Cabeamento Estruturado e Projeto para Redes Locais
Cabeamento Estruturado e Projeto para Redes Locais
Cabeamento Estruturado e Projeto para Redes Locais
Machado
CABEAMENTO ESTRUTURADO E PROJETO PARA REDES LOCAIS -
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reservados.
Revisada em 17.03.98
E
ste curso tem por objetivo capacitá-lo a implantar e proceder
com a manutenção de sistemas de cabeamento estruturado
para redes locais. Com um abordagem totalmente prática,
são apresentados os componentes equipamentos e procedimentos
empregados na confecção de sistemas de cabeamento.
Cesar Machado
Janeiro de 1996
Teve início em 1969 com as primeiras redes de computadores nos EUA. Em 1973 a Xerox
lança o Ethernet, primeiro protocolo criado para permitir a interligação de computadores em
redes locais através de cabos coaxiais. As primeiras placas Ethernet para micros contudo
só seriam comercializadas em 1982. Neste mesmo ano a IBM lança o Token-ring um
protocolo proprietário com o mesmo objetivo do Ethernet, empregando porém cabos
trançados blindados.
Tem início com a comercialização das primeiras placas Ethernet e modelos similares em
1982. O cabo coaxial permitia a transmissão de dados a “incrível” taxa de 10 Mbps. A partir
de 1984, grandes empresas como AT&T lançam amplas linhas de produtos para sistemas
de cabeamento estruturado. Em 1986 surgem as primeiras padronizações para sistemas de
cabeamento de caráter internacional.
Em 1989 começam a ser comercializadas as primeiras placas de rede para operarem com
cabos trançados não blindados. No mesmo ano surgem as primeiras redes de tecnologia
FDDI capazes de operar a alta velocidade (100 Mbps). É criada a classificação de cabos
por meio de Categorias. Em 1993 a implantação de novas rede passam a ser 100% com
cabos trançados. As grandes redes cabos coaxiais são susbstituídas até 1995. Em 1996
começam a surgir redes de 100 MBps no Brasil.
Rede Local de Computadores, ou simplesmente, Rede Local, pode ser definido como um
conjunto de dois ou mais computadores interligados por meio de um canal de comunicação
sustentado por hardware e software específicos. Seu objetivo é permitir a comunicação,
transferência de arquivos, compartilhamento de arquivos, programas e periféricos entre as
máquinas que compõem a rede, de forma fácil, prática, rápida e eficiente. Em Inglês
emprega-se o termo LAN (Local Área Network).
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Como mostra a figura acima, atualmente (1997) as redes locais são compostas por doze
elementos básicos:
02 - SERVIDOR: Qualquer micro onde roda um SOR e que centralize operações de rede.
03 - PLACA DE REDE: Periférico que permite aos micros (estações e servidores) acessar
o meio de transmissão (canal de comunicação) da rede.
09 - TRÁFEGO: Os dados que trafegam pela rede sob a forma de pacotes de dados.
11 - SO: Sistema Operacional cliente. Software básico que roda nas estações. Exemplos:
Windows For Workgroups, Windows 95, etc.
Existem diversos tipos de meio de transmissão, cada qual com suas características
próprias, tais como estas:
-Custo
-Capacidade
-Facilidade de Instalação
-Atenuação
-Imunidade à Ruídos
CABO COAXIAL
10 MBps
100 MBps
Facilidade de Instalação: Quanto mais fácil for a instalação do meio, menor será o custo
de implantação, expansão e manutenção.
Atenuação: São as perdas do sinal que trafega pelo meio e que são impostas por suas
características elétricas nos cabos metálicos e óticas nos não metálicos.
Os ruídos podem ainda ser classificados em quatro tipos. Ruído térmico, provocado pela
agitação dos eletrons do condutor, presente em todos os canais de comunicação. Ruído de
intermodulação, presente em sistemas multiplexados, Ruído de Diafonia onde o sinal de um
condutor interfere no de outro. Ruído Impulsivo, aquele gerado de forma aleatória por
sistemas de energia, iluminação, máquinas, etc.
TIPOS DE MEIO
-Condutores metálicos
-Condutores óticos
-Canais de rádio
-Canais de luz
Condutores Metálicos: Qualquer condutor que utilize um elemento metálico que conduza
eletricidade. O condutor mais utilizado é o cobre. A forma como o condutor é disposto
determina o tipo do cabo. Assim podemos ter os cabos coaxiais e os cabos trançados.
Condutores Óticos: Qualquer condutor que utilize uma fibra ótica para conduzir sinais
luminosos. A expessura e técnica de fabricação determinam as características óticas do
cabo.
Canais de Rádio: Qualquer faixa de frequência por onde tranfeguem os sinais de dados.
Canais de Luz: Canal formado por feixes de luz infravermelha ou Laser irradiados de forma
unidirecional ou multidirecional (broadcasting), através da própria atmosfera.
Nos condutores metálicos são utilizados sinais cujas características se adequam a este tipo
de meio. Os dados existentes nos dispositivos de rede são convertidos pelas placas de
rede em sinais banda-base e estes são transmitidos pelo meio. Sinal banda-base é um sinal
digital que não sofre nenhuma mudança de frequência (modulação) mas sim de forma, ou
seja, ela é alterada obedecendo-se a uma codificação, de forma que o sinal possa passar
pelo cabo com a menor atenuação possível.
T1 T2
Nos últimos anos porém, a crescente necessidade por multi meios de comunicação nas
empresas (dados, telefonia, fax, vídeo, video-conferência, etc) incrementou dramaticamente
a necessidade de se criar e manter uma infra-estrutura física de comunicações organizada e
eficiente. Por outro lado com o aumento do fluxo de informações de todos os tipos, surgiu o
inevitável aumento de banda (maior velocidade) o que acarretou novas preocupações que
não existiam no passado.
Estatísticas apontam para o fato de que o sistema de cabeamento chega a responder por
até 47% do total de falhas de uma rede.
CABEAMENTO
......
47%
Com a utilização de hubs, bridges, routers, switches e outros dispositivos ativos, pode-se
interconectar redes com topologias e sistemas de cabeamento distintos num mesmo
sistema de cabeamento estruturado.
A rede estruturada pode ser dividida em três níveis ou áreas: primária, secundária e
terciária.
Rede Primária: Interliga instalações prediais através de uma área ampla, geralmente
pública, através de cabos óticos ou outros meios.
DISTRIBUIDOR DISTRIBUIDOR
INTERNO INTERNO
CABEAMENTO
VERTICAL 500 METROS REDE SECUNDÁRIA
500 METROS
90 METROS
CABEAMENTO
HORIZONTAL
TOMADAS
REDE TERCIÁRIA
......
DISTRIBUIDOR
TOMADAS
......
......
BACKBONE ......
......
VERTICAL
......
......
......
......
Cabos: São a base do sistema de cabeamento. Numa rede estruturada podemos ter todo
tipo de cabos de rede para atender as especificações dos protocolos Ethernet, Token-Ring,
Fast-Ethernet, FDDI, ATM, etc, além de cabos de voz, vídeo, etc. Na prática encontramos
frequentemente os cabos trançados, óticos e coaxiais, nesta ordem.
Conectores: Os conectores são o ponto mais crítico de uma rede local. Conectores de
baixa qualidade podem apresentar problemas tais como mal contato, rachaduras e
rompimentos. Mal instalados podem acarretar em ruídos e mal contato intermitente
provocando problemas na rede. Cada cabo exige o emprego de um conector específico. A
montagem deste conector no cabo chama-se conectorização.
A 0 ......
2 0
Patch Panel: Os patch panels são o coração de uma rede estruturada pois, através deles o
sistema de cabos pode ser reconfigurado. São utilizados junto aos blocos de distribuição e
em áreas de distribuição a nível horizontal para interligar as estações da rede. Os patch
panels devem ser capazes de estabeler ligações rápidas, confiáveis e seguras garantindo
uma performance satisfatória com taxas de operação de 100 Mbps. Existem inúmeros
fabricantes de patch panels. Eles são adquiridos conforme o número de portas desejadas.
Os valores mais comuns são 12, 16, 24 e 48 portas.
Patch Cord: Pequeno segmento de cabo que interliga uma patch panel a outro ou um hub
ao patch panel. O mesmo que Cord Panel.
IDENTIFICADORES
FUROS PARA
PARAFUSOS TOMADAS
TAMPA CEGA
PORTA
DE ACRÍLICO BARRA COM
FURAÇÃO
CALHA COM
TOMADAS ELÉTRICAS FUNDO VAZADO
PARA PASSAGEM DE CABOS
Tomada: Ponto de conexão entre o segmento de cabo que vem do painel de distribuição
com o que vai dai até a estação. Normalmente utiliza-se tomadas de parede e
opcionalmente tomadas de chão. Existem diversos tipos, das mais simples até as mais
sofisticadas, com um único ou múltiplos conectores fêmea. Em inglês, o mesmo que
Telecommunication Outlet (tomada de telecomunicações).
Rede Vertical: É o backbone que interliga os diversos andares de uma instalação predial.
Cabeamento Pleno: É o cabo constituído por materiais resistentes ao fogo e que liberam
pouca fumaça ao queimar. Nos EUA o NEC (National Electric Code) determina as normas e
codificações para estes cabos.
BARRA
ESTRELA
ANEL
Ao definirmos qual será a topologia física a ser implementada praticamente estará definido
qual será o tipo de cabeamento a ser utilizado e vice versa.
Hoje (1997) devido a larga utilização de cabos trançados e hubs, a topologia estrela é a
mais empregada (95%). Em redes pequenas de até 5 micros, a topologia barra com cabos
coaxiais ainda é empregada devido ao seu baixo custo. A Topologia Anel por fim
praticamente inexiste no Brasil, sendo rara também no exterior, restrita as redes token-ring e
FDDI.
COAXIAL
CABOS TRANÇADO
ÓTICO
CABO COAXIAL
Primeiro tipo de cabo empregado em redes locais por já existir, sendo então usado noutras
aplicações. O cabo coaxial é formado por um condutor elétrico central sólido ou de fios
torcidos que atua como “vivo” e por uma malha composta por fios de aço que serve como
"terra" do sinal, ou seja, é o retorno para o sinal elétrico. A malha, que se interliga a carcaça
dos conectores deve ser aterrada para eliminar eventuais diferenças de potencial elétrico
entre os micros e para proporcionar um isolamento elétrico contra interferências
eletromagnéticas sobre o condutor. Entre o condutor central e a malha existe uma ou mais
camadas de plástico isolante e, externamente ao conjunto, uma camada de isolamento
plástico flexível na cor preta, amarela ou vermelha.
REVESTIMENTO ISOLANTE
CONDUTOR
MALHA CENTRAL
IMPORTANTE: Nunca utilize um cabo diferente do exigido pelo padrão da rede pois a
mesma não funcionará corretamente.
Das redes que empregam cabos coaxiais, a mais comum (99%) é a Ethernet. Este tipo de
rede emprega dois tipos de cabos coaxiais, denominados pelo IEEE de 10Base2 e
10Base5.
10Base2: Usado para interligar as estações e o servidor entre si. Tem uma
expessura externa de 4,3 mm. Esta designação tem relação com a velocidade de 10 MBps.
Também é conhecido por: BNC; RG58A/U ou simplesmente RG58; Thin Ethernet;
Cheapernet ou Cabo Coaxial Fino. Este excesso de nomes as vezes confunde os leigos.
TERMINADOR
Os cabos coaxiais 10Base2 e 10Base5, tem uma impedância de 50 ohms. Desta forma os
conectores empregados neste cabeamento devem ser obrigatoriamente do mesmo valor.
Caso haja diferenças significativas nestes valores, por exemplo, da ordem de 20%, as
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estações não conseguem se comunicar devido a degradação dos sinais elétricos
transmitidos.
CABO AUI
O AUI (Attachement Unit Interface) é um cabo multivias que possui quatro circuitos de
sinalização diferencial, força e aterramento. Dois circuitos portam dados, dois portam
informações de controle e quatro proporcionam tensão de alimentação.
Nas extremidades são colocados dois conectores do tipo DB-15 (15 pinos), também
denominado conector DIX. A codificação e a velocidade do sinal são as mesmas das do
cabo coaxial 10Base5. É empregado na interligação de dispositivos de rede a curta
distância. Geralmente se faz presente em transceivers (aparelhos que convertem um tipo de
cabo noutro). O alcance máximo do cabo AUI é 50 metros.
A sinalização do AUI é distribuída de forma diferente pelos padrões Ethernet V2.0 e IEEE
802.3. A regra para se descobrir qual pinagem usar é: Se o dispositivo utiliza o pino 1, o
padrão é o Ethernet V2.0 e se utiliza o pino 4 é IEEE 802.3. Um “*” indica os pinos
indispensáveis par operação no padrão Ethernet V2.0.
CABOS TRANÇADOS
São cabos formados por 2 ou 4 pares de fios telefônicos entrelaçados dois a dois. Uma ou
duas camadas de isolante plástico envolvem os condutores. Existem duas variações deste
cabo, denominadas UTP (Unshielded Twisted Pair - par trançado não blindado) e STP
REVESTIMENTO
PARES
Os cabos UTP utilizam duas técnicas para reduzir a interferência por ruídos: cancelamento e
trançamento.
Trançamento: O trançamento dos condutores, aos pares, faz com que seus próprios
campos e outros ruídos externos tenham menor influência do que se ambos estivessem
paralelos e, portanto, sujeitos a campos e ruídos devido a uma posição perpendicular.
PERFORMANCE
A performance dos cabos trançados (UTP e STP) está intimamente relacionada com o tipo
de material empregado na sua fabricação, onde até a constituição do revestimento influi. Foi
por isto que, somente após muita pesquisa e desenvolvimento é que os cabos trançados
tornaram-se confiáveis o suficiente para operar com sinais de rede. A fim de assegurar a
adequação dos cabos, deve-se portanto verificar em que categoria se enquadram e se tem
a certificação UL.
CATEGORIAS DE CABOS
Categoria 1 - Usado para transmissões a baixa velocidade
Categoria 2 - Usado para transmissões de até 4 Mbps
Categoria 3 - Usado para transmissões de até 16 Mbps
Categoria 4 - Usado para transmissões de até 20 Mbps
Categoria 5 - Usado para transmissões de até 100 Mbps
Os cabos UTP categoria 3 normalmente tem apenas 2 pares de fios e se prestam para
aplicações em redes Ethernet operando a 10 MBps. Os cabos categoria 5 tem 4 pares de
fios e permitem a operação de redes a uma velocidade de até 100 MBps. Redes ATM
porém já são comercializadas para operar a 155 Mbps ou mais. Estes sinais podem sofrer
CABOS 10BASET/100BASET
Dentre os inúmeros cabos trançados as redes Ethernet exigem cabos que obedeçam a
norma do IEEE 10BaseT, definida em 1990 (Padrão IEEE 802.3i). Esta denominação
10BaseT deve-se as seguintes características: Sinalização Ethernet de 10 MBps para pares
trançados em topologia estrela.
As redes que empregam cabos 10BaseT tem de usar, obrigatoriamente, um Hub para
distribuir os cabos a partir do servidor. O alcance máximo recomendado é de 100 metros
para redes Ethernet e Fast Ethernet e 200 metros para redes100VG-AnyLAN. Este alcance
pode ser ampliado com o uso de hubs ligados em cascata, atuando como repetidores.
Nas extremidades do cabo são fixados conectores telefônicos com oito pinos denominados
RJ45. Cada pino corresponde a um tipo de sinal. A tabela apresentada a seguir mostra os
pinos que devem estar presentes obrigatoriamente para os padrões Ethernet e Fast
Ethernet.
PINO 1
TRAVA
CONECTOR RJ45
Pino Sinal
Cabling 96 – Cesar S. Machado 26
1 Transmissão -
2 Transmissão +
3 Recepção -
4
5
6 Recepção +
7
8
Os pinos 4, 5, 7 e 8 não são empregados pelo Ethernet nem pelo Fast Ethernet, podendo
ser utilizados para o emprego de placas Full-Duplex por exemplo.
O cabo categoria 5 tem quatro pares de fios: azul e branco, laranja e branco, verde e branco
e marrom e branco. Quanto a distribuição das cores, existem diversos padrões, sendo que o
padrão EIA/TIA 586A é o mais usado.
A ligação em cascata de um hub a outro pelo cabo trançado é oferecida por todos os
fabricantes. Não existe contudo um consenso sobre como deve ser o cabo de interligação,
que pode ser, conforme o fabricante e modelo de hub, 1:1 (normal) ou cruzado (crossover).
Neste último caso, consulte o manual do produto para certificar-se qual é o esquema de
ligação correto.
Hub a Hub
Pino 1 - Pino 3
Pino 2 - Pino 6
Pino 3 - Pino 1
Pino 6 - Pino 2
IMPORTANTE: Não confunda cabos telefônicos diversos e que também sejam trançados
com o cabo 10BaseT. Verifique no revestimento externo do cabo sua identificação.
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Os cabos 10BaseT podem ser fixados em conectores RJ45, em patch panels ou tomadas.
Para fixação dos conectores RJ45 emprega-se um alicate RJ45. Para fixação dos cabos
nas tomadas, patch panels e blocos de distribuição, emprega-se ferramentas de inserção
do tipo Push-Down.
Tomadas: As tomadas para cabos trançados empregam uma tecnologia denominada IDC
(Insulation Displacement Conection - conexão por deslocamento do isolante) onde cada
condutor é prensado de encontro a dois terminais de contato que contém uma pequena
separação entre sí. Ao ser precionado de encontro aos contatos por uma ferramenta de
inserção (Push Down), o isolante é rasgado e o condutor estabelece contato com os
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terminais. Esta ligação é bem eficiente e permite o reaproveitamento da tomada inúmeras
vezes.
A figura apresentada a seguir mostra como é usada uma ferramenta de inserção para fixar o
cabo nos terminais da tomada.
O uso de cabos STP no Brasil é muito restrito. Apenas as redes token-ring da IBM o
empregam. Embora permitam uma taxa de até 300 MBps, seu custo maior e o fato de ter
uma bitola mais larga, dificulta sua passagem pelos dutos. Uma rede token-ring pode ter no
máximo 260 estações conectadas com este tipo de cabo.
A IBM é o maior usuário de cabos STP. Ela criou uma classe de cabos denominados IBM
Tipo X.
CABOS IBM
IBM Tipo 1: STP com 2 pares AWG22 de 150 ohms para 100 Mbps.
IBM Tipo 1A: Idem ao Tipo 1 mas aceita taxas de até 300 Mbps (ATM)
IBM Tipo 2: 2 pares UTP para voz e dois pares STP para dados
IBM Tipo 2A: Idem ao Tipo 2 mas aceita taxas de até 300 Mbps.
IBM Tipo 3: 4 pares UTP para dados a 4MBps e voz
IBM Tipo 4: Cabo ótico de 100 mícrons para 100 Mbps FDDI.
IBM Tipo 6: STP com 2 pares AWG26 mais flexível que o Tipo 1.
IBM Tipo 6A: Idem ao Tipo 6 mas aceita taxas de até 300 Mbps.
IBM Tipo 8: Especial para uso sob carpetes ou tapetes com 2pares UTP
IBM Tipo 9: 2 pares AWG26, resistente ao fogo para cabeação vertical.
IBM Tipo 9A: Idem ao Tipo 9 mas aceita taxas de até 300 MBps.
Os cabos óticos foram inventados no final da década de 60, mas sua difusão tem sido lenta
devido ao seu alto custo, tanto do cabo e conectores quanto o processo de instalação que
requer instrumentos altamente especializados e pessoal treinado. Não obstante os custos
vem caindo, de forma que cada vez mais veremos cabos óticos sendo instalados.
Neste sistema de cabeamento, os sinais elétricos enviados por um dispositivo de rede são
convertidos em sinais luminosos por um LED e são enviados pelo cabo até outro dispositivo
de rede onde um FOTOTRANSISTOR converte os sinais luminosos em sinais elétricos
novamente.
O interior do cabo é formado por duas ou mais fibras óticas feitas de um tipo de vidro
puríssimo, especialmente criado para este fim, de forma a atenuar o mínimo possível o sinal
luminoso. Ao redor delas existe uma camada de material plástico refletor, que impede a
dispersão do sinal luminoso. Ao redor desta existem diversas camadas de plástico, kevlar
ou outros materiais cujo objetivo é dar resistência ao cabo e preencher espações vazios.
Por fim uma camada de revestimento plástico envolve todo o conjunto.
Custo: Uma placa de rede para cabo ótico pode custar, no Brasil, 15 vezes mais que
uma placa Ethernet convencional. Assim, hoje (1997), a principal aplicação destes cabos
encontra-se em ambientes extremamente hostis, com ruído eletromagnético muito elevado
(em fábricas por exemplo) ou na interligação de redes localizadas em instalações prediais
distintas. Neste caso, como a fibra ótica não conduz eletricidade, mas luz, as redes ficam
isoladas eletricamente, evitando assim que surtos de diferença de potencial avariem as
redes.
Número de Fibras: O cabo ótico pode ter um ou mais condutores óticos. Em redes
locais, porém, sempre são necessários dois condutores, ou seja, um par, para se efetuar a
comunicação, sendo uma fibra para transmissão e outra para recepção. Desta forma, é
comum se empregar cabos óticos com um ou dois pares de fibras. Caso o segundo par não
seja utilizado, ele pode permanecer como reserva.
Modo de Propagação: Existem diversos tipo cabos óticos, sendo os mais usuais o
Multimodo de índice degrau, que como o próprio nome diz tem vários graus de propagação
de luz, a Multimodo de índice gradual, onde a fibra é composta por vários materiais e a
Monomodo.
Além disto existem diversos tipos de cabos óticos. Em redes locais são usadas apenas os
cabos com fibras monomodo. Atualmente o tipo mais empregado é o 10BASE-FL (FORIL -
Fiber-Optic Inter-Repeater Link), cujas dimensões são 62,5/125 micrometros.
O padrão 10Base-F tem duas variantes, o 10BASE-FP que especifica cabos para
operarem com hubs óticos passivos e o 10BASE-FB que especifica cabos para backbones
de cabo ótico.
Geralmente, as Interfaces 10BASE-F utilizam conectores do tipo ST, com sistema de trava
semelhante ao BNC. Existem ainda outras opções como o SM com trava por meio de rosca.
FDDI: (Fiber Distribution Data Interface) Mais recente que o FORIL, trata-se de um
sistema completamente diferente, que emprega o protocolo token ring passing, permitindo
picos de transmissão de até 100 MBps. Sua aplicação é bem restrita devido a seu elevado
custo. O cabo ótico forma um anel duplo de fibras óticas multimodo, onde dois canais
distintos transmitem em sentido contrário. Somente um dos canais fica ativo, o outro fica
disponível para o caso de uma eventual avaria no cabeamento da rede. Quando isto ocorre,
os dois canais se unem formando uma mesma trajetória.
Os cabos podem se estender por até 100 km e interligar até 1000 estações com um
espaçamento de até 2 km entre as estações quando empregada fibra multimodo ou 40 Km
com fibra monomodo.
O emprego de redes FDDI é muito restrito devido a seu custo muito elevado e da atual
disponibilidade de outras tecnologias mais baratas e de maior velocidade.
De acordo com a precisão exigida podem ser empregados conectores de material plástico
ou metálicos. O conector mais utilizado é o ST que tem encaixe do tipo baioneta,
semelhante ao conector BNC. O conector ST pode ser de plástico ou de metal. O ST de
metal exige uso de um alicate de crimpagem semelhante ao do conector BNC. O conector
Existem dois tipos de conectorização e de conectores: com epoxi e sem expoxi (epoxiless).
A epoxi é uma resina (cola) que tem por objetivo fixar a fibra firmemente no conector,
envolvendo um tempo para cura (secagem) que torna a montagem do conector bem mais
demorada. Use preferencialmente conectores sem epoxi.
Para efetuar-se o polimento em larga escala existe uma máquina denominada Politriz
Automática, que reproduz os mesmos movimentos circulares das mãos sobre as lixas.
Distribuição dos Cabos: A distribuição dos cabos óticos pode se dar de duas
maneiras: com ou sem o uso de concentradores (hubs) óticos. No primeiro caso um ou mais
hubs óticos com múltiplas portas, são dispostos nos pontos chave do sistema, de onde
partirão os links de cabo ótico. Dai eles se interligam ao(s) servidor(es) através de um
backbone que pode ou não ser de cabo ótico. A interligação destes hubs também pode ou
não ser feita por meio de cabos óticos. Nos hubs e demais dispositivos principais da rede,
tais como bridges, routers, etc, empregam-se transceivers óticos que podem ser internos, ou
seja, fornecidos pelos próprios fabricantes dos hubs, ou externos, podendo neste caso ser
fornecidos por terceiros. Em alternativa a este esquema de ligação, pode-se dispensar ou
hubs óticos e empregar-se tão somente transceivers óticos, o que acarreta em maior uso de
transceivers e menor flexibilidade no sistema de distribuição de cabos.
Emendas: Os cabos óticos podem ser emendados por meio de fusão, através de
um equipamento especial ou por meio de um acoplador ótico, denominado splice, de mais
baixo custo, mas que produz maior atenuação.
HISTÓRICO
TOPOLOGIAS
O EIA/TIA 568A determina que o cabeamento horizontal deve utilizar a topologia física
estrela. Define também as características para redes que operem com taxas de até 20
Mbps (até cabos categoria 4).
Foram as normas TSB36/40 que introduziram a classificação dos cabos por categorias,
criadas originalmente em 1991 pela empresa Anixter, conforme mostrado a seguir.
A categoria 7 (proposta) operaria com cabos óticos a velocidades superiores a 100 MBps.
A ISO criou o grupo de normas WG3 que incorpora vários critérios da EIA/TIA 568, além de
outros mais, de forma a compatibilizar os diversos sistemas de cabeamento existentes em
alguns países além dos EUA.
Como num sistema de cabeamento a performance é definida pelo componente mais fraco
ou de especificações menos rígidas, quanto mais estes componentes excederem as
especificações das normas EIA/TIA ou outras mais, melhor e mais confiável será o
componente e o sistema.
Cabos Trançados:
Cabos Óticos:
REDE HORIZONTAL
A norma EIA/TIA 568 determina que cada pavimento deve ter pelo menos um centro de
distribuição de cabos denominado Armário de Telecomunicações ou Armário de
Equipamentos, onde serão concentradas a fiação da rede naquele piso, bem como o
backbone do cabeamento vertical, o backbone externo (se for o caso), equipamentos de
distribuição (patch panels), hubs, fontes, etc. Em redes muito grandes uma sala inteira,
denominada Sala de Telecomunicações pode ser empregada com a mesma função.
TOMADAS
A norma recomenda a utilização de duas tomadas para cada estação, uma principal e outra
com um cabeamento alternativo. Na prática, por motivos de custo, não é instalado o
cabeamento alternativo.
CONECTORES
Apesar de existirem diversos conectores para rede local, apenas a família RJ (RJ11, RJ45,
etc) são mencionados na norma EIA/TIA 568.
PATCH CORDS
São os segmentos que interligam os hubs e patch panels, normalmente confecionados com
conectores RJ45. As normas EIA/TIA SP-2840A e IEC/ISO DIS 11801 determinam as
principais características destes cabos.
Além disso recomenda-se o uso de cabos mais flexíveis (extra-flexíveis) para facilitar seu
manuseio, especialmente em redes com grande número de patch panels e portanto grande
número de cabos. Estes cabos devem contudo estar dentro das normas da categoria 5.
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ESPECIFICAÇÕES DA NORMA EIA/TIA 569
Esta norma equivale a EIA/TIA 568, porém refere-se a instalações residenciais e comerciais
de pequeno porte.
FASES DO PROJETO
2 - Definição do ambiente e produtos a serem utilizados, tais como SOR, Banda de Rede,
Marca dos Softwares, Aplicativos, Tipos de acesso a Internet, Serviços de Comunicação,
Intranet, Sistema de Cabeamento integrado ou não.
8 - Instalação dos gabinetes (se for o caso), passagem, conectorização e identificação dos
cabos.
MAPEAMENTO DA REDE
Marque os locais em que deverão ser instalados os pontos de rede e de telefonia (se for o
caso) e estabeleça o lay-out da rede. Em grandes redes é inevitável o uso de plantas das
instalações. O uso de um software de desenho do tipo Autocad é o ideal para a constituição
do mapeamento da rede.
DISTRIBUIÇÃO
Em função da localização dos pontos de rede, estabeleça os lay-out (localização) dos hubs,
sub-bastidores e, se for o caso, dos outros equipamentos de rede. Pode-se dizer que o
sistema de cabeamento surgirá em função da disposição do hubs e path panels pela
instalação predial.
Em grandes redes o usual é ter a maior parte possível dos hubs no CPD e concentrações
menores de um ou mais hubs em cada pavimento. Na impossibilidade de se fazer isto,
estabeleça diversos pontos para distribuição dos cabos.
Defina como será a distribuição dos cabos telefônicos ou outros mais, a nivel predial e a
nível de patch panels. No interior do prédio empregue preferencialmente cabos trançados
categoria 5 para a instalação telefônica, de forma que tomadas telefônicas possam ser
realocadas como tomadas de rede e vice versa.
Estabeleça as ligações dos telefones em patch panels no mesmo gabinete das tomadas de
rede para possíveis realicações. Pode-se empregar patch panels separados para rede e
telefonia ou os mesmos patch panels empregando-se ligações de pontos alternados (rede-
telefone-rede).
Todos os equipamentos de comunicação serão por fim interligados por meio do sistema de
cabeamento estruturado, sejam eles estações de rede, telefones, LPCDs para modems, etc.
As estações da rede tem de ser ligadas aos hubs e estes aos servidores.
Em prinicípio pode ser adotado um método de ligação equivalente para cada hub/servidor.
Por exemplo, pode-se interligar cada dois hubs numa placa de rede do servidor. Um
servidor pode ter portanto vários segmentos de comunicação com os hubs de forma a
aumentar a velocidade de acesso.
Numa rede ideal todas as estações gerariam o mesmo tráfego de rede de forma que
poderiam ser interligadas a qualquer placa de qualquer hub.
Embora isto possa ocorrer na prática, o ideial é classificar as estaçõe spor um sistema de
pesos e distribui-las pelos hubs de forma a não concentrar tráfego em demasia num dado
hub.
LEVE E-Mail
MÉDIA Aplicações Comuns, Office, Intranet
PESADA Browser Internet, Aplicativo Gráfico, Boot remoto
IDENTIFICAÇÃO
DOCUMENTAÇÃO
AUDITORIA
CUSTOS
CUSTO DO MATERIAL
PF = CM + CMO + I + ML + FR
Onde:
Desta forma, o custo para se instalar uma rede de 10 pontos com cabo trançado de Nível I
seria de 500 reais e o custo para se instalar uma rede de 20 pontos de Nível II seria 1500
reais.
CUSTO DE FERRAMENTAS
TOTAL 9745,00
Scanner: Scanner é um instrumento que gera sinais de rede, semelhantes aos das
estações, além de outros mais e, com base na análise de seu comportamento, podem
indicar o comprimento, nível de ruído e de distorção do cabo. Seus preços variam muito, na
faixa de 1000 a dezenas de milhares de dólares, conforme a precisão desejada. Alguns
instrumentos tem uma saída que pode ser ligada a uma impressora, podendo gerar um
relatório impresso ou ainda um relatório sob a forma de arquivo de dados. Estes relatórios
por sua vez podem ser apresentados ao cliente, certificando a qualidade da instalação e
podem ser usados como referência para constatar futuros desgastes ou degradação.
Existem duas classes de scanners portáteis. Os de Nível I tem uma precisão que possibilita
medições apenas no segmento que vai da tomada ao patch panel. Os de Nível II, mais
caros, tem precisão para medir todo o segmento do cabo, da tomada ao ponto mais
distante, passando por mais de um patch panel ou bloco de distribuição.
Ruído: Um nível de ruído elevado no cabo pode levar o software de rede a perder
vários pacotes, obrigando-o a retransmitir diversas vezes os mesmos até que sejam
corretamente recebidos. Isto causa um aumento indesejável no tráfego da rede e, se for um
ruído muito intenso, ocorre a interrupção da comunicação entre o servidor e as estações.
Tráfego: Esta informação pode indicar se o cabo está com tráfego anormalmente
elevado. Isto permite identificar por exemplo placas de rede defeituosas. Analizadores de
protocolo são aparelhos que não só medem o tráfego como identificam e lêem o conteudo
dos pacotes. Seu uso só de dá porém em casos raros pois seu custo é muito elevado.
PADRONIZAÇÕES INTERNACIONAIS