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INQUÉRITO SOBRE AS CAUSAS DA DELINQUÊNCIA JUVENIL NO MUNICÍPIO DE VIANA

ESTATÍSTICA E PLANEAMENTO

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INQUÉRITO SOBRE AS CAUSAS DA DELINQUÊNCIA JUVENIL NO MUNICÍPIO DE VIANA

Apresentação do tema

A delinquência Juvenil é entendida como todo acto ilícito cometido por adolescentes que são
influenciados pelo uso excessivo de bebidas alcoólicas, drogas e outros factores, que
maioritariamente fazem parte de grupos devidamente organizados.

Este fenômeno tem se alargado tanto a nível nacional como internacional, a motivação para o
crime pode surgir de factores individuais, econômicos, sociais ou políticos. Indivíduos que ingressam
para a vida como forma de sustento, outros apenas fazem por meio de influência. Nota-se que a
situação da delinquência entre os menores é uma questão complexa pois alguns são
instrumentalizados por adultos a prática de crimes que vão dos furtos às violações.

Destarte, o nosso trabalho procura entender os factores motivacionais que influenciam os jovens
à aderirem a este tipo de prática.

Problemática

Assim, o aumento da delinquência juvenil como as rebeliões, falta de respeito aos adultos têm
preocupado o Governo, bem como a sociedade e até a mídia. Entre os comentários e discussões sobre
o assunto, as possíveis causas apresentadas foram:

 A dificuldade de entrada no sistema escolar;


 A falta de diálogo na família;
 A falta de esquadras móveis;
 A falta de iluminação;
 A falta de lazer;
 A fuga a paternidade
 A influência dos amigos;
 A má governação;
 A pobreza;
 O Desemprego;
 O uso de drogas.

Com os problemas acima mencionados surgiu a seguinte questão de pesquisa:

O que está na base da delinquência juvenil no município de Viana?

Hipóteses

Com os problemas acima mencionado criou-se as seguintes possíveis soluções:

H1- Se o governo construísse mais escolas públicas reduziria o índice de delinquência juvenil;
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H2- Se houvesse mais diálogo na família e acompanhamento nas actividades dos filhos por
parte dos pais, reduziria o índice de delinquência juvenil;

H3- Se o governo proporcionasse mais esquadras móveis em diferentes bairros do município


de Viana, ajudaria a reduzir a delinquência juvenil;

H4- Se o governo proporcionasse mais iluminação pública para as áreas carenciadas, de modo
que os bairros tenham luz no período noturno, reduziria a delinquência juvenil;

H5- Se os pais proporcionassem momentos de lazer ou convivência para os filhos e o governo


ajudasse com a criação de mais espaços de lazer, ajudaria a reduzir a delinquência juvenil;

H6- Se os pais fossem mais responsáveis com seus actos de modo a responsabilizarem-se pelo
que fazem, reduziria o índice da delinquência juvenil.

H7- Se as famílias e a sociedade proporcionassem mais palestras de fórum psicossocial, de


modo a ensinar aos jovens valores como integridade e manter-se em rectidão e resistir à práticas
ilicitas mesmo quando é ou não integrante de um ambiente favorável a crime, ajudaria a reduzir a
delinquência juvenil.

H8- Se o governo proporcionasse estabilidade e igualdade para as diferentes áreas da nossa


província e revesse o exercício de poder sobre a província de Luanda, de modo a melhor atender as
preocupações dos habitantes, ajudaria a reduzir a delinquência juvenil;

H9- Se o governo melhorasse a qualidade de vida da população, reduziria o índice da


delinquência juvenil;

H10- Se o governo e as instituições privadas proporcionassem mais oportunidades de


empregos, reduziria o índice de delinquência juvenil;

H11- Se o governo regulasse o controle de drogas ilícitas e proporcionasse leis mais severas
aos consumidores e aos comerciantes e se os pais enfatizassem mais sobre as informações em relação
ao uso e abuso de drogas e suas consequências prejudiciais a saúde humana, reduziria o índice de
delinquência juvenil.

Objetivos:

Objetivo geral

 Conhecer as principais causas da delinquência juvenil no município de Viana.

Objetivos específicos

 Apresentar uma abordagem teórica sobre a delinquência juvenil;

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 Apresentar os conceitos básicos de estatística;


 Apresentar a realização dos inquéritos, análise e interpretação dos dados obtidos;
 Propor políticas, estratégias e medidas para minimizar a delinquência juvenil no
município de Viana.

Justificativa

Escolhemos falar sobre as causas da delinquência juvenil no município de Viana pois é um


tema muito pertinente na sociedade, em prol de compreender quais os motivos que fazem os
adolescentes ingressar para a delinquência e de tal modo esclarecer a causas que estão na origem da
proliferação de tais grupos associado a delinquência juvenil no município de Viana.

Para a escola o trabalho é importante porque, é mais um projecto científico a ser elaborado
pelos estudantes pertencentes a ela, que permitirá o exercício de sua função como técnicos estatísticos
depois de anos de aprendizado, para a formação de quadros técnicos médios, e por outro lado
contribuirá para mais um trabalho onde o campo de pesquisa é o município de Viana que poderá vir
ajudar a reduzir este fenômeno.

Já para a sociedade, o trabalho é importante porque muitos ainda desconhecem as verdadeiras


causas desta problemática, e com base no estudo realizado permitirá ver qual o factor predominante
para este problema (se econômico, psicológico ou individual), poderão ter maior conhecimento deste
fenômeno, e arranjar métodos de o minimizar.

Delimitação do tema

Delimitamos o tema de pesquisa à província de Luanda, propriamente no município de Viana


onde aplicou-se a recolha de dados quantitativos utilizando inquérito por questionário e teve 80
inqueridos por distrito que totalizou 400 como amostra nos seguintes distritos: Baia, Estalagem,
Kikuxe, Vila-flor e Zango.

Tivemos como público alvo uma população compreendida num intervalo de 14 aos 60 anos.

Revisão de Literatura

Na revisão de literatura abordamos acerca dos autores na qual nos baseamos, tais como:

Maria Da Encarnação Pimenta, que tem como uma das suas obras literárias intitulada como:
Eventuais causas e consequências da delinquência juvenil em Angola.

Onde abordou sobre o comportamento delinquente, sendo que todos podem ser delinquentes
tantos menores e adultos desde que apresentam comportamentos que vão contra a família, escola e
sociedade em geral. Segundo a mesma destacou nas (páginas 143-155), há três possíveis soluções a
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delinquência tais como: atenção devida as crianças e adolescentes; atenção do pai à mãe dos filhos e
realizar atividades de fórum psico-social.

Pedro Moura Ferreira teve como uma das suas obras literárias: Análise social VOL.XXXII
no bloco A delinquência Juvenil: o papel da família e da escola, destacou na (página 922), este autor
faz uma análise de como o espaço família e escola podem influenciar para a entrada a delinquência,
e aponta que estes dois são os factores da educação de um individuo.

Metodologia de investigação

Método Dedutivo

Utilizamos o método dedutivo que exprime o raciocínio lógico de uma informação. Onde nos
baseamos na introdução, problemática, hipóteses, objectivos gerais e específicos, justificativa,
delimitação do tema, revisão de literatura, metodologia de investigação e o capítulo I. Neste método
utilizamos a técnica de inquérito por questionário para recolha dos dados por parte da população e
pesquisa bibliográfica ou de fontes secundárias que abrange toda bibliografia já tornada pública em
relação ao tema em estudo.

Método indutivo

Utilizamos o método indutivo que é o argumento que parte de uma premissa particular para
atingir uma conclusão pela qual há diversas particularidades, chegamos a uma generalidade. Neste
método estatístico utilizamos uma amostra da população da província de Luanda propriamente o
município de Viana para a recolha quantitativa de dados por meio de inquéritos.

Utilizamos este método no processo de selecção da amostra que foi feita de duas formas que
são: Forma determinística ao determinar o número de pessoas a inquerir e de forma aleatória (todos
tinham a mesma probabilidade de ser inqueridos).

Método dialético

E por último utilizamos o método dialético que é um método de diálogo cujo foco é a
contraposição e contradição de ideias que levam a outras ideias e que tem sido um tema central. O
grupo neste método teve algumas discussões ou debates sobre os conceitos relacionados com a
delinquência juvenil.

Estrutura de trabalho

Na introdução do trabalho, contém a problemática, hipóteses, objectivos gerais e específicos,


justificativa, delimitação do tema, revisão de literatura, metodologia de investigação e estrutura de

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trabalho, e o mesmo trabalho contém dois (2) capítulos onde em cada capítulo elucida-se melhor o
trabalho a desenvolver.

No primeiro capítulo fez-se uma abordagem geral sobre o conceito de delinquência juvenil onde
abordamos vários aspectos relacionados com o tema.

No segundo capítulo apresentamos conceitos básicos de estatística e realizamos um inquérito


por questionário no município de Viana, onde apresentamos os resultados dos inquéritos em tabelas
e gráficos e a partir dele, calculamos algumas medidas estatísticas, e por fim apresentamos políticas,
estratégias e medidas para minimizar a delinquência juvenil no município de Viana.

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Introdução

O presente trabalho foi elaborado para servir de experiência prática aos estudantes finalistas do
curso para obtenção do título de técnico médio em Estatística e Planeamento. Abordamos as causas
da delinquência juvenil, tendo como objecto de estudo a população de Viana, fazendo uma pesquisa
sobre os jovens com idades comprendidas entre 10 aos 17 anos, com o objectivo de conhecer as
principais causas da delinquência juvenil no município de viana e propomos hipóteses de forma a
solucionar as causas deste fenômeno...

A delinquência juvenil é um dos fenômenos que mais tem preocupado a sociedade em geral.
desde o século passado, é um dos problemas criminais mais observado internacionalmente a título
permanente e normalmente inicia entre os 10 e 11 anos indo até mesmo 16 aos 17 anos de idade. A
delinquência juvenil é todo acto criminoso cometido por adolescentes, muitas das vezes impulsivos
e instrumentalizados, cometem delitos ou crimes que vão desde os furtos as violações.

Porém, apresentamos uma abordagem teórica sobre a delinquência juvenil e aspectos


relacionados..., onde vimos que o termo delinquência provém do latim «delinquentia», é sinónimo de
delito, infracção e criminalidade. A expressão delinquência juvenil foi usada pela primeira vez na
Inglaterra no ano de 1815.

A mesma delinquência tem um conceito imerso e gera várias controversias e pela sua
ambiguidade leva em conta o contexto sociocultural.

São vários os comportamentos que podem influenciar um adolescente a entrar para a


delinquência juvenil..., de tal modo as características dos indivíduos, as motivações, as influências e
demais situações que podem contribuir para a entrada do adolescente à delinquência juvenil.

Apresentamos, de igual modo, os conceitos de estatistica e a seguir com base no Inquérito sobre
as causas da delinquência, fizemos análises e interpretações dos resultados dos inquéritos, onde
constatamos que as principais causas da delinquência juvenil no município de Viana é a Pobreza com
16,75% e a falta de diálogo na família com 15,75%.

Compreendemos o porquê que muitos adolescentes entram para a delinquência e delineamos


políticas, estratégias e medidas para minimizar a delinquência juvenil no município de Viana.

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Capítulo 1- Abordagem téorica sobre a delinquência juvenil

1.1 Origem da palavra delinquência

De acordo com o dicionário online Português a palavra provém do latim «Delinquentia» e é


sinônimo de delito, infracção e criminalidade. A palavra delinquência é geralmente dirigida a um
grupo de indivíduos, e a sua natureza é mais associada ao infractor do que o acto criminoso em si. A
delinquência pode ser dirigida tanto contra propriedades como contra pessoas, mas o grau de
tolerância é menor no caso de atentados contra pessoas.

1.2 Origem da palavra Juvenil

A palavra juvenil provém do latim «Juventus» utiliza-se para caracterizar a fase de crescimento
de um ser humano, entre a infância e a adolescência ou a coisas relativas a esta fase. Segundo o
dicionário online Português Juvenil é um adjectivo relativo ao jovem ou a juventude, algo que se
manifesta antes da fase adulta.

1.3 Origem da expressão delinquência juvenil

O significado da expressão «delinquência juvenil» foi usado pela primeira vez na Inglaterra,
isto é, em 1815, por ocasião do julgamento de 5 meninos com as idades compreendidas, entre os 8 à
12 anos, e deve restringir-se, no mais possível, às infracções do direito penal.

1.4 Conceito de delinquência Juvenil

É um conceito imerso em grandes controvérsias: a ambiguidade que por si mesmo gera, que
depende do contexto sociocultural.

O conceito de delinquência juvenil, de tão abrangente que é, tem em conta todos os


comportamentos problemáticos que se manifestam no decurso da transição dos jovens para a vida
adulta, sendo estes entendidos como comportamentos de quebra de condutas sociais convencionais
que o indivíduo manifesta decorrentes de um processo de socialização juvenil.

1.5 Definições

Delinquência: é o acto de cometer delitos, desobedecer às leis ou padrões morais, ou ainda, é


o conjunto de infracções penais, cometidas numa sociedade durante um determinado período.

Crime: é a acção ou omissão que se proíbe e, se procura evitar, ameaçando-a com pena, porque
constitui ofensa (dano ou perigo) à um bem jurídico individual ou colectivo.

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1.6 Criminalidade

A criminalidade é a situação de quem violou as regras da vida social ou regras da moralidade.


Portanto é considerado criminoso em termos sociais aquele que violou a regra ou lei posta em vigor.
Pode vir a ser moralmente criminoso quando para uma acção não há legislação ou os advogados
conseguem fazer malabarismo interpretando a lei de forma que este não seja condenado.

1.7 Delinquência juvenil: O papel da família e da escola

A adolescência é uma fase conturbada na vida do indivíduo, marcada por alterações a nível
físico, afectivo, social, familiar e psicológico. Este período é marcado do que se viveu na infância e
de como as pessoas e entidades contribuem para a formação da sua personalidade. Sendo assim vale
ressaltar os papéis das duas entidades no processo de socialização de um indivíduo: a família e a
escola.

Família: define-se como o agrupamento humano formado por duas ou mais pessoas com
ligações biológicas, ancestrais ou afectivas que geralmente vivem ou viveram na mesma casa.

Escola: é o local privilegiado para a formação de grupos etariamente homogéneos, partilhando


representações e interesses comuns que constituem a chamada subcultura juvenil. Considerando que
a escola oferece um contexto propício à comunicação entre os membros de um grupo de idade e à
utilização do tempo livre para a promoção de interesses pessoais.

A qualidade das relações e o processo de vinculação na relação Família e Escola parecem ser
fundamental na estruturação e organização da personalidade do ser humano. De vez em vez, a
complexidade das relações familiares vai influenciar as capacidades cognitivas e afectivas no
processo de autonomia, e de socialização, bem como na construção de valores das crianças e jovens.

A família e a escola estão no centro da problemática em torno da «delinquência juvenil». Esta


centralidade nasce da convicção de que a delinquência é produto da incapacidade destas estruturas de
socialização e que devem levar a bom termo as responsabilidades e os deveres que socialmente lhes
compete realizar.

A família tem o papel de dialogar com seus filhos, criando uma relação afectiva com eles, de
modo a despertar a importância de boas decisões, não somente ditar regras, corrigir e criticar. Muitas
famílias acabam por adoptar atitudes que reprimem e retraem os adolescentes de modo a
simplesmente existirem e não saberem nem demonstrar os seus sentimentos. As atitudes positivas em
relação à escola e aos professores, bem como a participação em actividades escolares, correlacionam-
se negativamente com as práticas delinquentes.

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O papel da escola é socializar o conhecimento, seu dever é actuar na formação moral dos alunos,
essa soma de esforço que promove, o pleno desenvolvimento do individuo como cidadão.

1.8 Comportamento delinquente

Delinquente é aquele que age à margem ou fora da lei. É aquele que pratica alguma maldade e
de alguma forma sobrevive dela. O que age fora da lei, ou à margem dela é porque, de alguma forma
não quer se sujeitar a ela.

O comportamento delinquente em sentido geral designa a mudança, o movimento ou a reacção


de qualquer entidade ou sistema em função do seu ambiente ou situação.

O termo comportamento delinquente fornece uma conotação de algo momentâneo, transitório


ou passageiro: o jovem ou criança tem um comportamento delinquente que pode acontecer uma única
vez ou se repetir dependendo das contingências.

1.8.1 Tipos de comportamento

A delinquência juvenil pode aparecer em diferentes circunstâncias. É possível classificar os


comportamentos da delinquência juvenil da seguinte maneira:

a) Comportamentos de ocasião:

Comportamentos que o jovem adopta ao ter que se acostumar à vida social e às normas com as
quais não está familiarizada. Os delinquentes ocasionais são indivíduos fracos, e que por um momento
cedem à pressão do ambiente quando esta demonstra ser de fácil acesso. Contudo têm a chance de
regenerar-se, pois normalmente não têm tendências criminosas, são indivíduos que possuem censo
crítico.

b) Comportamentos de transição

Engloba comportamentos criminosos mais severos durante um período de tempo limitado.


Normalmente são respostas a mudanças na escola, na família.

c) Comportamentos de condição

Associados aos jovens que persistem em manter seu comportamento antissocial, afectando de
forma mais grave seu estilo de vida e desenvolvendo o que se conhece como carreira criminal.

Normalmente estes indivíduos iniciam no mundo da delinquência no período da adolescência


e as vezes da infância, transformando-se num profissional do crime, ganham a vida praticando delitos
e tornando-se cada vez mais habilidosos nessa prática. Trata-se de indivíduos que geralmente
participam de organizações criminosas e quadrilhas, e nunca se arrependem dos seus actos.

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1.8.2-Tipos de delinquentes

Esta abordagem faz menção aos aspectos comportamentais, motivação para o crime, capacidade
de resiliência ou reinserção social e crimes que são cometidos. Assim, destacamos:

a) O insolente

É o delinquente mais comum de todos e é impulsivo, possuidor de uma autoimagem pobre,


habilidades interpessoais mal desenvolvidas e uma atitude de oposição às normas sociais. Apresenta
sua resiliência estagnada, mas possui maior probabilidade de mudança e reinserção social. O tipo de
violência geralmente não tem uma motivação fixa nem um padrão, é bem mais impulsivo e
instrumental e algumas vezes, sob os efeitos das drogas e do álcool. Estes cometem delitos menores:

 Contra propriedades;
 Furtos em casas;
 Furtos em comércios;
 Furtos de veículos;
 Golpes;
 Desrespeito às normas sociais;
b) O indolente

Mostra transtornos de apego e de empatia, os quais deterioram sua capacidade para manter
vínculos interpessoais através do tempo, além de serem incapazes de reconhecer necessidades e
sentimentos de outras pessoas. Baixo controle de impulsos, podendo alcançar altos níveis de
agressividade. A possibilidade de reabilitação é baixa, pois seus níveis de resiliência são mínimas.
Estes cometem delitos maiores contra as pessoas como:

 Abusos sexuais;
 Violações sexuais;
 Homicídios simples;
 Roubo com violência;
 Agressões com lesões graves.
c) O incorrigível

Apresenta um nível maior de reincidência violenta e geralmente agem sozinhos. São os mais
perigosos quanto à sua expressividade e potencial criminoso. Suas possibilidades de reabilitação são
escassas, já que é provável que quando eram mais novos estes indivíduos não desenvolveram
processos psicológicos associados à empatia e à resiliência. Geralmente não sentem remorso e

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apresentam violência extrema, chegando a sentir prazer com o sofrimento alheio. Alguns exemplos
de delitos maiores e crimes:

 Violações em série;
 Sequestros com tortura;
 Roubo com homicídio;
 Homicídios em série;
 Agressões fatais.
1.9 Causas da delinquência juvenil

É indiscutível que o crescimento físico, e as modificações psicológicas, são consideradas como


proporções de um todo que é o ser humano.

Assim, o aumento da delinquência juvenil como as rebeliões, falta de respeito aos adultos têm
preocupado o Governo, bem como a sociedade e até a mídia, deixando em certo sentido sem resposta
para esse fenômeno que aflige a sociedade. Entre os comentários e discussões sobre o assunto, as
principais causas apresentadas foram:

 A Dificuldades de acesso ao ensino escolar;

 A falta de diálogo na família;

 A falta de esquadras moveis;

 A falta iluminação;

 A falta de lazer;

 A fuga a paternidade;

 A influência dos amigos;

 A má governação;

 A Pobreza;

 O desemprego (por parte dos pais);

 O uso de droga.

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Para tanto, descrevemos as causas:

a) A dificuldade de acesso ao sistema escolar

Sistema educativo é o conjunto de meios pelo qual se concretiza o direito a educação. O sistema
educativo desenvolve-se através de um conjunto organizado de estruturas e acções diversificadas, por
iniciativa e sob a responsabilidade de diferentes instituições e entidades tanto públicas como privadas.

Existe um grande número de adolescentes que não estão inseridos no ensino escolar, isso deve-
se a muitos factores, no caso de algumas famílias que vivem em situações precárias, o que dificulta
colocarem os seus filhos numa instituição privada, e não só, pelo número muito reduzido de escolas
públicas existentes em algumas regiões. Não estando inseridos no sistema escolar muitos desses
indivíduos sem o que fazer e por onde estar, habitam as ruas cometendo furto a toda sorte, não só pra
sobreviverem mas também como passa tempo.

b) A falta de diálogo na família

Diálogo é a conversação entre duas ou mais pessoas. Através do diálogo, pais e filhos se
conhecem melhor, conhecem sobretudo suas respectivas opiniões e sua capacidade de verbalizar
sentimentos, mas nunca a informação obtida mediante uma conversação será mais ampla e
transcendente que adquirida com a convivência.

Os pais escutam pouco os seus filhos, ou se o fazem, é de uma maneira inquisidora, numa
posição impermeável em respeito ao conteúdo do argumento dos filhos. Essa situação é frequente
com filhos adolescentes. Estamos diante de um dos erros mais frequentes nas relações paterno filiais:
crê que com um discurso pode fazer mudar uma pessoa.

A capacidade de dialogar tem como referência a segurança que tenha em si mesmo cada um
dos interlocutores. A família é um ponto de referência para a criança e jovem: nela pode se aprender
a dialogar, e com essa capacidade, favorecer atitudes tão importantes como a tolerância, a
assertividade, a habilidade dialética, a capacidade de admitir erros e de tolerar as frustrações.

c) A falta de esquadras móveis

Esquadra é o tipo de unidade básica dos corpos de polícia preventiva. Corresponde a uma
unidade policial territorial assegurando o policiamento numa determinada zona de atuação e
assegurando o atendimento ao público.

A falta de policiamento nos bairros tem preocupado a população pela quantidade de crimes
cometidos sem que haja uma intervenção da polícia o que condiciona a vida dos cidadãos.

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d) A falta de iluminação pública

A iluminação é o acto ou efeito de iluminar, conjunto de luzes para iluminar alguma coisa.

A iluminação pública é essencial para a qualidade de vida nos centros urbanos atuando como
instrumento de cidadania permitindo aos habitantes desfrutar, plenamente, do espaço público no
período noturno.

Vias públicas bem iluminadas oferecem maior sensação de segurança. Ainda que não haja
nenhum estudo que correlacione com total inibição de crimes, é um exercício de lógica. As pessoas
tendem a circular com maior tranquilidade em lugares visíveis. Um beco escuro é mais propenso a
criminalidade do que uma rua iluminada.

A falta de iluminação em algumas áreas tem sido um dos factores que tem aumentado o índice
de delinquência. Sem iluminações nos bairros os jovens têm se aproveitado dessa situação como
oportunidades para cometerem furtos.

e) A falta de lazer

Lazer define-se como forma de uma pessoa utilizar seu tempo dedicando-se a uma actividade
que aprecie e que não seja considerado trabalho.

Lazer corresponde ao tempo de folga, de passatempo, de descanso, distração ou entretenimento


de uma pessoa. É comumente visto como um conjunto de ocupações as quais o indivíduo desenvolve
de livre vontade seja para repousar, seja para divertir-se.

A criação de espaços de lazer é uma forma de ocupar os jovens com actividades recreativas e
educacionais de modo a proporcionar ao cidadão momentos de descontração e socialização com
outros indivíduos, principalmente em espaços como parques públicos. A falta de lugares de lazer tem
vindo a preocupar a população por causa de um aumento de adolescentes que habitam as ruas sem o
que fazer e muitos deles acabam por ficar marginais.

f) A fuga a paternidade

A fuga a paternidade é a negação ou rejeição de assumir as suas responsabilidades paternais ou


maternais em relação aos filhos nascidos.

É um dos grandes problemas do nosso país, acredita-se que a maioria dos casos de pais que
furtam as suas obrigações para com os filhos não vai parar em tribunais, deixando muitas mulheres
com a responsabilidade de criarem os filhos sozinha, o que com o passar do tempo os filhos começam
a odiar os pais e até mesmo a sociedade em geral procedendo conflitos miúdos nas escolas e mais

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tarde quando crescido o delinquente perfeito que a polícia precisa prender para ganhar o dia
preenchendo mais uma cela com um bastardo.

g) A influência dos amigos

Amigo é o nome que se dá a um indivíduo que mantem um relacionamento de afecto,


consideração e respeito por outra pessoa. Muitas vezes, os interesses dos amigos são parecidos e
demonstram senso de cooperação e podem ser descritos como vantagens desenvolvimentais através
da criação de um sentimento de identidade grupal. Os amigos tornam-se redes de apoio muito valiosa
e dispõe de níveis de identificação com tendências de reportar relações positivas entre os mesmos.

Os amigos não promovem só apoio emocional, como são veículos para atingir um estatuto
social e a oportunidade de partilhas de comportamento, incluindo o envolvimento em atividades
delinquentes.

h) A má governação

Governo é a instância máxima da administração executiva, geralmente reconhecida como a


liderança de um estado ou nação.

A governança é a forma como as regras e accões são estruturadas, sustentadas, reguladas e


responsabilizadas. A boa governança implica que os mecanismos funcionam de maneira a permitir
que os executivos respeitem os interesses das partes interessadas em espirito de democracia onde o
bem público é o objectivo.

Existem muitos factores que estão ligados a má governação assim como a corrupção, o aumento
de preços, a má distribuição de recursos priorizando algumas áreas em condições melhores que as
outras. Quando assim acontece as reclamações são muitas por parte da população que está a ser
governada e muitos acabam frustradas com a vida que levam, por causa dessa insatisfação recorrem
as manifestações, e também, podendo aumentar o índice de delinquência.

i) A pobreza

A pobreza é a condição humana caracterizada por privação sustentada ou crónica de recursos,


capacidades, escolhas, segurança e poder necessários para o gozo de um adequado padrão de vida e
outros direitos civis, culturais, económicos, políticos e sociais, isto é pobreza é privação das condições
básicas necessárias para ter acesso a uma vida digna.

O fenômeno pobreza tem sido amplamente debatido nos últimos anos porém, a sua erradicação
continua muito longe de ser concretizada. As dificuldades de acesso as necessidades básicas como

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alimentação, educação, emprego, água potável, entre outras colocam a maioria da população angolana
a viver em condições desumanas.

Estas famílias que vivem em condições precárias, sem ter o que dar de comer e vestir aos seus
filhos, muitos desses filhos acabam entrando na delinquência de forma a satisfazer as suas
necessidades e desejos.

j) O desemprego

Desemprego é a falta de emprego, em que parcela da força de trabalho não consegue obter
ocupação.

É a condição de quem se encontra quando não possui uma actividade rentável. Ocorre
principalmente em países subdesenvolvidos assim como angola por causa das deficiências
económicas. O desemprego tem dificultado a vida do cidadão, muitos pais não conseguem sustentar
seus filhos pela falta de emprego, o que leva os filhos à delinquência como forma de sobrevivência.

k) O uso de drogas

Referindo-se propriamente a drogas ilícitas. Drogas ilícitas refere-se a toda e qualquer


substância química que tenha composto químico natural ou artificial que causa efeitos psicoativos e
que seja proibida por lei.

Sendo que drogas alterando também o sistema nervoso do indivíduo, pode fazer o indivíduo
agir de maneira estranha e cometer determinados actos criminosos sem ter a percepção da gravidade
do problema por estar sob efeito de alguma droga.

1.10 Consequências da delinquência juvenil

Toda acção tem uma reação, portanto, a delinquência juvenil processa ao indivíduo inúmeras
consequências tanto no seu meio social, como no seu meio econômico. E as mesmas são:

a) A prisão preventiva

É uma medida de natureza cautelar decretada pela autoridade judiciária competente, não se
confunde com uma accão penal definida na sentença condenatória. É a sanção máxima que o suspeito
recebe antes do julgamento, (O delinquente que comete um delito e é sancionado com uma prisão
temporária).

b) Aflição por parte dos pais

Aflição é um sentimento de agonia, sofrimento intenso, preocupação ou desassossego por


alguma coisa ou causa em que vai afectar a vida directa ou inderectamente.

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Nenhum pai quer perder o seu filho, mesmo que o indivíduo seja uma questão perturbadora
para a sociedade. Os pais sempre tencionam coisas boas para eles quando tentam transmitir as suas
experiências afim de evitar que sofram.

c) Desequilíbrio mental

São as alterações de humor constantes e perda de controle mesmo diante de situações rotineiras.
É caracterizado pelas alterações de humor e facilidade em sair do eixo diante de acontecimentos
negativos e imprevistos.

Quando o adolescente começa a praticar diversos actos criminosos e fazer o uso de drogas, pode
chegar a ter problemas psicológicos, passar a frustrar-se com tudo e com todos e até mesmo terminar
com problemas mentais.

d) Discriminação

É a atitude de segregação ou tratamento diferenciado, inferiorizando um indivíduo ou grupo de


indivíduos. Assim toda a discriminação surge a partir de um preconceito.

A sociedade é incapaz de aceita-los, pois, pensam que quem comete um crime, não pode
socializar-se, logo discriminam a todos que estiverem na situação de delinquentes e tencionam mudar.

e) A morte

Refere-se ao processo irreversível de cessamento das atividades biológicas necessárias a


caracterização e manutenção da vida em um sistema outrora classificado como vivo.

Face a este fenômeno o adolescente corre o risco de ser assassinado pelos policiais ou mesmo
por grupos de indivíduos envolvidos em crimes.

ESTATÍSTICA E PLANEAMENTO

35
INQUÉRITO SOBRE AS CAUSAS DA DELINQUÊNCIA JUVENIL NO MUNICÍPIO DE VIANA

ESTATÍSTICA E PLANEAMENTO

36
INQUÉRITO SOBRE AS CAUSAS DA DELINQUÊNCIA JUVENIL NO MUNICÍPIO DE VIANA

Capítulo 2: conceitos básicos de Estatística

2.1 Caracterização do objecto de estudo

Este trabalho teve como objecto de estudo a província de Luanda, particularmente o município
de Viana, que é administrado por Manuel Marques de Almeida Pimentel, segundo as projeções
populacionais de 2018, elaborado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) conta com uma
população de 1.838.291 habitantes e uma área territorial de 1 344 km2 e conta com cinco (6) distritos
(Baia, Estalagem, Kikuxi, Viana sede, Vila-Flor, Zango) e a comuna do Calumbo.

2.1.1 Limites geográficos do município de Viana

No âmbito territorial o município conta com a as seguintes limitações:

 Ao norte pelo município de Cacuaco;


 Ao sul pelo município da Quissama;
 Ao leste pelo município de Icolo e Bengo;
 Ao oeste pelo município de Belas, Kilamba kiaxi e Talatona.

2.2 Conceitos básicos de estatística

Estatística: é a ciência que se dedica na recolha, organização, apresentação, análise e


interpretação de dados quantitativos e qualitativos, com finalidade de obter conclusões sobre os
verdadeiros parâmetros do universo.

 No singular

 No plural

No singular (estatística): refere-se a própria ciência que fornece princípios e métodos


apropriados ou ainda uma metodologia desenvolvida para recolha, organização, apresentação, análise
e interpretação de dados quantitativos e a utilização desses dados para a tomada de decisão.

No plural (estatísticas): indica qualquer recolha consistente de dados numéricos, com a


finalidade de fornecer informações acerca de uma actividade qualquer.

População ou universo: é um conjunto de seres animados ou inanimados que apresentam pelo


menos uma característica em comum que se pretende estudar.

Amostra: é a parte representativa da população que se extrai para o estudo.

Variável: é a característica que vai ser observada, medida ou contada, nos elementos da
população ou da amostra e esta por sua vez pode ser:

 Variáveis qualitativas
ESTATÍSTICA E PLANEAMENTO

37
INQUÉRITO SOBRE AS CAUSAS DA DELINQUÊNCIA JUVENIL NO MUNICÍPIO DE VIANA

 Variáveis quantitativas

Variável qualitativa: característica de uma população que não pode ser medida (dados não
numéricos), é uma variável que assume como possíveis valores, atributos ou qualidades.

As variáveis qualitativas podem ser:

 Variável qualitativa nominal


 Variável qualitativa ordinal

Variável qualitativa nominal: não definem qualquer ordenamento ou hierarquia, são


utilizados símbolos, ou números, para representar determinado tipo de dados, mostrando, assim, a
qual grupo ou categoria eles pertencem.

Variável qualitativa ordinal: definem um ordenamento ou uma hierarquia havendo uma


relação entre as categorias do tipo “maior do que”, “menor do que”, “igual a”, os dados postos
consistem de valores relativos atribuídos para denotar a ordem de primeiro, segundo, terceiro e, assim,
sucessivamente.

Variável quantitativa: são características populacionais que podem ser quantificadas, é uma
variável que assume como possíveis valores, números ou quantidades.

As variáveis quantitativas podem ser:

 Variável quantitativa discreta


 Variável quantitativa contínua

Variável quantitativa discreta: são aquelas variáveis que podem assumir somente valores
inteiros num conjunto de valores. É gerada pelo processo de contagem.

Variável quantitativa contínua: podem assumir qualquer valor intermediário entre dois
limites de valores inteiros reais. A variável contínua resulta normalmente de mensurações e a escala
numérica dos seus possíveis valores corresponde ao conjunto dos números reais.

Dados: é o resultado de uma experiência ou observação.

Dados brutos: são dados inicialmente recolhidos que ainda não foram organizados
sistematicamente.

Rol: é um arranjo de dados numéricos brutos dispostos numa determinada ordem (crescente ou
decrescente) de grandeza.

 Rol crescente: é a organização dos dados em ordem crescente, isto é, do menor para
o maior.

ESTATÍSTICA E PLANEAMENTO

38
INQUÉRITO SOBRE AS CAUSAS DA DELINQUÊNCIA JUVENIL NO MUNICÍPIO DE VIANA

 Rol decrescente: é a organização dos dados em ordem decrescente, isto é, do maior


para o menor.

2.2.1 Divisão da estatística

A estatística divide-se em dois grandes grupos que são:

 A estatística descritiva ou dedutiva.


 A estatística inferencial ou indutiva.
Estatística descritiva: é o ramo da estatística que se preocupa apenas em recolher, organizar e
descrever os dados observados da amostra sem fazer previsões sobre o parâmetro do universo.

Estatística inferencial: é a parte da estatística que se preocupa em analisar e interpretar os


dados, podendo obter ou generalizar conclusões sobre um grupo chamado universo através de
amostra.

2.2.2 Distribuição de frequências

É um método de agrupamentos de dados em classe ou em intervalos, de tal forma que possa


determinar um número ou a percentagem de observações em cada classe. É um método utilizado,
principalmente, para a apresentação de grande conjunto de dados, que podem ser simples ou
agrupados.

Frequência: é o número de observações ou repetições de um valor ou de uma modalidade.


Existem dois tipos de frequências que são: as frequências simples e as frequências acumuladas.

Frequência absoluta simples: é o número de vezes que se repete uma variável.

Frequência relativa simples: é a proporção com que um determinado valor ocorre com
respeito ao número total de observações. É o quociente entre a sua frequência absoluta e o número
total de elementos da população (amostra) estudada. Significa a percentagem de indivíduos que
assumem esse valor.

Frequência absoluta acumulada abaixo de: é o somatório de frequência absoluta simples


dessa classe ou desse valor com as frequências absolutas simples observadas anteriormente.

𝐹𝑖 ↓= 𝑓𝑖 + 𝑓(𝑖−1)

Frequência relativa acumulada abaixo de: é o somatório da frequência relativa dessa classe
ou desse valor com as frequências relativas observadas anteriormente.

𝐹𝑟𝑖 ↓= 𝑓𝑟𝑖 + 𝑓𝑟(𝑖−1)

ESTATÍSTICA E PLANEAMENTO

39
INQUÉRITO SOBRE AS CAUSAS DA DELINQUÊNCIA JUVENIL NO MUNICÍPIO DE VIANA

Frequência absoluta acumulada acima de: é o somatório de frequência absoluta simples


dessa classe ou desse valor com as frequências absolutas simples observadas posteriormente.

𝐹𝑖 ↑= 𝑓𝑖 + 𝑓(𝑖+1)

Frequência relativa acumulada acima de: é o somatório de frequência relativa dessa classe
ou desse valor com as frequências relativas simples observadas posteriormente.

𝐹𝑟𝑖 ↑= 𝑓𝑟𝑖 + 𝑓𝑟(𝑖+1)

Uma distribuição de frequência é considerada composta ou agrupada, quando os dados são


apresentados por intervalo em classe. Nesta distribuição, deve-se levantar as seguintes variáveis:

1º passo: calcular a Amplitude total da série: 𝐴𝑇 = 𝐿𝑆𝑆 − 𝐿𝐼𝑆

2º passo: calcular o número de classes pela fórmula Sturges: 𝐾 = 1 + 3,33 log 𝑛

𝐴𝑇
3º passo: calcular a Amplitude da classe: 𝐴𝐶 =
𝐾

4º passo: calcular e formar as classes, tendo em conta que:

 𝐿𝐼𝑐 (1) = 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑑𝑖𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖çã𝑜 𝑑𝑎 𝑠é𝑟𝑖𝑒

 𝐿𝑠𝑐 (1) = 𝐿𝐼𝑐 (1) + 𝐴𝑐 = 𝐿𝐼𝐶 (2)

 𝐿𝑠𝑐 (2) = 𝐿𝐼𝑐 (2) + 𝐴𝑐 = 𝐿𝐼𝐶 (3)

 𝐿𝑠𝑐 (3) = 𝐿𝐼𝑐 (3) + 𝐴𝑐 = 𝐿𝐼𝐶 (4)

 𝐿𝑠𝑐 (4) = 𝐿𝐼𝑐 (4) + 𝐴𝑐 = 𝐿𝐼𝐶 (5)

 𝐿𝑆𝑈𝐶 = 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑑𝑖𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖çã𝑜 𝑑𝑎 𝑠é𝑟𝑖𝑒


𝐿𝑆𝐶+𝐿𝐼𝐶
5º passo calcular o Ponto médio: 𝑃𝑚 =
2

2.3 Indicadores estatísticos

São medidas usadas para ajudar a descrever a situação actual de um determinado fenómeno ou
problema, fazer comparações, verificar mudanças ou tendências e avaliar a execução das acções
planeadas, durante um período de tempo. Estes indicadores podem ser quantitativos ou qualitativos.

2.3.1 Medidas estatísticas

São instrumentos para a avaliação de dados quantitativos e qualitativos no contexto estatístico.


Para a elaboração do nosso trabalho utilizamos dois tipos de medidas estatísticas que são:

ESTATÍSTICA E PLANEAMENTO

40
INQUÉRITO SOBRE AS CAUSAS DA DELINQUÊNCIA JUVENIL NO MUNICÍPIO DE VIANA

 Medidas de posição ou localização


 Medidas de dispersão

2.3.1.1 Medidas de posição ou localização

São medidas estatísticas que resumem a informação da amostra dando indicação quer do centro
da distribuição dos dados, quer de outros pontos importantes da distribuição. Dentro delas
encontramos as medidas de tendência central e medidas de tendência não central.

2.3.3.1.1 Medidas de tendência central

São aquelas que determinam o valor localizado no centro ou no meio de um conjunto de dados,
e dividem-se em: Média, Mediana e Moda.

Média

É o valor representativo de toda uma série ou distribuição. Ela pode ser simples ou ponderada
de acordo com apresentação dos dados.

Média aritmética simples: representa o centro de gravidade da distribuição da variável. No


seu cálculo intervem todos os valores da amostra e não mais do que o número que “equilibra” os
grandes valores com os pequenos valores. É obtida pela soma de todos os valores observados,
dividido pelo número de observações. Representa-se simbolicamente por: 𝑋̅s.
𝑛
̅ s = ∑𝑖=1 𝑋𝑖
Fórmula Genérica: 𝑋
𝑛

𝑋1+𝑋2+𝑋3+⋯+𝑋𝑛
̅s =
Fórmula Analítica: 𝑋
𝑛

Média aritmética ponderada (para dados repetidos e não repetidos por classe): utiliza-se
quando os dados observados apresentam as frequências absolutas. Representa-se simbolicamente por:
𝑋̅p, e para calcular a média aritmética ponderada utiliza-se as seguintes fórmulas:

∑𝑛
𝑖=1 𝑋𝑖.𝑓𝑖
̅P =
Fórmula Genérica: 𝑋
𝑛

𝑥1.𝑓𝑖+𝑥2.𝑓2+𝑥3.𝑓3+⋯+𝑥𝑛.𝑓𝑛
̅P =
Fórmula Analítica: 𝑋
𝑓1+𝑓2+𝑓3+⋯+𝑓𝑛

Média aritmética ponderada (para dados agrupados em classe): utiliza-se quando os dados
agrupados apresentam o ponto médio. Para calcular a média aritmética ponderada para dados
agrupados em classe utiliza-se as seguintes fórmulas:

∑𝑛
𝑖=1 𝑝𝑚𝑖.𝑓𝑖
̅P =
Fórmula Genérica: X
∑𝑛
𝑖=1 𝑓𝑖
ESTATÍSTICA E PLANEAMENTO

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INQUÉRITO SOBRE AS CAUSAS DA DELINQUÊNCIA JUVENIL NO MUNICÍPIO DE VIANA

𝑝𝑚1.𝑓1+𝑝𝑚2.𝑓2+𝑝𝑚3.𝑓3+⋯+𝑝𝑚𝑛.𝑓𝑛
̅p =
Fórmula Analítica: 𝑋
𝑓1+𝑓2+𝑓3+⋯+𝑓𝑛

Mediana

É uma medida de localização e de tendência central que vai dividir a série estatística em duas
partes exatamente iguais, (50%≥mediana≤50%). A mediana representa-se simbolicamente por “Me”
e pode ser calculada para dados simples e agrupados.

Para dados simples

A mediana para dados simples pode ser calculada para séries, “pares” e “ímpares”. Para calcular
a mediana utiliza-se as seguintes fórmulas:

2𝑛+1
Me = (Pares) Ou Me = ( Ímpares)
2

Para dados agrupados

Para calcular a mediana para dados agrupados utiliza-se a seguinte fórmula:


𝑛
−𝐹 (𝑖−1)
2
Me = Lic + ( ) x ac
𝑓𝑖

Moda

É uma medida de localização e de tendência central, que visa a localização do dado com a maior
frequência absoluta. Simbolicamente, representa-se por “Mo” e subdivide-se em:

Moda para dados simples: para calcularmos a moda, numa distribuição de dados simples,
basta simplesmente verificar o dado com maior frequência absoluta, identificar e classificá-la. Uma
série estatística em função da moda classifica-se em:

 Série amodal é toda aquela série que não há moda;


 Série unimodal é toda a série estatística que apresenta uma moda;
 Série bimodal é toda a série estatística que apresenta duas modas;
 Série trimodal é toda a série estatística que apresenta três modas;
 Série plurimodal ou multimodal é toda a série estatística que apresenta mais de três
modas;

Moda para dados agrupados

Para calcular a moda para dados agrupados devemos utilizar a seguinte fórmula:

𝑓𝑖−𝑓(𝑖−1)
Mo = Lic + [ ] 𝑋 𝑎𝑐
𝑓𝑖−𝑓(𝑖−1)+𝑓𝑖−𝑓(𝑖+1)

ESTATÍSTICA E PLANEAMENTO

42
INQUÉRITO SOBRE AS CAUSAS DA DELINQUÊNCIA JUVENIL NO MUNICÍPIO DE VIANA

2.3.3.1.2 Medidas de Tendência não central

São medidas que visam a localização de um dado que se situa nos extremos de uma série
estatística. As medidas de tendência não central são:

Quartil

É uma medida de localização e de tendência não central, que vai subdividir a série estatística
em quatro (4) partes. Existem três tipos de quartis que são: Q1, Q2 e Q3.

Para calcular o quartil para dados simples devemos utilizar a ordem de “k”, utilizando a
seguinte fórmula:

𝑘.𝑛 1
Qk = +
4 2

Para o quartil de dados agrupados ser calculado fazemos recurso a seguinte fórmula:
𝑘.𝑛
−𝐹(𝑖−1)
4
Qk= Lic + ( ) x ac
𝑓𝑖

Decil

É uma medida de localização e tendência não central que vai subdividir a série estatística em
dez (10) partes iguais. Existem nove (9) partes de decil que são: D1, D2, D3, D4, D5, D6, D7, D8, D9.

Decil para dados simples

Para calculá-lo utiliza-se a seguinte fórmula:

𝑘.𝑛 1
Dk= +
10 2

Decil para dados agrupados

Para calculá-lo utiliza-se a seguinte fórmula:


𝑘.𝑛
−𝐹(𝑖−1)
10
Dk= Lic + ( ) x ac
𝑓𝑖

Percentil

É uma medida de localização e de tendência não central, que vai subdividir a série estatística
em cem (100) partes, existem noventa e nove (99) tipos de percentis, que são: P1, P2, P3, ...P99.

Percentil para dados simples

Para calculá-lo, utiliza-se a seguinte formula:

ESTATÍSTICA E PLANEAMENTO

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INQUÉRITO SOBRE AS CAUSAS DA DELINQUÊNCIA JUVENIL NO MUNICÍPIO DE VIANA

𝑘.𝑛 1
Pk= +
100 2

Percentil para dados agrupados

Para calcular o percentil para dados agrupados, utiliza-se a seguinte fórmula:


𝑘.𝑛
−𝐹(𝑖−1)
100
Pk = Lic + ( ) x ac
𝑓𝑖

2.3.1.2 Medidas de dispersão

As medidas de dispersão, auxiliam as medidas de tendência central, para descrever o conjunto


de dados adequadamente, indica se os dados estão próximos um dos outros. As medidas de dispersão
classificam-se em:

Desvio Médio

O desvio médio analisa a dispersão dos dados em torno da média. Ele é utilizado para comparar
duas distribuições com igual média e saber qual das duas está mais ou menos dispersa, pois representa
o afastamento médio dos dados em torno da média.

Desvio médio para dados simples

Para calcular o desvio médio para dados simples utiliza-se a seguintes fórmula:

∑𝑛 ̅
𝑖=1|𝑋ʹ−𝑋|
Fórmula genérica: Dm=
𝑛

|𝑋ʹ1−𝑋̅|+|𝑋ʹ2−𝑋̅|+|𝑋ʹ3−𝑋̅ |+⋯+|𝑋ʹ𝑛−𝑋̅|
Fórmula analítica: Dm=
𝑛

Desvio médio para dados agrupados

Para calcular o desvio médio para dados agrupados utiliza-se a seguinte fórmula:

∑𝑛 ̅
𝑖=1 𝑓𝑖.|𝑋ʹ−𝑋 |
Fórmula genérica: Dm =
∑𝑛
𝑖=1 𝑓𝑖

𝑓1.|𝑋ʹ1−𝑋̅ |+𝑓2.|𝑋ʹ2−𝑋̅|+𝑓3.|𝑋ʹ3−𝑋̅|+⋯+𝑓𝑛.|𝑋ʹ𝑛−𝑋̅ |
Fórmula analítica: Dm=
𝑓𝑖+𝑓2+𝑓3+⋯+𝑓𝑛

Variância

É uma medida de dispersão que indica quão longe em geral os valores se encontram espalhados,
mas não tem efeito de aplicação prática, sendo para isso utilizado o desvio padrão. É determinado por
variância para dados simples e agrupados.

ESTATÍSTICA E PLANEAMENTO

44
INQUÉRITO SOBRE AS CAUSAS DA DELINQUÊNCIA JUVENIL NO MUNICÍPIO DE VIANA

Variância para dados simples

Para calcular a variância para dados simples, utiliza-se as seguintes fórmulas:

∑𝑛 ̅̅̅̅2
𝑖=1(𝑋𝑖−𝑋)
Fórmula genérica: 𝑆 2 =
𝑛

̅̅̅̅2 +(𝑋3−𝑋̅ )2 +⋯+(𝑋𝑛−𝑋̅)2


(𝑋1−𝑋̅)2 +(𝑋2−𝑋)
Fórmula analítica: 𝑆 2 =
𝑛

Variância para dados agrupados

Para calcular a variância para dados agrupados, utiliza-se as seguintes fórmulas:

∑𝑛 ̅ 2
𝑖=1 𝑓𝑖.(𝑋ʹ−𝑋 )
Fórmula genérica: 𝑆 2 =
∑𝑛
𝑖=1 𝑓𝑖

̅̅̅̅2 +𝑓3.(𝑋3−𝑋̅)2 +⋯+𝑓𝑛.(𝑋𝑛−𝑋̅)2


𝑓1.(𝑋1−𝑋̅ )2 +𝑓2.(𝑋2−𝑋)
Fórmula analítica: 𝑆 2 =
𝑓1+𝑓2+𝑓3+⋯+𝑓𝑛

Desvio padrão

É definido como a raiz quadrada da variância. Simbolicamente representa-se por S. O valor


numérico obtido descreve o maior ou menor grau de dispersão da distribuição com respeito à média
aritmética. Ou seja, quando os dados de uma série forem próximos entre si, o desvio padrão será
pequeno. Por outro lado, quanto maior for a diferença entre os dados de uma série, maior será o desvio
padrão.

Desvio padrão para dados simples

Para calcular o desvio padrão para dado simples, utiliza-se as seguintes fórmulas:

∑𝑛 ̅̅̅̅2
𝑖=1(𝑋𝑖−𝑋)
Fórmula genérica: 𝑆 = √
𝑛

̅̅̅̅2 +(𝑋3−𝑋̅)2 +⋯+(𝑋𝑛−𝑋̅)2


(𝑋1−𝑋̅ )2 +(𝑋2−𝑋)
Fórmula analítica: 𝑆 = √
𝑛

Desvio padrão para dados agrupados

Para calcular o desvio padrão para dados agrupados, utiliza-se as seguintes fórmulas:

∑𝑛 ̅ 2
𝑖=1 𝑓𝑖.(𝑋ʹ−𝑋)
Fórmula genérica: 𝑆 = √
∑𝑛
𝑖=1 𝑓𝑖

̅̅̅̅2 +𝑓3.(𝑋3−𝑋̅)2 +⋯+𝑓𝑛.(𝑋𝑛−𝑋̅)2


𝑓1.(𝑋1−𝑋̅)2 +𝑓2.(𝑋2−𝑋)
Fórmula analítica: 𝑆 = √
𝑓1+𝑓2+𝑓3+⋯+𝑓𝑛

ESTATÍSTICA E PLANEAMENTO

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INQUÉRITO SOBRE AS CAUSAS DA DELINQUÊNCIA JUVENIL NO MUNICÍPIO DE VIANA

Coeficiente de variação

É a medida de dispersão que mede a variação percentual do desvio padrão relativamente à


média aritmética. A partir do coeficiente de variação (Cv) onde se avaliará a homogeneidade ou a
heterogeneidade dos dados. O coeficiente de variação calcula-se utilizando a seguinte fórmula:

𝑆
CV= ̅ X 100
𝑋

Quando o CV é ≤ 50%, apresenta uma concentração e uma homogeneidade.

Quando o CV é ≥ 50%, apresentam uma dispersão e uma heterogeneidade.

2.4 Inquérito

É um instrumento usado para recolher informações quantitativas nos campos de marketing,


sondagens e pesquisas nas ciências sociais.

Inquérito estatístico: é um conjunto de técnicas estatísticas usadas para recolher informações


quantitativas acerca de uma determinada população.

2.4.1 Tipos de inquéritos

Inquérito por entrevista: é quando as perguntas são colocadas por um pesquisador.

Inquérito por questionário: é quando as questões são administradas pelo respondente.

2.5 Métodos de apresentação dos dados

Tabelas

São estruturas básicas para a organização e apresentação de dados. O objectivo da mesma é de


viabilizar a produção de informações rápidas, de forma sintética, das variáveis em estudo, permitindo
uma leitura simples e uma interpretação precisa.

Quadro

É uma figura com margens fechadas, utilizadas para o lançamento dos dados teóricos e
numéricos.

Gráfico

É descrevido com figuras e esquemas. É a tentativa de expressar visualmente os dados ou


valores numéricos, de maneiras diferentes e assim facilitando a compreensão dos mesmos.

Gráfico de coluna: são gráficos que indicam geralmente dados quantitativos sobre diferentes
variáveis, lugares ou sectores e não dependem de proporções.

ESTATÍSTICA E PLANEAMENTO

46
INQUÉRITO SOBRE AS CAUSAS DA DELINQUÊNCIA JUVENIL NO MUNICÍPIO DE VIANA

Gráfico em barra: são gráficos que permitem um fácil entendimento das informações, apesar
de muito parecido com o gráfico de colunas, este estilo de gráfico é indicado para dados que possuem
rótulos muito longos.

Gráfico de pizza ou em sectores: consiste na representação gráfica dos resultados num


circuito, dividido em sectores para expressar uma relação de proporcionalidade às frequências de
classe onde cada percentagem ou frequência tem um lugar.

Ogiva de Galton: é um gráfico que tem por finalidade a representação das tabelas de
frequências acumuladas.

As tabelas, quadros e gráficos facilitam a compreensão do fenômeno em estudo uma vez que
apresentam os dados de modo resumido, oferecendo uma visão do conteúdo em questão.

ESTATÍSTICA E PLANEAMENTO

47
INQUÉRITO SOBRE AS CAUSAS DA DELINQUÊNCIA JUVENIL NO MUNICÍPIO DE VIANA

2.6 Apresentação dos resultados do inquérito em quadro e gráficos

Quadro nº I – Distribuição de frequências para respondentes sobre o que está na base da


delinquência juvenil no município de Viana.

Quadro: Na sua opinião o que está na base da delinquência juvenil no munícipio de Viana
Indicadores Distritos Frequência Simples Frequência Acumuladas

Estalagem
Absoluta Relativa Abaixo de Acima de

vila-flor
kikuxe

Zango
I

Baia
Xi
fi fri% FI ↓ Fri % ↓ Fi ↑ Fri % ↑

1 A dificuldade de entrada no sistema escolar 13 8 4 9 8 42 10,5 42 10,5 400 100


2 A falta de diálogo na família 12 13 12 9 17 63 15,75 105 26,25 358 89,5
3 A falta de esquadras móveis 0 3 3 4 7 17 4,25 122 30,5 295 73,75
4 A falta de iluminação 3 2 4 4 2 15 3,75 137 34,25 278 69,5
5 A falta de Lazer 1 0 1 1 1 4 1 141 35,25 263 65,75
6 A fuga a paternidade 4 1 1 0 0 6 1,5 147 36,75 259 64,75
7 A influência dos amigos 15 8 12 16 9 60 15 207 51,75 253 63,25
8 A má governação do país 1 6 3 2 0 12 3 219 54,75 193 48,25
9 A pobreza 9 15 18 11 14 67 16,75 286 71,5 181 45,25
10 O desemprego por parte dos pais 7 15 10 11 12 55 13,75 341 85,25 114 28,5
11 O uso de drogas 14 9 8 8 7 46 11,5 387 96,75 59 14,75
12 Outros 1 0 4 5 3 13 3,25 400 100 13 3,25
Total Geral 80 80 80 80 80 400 100
Autoria: Estatística e Planeamento - 13ª classe -Turma AT - Grupo nº 1 - Ano lectivo 2020-2021

Interpretação: De acordo com os dados recolhidos verificamos que no universo de 400


pessoas inqueridas, 67 inqueridos apontam A pobreza como a principal causa de pobreza na província
de Luanda, representando 16,75% dos dados recolhidos.

Gráfico de barra nº I – Representação gráfica sobre o que está na base da delinquência juvenil
no município de Viana.

Autoria: Estatística e Planeamento 13ª classe – Turma AT – Grupo nº1 Ano lectivo 2020-2021

Interpretação: No gráfico número I acima demonstrado, podemos ver que a maior barra
crescente numa escala de 0 à 80 é a que corresponde a pobreza com 67 observações e é a causa
principal da delinquência juvenil no município de Viana.

ESTATÍSTICA E PLANEAMENTO

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INQUÉRITO SOBRE AS CAUSAS DA DELINQUÊNCIA JUVENIL NO MUNICÍPIO DE VIANA

Quadro nº II – Distribuição de frequências para a percepção sobre o n.º de adolescentes


delinquentes na sua área.

Quadro: Qual a sua percepção sobre os nºs de adolescentes delinquentes na sua área?
Indicadores Distritos Frequências Simples Frequências acumuladas

Estalagem
I

Vila-flor
Kikuxe

Zango
Absoluta Relativa Abaixo de Acima de

Baia
XI
fi fri% Fi ↓ Fri %↓ Fi ↑ Fri %↑
1 Baixo 7 17 48 8 8 88 22 88 22 400 100
2 Moderado 14 26 23 31 23 117 29,25 205 51,25 312 78
3 Elevado 59 37 9 41 49 195 48,75 400 100 195 48,75
Total Geral 80 80 80 80 80 400 100
Autoria: Estatística e Planeamento - Classe 13ª - Turma AT - Grupo nº 1 - Ano lectivo 2020-2021

Interpretação: No quadro número II acima demonstrado, procuramos saber por parte dos
inqueridos, qual a percepção sobre o n.º de adolescentes delinquentes na sua área, e o que se pode
constatar é que num universo de 400 inqueridos, 195 pessoas, correspondente à 48,75% dos
inqueridos afirmam que o n.º de adolescentes delinquentes nas suas áreas é elevado e apenas 88
pessoas correspondente à 22% afirmam que a delinquência juvenil no munícipio de Viana é baixa.

Gráfico de coluna nº II – Representação gráfica sobre a percepção de adolescentes


delinquentes na sua área.

Gráfico de coluna
250

195
200

150
Baixo
117
Moderado
100 88
Elevado

50

0
Total

Autoria: Estatística e Planeamento 13ª classe – Turma AT – Grupo nº1 Ano lectivo 2020-2021

Interpretação: No gráfico III acima, podemos constatar que a coluna com maior elevação é a
que contem 195 respostas e corresponde ao nível de delinquência juvenil que é elevada no mesmo
município.

ESTATÍSTICA E PLANEAMENTO

49
INQUÉRITO SOBRE AS CAUSAS DA DELINQUÊNCIA JUVENIL NO MUNICÍPIO DE VIANA

Quadro nº III – Distribuição de frequências para as idades frequentemente notadas nos


delinquentes.

Quadro: Quais as idades frequentemente notadas nos delinquentes?


Indicadores Distritos Frequências Simples Frequências acumuladas

Estalagem
I

Vila-flor
Kikuxe

Zango
Absoluta Relativa Abaixo de Acima de

Baia
XI
fi fri% Fi ↓ Fri %↓ Fi ↑ Fri %↑
1 Dos 10 aos 12 anos 18 16 6 13 8 61 15,25 61 15,25 400 100
2 Dos 13 aos 15 anos 23 25 15 19 31 113 28,25 174 43,5 339 84,75
3 Dos 16 aos 17 anos 39 39 59 48 41 226 56,5 400 100 226 56,5
Total Geral 80 80 80 80 80 400 100
Autoria: Estatística e Planeamento - Classe 13ª - Turma AT - Grupo nº 1 - Ano lectivo 2020-2021

Interpretação: Conforme podemos constatar no quadro número III acima demonstrado, dos
400 inqueridos, 226 pessoas, correspondente a 56,5 % da população afirmam que as idades mais
notadas dos adolescentes delinquentes estão entre os 16-17 anos. Já as idades menos notada são dos
10 aos 12 anos

Gráfico de pizza nº IV – Representação gráfica das idades frequentemente notadas nos


delinquentes.

Gráfico de Pizza

61

Dos 10 aos 12 anos


Dos 13 aos 15 anos
226 113 Dos 16 aos 17 anos

Autoria: Estatística e Planeamento 13ª classe – Turma AT – Grupo nº1 Ano lectivo 2020-2021

Interpretação: No gráfico III podemos constatar que num universo de 400 inqueridos do
município de Viana, 226 é o valor que ocupa a maior parte do grau da circunferência no gráfico de
pizza e corresponde as idades mais notadas nos delinquentes que é dos 16 aos 17 anos.

ESTATÍSTICA E PLANEAMENTO

50
INQUÉRITO SOBRE AS CAUSAS DA DELINQUÊNCIA JUVENIL NO MUNICÍPIO DE VIANA

Quadro nº IV – Distribuição de frequências sobre os crimes mais cometidos nas suas áreas.

Quadro: Qual o crime mais cometido na sua área?


Indicadores Distritos Frequência Simples Frequência Acumuladas

Estalagem
Absoluta Relativa Abaixo de Acima de

Vila-flor
Kikuxe

Zango
I

Baia
Xi
fi fri% FI ↓ Fri % ↓ Fi ↑ Fri % ↑

1 Furtos rápidos 34 27 26 10 19 116 29 116 29 400 100


2 Furtos a mão armada 35 39 30 37 36 177 44,25 293 73,25 284 71
3 Agressão física 9 12 13 17 12 63 15,75 356 89 107 26,75
4 Invasão de propriedades 2 2 9 7 7 27 6,75 383 95,75 44 11
5 Outros 0 0 2 9 6 17 4,25 400 100 17 4,25
Total Geral 80 80 80 80 80 400 100
Autoria: Estatística e Planeamento - 13ª classe -Turma AT - Grupo nº 1 - Ano lectivo 2020-2021

Interpretação: Conforme podemos constatar no quadro e gráfico número IV acima


demonstrado, dos 400 inqueridos, 177 pessoas, correspondente a 44,25% da população afirmam que
os furtos a mão armada é o crime mais cometido nas suas áreas.

Gráfico de barra nº IV – Representação gráfica sobre os crime mais cometido nas suas áreas.

Gráfico de Barra

17

27 Outros
Invasão de propriedade
Total 116
Furtos rápidos

177 Furtos a mão armada


Agressão fisica
63

0 50 100 150 200

Autoria: Estatística e Planeamento 13ª classe – Turma AT – Grupo nº1 Ano lectivo 2020-2021

Interpretação: No gráfico número IV acima demonstrado, podemos ver que a barra que mais
se destaca numa escala de 0 à 200 é a que corresponde aos furtos a mão armada com 177 pessoas
afirmando positivamente.

ESTATÍSTICA E PLANEAMENTO

51
INQUÉRITO SOBRE AS CAUSAS DA DELINQUÊNCIA JUVENIL NO MUNICÍPIO DE VIANA

2.6.1 Cálculos para dados repetidos não agrupados em classes

Quadro de distribuição de frequências para dados repetidos não agrupados em classes


Quadro: Na sua opinião o que está na base da delinquência juvenil no munícipio de Viana
Indicadores Frequência Simples Frequência Acumuladas
Absoluta Relativa Abaixo de Acima de
I
Xi
fi fri% FI ↓ Fri % ↓ Fi ↑ Fri % ↑

1 A dificuldade de entrada no sistema escolar 42 10,5 42 10,5 400 100


2 A falta de diálogo na família 63 15,75 105 26,25 358 89,5
3 A falta de esquadras móveis 17 4,25 122 30,5 295 73,75
4 A falta de iluminação 15 3,75 137 34,25 278 69,5
5 A falta de Lazer 4 1 141 35,25 263 65,75
6 A fuga a paternidade 6 1,5 147 36,75 259 64,75
7 A influência dos amigos 60 15 207 51,75 253 63,25
8 A má governação do país 12 3 219 54,75 193 48,25
9 A pobreza 67 16,75 286 71,5 181 45,25
10 O desemprego por parte dos pais 55 13,75 341 85,25 114 28,5
11 O uso de drogas 46 11,5 387 96,75 59 14,75
12 Outros 13 3,25 400 100 13 3,25
Total Geral 400 100
Autoria: Estatística e Planeamento - 13ª classe -Turma AT - Grupo nº 1 - Ano lectivo 2020-2021

Media aritmética simples

∑ 𝑛
𝑋𝑖
𝑋̅s = 𝑖=1
𝑛

400
𝑋̅s = 12

𝑋̅s = 33,3 ≈ 33

Interpretação: Num universo de 400 inqueridos em média 33 indivíduos responderam a cada


uma das causas da delinquência juvenil no município de Viana.

Moda simples

Mo= f(máx) = 67

Interpretação: Num universo de 400 inqueridos, 67 responderam que a principal causa da


delinquência juvenil no município de Viana é a pobreza.

Mediana

Me =

400 1
EMe = +2
2

401
EMe = 2

EMe = 200,5

Me = 200 + 0,5 (201º - 200º)

ESTATÍSTICA E PLANEAMENTO

52
INQUÉRITO SOBRE AS CAUSAS DA DELINQUÊNCIA JUVENIL NO MUNICÍPIO DE VIANA

Me = 7 + 0,5 (7-7)

Me = 7

Mediana = 7 =˃ A Influência dos Amigos

Medidas de Tendências não centrais

Quartil

Qk

2.400 1
EQ2 = +2
4

800 1
EQ2 = +2
4

800+2
EQ2 = 4

EQ2 = 200,5

Q2 = 200 + 0,5 (201º - 200º)

Q2 = 7 + 0,5 (7-7)

Q2 = 7

Decil
𝑘.𝑛 1
Dk = 10 + 2

5.400 1
ED5= +2
10

2000 1
ED5 = +
10 2

2000+5
ED5 = 10

2005
ED5 =
10

ED5 = 200,5

D5 = 200 + 0,5 (201º - 200º)

D5 = 7 + 0,5 (7-7)

D5 = 7

ESTATÍSTICA E PLANEAMENTO

53
INQUÉRITO SOBRE AS CAUSAS DA DELINQUÊNCIA JUVENIL NO MUNICÍPIO DE VIANA

Percentil
𝑘.𝑛 1
Pk = 100 + 2

50.400 1
EP50 = +2
100

20000 1
EP50 = +2
100

20000+50
EP50 = 100

20050
EP50 = 100

EP50 = 200,5

P50 = 200 + 0,5 (201º - 200º)

P50 = 7 + 0,5 (7-7)

P50 = 7 =˃ A Influência dos Amigos

Interpretação: Me=Q2=D5=P50, indicam que o ponto central das causas da delinquência


juvenil no município de Viana em relação as observações obtidas é a Influência dos amigos e se
encontra na posição 7 da nossa distribuição de frequências.

2.6.2 - Cálculos para dados repetidos agrupados em classe

Iº passo: Elaboração do Rol


Rol crescente
0 0 0 0 0
0 1 1 1 1
1 1 1 1 2
2 2 3 3 3
3 3 4 4 4
4 4 4 5 6
7 7 7 8 8
8 8 8 9 9
9 9 9 10 11
11 12 12 12 12
13 13 14 14 15
15 15 16 17 18

IIº Passo: Amplitude Total

AT= Lss-Lis

AT= 18-0

AT= 18

IIIº Passo: Número de classes pela Regra de Sturger

K= 1+3,3 log (n)


ESTATÍSTICA E PLANEAMENTO

54
INQUÉRITO SOBRE AS CAUSAS DA DELINQUÊNCIA JUVENIL NO MUNICÍPIO DE VIANA

K= 1+3,3 log (400)

K= 1+ 3,3 (2,60)

K= 1+ 8,58

K= 9,58 ≈ 10

IVº Passo: Amplitude da classe


𝐴𝑇
AC= 𝐾

18
AC= 10

AC= 1,8

Vº passo: Construir a distribuição de frequência agrupando os dados em classe

Indicadores Frequência Simples Frequência Acumuladas


Absoluta Relativa Abaixo de Acima de
I
Classes
fi fri% FI ↓ Fri % ↓ Fi ↑ Fri % ↑ pmi pmi.fi X'- X |X'- X| fi.|X'- X| (X' -X)² fi.(X' -X)²

1 0├ 1,8 8 2 8 2 400 100 0,9 7,2 -9,88 9,88 79,04 97,65 781,23
2 1,8├ 3,6 21 5,25 29 7,25 392 98 2,7 56,7 -8,08 8,08 169,68 65,32 1371,69
3 3,6├ 5,4 29 7,25 58 14,5 371 92,75 4,5 130,5 -6,28 6,28 182,12 39,46 1144,44
4 5,4 ├ 7,2 27 6,75 85 21,25 342 85,5 6,3 170,1 -4,48 4,48 120,96 20,09 542,38
5 7,2├ 9 40 10,00 125 31,3 315 78,75 8,1 324,0 -2,68 2,68 107,2 7,19 287,72
6 9├ 10,8 55 13,8 180 45 275 68,8 9,9 545 -0,88 0,88 48,4 0,78 43
7 10,8├ 12,6 70 17,5 250 62,5 220 55 11,7 819 0,92 0,92 64,4 0,84 58,99
8 12,6├ 14,4 54 13,5 304 76 150 37,5 13,5 729 2,72 2,72 146,88 7,39 398,93
9 14.4├ 16,2 61 15,25 365 91,25 96 24 15,3 933 4,52 4,52 275,72 20,41 1245,15
10 16,2 - 18 35 8,75 400 100 35 8,75 17,1 598,5 6,32 6,32 221,2 39,92 1397,10
Total Geral 400 100 4312,8 1415,6 7270,43
Autoria: Estatística e Planeamento - 13ª classe -Turma AT - Grupo nº 1 - Ano lectivo 2020-2021

Gráfico de ogiva de galton - Representação gráfica sobre as frequências acumuladas abaixo


de e acima de para os dados agrupados em classe.

Autoria: Estatística e Planeamento 13ª classe – Turma AT – Grupo nº1 Ano lectivo 2020-2021

Interpretação: No grafico de Ogiva de Galton constata-se claramente, a intercepção das


frequências acumuladas abaixo de (Fi↓) e acima de (Fi↑) que, em cada classe o número de respostas
cresce e decresce tendencialmente. E o ponto de intercepção é a Mediana, isto é, 11,3 que divide a
série.
ESTATÍSTICA E PLANEAMENTO

55
INQUÉRITO SOBRE AS CAUSAS DA DELINQUÊNCIA JUVENIL NO MUNICÍPIO DE VIANA

Medidas de tendências centrais

Média aritmética ponderada

∑ 𝑛
𝑝𝑚𝑖.𝑓𝑖
̅
XP = 𝑖=1
∑𝑛 𝑓𝑖
𝑖=1

Onde: ∑𝒏𝒊=𝟏 𝒑𝒎𝒊. 𝒇𝒊 = 4312,8 ; ∑𝒏𝒊=𝟏 𝒇𝒊 = 400

Resolução
4312,8
𝑋̅P = 400

𝑋̅P = 10,78 ≈ 11

Interpretação: Com isto temos um valor representativo do número de respondentes para cada
uma das classes. Num universo de 400 inqueridos constatou-se que 11 é o número de respondente em
média para cada classe da delinquência juvenil no munícipio de Viana.

Mediana
𝑛
−𝐹 (𝑖−1)
Me = Lic + (2 ) x ac
𝑓𝑖

𝒏 400
Onde: Lic = 10,8; = = 200; 𝑭 (𝒊 − 𝟏) = 180; fi = 70; ac = 1,8
𝟐 2

Resolução
200−180
Me = 10,8 + ( ) 𝑋 1,8
70

Me = 10,8 + 0,28 X 1,8

Me = 10,8 + 0,5

Me = 11,3

Medidas de Tendências não centrais

Quartil
𝑘.𝑛
−𝐹(𝑖−1)
4
Qk= Lic + ( )X AC
𝑓𝑖

𝒌.𝒏 2.400
Onde: Lic = 10,8; = = 200; 𝑭(𝒊 − 𝟏) = 180; fi = 70; ac = 1,8
𝟒 2

Resolução
200−180
Q2 = 10,8 + ( ) 𝑋 1,8
70

ESTATÍSTICA E PLANEAMENTO

56
INQUÉRITO SOBRE AS CAUSAS DA DELINQUÊNCIA JUVENIL NO MUNICÍPIO DE VIANA

Q2= 10,8 + 0,28 X 1,8

Q2 = 10,8 + 0,5

Q2 = 11,3

Decil
𝑘.𝑛
−𝐹(𝑖−1)
Dk= Lic + ( 10 ) X AC
𝑓𝑖

𝒌.𝒏 5.400
Onde: Lic = 10,8; = = 200; 𝑭 (𝒊 − 𝟏) = 180; fi = 70; ac = 1,8
𝟏𝟎 10

Resolução
200−180
D5 = 10,8 + ( ) 𝑋 1,8
70

D5= 10,8 + 0,28 X 1,8

D5 = 10,8 + 0,5

D5 = 11,3

Percentil
𝑘.𝑛
−𝐹(𝑖−1)
100
Pk = Lic + ( )X AC
𝑓𝑖

𝒌.𝒏 50.400
Onde: Lic = 10,8; = = 200; 𝑭(𝒊 − 𝟏) = 180; fi = 70; ac = 1,8
𝟏𝟎𝟎 100

Resolução
200−180
P50 = 10,8 + ( ) 𝑋 1,8
70

P50= 10,8 + 0,28 X 1,8

P50 = 10,8 + 0,5

P50 = 11,3

Interpretação: Me=Q2=D5=P50. Num universo de 400 inqueridos, a mediana indica que o


ponto central do número de respondentes sobre as causas delinquência juvenil no município de Viana
em relação as observações obtidas no conjunto agrupado por classe é o 11,3 e encontra-se na classe
que vai de (10,8 – 12,6).

ESTATÍSTICA E PLANEAMENTO

57
INQUÉRITO SOBRE AS CAUSAS DA DELINQUÊNCIA JUVENIL NO MUNICÍPIO DE VIANA

Moda de Czuber
𝑓𝑖−𝑓(𝑖−1)
Mo = Lic + [𝑓𝑖−𝑓(𝑖−1)+𝑓𝑖−𝑓(𝑖+1)] 𝑋 𝑎𝑐

Onde = Lic = 10,8; fi = 70; f(i-1) = 55; f(i+1) = 54; ac = 1,8

Resolução
70−55
Mo = 10,8 + |70−55 + 70−54| X 1,8

15
Mo = 10,8 + |31| X 1,8

Mo = 10,8 + 0,48 X 1,8

Mo = 10,8 + 0,86

Mo = 11,66

Interpretação: Num universo de 400 inqueridos, o resultado obtido da moda é de 11,66, o que
implica dizer que o maior número de respondente, isto é 70 pessoas encontram-se na classe que vai
desde (10,8-12,6).

Medidas de dispersão

Desvio médio

∑𝑛 ̅
𝑖=1|𝑋ʹ−𝑋| .fi
DM = ∑𝑛
𝑖=1 𝑓𝑖

̅ | . 𝐟𝐢 = 1415,6;
Onde: ∑𝒏𝒊=𝟏|𝑿ʹ − 𝑿 ∑𝒏𝒊=𝟏 𝒇𝒊 = 400

Resolução
1415,6
DM = 400

DM= 3,54

Interpretação: Num universo de 400 inqueridos, segundo os resultados obtidos, a média do


desvio sobre as respostas dos inqueridos concernente a delinquência juvenil é de 3,54.

Variância

∑𝑛 ̅ 2
𝑖=1(𝑋ʹ−𝑋) .fi
𝑆2 = ∑𝑛
𝑖=1 𝑓𝑖 −1

̅ )𝟐 . 𝐟𝐢 = 7270,43;
Onde: ∑𝒏𝒊=𝟏(𝑿ʹ − 𝑿 ∑𝒏𝒊=𝟏 𝒇𝒊 − 𝟏 = 400-1

ESTATÍSTICA E PLANEAMENTO

58
INQUÉRITO SOBRE AS CAUSAS DA DELINQUÊNCIA JUVENIL NO MUNICÍPIO DE VIANA

Resolução

7270,43
𝑆2 =
400 − 1

𝑆 2 = 18,22

Interpretação: Num universo de 400 inqueridos, com o resultado obtido podemos dizer que a
variabilidade entre cada causa observada no inquérito e a média das causas sobre os 400 inqueridos
é de 18,22.

Desvio padrão

∑𝑛 ̅ 2
𝑖=1(𝑋ʹ−𝑋 ) .fi
𝑆=√ ∑𝑛
𝑖=1 𝑓𝑖−1

̅ )𝟐 . 𝐟𝐢 = 7270,43;
Onde: ∑𝒏𝒊=𝟏(𝑿ʹ − 𝑿 ∑𝒏𝒊=𝟏 𝒇 𝒊 − 𝟏 = 400-1

Resolução

7270,43
𝑆=√ 400−1

𝑆 = √18,22

𝑆 = 4,27

Interpretação: Num universo de 400 inqueridos, o erro padrão entre as respostas dos
inqueridos sobre a delinquência juvenil corresponde à 4,27.

Coeficiente de variação
𝑆
CV= 𝑋̅ X 100

̅ = 10,78
Onde: S= 4,27; 𝑿

Resolução
4,27
CV=10,78
̅̅̅̅̅̅̅̅
X 100

CV= 0,39 X 100

CV = 39

Interpretação: Após o estudo feito, constatou-se que o enviesamento entre as respostas dos
inqueridos, no que diz respeito as causas da delinquência juvenil no munícipio de viana em relação a
média, representa 39%.

ESTATÍSTICA E PLANEAMENTO

59
INQUÉRITO SOBRE AS CAUSAS DA DELINQUÊNCIA JUVENIL NO MUNICÍPIO DE VIANA

ESTATÍSTICA E PLANEAMENTO

60
INQUÉRITO SOBRE AS CAUSAS DA DELINQUÊNCIA JUVENIL NO MUNICÍPIO DE VIANA

Conceitos de políticas, estratégias e medidas

Políticas: É um conjunto de orientações traçadas por um orgão administrativo destinado a


influenciar as decisões dos agentes no sentido de concretização de determinados objectivos.

Estratégias: é o caminho mais adequado a ser executado para alcançar um objectivo ou meta.

Medida: é o meio utilizado ou necessário, para a realização de um determinado objectivo.

Importância das políticas, estratégias e medidas

As políticas, estratégias e medidas são importantes porque definem os objectivos e os princípios


de actuação bem como os meios e planos para a tomada de decisões, com o objectivo de atingir um
determinado fim.

Situação da delinquência juvenil no munícipio de viana

A delinquência juvenil no município de viana é elevada tendo como principais elementos


praticantes os adolescentes numa faixa etária dos 16 e 17 anos.

Jovens muitas das vezes fora do ensino e sem ocupação formam grupos associado a
delinquência de tal modo a satisfazer suas necessidades financeiras ou emocionais.

A delinquênca juvenil carece de uma maior atenção por parte dos orgãos competentes pois uma
prática desencadea outra e deve-se ter em atenção que para um acto ser corrigido deve-se começar na
raiz (o real problema).

Políticas, estratégias e medidas para minimizar a pobreza no munícipio de viana

Política

 Melhoria da qualidade de vida da população.

Estratégias

 E1. Reduzir o custo de aquisição dos produtos das cestas básicas;


 E2. Criar mais oportunidades de emprego para a população.

Medidas

 M1 da E1. Aumento da produção nacional dos produtos da cesta básica.

Para que se aumente a produção nacional dos produtos o governo deve promover e dinamizar
as fazendas em grande escala em articulações com parceiros tecnológicos e experientes, reforcar o
controlo de qualidade de sementes e promover parcerias regionais no domínio das sementes.

ESTATÍSTICA E PLANEAMENTO

61
INQUÉRITO SOBRE AS CAUSAS DA DELINQUÊNCIA JUVENIL NO MUNICÍPIO DE VIANA

O governo deve fomentar a actividade agrícola, visando o aumento de produtos alimentares


básicos de consumo quer em exploração agrícola familiares quer em explorações agrícolas
empresariais.

 M2 da E1. Incentivar a agricultura familiar

A agricultura familiar, é a base da agricultura angolana sendo fundamentalmente desenvolvida


pelos camponeses que praticam, uma das principais formas de incentivar a agricultura familiar, é
através das políticas públicas que estimulam o desenvolvimento rural e fornecer meios para aprimorar
os seus processos e otimizar a entrega dos seus produtos, para que isso aconteça o governo tem que
reestruturar as vias secundárias para a maior acessibilidade e escoamento dos produtos, prestando
apoio técnico aos produtores de modo a promover a comercialização da produção agrícola familiar e
estabelimento de preços minímos de referência para os produtos da cesta básica.

 M1 da E2. Criação de mais postos de trabalhos

Para a criação de mais postos de trabalho, o governo deve diversificar a economia nacional e
reduzir as taxas de impostos para criação de empresas de forma a atrair mais investidores, e se assim
for haverá mais investidores e mais postos de trabalhos de forma a empregar a população necessitada.

 M2 da E2. Potencializar o sector privado

O governo deve apoiar a iniciativa e o espírito empreendedor através de reforços de capacidade


em empreendedorismo e apoio a criação de pequenos negócios para o encremento das possibilidades
de geração de emprego.

Política, estratégias e medidas para minimizar a falta de diálogo na família no município


de viana

Política

 Melhoria da interacção no seio familiar.

Estratégias

 E1. Acompanhar arduamente as actividades dos filhos;


 E2. Sensibilizar os pais para que se aumente o diálogo na família

Medidas

 M1 da E1. Dar maior atenção e instrução aos seus filhos

É sabido que muitos dos pais angolanos se limitam a conversar com os seus filhos, parece que
pensam que nos filhos é só dar alimentação, pagar a escola e dar dinheiro etc..., devem criar relações

ESTATÍSTICA E PLANEAMENTO

62
INQUÉRITO SOBRE AS CAUSAS DA DELINQUÊNCIA JUVENIL NO MUNICÍPIO DE VIANA

afectivas com os seus filhos sobre o que se deve ou não fazer dentro e fora do agregado familiar,
porque são os pais que desempenham papel fundamental para formatar comportamentos positivos aos
filhos.

 M2 da E1. Proporcionar uma educação adequada aos filhos

Para proporcionar uma educação adequada aos filhos é necessário que eles cresçam num
ambiente onde reina paz, diálogo constante e comportamentos positivos, é importante que os mesmos
aprendam uma educação religiosa e saudável, os pais devem estar a par das actividades dos filhos não
permitindo que eles façam sempre o que querem. Os pais devem tirar do seu tempo para se dedicar
aos filhos, desenvolvendo actividades como práticas recreativas e culturais.

 M1 da E2. Fortalecer as relações familiares

É importante que os familiares passem mais tempos juntos, a comunicação é a base para se
construir um relacionamento familiar saudável e também para fortalecer os laços afectivos entre
todos. Deve haver interações criativas assim como realizar actividades, enteragindo entre si de forma
saudável, e celebrar as victórias sendo elas familiares ou indivíduais, também é um meio de motivar
uns aos outros.

 M2 da E2. Realização das palestras sobre a importância do dialógo na família

Com a realização de mais palestras concernente ao diálogo, os pais sobretudo terão maior
conhecimento de que o diálogo no seio familiar é de grande importância pois, é através dele que os
pais e filhos se conhecem melhor, conhecem sobretudo suas respectivas opiniões e sua capacidade de
verbalizar conhecimento, e não só, de forma também para que os membros da família entendam que
educar não significa apenas explicar o que é errado.

ESTATÍSTICA E PLANEAMENTO

63
INQUÉRITO SOBRE AS CAUSAS DA DELINQUÊNCIA JUVENIL NO MUNICÍPIO DE VIANA

Papel da família

A família é o núcleo principal e fundamental de uma determinada sociedade, pois, é nela que o
indivíduo tem os primeiros ensinamentos de como conviver com o seu semelhante. Por esta razão,
ela tem como papel instruir o indivíduo, ensinar a distinção entre o bem e o mal, de modo que ele
possa crescer evitando fazer o mal.

Papel da sociedade

O combate a delinquência juvenil depende não só do envolvimento da família, como também


de toda a sociedade, sendo a mesma um conjunto de seres que convivem uns com os outros de forma
organizada, criando entre si um ambiente estável e agradável, e tem como papel, executar as políticas
traçadas pelo governo, no que diz respeito a redução deste mesmo fenômeno.

Papel do governo

Sendo o governo o orgão supremo que rege uma determinada sociedade, ele tem como papel
ajudar a mesma em qualquer trabalho que ele esteja envolvido, principalmente em problemas
económicos, que é muito verificado pela sociedade. Razão pela qual, deve fazer bom uso dos valores
arrecadados com o pagamento dos impostos, de modo a melhorar o bem estar da população.

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INQUÉRITO SOBRE AS CAUSAS DA DELINQUÊNCIA JUVENIL NO MUNICÍPIO DE VIANA

Considerações finais

Em síntese a delinquência é um dos fenômenos que mais tem preocupado a sociedade em geral
e são muito os factores que estão na base deste fenômeno.

E para chegarmos a esta conclusão foi aplicada a recolha de dados quantitativos utilizando
inquérito por questionário, numa amostra aleatória de 400 indivíduos da população de Viana, sendo
80 indivíduos por distrito: Baia, Estalagem, Kikuxe, Vila-flor e Zango.

O que está na base da delinquência juvenil no município de Viana? Com este trabalho de
pesquisa que tem como objectivo geral, conhecer as principais causas da delinquência juvenil no
município de Viana, foi constatado que as principais causas que estão na base da delinquência juvenil
são:

a) A pobreza onde 67 pessoas, que corresponde a 16,75% dos inqueridos, responderam


positivamente;
b) A falta de diálogo na família onde 63 pessoas, equivalentes a 15,75% dos inqueridos
responderam esta questão;
c) A influência dos amigos onde 60 pessoas equivalente a 15% dos inqueridos
responderam a esta questão.

Dentre as hipóteses delineadas na introdução da problemática, duas foram confirmadas: (4ª) se


o governo melhorar a qualidade de vida da população e (2ª) se haver mais diálogo na família e
acompanhamento nas actividades dos filhos por parte dos pais.

E elaboramos algumas políticas, estratégias e medidas baseadas nas duas (2) primeiras causas
mais votadas e assim as políticas foram: o melhoramento da qualidade de vida da População de Viana
e o Melhoramento da interação no seio familiar.

Assim, podemos afirmar que esta pesquisa poderá vir a ser aprofundada por outros estudantes
e recomendamos que pela próxima que o tema delinquência juvenil for abordado, poderia ser
enquadrado aspectos jurídicos e psicológicos, com a participação da respectiva administração da área
a ser estudada, de forma a recolher dados mais concretos sobre o número populacional, como também
de uma unidade policial. O referencial teórico poderá abordar sobre teorias jurídicas e psicológicas,
assim o questionário deverá ter em conta questões mais especificas, e ser distribuída para estas duas
entidades de modo a recolher informações do parecer destas entidades.

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INQUÉRITO SOBRE AS CAUSAS DA DELINQUÊNCIA JUVENIL NO MUNICÍPIO DE VIANA

Recomendações

Face a esta situação, recomenda-se o seguinte:

A família, sendo que esta é o alicerce onde se cria bases para a identidade, processo de
socialização e distinção entre o bem e o mal.

A família tem que melhorar a comunicação entre si, recomenda-se que os pais sirvam de
modelos cativantes para seus filhos, e que estes tenham um carácter flexivel para cada fase de vida
do seu filho sabendo adaptar imaginação, vontade, necessidades de acordo a realidade para manter
uma mente sadia e salvaguardar valores como amor, respeito, solidariedade; ja que a felicidade não
se faz só do que se tem mas também do que se é, pede-se que os pais tenham zelo em fazer os filhos
entenderem que antes de tudo vem a palavra vida e que esta é feita de valores; e que procurem
métodos de chamar a atenção dos filhos pra voltarem a integrar-se no meio social de forma moderada.

A sociedade, esta que é formada por famílias, entidades formadoras, empresas comerciais,
organizações diversas, recomenda-se que primeiro auxiliem na formação e educação do indivíduo
nela inserido, que sejam rigorosas concernente ao controle de prestação de serviços adequadas pra
cada fase do indivíduo, que ressaltem valores como respeito, apoio e atenção aos seus, que colaborem
com as entidades policiais e protectoras para a denúncia de suspeitas e casos de crime, que apelem a
justiça e disponibilizem-se para colaborar com o governo às políticas, estratégias e medidas que por
ele são elaboradas, executando-as fielmente, de forma a conduzir o homem na sua inserção social e
na interação com o seu semelhante.

Ao governo, fazendo referência aos orgãos supremos do país nomeadamente o Presidente da


república, a Assembleia Nacional, e os representantes legais de cada área, recomenda-se que
olhassem melhor para o estado da população no que concerne a delinquência juvenil, e as causas
deste fenômeno e assim que invista na construção ou implementação de mais escolas e aumentar o
número de oportunidades de formação dos indivíduos, que crie medidas para uma estabilidade básica
no que toca as necessidades primárias para a sobrevivência das famílias mais necessitadas, velasse
para a redução dos preços de produto de cesta básica, ajustar o desenvolvimento dos distritos urbanos
de modo a reduzir as assimetrias na produtividade e oportunidades legítimas, tendo em vista dar uma
maior segurança a população que aumente a vigilância nas ruas, metendo policiais a rondar as ruas
dos nossos distritos, que criasse uma inspecção as esquadras móveis e postos policiais e combater a
corrupção dentro destes, velar pela iluminação pois é no período noturno onde há uma maior prática
de crimes no município e câmeras monitoradoras em todos os distritos ajudaria na identificação de
crimes e dos sujeitos que praticam os mesmos e daí tomar medidas para reduzir a actuação de
indivíduos e grupos ligados a delinquência.
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