáfase da mitose, por redução
das fibras.
• Telófase I
Ocorre a regeneração da carioteca e começa o processo
de citocinese, que originará duas células haploides (n).
Fonte: https://biomania.com.br/artigo/meiose

cromossomos, enfim, se separam.

Meiose II

A meiose II é a fase equacional da meiose, similar à mitose, que ocorrerá com as duas
células que se originaram a partir da meiose I. Portanto, este processo será realizado com células
haploides (n) e não diploides (2n), como na mitose.

Fases:
• Prófase II
Na prófase, a célula sofre um aumento no volume citoplasmático e ocorre também o
desaparecimento da carioteca e do nucléolo. Na prófase também começa a migração dos
centríolos para os polos da célula, a formação das fibras do fuso. O material genético
começa sua condensação para a formação dos cromossomos.

• Metáfase II

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Na metáfase, os cromossomos atingem o máximo de sua condensação e ficam dispostos
na placa equatorial. Por outro lado, os centríolos estão nos polos da célula. É nessa fase
que as fibras do fuso se ligam ao centrômero de cada cromossomo, para que eles possam
ser divididos.

• Anáfase II
A anáfase é a fase onde ocorre a separação das cromátides-irmãs. Isso acontece a partir
da redução das fibras do fuso que, diminuindo de tamanho, puxam cada cromátide para
um pólo da célula.

• Telófase II
É na telófase que ocorre os cromossomos se descondensam, a carioteca é regenerada
e começa o processo de citocinese, que é a divisão total das células originadas, onde
cada uma fica com o seu material genético.

Ao final da meiose II, uma célula diploide terá originado quatro células-filhas haploides
(n).

5. Aula 4

Síntese de Proteínas

Para falarmos de síntese de proteínas, antes devemos comentar sobre o ácido


desoxirribonucleico, ou como é mais conhecido, o DNA. Como foi estudado na parte de
macromoléculas, o DNA é um ácido nucléico, formado por uma sequência de nucleotídeos (A,
T, G, C). Uma sequência de nucleotídeos é chamada de código genético. Esses nucleotídeos
são arranjados em uma dupla fita em forma de hélice e é neles que estão localizados os genes,
que abrigam as informações necessárias para a síntese de proteínas.
Outra importante molécula neste processo é também um ácido nucléico, o RNA. O ácido
ribonucleico apresenta fita simples, que surge a partir do DNA, e tem papel crucial na produção
das proteínas. Ele é divido em três tipos:
1. RNA mensageiro (RNAm): que contém a “mensagem” para produção de proteínas.
2. RNA transportador (RNAt): que será o responsável pelo transporte dos aminoácidos na
construção de proteínas.
3. RNA ribossômico (RNAr): que fará parte da constituição dos ribossomos, as organelas
responsáveis pela produção de proteínas.

A síntese de proteínas

Suponha que você queira fazer um bolo, mas não sabe a receita. Essa receita, por sua
vez, está guardada numa importante biblioteca, onde você não pode levar a original, apenas uma
cópia. Você então tira a cópia, leva para a cozinha e prepara o bolo.
Você pode relacionar cada etapa do processo acima com uma da síntese proteica. O bolo
é a proteína que será produzida, a biblioteca que retém a informação para o preparo é o núcleo
e a receita original está no DNA. A cópia que você tirou, podemos chamar de RNAm. E a cozinha
é o ribossomo, local onde acontece efetivamente a produção de proteínas.
Até pouco tempo, o dogma central da síntese de proteínas seguia o modelo abaixo:

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Dessa forma, o fluxo de informação é unidirecional, saindo do DNA pro RNA e então
para a síntese de proteína. Porém, com descobertas feitas entre as décadas de 60 e 70,
descobrimos que há um fluxo direcional sim, de ácidos nucléicos para proteína, contudo não
mais do DNA para o RNA. Isso possível graças a descoberta da enzima replicase (que replica
o RNA) e da transcriptase reversa, que produz DNA à partir de um molde de RNA. Com isso, o
dogma central agora é representado como o esquema abaixo:

Agora, estudaremos a síntese de proteínas de fato, que é dividida em duas etapas: a


transcrição e a tradução.

A transcrição

Ocorre dentro do núcleo celular, onde a enzima DNA-polimerase rompe as pontes de


hidrogênio que unem as duas fitas do DNA. Uma dessas fitas servirá de base para que a
produção do RNAm aconteça.

Fonte: https://cutt.ly/9lpbqxi

Perceba que na imagem, além do DNA aberto e da fita do RNAm sendo formada, há
também a RNA-polimerase. Esta enzima “escaneia” a fita molde em busca do primer ou promotor
(região específica que marca onde a transcrição deve começar). Também é essa enzima que
adiciona as bases nitrogenadas para a formação do RNA. (Se na fita-molde de DNA eu tenho
uma adenina, a RNA-polimerase adicionará uma uracila; se eu tenho uma guanina, a adição será
de uma citosina. E assim, as bases são ligadas, formando uma fita complementar, só que de
RNA e não de DNA).

É importante
. ressaltar que o sentido de leitura da fita de DNA é SEMPRE 5’ → 3’.
Isto é, se a extremidade 5’ de uma das fitas está voltada para cima, a leitura ocorrerá
de cima para baixo.

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Suponha, agora, que a uma fita molde de DNA contenha a seguinte sequência de genes:

ATGTCGACTCCATAA

O RNAm, então, apresentará a seguinte sequência:

UACAGCUGAGGUAUU

Como dito anteriormente, a transcrição ocorre no núcleo. Após o processo, a fita de


RNAm sai, então, pelos poros da carioteca em direção aos ribossomos, organelas que farão a
leitura da fita e sintetizarão as proteínas.
Cada trinca de bases nitrogenadas é chamada de códon. Assim, uma molécula de RNAm
é formada por vários códons.

A Tradução

Ocorre nos ribossomos, estejam eles livres no citoplasma ou acoplados à membrana do


retículo endoplasmático rugoso. O RNAm vai se ligar à extremidade menor do ribossomo e
correrá por entre a extremidade menor e a maior como uma fita, que será “puxada” ao decorrer
do processo.

Fonte: https://cutt.ly/JlpvoGu

O códon será identificado e o RNAt, portando o anti-códon (sequência complementar do


códon), trará o aminoácido indicado. Assim, para cada códon, o RNAt que contém o anti-códon
traz o aminoácido correspondente. Esse processo será feito até que se acabe a leitura do RNAm
e a proteína fique pronta.
Mas, nem todo códon indica um aminoácido. Alguns deles podem indicar a parada na
produção. Esses são os que chamamos de códons de parada, que indiciam que a leitura se
encerra ali.
A duplicação do DNA
O processo terá início de maneira similar à transcrição: a DNA-polimerase irá romper as
pontes de hidrogênio, separando as duas fitas. Cada uma, agora, receberá uma fita
complementar, formada de maneira semelhante à formação do RNAm, só que ao invés de

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uracila, a timina que será a complementar da adenina.
Suponha que tenhamos a mesma sequência citada anteriormente:

ATGTCGACTCCATAA
A fita complementar, agora, será formada por:

TACAGCTGAGGTATT

Em um dado momento, ocorrerá um corte nas fitas provenientes da fita original e duas
novas moléculas de DNA serão formadas. Essa duplicação é chamada de semiconservativa,
pois preserva apenas um filamento da fita original em cada molécula. A leitura da fita de DNA
para a duplicação também respeita o padrão 5’→ 3’.

Fonte: https://cutt.ly/0lpc1PB
O DNA e o Código Genético

O código genético é conhecido como código genético degenerado. Isso acontece porque
se fossem recombinados todos os nucleotídeos, haveria 64 tipos de aminoácidos. Porém, como
mais de uma sequência pode ser responsável pelo mesmo aminoácido, diz-se que o código
genético é degenerado, pois ele não é totalmente aproveitado. (Por exemplo os códons UUA e
UUG indicam o mesmo aminoácido: a leucina).

Tabela de codificação de aminoácidos. A combinação é feita lendo-se a primeira coluna,


a primeira linha e a última coluna. (Fonte: https://cutt.ly/plpcPBY)

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6. Aula 5

Atividades

Atenção!
Para fixar os conteúdos estudados neste material, você agora fará algumas
atividades sobre os assuntos.

Atividade 1 – Questão
Costuma-se dizer que as células são formadas por membrana, citoplasma e núcleo.
Entretanto, não são todas as células que apresentam um núcleo definido e delimitado
por membrana nuclear. Baseando-se nisso, o mais correto seria afirmar que todas as
células possuem membrana, citoplasma e material genético.
As células que apresentam núcleo definido são chamadas de
a) autotróficas.
b) heterotróficas.
c) eucarióticas.
d) procarióticas.
e) termófilas.

Atividade 2 – Questão
Qual das estruturas relacionadas a seguir está presente tanto em células procariontes
como em células eucariontes?
a) Mitocôndria
b) Complexo golgiense
c) Lisossomo
d) Ribossomo
e) Peroxissomo

Atividade 3 – Questão
Leia a tirinha abaixo e responda no seu caderno.

https://pt-static.z-dn.net/files/dd3/27cd1e1c18db43bd5f1361902a27581b.jpg

Que evento biológico aconteceu após a primeira bactéria ter falado que iria se duplicar?
Justifique sua resposta.

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7. Considerações Finais

A videoaula referente a esse bimestre vai falar brevemente sobre a célula


e suas organelas, os processos de divisão celular e a síntese de proteínas. Essas
aulas ainda contam com podcasts para ajudar a resolver as questões, debater sobre
o assunto e aprofundar um pouco mais sobre a temática.

Não deixem de consultar! Grande abraço!

8. Resumo

Nestas Orientações de Estudos do 2° Bimestre do Módulo II, você foi convidado


a aprender sobre os tipos de célula, as organelas e as funções que desempenham,
auxiliando a célula na manutenção da vida. Você também aprendeu sobre o ciclo celular,
entendendo como a célula se divide por mitose e por meiose. Por fim, você teve a chance
de compreender como a informação genética contida no DNA é utilizada para a produção
de proteínas que desempenharão diferentes funções no nosso corpo.

9. Recomendações Bibliográficas

AMABIS, J.M.; MARTHO,G.R. Fundamentos da Biologia moderna. 1ª edição,


Editora Moderna, 2016.

CÉSAR, SEZAR, CALDINI: Biologia Ensino Médio. Editora Saraiva PNLD 2018,
2019 e 2020.

LINHARES, S. ; GEWANDSZNAJDER, F. ;PACCA, H.; Biologia Hoje: Os seres vivos


– Ensino Médio. Ed. Ática, 3ª Edição PNLD 2018, 2019 e 2020.

Consulte também o livro didático adotado pela sua escola.

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