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Sarb 04 2009

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NORMATIVO SARB 004/2009, revisto e atualizado em 17 de junho de 2015.

O Sistema de Autorregulação Bancária da Federação Brasileira de Bancos -


FEBRABAN institui o NORMATIVO DE ATENDIMENTO AO CONSUMIDOR NA REDE DE
AGÊNCIAS BANCÁRIAS e estabelece diretrizes e procedimentos a serem adotados
por suas Signatárias nos relacionamentos com os consumidores.

I. DO ACESSO DOS CONSUMIDORES ÀS AGÊNCIAS BANCÁRIAS

Art. 1º O acesso dos consumidores às agências bancárias deve ser assegurado pelas
Instituições Financeiras Signatárias com a adoção de medidas que prevejam
instalações físicas técnica e arquitetonicamente adequadas e que possibilitem a
efetiva utilização dos serviços por qualquer cidadão, com segurança e tranquilidade.

Seção I – Das Informações ao Consumidor

Art. 2° As Instituições Financeiras Signatárias devem divulgar, em suas dependências


e nas dependências dos estabelecimentos onde seus produtos são ofertados, em local
visível e em formato legível, de forma física ou eletrônica, entre outras, as
informações sobre:

I - situações que impliquem recusa à realização de pagamentos ou à recepção de


cheques, fichas de compensação, documentos, incluindo os de cobrança, contas e
outros; e

II - os números de telefone para acesso ao SAC, à Ouvidoria e ao PROCON.

Seção II – Do Local de Atendimento

Art. 3º As Instituições Financeiras Signatárias devem assegurar aos consumidores


bebedouro e sanitário adaptados, conforme normas técnicas de acessibilidade da
ABNT.

Parágrafo único. A instalação de sanitários está sujeita às disponibilidades físicas e


às limitações existentes em prédios tombados pelo Patrimônio Histórico, Artístico e
Cultural, assim como em ambientes de terceiros, como shopping centers,
supermercados e condomínios comerciais.

Art. 4° Serão disponibilizados, no mínimo, 2 (dois) assentos para clientes


prioritários, devidamente identificados e próximos aos guichês de caixa.

II. DA LIBERDADE DE ESCOLHA DO CONSUMIDOR AO TIPO DE ATENDIMENTO NAS


AGÊNCIAS

Art. 5° Deve ser assegurada ao consumidor uma ampla opção de escolha pelo tipo de
atendimento mais adequado à sua necessidade nas agências bancárias das
Instituições Financeiras Signatárias.

§1° É vedada a restrição ao atendimento dos consumidores nos guichês de caixas,


tais como:

I - a imposição de utilização compulsória de outros canais de serviços;


II - o estabelecimento de valores e/ou transações máximos ou mínimos para
recebimento; e

III - o agendamento como única forma compulsória de atendimento ao consumidor.

§2° Não é considerada restrição ao atendimento dos consumidores nos guichês de


caixa as hipóteses descritas no artigo 14 e parágrafos deste Normativo, bem como, as
elencadas em atos normativos e legislações especificas que disciplinem exceções ou
imponham procedimentos diferenciados para a prestação de determinados serviços.

II. DO ATENDIMENTO PRIORITÁRIO

Art. 6° O atendimento prioritário para pessoas com deficiência ou com mobilidade


reduzida, temporária ou definitiva, idosos, com idade igual ou superior a 60
(sessenta) anos, gestantes, lactantes e pessoas acompanhadas por criança de colo
deve:

I – disponibilizar guichê de caixa para atendimento preferencial; ou

II - implantar outro serviço de atendimento personalizado.

Parágrafo único. O tempo de espera do atendimento prioritário deve ser menor que
o existente para o atendimento convencional.

III. DA ACESSIBILIDADE

Art. 7° Os bancos devem garantir a adaptação de suas agências bancárias para o


atendimento dos requisitos de acessibilidade, conforme regras previstas na ABNT e
demais normas em vigor.

Parágrafo único. Serão observadas, entre outras, as seguintes regras de


acessibilidade:

a) Rampas de acesso ou equipamentos eletromecânicos de deslocamento


vertical;
b) Caixas eletrônicos adaptados para deficientes;
c) Guichês ou móveis adaptados;
d) Funcionário com conhecimento de Libras (Língua Brasileira de Sinais) para o
atendimento aos deficientes auditivos;
e) Vagas para uso preferencial, quando existir estacionamento próprio; e
f) Funcionários capacitados para o atendimento de pessoas com deficiência.

IV. DA QUALIDADE DO ATENDIMENTO

Art. 8° O atendimento deve ser prestado a todos os consumidores que demandarem


suas agências no período em que estiverem abertas para o público externo, sendo
vedado:

I - horário para recebimento de tributos e pagamentos, exceto aqueles normatizados


pelo Conselho Monetário Nacional; e

II - cobrança de valores para recebimento no guichê de caixa de títulos e boletos de


cobrança de cedência de outros bancos.
Art. 9° A agilidade no atendimento deve ser buscada pelas Instituições Financeiras
Signatárias, com medidas que reduzam o tempo de espera do consumidor em filas.

Seção I – Do Tempo de Espera para Atendimento nos Guichês de Caixa

Art. 10 Nas praças que não possuam regulamentação por lei estadual ou municipal, o
tempo máximo de espera para atendimento nos guichês de caixa será de até 20
(vinte) minutos em dias normais e de até 30 (trinta) minutos em dias de pico.

Parágrafo único. São considerados dias de pico a véspera ou dia útil pós-feriado, o
último dia útil do mês e do dia 1º ao dia 10 de cada mês.

Art. 11 O consumidor terá à sua disposição, para fins de medição de tempo de espera
de atendimento, o registro de data e horário de chegada na fila e do início do efetivo
atendimento no caixa.

Parágrafo único. Para cumprimento da obrigação prevista no caput do presente


artigo, as Instituições Financeiras Signatárias devem disponibilizar equipamentos
emissores de ticket/senha, em local adequado, visível e informado para o
consumidor.

Seção II – Da ampliação do Horário de Atendimento

Art. 12 As Instituições Financeiras Signatárias devem adotar, consideradas as suas


particularidades, prática de ampliação do horário de atendimento em suas unidades
para determinados dias do mês, especialmente os considerados de “pico”, nas
agências e/ou praças que requeiram a ampliação de sua capacidade de atendimento.

Parágrafo único. A adoção da prática prevista no caput do presente artigo será


prévia e amplamente divulgada aos consumidores.

Seção III – Da utilização dos Guichês de Caixa

Art. 13 O acesso aos guichês de caixa para a realização de pagamentos ou


recebimentos deverá ser assegurado aos consumidores, exceto nos casos previstos na
“Convenção entre Instituições Financeiras do Sistema Financeiro Nacional - SFN –
boletos de pagamentos”, e na apresentação de:

I – boletos de cobrança emitidos por outra Instituição Financeira e apresentados para


pagamento com cheque sacado de outra instituição;

II - pagamentos de documentos de arrecadação sem convênios celebrados; e

III – pagamentos de documentos de arrecadação com convênio, mediante cheque cuja


emissão não pertença ao consumidor/contribuinte e/ou de valor que não coincida
com o valor da conta/tributo cobrado.

§1º Nos casos de restrição de atendimento será obrigatória a informação prévia e


adequada aos consumidores.

§2º Os convênios realizados entre as Instituições Financeiras Signatárias e as


empresas poderão estipular modalidades específicas de atendimento para os serviços
de cobrança e de recebimento do consumidor.
§3º Nos convênios referidos no paragrafo segundo deste artigo, as informações sobre
as condições de cobrança e de recebimento devem ser asseguradas ao consumidor de
forma prévia, adequada e clara nos instrumentos de pagamento e nos meios de
informação e comunicação das agências, pelo menos 30 (trinta) dias antes e 30
(trinta) dias após a mudança de modalidade de atendimento.

Seção IV – Do Recebimento de Contas com Cheque

Art. 14 As Instituições Financeiras Signatárias devem receber várias contas com um


mesmo cheque, desde que sacado contra a própria agência, sem prejuízo das demais
normas aplicáveis ao recebimento de contas com cheque.

Parágrafo único. O recebimento de contas diversas com cheques de outra agência ou


banco deve considerar as rotinas de cada Instituição Financeira Signatária e as
particularidades dos convênios celebrados com as empresas contratantes.

Art. 15 O recebimento de boletos bancários mediante utilização de cheques deve ser


realizado conforme as regras contratuais firmadas entre a Instituição Financeira
Signatária e a entidade arrecadadora.

Art. 16 Os procedimentos previstos nesta seção devem ser previamente informados


aos consumidores, especialmente nos casos de alteração de convênios e acordos
contratuais entre a Instituição Financeira Signatária e a entidade arrecadadora.

Parágrafo único. Nos casos de convênios e acordos contratuais, a informação deverá


ser disponibilizada com pelo menos 30 (trinta) dias de antecedência e nos 30 (trinta)
dias subsequentes à entrada em vigor da nova regra.

V. DA REALOCAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS PARA OS CAIXAS E ATENDIMENTOS AO


CONSUMIDOR

Art. 17 As Instituições Financeiras Signatárias devem assegurar que, nos chamados


dias de “pico”, o maior número possível de funcionários de caixa esteja em seus
guichês e os demais funcionários da agência apoiem as atividades de atendimento,
para diminuir o tempo de espera em filas.

VI. DA UTILIZAÇÃO DOS CAIXAS DE AUTOATENDIMENTO

Art. 18 As Instituições Financeiras Signatárias devem garantir a eficiência


operacional dos equipamentos que funcionam durante os fins de semana e feriados,
de modo a garantir a sua efetiva utilização pelos consumidores.

Parágrafo único. O abastecimento adequado dos caixas eletrônicos com dinheiro,


principalmente nos dias de pagamento de funcionalismo público e privado, bem como
de beneficiários do INSS, deve ser assegurado pelas Instituições Financeiras
Signatárias.

Art. 19 Fica a critério de cada Instituição Financeira Signatária estabelecer os dias e


horários de funcionamento dos terminais ou caixas de autoatendimento, consideradas
as peculiaridades do local de operação, inclusive com relação à segurança bancária e
dos consumidores.
Parágrafo único. A periodicidade de funcionamento dos caixas de autoatendimento
deve ser informada ao consumidor mediante afixação de quadro de avisos no local de
uso do equipamento ou por qualquer outro meio disponível que assegure o seu
conhecimento.

VII. DA ORIENTAÇÃO SOBRE A UTILIZAÇÃO DE CANAIS ALTERNATIVOS DE


ATENDIMENTO

Art. 20 A orientação do uso dos canais alternativos ou de conveniência da Instituição


Financeira Signatária deve ser adotada como política de estímulo à manutenção da
boa qualidade no atendimento e de forma não impositiva ao consumidor.

§1º A orientação deve ser prestada por pessoal especialmente treinado e identificado
pela Instituição Financeira Signatária.

§2º Para o atendimento aos idosos e deficientes visuais serão desenvolvidas e


implantadas medidas educativas que permitam o uso autônomo dos canais de
autoatendimento.

§3º Será promovida a comunicação frequente com os consumidores sobre a utilização


dos canais alternativos e de conveniência e os cuidados com a segurança na
realização das transações.

VIII. DOS PROCESSOS DE GESTÃO E DE INCENTIVO

Art. 21 A gestão do tempo de espera para atendimento nos guichês de caixa é


prática fundamental para a qualidade do atendimento e satisfação dos consumidores.

§1º Para o controle do tempo de espera para atendimento nos guichês de caixas, a
Instituição Financeira Signatária deve utilizar metodologia própria que garanta a sua
aferição.

§2º Os resultados das equipes de atendimento das agências devem ser considerados
como incentivos e inseridos em programas próprios de cada Instituição Financeira
Signatária.

X. DO SISTEMA DE MONITORAMENTO E RELACIONAMENTO COM O SISTEMA


NACIONAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Seção I – Das Mesas de Diálogos

Art. 22 As Instituições Financeiras Signatárias, mediante iniciativa própria ou por


solicitação dos coordenadores estaduais da política de defesa do consumidor –
Procons Estaduais, devem instalar mesas de diálogo locais para a discussão das
questões relativas ao atendimento e tempo de espera em filas da praça.

§1º As mesas de diálogo envolverão os executivos e gerentes das agências das


Instituições Financeiras Signatárias e os convidados da autoridade estadual de defesa
do consumidor, tais como o PROCON Municipal, as Defensorias Públicas dos Estados, o
Ministério Público e entidades civis pertencentes ao SNDC - Sistema Nacional de
Defesa do Consumidor.
§2º Como medida de transparência da relação com o Sistema Nacional de Defesa do
Consumidor, ao final de cada mesa de diálogo poderá ser elaborado e divulgado de
forma conjunta e mediante consenso de todos os participantes, um documento com
seus principais resultados e medidas.

Seção II – Do Acompanhamento pelas Ouvidorias

Art. 23 As Ouvidorias das Instituições Financeiras Signatárias devem ter


conhecimento dos resultados de reclamações de atendimento aos consumidores das
agências de suas respectivas instituições, acionando os gestores responsáveis para as
providências cabíveis quando constatar ocorrências em desacordo com o presente
Normativo.

Parágrafo único. As Ouvidorias também constituem importante canal direto de


contato das Instituições Financeiras Signatárias com os Procons.

Seção III – Do Acompanhamento Institucional do Sistema de Autorregulação


Bancária da FEBRABAN

Art. 24 A Diretoria de Autorregulação deverá acompanhar os resultados das


instituições por meio de monitoramento, a ser realizado anualmente, nas 5 (cinco)
regiões do país.

XI. DAS SANÇÕES

Art. 25 O descumprimento do presente Normativo sujeitará as Instituições


Signatárias às sanções previstas no Capítulo IX do Código de Autorregulação Bancária.

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