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LEQ1 - Relatório 4

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

CENTRO DE TECNOLOGIA – ENGENHARIA QUÍMICA


LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA I

DOUGLAS PEREIRA CAVALCANTE – 16211287

DETERMINAÇÃO DA VISCOSIDADE

Maceió-AL
2021
DOUGLAS PEREIRA CAVALCANTE - 16211287

DETERMINAÇÃO DA VISCOSIDADE

Relatório 4 (Determinação da
Viscosidade), referente à disciplina de
Laboratório de Engenharia Química I,
do curso de Engenharia Química, para
composição de nota na AB1,
ministrada pela Prof.ª Dr.ª Maritza
Montoya Urbina.

Maceió-AL
2021
RESUMO

A reologia é um ramo da física que estuda o escoamento da matéria em


geral, a plasticidade, a elasticidade e a viscosidade. Também pode-se definir
como a ciência que estuda o comportamento deformacional e do fluxo de matéria
submetido a tensões. Neste experimento foram determinadas as viscosidades
de soluções aquosas de sacarose, através da medição de vazão do escoamento
em um tubo capilar, calculando as tensões de cisalhamento e taxas de
deformação, relacionando-as em gráfico.

Palavras-chave: viscosidade; sacarose; reologia.


SUMÁRIO

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................................ 4
2. OBJETIVO ........................................................................................................................... 5
3. MATERIAIS E METÓDOS ................................................................................................ 5
3.1. MATERIAIS ..................................................................................................................... 5
3.2. MÉTODOS....................................................................................................................... 6
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................... 6
5. CONCLUSÃO ................................................................................................................... 11
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 11
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Viscosidade é a resistência que um fluido oferece ao escoamento. Ela


pode ser definida como o atrito interno resultante do movimento de uma camada
de fluido em relação a outra. Um fluido é uma substância que se deforma
continuamente quando sujeito à ação de uma força. [1]

Podemos definir viscosidade em:

❖ Viscosidade dinâmica: é dada em termos de força requerida para


mover uma unidade de área a uma unidade de distância.
❖ Viscosidade cinemática: é dada em termos de força requerida para
mover uma unidade de área a uma unidade de distância. [2]

Ao relacionarmos tensão de cisalhamento e taxa de deformação,


podemos classificar os fluidos da seguinte forma:

❖ Fluidos Newtonianos: são fluidos que obedecem à relação linear


entre tensão de cisalhamento e taxa de deformação;
❖ Fluidos não Newtonianos: são fluidos onde não há a relação citada
na definição de fluidos Newtonianos.

A viscosidade é uma propriedade que sofre influência da temperatura.


Sendo que em fluidos líquidos, quando se aumenta a temperatura a viscosidade
diminui, e em fluidos gasosos, quando se aumenta a temperatura a viscosidade
aumenta. Sendo que essa variação de temperatura pode ser explicada
examinando o mecanismo de viscosidade. [2]

A viscosidade é medida por viscosímetro, que consiste basicamente em


instrumento que é capaz de medir a viscosidade de um fluido. Existem diversos
tipos de viscosímetros, entre os quais se destacam pela sua importância e
aplicação industrial, o viscosímetro capilar (também conhecido como
viscosímetro de Ostwald), o viscosímetro de esfera em queda ou viscosímetro
de bola (conhecido como viscosímetro de Stokes) e o viscosímetro rotativo. [3]

❖ Viscosímetro Capilar: esse viscosímetro é basicamente um tubo


em U, onde um dos seus ramos é um tubo capilar fino ligado a um
reservatório superior. Sendo que o tubo é mantido na vertical e
coloca-se uma quantidade conhecida de um líquido no
4
reservatório, deixando-o escoar sob a ação da gravidade através
do capilar. A medida da viscosidade é o tempo que a superfície de
líquido no reservatório demora a percorrer o espaço entre duas
marcas gravadas sobre o mesmo;
❖ Viscosímetro rotativo: esse viscosímetro é um dos mais usados
na indústria e mede a força de fricção de um motor que gira, devido
a um sistema de pesos e roldanas, no seio de um fluído que se
pretende estudar. [1]

2. OBJETIVO

Apresentar a técnica experimental para a determinação da viscosidade de


líquidos baseada num balanço de forças num capilar por onde escoa um fluido
de densidade conhecida

3. MATERIAIS E METÓDOS
3.1 MATERIAIS

Utilizou-se um arranjo experimental, de fácil construção para


determinação do comportamento reológico, foi proposto por MASSARANI (1981)
e consiste basicamente em um frasco de Mariotte ao qual se acopla um tubo
plástico flexível pelo qual se faz escoar o fluido. Variando-se a altura da posição
de saída do tubo e medindo-se a vazão volumétrica e a queda de pressão
correspondente, obtém-se o diagrama reológico.
Figura 1: Esquema experimental de um viscosímetro capilar.

Fonte: MASSARANI, 1981.

5
Além do frasco de Mariotti, serão utilizados:

• Copo plástico;
• Cronômetro;
• Balança analítica;
• Régua;
• Suporte;
• Água;
• Substância com densidade desconhecida.

3.2 MÉTODOS
• Conheceu-se o comprimento e o diâmetro do capilar a ser utilizado;
• Vedou-se o capilar com uma presilha;
• Foi colocado a solução em estudo no frasco de Mariotte, em quantidade
suficiente para o experimento e foi verificado se não havia vazamentos;
• Deixou-se a solução escoar pelo capilar para ambientá-lo;
• Pesou-se o recipiente (copo) no qual foi coletado a amostra;
• Verificou-se a altura Δh onde o capilar está fixado, definiu-se 60s para
coleta da amostra e foi coletado o volume nesse tempo;
• Pesou-se o recipiente (copo) depois da coleta;
• Foram coletados 5 pontos variando o Δh e registrando nas tabelas.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Antes de realizar os cálculos com os dados das medições obtidas no


experimento, foi utilizado os seguintes dados:

𝜌𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑎 20% = 1,08576 g/cm³ = 1085,76 kg/m³


𝜌𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑎 40% = 1,1824 g/cm³ = 1182,4 kg/m³
g = 981,00 cm/s² = 9,81m/s²
L = 151 cm = 1,51 m
D = 0,2 cm = 0,002 m
π = 3,1416

6
Com isto, iniciamos a realização do experimento medindo o ∆h do capilar,
em metros para facilitar os cálculos; em seguida, foi pesado o copo e após a
coleta, pesou-se o copo com a amostra coletada. Daí obtivemos a massa da
amostra. Procedimento realizado em tempo cronometrado de 60s. Realizamos
o mesmo procedimento nas soluções de 20% e 40% (m/m).

Os dados experimentais estão dispostos nas Tabelas 1 e 2.

Tabela 1 - Dados experimentais obtidos para solução de 20% (m/m).

Massa copo
Copo Δh (m) Massa do copo (g) Massa amostra (g) Tempo (s)
+ amostra (g)
1 0,05 0,8003 6,6889 5,8886 60
2 0,10 0,7327 12,4372 11,7045 60
3 0,15 0,9732 19,7336 18,7604 60
4 0,20 0,8024 25,6767 24,8743 60
5 0,25 0,9319 30,2628 29,3309 60
Fonte: Autor, 2021.

Tabela 2 - Dados experimentais obtidos para solução de 40% (m/m).

Massa copo
Copo Δh (m) Massa do copo (g) Massa amostra (g) Tempo (s)
+ amostra (g)
1 0,05 0,8129 5,5607 4,7478 60
2 0,10 0,8249 7,1127 6,2878 60
3 0,15 0,7282 7,3993 6,6711 60
4 0,20 0,6813 8,3628 7,6815 60
5 0,25 0,8696 10,2851 9,4155 60
Fonte: Autor, 2021

A fim de encontrarmos a viscosidade do fluido, tivemos que realizar um


balanço de forças do tubo. Onde a força da pressão de escoamento do fluido é
igual a força de atrito na parede deste tubo, através da Lei de Newton da
Viscosidade. Daí, podemos calcular a tensão de cisalhamento (Equação 1).

⍴ ∗ 𝑔 ∗ ∆𝐻
𝜏𝑟𝑧 = τ0 = 𝐷 (𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 1)
4𝐿

7
Já o gradiente de velocidade (Equação 2), foi encontrado pela derivação
da velocidade média de um perfil laminar.

𝑑𝑣𝑧 32 ∗ 𝑚𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎
− = (𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 2)
𝑑𝑟 𝜋 ∗ 𝜌 ∗ 𝐷3 ∗ 𝑡

Aplicando os dados conhecidos e os valores encontrados


experimentalmente, nas equações, foram desenvolvidas as tabelas 3 e 4 para
as soluções a 20% e 40% (m/m), respectivamente.

𝒅𝒗𝒛
Tabela 3: τ0 e − para cada amostra de 20% (m/m).
𝒅𝒓

𝒅𝒗𝒛 −𝟏
Copo Δh (m) Massa amostra (g) Tempo (s) 𝛕𝟎 (Pa) − (𝒔 )
𝒅𝒓
1 0,05 5,8886 60 1,761663576 115,1482414
2 0,10 11,7045 60 3,523327152 228,8748754
3 0,15 18,7604 60 5,284990728 366,8490079
4 0,20 24,8743 60 7,046654305 486,4028633
5 0,25 29,3309 60 8,808317881 573,5491548
Fonte: Autor, 2021.

𝒅𝒗𝒛
Tabela 4: τ0 e − para cada amostra de 40% (m/m).
𝒅𝒓

𝒅𝒗𝒛 −𝟏
Copo Δh (m) Massa amostra (g) Tempo (s) 𝛕𝟎 (Pa) − (𝒔 )
𝒅𝒓
1 0,05 4,7478 60 1,918463576 85,25249304
2 0,10 6,2878 60 3,836927152 112,9050562
3 0,15 6,6711 60 5,755390728 119,7876714
4 0,20 7,6815 60 7,673854305 137,9306258
5 0,25 9,4155 60 9,592317881 169,0666937
Fonte: Autor, 2021.

Com os valores da tensão de cisalhamento e da taxa de deformação,


foram plotados os Gráficos 1 e 2, onde a linha de tendência nos informa o
coeficiente angular, que consequentemente é a viscosidade da solução aquosa
de sacarose que foi analisada, em Pa*s.

8
Gráfico 1 - Curva reológica para solução aquosa de sacarose 20% (m/m)

10
y = 0,0149x
R² = 0,9991
Tensão de cisalhamento 8

0
0 100 200 300 400 500 600 700
Taxa de deformação

Fonte: Autor, 2021.

Gráfico 2 - Curva reológica para solução aquosa de sacarose 40% (m/m)

12
y = 0,0484x
R² = 0,9481
10
Tensão de cisalhamento

0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
Taxa de deformação

Fonte: Autor, 2021.

Os gráficos nos mostram o valor da viscosidade experimental. Já o valor


da viscosidade teórica da solução de sacarose a 20% e 40% (m/m) a 25ºC, foram
consultadas no PERRY, 1981 e está disposta na Figura 2.

9
Figura 2 – Viscosidade da solução aquosa de sacarose.

Fonte: PERRY, 1984.

Observa-se que os valores da figura acima estão em cP (centipoiles) e


para transformar para Pa*s multiplica o valor por 0,001. Com as viscosidades
conhecidas (experimental e teórica), aplicamos na Equação 3 e achamos o erro
relativo (%) inerente a cada solução.

Para a solução aquosa de sacarose a 20% (m/m):

μ 𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 − μ 𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎𝑑𝑜
𝐸= | | × 100% (Equação 3)
μ 𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎𝑑𝑜

0,0149− 0,00171
𝐸= | | × 100% = 771,34%
0,00171

Para a solução aquosa de sacarose a 40% (m/m):

μ 𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 − μ 𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎𝑑𝑜
𝐸= | | × 100%
μ 𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎𝑑𝑜
0,0484− 0,005206
𝐸= | | × 100% = 829,70%
0,005206

10
5 CONCLUSÃO

Neste experimento, aplicamos os conceitos de determinação da


viscosidade em fluidos newtonianos. Para isso, calculamos o valor experimental
da viscosidade e comparamos com o teórico, encontrando o erro relativo (%).
Podemos observar valores muitos excessivos de erro relativo (771,34% e
829,7%), isto se dá a erro de operação nos momentos de pesagem, manuseio
de materiais e medição da variação de altura. Concluindo que, com esses dados,
não é um método confiável para a determinação da viscosidade da solução
aquosa da sacarose a 20% e 40% (m/m).

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. OMEL. Viscosidade. Disponível em <http://www.omel.com.br/artigos-


tecnicos/escola-de-bombas/centrifugas/viscosidade/>. Acesso em
03/07/2021.
2. P. COELHO. Dinâmica e cinemática. Disponível em
<https://www.engquimicasantossp.com.br/2015/04/viscosidade-
dinamica-e-cinematica.html>. Acesso em 03/07/2021.
3. R. ARAGÃO. Mecânica dos fluídos. Disponível em
<http://www.escoladavida.eng.br/mecfluquimica/planejamento_12009/m
ecflu1.pdf>. Acesso em 03/07/2021.
4. PERRY, R.H &amp; GREEN, D. Chemical Engineers Handbook. 6ª
edição. New York: McGraw Hill, 1984.

5. T. MATSUMOTO. Conceiros básicos de viscosidade. Disponível em


<https://www.feis.unesp.br/Home/departamentos/engenhariacivil/tsn__ft
_aula_1_qm.pdf>. Acesso em 03/07/2021.

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