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McDiaFeliz 30anospelavida FINAL

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30 ANOS

COORDENAÇÃO EDITORIAL
Bianca Provedel e Suéllen Gomes

REDAÇÃO
Luciana Bento e Mariana Oliveira

EDIÇÃO
Bianca Provedel, Mariana Oliveira e Suéllen Gomes

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO


Refinaria Design

REVISÃO
Cynthia Azevedo - Expressão Editorial

IMPRESSÃO
Zit Gráfica

FOTOS E IMAGENS
Acervos do Instituto Ronald McDonald,
Allegro Produções Artísticas, instituições
e empresas participantes da campanha,
pacientes, ex-pacientes e voluntários.

Todos os esforços foram feitos para determinar a


origem e a autoria das fotos utilizadas neste livro.
Nem sempre isso foi possível, principalmente
no caso de fotos obtidas em acervos de parentes
ou amigos do biografado. Teremos prazer em
creditar esses fotográfos caso se manifestem
AGRADECIMENTOS
Nosso incondicional obrigado a todos aqueles que foram entrevistados e a todos que ajudaram
a viabilizar as entrevistas com:
Ana Nicolini, Aida Maria Ribeiro da Silva, Aldo de Luca, Andrea Pontes, Antonio Petrilli, Antônio Rocha,
Beatriz Silva Batista, Carlos Cambraia, Carlos Emílio Sartório, Claudio Moura, Darcy Carvalho, Davi Brito,
Denise Coelho, Érica Passos, Fabiane Francisca Silva, Fábio Porchat, Francisco Neves, Gabriel Moura,
Helen Pedroso, Izaías Colino, Janet Burton, João Paulo Vergueiro, Joseany Salomão Guimarães,
Juliana Sá Zonta,Laura Oliveira, Lilian de Paula Vieira, Márcia Arruda Costa, Mário Jorge Carvalheira, Marlene Costa
da Silva, Mariza del Claro, Nadim Haddad, Peter Rodenbeck, Regina Cássia Viero, Roberta Fernandes Marinho,
Roberto Mack, Ronaldo Marques, Regina Cobo, Rogério Barreira, Sima Ferman, Sônia Neves, Suéllen Séqui,
Tupa Gomes, Vicente Odone.

Obrigado a todos os fotógrafos e artistas que cederam os direitos de uso de suas imagens. Agradecimentos
especiais aos fotógrafos Breno Martins, Bruno Machado, Edna Motta e ao ilustrador e artista gráfico Hiro Kawahara.

Obrigado a todos os capturados nas imagens que autorizaram a publicação de suas fotos.

Obrigado a toda a equipe do Instituto Ronald McDonald que contribuiu e viabilizou em tempo recorde a
produção desta publicação:
Alessandro Velloso, Amanda Bueno, Andressa Bonance, Antonio Lopes, Bianca Provedel,
Carla Lettieri, Danielle Basto, Francisco Neves, Helen Pedroso, Ilana Lourenço, Keitt Lomiento,
Luiz Costa, Mariana Gomes, Marcos Ramos, Maycon Medeiros, Michelle Barçal, Nínive Gonçalves,
Pedro Barros, Sandhia Prates, Suéllen Gomes, Vanusia Oliveira, Vinicius Araújo, Viviane Junqueira.

Muito obrigado!

Aos conselhos científico, de administração, executivo e fiscal.

Aos franqueados e embaixadores.

Aos fornecedores, doadores e membros mantenedores.

A Arcos Dourados e seus funcionários.

A todos que de alguma forma contribuíram e contribuem para o sucesso que é o McDia Feliz.

Nossa especial homenagem in memoriam a todos que tanto nos ensinaram, mas não puderam estar aqui
hoje para receber homenagens e agradecimentos.
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1
O McDIA FELIZ QUE
APRENDEMOS A AMAR 7
CAPÍTULO 2
O QUE ACONTECE NO DIA 47
CAPÍTULO 3
OS OUTROS 365 DIAS 89
CAPÍTULO 4
O IMPACTO NA
ONCOLOGIA PEDIÁTRICA 147
1
O McDIA FELIZ
QUE APRENDEMOS
A AMAR
O QUE É O
McDIA FELIZ
Dois hambúrgueres, alface, queijo, molho especial, cebola e
picles num pão com gergelim. Adicione solidariedade e você
tem a receita de uma das maiores campanhas de mobilização
e doação do Brasil: o McDia Feliz.

Anualmente, no último sábado do tos financiados com os recursos captados durante o McDia Feliz: projetos
mês de agosto, milhares de pes- ligados ao diagnóstico precoce, encaminhamento adequado, tratamento
soas se dirigem a um restaurante de qualidade e todo o suporte psicossocial para crianças e adolescentes
McDonald’s para participar: são com câncer no Brasil.
funcionários e franqueados da rede
Hoje, os principais hospitais com atendimento gratuito do país especializa-
que vão produzir o Big Mac, clientes,
dos no tratamento de crianças e adolescentes com câncer têm ou tiveram
médicos e profissionais de saúde,
projetos beneficiados pela campanha.
voluntários, pacientes, ex-pacien-
tes, suas famílias, representantes de Tudo começou com a visão de dois empresários na década de 1980: Gregory
instituições de apoio à criança e ao Ryan (in memoriam) e Peter Rodenbeck, responsáveis pelas franquias do
adolescente com câncer e, desde McDonald’s no Brasil. Para eles, o sucesso empresarial não se resumia a
2018, também pessoas preocupa- um bom faturamento, lojas cheias e reconhecimento de marca. Era, bem
das com a educação de jovens. aos moldes americanos e à essência da marca McDonald’s, permeado
por uma vontade genuína de retribuir à comunidade. Foi assim que eles
Ao longo de 30 edições, esta cam-
resolveram reproduzir por aqui o que já era uma campanha bem-sucedida
panha se tornou referência para
na América do Norte.
milhões de brasileiros. O McDia
Feliz é uma das campanhas cor- O sonho deles rapidamente se tornou o sonho de muita gente: médicos,
porativas vinculadas a causas so- voluntários, pais e mães de pacientes que naquela época lutavam contra o
ciais de maior sucesso no país. É tabu que era conviver e tratar crianças com câncer. No Sistema McDonald’s,
referência também na sociedade os fornecedores, franqueados e funcionários embarcaram na missão. Na
civil, pela mobilização que alcan- sociedade, artistas, personalidades, atletas, jornalistas e muita gente tam-
çou e pelo sucesso e impacto na bém quis participar e fazer o bem.
McDia Feliz 30 anos pela vida

oncologia pediátrica.
Conheça nas próximas páginas algumas das pessoas e histórias que
Milhares de pacientes e suas famílias transformaram o McDia Feliz no sucesso que é hoje. Contagie-se com a
têm sido beneficiados pelos proje- motivação, alegria e vontade de ajudar.

9
RAÍZES DO
McDIA FELIZ
Um conceito cunhado pelo funda- tal onde Kim realizava seu tratamento, de forma a transformá-lo em uma
dor da rede McDonald’s, Ray Kroc casa de apoio para pacientes e seus acompanhantes que precisam sair de
(in memoriam), e o relações públicas suas cidades de origem para tratar alguma grave enfermidade. Essa “casa
Al Golin (in memoriam) é essencial longe de casa” na Filadélfia se tornou a primeira Casa Ronald McDonald
para compreender o porquê de a do mundo, programa da Ronald McDonald House Charities (RMHC) que
rede dedicar parte de seus esforços oferece hospedagem e apoio psicossocial a jovens e suas famílias.
a promover ações sociais. O “banco
Essa iniciativa foi uma inspiração para diversas outras semelhantes. Dois
de confiança” faz parte da essência
anos depois, o McDonald’s vendeu milkshakes laranja – a cor do Chicago
da marca: significa retribuir a con-
Bears para financiar a construção de uma Casa Ronald McDonald em Chi-
fiança da comunidade onde está
cago. E isso se repetiu nas 13 primeiras comunidades onde foram instaladas
inserido por meio de ações de valor
unidades do programa.
social, estabelecendo uma relação
sólida entre o negócio e seus clien- O McDia Feliz seguiu a mesma dinâmica, mas foram inseridos outros in-
tes, que se estende para além das gredientes: um novo produto (seu carro-chefe e recorde de vendas – o Big
trocas comerciais. Mac), a proposta de ser realizado com periodicidade anual e o engajamento
de voluntários nos restaurantes.
Um dos primeiros exemplos des-
sa relação com a comunidade é o Uma das versões sobre o surgimento da campanha indica que a primeira
Shamrock Milkshake. A iniciativa fez edição ocorreu no Canadá em 1977, quando a administração da empresa
parte da mobilização por Kim Hill, decidiu destinar um percentual do sanduíche campeão de vendas, o Big
uma menina diagnosticada com leu- Mac, a iniciativas relacionadas à saúde de crianças e adolescentes. A cam-
cemia em 1971, quando seu pai Fred panha foi um sucesso e arrecadou cerca de US$ 460 mil.
era jogador de futebol americano no Rapidamente a ideia se espalhou, tendo o sanduíche Big Mac como refe-
Philadelphia Eagles. rência, já que era um item comum a todos os cardápios no mundo.
Toda a comunidade se articulou Aos poucos, as novas praças onde o McDonald’s se estabeleceu passaram
pelo tratamento de Kim, inclusive o a incorporar a campanha a seu calendário anual e a adaptá-la, até mesmo
McDonald’s. A cor do time era verde, utilizando outros produtos como fonte de doação.
a cor do milkshake também, porque
Somente a partir de 2001 a campanha se tornou global, vinculada ao Dia
inicialmente seria comercializado
McDia Feliz 30 anos pela vida

Mundial das Crianças – uma data em novembro estabelecida pela Orga-


como uma promoção no Dia de São
nização das Nações Unidas para celebrar a infância em todo o mundo.
Patrício. O resultado foi um sucesso:
o valor integral do produto vendido Atualmente, poucos países ainda realizam a campanha. Em alguns deles, se
durante uma semana foi doado e utilizam outro nome e uma dinâmica semelhante. Em outros, a campanha
ajudou a viabilizar a compra e refor- foi paulatinamente sendo substituída por outras estratégias de doação e
ma de um imóvel próximo ao hospi- engajamento com a comunidade.
11
McDIA FELIZ Japão

NO MUNDO
_Desde
Rússia 2017
_Mês de realização _Mês de realização
Novembro Outubro
_Doações _Doações
Percentual de Para cada McLanche
vendas sobre Feliz vendido, JPY 50
as batatas fritas são doados + doações
dos cofrinhos
Beneficia 12 Casas
Ronald McDonald

Taiwan
_Desde
2002
_Mês de realização
Hungria
Novembro ou abril
_Desde
Canadá _Doações
1994
Percentual sobre a Austrália
_Desde
_Mês de realização venda do McLanche _Desde
1977
Novembro Feliz, Coca-Cola, 1991
_Mês de realização
_Doações venda de produtos _Mês de realização
Maio
Percentual de promocionais e Outubro ou novembro
_Doações vendas sobre as doações para os _Doações
C$ 1 de cada Big Mac, batatas fritas + brinde cofrinhos AU$ 2 de cada
McLanche Feliz e comercializado no Big Mac, meias
McCafé quente restaurante Ronald (AU$ 5),
mãozinhas solidárias
e doações individuais

Em todos os países, os beneficiados foram as Casas Ronald McDonald


A blogueira Fruzsi Viszkok participa do McDia Feliz na Hungria Celebridades húngaras se engajam na campanha

McDia Feliz na Austrália

McDia Feliz 30 anos pela vida

McDia Feliz na Rússia McDia Feliz no Japão

13
McDIA FELIZ
NO BRASIL
Quando o primeiro McDia Feliz palmente, retribuir o que ele e Gregory vinham recebendo da comunidade.
foi realizado no Brasil, em 1988, o Mais do que isso, reflete um sentimento de pertencimento e responsabi-
McDonald’s já havia fincado sua ban- lidade em relação ao ambiente que cerca o negócio.
deira em terras brasileiras há quase
Não se sabe ao certo o que motivou a escolha da primeira instituição que
uma década.
recebeu os recursos da campanha. Somente que a arrecadação foi des-
A primeira loja foi aberta em 1979 tinada à Ação Social de São Paulo, um grupo de voluntários do Instituto
e está lá até hoje, na Rua Hilário de da Criança do Hospital das Clínicas. Naquela época, o Dr. Vicente Odone
Gouveia, uma transversal entre a Rua já era uma referência em oncologia pediátrica na capital paulista e estava
Barata Ribeiro e a Avenida Nossa Se- à frente do atendimento no hospital, sendo responsável por casos de
nhora de Copacabana, no Rio de Ja- crianças em sua maioria muito pobres. Ele queria fazer mais por elas, por
neiro. À frente da empreitada estava isso cultivava há quase uma década a ideia de abordar o McDonald’s para
um americano fascinado pelo Brasil, ser seu parceiro nessa causa.
obstinado e genial nos negócios, Odone havia estudado em Memphis e feito sua especialização em on-
mas igualmente gentil em palavras cologia pediátrica no renomado Saint Jude Children’s Research Hospital,
e gestos. Peter Rodenbeck, nascido uma referência mundial na área. Não por coincidência, na mesma cidade
em Grand Rapids, no Michigan. Ele se encontra também uma casa de apoio que se tornou referência: a Casa
era dono da franquia Realco, res- Ronald McDonald Memphis. O médico ficou fascinado com o funcionamen-
ponsável por lojas e franqueados do to e profissionalismo da gestão da unidade, comandada como programa
Rio de Janeiro, Centro-Oeste, Norte global da Ronald McDonald House Charities – braço social do McDonald’s
e Nordeste. que tem como missão promover a saúde e o bem-estar de famílias pelo
A segunda unidade veio dois anos mundo – para acolher pais e responsáveis que buscam tratamento para
depois pelas mãos de Gregory Ryan seus filhos em hospitais distantes de suas casas ou cidades de origem. A
(in memoriam), outro americano na- ideia de fazer algo similar no Brasil foi inevitável, afinal, tantas famílias se
turalizado brasileiro, responsável deslocavam para receber tratamento para seus filhos. Um tratamento longo,

pela operação da Restco, em São extenuante e que precisava de todo o apoio possível para fazer paciente

Paulo e na região Sul. A loja se lo- e responsável aderirem por completo, aumentando as chances de cura.

calizava na Avenida Paulista. Foi ali O Dr. Vicente Odone voltou para o Brasil em 1980, um ano depois que
que se realizou também o primeiro o McDonald’s havia aberto a primeira loja no Brasil. Ele pensou consigo
McDia Feliz no Brasil. mesmo: “Ainda não é o momento. Vamos esperar vingar”. E assim a ideia
McDia Feliz 30 anos pela vida

Entre todas as exigências de padro- ficou adormecida durante quase 10 anos, até que seu amigo Aron Belfer,

nização das franquias McDonald’s, médico radiologista, o colocasse em contato com Gregory Ryan e falasse
das necessidades da instituição.
sabe-se que a adesão ao McDia
Feliz não era uma delas. Segundo Os recursos arrecadados no dia 28 de novembro de 1988, cerca de
Peter, era um sonho poder ir além US$ 900, e doados à Ação Social de São Paulo possibilitaram a infraes-
da alimentação, contribuir e, princi- trutura para viabilizar os transplantes autólogos de medula (que usavam a
14
própria medula do próprio paciente) vos não identificados, mas estreou no Rio de Janeiro beneficiando a Casa
no Instituto da Criança do Hospi- do Hemofílico (1989). Herbert José de Souza, o Betinho, estava à frente
tal das Clínicas. Esse foi o primeiro da campanha. Figura conhecida por sua dedicação à sociedade civil
equipamento do gênero adquirido brasileira e à Ação da Cidadania contra a fome, a miséria e pela vida, ele
para um hospital público no Brasil. também liderava os esforços em benefício de crianças que, ao fazerem as
transfusões de sangue, eram contaminadas por outras doenças, como a
O “manual” do McDia Feliz indicava
Aids. Ele mesmo havia sido acometido pelas duas enfermidades. Este era
algumas orientações gerais para
um tema amplamente coberto pela imprensa e que despertava imensa
a campanha: o Big Mac era o car-
simpatia da população. O empenho de Betinho, sua atuação com forne-
ro-chefe, pois era um sanduíche
cedores do Sistema McDonald’s e a sociedade em geral foi incansável,
que existia no mundo inteiro, com
resultando em mais de US$ 150 mil de doação.
a mesma receita e as mesmas ca-
racterísticas, independentemente Em 1990, os líderes das duas franquias brasileiras e suas equipes se
do país. A ideia naquele momento, reuniram para discutir e planejar o McDia Feliz daquele ano. Era consenso
pelo menos no Brasil, era fazer a que a campanha deveria envolver as duas empresas, ser realizada na
doação do valor total do produto mesma data e com um objetivo comum. Depois de avaliar diversas causas
num grande ato de generosidade ligadas ao bem-estar e à saúde de crianças e adolescentes, chegou-se
que possibilitasse um impacto re- à conclusão de que o combate ao câncer era imperativo. Havia muito o
levante a uma causa social. que contribuir para essa causa com a arrecadação da campanha: equi-
pamentos, tratamento e casas de apoio. Além disso, existia expertise
Outras decisões estavam a cargo da
internacional do sistema McDonald’s para atuação nessa área. Nesse
administração local: data, causa –
mesmo ano, duas organizações foram beneficiadas pela primeira vez:
sempre relacionada a crianças
a Associação Paranaense de Apoio à Criança com Neoplasia (APACN),
e adolescentes – e qual institui-
em Curitiba; e no Rio de Janeiro, o Hospital Mario Kreuff.
ção seria beneficiada, já que ain-
da não existia uma Casa Ronald Em 1991, a campanha já era nacional: 12 instituições foram beneficiadas
McDonald ou outro programa da pelos US$ 335.931 arrecadados com a venda de 89.059 sanduíches Big
Ronald McDonald House Charities Mac. Todas elas relacionadas ao tratamento do câncer. Uma dessas insti-
no Brasil. tuições era o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

Apesar da escolha de um hospital Era ali que um engenheiro civil doava algumas horas de seu dia, entre seu
especializado em câncer para a pri- trabalho no Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), a dedi-
McDia Feliz 30 anos pela vida

meira edição, esta não era cons- cação à mulher e ao filho e aos momentos de lazer no Tijuca Tênis Clube.
cientemente uma diretriz adotada
Chico e sua mulher Sônia haviam dedicado muitos anos de suas vidas ao
para a campanha. Pelo menos na-
tratamento de seu filho mais novo contra a leucemia. Marquinhos havia se
quele momento.
tratado no Inca, mas, naquela época, fim dos anos 1980, o tratamento que
No ano seguinte, o McDia Feliz não poderia salvar sua vida não existia no Brasil. Eles decidiram juntar todas
foi realizado em São Paulo por moti- as economias e fizeram uma campanha para levantar recursos para levar
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seu filho para se tratar no Memorial Chico aguardou pacientemente o momento de abordar aquele que era apon-
Hospital em Nova York. As chances tado como o mentor de toda aquela agitação: o presidente do McDonald’s
eram pequenas, mas somente lá Brasil. Ele se aproximou e proferiu a pergunta que mudaria a vida de muita
poderiam fazer um transplante de gente dali em diante: “Por que não existe uma Casa Ronald McDonald
medula não aparentado – quando no Brasil?” Surpreso com a pergunta, mas ao mesmo tempo feliz pela
o doador não é da família. Foi com audácia e carisma daquele interlocutor, Peter Rodenbeck devolveu a
a ajuda de uma grande rede de questão: “Você conhece a Casa Ronald McDonald?”
amigos que conseguiram juntar o
Chico e o grupo de amigos que ajudaram na campanha de Marquinhos
dinheiro por meio de rifas, bingos,
fizeram naquele ano um McDia Feliz diferente no restaurante Barra Dri-
doações e até uma partida de fute-
ve, na Barra da Tijuca. Eles levaram jogadores de futebol, atores, atrizes,
bol beneficente com os craques da
cantores e personalidades para demonstrar o apoio à causa. Enfeitaram
época. Com o dinheiro em mãos, to-
o restaurante com balões de gás e ofereceram diversas atividades para
maram o rumo dos Estados Unidos.
as crianças. Os voluntários eram em sua maioria os grandes amigos que
Chegando lá, foram encaminhados a
ajudaram na campanha SOS Marquinhos.
uma Casa Ronald McDonald. O mes-
mo programa que havia encantado o O sucesso foi tanto que tiveram de buscar pães em outra unidade para

Dr. Vicente Odone alguns anos an- continuar a festa. O McDia Feliz se transformou numa grande celebração

tes em Memphis, agora servia uma capaz de reunir milhares de pessoas em torno de uma causa.

família brasileira em Nova York. Peter visitou o restaurante naquele dia, admirado e feliz com o sucesso da

Infelizmente, Marquinhos não resis- iniciativa e com a energia daquele grupo de amigos e voluntários. Ele e

tiu. Ele faleceu no dia 31 de janeiro Chico continuaram a conversa iniciada no Inca dias antes sobre um sonho

de 1990. A família juntou os cacos em comum: construir uma Casa Ronald McDonald no Brasil.

da dor e retornou ao Brasil. Mas toda E o sonho virou realidade com muita luta e os recursos arrecadados pelo
aquela experiência fez com que não McDia Feliz. Em 1994, inaugurou-se a primeira Casa Ronald McDonald da
só Chico mas também seus amigos América Latina. Chico foi presidente da Casa Ronald McDonald do Rio de
quisessem ajudar outras famílias. Foi Janeiro por alguns anos e, desde 1999, está à frente do Instituto Ronald
assim que ele e sua esposa Sônia se McDonald, organização sem fins lucrativos fundada com a missão de
tornaram voluntários na oncologia promover saúde e qualidade de vida de crianças e adolescentes no Brasil
pediátrica do Inca. Mas Chico queria e que coordena a mobilização do McDia Feliz no Brasil para a causa do
mais: ele e seus amigos acalenta- câncer infantojuvenil.
vam o sonho de fundar uma casa de
apoio nos moldes da que ele tinha
visto nos Estados Unidos.

Em 1991, o Inca foi escolhido para


ser beneficiado por uma campanha
até então desconhecida da maioria
das pessoas: o McDia Feliz. Um bur-
burinho no auditório da instituição
chamou a atenção de Chico: artistas
McDia Feliz 30 anos pela vida

como Claudia Jimenez, Guilherme


Karam e Jorge Lafon circulavam em
meio a uma multidão de curiosos:
pacientes, servidores, jornalistas. Era
a coletiva de imprensa da campanha
Inauguração da Casa Ronald McDonald Rio de Janeiro
que ocorreria dali a alguns dias.

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O PRIMEIRO McDIA FELIZ
UM RELATO EMOCIONAL
Havia uma grande expectativa da sociedade sobre o McDia Feliz porque,
naquela época, falar de câncer era um tabu. As pessoas imaginavam que o
câncer, assim como a Aids, era contagioso. Existia um medo muito grande
de interagir com pessoas com a doença e havia um desalento em relação
às chances de cura daquelas crianças carequinhas. Era improvável que
aqueles pequenos pacientes se curassem da doença e, por isso, muitas
pessoas se recusavam a ajudar.

Os ventos começaram a mudar quando o McDonald’s anunciou que dedi-


caria a primeira edição da campanha para a Ação Solidária de São Paulo,
que atuava na parte de oncologia do Instituto da Criança do Hospital das
Clínicas. A cobertura da imprensa foi massiva. Saiu em muitos jornais,
despertando o interesse de pessoas solidárias e curiosas.

Os funcionários estavam mais motivados do que nunca para fazer tudo


funcionar na mais perfeita ordem, apesar do movimento acima do normal.
Todos estavam muito empenhados em transmitir credibilidade – afinal era
Foi uma grande festa
a primeira vez que os clientes viam uma doação daquele tipo – e também
porque não se falava em
preparados para explicar como funcionava o transplante de medula ós-
câncer. De repente tinha a
sea e o tratamento de crianças e adolescentes com câncer. Estes foram
lanchonete mais badalada do
conhecimentos adquiridos em conversas com médicos, promovidas pelo
país falando sobre isto. Foi um
McDonald’s para mobilizar e capacitar os profissionais para a campanha.
agente transformador no nosso
Havia muito respeito entre aqueles que estavam do lado de dentro e do país: poder falar sobre a doença
lado de fora do balcão. e ajudar crianças com câncer.
Nas ruas, os voluntários faziam o que sabiam de melhor: convidavam Veio pra mostrar que seria uma
as pessoas a participar, entregavam panfletos feitos à mão. Explicavam: batalha muito grande, mas
bastava comprar um Big Mac. que juntos poderíamos fazer
melhor.
A grande festa de solidariedade transcorreu com muita alegria ao longo
do dia, com a participação mais que especial do personagem Ronald
McDonald, que percorreu cada um dos restaurantes da capital paulista DARCY CARVALHO
McDia Feliz 30 anos pela vida

A voluntária mais antiga da campanha,


para animar a festa. começou em 1988 e continua até hoje
no Itaci, instituição participante do
Foi uma grande celebração e, no fim, todos comemoraram o sucesso da McDia Feliz

primeira de muitas edições que estavam por vir.

17
  Quando o cliente chegava no restaurante eu tinha que explicar que toda a venda
do Big Mac era para ajudar as crianças com câncer. Isso tinha que ser falado antes de o
cliente comprar outro produto. Foi cansativo, afinal todo McDia Feliz começa muito cedo
pra quem trabalha no restaurante e vai até tarde. A verdade é que quando termina esse
dia, você está super satisfeito e contente. O primeiro McDia Feliz – principalmente em
comparação com que é hoje no Brasil com uma força tremenda – foi muito diferente.
Começou muito fraco no sentido de que as pessoas ainda estavam conhecendo, mas
a ideia era sempre superar. Foi crescendo de forma espantosa. Hoje o McDia Feliz faz
parte do calendário e é um dia muito especial .

ROGÉRIO BARREIRA
Gerente assistente do McDonald’s do Shopping Morumbi em 1988.
Hoje é presidente da divisional Nolad da Arcos Dourados, sediada no México

  No primeiro McDia Feliz, eu fui a muitos restaurantes em São Paulo. Não


lembro se foram 15, 20 ou mais. Passei em todos eles! Eu lembro que comecei cedo
de manhã e terminei às 8h30 da noite na Henrique Schaumann com um show. Foi
muito legal! Desde o primeiro já foi uma festa.

CARLOS CAMBRAIA
Intérprete do Ronald McDonald, hoje dirige
outros atores que incorporam o personagem
McDia Feliz 30 anos pela vida

18
PRIMEIRA EDIÇÃO
DA CAMPANHA
LOGOMARCAS
E MATERIAIS DE CAMPANHA
FUNCIONÁRIOS DO McDONALD’S E DO INSTITUTO RONALD McDONALD

São Paulo (2017) Funcionários do Instituto (2008)

Cuiabá (2003)

Curitiba (2018) Campo Grande (2013)

McDia Feliz 30 anos pela vida

Funcionários do Instituto
Ronald McDonald (2018) Curitiba (2018)

21
Atores do
McDIA FELIZ
Formadores
de opinião
Empresas
parceiras
(nacionais e locais)

Sociedade civil
(Instituições,
Sistema McDonald’s
voluntários e
(Franqueados, fornecedores
Instituto Ronald
e funcionários) Clientes
McDonald)
McDonald’s

Beneficiários
(pacientes, ex-pacientes
de câncer e suas famílias)
+ Jovens
Premiações
Reconhecimentos concedidos
ao McDia Feliz por sua transparência
e impacto à sociedade.

1999
PRÊMIO DE CIDADANIA DO PENSAMENTO
NACIONAL DAS BASES EMPRESARIAIS (PNBE)
O McDia Feliz recebeu o prêmio como o mais importante
evento em favor de crianças e adolescentes com câncer
no Brasil.

2005
PRÊMIO RACINE
Foi agraciado com o prêmio em reconhecimento às ações que contribuem
para a transformação das condições de saúde da sociedade brasileira.

PRÊMIO ABERJE RIO DE JANEIRO


O McDia Feliz recebeu o prêmio promovido pela Associação Brasileira
de Comunicação Empresarial, na categoria Relacionamento com
a Comunidade.

2011 CAMPANHA MAIS


RECONHECIDA PELOS
CONSUMIDORES
Segundo a pesquisa
exclusiva da GFK para
o Consumidor Moderno.

2017 PRÊMIO ABCR 2017


McDia Feliz 30 anos pela vida

O Instituto Ronald McDonald foi


vencedor como Melhor Evento de
Captação com a campanha McDia Feliz.

23
* Veja no capítulo 2 outros parceiros nacionais e locais que fazem a diferença no McDia Feliz.

O McDia Feliz só é possível graças ao trabalho de


empresas e pessoas parceiras da causa. Um dos
parceiros mais antigos da campanha é Carlos
Cambraia, diretor artístico da Allegro Produções
Artísticas. Desde a primeira edição da campanha,
ele participa (seja como ator ou, mais recente-
mente, como diretor) viabilizando a performance
do personagem Ronald McDonald sem qualquer
custo. Desde 1988, 1.205 apresentações foram
realizadas em lançamento de campanhas, aber-
turas, visitas a restaurantes e desfiles motorizados.

  O McDia Feliz começou como uma


coisa pequena e hoje é a maior campanha
contra o câncer em crianças e adolescentes no
Brasil. A evolução foi estupenda. A atuação do
Ronald foi importante para abrilhantar o McDia
Feliz. Ele é um personagem querido pelas
crianças e pelos adultos, uma personificação
da marca: carismático, comunicativo.
É a cara do McDonald’s e do McDia Feliz.

CARLOS CAMBRAIA
Diretor artístico da Allegro Produções
McDia Feliz 30 anos pela vida

24
Outras grandes empresas colaboram para o sucesso da campanha.
A Ticket Serviços doa a fabricação e distribuição de tíquetes, que são
responsáveis por, em média, 66% da arrecadação da campanha.

  Para a Ticket é um orgulho poder apoiar o Instituto Ronald


McDonald há 12 anos. Nos engajamos na causa, pois reforça nossa
conexão sustentável e é uma forma de multiplicar a solidariedade e
contribuir para uma das iniciativas sociais mais conhecidas do país, o
combate ao câncer infantojuvenil. Temos como um de nossos pilares
a promoção de programas em prol do bem-estar e da qualidade
de vida e transacionamos mais de 2 bilhões de refeições nos 45
países onde atuamos. Dentro desse volume, mais de 11 milhões de
unidades de Ticket Restaurante são para o McDia Feliz. Em 2018,
doamos 1 milhão de vouchers e a distribuição contou com uma
grande operação e o empenho logístico de gestão, impressão e
distribuição de cada um deles. Com essa parceria, levantamos a
mesma bandeira e cada voucher pode transformar um Big Mac
em sonhos.

DENISE COELHO
Superintendente de marketing da Ticket Serviços

A Coca-Cola é uma parceira mundial do McDonald’s e do Sistema Ronald McDonald House Charities, repre-
sentado no Brasil pelo Instituto Ronald McDonald e mostra há muito tempo o engajamento e comprometi-
mento com o McDia Feliz.

 Apoiar o Instituto e as Casas Ronald McDonald é uma honra para todos nós da Coca-Cola, não só
no Brasil como no mundo inteiro. E o McDia feliz é realmente um dia especial para nós. Além de doarmos
toda a bebida consumida nesse dia, conseguimos envolver e tocar o coração de todos os funcionários
McDia Feliz 30 anos pela vida

da empresa por essa causa tão nobre e linda. Há 30 anos estamos juntos nessa jornada, que venham
os próximos 30!

LUCAS FIÚZA
Gerente sênior de Key Accounts da Coca-Cola Brasil

25
Ao longo de seus 30 anos, o McDia feliz conquis-
tou reconhecimento no Brasil e no mundo. Não é
para menos! A campanha inaugurou uma nova
forma de captar recursos no Brasil, baseada num
modelo americano de engajamento da comu-
nidade e doação de empresários. Foi inovadora
em muitos aspectos, inspirando diversas outras
iniciativas semelhantes.

O McDia Feliz promove algo muito


importante, mas ainda muito pouco desenvolvido
no país: a cultura de doar. Ao estimular as pessoas
a irem às lojas e se engajarem nas causas apoiadas
pela campanha, o McDia Feliz ajuda a construir o
hábito nelas, nas famílias e em toda a sociedade,
de fazer gestos de solidariedade. Já são gerações
de brasileiros que, nesses 30 anos, e por causa
do McDia Feliz, ajudaram a fazer um país melhor.
Que bom!

JOÃO PAULO VERGUEIRO


Diretor executivo da Associação Brasileira de Captadores
de Recursos (ABCR)

Bianca Provedel, do Instituto Ronald


McDia Feliz 30 anos pela vida

McDonald, com o Prêmio ABCR

26
O poder público também se transformou num parceiro para o McDia
Feliz. Em algumas cidades, como Botucatu, no interior de São Paulo, a
campanha já tem a cara da cidade e entrou para o calendário oficial
do município. O projeto de lei do vereador Izaías Colino foi aprovado
por unanimidade.

O McDia Feliz já faz parte da cidade. Sempre que o mês de


agosto vem se aproximando, já se percebe um alvoroço da sociedade
civil, que se organiza em seus segmentos para contribuir com a
campanha. Esse alvoroço se justifica pelo tamanho e importância
que a data ganhou em Botucatu. A inclusão no calendário municipal
demonstra o respeito e a importância que o evento tem para a
cidade, é um reconhecimento simbólico, que deveria acontecer
em todas as cidades onde existe a campanha. Aqui, representa
um ato de esperança e solidariedade. Isto porque, a cada ano que
passa, tem proporcionado progressos nas instalações do Hospital
de Câncer Infantil, melhorando equipamentos médicos, adquirindo
alguns de ponta, salvando vidas e acolhendo nossas crianças e
suas famílias.

IZAÍAS COLINO
Vereador e presidente da Câmara Municipal na cidade de Botucatu
McDia Feliz 30 anos pela vida

MAIS CONTRIBUIÇÕES DO PODER PÚBLICO


A isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) tem se tornado, ano a ano, uma
importante manifestação do apoio dos governos estaduais à causa do câncer infantojuvenil. As instituições
participantes do McDia Feliz solicitam isenção, de forma que todo imposto arrecadado com o Big Mac pode
ser doado aos projetos beneficiados pela campanha nos estados onde há isenção.

27
Voluntários sempre foram a alma do McDia Feliz. Muita coisa mudou
desde a primeira edição da campanha, mas são eles que mobilizam,
correm atrás de atrações, convencem os clientes a fazer a doação.
Sempre com dedicação e simpatia.

  No começo, como eram poucas lojas, as únicas pessoas que


trabalhavam dentro dos restaurantes eram os funcionários. Ninguém
podia adentrar aquele espaço. Eu tive a ideia de voluntariar um monte
de gente e ir à luta, em vez de ficar nas lojas, como acontece hoje.
Eu tive a ideia de os voluntários envolverem as pessoas, levarem até
as lojas para comer o Big Mac. Mandei fazer uma faixa e espalhamos
de um lado a outro da rua, aqui perto em Pinheiros, coloquei sem
pedir autorização para a Prefeitura nem para ninguém. Lógico que
fui multada em função disso. Deu muita confusão! Mas muita gente
viu. Acabou sensibilizando as pessoas a irem comer o Big Mac. Nós
fomos amadurecendo as ideias para transformar no sucesso que
é hoje em dia. Hoje temos quase 400 voluntários. Quanto mais,
melhor, porque vai ficando uma semente plantada.

DARCY CARVALHO
Voluntária há mais de 30 anos, participou do primeiro McDia Feliz
McDia Feliz 30 anos pela vida

28
Uma nova geração de voluntários está começando cedo. Incentivados
por pais, professores, amigos e familiares, eles vestem a camisa do
McDia Feliz.

 Quando eu tinha nove anos, eu estava no primeiro ano e


meu irmão estava começando o ensino médio. O colégio onde
estudávamos, o Ciman – Octogonal, tinha um professor que dava
aula de ética e cidadania e organizava a participação do colégio nas
atividades do McDia Feliz. Começou vendendo tíquetes antecipados
e logo passou a envolver os alunos no voluntariado, com atividades
de programação lúdica, doação de Big Mac a crianças carentes e
orfanatos e venda de produtos promocionais. Os alunos mais velhos,
como o meu irmão, tinham mais responsabilidades: saíam pelas
ruas, lidavam com dinheiro, preenchiam formulários de controle do
que estavam vendendo. Eu era uma criança muito ativa e curiosa.
Vi meu irmão fazer e quis fazer também. Perturbei o professor
Leonardo Eustáquio até ele deixar. Venci pelo cansaço. Ele indicou
alguém para ficar comigo e ficamos das 10 da manhã até as 10 da
noite. Minha mãe teve que ir me buscar porque eu não queria ir
embora. Quando alguém me perguntava o que eu estava fazendo
ali, eu dizia: ‘Eu gosto de ajudar as crianças que precisam mais do
que eu’. Segui voluntário até o fim do ensino médio, assumindo
mais responsabilidades conforme fui ficando mais velho. Tenho
muito orgulho de tudo o que conquistamos, porque o restaurante
onde trabalhávamos batia o recorde de vendas ano após ano. Hoje,
tenho 24 anos, estudo publicidade e propaganda. Em virtude de
meus compromissos com a faculdade e com o trabalho, não sou
mais voluntário no restaurante. Mas faço questão de todos os anos
McDia Feliz 30 anos pela vida

ir ao McDonald’s comer um Big Mac e garantir que minha doação


vai ajudar as crianças da Abrace.

GABRIEL MOURA
Estudante e apoiador do McDia Feliz em Brasília

29
À frente do McDia Feliz desde 2001, o Instituto Ronald McDonald
montou uma equipe que profissionalizou o McDia Feliz, ajudando-o
a se tornar a referência que é hoje. Tudo isso exigiu muitos esforços
daqueles que estavam envolvidos com a campanha desde o começo.

Aqui no Rio, quem tomava conta de tudo era o McDonald’s


junto com a Publicom, assessoria de imprensa que prestava serviços
naquela época. Havia aquela parte que às vezes não aparece, que
é para onde vai o recurso de cada localidade, qual é o projeto, e
depois o controle desse projeto. Era tudo muito incipiente. Aí nós
assumimos esse compromisso com o McDonald’s no Brasil inteiro a
partir de 2001. O McDia Feliz começou a crescer e hoje é o primeiro
lugar na América e está entre os maiores no mundo. Uma vez eu fui
a uma conferência mundial do McDonald’s, nós éramos o terceiro
do mundo. Eu perguntei para Estados Unidos, Inglaterra, França,
Japão.... Eu lembro que o cara do Japão ficou surpreso quando
mostrei os nossos resultados em dólar. Deve ter pensado: mais um
brasileiro maluco!
McDia Feliz 30 anos pela vida

ROBERTO MACK
Fundador do Instituto Ronald McDonald e ex-gerente geral

30
Atualmente, o McDia Feliz é uma campanha consolidada, mas
continua surpreendendo e mobilizando, mesmo aqueles que já
trabalham com causas sociais.

Eu não tinha noção da magnitude da campanha antes de


entrar no Instituto Ronald McDonald. Quando eu entrei, peguei o
início do planejamento, fiz um processo de integração e acompanhei
alguns comitês regionais e aquilo começou a me chamar a atenção
sobre como era organizado. O meu primeiro McDia Feliz no Instituto
foi muito marcante. Eu queria poder conhecer a campanha, estava
explorando esse processo. Daí vim com a minha família: minha irmã,
meu marido, minha filha com três aninhos, todo mundo de camiseta.
Nós chegamos às 7 horas da manhã e já fomos interagindo com os
hóspedes da Casa Ronald McDonald Rio de Janeiro, foi a primeira
interação da minha filha com o meu trabalho. E teve muito a ver com
o momento que a gente estava de falar sobre família: aproximando
famílias. Mexeu muito comigo, foi uma coisa muito forte. Foi um dia
de descoberta. Em termos de mobilização, eu acho que estamos
muito confortáveis para dizer atualmente que o McDia Feliz se tornou
a maior campanha de mobilização de voluntários e instituições do
terceiro setor no Brasil.

HELEN PEDROSO
Gerente geral do Instituto Ronald McDonald desde 2016
McDia Feliz 30 anos pela vida

31
O McDia Feliz, como é hoje, é liderado localmente pela força das
instituições participantes. Cada uma delas tem um papel especial
para levantar as necessidades das crianças de sua região ou cidade
e mobilizar voluntários, empresários, poder público e doadores em
torno da causa do câncer infantojuvenil. Saiba mais sobre como tudo
começou na APACN, uma das primeiras instituições participantes do
McDia Feliz.

A APACN foi a primeira instituição a participar do McDia Feliz


em Curitiba, em 1990. Eu fazia parte da instituição praticamente desde
que começou, então nosso grupo foi trabalhar na campanha. Foi uma
grande festa! Eu lembro que aqui a primeira loja era do franqueado
Márcio Moreira, estava lotada, era muita gente. Tudo era novidade,
alegria, era participativo. Era muito gratificante para a APACN. Algumas
das voluntárias continuam conosco até hoje.

MARIZA DEL CLARO


Presidente da APACN, sobre a emoção de participar do primeiro
McDia Feliz de sua cidade como voluntária
McDia Feliz 30 anos pela vida

32
Em 2018, pela primeira vez, a Fundação São Francisco Xavier,
instituição que administra o Hospital Márcio Cunha em Ipatinga,
Minas Gerais, participou do McDia Feliz. Mesmo depois de tantos
anos desde a primeira edição, a campanha continua acolhendo
novos projetos relevantes para o aumento das chances de cura do
câncer infantojuvenil.

Esse ano foi a primeira vez que o Hospital Márcio Cunha participou
do McDia Feliz com um projeto. E a presença da instituição durante o
evento foi muito boa! Vivenciamos momentos de doação e alegria. Por
se tratar de um projeto da unidade de Oncologia Pediátrica que atende
à região, as pessoas se sentiram empenhadas em contribuir com um
projeto que faz parte de uma instituição conhecida. E a recepção foi
excelente! Tanto durante a venda antecipada de tíquetes quanto
no dia do evento, muitas pessoas compareceram nos restaurantes
para participar do McDia Feliz. Quando nos unimos para praticar o
bem nos sentimos pessoas melhores. E cada vez mais temos que
nos cercar de pessoas que estão dispostas a ajudar umas às outras,
pois, por meio da ajuda mútua, vamos conseguir melhorar o mundo
em que vivemos. Esse evento serviu para que os colaboradores se
unissem ainda mais e se engajassem em um projeto tão grandioso
como é o McDia Feliz.

LUÍS MÁRCIO ARAÚJO RAMOS


Diretor executivo da Fundação São Francisco Xavier
McDia Feliz 30 anos pela vida

33
INSTITUIÇÕES

O McDia Feliz só faz sentido por eles e para eles: as famílias e os pacientes que
bravamente lutam pela vida. Saiba como a campanha pode curar.

Marquinhos ficou doente aos dois anos. Ele foi diagnosticado com leucemia em 1983. Eu tinha
30 anos e meu outro filho, seis anos. Fizemos de tudo para curá-lo, inclusive uma campanha que nos
permitiu buscar ajuda fora do Brasil. Apesar de todos os nossos esforços, depois de seis anos de luta,
Marquinhos não resistiu. Voltamos para o Brasil e, logo depois, eu e Chico começamos a atuar no Inca
como voluntários. Lá vimos as mães pedindo uma maca para dormir, pois se voltassem para seus lares
não teriam como retornar para dar continuidade ao tratamento e nem teriam outro lugar perto para ficar
se saíssem do hospital. Foi lá que conhecemos o diretor do Hospital, Dr. Marcos Moraes, que nos disse
que precisava de uma casa de apoio para aquelas famílias que vinham de longe para ficar durante a
fase do tratamento, que já era um sonho dele. A partir daí resolvemos fundar a Associação de Apoio à
Criança com Neoplasia, com o objetivo principal de buscar uma casa para essa finalidade. No ano de 1991,
o McDia Feliz iria beneficiar o Inca, e como voluntários dessa instituição, eu e o Chico inauguramos os
papéis de anfitriões de restaurante: éramos responsáveis por todas as atividades fora do balcão e, com a
ajuda de nossos amigos, os mesmos que tinham ajudado na campanha do Marquinhos, desenvolvemos
brincadeiras, ginástica rítmica e até a visita dos jogadores do Vasco. Foi um sucesso! Foi nesse dia que
conhecemos melhor o Peter [Rodenbeck], que ficou encantado com nosso grupo e quis conversar com
o Chico sobre a possibilidade de trazer um projeto internacional para o Brasil, a Casa Ronald McDonald.
Como não houve sequência na ideia, seguimos com nosso sonho de construir uma casa de apoio sem o
McDonald’s. Mas, para nossa surpresa, o Peter respondeu ao contato anunciando que a arrecadação do
McDia Feliz de 1993 seria para nossa instituição construir a primeira Casa Ronald McDonald da América
Latina. Refizemos nossa estrutura e embarcamos no projeto. Com o resultado da campanha, começamos
a procurar imóveis que pudessem atender aos requisitos para ser uma Casa Ronald McDonald. Finalmente
McDia Feliz 30 anos pela vida

encontramos a casa da Rua Pedro Guedes, onde inauguramos em 1994 a primeira Casa Ronald McDonald
da América Latina, a 162ª no mundo. Nossa casa já tem 24 anos e por aqui já passaram quase três mil
crianças em tratamento.

SÔNIA NEVES
Presidente voluntária da Casa Ronald McDonald Rio de Janeiro

34
O acolhimento em instituições de apoio à criança e ao adolescente com
câncer pode mudar a vida de uma família. Conheça a história de Davi.

Quando eu tinha 15 anos fui diagnosticado com Linfoma de


Hodgkin e um sarcoma pulmonar em estágio 4. Eu morava (e ainda
moro) com meu pai e minha mãe, um vigia e uma costureira, e meus
dois irmãos em Manaus. No Hospital Cecom, meu tratamento incluiu
dois meses de quimioterapia e, como evoluiu, três meses de sessões
de radioterapia. Minha maior dificuldade era a questão financeira:
não tínhamos condição de pagar transporte, medicação. O GACC
foi essencial na minha recuperação, porque, quando uma pessoa
tem câncer, ela fica sem chão. Lá eles me ensinaram a acreditar,
me ofereceram ajuda muitas vezes para voltar pra casa, para os
remédios e auxílio psicológico. Tem muita gente que luta, luta e não
consegue, mas eu consegui. É motivo de muita alegria vencer. Hoje
eu quero retribuir: aprendi no GACC a tocar violão e ensino crianças
e adolescentes a tocar esse mesmo instrumento, aos sábados, no
projeto “Alegria é o melhor remédio”. Já toquei junto com o coral da
instituição no McDia Feliz. Além disso, estou quase no fim do curso
técnico de enfermagem. Um dia quero ser socorrista e, quem sabe,
conseguir uma vaga no Samu.

DAVI BRITO
25 anos, ex-paciente
McDia Feliz 30 anos pela vida

35
LINHA
DO TEMPO
Os primeiros anos da campanha McDia Feliz foram marcados pela
experimentação de estratégias que fariam a campanha ser um
sucesso no país.

Nesse período, diversas instituições receberam os recursos da campanha,


até que se decidisse, após 1990, seguir com a ideia de se dedicar exclu-
sivamente à causa do câncer infantojuvenil. Após uma reunião executiva
antes do McDia Feliz daquele ano, chegou-se à conclusão de que indubi-
tavelmente as crianças e os adolescentes deveriam ser beneficiados com
a arrecadação da campanha. Além disso, depois de estudar como agia o
câncer e o que poderia ser feito para combatê-lo, deduziu-se que com
investimento adequado seria possível alcançar bons resultados de cura.
Investir em outras enfermidades naquele momento acabaria por reduzir a
doação para todos, o que, por conseguinte, também diminuiria o impacto
das ações. Sem falar que, no exterior, já havia expertise sobre a atuação
com crianças e adolescentes com câncer.

O cancelamento do McDia Feliz em 1992 foi inevitável. O Brasil estava afun-


dado numa profunda crise econômica e institucional que requeria cautela.
O grupo de voluntários da Tijuca, aqueles que trabalharam na campanha
SOS Marquinhos, estava decidido a seguir em frente. Foi nesse ano que
inauguraram a Associação de Apoio à Criança com Neoplasia (AACN).

O McDia Feliz era uma coisa que não se via com muita frequência no Brasil.
Hoje já existem muitas atividades comunitárias, tem muitos jovens envolvidos socialmente
no Brasil de uma forma maravilhosa. É uma experiência única ver as pessoas se inserirem
McDia Feliz 30 anos pela vida

num movimento social. É uma festa! Eu sinto satisfação em ver que está com o mesmo
espírito. A cada ano que vou, vejo que está o mesmo. E isto é muito bom.

PETER RODENBECK
Fundador do McDonald’s no Brasil

36
Em 1993, Chico e seus amigos convocaram Peter Rodenbeck e toda a
equipe do McDonald’s para uma reunião, na qual apresentaram tudo o
que já haviam feito: projeto da casa de apoio, estrutura organizacional,
manuais de funcionamento e voluntariado. O projeto estava caminhando
e eles queriam entender se ainda havia interesse em sonhar juntos. Todo
o esforço valeu a pena: alguns meses mais tarde, Peter anunciou que a
arrecadação do McDia Feliz daquele ano seria destinada à fundação da
primeira Casa Ronald McDonald da América Latina.

Chico e seus amigos foram responsáveis pelo estabelecimento de uma


das maiores inovações da campanha, que só cresceu em relevância com o
tempo. Como o McDia Feliz ocorria aos sábados, muitas empresas estavam
fechadas, o que freava o aumento das vendas. Dessa forma, surgiu a ideia
de vender antecipadamente um tíquete que desse direito ao funcionário
de participar mesmo não indo trabalhar naquele dia. A ação foi sucesso
imediato, representando até os dias de hoje uma parcela significativa da
venda de Big Mac para a campanha.

No dia 24 de outubro de 1994, inaugura-se a Casa Ronald McDonald Rio


de Janeiro, a primeira do Brasil e da América Latina. A data foi escolhida
por um significado especial: nesse mesmo dia, a Casa Ronald McDonald
Filadélfia – a primeira do mundo – comemorava 20 anos de existência.

McDia Feliz 30 anos pela vida

Lançamento no Rio de Janeiro (1998)

37
Foi nesse período que se decidiu pelo último sábado do mês de agosto
para a realização da campanha. A princípio era uma decisão meramente de
negócios tomada pelo departamento de marketing, uma vez que aquele era
um dia, historicamente, de movimento fraco. Os voluntários e as pessoas
atuantes na campanha logo apoiaram a escolha pois agosto era um mês
sem férias escolares, sem festas regionais ou nacionais significativas, além
de ser uma época do ano com clima favorável na maior parte do Brasil. O
McDia Feliz segue sendo realizado no mesmo período desde então, com
exceção de 2004, quando houve a tentativa de alinhar a data do Brasil
com a de outros países, em novembro, por conta da celebração do Dia
Mundial das Crianças. A mudança, no entanto, não funcionou e logo no
ano seguinte voltou a ser como era. Hoje, o McDia Feliz é considerado o
dia do ano de maior movimento nos restaurantes McDonald’s.

Cerca de 10 anos depois da primeira edição do McDia Feliz, a campanha


já era um sucesso e continuava crescendo com a expansão da Rede
McDonald’s no Brasil. Tanto que o departamento de marketing da empre-
sa, responsável por organizar a campanha anualmente, já não dava conta
das demandas relacionadas à seleção das organizações participantes
e destinação dos recursos. Era preciso dar um passo adiante, contratar
profissionais que entendessem e pudessem se dedicar integralmente ao
trabalho: seleção de projetos e geração de impacto na oncologia pediátrica.
Foi assim, com o apoio do McDonald’s, sociedade civil e de franqueados
da rede, que nasceu o Instituto Ronald McDonald, em 1999. Desde então,
Francisco Neves, o Chico, está à frente de suas ações.

O McDia Feliz no Brasil me mostrou o poder da solidariedade do povo


brasileiro. Nunca havia presenciado uma mobilização tão forte e genuína em
benefício de uma causa social. Participar do McDia Feliz me fez ter orgulho de
ser parte do Sistema McDonald's.

SERGIO ALONSO
Presidente da Arcos Dorados - Divisão Brasil entre 2003 e 2008
McDia Feliz 30 anos pela vida

38
Nos quatro anos em que estive encarregado da operação da
Arcos Dourados no Brasil, uma das minhas principais motivações para
o crescimento do negócio foi ver o quanto podíamos colaborar com
o Instituto Ronald McDonald para ajudar meninas e meninos no Brasil
a ter uma vida melhor. Muito obrigado ao Instituto Ronald McDonald
por sua liderança e por me permitir ser parte desta história. O melhor
ainda está por vir.

MARCELO RABACH
Presidente da Arcos Dorados - Divisão Brasil entre 2008 e 2011

Em 2001, o Instituto Ronald McDonald passou a coordenar nacionalmente


o McDia Feliz. Já havia uma equipe pequena, mas estruturada, para assumir
o planejamento e a execução de ações pela cura do câncer infantojuvenil,
inaugurando um período de grande profissionalização e crescimento. Regina
Cobo, uma das amigas da família Neves que já estava envolvida com a
causa desde a campanha SOS Marquinhos e também já havia atuado em
todos as edições da campanha desde 1991, assumiu esse desafio como
responsável pela captação de recursos da entidade. No ano seguinte, a
campanha passou às mãos de Ana Nicolini, encarregada de trabalhar o
engajamento da comunidade, dos voluntários, das instituições e também
dos funcionários McDonald’s.

Ana havia sido contratada para trabalhar com o voluntariado corporativo,


mas, diante de vários entraves para o desenvolvimento dessa área, aceitou
o desafio de liderar a mobilização para o McDia Feliz. Seu período na linha
de frente da campanha, que se estendeu até 2005, foi marcado por uma
grande sistematização: ela foi responsável por uniformizar a nomenclaturas,
revisar manuais, registrar e avaliar tudo referente aos processos do McDia
McDia Feliz 30 anos pela vida

Feliz. Embora não estivesse diretamente envolvida com a execução da


campanha nos anos seguintes, Ana Nicolini foi a gestora da área de mo-
bilização social, responsável pelo McDia Feliz na organização. Ela esteve
no Instituto até 2018, quando se desligou.

39
Esse período foi marcado por uma intensa profissionalização da campanha
e pelo estrondoso crescimento da arrecadação. Da parte do Instituto Ronald
McDonald, houve um esforço da coordenação da campanha em aplicar
diversas ferramentas de marketing no planejamento e estabelecimento
de metas. Desde 2007, há um calendário de encontros para a organização,
troca de experiências e reconhecimento de melhores práticas. Durante
esse período, houve uma participação muito positiva das instituições e
do Instituto Ronald McDonald para construir as melhores estratégias e
alcançar resultados.

Bianca Provedel, que assumiu a função de conduzir a campanha a partir


de 2006, foi a profissional que mais tempo ficou à frente da campanha,
por 10 anos. Atualmente, ela supervisiona o trabalho como coordenadora
de mobilização social e desenvolvimento institucional.

Da parte do McDonald’s, também houve mudanças que impactaram po-


sitivamente o crescimento. Em 2007, a Arcos Dourados se tornou a fran-
queada máster do McDonald’s na América Latina e Caribe. A empresa
coordenava em âmbito nacional as decisões referentes ao McDiaFeliz no
Sistema McDonald's. Foi em 2007 que a campanha arrecadou pela primeira
vez uma cifra superior a R$ 10 milhões. Ao todo, foram R$ 10.179.768,00
arrecadados com a venda de 1.430.760 sanduíches Big Mac em 539 restau-
rantes. A quantia foi destinada a projetos de 32 instituições de todo o Brasil.

Com o crescimento da arrecadação, o Instituto Ronald McDonald criou


o Fundo Nacional, uma dedução de um percentual do valor arrecadado
com a venda de Big Mac pela instituição participante, de forma a financiar
outras iniciativas relevantes em regiões onde não existiam restaurantes
McDonald’s ou não se realizava o McDia Feliz.

Crescimento da arrecadação e expansão


de restaurantes entre 2001 e 2018

30.000.000 1.00
900
25.000.000 800
700
20.000.000
600
15.000.000 500
400
10.000.000 300
McDia Feliz 30 anos pela vida

200
5.000.000
100
0 0

Arrecadação total x Números de restaurantes

40
Fazer algo pelos demais é maravilhoso e o Instituto me deu esta oportunidade. Jamais me esquecerei
desta experiência: o sorriso de uma criança que sabe que estamos ajudando. É um carinho na alma que
levarei por toda a minha vida. Felicidades para o McDia Feliz por muitos anos mais!

JOSÉ VALLEDOR
Presidente da Arcos Dourados - Divisão Brasil entre 2011 e 2015

Este é um período de crescimento e reconhecimento da campanha. Na-


cionalmente, o McDia Feliz se torna referência como causa corporativa e
na mobilização de recursos.

A campanha entra numa nova fase de padronização e alinhamento interna-


cional, desta vez com a América Latina, por orientação da Arcos Dourados. A
identidade visual passa a ser a mesma para toda a América Latina e Caribe,
onde a franquia está presente. Uma das principais mudanças de visibili-
dade da campanha foi trocar a celebridade que fazia o papel de padrinho
nacional pela imagem de uma criança curada do câncer. Essa mudança
reflete um novo status de reconhecimento, já colhendo os frutos de seus
25 anos de existência no Brasil.

O engajamento com as instituições também entrou em um novo momento,


com a criação da Gincana McDia Feliz. Todas as instituições tinham tarefas
de administração, engajamento e divulgação a cumprir em troca de pontos:
preenchimento de formulários, metas de venda, presença na imprensa. Ao
fim da campanha, aquelas com a maior pontuação ganhavam um reconhe-
cimento financeiro para ser adicionado ao valor financiado pelo Instituto
Ronald McDonald para o projeto beneficiado pelo McDia Feliz.

Ao ver o empenho e entrega dos nossos funcionários e franqueados, a mobilização dos voluntários e
a solidariedade de nossos clientes e fornecedores, sinto um imenso orgulho de representar uma empresa
que promove a iniciativa que se tornou a maior campanha de mobilização e arrecadação de recursos por
meio de investimento social privado no Brasil: o McDia Feliz. Acredito que um dos segredos do sucesso está
na alta credibilidade que a campanha conquistou ao abordar uma preocupação genuína de nossos clientes
McDia Feliz 30 anos pela vida

com o futuro da sociedade: seja ao cuidar da saúde da criança com câncer e do bem-estar de sua família
ou ao oferecer uma educação de qualidade para quando se tornam jovens. Os excelentes resultados das
últimas edições demonstram a alta relevância da causa na vida das pessoas.

PAULO CAMARGO
Presidente da Arcos Dorados - Divisão Brasil desde 2015

41
O McDia Feliz continua crescendo em alcance e arrecadação. Em 2013,
foram vendidas 1.771.407 unidades de Big Mac em 755 restaurantes em
todo o Brasil. Ao todo, foram R$ 20.565.185,77. Desde então, a campanha
nunca arrecadou menos de R$ 20 milhões.

Outro marco importante para o McDia Feliz foi o início do financiamento


dos projetos do Programa Diagnóstico Precoce. Até então, a campanha
beneficiava os projetos do Programa Atenção Integral (pesquisa, construção
e reforma de unidades médicas e casas de apoio) e os programas globais
(Casa Ronald McDonald e Espaço da Família Ronald McDonald). Com o
crescimento do Diagnóstico Precoce, que capacita profissionais de saúde
para suspeitar do câncer em estágios iniciais aumentando as chances de
cura, a campanha passou também a compor os valores que viabilizam os
cursos em todo o Brasil.

O Troféu Atitude de Ouro passou a reconhecer e premiar as melhores


práticas das instituições participantes da campanha no que diz respeito a
comunicação, engajamento e arrecadação. Ao todo, foram 14 categorias
que incluem premiação ao Rei do Facebook, Digital Influencer, Orgulho de
Ser Voluntário, entre outros.

O ano de 2018 marcou uma importante mudança no McDia Feliz no Bra-


sil: a entrada de uma nova causa social, que foi beneficiada com 30% da
arrecadação da campanha: a educação. Além de ações em benefício de
crianças e adolescentes com câncer, a campanha também colaborou com
a educação para vencer o desafio de diminuir o desemprego juvenil no país.
McDia Feliz 30 anos pela vida

Funcionários no McDia Feliz 2017 em Londrina (PR)

42
1988 2018
São Paulo recebe o 1º McDia Feliz no Brasil. Pela primeira vez, o McDia Feliz beneficiou
A arrecadação de US$ 986 foi destinada outra causa além da cura do câncer
à Ação Solidária de São Paulo infantojuvenil. Representada pelo Instituto
Ayrton Senna, a campanha também
beneficiou a educação de jovens

1990
1º McDia Feliz em nível nacional.
Duas instituições foram beneficiadas: 2017
a APACN em Curitiba e o Hospital Mario Primeira edição do Troféu Atitude de Ouro,
Kreuff no Rio de Janeiro que premia boas práticas das instituições
participantes

1991
Participação dos voluntários da Tijuca em 2016
campanha que teve o Inca como uma das Programa Diagnóstico Precoce passou a
instituições beneficiadas ser financiado pelo McDia Feliz

1992 2013
Não houve McDia Feliz por Campanha ultrapassou a marca de
causa da profunda crise econômica R$ 20 milhões em arrecadação
instalada no Brasil

2007
1993 Arcos Dourados se torna franqueada
Início da venda de tíquetes antecipados. máster da marca McDonald’s no Brasil,
A arrecadação desse McDia Feliz em todo o A campanha ultrapassou pela primeira vez
Brasil foi usada para fundar a Casa Ronald a cifra de R$ 10 milhões
McDonald Rio de Janeiro

2003
1994 Estabelecimento do fundo nacional
Inauguração da primeira Casa Ronald
McDonald do Brasil no Rio de Janeiro

2001
1995 Instituto Ronald McDonald passa
a coordenar o McDia Feliz
Definição de que a campanha ocorreria em
agosto (com exceção do ano de 2004)
McDia Feliz 30 anos pela vida

1998 1999
McDia Feliz alcançou a marca de Fundação do
1 milhão de Big Mac vendidos Instituto Ronald McDonald

43
Curitiba (1990) Barra da Tijuca (1991) Vitória (1991) Roberto Dinamite no Rio de Janeiro (1993)

Vitória (1997) Brasília (2004) Novo Hamburgo (1998) Fortaleza (1999)

São Paulo (2017) Manaus (2001) Salvador (2002) Salvador (2002)

Florianópolis (2003) Rio de Janeiro (2003) Brasília (2004) Minas Gerais (2001)

São Paulo (2005) Campo Grande (2006) Salvador (2006) Maringá (2007)
Angélica no Rio de Janeiro (1994) Joinville (1995) Rio de Janeiro (1996) Maceió (1997)

Casa Ronald McDonald ABC (1999) Vitória (1999) Natal (1999) Vitória (2000)

Recife (2002) Recife (2002) Alagoas (2002) Campo Grande (2003)

Felipe Dylon e Cissa Guimarães


Manaus (2004) Santa Maria (2004) Itabuna (2005) no Rio de Janeiro (2005)

Presidente Prudente (2012) Aracaju (2011) Belém (2012) Aracaju (2012)


2
O QUE ACONTECE
NO DIA
30 ANOS
do McDia Feliz em números

720 HORAS DE
McDia Feliz

MAIS DE
R$ 280 milhões
ARRECADADOS

126 INSTITUIÇÕES
BENEFICIADAS

30 mil
McDia Feliz 30 anos pela vida

VOLUNTÁRIOS
participantes a cada ano

48
de

33
milhões
DE SANDUÍCHES
BIG MAC

Apresentações
do personagem

1.205 RONALD
McDONALD
em lançamentos, aberturas, visitas a restaurantes
e desfiles motorizados na campanha

MILHARES
de pacientes beneficiados
juntamente com suas famílias
McDia Feliz 30 anos pela vida

49
POR QUE O
McDIA FELIZ
É UM SUCESSO?
O McDia Feliz se tornou a maior mobilização pela cura do câncer infan-
tojuvenil no Brasil. A campanha é também considerada referência em
investimento social privado e uma das mais significativas iniciativas que
envolvem voluntários no país.

O segredo desse sucesso está no envolvimento dos diversos públicos da


campanha, o que faz dela uma iniciativa da sociedade da qual o Sistema
McDonald’s é um dos atores envolvidos, mas não o protagonista. O McDia
Feliz se tornou uma campanha da comunidade.

Destacamos a seguir alguns dos ingredientes que fazem o sucesso da campanha:

PROFISSIONALISMO
O planejamento e a execução do McDia Feliz envolvem diversos profis-
sionais que se dedicam a fazer a campanha cada ano melhor. A Arcos
Dourados disponibiliza profissionais de áreas como finanças, jurídico,
marketing, comunicação e muitas outras especialidades para fazer o
processo de planejamento, execução e apuração funcionar da melhor
forma possível. Além disso, na sociedade civil há contínua capacitação
para atender a todas as demandas da campanha, desde o planejamen-
to estratégico até a prestação de contas. A equipe do Instituto Ronald
McDonald também atua com as instituições participantes realizando
encontros de capacitação, planejamento, acompanhamento ao longo de
todo o processo da campanha, buscando solucionar todas as demandas
e conduzir a campanha de modo que seja o mais eficiente e bem-sucedi-
da. A equipe do Instituto Ronald McDonald junto com diversos parceiros
viabiliza ferramentas para potencializar as vendas entre os envolvidos,
além de contar com o apoio de agências responsáveis pela comunicação
e a divulgação das ações do McDia Feliz.

TRANSPARÊNCIA
McDia Feliz 30 anos pela vida

Qualquer pessoa que deseje saber ou conhecer mais sobre o McDia Feliz
encontrará nas plataformas digitais do Instituto Ronald McDonald infor-
mações seguras e auditadas sobre prestação de contas e destinação de
recursos. Além disso, há uma rede de pessoas beneficiadas ou voluntários
da campanha que poderão atestar a efetividade dos projetos e programas,

50
garantindo a seriedade da iniciativa. São pacientes, ex-pacientes e seus
familiares que usufruem dos projetos beneficiados, médicos que traba-
lham em unidades que já foram beneficiadas pela campanha ou mesmo
receberam capacitação graças à campanha, funcionários do McDonald’s
ou instituições que conhecem pessoalmente o trabalho de determinada
organização, voluntários, artistas, jornalistas, entre muitos outros agentes
ativos na promoção da campanha.

CAPILARIDADE
O McDia Feliz se aproxima do doador na medida em que descentraliza a
mobilização por meio das instituições locais participantes e beneficiadas
pela campanha. Não é uma campanha que impõe um modo de operação
internacionalizado ou impessoal. Pelo contrário: as instituições participan-
tes têm autonomia para trabalhar a campanha localmente, escolher seus
apoios e porta-vozes em sua cidade ou estado, destacar exemplos de
pacientes e ex-pacientes que já usufruíram do trabalho da própria organi-
zação, conversar com jornais e revistas de sua região, mobilizar voluntários
de seu entorno. Tudo isso dá credibilidade e aproxima a comunidade da
realidade e das necessidades locais, trazendo para si a responsabilidade
de uma mudança social no ambiente em que estão inseridos.

VARIEDADE DE MOBILIZAÇÃO E CONVERSÃO


Há muitas formas de participar da campanha. É possível ser voluntário
como anfitrião de restaurante, doar um produto, um serviço e até uma
performance artística; é possível doar comprando tíquete antecipado,
produto promocional ou um Big Mac no caixa do restaurante; é possível
doar como pessoa jurídica, é possível doar on-line. Todas essas formas são
legítimas para participar da campanha e permitem que um cliente garanta
sua doação, mesmo estando distante do restaurante no dia do evento.
McDia Feliz 30 anos pela vida

O McDia Feliz é um sucesso porque reconhece que ninguém sozinho é


melhor do que todos juntos: funcionários McDonald’s, franqueados, for-
necedores do Sistema McDonald’s, Instituto Ronald McDonald, clientes,
voluntários, médicos, pacientes e ex-pacientes, sociedade civil, artistas,
atletas, personalidades, imprensa e parceiros em geral.

51
UM TRABALHO
DE EQUIPE
OS PARCEIROS
NACIONAIS DA
CAMPANHA
Uma das razões do sucesso do McDia Feliz é a solida-
riedade de empresas que foram tocadas pela vontade
de ajudar crianças e adolescentes com câncer e seus
familiares. Felizmente, não são poucas as pessoas que
se disponibilizam, inclusive no horário de trabalho, a se
dedicar à causa do câncer infantojuvenil.

Brasil afora, diversas empresas doam produtos, servi-


ços e até sua força de trabalho para o McDia Feliz. São
empresas que disponibilizam produtos para brindes,
agências que produzem artes ou fazem divulgação,
gráficas, emissoras de rádio e TV que disponibilizam
horários para veiculação dos spots, artistas que doam
sua arte para produzir brindes e camisas. Não importa a
atividade ou o porte. O que faz a diferença é a vontade
de participar e ajudar.

Todas essas iniciativas devem ser celebradas e reco-


nhecidas, pois definitivamente a campanha não seria
a mesma sem elas.

Há muito o que agradecer e comemorar também nacio-


nalmente. O Instituto Ronald McDonald sempre buscou
liderar os esforços em prol de parcerias que beneficiem
todos os participantes da campanha. Não são poucas
essas empresas, que, sem cobrar nada, realizam serviços
essenciais, como a produção e impressão de tíquetes
McDia Feliz 30 anos pela vida

antecipados, a distribuição logística de produtos, a exe-


cução musical, as performances de seus artistas e até seu
ambiente de negócios e o trabalho de seus funcionários.

Nosso muito obrigado a todos os parceiros do McDia Feliz.

53
APOIADORES
NACIONAIS
E EMPRESAS DOADORAS DO SISTEMA
McDONALD’S (2018)
McDia Feliz 30 anos pela vida

54
McDia Feliz 30 anos pela vida

55
NOSSO AGRADECIMENTO A TODAS AS EMPRESAS APOIADORAS NACIONAIS E DOADORAS
QUE FIZERAM PARTE DA HISTÓRIA DO McDIA FELIZ NAS ÚLTIMAS DÉCADAS:

ABFM Creata
ABN Credsystem
ABNote Danemann, Siemsen Advogados
Aços Macom DART – Extra Package Com. Alim. Ltda.
AllegroArt Dauper
Amacoco Dearo Marketing
AmBev Deck
Amex DeMarchi
Antonio Carlos Transp Mar Ltda. Denise Comercial
Arcos Dourados Diversey Lever
Artcp Dixie-Toga S.A.
Aryzta ECAD
Assistec Ecolab Química
Atento Edgar Refrigeração
Banco Bradesco Edmar Teixeira
Banco do Brasil Effem
Banco Ibi Embalagens Jaguaré
Banco Itaú Empresas Águas Ouro Fino
Batavia S.A. Industria de Alimentos - Batavo Escala 7
Bemis Exótica Agro Comercial Ltda.
Bimbo Famex Serv. Equip.Contra Incêndio - Protefire
Brapelco Fast Print
Brasil Espresso Fastway (Pauling)
Brasilgrafica Fischer Fraiburgo S.A.
Braskarne (Grupo Cargill) FJ Projetos e Construções Ltda.
Braslo Flavors
Bremil Ind. de Prod. A. Ltda. FNS Importação
Bunge Alimentos - Santista Franco Brasil
Cabify Frigorífico Margem
Cahdam Volta Grande Frigorífico Mataboi Alimentos
Canal Y Frigorífico Matupá
Cargill Internacional Frivale
Carino Prod. Alimentícios FSB
Catuai Galvonotek Embalagens
CDN Gold Presentes
Cebrapa Gráfica 43
Cellier Grupo VR & Moore
Celucat GS Plásticos
McDia Feliz 30 anos pela vida

Celulose Irani GSF


Celulose Irani S.A. Guardanapos Brasil
Chocolate Araucária Ltda. Guardanapos Nevada
Citibank S.A. Harald Ind Comercio
Citrosuco Herchcovitch
Coca Cola Huhtamaki do Brasil
Cold Mix Ideal Roupas
56
Ideal Work Minasa Sacotem Embalagens Ltda.
IFF MIR Ambiental Sadia
Ildebrando Reinert Motovile Santa Fé Café - Indústria
INAM Ind. Amendoim Ltda. Nestlé e Comércio
Industria Marvi Nilo Batista Advogados Schreiber
Industria Nevada Norsal Norte Salineira S.A. Seara (antiga JBS)
InfoHelp (Sal Lebre) SGS do Brasil S.A.
Interbakers Odontoprev Sincoplast
Interprint Pampa Carne Smuckler do Brasil
Intranscol Paper Cups Sonpel
Inverno Paradeda Advogados Speedy Service
Ion Information Parmalat SPI
Ippolito, Riviti Perseco Suprinter Int´l Coml. e Distr. Ltda.
Irani Pinhão e Koiffman Advogados Taterka
IRDS Pinheiro Neto Advogados Tecnometrica
Itaú Pipek Penteado Tecnowork ind e Com Ltda.
JFC e Natural Salads Pitrizza Thermal Cups
José Mauro Plastifama Ind. Com. Plásticos Ltda. Thomas Greg & Sons
Junior Alim Ind e Com S.A. Polenghi Indústrias Ticket Serviços
Kerry do Brasil Alimentícias Ltda
Tim Brasil
Klabin Kimberly Polins Toyobo do Brasil
KYOEI Check up Médico Polpapack Trenier
La Vita Poly Vac Truly Nolen
Laundry Deluxe Preferida S/A Indústria Tuparé Tintas
LCE Logística Comércio e Comércio
Tycoelectronics
Exterior Ltda PriceWaterhouseCoopers
Unilever
Lorenzo Volpe PrimeColors
Valid
Lucio Flávio Promins Ind. e Eng. Elétrica LTDA
Vally
Machado Meyer Protege
Value Comércio (Thermal Cups)
Malharia Luiza Ltda Publicom
Van Leer
MAM Controle de Pragas Queijos Quatá
Vetorpel
Marfrig Radio Business
Maria’s Haus Modas Ltda.
White Martins
Razões e Motivos Pesquisa
Mars Readi Consultoria
Martin-Brower Recilix
Marvi – Industrial e Redecard
Comercial Marvi Ltda.
Refinações de Milho Brasil
Masterfoods
Refricon Mercantil Ltda.
MBRIG
Restaurante Aeroporto Ltda. (RA)
McCain
McDia Feliz 30 anos pela vida

RIBEIRAR
McDonald’s Corporation
Ripasa
Medial Saúde
Rodoviário Michelon
Meias M3
Rodoviario Rodomax
MEI-Montagem Ind.
Meio Ambiente Ruiz Filho Advogados
MHA S Teixeira Ltda.

57
O CICLO DO
McDIA FELIZ

1º TRIMESTRE 2º TRIMESTRE

PLANEJAMENTO LANÇAMENTO
Realização de reuniões com McDonald’s  ealização das demais reuniões
R
Definição do preço do tíquete antecipado com comitês regionais de

 instituições participantes


Realização das primeiras reuniões
com comitês regionais de Produção e entrega dos
instituições participantes tíquetes antecipados

 ançamento nacional e realização


L
de workshop com orientações
para instituições participantes

Após a reunião de avaliação do McDia Feliz do ano ante- O planejamento para os pedidos do McDia Feliz começa
rior, o Instituto Ronald McDonald já começa a planejar o cerca de um mês antes da data da campanha. A proje-
McDia Feliz seguinte. Alguns meses antes da campanha, ção de vendas do Big Mac envolve diversas análises,
as instituições participantes já estão em contato direta- incluindo o contexto econômico e nível de engajamen-
mente com as gerências operacionais e funcionários de to daquela comunidade, a concorrência comercial, a
restaurantes, dividindo o território (no caso de mais de realização de outras campanhas beneficentes locais
uma organização por cidade), compartilhando os planos ou nacionais, o histórico da campanha nos últimos três
para a campanha e disponibilizando equipes para tirar anos e a evolução das vendas de tíquetes antecipados.
dúvidas e inspirar os colaboradores no McDia Feliz, in-
McDia Feliz 30 anos pela vida

Com a projeção de vendas em mãos, o gerente do


clusive com visitas aos projetos e famílias beneficiados. restaurante realiza os pedidos para estoque: tudo o
Os fornecedores também se planejam para o aumento que é necessário para que a loja funcione nos mais
da produção e dos pedidos para o McDia Feliz. altos padrões de qualidade, serviço e limpeza. Além

58
Para o Big Mac chegar quentinho e saboroso às mãos dos consumidores no
McDia Feliz, é preciso que muita gente trabalhe duro: os fornecedores do Sistema
McDonald’s, os funcionários e até os voluntários. Conheça as várias etapas antes do
Big Mac chegar às mãos dos consumidores.

3º TRIMESTRE 4º TRIMESTRE

MOBILIZAÇÃO PRESTAÇÃO
R ealização de lançamentos locais DE CONTAS E
Instituições promovem a venda de tíquetes
antecipados, seleção de voluntários, RECOMEÇO
produção de produtos promocionais

  ivulgação dos resultados da campanha


D
Encarregados dos restaurantes atuam
para motivar funcionários, treinam, fazem  euniões de avaliação com instituições,
R
projeções de venda e realizam pedidos Arcos Dourados e parceiros


Realização do McDia Feliz no  epasse do valor arrecadado para as
R
último sábado de agosto instituições participantes

 puração dos resultados envolvendo


A  evantamento e análise de tendências
L
departamento financeiro, operações para a próxima edição
e a presidência da Arcos Dourados echamento de parcerias para o ano seguinte
F

dos famosos ingredientes do Big Mac: dois hambúr- O sucesso do McDia Feliz é possível graças ao
gueres, alface, queijo, molho especial, cebola, picles trabalho árduo de muita gente, mas, na linha de
e pão com gergelim, é preciso planejar o pedido frente, estão os funcionários e voluntários em con-
de mais embalagens, guardanapos, canudos, sacos tato direto com os clientes. Por ser um dia atípico,
de lixo, bandejas, lâminas de bandeja, batata frita há filas, e os voluntários têm o papel imprescindível
e refrigerante, entre outros itens. de convencer os clientes a fazer a doação. Além
Na reta final da campanha, é possível fazer uma disso, realizam a venda de produtos promocionais.
nova análise da projeção de vendas para encami- Do mesmo modo, os funcionários se empenham
McDia Feliz 30 anos pela vida

nhar os preparativos finais: realocação de equipes no bom funcionamento do caixa e da cozinha. O


e equipamentos para atender a um restaurante Big Mac demora cerca de 50 segundos para ficar
cuja projeção de vendas seja maior. pronto. Depois disso, é só saborear e aproveitar.

59
O SEGREDO DO ZZZ
O RESTAURANTE
QUE MAIS VENDE
BIG MAC NO McDIA
FELIZ NO BRASIL
Eu já trabalho há 16 anos neste restaurante, os quatro últimos
anos como gerente de negócios. Tem sido um imenso orgulho
participar dessa grande festa que é o McDia Feliz e, com a minha
equipe de cerca de 70 pessoas, fazer o maior McDia Feliz do Brasil
por tantos anos seguidos. O segredo do nosso sucesso é uma
combinação de vários fatores: nosso restaurante é o único da cidade
de Cascavel, onde há um importante polo de tratamento: a Uopeccan.
Todos na cidade – inclusive nossos funcionários – conhecem a
qualidade do serviço dessa instituição, que vende muitos tíquetes
antecipados. Muita gente vem inclusive de outras cidades para
participar. Os voluntários fazem um trabalho excepcional e estamos
todos juntos num trabalho de equipe, com funcionários treinados
e motivados. O resultado é que saíram da nossa cozinha só este
ano cerca de 16 mil sanduíches Big Mac. E ano que vem queremos
vender mais!

MAIKON HOIÇA
Gerente de negócios no restaurante ZZZ 
McDia Feliz 30 anos pela vida

60
UM PARCEIRO ESPECIAL
MARTIN-BROWER
O McDia Feliz tem muitos parceiros nacionais que são imprescindíveis
para o sucesso. Tivemos a difícil missão de destacar um deles para re-
fletir o comprometimento e o carinho que todos têm com a causa. Essa
empresa é a Martin-Brower, fornecedora oficial de logística do Sistema
McDonald’s, que há muitos anos viabiliza a realização da campanha
distribuindo não só os ingredientes do Big Mac em todos os restaurantes
da rede, mas também todo o material de campanha para todo o Brasil.

O McDia Feliz para a Martin-Brower começa meses antes da data da


campanha, com planejamento para encarar o aumento das demandas
que o McDia Feliz gera. Tudo o que é usado num restaurante McDonald’s
é padronizado: os ingredientes do menu, os uniformes dos funcionários
e até o material de limpeza. Por isso, os gerentes dos restaurantes con-
centram todos os pedidos em um sistema que permite à Martin-Brower
acionar os centros de distribuição mais próximos e assim diminuir o
tempo entre o pedido e a entrega. Por ser o dia de maior movimento
nos restaurantes, há um crescimento em praticamente todos os tipos
de produto nos pedidos de entrega, de forma que os clientes possam
ter a melhor experiência no dia da campanha. A distribuição de todo o
material começa ainda em julho, com a entrega dos materiais publicitá-
rios, e segue por todo o mês de agosto, de acordo com as necessidades
de cada loja.

É um trabalho que exige inteligência, organização, dedicação e muito


comprometimento dos funcionários. Nosso muito obrigado com carinho
à Martin-Brower!
McDia Feliz 30 anos pela vida

61
O McDia Feliz, desde seu início, me sensibilizou para a causa do
combate ao câncer infantojuvenil. Essa iniciativa é muito mais do que um
evento de arrecadação de recursos, é um agente de conscientização
para um problema real e que, muitas vezes, só nos damos conta de sua
existência quando estamos diante dele. Além do importante retorno
financeiro que o McDia Feliz vem obtendo ao longo dos anos, na minha
opinião, o maior benefício não pode ser medido, que é justamente
a conscientização e o apoio da população a uma causa tão nobre e
importante. Meu comprometimento com o McDia e com o Instituto Ronald
McDonald vai além do corporativo e, desde o momento em que decidi
fazer minha parte pelas crianças e adolescentes do país, pude também
envolver as pessoas ao meu redor em prol dessa mesma causa: familiares,
amigos, colaboradores e fornecedores da Martin-Brower. Os sete anos que
dediquei ao conselho do Instituto Ronald McDonald foram especialmente
importantes para mim, pois tive a certeza de apoiar a causa da instituição
com elevados níveis de governança e credibilidade. O engajamento de
todos que participam desse movimento foi e sempre será um ativo do
Instituto. Além de contribuirmos para esse dia tão importante, tenho
muito orgulho de apoiar – junto com a Martin-Brower – outras ações do
Instituto, como o Torneio de Golfe, que ao longo dos últimos 15 anos trouxe
importantes recursos financeiros para a instituição e é um grande reforço
para a causa perante os formadores de opinião. Um pensamento do
fundador do McDonald’s resume bem o papel do Instituto e sua importância
na promoção de um mundo melhor: ‘Devemos devolver à comunidade o
que ela nos dá tão bem’!

TUPA GOMES
McDia Feliz 30 anos pela vida

Presidente da Martin-Brower para América Latina, Oriente Médio e África

62
ENVOLVIMENTO
DE PARCEIROS LOCAIS
A campanha, por sua capilaridade, conta com apoiadores locais que ajudam as instituições a viabilizar diversas
de suas ações. Esse engajamento com a comunidade – inclusive com empresas solidárias – é uma estratégia
que acaba por sensibilizar mais gente e ampliar os canais de comunicação da instituição.

As instituições participantes do McDia Feliz 2018 indicaram parceiros que têm uma importância muito grande
no sucesso da campanha localmente.

Fazemos coro às instituições para agradecer o empenho de cada um desses parceiros e de muitos outros
que colaboram para o McDia Feliz.

PARCEIROS LOCAIS
Nosso coração é muito maior que estas páginas e cabem todos aqueles que se doam pelo McDia Feliz. Mas
aqui queremos fazer um agradecimento simbólico a parceiros locais muito especiais para as instituições par-
ticipantes da campanha em 2018:

AACC/MS | Liga do Bem


AACC/MT | Real Compensação Tributária, Plaenge Empreendimentos Imobiliários
Associação Donos do Amanhã | Sonho Doce Doceria e Antares Comunicação
Abrace | Coronário, Antonio Carlos Bonatto
ACACCI | MP Publicidade, Aspen Pharma
AAPC (Presidente Prudente) | Sukuhara Honda e Colégio Anglo de Ensino
APACN | Moto Clube Bodes do Asfalto – Facção Curitiba; Ópus Múltipla Comunicação Integrada
Associação Matogrossense de Combate ao Câncer (AMCC) | Bom Futuro, Lojas Moda Verão
AMO Criança | Exatus Contabilidade
Apala | O Borrachão, Rede de Hotéis Ponta Verde
AVOS | Havan, Chapecoense, Almeida Junior, Unisul
Associação de Apoio aos Portadores de Câncer de Mossoró e Região (AAPCMR) | TV Cabo Mossoró, auditora
Micheline Fontes
Associação Peter Pan (APP) | Caixa Econômica Federal, 10ª Região Militar do Exército Brasileiro
AVOSOS | Professor Serafim
CACC | CVI Refrigerantes Ltda, Uglione S.A. Santa Maria
CAPE (Belo Horizonte) | Milplan Engenharia, Marco Novaes
Casa Durval Paiva | Banco do Brasil, 2ª edição da Ligação do Bem, Colégio Master, Método Superaque
Casa Ronald McDonald ABC | Rotary – Distrito 4420
McDia Feliz 30 anos pela vida

Casa Ronald McDonald Belém | Pará Moto Clube


Casa Ronald McDonald Campinas | Polar Truck, DHL
Casa Ronald McDonald Jahu | Lions Clubes da região (Itápolis, Ibitinga, Bariri, Mineiros do Tiete, Jahu e Dois Córregos).
Casa Ronald McDonald Rio de Janeiro | Aspen Pharma, Coca-Cola

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Casa Ronald McDonald São Paulo/Moema | Adriana Colin; São Rafael Câmaras Frigoríficas
Centro Infantil Boldrini | Heróis na Luta contra o Câncer Infantil
Domus | Raiar Academia e Atividades Aquáticas
Famesp | Prefeitura Municipal de Botucatu e Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu
Fundação Antonio Dino | Grupo Potiguá e Grupo Mateus
Fundação Ricardo Moisés Jr | Vita Derm, Daimler Crysler
Fundação Sara Albuquerque Costa | Triggus e Construmaia
Fundação São Francisco Xavier | Harsco Metals & Minerals, Usinas
Siderúrgicas de Minas Gerais S. A. | Usiminas
GAC Recife | Banco do Brasil e Juliana Farinha
GACC Amazonas | Grupo GB Norte
GACC Bahia | Shopping Salvador e Salvador Norte
GACC Sul Bahia | Rota Transportes, Shopping Jequitibá
GACC Ribeirão Preto | Alliage
Grupo Luta pela Vida (AMGLPV) | Grupo Algar e Laboratório Sabin
Graacc | Biolab, Eurofarma, Comunidade Chinesa, Prefeitura de Barueri
GPACI (Grupo de Pesquisa e Assistência ao Câncer Infantil) | Centro Médico Diagnósticos, Unimed Sorocaba
Hospital da Criança Santo Antônio | Baltoro Group
Hospital de Amor | Plastripel, Supermercado Iquegami
Hospital de Câncer de Franca | Centro de Voluntários de Franca, Magazine Luiza S.A., Curso de Medicina da
Universidade de Franca
Instituto do Câncer Infantil (ICI-RS) | Centro Universitário Metodista (IPA)
Itaci | Umbigo do Mundo
Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria | Fremax, Rádio 89FM Joinville
Hospital Martagão Gesteira | Rotary Clube; VIVO/Fundação Telefônica
Liga Feminina de Combate ao Câncer de Passo Fundo (LFCC) | Danielle de O. Batezini, Marcia Biavatti Peruffo
Núcleo de Apoio à Criança com Câncer (NACC) | Grupo Cornélio Brennand
Oasis | Shopping Center Uberaba, Alta Genetics
ONG Viver | Folha de Londrina
Rede Feminina de Combate ao Câncer RFCC | Maringá - Plaenge, Ingraph Digital
Rede Feminina de Combate ao Câncer RFCC | Santa Bárbara d’Oeste - Rede Pratika; Faculdade de
Santa Bárbara d´Oeste
Rede Feminina de Combate ao Câncer RFCC-PI | Teresina Shopping, Criativa Comunicação Visual
Rede Feminina de Combate ao Câncer RFCC | Hospital Erasto Gaertner - Minauro Informática Ltda., Berry Global Group
McDia Feliz 30 anos pela vida

Santa Casa de Misericórdia de Marília | Carino Alimentos; Escritório Paiva e Arruda


Sobope | Equity Contabilidade Empresarial e Oma Administradora de Imóveis e Corretagem Ltda.
Tucca | Grupo Ótica Indaiá, Rede Feminina Guiomar Pinheiro Franco
Uopeccan | SICOOB, Cia Beal de Alimentos

65
PARCEIROS LOCAIS
DO McDIA FELIZ

CENTRO-OESTE
LOJAS MODA VERÃO
Uma semana antes do McDia Feliz,
a empresa mato-grossense Moda
Verão fez uma visita ao Hospital de
Câncer do Mato Grosso. Na ocasião,
os representantes da companhia se
sentiram muito tocados pela impor-
tância do McDia Feliz para a institui-
ção e resolveram apoiar a campa-
nha. A equipe do hospital preparou
uma apresentação sobre o trabalho
realizado ali para os funcionários das
lojas e, a partir daí, muita gente co-
meçou a comprar camisetas e tíque-
tes antecipados. Só para esse públi-
co, foram vendidas 406 camisetas,
18 camisetas premium e 102 tíquetes
antecipados em apenas uma sema-
na, somando R$ 13.033,00. Além dis-
McDia Feliz 30 anos pela vida

so, os funcionários das lojas usaram


as camisas como uniforme na data
da campanha. A empresa fez ainda
a doação de um espaço publicitário
no intervalo de um dos programas
de maior audiência na televisão local
para a divulgação do McDia Feliz.
66
NORTE NORDESTE
GRUPO GB PONTOS DE VIDA EM PARCERIA
COM O EXÉRCITO BRASILEIRO
O Grupo Bastazini já é parceiro
do GACC Amazonas há 15 anos. No ano de 2018, o grande aliado do McDia Feliz no Cea-
A parceria consiste no apoio in- rá foi o Exército Brasileiro. O Exército encampou a luta
condicional à venda de tíquetes contra o câncer por meio do projeto Pontos de Vida, que
antecipados e camisetas, que nasceu durante o McDia Feliz de 2017 em parceria com
compõem a arrecadação total da a Secretaria de Segurança Pública do Ceará. Nesse ano,
campanha na localidade. Além o projeto levou para dentro dos quartéis do Exército em
disso, os funcionários da empre- Fortaleza a venda de tíquetes antecipados, facilitando a
sa também são incentivados a aquisição dos militares e de suas famílias. A banda militar
se engajar. tocou durante a cerimônia de abertura do McDia Feliz e
uma das Lojas McDonald’s, no Del Passeo, teve membros
da corporação e suas esposas como anfitriões.

SUDESTE
SUPERMERCADOS IQUEGAMI
Na cidade de Bebedouro (SP), um dos grandes parceiros
da campanha McDia Feliz em 2018 foi o Supermercado
Iquegami. Foram cerca de 700 combos (tíquete antecipa-
do + copo promocional) vendidos. Para tanto, os adminis-
tradores desse supermercado disponibilizaram para cada
operador de caixa os tíquetes para serem vendidos, sen-
do que todos esses funcionários informavam os clientes
da importância da campanha, bem como da destinação
dos recursos obtidos: o Hospital de Amor. Além do mais,
uma funcionária dessa rede de supermercados foi escala-
da para, exclusivamente, ficar na porta da loja abordando
cada um dos clientes consumidores, divulgando a cam-
panha, exibindo o vídeo e o copo decorativo.

SUL
MOBILIZA, CHAPECÓ
Com a participação do Grupo Emílias e do parceiro Clu-
be Chapecoense, a ação da Associação de Voluntários
de Apoio e Assistência à Criança e ao Adolescente (Avos)
teve como objetivo aumentar a quantidade de volun-
tários para atuar no McDia Feliz na cidade de Chapecó
(SC). Outros objetivos alcançados foram o crescimento
da venda dos tíquetes antecipados e a mobilização da
McDia Feliz 30 anos pela vida

comunidade local para o engajamento na causa. Em uma


das ações, a compra de três tíquetes dava direito a um
ingresso para o jogo Chape x Corinthians. No jogo, tam-
bém foi possível adquirir os tíquetes antecipados e tirar
fotos numa cabine fotográfica. Essa iniciativa foi premia-
da na categoria “Aumentando o Time” no Troféu Atitude
de Ouro 2017.

67
CONFIRA A SEGUIR DEPOIMENTOS
INSPIRADORES DE ALGUNS DESSES PARCEIROS:

McDia Feliz proporcionou um sentimento de


gratidão muito grande em meu coração, que me
deixou em êxtase e me fez viver uma experiência
indescritível. Fui com o propósito de um voluntário:
servir! Porém, fui servido através de sorrisos
contagiantes, através da alegria estampada no
coração das pessoas e pelo amor doado por cada
um que estava ali.

GILSON SIQUEIRA CAMARGO


Diretor das Lojas Moda Verão

Para nós do grupo GB, o McDia Feliz em agosto é esperado


com muita alegria e entusiasmo. Já somos parceiros há 15 anos,
percebemos que, do ponto de vista corporativo, nosso grupo se
enche de vida e harmonia, todos engajados não só em comprar
e vestir as camisetas, como também em adquirir o tíquete de Big
Mac, mas principalmente em participar por um período da rotina da
instituição e, no fim, acompanhar o resultado angariado no evento
com a satisfação de terem feito parte da cura. O Gacc Amazonas
merece nosso carinho e respeito, e ficamos muito felizes com essa
oportunidade. Parabéns a todos.

NUNO SILVA
McDia Feliz 30 anos pela vida

Diretor comercial do Grupo GB

68
Prova da força da parceria entre a Chapecoense e o McDia Feliz
é que ela já acontece há três anos. Desde o começo, o clube utilizou
da sua influência para divulgar a ação – nos nossos jogos e nas
nossas redes sociais – e mobilizar o maior número de pessoas para
que adquirissem os tíquetes do Big Mac. Para nós, que abraçamos a
causa e fazemos com que ela seja abraçada por todos os torcedores,
é gratificante perceber que a força da paixão pela Chape também
pode ser uma ferramenta para fomentar o bem.

JULIANA SÁ ZONTA
Gerente de Marketing da Chapecoense

Resolvemos apoiar esta causa porque é


um trabalho muito sério. Aqui na região, todo
mundo que tem câncer encontra tratamento lá.
Nós temos que apoiar mesmo. E foi por isso que
a gente vestiu a camisa. Se todo mundo fizer a
sua parte, vai ser melhor ainda.

MÁRCIA ARRUDA COSTA


Gerente do Supermercado Iquegami

A participação do Exército Brasileiro, por intermédio da


Décima Região Militar, na campanha da Associação Peter Pan,
em apoio às crianças e jovens no combate ao câncer, revestiu-se
de uma motivação especial, pela nobre causa apoiada. Inserida
também na campanha McDia Feliz foi impulsionada não apenas
pelos integrantes da região, mas também por seus familiares, tudo
McDia Feliz 30 anos pela vida

em sintonia com o slogan do Dia do Soldado em 2018: ‘Por você,


por todos’. Obrigado pela oportunidade!

GENERAL FERNANDO JOSÉ SOARES DA CUNHA

69
VOLUNTARIADO
Há aqueles que chegaram à causa do câncer infantojuvenil porque viveram na pele a expe-
riência de ser ou ter alguém na família acometido pela doença. Há aqueles que conheceram as
instituições e se solidarizam com a importância do trabalho; há aqueles cujos amigos, parentes
ou alguém que respeita já é voluntário e, por isso, resolveu experimentar a sensação de se
doar. Não importam as origens do voluntariado, o importante é realizar a tarefa com o coração.

No McDia Feliz há muito a fazer para que a campanha seja um sucesso ano após ano. Grande
parte desse trabalho é feito com a doação do tempo e do trabalho de voluntários e volun-
tárias Brasil afora. Estima-se que 30 mil pessoas físicas estejam envolvidas anualmente na
realização do McDia Feliz de forma voluntária, o que coloca a campanha em evidência por
sua capacidade de mobilização. No Brasil, nenhuma outra iniciativa associada a uma grande
empresa movimenta tantos voluntários como o McDia Feliz.

Novos ou antigos, os voluntários são unânimes em dizer que não importa o quanto eles doam,
sempre recebem muito mais em troca.

Conheça algumas das atividades que estão sob a responsabilidade de voluntários no McDia Feliz:

• Venda de produtos promocionais – comercialização de camisetas, canetas, cadernos e


outros produtos promocionais com a marca do McDia Feliz.

• Venda de tíquetes antecipados – venda de tíquetes antecipados do Big Mac, que podem
ser trocados pelo sanduíche no dia da campanha.

• Coordenação das atrações em um restaurante – voluntário conhecido como anfitrião de


restaurante organiza as atividades e atrações de determinada loja no dia da campanha.

• Realização de performances artísticas – há aqueles que doam sua imagem para divulgação
da campanha ou até realizam performances no dia da campanha: cantores, atores e atrizes,
bailarinos, personagens infantis, entre outros.

• Divulgação e persuasão – nem todo mundo lembra que o McDia Feliz é no último sábado
de agosto, por isso há aqueles voluntários responsáveis por fazer esse lembrete nas ruas ou
mesmo nos restaurantes, convencendo as pessoas que estão nas filas a comprar o Big Mac.

• Suporte às crianças e adolescentes beneficiados – o McDia Feliz também é um dia de


festa, por isso muitas instituições optam por levar crianças e adolescentes que serão be-
neficiados para um dia de diversão fora do hospital ou da casa de apoio (aqueles que estão
em condições de fazê-lo). Alguns voluntários dão todo o suporte para que isso aconteça,
atendendo às necessidades dos pacientes e de seus acompanhantes.

• Organização geral – algumas instituições mantêm seus quadros inteiramente com vo-
McDia Feliz 30 anos pela vida

luntários. São pessoas que têm a responsabilidade de representar aquela instituição no


planejamento e na prestação de contas da campanha, orientar outros voluntários e manter
contato com a coordenação nacional.

71
Depois da campanha SOS Marquinhos, tínhamos um grupo enorme de amigos
tijucanos cujos filhos jogavam futebol. Todos queriam ajudar no luto do Chico e da Sonia.
Sobrou dinheiro que arrecadamos para o tratamento do Marquinhos e, por isso, o casal
decidiu usar esse saldo para construir uma casa de apoio aos moldes do que o Chico
conheceu nos Estados Unidos. Foi nesse intervalo que ele, como voluntário do Inca,
soube do McDia Feliz. O convite para participar veio através do presidente do Conselho
de Administração do Inca, que também era o presidente do McDonald’s na época, o
Peter Rodenbeck. Chico me chamou para ajudar no tal McDia Feliz, e eu fiquei pensando
que raios de campanha era aquela! Como se já não tivéssemos muito o que fazer com
os nossos próprios planos. Mas eu topei. E fui lá com o Chico no restaurante Barra Drive
entender o que podia ser feito: era uma área enorme, tanto o salão quanto o entorno do
restaurante, com o estacionamento. Conversamos com o outro Chico, que era gerente
da loja naquela época para entender quais eram os horários de pico, o que podia e o
que não podia. Ele disse: eu cuido do balcão para dentro e vocês do balcão para fora. As
atividades daquele dia foram inspiradas na minha experiência como professora, quando
organizávamos as semanas de integração nas escolas. Tinha atividade leve, moderada,
de relaxamento, para crianças de todas as idades, de acordo com o funcionamento do
restaurante. Organizamos entre os amigos do grupo quem ficaria responsável pelo quê:
quem convidaria os artistas, quem tinha carro para pegar o convidado, que horas o time
de futebol ia chegar, etc. No dia tivemos que lidar com vários imprevistos, mas, em meio
ao caos, deu tudo certo! Chegou uma hora que faltou pão, carne, queijo e mesmo assim
ninguém desanimou. Deu no que deu: muito Big Mac sendo vendido. Foi um dia totalmente
atípico, mas o segredo foi o entrosamento e a certeza de que tudo seria voltado para
a causa do câncer infantojuvenil. Tenho orgulho de ter participado desta e de muitas
outras edições que se seguiram (participei de praticamente todas até hoje no Instituto
e na Casa Ronald McDonald Rio de Janeiro). Tenho muito carinho por todos que fazem
este dia acontecer, principalmente os voluntários. São eles – aqui em especial reconheço
aqueles com quem trabalhei no estado do Rio de Janeiro e os que conheci Brasil afora –
que são os responsáveis por ter transformado o McDia Feliz na maior mobilização de
McDia Feliz 30 anos pela vida

pessoas em prol de uma causa no nosso país.

REGINA COBO
Voluntária do McDia Feliz, uma das fundadoras da Casa Ronald McDonald Rio de Janeiro

72
Dos nossos 33 anos na causa do câncer infantojuvenil, 21 anos, desde de
1997, estamos envolvidos no McDia Feliz, mobilizando, sensibilizando, motivando e
coordenando centenas de voluntários da nossa sociedade nesse grandioso evento
em prol dessa causa. Os resultados alcançados nos enchem de alegria, disposição e
nos incentivam a dar continuidade a essa campanha. Ao longo desses anos, o McDia
Feliz esteve e continua presente na história da Avosos, desde a construção da sede
própria, a humanização de ambientes e principalmente na grande contribuição da
melhoria da qualidade de vida e na cura de centenas de crianças e adolescentes
assistidos pela instituição. Participar da campanha McDia Feliz não só engradece a
nossa instituição como também nos dá a certeza de poder contribuir com toda essa
assistência a esses pacientes.

WILSON E JEANE MELO


Presidente e coordenadora voluntária, fundadores da Avosos e voluntários

McDia Feliz 30 anos pela vida

73
O McDia Feliz é a maior campanha em prol
da criança e do adolescente no Brasil. Tenho
prazer e orgulho de participar desde o início com
vários projetos, entre eles: o Hospital do Graacc,
primeira casa de apoio do Graacc. Há 12 anos
consegui realizar um sonho em parceria com o
Instituto Ronald McDonald e Graacc através do
McDia Feliz: a Casa Ronald McDonald São Paulo
Moema, com 30 suítes individuais, qualidade no
atendimento e o carinho que nossas crianças
merecem. Pude contar com apoio da minha
família desde o início dessa empreitada como
voluntária que já dura há 47 anos. Meu marido,
filhos e netos, além do apoio emocional e
psicológico, atuavam no dia do evento nas
lojas com venda de produtos e divulgação
da campanha. Como superintendente do
voluntariado do hospital do Graacc, pude montar
um grupo de quase 500 voluntários que fazem
um trabalho árduo e melhor a cada ano, sendo
com certeza um dos pilares e responsáveis pelo
sucesso dessa campanha que tanto me orgulha
e deu condições de realizar nossos sonhos.

LEA MINGIONE
Voluntária e  fundadora da Casa Ronald McDonald
McDia Feliz 30 anos pela vida

São Paulo – Moema

74
VOLUNTARIADO EM TODO O BRASIL

Cuiabá Campinas

Maceió Fortaleza Florianópolis

Franca Vitória São Paulo

Micheine Fontes , Mossoró Joinville Porto Alegre


McDia Feliz 30 anos pela vida

Bodes do Asfalto em Curitiba Maringá

75
HISTÓRIAS DE
VOLUNTARIADO
MOHAMAD ASSAF MOURÃO, O VOLUNTÁRIO MIRIM
DO HOSPITAL DE AMOR
Um menino de Palmas (TO) chamou a atenção por promover uma grande
festa de solidariedade. Para comemorar o aniversário de 10 anos, ele de-
cidiu chamar seus convidados para a Praça de Alimentação do Shopping
Capim Dourado em sua cidade para transformar Big Mac em sorrisos na
data do McDia Feliz. Mohamad Assaf Mourão se tornou um voluntário,
convertendo seus presentes em doações para a construção do Hospital
de Amor no Tocantins.

LIGA DO BEM
Desde 2015, a AACC/MS se associou ao grupo de voluntários Liga do
Bem para potencializar a venda de produtos, tíquetes antecipados e o
engajamento de voluntários. Os participantes do grupo são conhecidos
pela caracterização como heróis e realização de atividades lúdicas para
crianças em hospitais, creches e comunidades carentes de Campo Gran-
de. No McDia Feliz, eles foram além: realizaram eventos para a venda de
tíquetes, visitaram escolas, universidades e estabelecimentos privados/
públicos para divulgar a campanha, comercializaram os produtos da cam-
panha e assumiram a coordenação de uma loja – que alcançou recorde de
vendas. O resultado é que foram responsáveis por aproximadamente 80%
da venda de tíquetes antecipados e vendas no balcão em 2017.

McAMIGO CHRISTIAN DE SABOYA


Conhecido jornalista do Rio Grande do Norte, o colunista Christian de Sa-
boya doou sua imagem como McAmigo no McDia Feliz 2017 da Associação
de Apoio aos Portadores de Câncer de Mossoró e Região (AAPCMR). A
doação, entretanto, não ficou só na divulgação. Christian promoveu uma
festa de aniversário na qual realizou a venda de tíquetes antecipados do
Big Mac. Com sua busca ativa por parceiros, a festa foi um sucesso e o
resultado alcançado quase dobrou a meta inicial, chegando a 930 tíquetes
antecipados vendidos.
McDia Feliz 30 anos pela vida

76
VOLUNTARIADO QUE SE
MULTIPLICA EM RIBEIRÃO PRETO
Em 2009, depois de passar por um momento difícil em sua vida, o Sargento
Moreno conheceu a casa de apoio do GACC de Ribeirão Preto e ficou co-
movido com algumas histórias de crianças e adolescentes em tratamento
de câncer no Hospital das Clínicas da cidade. Ele tomou uma decisão:
se dedicar ao trabalho voluntário na instituição. Muito engajado, logo foi
convidado a integrar a diretoria, sendo eleito conselheiro. No mesmo ano,
ele havia conhecido a jovem Fabiane, que viria a se tornar sua esposa.
Eles frequentavam os eventos da entidade, como o McDia Feliz. Embora
Fabiane não fosse voluntária, seu carinho com as crianças e as famílias
atendidas ali logo chamou a atenção da administração, que a convidou
para realizar um trabalho de coordenação e governança da casa de apoio
do GACC. A aproximação dos dois com o GACC acabou se transformando
em casamento e multiplicando o número de voluntários na família. Fabiane
engravidou e teve gêmeos: Maria e João Francisco, que desde a gravidez
da mamãe participam dos eventos da casa. Hoje a família está mais unida
do que nunca, inclusive no McDia Feliz.

UMA SUPERVOLUNTÁRIA
A voluntária Aida Maria Ribeiro da Silva, de 65 anos, se dedica há mais de 15
anos ao trabalho voluntário no Hospital da Criança Santo Antônio, em Porto
Alegre. Em toda sua trajetória nesses anos, sempre se fez presente nas
inúmeras atividades realizadas com as crianças internadas e os pacientes
ambulatoriais e suas famílias. Quando o hospital anunciou sua participa-
ção no McDia Feliz, ela foi a primeira dos 40 voluntários que hoje realizam
suas atividades a se prontificar a assumir mais esse compromisso com a
instituição. Já se passaram três anos desde que o Hospital da Criança Santo
Antônio começou a fazer parte da campanha, e em todas as edições Aida
esteve presente doando seu tempo, entusiasmo e amor pela causa. Neste
último ano, em especial, faltou luz na loja em que ela estava na rua 24 de
outubro (lotada!), justamente no período do almoço, fato que impossibi-
litou que as pessoas pudessem adquirir o Big Mac. Mas Aida, junto com
os demais voluntários, não desistiu. Muito engajada no trabalho, se dispôs
a batalhar a venda dos produtos da sua loja nas ruas para compensar o
que não estava sendo vendido no balcão. A cada retorno à loja, voltava
com um sorriso no rosto pela conquista de vendas. O resultado é que a
sua loja foi a que mais vendeu produtos promocionais para a instituição.
Aida comemora: "Recebo mais do que dou neste trabalho. Sou muito feliz
McDia Feliz 30 anos pela vida

de ser voluntária".

77
McDIA FELIZ EM TODO O BRASIL

Porto Alegre Jundiaí

Cascavel

Joinville São Paulo

Cuiabá
McDia Feliz 30 anos pela vida

Barretos Campinas

78
Campinas Londrina

Teresina

São Paulo Belo Horizonte

Jahu
McDia Feliz 30 anos pela vida

Porto Alegre Itabuna

79
RAIO-X
da mobilização
PERFIL DEMOGRÁFICO
feminino masculino

58% 42% 60% 40% 75% 25%

CLIENTES FUNCIONÁRIOS VOLUNTÁRIOS

PERFIL ALTRUÍSMO
CLIENTES E FUNCIONÁRIOS VOLUNTÁRIOS

O que é ser voluntário? Por que começou a ser voluntário?


52%
se doar ajudar o 30% fato
próximo pessoal

17% 35% contato com

22% 26% voluntários

ser útil 41% 11% tempo


15% livre
11%vontade de
7% ajudar
20% 8% crescimento
pessoal
retorno/ experiência influência 5% outros
impacto ou realização de alguém fazer dedicar tempo
social pessoal bem a si
mesmo

Há quanto tempo começou a praticar o voluntariado?


Mais de 5 anos

De 2 a 5 anos

De 1 a 2 anos

Até 6 meses
McDia Feliz 30 anos pela vida

17,8% 7,1% 10,7% 64,3%

80
CLIENTES
RELAÇÃO COM O McDONALD’S

O que veio fazer no McD0nald´s? Quem o incentivou a vir? 54%

15%
apenas
comer
17% 15%
85% 11%
McDia 7%
Feliz

propaganda trabalho família amigos ninguém

arrecadar divulgar fazer ajudar Instituições


A IMPORTÂNCIA DO McDIA FELIZ fundos o tema o bem de apoio

2%
CLIENTE 74% 24% 24%

FUNCIONÁRIO 13% 16% 23% 36%

VOLUNTÁRIO 10% 17% 32% 78%

RELAÇÃO COM O McDIA FELIZ amor felicidade orgulho utilidade

4%
CLIENTE 37% 37% 50%

FUNCIONÁRIO 13% 66% 50% 23%


McDia Feliz 30 anos pela vida

VOLUNTÁRIO 14% 46% 57% 28%

* Os dados que constam neste infográfico são produto de uma pesquisa de percepção realizada pela agência Santo Caos durante o McDia Feliz 2016 com três públicos estratégicos
para a campanha: funcionários McDonald’s, voluntários das instituições participantes da campanha e clientes McDonald’s. Entendemos que embora possa haver variações nos
números ano a ano, a análise oferece um retrato confiável da relação desses públicos com a campanha.

81
OS CONSUMIDORES
DO McDIA FELIZ

Vamos falar aqui daqueles que na prática viabilizam a


doação do Big Mac: os consumidores do McDonald’s.
A campanha só é possível porque eles compram
tíquetes antecipados ou chegam até o balcão para
pedir o sanduíche. Não importa se faz sol ou chuva,
calor ou frio, são essas pessoas que saem de suas
casas para transformar Big Mac em sorrisos.

Na edição de 2016 do McDia Feliz, a agência Santo


Caos realizou uma pesquisa de percepção entre
os três principais públicos da campanha: clientes,
voluntários e funcionários McDonald’s. O objetivo
foi conhecer melhor a relação de cada um deles
com a iniciativa, de forma a subsidiar estratégias de
engajamento e conteúdo para os anos seguintes. A
pesquisa inclui questionário, imersão nos projetos e
entrevistas com uma amostra de 104 pessoas.

O estudo chegou a conclusões bastante interessantes


sobre o público do McDia Feliz. Destacamos a relação
dos clientes com a campanha: são jovens menores de
25 anos, que costumam ajudar outras causas sociais.
Eles já têm o hábito de comer no McDonald’s, mas em
geral estão cientes da realização da campanha pois
já participaram em outras oportunidades. A principal
motivação é arrecadar recursos para os projetos das
instituições participantes.
McDia Feliz 30 anos pela vida

82
ARTISTAS NACIONAIS
O McDia Feliz se tornou uma grande festa que conta com
diversas frentes de mobilização da sociedade. Uma delas é
o apoio de artistas, atletas e personalidades que doam sua
imagem para divulgar a campanha. Nomes como Thiago
Lacerda, Angélica, Professor Pasquale, Sandy e Júnior, e
muitos outros já tiveram a importante missão de ser padri-
nhos e madrinhas, porta-vozes oficiais e rostos da campanha.
A participação de cada um deles ajudou a construir uma
imagem de credibilidade para a iniciativa em todo o Brasil.

Nosso muito obrigado especial a todas as celebridades que


de forma altruísta participaram da campanha, em especial
àquelas que foram padrinhos e madrinhas do McDia Feliz.

Participar do McDia Feliz por dois anos seguidos foi uma grande
honra. Ao longo da minha participação na campanha, descobri que
sou parte de uma engrenagem muito maior do que podia imaginar.
São diversas instituições fazendo mobilização local, voluntários, mães,
crianças, médicos, equipes técnicas, empresas parceiras, todos, a sua
maneira, lutando para que o tratamento das crianças e jovens com câncer
seja dado de maneira humanizada e com maior chance de cura. É uma
luta contínua, mas que juntos temos mais chances de vencer. Entendi
então que precisava vestir a camisa, conhecer a causa de perto, bem como
seus impactos. É um trabalho que me orgulho de ter feito parte.

FÁBIO PORCHAT
Embaixador nacional do McDia Feliz 2017 e 2018

ARTISTAS LOCAIS
Os artistas locais também são uma parte essencial da cam-
panha, pois personalizam o McDia Feliz em âmbito regional,
McDia Feliz 30 anos pela vida

gerando reconhecimento e engajamento com as identidades


daquela localidade. Nosso muito obrigado a cantores, atores,
atrizes, grupos de dança e voluntários que se vestem como
os mais conhecidos personagens do cinema e da TV para
chamar a atenção para a campanha.

83
Padrinhos de 1989 a 2018

1989 1990 1991 1992


Betinho Glória Glória Tony Ramos
(in memoriam) Menezes Pires

1993
Carlos
Nascimento

1994
Eri Johnson

1998
1995 1996 1997 Professor
Cid Moreira Regina Duarte Angélica Pasquale

1999
Xuxa
Meneghel

2000
Ana Maria
Braga
2005
Felipe Dylon
2004 2003 2002 2001
Sandy Thiago Tony Bellotto Leonardo
e Junior Lacerda e Malu Mader

2006
 Alexandre Borges
e Julia Lemmertz

2007
 Bernardinho e
Fernanda Venturini
2009* 2015*
McDia Feliz 30 anos pela vida

2008 2016 2017 e 2018


 Gustavo Borges e a dupla Ronaldo Fábio
do nado sincronizado Lara Fenômeno Porchat
Teixeira e Nayara Figueira

* Entre 2009 e 2015 as estrelas da campanha foram ex-pacientes curados do câncer.


84
85
McDia Feliz 30 anos pela vida
ARTISTAS LOCAIS QUE APOIARAM A CAMPANHA

Rio de Janeiro Belém Teresina

Belo Horizonte Rio de Janeiro

ABC Campinas
McDia Feliz 30 anos pela vida

São Paulo Salvador

86
Maceió Uberaba

São Paulo ABC

Salvador
McDia Feliz 30 anos pela vida

Itabuna Salvador

87
3
OS OUTROS
365 DIAS
NÚMEROS DO
Instituto Ronald McDonald

1.416 116 Todos os recursos arrecadados


PROJETOS INSTITUIÇÕES pelo McDia Feliz e outras fontes de
APOIADOS BENEFICIADAS recursos se destinam aos projetos
aprovados por meio de edital aberto
anualmente pelo Instituto Ronald
McDonald através do qual as institui-
Atualmente o Instituto Ronald McDonald
tem: ções cadastradas podem submeter

}
os projetos para análise. Os projetos

em 53 cidades são analisados pelo conselho cientí-

70
instituições fico e executivo e passam a compor
cadastradas
presentes de 21 estados e
a carteira de projetos e poderão re-
o Distrito Federal ceber recursos. Os projetos em sua
maioria contemplam a construção
e reforma de hospitais, construção

6
Casas
Ronald 17 Hospitais
e reforma de casas de apoio, com-
pra de equipamentos, infraestrutu-
McDonald
ra (mobiliário, veículos etc.), apoio

25 Casas
de Apoio 10 Instituições
que gerenciam
a congressos e pesquisas, capaci-
tação profissional, sistemas de in-
hospitais
formação e custeio (alimentação,
12 Instituições
de Apoio transporte, materiais etc.).

6
Espaços da Família
Ronald McDonald

POR ANO, cerca de


R$

50 mil 300 milhões


McDia Feliz 30 anos pela vida

atendimentos a CRIANÇAS,
ADOLESCENTES e SEUS
DESTINADOS
FAMILIARES por meio de A PROJETOS
PROGRAMAS DO INSTITUTO

90
ESTRATÉGIA
de atuação

OBJETIVO GERAL
Contribuir para elevar o índice de cura do câncer infantojuvenil no Brasil e para a qualidade de
vida dos jovens pacientes atendidos e seus familiares antes, durante e após o tratamento.

MÉTODO

Pesquisa Apoio psicossocial Adesão ao tratamento Tratamento e/ou


Diagnóstico precoce

Planejamentos locais e fóruns regionais (CONIACC + Sobope)

FERRAMENTAS

1 Atuação na rede
nacional de instituições 2 Programas globais e
locais do Instituto 3 Advocacy
4 Investimento
financeiro

RESULTADOS

Melhoria dos serviços Influência em Fortalecimento da rede


de oncologia pediátrica políticas públicas de atenção oncológica
McDia Feliz 30 anos pela vida

IMPACTO ESPERADO
Transformar o cenário do câncer infantojuvenil no país ao contribuir para aumentar o índice de cura nas
instituições apoiadas pelo Instituto Ronald McDonald.

91
OS BASTIDORES
DO ESPETÁCULO

Um dia feliz, no fim de agosto. Trios Fim de festa. Depois de muita correria, finalmente o trabalho acabou.
elétricos param as ruas. Celebrida- Acabou?
des tiram fotos com fãs. Artistas se
Fecham as cortinas. Por trás dessa linda festa, que acontece uma vez
apresentam para uma plateia que ao ano, outros tantos milhares de pessoas se mobilizam e trabalham os
vai e vem saboreando seu Big Mac. outros 364 dias para que crianças e adolescentes com câncer e seus
Mágicos, palhaços, músicos, mími- familiares recebam tratamento de qualidade e o apoio necessário para
cos. Balões por toda parte. E, claro, superar, da melhor forma possível, essa difícil fase de suas vidas.
a presença dele, o mestre de ceri-
Os milhões de reais arrecadados durante o McDia Feliz precisam ser bem
mônias da festa e embaixador da
aplicados, e projetos sérios não faltam para receber os mais que bem-
alegria: Ronald McDonald.
-vindos recursos. De casas de apoio à capacitação de agentes de saúde
Cada qual com sua função, cada para diagnosticar precocemente a doença, passando por aquisição de
qual com sua missão. Cada um equipamentos, reformas e melhorias em ambientes hospitalares. Há muito
ajuda e participa como pode. Con- a ser feito durante todo o ano.
vidando amigos, vendendo tíque-
Os projetos, que são apresentados pelas cerca de 70 instituições parceiras,
tes antecipados, oferecendo seus
precisam estar alinhados aos programas do Instituto e aprovados pelo
talentos artísticos e profissionais,
Conselho Científico e Executivo do Instituto Ronald McDonald – de acordo
levando o carro de som, distribuin-
com sua relevância, seu impacto e sua sustentabilidade.
do panfletos, vestindo a camisa e
comprando seu sanduíche. Uma vez aprovados em todas as etapas, os projetos recebem os recursos
e têm ações monitoradas e prestações de contas auditadas – garantindo
Ao fim, o balanço da festa. Milhões
transparência e efetividade na aplicação do dinheiro.
de reais arrecadados em prol do
combate ao câncer infantojuvenil. Por ano, são cerca de 50 mil atendimentos a crianças, adolescentes e seus

Milhares de voluntários mobilizados familiares por meio de programas financiados pelo McDia Feliz – juntamente

de norte a sul do país. Tíquetes ante- com outras fontes de arrecadação –, aumentando as chances de cura e

cipados são contabilizados e batem amenizando o sofrimento de quem precisa de tratamento prolongado
McDia Feliz 30 anos pela vida

recordes de vendas. Funcionários e longe de casa.

cansados, mas felizes com mais um Um espetáculo que acontece durante 364 dias, em cada leito, em cada
evento de sucesso. quarto, em cada casa de apoio, na vida de cada paciente!

93
TRANSFORMANDO
O LUTO EM LUTA
Como transformar uma dor profun- Do desafio de criar uma Casa Ronald McDonald – nos moldes da que
da em uma causa que salva vidas? Marquinhos e sua família se hospedaram em Nova York durante o tratamen-
Como buscar forças dentro de si to – até a extensa rede de apoio à criança e ao adolescente com câncer
para, a partir do luto, ajudar milha- liderada pelo Instituto Ronald McDonald, há muita história para contar.
res de pessoas a terem dignidade
De lá para cá muitos atores se envolveram na causa: o próprio McDonald’s,
e apoio no momento mais difícil de
instituições, hospitais, voluntários, celebridades, funcionários, franquea-
suas vidas? Como se engajar em
dos… Milhares de pessoas que se mobilizam e se engajam na causa cuja
uma causa tão grande e ao mes-
sementinha foi plantada no início da década de 1990 pelo casal Neves.
mo tempo cuidar de cada pessoa
em suas especificidades, em uma Parceiros de peso como o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a Sociedade

demonstração de empatia com a Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope) e a Confederação Nacio-

dor do outro? nal de Instituições de Apoio e Assistência à Criança e ao Adolescente


com Câncer (Coniacc) somam forças ao trabalho do Instituto Ronald
Perguntas nem sempre simples de
McDonald e aumentam a credibilidade científica e técnica das ações e
responder, mas que são o cerne
dos projetos desenvolvidos.
do Instituto Ronald McDonald, or-
ganização fundada em 1999 para Hoje, o Instituto Ronald McDonald é um dos principais investidores sociais

promover a saúde e a qualidade de e o maior financiador privado no desenvolvimento da oncologia pediátrica

vida de adolescentes e crianças com no país. Uma organização que possibilita, por ano, cerca de 50 mil aten-

câncer. Uma história que começou dimentos a crianças, adolescentes e seus familiares, por meio de seus

quando Francisco Neves – hoje su- programas, e aproximou mais de três milhões de crianças e adolescentes

perintendente do Instituto Ronald e suas famílias de cura, nas últimas décadas.

McDonald – e sua família receberam Bons resultados e muitos relatos de cura fazem parte desta história. Uma
o diagnóstico de câncer para seu trajetória que é motivo de orgulho, mas que não pode parar. Muito foi feito,
filho Marquinhos. mas muito mais ainda há por fazer.

Depois de lutarem contra a doença e, Se na década de 1990 as chances de cura da criança e do adolescente com
infelizmente, Marquinhos não resistir, câncer no Brasil não passavam de 15%, hoje os índices médios já chegam
Chico e sua esposa, Sonia, transforma- a 64%. No entanto, sabemos que com diagnóstico precoce e tratamentos
ram o luto em luta. E a partir do primeiro adequados em centros especializados, as chances podem ultrapassar
McDia Feliz que participaram, realizado 80%. E que, nos países mais desenvolvidos, esse percentual chega a 85%.
McDia Feliz 30 anos pela vida

no Rio de Janeiro – quando organiza-


São esses os índices que queremos alcançar nos próximos anos. É possí-
ram uma grande festa e chamaram a
vel, e vamos trabalhar para isso. Mas nosso desafio é ir ainda mais longe:
atenção de ninguém menos do que
que nenhuma criança ou adolescente brasileiro morra em decorrência do
o então presidente do McDonald’s –
câncer. A doença tem cura. E é para isso que continuamos trabalhando.
se engajaram em uma campanha
poderosa que persiste até hoje.

94
NOSSO APOIO ESTÁ
POR TODOS OS LADOS
O trabalho do Instituto Ronald McDonald no combate ao câncer in-
fantojuvenil é amplamente reconhecido no país. Um trabalho sério e
dedicado, com resultados que se superam ano a ano e é reconhecido
com importantes premiações.

A mais recente foi o reconhecimento, pelo segundo ano consecutivo,


obtido com o prêmio “Melhores ONGs do Brasil”, da revista Época. A pu-
blicação premiou as cem instituições nacionais que se destacam pela
transparência e gestão em sua atuação.

Mais importante do que tudo, no entanto, são as estatísticas de cresci-


mento das chances de cura do câncer infantojuvenil nas últimas décadas.
Enquanto nos anos 1990, essas chances eram de apenas 15%, hoje os
índices médios de cura são de 64%. Sabemos que temos um papel impor-
tante nessa conquista, que muito nos orgulha e faz com que só aumente
nosso desejo de contribuir mais e mais para essa causa.

Resultados positivos que não seriam possíveis sem nossos muitos parcei-
ros, que caminham ao nosso lado nessa trajetória, aceitando desafios e
buscando ampliar sinergias para que a luta contra o câncer infantojuvenil
seja cada vez mais eficaz.

Sabemos que, atualmente, muitas crianças e adolescentes com câncer


ainda estão sendo atendidas em unidades para adultos ou serviços de
saúde suplementar que não dispõem da estrutura adequada para tratar
as especificidades da doença.

Isso ocasiona, além da pouca efetividade do tratamento, o abandono –


pois muitas unidades de saúde não contemplam o apoio psicossocial
para os pequenos pacientes e seus familiares. Por isso a importância de
investir em ações que contribuam integralmente para o combate à doença.

Da formação de profissionais da área de saúde para diagnosticar pre-


cocemente a doença à produção de conhecimento, pesquisas e es-
McDia Feliz 30 anos pela vida

tudos que ajudem a desenvolver tratamentos mais eficientes e menos


invasivos – todas as áreas são fundamentais para essa luta e merecem
investimento e apoio.

96
Nada disso seria possível sem nossos parceiros estratégi-
cos, Sociedade Brasileira de Pediatria (Sobope), Instituto
Nacional do Câncer (Inca) e Confederação Nacional de
Instituições de Apoio e Assistência à Criança e ao O Ado-
lescente com Câncer (Coniacc). Eles constroem – junto
com o Instituto Ronald McDonald – soluções e políticas
que visam oferecer suporte e apoio ao paciente e seus
familiares em todas as etapas do tratamento.

Nossa rede de instituições – que hoje soma cerca de 70


organizações comprometidas com o combate ao câncer
infantojuvenil – espalhadas pelo Brasil e que atuam,
no dia a dia, no tratamento e na cura da doença. São
instituições sérias, que recebem recursos do Instituto
Ronald McDonald e são auditadas anualmente, garan-
tindo transparência e eficiência na aplicação das verbas.

Nossos apoiadores, pessoas físicas e jurídicas que, de


uma maneira ou de outra, aportam recursos, financiam
e viabilizam nossas ações. São empresas e pessoas
que depositam sua confiança em nosso trabalho e
entendem a importância da causa. Um apoio que não
tem preço e nos faz ter certeza de que estamos no
caminho certo.

Por fim, não iríamos adiante sem uma equipe motivada


e capacitada, que se empenha em aprimorar processos
e procedimentos a cada ano e abraça a causa do com-
bate ao câncer infantojuvenil com carinho e dedicação.

A todos: pessoas que ajudaram a fundar o Instituto


Ronald McDonald, parceiros estratégicos, doadores,
membros mantenedores, funcionários e todos aque-
McDia Feliz 30 anos pela vida

les que fazem o McDia Feliz não só no último sábado


de agosto, mas também durante todo o ano, nosso
muito obrigado!

97
É PRECISO
EVOLUIR SEMPRE!
Fui a primeira pessoa a assinar a ata de fundação do Instituto Ronald McDonald. Estive
envolvido com a luta contra o câncer infantojuvenil desde o primeiro momento e pude
acompanhar muitas edições do McDia Feliz, pois sou franqueado desde 1992.

Acredito que a campanha devolve à sociedade o apoio que ela nos dá. Sempre tivemos
um envolvimento grande da comunidade no McDia Feliz, já paramos a rua, já fechamos
trânsito, já tivemos eventos com shows, trios elétricos e até saltos de paraquedistas com
a bandeira do McDia Feliz!

Com o engajamento da sociedade, de organizações importantes como o Lions Clube


e o Rotary Clube, conseguimos chegar à arrecadação recorde que temos hoje e ajudar
instituições muito sérias pelo Brasil.

Mas não podemos sentar no sucesso. Temos que evoluir sempre, e tenho certeza de que
o Instituto está muito empenhado nesse sentido.

RONALD MONTEIRO
Fundador do Instituto Ronald McDonald e franqueado
McDonald’s na Baixada Santista (SP)
McDia Feliz 30 anos pela vida

99
PARA VENCER O CÂNCER
O Instituto Ronald McDonald conta com o apoio de três
organizações para traçar planos estratégicos no com-
bate ao câncer no Brasil: o Instituto Nacional de Câncer
(Inca), a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica
(Sobope) e a Confederação Nacional de Instituições de
Apoio e Assistência à Criança e ao Adolescente com
Câncer (Coniacc). Veja o que representantes de cada
uma delas têm a dizer sobre a importância do trabalho
desempenhado e os resultados alcançados por meio
do McDia Feliz.
McDia Feliz 30 anos pela vida

100
ATUAÇÃO EM TODAS AS PEÇAS
DESSE IMENSO
QUEBRA-CABEÇAS
Embora seja uma instituição de referência no tratamento de câncer no Brasil, o
Inca não dispunha de uma estrutura para atendimento a crianças com a doença. Esse
era um grande desafio, e o apoio do Instituto Ronald McDonald foi decisivo para que,
pouco a pouco, esse projeto fosse viabilizado.

A parceria com o Inca vem, desde 1994, com a Casa Ronald McDonald, acolhendo crianças
que moravam longe e precisavam de tratamento. Em 2002, inauguramos a UTI pediátrica.
Em 2005, foi a vez do consultório oftalmológico para pacientes com retinoblastoma. A
emergência pediátrica se tornou realidade em 2009, enquanto em 2017 foi a vez da
reinauguração da ala pediátrica totalmente reformada e readequada.

Mas sabemos que a experiência positiva do Inca se repete em outras instituições pelo país
afora, de acordo com a realidade local, e é muito gratificante fazer parte desse processo,
assistindo à desejável interlocução entre o Instituto e autoridades e órgãos públicos para
que os investimentos sejam feitos nas ações necessárias.

O que vejo hoje é o Instituto Ronald McDonald atuar em todas as fases do tratamento
do câncer infantojuvenil, desde o diagnóstico precoce dos pacientes até a evolução
de pesquisas e estudos científicos. Onde você olha, nesse grande quebra-cabeças
que é o tratamento adequado para crianças e jovens com câncer, lá está o Instituto
Ronald McDonald.
McDia Feliz 30 anos pela vida

SIMA FERMAN
Chefe da Oncologia Pediátrica do Instituto Nacional de Câncer (Inca)
e membro do Conselho Científico do Instituto Ronald McDonald

101
A ONCOLOGIA
PEDIÁTRICA NO BRASIL
DEVE MUITO AO
INSTITUTO RONALD
McDONALD
A atuação do Instituto Ronald McDonald é um marco na oncologia
pediátrica brasileira, seja na parte científica, seja na parte técnica, seja na
parte estrutural, seja na parte psicossocial.

No início, a ênfase era para evitar o abandono do tratamento, mas a atuação


do Instituto avançou para investimentos em estrutura para garantir um
atendimento adequado e de qualidade, passou para a capacitação de
profissionais no diagnóstico precoce e hoje avança para a estruturação
da oncologia pediátrica como um todo, em um olhar global.

E não podemos deixar de citar o fundamental apoio do Instituto à Sobope,


para estruturação dos protocolos de tratamento aos diversos tipos de
câncer infantojuvenil. É o Instituto que mantém a estrutura do Ciope, um
sistema informatizado que consegue centralizar os dados dos diversos
protocolos cooperativos da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica.
Esse é um avanço formidável.

TERESA FONSECA
Presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope)
McDia Feliz 30 anos pela vida

102
SÓ TEMOS
A COMEMORAR
A causa de combate ao câncer infantojuvenil tem no Instituto Ronald
McDonald um grande parceiro, e é uma satisfação ver que o Instituto
durante estes anos não se acomodou. Ao contrário, só evoluiu, atuando
em diferentes frentes, estabelecendo parâmetros para a profissionalização
das instituições, melhorando instalações, oferecendo serviços, oferecendo
apoio integral às famílias…

É notória a diferença que a atuação do Instituto faz no Brasil inteiro.


Infelizmente, é uma batalha sem fim, pois, com o crescimento da
população, aumenta a incidência da doença, mas as chances de cura
também têm evoluído, e é nesse ponto que trabalhamos com afinco.

A Coniacc tem no Instituto Ronald McDonald um parceiro fiel e constante e


nestes 30 anos do McDia Feliz só temos a comemorar.

RILDER CAMPOS
Presidente da Confederação Nacional de Instituições de Apoio
e Assistência à Criança e ao Adolescente com Câncer (Coniacc)
McDia Feliz 30 anos pela vida

103
SEM ELES O
McDIA FELIZ
NEM EXISTIRIA
No mundo e no Brasil, o McDia Feliz nem existiria sem
os franqueados McDonald’s. Foram eles que lideraram
os esforços de engajamento com a comunidade e doa-
ção, viabilizaram, a partir de seus próprios negócios, o
benefício a uma causa social. Aqui em nosso país, é
notável o amor e empenho dos franqueados na causa
do câncer infantojuvenil e o respeito que têm pelo tra-
balho dos profissionais do Instituto Ronald McDonald
e das instituições beneficiadas. Nossa gratidão a todos!
McDia Feliz 30 anos pela vida

104
Abilio José de Sá José Carlos de Benedette
Adolfo Bichucher Neto José Luiz Pacheco Fernandes
Alberto Dawidowitsch José Roberto Constantino Nogueira
Alexandre de Fraia Blotta Kemel Francisco Kalif de Souza
Ana Paula Monteiro Abdalla Lara Sperb
André Stauffer Laura de Oliveira Vieira
Antonio Maria Rocha Lélio Pires Studart
Ari Pereira da Silva Junior Luis Amadeu Sadalla
Carlos Alberto Morales Luiz Carlos Shiraishi
Carlos Emilio Cavaliere Sartorio Luiz Cláudio Zavarize Fernandes
Cezar Cesa Márcio Alves de Almeida Moreira
Cláudio Alves Costa Marco Antonio Braga Correia
David Procaccia Maria Aparecida Queiroz Machado Pires
Eder Bornelli Maria Cristina Rodriguez Fernandez

Edmundo Massoni Marie Ali Baklizi

Edson Soiti Tomihama Mário Eduardo Pereira Martins Júnior

Eduardo Francisco Gomes Mário Jorge Rocha de Carvalheira

Emerson Baptista Hortolan Mauro Augusto Gomes

Erich Antonio Maretto Nadim Haddad

Everaldo Melo Peris Nivaldo José Chiossi Junior

Everaldo Ruzele Martins Odair Eliseu Guidi

Frederico Pedreira Luz Paulo Roberto Costa Nogueira

Gilmar Otaviano Leal Santos Paulo Sérgio Alves da Costa Filho

Idevano de Souza Vianna Peter Thomas Adania Wetzlar

Isaac Saada Peter Thomas Wetzlar

Isaac Vaz Sepetiba Pires Roberto Freire Cesar Pestana

João Carlos Ribeiro Rogério Barbi


McDia Feliz 30 anos pela vida

João Eduardo de Castro Neto Ronald Luiz Monteiro

Joaquim Rangel Frota Fonseca Rubens Fragoso Filho

José Alberto Vieira Saltini Valdécio Aparecido Costa

José Antonio Siqueira Campos de Oliveira Vambersom Fabri

105
A MEDICINA
NOS ENSINA A SERVIR
Eu tinha um sonho de ser franqueado do McDonald’s desde que eu estudava
Medicina no Rio de Janeiro. Atuei como médico por 11 anos e, em 1997, tive a oportunidade
de me candidatar a uma franquia. Achei que não teria chances, mas deu certo e, por
conta dos restaurantes, tive que me afastar do exercício diário da profissão.

No entanto, por uma feliz coincidência, o próprio McDonald’s me colocou em contato


de novo com a Medicina, a partir do McDia Feliz e da campanha de combate do câncer
infantojuvenil, na qual estou plenamente envolvido.

O primeiro McDia em Belém foi em 1999 e, de lá para cá, conseguimos concretizar vários
projetos importantes para o combate do câncer em crianças e adolescentes no estado.
Durante muitos anos foram alocados recursos para a adequação da quimioterapia
infantil do hospital Ophir Loyola, mas depois de um tempo achamos que era o momento
de investir em um hospital inteiramente voltado para a oncologia pediátrica no Pará.

E, numa saudável parceria entre o Instituto e o governo, vimos o estado abraçar a causa
e inaugurar, em 2015, o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo – com 110 leitos e
100% gratuito. Esse alinhamento se estende a outros programas, como o Diagnóstico
Precoce, que já capacitou mais de 350 profissionais em todo o estado.

Nossos esforços então se voltaram para a construção da Casa Ronald em Belém, que
hoje atende 35 crianças, com cinco refeições por dia, acompanhamento psicossocial
e todo o apoio aos familiares.

Estamos muito satisfeitos com os resultados e sempre muito incentivados a continuar


nesta luta. Capacidade e seriedade o Instituto tem de sobra: o Conselho Científico do
Instituto Ronald McDonald é formado hoje pelas maiores autoridades nacionais em
câncer infantojuvenil, os projetos são analisados e auditados e os recursos arrecadados
são investidos com rigor. Tenho muito orgulho de fazer parte desta história.
McDia Feliz 30 anos pela vida

KEMEL KALIF
Médico, franqueado McDonald’s e presidente do Conselho Científico do Instituto Ronald McDonald

106
ME SINTO PARTE
DE UMA HISTÓRIA
MUITO BONITA
Este ano completei 20 anos de McDia Feliz. Me lembro do meu
primeiro, em 1998, como se fosse hoje: eu estava com uma expectativa
muito grande, tinha acabado de assumir a minha primeira franquia, de
realizar meu sonho de ter um restaurante McDonald’s.

Então eu me envolvi muito, resolvi conhecer a Abrace, que é uma instituição


apoiada aqui em Brasília, visitei as crianças em tratamento e me coloquei
a meta de vender muito, de conseguir uma boa arrecadação.

E este ano, 20 anos depois, pedi um levantamento de quanto conseguimos


ajudar até hoje e quase caí para trás: de 1998 para cá já doamos, com o
McDia Feliz, R$ 2 milhões!

Sempre tive uma veia social muito forte, sempre fiz trabalhos voluntários,
e o McDia Feliz só veio somar e fortalecer este meu lado. Eu me sinto
parte de uma história muito bonita.

LAURA OLIVEIRA
Franqueada de Brasília (DF)
McDia Feliz 30 anos pela vida

107
TIVEMOS O ORGULHO DE TER
DOM HÉLDER CÂMARA
COMO EMBAIXADOR DO
McDIA EM RECIFE
Sou franqueado desde 1992 e já passei por várias situações
muito interessantes durante o McDia Feliz. Mas uma das mais marcantes
foi sem dúvida quando conseguimos que Dom Hélder Câmara fosse
embaixador do McDia Feliz em Recife. Foi um fato muito importante,
que deu muita credibilidade à campanha.

Como abriga uma causa muito justa, o McDia entusiasma as pessoas.


Conseguimos envolver voluntários e os próprios funcionários se
engajam, é uma oportunidade de fazer o bem e isso envolve muita
gente, de várias formas.

Eu sempre procuro levar os funcionários dos meus restaurantes para


conhecer os projetos apoiados, as instituições que são auxiliadas pela
campanha, acho importante eles conhecerem o trabalho, o que está
sendo feito com o dinheiro arrecadado.

MÁRIO JORGE CARVALHEIRA


Franqueado de Pernambuco
McDia Feliz 30 anos pela vida

108
O BIG MAC JÁ
SERVIU DE “BOIA”
PARA O PRESIDENTE
DA REPÚBLICA
Desde que inaugurei a minha primeira loja em Brasília, há 25
anos, comecei a me aproximar das instituições e pessoas que abraçavam
a causa do combate ao câncer na criança e no adolescente.

Em 1997, criamos um sonho: construir o primeiro Hospital da Criança


da região. Em 2011, o sonho foi realizado e inauguramos o hospital,
que começou com oncologia pediátrica, mas hoje ele é geral.

Recentemente ampliamos a segunda parte do hospital, com 220 leitos,


e a primeira célula de transplante de medula óssea no Centro-Oeste.
É um Centro de Excelência que temos aqui.

Uma curiosidade desse meu período de McDia Feliz foi quando a então
primeira-dama do país, dona Marisa Letícia, veio ao meu restaurante
com a dona Marisa Gomes, esposa do vice-presidente José Alencar,
e pediram três sanduíches Big Mac para levar.

Dona Marisa Letícia apenas disse: “Vou levar a boia pro meu marido
porque hoje não tem janta lá em casa!” Fiquei impressionado com a
simplicidade dela, porque o marido a que ela se referia era o presidente
da República!

NADIM HADDAD
McDia Feliz 30 anos pela vida

Franqueado de Brasília (DF)

109
JÁ VIAJEI TRÊS HORAS PARA
ENTREGAR SANDUÍCHES
NO McDIA!
Sou franqueado desde 1994 e tive que lidar com uma certa desconfiança em relação
ao McDia Feliz no início. As pessoas não sabiam direito o que era a campanha, se o dinheiro
ia mesmo para as instituições. Mas com o tempo e os resultados do trabalho, essa
desconfiança passou e tivemos grandes momentos.

Me lembro de uma vez em que recebemos um pedido por telefone para a entrega de
50 sanduíches Big Mac. Tudo ótimo, não fosse o fato de a cidade da entrega ficar a 120
quilômetros de Porto Alegre!

Como não queríamos perder a venda, pegamos o carro e fizemos uma viagem de três
horas para levar os lanches. Mas foi muito gratificante pois os sanduíches foram doados
para crianças carentes de uma escola pública. Valeu a pena!

O McDia é um momento que prezo muito, tenho muito orgulho de participar. Fazemos
tudo o que podemos em nossos restaurantes para que tudo ocorra da melhor maneira
possível. E como sou médico de formação, tenho mais uma motivação para participar
dessa causa mais que justa.

ANTÔNIO ROCHA
Franqueado do Rio Grande do Sul (RS)
McDia Feliz 30 anos pela vida

110
O McDIA FELIZ EXPRESSA NOSSO
ENVOLVIMENTO SOCIAL COM
NOSSAS COMUNIDADES
Para mim, o McDia Feliz é sempre especial. É um dia no qual abrimos nossos
restaurantes para mostrar que o câncer infantil pode ter cura e que a união da comunidade
com os restaurantes McDonald’s representa uma parte importante dessa luta.

Há 22 anos faço o McDia Feliz no meu restaurante, e o mais marcante é encontrar alguns
voluntários que participam do evento há muitos anos, alguns há mais de 20 anos. São
ex-funcionários, clientes, amigos, alguns que pouco vemos ao longo do ano, mas que na
data com certeza estão presentes.

Em meus restaurantes há alguns artistas, cantores, dançarinos, mágicos, palhaços, que


todos os anos doam seu talento para abrilhantar a festa e atrair mais pessoas para comprar
o Big Mac e participar da campanha. É um dia muito gostoso, especial, que ao fim sempre
me dá um imenso orgulho de ser franqueado McDonald’s!

Como presidente da Associação Brasileira de Franqueados McDonald’s, entendo que


essa ação é muito importante para a nossa marca, na qual os franqueados acreditam
muito e sempre defendem.

Nosso pensamento é de que precisamos devolver às nossas comunidades parte do que


recebemos ao longo do ano, como sempre defendeu nosso fundador Ray Kroc. Faz parte
do sentido de existirmos. O McDia é parte da expressão de nosso envolvimento social
com nossas comunidades.

CARLOS EMÍLIO SARTÓRIO


Franqueado e presidente da Associação Brasileira de Franqueados McDonald’s (ABFM)
McDia Feliz 30 anos pela vida

111
PROJETOS APOIADOS
PELO McDIA FELIZ
POR REGIÃO TOTAL GERAL
1.457
Ao longo de décadas, o McDia Feliz foi a
principal fonte de recursos para inúmeras
iniciativas de oncologia pediátrica em 63
todo o Brasil. Desde 1999, contabiliza-
259
mos 1.457 projetos vinculados ao quatro
programas do Instituto Ronald McDonald:
Programa Diagnóstico Precoce, Programa 85
Atenção Integral, Programa Casa Ronald
751
McDonald e Programa Espaço da Família
Ronald McDonald. Nas próximas páginas
você vai conhecer mais de como esse 299
investimento ocorreu.

CENTRO- OESTE NORDESTE NORTE SUDESTE SUL TOTAL

0 0 23 108 0 131

0 3 0 1 3 7

9 0 0 16 3 28
McDia Feliz 30 anos pela vida

76 256 40 626 293 1.291

* Não foi possível resgatar o histórico anterior a 1999, pois o Instituto Ronald McDonald não existia e o investi-
mento não era feito por meio de projetos, mas sim como doação à instituição participante, que muitas vezes
tinha a liberdade de investir em suas ações prioritárias.

113
NORTE
Ao todo, cerca de

63 projetos
apoiados em 3 diferentes
instituições R$ 11 milhões
investidos

PROGRAMA ATENÇÃO INTEGRAL


Linha A | Hospitais
Aquisição de mobiliário para ambiente hospitalar 1

Capacitação de profissionais técnicos 1

Construção/Reforma 5

Equipamento/Mobília 3
Veículo 1

Linha B | Instituições e casas de apoio


Aquisição de equipamentos e/ou mobília 2
Construção/Reforma 9
Custeio 5
Custeio de Casa de Apoio 1
Equipamento/Mobília 3
Implantação de sistemas informatizados 1
Sistemas de informação 1
Veículo 1

Linha C | Apoio psicossocial


Manutenção de projetos psicossociais 3

Linha D | Estratégicos
Capacitação 1

PROGRAMA CASA RONALD McDONALD INSTITUIÇÕES


BENEFICIADAS
Projetos
Casa Ronald McDonald
Construção/Reforma 10
Belém (PA), Hospital
Custeio CRM 9
Ophir Loyola (PA) e
Equipamento/Mobília 1
Grupo de Apoio à
Veículo 3 Criança com Câncer –
Outros Amazonas (PA).
2
McDia Feliz 30 anos pela vida

114
Inauguração da Casa Ronald McDonald Belém Inauguração da casa de apoio do GACC Manaus – AM

McDia Feliz 30 anos pela vida

Aquisição de veículo para Casa Ronald McDonald Belém

115
NORDESTE
Ao todo, cerca de

259 projetos
apoiados em 15 diferentes
instituições R$ 29 milhões
investidos

PROGRAMA ATENÇÃO INTEGRAL


INSTITUIÇÕES
Linha A | Projetos em hospitais BENEFICIADAS
Aquisição de equipamentos e/ou mobiliário
para ambiente hospitalar
3 Associação de Apoio aos
Portadores de Câncer de
Aquisição de equipamentos para ambiente hospitalar 4
Mossoró e Região (RN),
Capacitação 3 Associação dos Pais e
Construção de enfermaria 1 Amigos dos Leucêmicos de
Alagoas (AL), Associação
Construção de UTI 2
Peter Pan (CE), Associação
Construção/Reforma 32
dos Voluntários a Serviço
Custeio 4 da Oncologia em Sergipe
Data manager 2 (SE), Casa Durval Paiva (RN),
Donos do Amanhã (PB),
Equipamento/Mobília 17
Fundação Antônio Jorge
Imóvel 2 Dino (MA), Grupo de Apoio
Outros: sustentabilidade de hospital 1 à Criança com Câncer –
Reforma de adequação ou ampliação de enfermaria 1 Bahia (BA), Grupo de Apoio
à Criança com Câncer –
Reforma de adequação ou ampliação do ambulatório 1
Sul Bahia (BA), Hospital
Linha B | Projetos em instituições e casas de apoio Martagão Gesteira (BA),
Aquisição de equipamentos e/ou mobília 2 Instituto do Câncer Infantil
do Agreste (PE), Núcleo de
Aquisição de equipamentos para brinquedoteca 1
Apoio à Criança com Câncer
Aquisição de mobília 1
(PE), Rede Feminina de
Construção/Reforma 43 Combate ao Câncer (PB),
Custeio 25 Rede Feminina de Combate
ao Câncer(PI), Sociedade
Custeio de Casa de Apoio 1
Pernambucana de Combate
Data manager 1 ao Câncer (PE) e Grupo de
Equipamento/Mobília 16 Ajuda à Criança Carente
com Câncer (PE).
McDia Feliz 30 anos pela vida

Humanização de ambientes 1

Imóvel 3

Implantação de sistemas informatizados 1

Reforma de Casa de Apoio 1

Veículo 12

116
Linha C | Projetos de apoio psicossocial
Adequação e/ou reforma de moradias 3

Aquisição de cestas básicas, medicamentos não


4
quimioterápicos, suplementos alimentares e/ou próteses

Capacitação 2

Construção/Reforma 2

Custeio 21

Equipamento/Mobília 1

Manutenção de classe hospitalar 1

Manutenção de projetos psicossociais 1

Linha D | Projetos estratégicos


Capacitação 1

Congresso/Publicação 7

Organização de congressos, fóruns, seminários e afins 1

Realização de pesquisas estratégicas 1

PROGRAMA DIAGNÓSTICO PRECOCE

Capacitação 3

Outros
30

Inauguração do Ambulatório de
Onco-hematologia Pediátrica da
Santa Casa de Misericórdia de Itabuna
McDia Feliz 30 anos pela vida

Inauguração de Unidade de
Internação Pediátrica do Hospital
Congresso Brasileiro de Oncologia Pediátrica (2012) Napoleão Laureano em Maceió

117
CENTRO-OESTE
Ao todo, cerca de

85 projetos
apoiados em 5 diferentes
instituições R$ 20 milhões
investidos

PROGRAMA ATENÇÃO INTEGRAL


Linha A | Projetos em hospitais
Aquisição de equipamentos e/ou mobiliário 1
para ambiente hospitalar

Aquisição de equipamentos para ambiente hospitalar 1

Capacitação 1

Congresso/Publicação 1

Construção/Reforma 16

Equipamento/Mobília 15

Reforma, adequação ou ampliação de UTI 1

Linha B | Projetos em instituições e casas de apoio


Construção/Reforma 11

Custeio 8

Equipamento/Mobília 3

Imóvel 3

Implantação de sistemas informatizados 1

Outros 1

Sistemas de informação 2

Veículo 4

Linha C | Projetos de apoio psicossocial


Adequação e/ou reforma de moradias 1

Construção/Reforma 1

Humanização de ambientes 1

PROGRAMA ESPAÇO DA FAMÍLIA RONALD McDONALD

Estudo de viabilidade, construção e custeio 9


McDia Feliz 30 anos pela vida

Outros

118
INSTITUIÇÕES
BENEFICIADAS
Associação de Amigos da
Criança com Câncer (MS),
Associação de Amigos da
Criança com Câncer (MT),
Associação Brasileira de
Assistência às Famílias de
Crianças Portadoras de
Câncer e Hemopatias (DF),
Associação de Combate
ao Câncer em Goiás (GO) e
Associação Matogrossense
de Combate ao Câncer (MT).
Ampliação da casa de apoio da AACC-MS

McDia Feliz 30 anos pela vida

Inauguração do Hospital da Criança de Brasília José Alencar

119
SUDESTE
Ao todo, cerca de

751 projetos
apoiados em 53 diferentes
instituições R$ 185 milhões
investidos

PROGRAMA ATENÇÃO INTEGRAL

Linha A | Projetos em hospitais


Aquisição de equipamentos e/ou mobiliário 9
para ambiente hospitalar
Aquisição de equipamentos para ambiente hospitalar 4
Capacitação 2
Congresso/Publicação 7
Construção/Reforma 71
Custeio 40
Custeio de hospital (sustentabilidade de hospital) 7
Data manager 1
Equipamento/Mobília 108
Estruturação de unidades hospitalares estratégicas 1
Estruturação de unidades hospitalares estratégicas (3) 1
Humanização de ambientes 1
Imóvel 1
Implantação de sistemas informatizados 1
Outros 5
Outros: sustentabilidade de hospital 1
Pesquisas científicas 1
Pesquisas técnicas não clínicas 1
Reforma de adequação ou ampliação do ambulatório 5
Reforma, adequação ou ampliação do ambulatório 1
Reforma, adequação ou ampliação de UTI 1
Serviços especializados 2
Sistemas de informação 2

Linha B | Projetos em instituições e casas de apoio


Aquisição de equipamentos e/ou mobília 2
Aquisição de veículo 1
Construção/Reforma 80
Custeio 23
Custeio de instituição de apoio 1
McDia Feliz 30 anos pela vida

Equipamento/Mobília 22
Estudo de viabilidade 1
Estudo de viabilidade para implantação de Espaço da Família 1
Humanização de ambientes 1
Humanização de ambientes (4) 1
Imóvel 4

120
Linha B | Projetos em instituições e casas de apoio
Outros 6
Sistemas de informação 1
Veículo 34

Linha C | Projetos de apoio psicossocial


Aquisição de cestas básicas, medicamentos não 5
quimioterápicos, suplementos alimentares e/ou próteses
Aquisição de mobília para brinquedoteca 1
Capacitação 2
Construção/Reforma 6
Custeio 41
Equipamento/Mobília 10
Manutenção de projetos psicossociais 17

Linha D | Projetos estratégicos


Organização de congressos, fóruns, seminários e afins 1

Capacitação 1

Congresso/Publicação 11

Desenvolvimento de sistemas informatizados 1

Estudo de viabilidade para implantação de Espaço da Família 1

Organização de congressos, fóruns, seminários e afins 3

Outros 19

Realização de pesquisas estratégicas 1

Sistemas de informação 2

PROGRAMA DIAGNÓSTICO PRECOCE


Capacitação 1

Outros

Construção/Reforma 4
Outros 50

PROGRAMA CASA RONALD McDONALD


Construção de Casa Ronald McDonald 5

Construção/Reforma 32

Custeio CRM 57

Equipamento/Mobília 6

Imóvel 2
McDia Feliz 30 anos pela vida

Veículo 6

PROGRAMA ESPAÇO DA FAMÍLIA RONALD McDONALD


Estudo de viabilidade EF 1

Construção EF 3

Custeio EF 12

121
INSTITUIÇÕES
BENEFICIADAS
Associação de Apoio ao Portador de Câncer de Presidente
Prudente (SP) , Associação Bauruense de Combate ao Câncer
(SP), Associação Capixaba de Combate ao Câncer Infantil (ES),
Associação Limeirense de Combate ao Câncer (SP), Grupo Luta
pela Vida (MG), Associação dos Amigos da Criança com Câncer
São José do Rio Preto (SP), Associação Pais e Amigos da Criança
com Câncer e Hemopatias (SP), Associação São Rafael de Pouso
Alegre (MG), Associação Unificada de Recuperação e Apoio (MG),
Associação do Voluntariado Contra o Câncer de Poços de Caldas
(MG), Hospital Infantil Boldrini, Casa de Apoio Jose Eduardo Cavichio
(SP), Casa de Acolhida Padre Eustáquio, Campanha de Combate
ao Câncer Infantil de Araçatuba (SP), Casa Ronald McDonald ABC,
Casa Ronald McDonald Campinas, Casa Ronald McDonald Jahu,
Casa Ronald McDonald Rio de Janeiro, Casa Ronald McDonald São
Paulo/Moema, Centro de Voluntários da Saúde de Franca (SP),
Fundação Dr. Amaral Carvalho, Fundação para o Desenvolvimento
Médico e Hospitalar, Fundação Ricardo Moysés Jr. (MG), Fundação
Bons Ares (SP), Fundação do Câncer (RJ), Fundação Sara
Albuquerque Costa (MG), Fundação Pio XII – Hospital de Amor (SP),
HemoRio (RJ), Fundação Faculdade Regional de Medicina São
José do Rio Preto (SP), Grupo de Apoio a Crianças com Câncer de
Rio Claro (SP), Grupo de Apoio a Crianças com Câncer de Ribeirão
Preto (SP), Grupo de Apoio a Crianças com Câncer de São José dos
Campos (SP), Grupo de Pesquisa e Assistência ao Câncer Infantil –
Hospital Sarina R. Caracante (SP), Grupo de Apoio ao Adolescente
e a Criança com Câncer (SP), Grupo em Defesa da Criança com
Câncer (SP), Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas
Gerais (MG), Hospital Materno Infantil Antoninho da Rocha Marmo
de São José dos Campos (SP), Hospital Mário Kroeff (RJ), Hospital
Universitário São Francisco de Bragança Paulista (SP), Irmandade
Santa Casa de Misericórdia de Marília (SP), Instituto de Tratamento
do Câncer Infantil – Fundação Criança (SP), Liga Araraquarense
de Combate ao Câncer (SP), Leuceminas (MG), Organização dos
Amigos Solidários à Infância e Saúde (MG), Rede Feminina de
Combate ao Câncer de Mogi das Cruzes (SP), Rede Feminina de
Combate ao Câncer de Santa Bárbara d’Oeste (SP), Rede Feminina
McDia Feliz 30 anos pela vida

de Combate ao Câncer de Suzano (SP), SCM-STS, Sociedade


Brasileira de Oncologia Pediátrica (SP), Associação para Crianças
e Adolescentes com Câncer - Tucca (SP), Fundação São Francisco
Xavier (MG), Casa do Hemofílico (RJ), Ação Social de São Paulo.

122
Aquisição de camas e berços para o Itaci (SP) Compra de equipamento (ultrassom) para Hospital em Botucatu

Reforma e Humanização da Oncologia Pediátrica da


Inauguração do Centro de Inclusão Digital em Bauru (SP) Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte

McDia Feliz 30 anos pela vida

Inauguração da Casa Ronald McDonald Campinas

123
SUL
Ao todo, cerca de

299 projetos
apoiados em 24 diferentes
instituições R$ 31 milhões
investidos

PROGRAMA ATENÇÃO INTEGRAL


Linha A | Projetos em hospitais
Aquisição de equipamentos 1
Aquisição de equipamentos e/ou mobiliário para 9
ambiente hospitalar
Aquisição de equipamentos para ambiente hospitalar 1
Construção de ambulatório 1
Construção/Reforma 34
Custeio 15
Data manager 3
Equipamento/Mobília 32
Humanização de ambientes (4) 1
Imóvel 2
Reforma de adequação ou ampliação do ambulatório 2
Reforma, adequação ou ampliação de internação 1

Linha B | Projetos em instituições e casas de apoio

Aquisição de equipamentos e/ou mobília 1


Aquisição de equipamentos e/ou mobília 2
Aquisição de equipamentos e/ou mobiliário 1
Aquisição de mobília 1
Aquisição de veículo 2
Capacitação 1
Construção/Reforma 45
Custeio 22
Equipamento/Mobília 18
Estudo de viabilidade 1
Humanização de ambientes 2
Imóvel 7
Sistemas de informação 1
Veículo 16
McDia Feliz 30 anos pela vida

124
Linha C | Projetos de apoio psicossocial
Aquisição de cestas básicas, medicamentos não 2
quimioterápicos, suplementos alimentares e/ou próteses
Aquisição de medicamentos não quimioterápicos 1
Construção/Reforma 1
Custeio 13
Equipamento/Mobília 1
Manutenção de projetos psicossociais 4
Outros 1
Reforma de casa de apoio 1

Linha D | Projetos estratégicos


Capacitação 1
Congresso/Publicação 1
Organização de congressos, fóruns, seminários e afins 1
Serviços especializados 1

PROGRAMA DIAGNÓSTICO PRECOCE


Capacitação 3

PROGRAMA ESPAÇO DA FAMÍLIA RONALD McDONALD


Construção EF 1
Custeio EF 2

Outros
Equipamento/Mobília 1
Outros 42
McDia Feliz 30 anos pela vida

125
INSTITUIÇÕES BENEFICIADAS
Associação dos Amigos da Oncologia de
Novo Hamburgo (RS), Associação Paranaense
de Apoio à Criança com Neoplasia (PR),
Associação dos Voluntários de Saúde do
Hospital Infantil Joana de Gusmão (SC), Centro
de Apoio a Criança com Câncer de Santa Maria
(RS), Associação de amparo à Criança e ao
Adolescente com Câncer da Serra Gaúcha (RS),
Fundação Universidade de Caxias do Sul (RS),
Hospital Materno Infantil de Santa Catarina (SC),
Hospital Municipal São José (SC), Hospital Santo
Antônio – Blumenau (SC), Hospital São José
(SC), HUSM-SMA, Instituto do Câncer Infantil
(RS), Instituto do Câncer de Londrina (PR), Liga
Feminina de Combate ao Câncer (RS), Liga
Feminina de Combate ao Câncer de Canoas
(RS), Liga Feminina de Combate ao Câncer de
Pelotas (RS), Liga Feminina de Combate ao
Câncer de Passo Fundo (RS), Rede Feminina
de Combate ao Câncer (SC), Rede Feminina
de Combate ao Câncer de Maringá (PR), Rede
Feminina de Combate ao Câncer de Ponta
Grossa (PR), Rede Feminina da Liga Paranaense
de Combate ao Câncer (PR), SCM POA, União
Oeste Paranaense de Estudos e Combate ao
Câncer (PR), ONG Viver (PR).
McDia Feliz 30 anos pela vida

126
Nova sede da ONG Viver (Londrina - PR)

Aquisição da Biblioteca
Itinerante em Joinville (SC) Inauguração do Espaço da Família Ronald McDonald no Hospital Erasto Gaertner em Curitiba

McDia Feliz 30 anos pela vida

Inauguração da oncopediatria na Uopeccan (Cascavel-PR)

127
INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES
N UF CIDADE REGIONAL SIGLA INSTITUIÇÃO PARTICIPANTE

1 GO Anápolis BRA Associação Combate ao Câncer Goiás

2 SE Aracajú BRA AVOSOS Associação de Voluntários a Serviço da Oncologia em Sergipe

3 SP Araçatuba SAO CCCA Campanha de Combate ao Câncer Infantil

4 SP Araçatuba SAO RFCC Rede Feminina de Combate ao Câncer

5 SP Araraquara SAO Liga Araraquarense de Combate ao Câncer

6 SP Barretos SAO HCB Hospital de Amor

7 SP Bauru SAO ABCC Associação Bauruense de Combate ao Câncer

Associação Colorindo a Vida - Casa Ronald


8 PA Belém BRA CRM-Belém
Belém - (Hospital Ofir Loyola)

9 MG Belo Horizonte LET AURA Associação Unificada de Recuperação e Apoio

10 MG Belo Horizonte LET Leuceminas

11 MG Belo Horizonte LET Associação dos amigos do Hospital Mário Pena

12 MG Belo Horizonte LET Irmandade Santa Casa de Misericórdia

13 MG Belo Horizonte LET Hospital da Baleia - Fundação Benjamin Guimarães

14 MG Belo Horizonte LET HC - UFMG Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais

15 MG Belo Horizonte LET CAPE Casa de Acolhida Padre Eustáquio

16 SC Blumenau SOU Hospital Santo Antônio

17 SP Botucatu SAO Fundação Bons Ares

18 SP Botucatu SAO FAMESP Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar

19 SP Bragança Paulista SAO HUSF Hospital Universitário São Francisco

Associação Brasileira de Assistência as Famílias


20 DF Brasília BRA ABRACE
de Crianças Portadoras de Hemopatia

21 DF Brasília BRA Serviço Auxiliar de Voluntários do Hospital de Base

22 PB Campina Grande BRA RFCC Rede Feminina de Combate ao Câncer

Casa Ronald Campinas (Associação Pais e Amigos


23 SP Campinas SAO APACC
da Criança com Câncer e Hemopatias)

24 SP Campinas SAO CIB Centro Infantil Boldrini

25 MS Campo Grande BRA AACC Associação Amigos da Criança com Câncer

26 MS Campo Grande BRA Fundação Carmen Prudente

27 RS Canoas SOU Liga Feminina de Combate ao Câncer


McDia Feliz 30 anos pela vida

28 PE Caruaru BRA ICIA Instituto do Câncer Infantil do Agreste

29 PR Cascavel SOU UOPECCAN União Oeste Paranaense de Estudos e Combate ao Câncer

30 RS Caxias do Sul SOU Liga Feminina de Combate ao Câncer

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129
N UF CIDADE REGIONAL SIGLA INSTITUIÇÃO PARTICIPANTE

31 RS Caxias do Sul SOU FUCS Fundação Universidade Caxias do Sul

Associação de Amparo à Criança e Adolescente


32 RS Caxias do Sul SOU DOMUS
com Câncer da Serra Gaúcha

33 SC Criciúma SOU Hospital São José

34 MT Cuiabá BRA AACC Associação Amigos da Criança com Câncer

35 MT Cuiabá BRA AMCC Associação Matogrossense de Combate ao Câncer

36 PR Curitiba SOU APACN Associação Paranaense de Apoio à Criança com Neoplasia

37 PR Curitiba SOU RFCC Rede Feminina da Liga Paranaense de Combate ao Câncer

38 SC Florianópolis SOU AVOS Assoc. Voluntários de Saúde do Hosp. Infantil Joana de Gusmão

39 CE Fortaleza BRA APP Associação Peter Pan - Hospital Infantil Albert Sabin

40 CE Fortaleza BRA Casa do Menino Jesus

41 CE Fortaleza BRA Instituto do Câncer do Ceará

42 SP Franca SAO CVOS Centro de Voluntários da Saúde de Franca

43 SP Franca SAO Fundação Civil Casa da Misericórdia

44 SP Franca SAO HCF Hospital do Câncer de Franca

45 GO Goiânia BRA Associação Combate ao Câncer Goiás

Associação de Combate ao Câncer em


46 GO Goiânia BRA
Goiás - Hospital Araújo Jorge

47 MG Ipatinga LET FSFX Fundação São Francisco Xavier

48 BA Itabuna BRA GACC Grupo de Apoio a Criança com Câncer de Itabuna

49 SP Jaú SAO EASAMC Entidade de Assistência Social Anna M. de Carvalho

50 SP Jaú SAO Fundação Dr. Amaral Carvalho

51 SP Jaú SAO CRM-Jahu Casa Ronald Jahu

DONOS DO
52 PB João Pessoa BRA Associação Donos do Amanhã
AMANHÃ

53 PB João Pessoa BRA NACC Núcleo de Apoio a Criança com Câncer

54 SC Joinville SOU Hospital Municipal São José

55 SC Joinville SOU HJAF Hospital Materno Infantil Dr. Jeser Amarante Faria

56 MG Juiz de Fora LET FANIRJ Fundação Ricardo Moysés Jr.

57 MG Juiz de Fora LET Hospital Maria José Baeta Rei / Ass. Fem. Prev. Comb. Câncer)

58 SP Jundiaí SAO GRENDACC Grupo em Defesa da Criança com Câncer

59 SP Jundiaí SAO Clube do Siri


McDia Feliz 30 anos pela vida

60 SP Limeira SAO ALICC Associação Limeirense de Combate ao Câncer

Voluntariado de Apoio a Crianças e


61 PR Londrina SOU VIVER
Adolescentes Portadores de Câncer

62 PR Londrina SOU Instituto do Câncer

130
2000

2006

2009
2008
2003
2002

2004

2005

2007
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131
N UF CIDADE REGIONAL SIGLA INSTITUIÇÃO PARTICIPANTE

63 AL Maceió BRA APALA Associação de Pais e Amigos Leucêmicos do Alagoas

64 AM Manaus BRA GACC Grupo de Apoio a Criança com Câncer

65 SP Marília SAO ICSMM Irmandade Santa Casa de Misericórdia

66 PR Maringá SOU RFCC Rede Feminina de Combate ao Câncer

67 SP Mogi das Cruzes SAO RCC Rede de Combate ao Câncer Guiomar Pinheiros Franco

68 SP Mogi das Cruzes SAO Fundação Antonio Prudente

69 MG Montes Claros LET Fundação Sara Albuquerque Costa

70 RN Mossoró BRA AAPCMR Associação de Apoio a Portadores com Câncer de Mossoró

71 RN Natal BRA CACCDP Casa de Apoio à Criança com Câncer Durval Paiva

72 RN Natal BRA Hospital Infantil Varela Santiago

73 RS Novo Hamburgo SOU AMO Associação de Assistência em Oncopediatria

74 RS Novo Hamburgo SOU Liga Feminina de Combate ao Câncer

75 RS Novo Hamburgo SOU Hosp. Mat. Infantil S. Rafael

76 RS Passo Fundo SOU Liga Feminina de Combate ao Câncer

77 RS Pelotas SOU Liga Feminina de Combate ao Câncer

78 MG Poços de Caldas LET AVOCC Associação do Voluntariado Contra o Câncer

79 PR Ponta Grossa SOU RFCC Rede Feminina de Combate ao Câncer

80 RS Porto Alegre SOU ICI Instituto de Câncer Infantil

81 RS Porto Alegre SOU Hospital da Criança Santo Antonio

82 RS Porto Alegre SOU Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre

83 MG Pouso Alegre LET Associação São Rafael

Associação de Apoio ao Portador de


84 SP Pres. Prudente SAO AAPC
Câncer de Presidente Prudente

85 SP Pres. Prudente SAO Hospital Regional do Câncer

86 SP Pres. Prudente SAO Associação Prudentina de Combate ao Câncer

87 SP Pres. Prudente SAO RFCC Rede Feminina de Combate ao Câncer

88 PE Recife BRA NACC Núcleo de Apoio à Criança com Câncer

89 PE Recife BRA IMIP Instituto de Medicina Integral

90 PE Recife BRA HCP Hospital do Câncer de Pernambuco

91 PE Recife BRA GAC Grupo de Ajuda à Criança Carente com Câncer

92 SP Ribeirão Preto SAO GACC Grupo de Apoio à Criança com Câncer


McDia Feliz 30 anos pela vida

Associação Lute pela Vida – Grupo


93 SP Rio Claro SAO GACC
de Apoio a Crianças com Câncer

Casa Ronald McDonald's (Associação


94 RJ Rio de Janeiro LET AACN
de Apoio a Criança com Neoplasia)

132
2000

2006

2009
2008
2003
2002

2004

2005

2007
2001

2010
1990

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1989

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1995

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1991

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133
N UF CIDADE REGIONAL SIGLA INSTITUIÇÃO PARTICIPANTE

95 RJ Rio de Janeiro LET INCA Fundação do Câncer

96 RJ Rio de Janeiro LET Hospital Mário Kroeff

97 RJ Rio de Janeiro LET Casa do Hemofílico

98 RJ Rio de Janeiro LET IRM Instituto Ronald McDonald de Apoio à Criança

99 SP S. José do Rio Preto SAO AMICC Associação dos Amigos da Criança com Câncer

100 SP S. José dos Campos SAO Hospital Materno-Infantil Antoninho da Rocha Marmo

101 SP S. José dos Campos SAO GACC Grupo de Apoio a Criança com Câncer

102 SP S. José Rio Preto SAO FUNFARME Fundação Faculdade Regional de Medicina

103 BA Salvador BRA Unidade Oncológica Pediátrica Erik Loeff

104 BA Salvador BRA HMG Hospital Martagão Gesteira

105 BA Salvador BRA GACC Grupo de Apoio à Criança com Câncer Bahia

106 SP Santa Bárbara SAO RFCC Rede Feminina de Combate ao Câncer - Santa Bárbara d'Oste

107 RS Santa Maria SOU CACC-RS Centro de Apoio à Criança com Câncer

108 SP Santo André SAO CRM-ABC Casa Ronald McDonad's ABC (Associação Projeto Crescer)

109 SP Santos SAO Irmandade Santa Casa de Misericórdia

110 SP São Paulo SAO ITACI* Instituto de Tratamento do Câncer Infantil - Fundação Criança

111 RS São Leopoldo SOU Liga Feminina de Combate ao Câncer

Instituto Maranhense de Oncologia Andenora


112 MA São Luís BRA
Bello / Fundação Antônio Dino

113 SP São Paulo SAO GACC Grupo de Apoio à Criança com Câncer

114 SP São Paulo SAO Hospital do Câncer (A. C. Camargo) - Fundação Antônio Prudente

115 SP São Paulo SAO ITACI* Ação Social de São Paulo

116 SP São Paulo SAO ASCI Instituto da Criança - Hospital das Clínicas

117 SP São Paulo SAO GRAACC Grupo de Apoio ao Adolescente e a Criança com Câncer

118 SP São Paulo SAO SOBOPE Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica

119 SP São Paulo SAO TUCCA Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer

120 SP São Paulo SAO CRM-SP Casa Ronald McDonald - São Paulo Moema

Grupo de Pesquisa e Assistência ao Câncer


121 SP Sorocaba SAO GPACI
Intantil - Hospital Sarina R. Caracante

122 SP Suzano SAO RFCC Rede Feminina de Combate ao Câncer

123 SP Taboão da Serra SAO CAJEC Casa de Apoio Jose Eduardo Cavichio

124 PI Teresina BRA RFCC-PI Rede Feminina de Combate ao Câncer do Piauí


McDia Feliz 30 anos pela vida

125 MG Uberaba LET OASIS Organização dos Amigos Solidários à Infância e Saúde

Associação Lute pela Vida - Grupo de


126 MG Uberlândia LET GACC
Apoio a Crianças com Câncer

127 ES Vitória LET ACACCI Associação Capixaba de Combate ao Câncer Infantil

134
2000

2006

2009
2008
2003
2002

2004

2005

2007
2001

2010
1990

2016

2018
2013
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1996

1999

2014
1989

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1991

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135
AS FASES DA DOENÇA:
DO DIAGNÓSTICO À CURA
O Instituto Ronald McDonald atua em todas as fases do câncer por meio
de seus programas, de forma a oferecer ao paciente e sua família atenção
integral e completa: antes do tratamento com a suspeita da doença e
encaminhamento adequado, durante o tratamento com a infraestrutura,
profissionais capacitados e apoio psicossocial; e após o tratamento, com
a cura e o retorno do paciente ao lar, preferencialmente sem sequelas.

DIAGNÓSTICO
O tempo entre a suspeita e o início do tratamento é de,
em média, 13 semanas.*

Esta geralmente é uma fase da doença cercada por diferentes incertezas:


famílias relatam a angústia de saber que há algo de errado com a saúde
da criança, mas encontram dificuldades para saber o que de fato está
acontecendo. Não raramente os médicos prescrevem tratamento ou me-
dicação para outras enfermidades, antes de chegar à conclusão de que o
que acomete o paciente é uma neoplasia.

* Nas localidades onde o Programa Diagnóstico Precoce foi implementado,


esse tempo foi reduzido para cinco semanas.

TRATAMENTO
Cada paciente segue um protocolo de tratamento que depende
de fatores como tipo e estágio da doença e situação geral
de saúde do paciente. A criança ou o adolescente pode ser
encaminhado para sessões de quimioterapia, radioterapia,
cirurgia, entre outros.

Durante o tratamento, o paciente está exposto a terapias muitas vezes


McDia Feliz 30 anos pela vida

agressivas que debilitam sua saúde, ocasionam queda de cabelo, baixa


imunidade, entre outros efeitos colaterais. É um momento delicado em
que tanto o paciente quanto sua família sofrem drásticas mudanças de
rotina e precisam aprender a conviver com as possibilidades de sucesso
e fracasso do tratamento.

136
Os programas do Instituto Ronald McDonald: Atenção
Integral, Casa Ronald McDonald e Espaço da Família
Ronald McDonald são um importante apoio nessa fase,
pois as famílias encontram o suporte que precisam
para a completa adesão ao tratamento: hospeda-
gem, transporte, suporte psicossocial, qualidade do
tratamento médico e unidades médicas adaptadas
ao tratamento infantojuvenil. Muitos dos projetos be-
neficiados nesses programas são financiados pela
arrecadação do McDia Feliz.

ACOMPANHAMENTO
Com o sucesso do tratamento, o paciente
entra na fase de acompanhamento, em que
voltará à unidade médica periodicamente
para fazer exames e confirmar que o câncer
entrou em remissão.

No período de acompanhamento, o paciente é incen-


tivado a retomar sua rotina, voltar para sua cidade, sua
escola e seu círculo social.

CURA
Um paciente é considerado curado do câncer
após pelo menos cinco anos sem recidivas da
doença. Esse tempo varia de caso a caso, mas
esse é o tempo mínimo para se falar em cura.
McDia Feliz 30 anos pela vida

Esta é a meta que todos os pacientes querem alcan-


çar: finalmente serem tratados como ex-pacientes
oncológicos.

137
CASOS
DE SUCESSO

O McDia Feliz fazendo


a diferença na vida de
pacientes e familiares.

A existência do McDia Feliz se


dá por eles e para eles: para que
crianças e adolescentes e suas
famílias possam ter o apoio que
necessitam para vencer a doença.
Conheça histórias que nos fazem
acreditar que, sim, podemos e
devemos fazer sempre mais para
salvar vidas.
McDia Feliz 30 anos pela vida

138
João Vinícius, ex-paciente
e hóspede da AACC

MEU FILHO PASSOU


O TRATAMENTO BRINCANDO
Ficamos dois meses tentando encontrar o que o João Vinícius tinha pois ele só piorava e ninguém
dava o diagnóstico preciso. Então quando veio a notícia de que ele estava com leucemia, o chão abriu
sob nossos pés, mas foi melhor porque assim pudemos tratar a doença.

Ter o suporte da Casa de Apoio da Associação de Amigos à Criança com Câncer de Cuiabá (AACC),
que tem financiamento do Instituto Ronald McDonald, fez toda a diferença. Nós moramos longe, a 500
quilômetros de Cuiabá, e nem sei como seria se não tivéssemos esta estrutura.

Ali conheci vários familiares, várias mães, acaba virando uma família pois você pode contar com essas
pessoas, trocar informações, acolher e ajudar também, porque todo mundo está na mesma situação.

Por conta desse apoio, o João Vinícius passou o tratamento todo brincando. Ele ficou doente muito
novinho, com um ano e dez meses, então ele nem sabia como era ser diferente. Ele ia para o centro
cirúrgico do hospital na motinha que ele tinha e, quando chegava, ia direto brincar com as outras crianças.

Hoje ele está curado e virou atleta, joga futebol e treina em um clube há três anos. Não tem nada que
pague isso.
McDia Feliz 30 anos pela vida

FABIANE FRANCISCA SILVA


Mãe de João Vinícius, ex-paciente e hóspede da AACC – organização de Cuiabá (MT)
que recebe apoio do Instituto Ronald McDonald

139
Mariele, ex-paciente

MEU SENTIMENTO PELA CASA


RONALD McDONALD É DE GRATIDÃO
Em 2011, a Mariele estava com três anos de idade quando começaram os sintomas: falta de apetite,
sonolência fora do normal, febres e hematomas pelo corpo, sem motivos. Ela foi encaminhada para o
Hospital Ophir Loyola (HOL), que diagnosticou a doença. A partir daí, começamos nossa jornada contra
a leucemia. Belém ainda não tinha casa de apoio e, durante a semana em que ficávamos fora do hospital,
nos hospedávamos na casa de conhecidos, pois não tínhamos parentes morando em Belém.

Em alguns momentos, durante o tratamento, pensava que iria perder minha filha, porque ela tinha muito
intercorrência e convulsões, chegando a ir várias vezes para a UTI. E quando isso acontecia, eu tinha que
aguardar no leito e era a pior espera da minha vida. Uma angústia que só terminava quando ela retornava
para o leito. Ela recebeu alta do HOL em 2012, e a assistente social me chamou disse: ‘Mãezinha, vamos
encaminhá-las para um lugar muito bonito e especial, uma casa de apoio que inaugurou para recebê-las
e vai ser muito bom para a recuperação de Mariele’.

Quando cheguei à Casa Ronald McDonald, não imaginava o que estava vendo, eu não tinha ideia de que
seria um lugar com todo o suporte e a estrutura como aquele. A Casa Ronald McDonald Belém virou a
segunda casa de Mariele, já com quatro anos de idade. Ela foi a quinta criança a dar entrada na Casa.
Mariele tinha leucemia com 7% de chances de cura e ficamos hospedadas por dois anos.

Em 2015 recebi a notícia mais esperada da minha vida: Mariele estava respondendo bem ao tratamento,
não iria precisar de transplante e estava curada. Eu não acreditava, mesmo com toda a fé e esperança
que um coração de mãe carrega, foi uma grande surpresa. Fomos escolhidas para estampar o material
impresso da campanha do McDia Feliz 2015 e foi uma sensação muito boa ver a foto da minha filha e
meu depoimento sobre sua cura nos folhetos. Todo ano fazemos questão de participar do McDia Feliz em
Belém. Mesmo morando no município de Ananindeua, a dez quilômetros de Belém, a Mariele não falta a
nenhuma consulta e não deixa de fazer nenhum exame que precisa ser feito para acompanhamento no
HOL. Meu sentimento pela Casa Ronald Belém é de gratidão, por todo o acolhimento, carinho e cuidado
que deram para minha filha.

Hoje temos um grupo de mães com seus filhos curados e, juntos, vamos toda quarta-feira na adoração
McDia Feliz 30 anos pela vida

“Adorar Jesus” na Igreja Basílica de Nazaré. Agradecemos juntas a cura dos nossos filhos e fazemos
questão de levá-los para ensinar a gratidão e o amor de Deus. E sempre que possível, também visitamos
a casa e damos forças para as mães que estão passando pelo mesmo problema que passei.

MARLENE COSTA DA SILVA


Mãe de Mariele, ex-paciente e hóspede da Casa Ronald McDonald Belém

141
ELA LEVA UMA
VIDA NORMAL,
COMO QUALQUER
MENINA DE 16 ANOS
Gabriella Aparecida Viero Nune
Gabriella adoeceu quando era um bebê. Passamos por cinco
médicos e ninguém descobria o que ela tinha. Apenas um nos alertou
de que poderia ser um tumor maligno e fomos para Foz do Iguaçu
fazer exames mais precisos. Ela passou por biópsia, ressonância,
tomografia… Quando tivemos o diagnóstico, o chão se abriu.

Uma médica nos indicou a União Oeste Paranaense de Estudos e


Combate ao Câncer (Uopeccan), que recebe apoio do Instituto Ronald
McDonald. Não pensamos duas vezes: alugamos uma quitinete na
cidade e largamos tudo para cuidar dela, foi uma transformação total
em nossas vidas.

Ela ficou três anos em tratamento até conseguir fazer a cirurgia para
remoção do tumor. Durante todo esse tempo fomos muito bem recebidos
e acolhidos no hospital, tivemos muito apoio – principalmente quando
ela precisou ficar 28 dias em coma induzido, um momento muito difícil
para nós.

Mas enfrentamos a doença com coragem e fé e hoje, graças a Deus,


Gabriella está curada. Ela até chegou a ser a estrela da campanha do
McDia em 2011, ficamos muito felizes por ela ter sido escolhida.

Gabriella é hoje uma moça linda, muito ligada à irmã, que nasceu
enquanto ela estava em tratamento, está no primeiro ano do ensino
médio e é artesã. Leva uma vida normal de uma menina de 16 anos.
McDia Feliz 30 anos pela vida

REGINA CÁSSIA VIERO


Mãe de Gabriella Aparecida Viero Nunes, ex-paciente do Uopeccan, instituição
em Cascavel (PR) que conta com o apoio do Instituto Ronald McDonald

142
MINHA GRATIDÃO
ÀS PESSOAS QUE
ACREDITARAM
NA MINHA CURA
Fui diagnosticada com leucemia linfoblástica aguda em 2004,
quando eu tinha dez anos. Minha família, que é de origem muito humilde,
me deixou no hospital e eu fui cuidada o tempo todo por voluntárias, que
praticamente me adotaram durante o tratamento.

Fiquei dois anos fazendo quimioterapia, mas, mesmo assim, voltei a


estudar e terminei o ensino fundamental. Em 2006, fui considerada
curada. Desde então eu moro na instituição que me acolheu, a Casa de
Apoio Lar de Maria, que é um projeto da Rede Feminina de Combate ao
Câncer do Piauí.

Hoje estudo Enfermagem e trabalho na casa, como assistente administrativa.


Quero exercer essa profissão porque gosto de cuidar das outras pessoas,
acho que tem tudo a ver comigo.

Minha família não estava comigo no meu tratamento, mas posso dizer que
ganhei uma mãe, a Magali, que é tesoureira da instituição. Ela sempre
me acompanhou em todos os momentos, era ela quem ia às reuniões de
escola, quem estava comigo no tratamento. Sou muito grata por todo o
cuidado e carinho que ela e toda a equipe tiveram comigo...
McDia Feliz 30 anos pela vida

BEATRIZ SILVA BATISTA


Ex-paciente e funcionária da Rede Feminina de Combate ao Câncer do Piauí e da Casa
de Apoio à Criança com Câncer – Lar de Maria em Teresina, Piauí, instituição apoiada pelo
Instituto Ronald McDonald

143
NA CASA RONALD McDONALD
RECEBI O REMÉDIO
ESSENCIAL PARA
A CURA: O AMOR
Em 2006, com 18 anos e cheia de planos, comecei a sentir fortes dores. Foi aí que começou uma longa
batalha entre exames, consultas e internações seguida do diagnóstico de leucemia linfoblástica aguda. Fui
encaminhada para o Centro Infantil Boldrini em Campinas para iniciar o tratamento e, como somos de
Minas, a assistente social nos indicou a Casa Ronald McDonald Campinas. O fato de estar doente e longe
de casa nos assustava muito, mas na época recebemos tudo de que precisávamos naquele momento:
amor, carinho, um conforto amigo, um lar longe de casa. O previsto para o tratamento eram dois anos e
meio e, em 2008, em meio a quimioterapias e intercorrências, resolvi que voltaria a estudar, entrei para
a Faculdade de Publicidade e Propaganda e voltei a trabalhar.

Em 2011, faltando duas semanas para a apresentação do trabalho de conclusão de curso, voltei a
sentir fortes dores: a doença havia voltado. Voltei para Pouso Alegre (MG) para apresentar o trabalho de
conclusão de curso e retornei para a segunda e mais difícil etapa do tratamento. Foram mais três anos de
quimioterapias, radioterapias, passagens pela UTI e a indicação para transplante de medula. Perdi minha
formatura pois tive que ser internada às pressas. Professores e alunos da minha faculdade fizeram uma
campanha de doação de medula (Seja compatível com a vida) e mais uma vez fui acolhida com todo o
carinho na Casa Ronald McDonald Campinas.

Em 2014, recebi a notícia de que estaria curada mesmo sem o transplante, pois não tivemos doadores
compatíveis no momento exato. A felicidade de receber a notícia da cura é enorme, mas a tristeza de ouvir
que a doença havia voltado pela terceira vez e que teríamos que ir para transplante é de rasgar o peito.

Em 2015, reiniciamos o tratamento e recomeçamos a campanha de doação de medula. Tive um apoio enorme
da minha universidade (Univas), da Apacc, dos meus familiares, da minha companheira e dos meus amigos.

Em 2016, tivemos a notícia de um doador fora do Brasil. Fui encaminhada para Jahu, para o Hospital
Amaral Carvalho e para a Casa Ronald McDonald de lá, onde também recebi todo o apoio necessário.
Fiz o transplante no dia 20 de maio de 2016 e foi a melhor coisa que poderia ter acontecido nestes dez
longos anos de idas e vindas de hospitais. Hoje estou bem, voltei a estudar e a trabalhar, tenho uma loja
de roupas e acessórios masculinos e femininos. Meu plano para o futuro é que a loja cresça e evolua e
que eu possa ajudar e dar força para os que estão na luta contra o câncer.

Nos meus tratamentos, as Casas Ronald McDonald Campinas e Jahu foram essenciais. Sem o apoio e a acolhida
McDia Feliz 30 anos pela vida

que tivemos em ambas casas eu jamais conseguiria ganhar essa batalha. Tenho uma eterna gratidão por todos
que ali conheci. Fomos acolhidos, respeitados e recebemos o remédio essencial para a cura: o amor.

SUÉLLEN SÉQUI
Ex-paciente e hóspede das Casas Ronald McDonald Campinas e Jaú (SP)

144
4
O IMPACTO
NA ONCOLOGIA
PEDIÁTRICA
A cada hora, um novo caso
de câncer surge em crianças
e jovens no Brasil

ATENÇÃO ÀS QUEIXAS DE SEUS FILHOS!


Pais e familiares devem ficar alerta e levá-los ao
pediatra ou profissionais de saúde para avaliação

O
NessaCÂNCER ÉCRESCE
faixa etária, o CÂNCER A PRIMEIRA
MAIS

CAUSA DE MORTE
RAPIDAMENTE DO QUE EM ADULTOS,
porém, responde melhor ao tratamento

POR DOENÇA EM CRIANÇAS


Além do tratamento em unidades adequadas para
E JOVENS
oncologia DE
pediátrica, é chave ATÉ
o apoio 19 ANOS
psicossocial
à família que tem criança ou adolescente em
Em 2015, foramreduzindo
tratamento, 2.704 óbitos o que
o número corresponde
de casos de a 7,9%
abandono do tratamento

CHANCES DE CURA

1990 Hoje
Somente 15% Média de 64%*
McDia Feliz 30 anos pela vida

* Com diagnóstico precoce e tratamentos adequados em centros especializados,


estima-se que as chances de cura possam ultrapassar 80%

148
PERCENTUAL DE INCIDÊNCIA
DE 0 A 19 ANOS 26%
Leucemias
Tumores epiteliais e linfomas
14% 13%
Tumores do sistema
nervoso central

Diagnóstico precoce e o pronto encaminhamento a um centro


especializado são necessários para o sucesso do tratamento

O intervalo de tempo entre o diagnóstico e o tratamento


não deve ser superior a 60 dias, conforme estabelecido
na Lei 12.732, de 22 de novembro de 2012

Pacientes que iniciaram o tratamento em até 60 dias,


chegaram ao hospital:
sem diagnóstico com diagnóstico
80,8% sem tratamento 33,5% sem tratamento

O câncer é a primeira causa de


morte por doença em crianças
e jovens de 1 a 19 anos
Em 2015, foram 2.704 óbitos, o que corresponde a
McDia Feliz 30 anos pela vida

7,9% entre todas as causas de morte infantojuvenil

Fonte: Estimativa 2018 – Incidência de Câncer no Brasil; Estimativa 2017 – Incidência de Câncer no Brasil (Inca).

149
PRECISAMOS FALAR
SOBRE CÂNCER INFANTOJUVENIL
Muita gente prefere nem pensar no Dados e informações confiáveis, que permitam fazer análises, cruzamen-
assunto, mas falar sobre câncer infan- tos e monitoramentos, também são determinantes para a ampliação do
tojuvenil pode salvar muitas vidas. As conhecimento da realidade brasileira e elaboração de políticas públicas
estatísticas mostram que não há mo- específicas para esse público.
tivos para alimentar o medo: sobre-
De acordo com o Inca, o câncer é hoje a primeira causa de morte por doença
tudo com o diagnóstico precoce e o
entre pessoas com idade de 1 a 19 anos no Brasil, sendo que, nessa faixa
tratamento adequado, as chances de
etária, a doença apresenta características específicas em relação a como
cura aumentam significativamente.
uma doença afeta um conjunto de células, ao comportamento clínico e
Segundo dados do Instituto Nacional às localizações primárias.
do Câncer (Inca), a sobrevida estima-
Enquanto, na criança e no adolescente, a neoplasia geralmente afeta as
da em crianças e adolescentes (de
células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação (cartilagem,
0 a 19 anos) para 2018 é de cerca
ossos, etc.), nos adultos, as células epiteliais, que recobrem órgãos, são
de 64%, chegando a 75% na Região
as mais afetadas.
Sul do país. Números especialmente
expressivos quando sabemos que, Por essas especificidades, existe um entendimento por parte da comunidade

na década de 1990, as chances de científica e de órgãos públicos de saúde de que é necessária uma aborda-

cura do câncer infantojuvenil no país gem específica na divulgação de informações, diagnóstico e tratamento do

eram de apenas 15%. câncer nos grupos de idade que compreendem crianças e adolescentes.

Mas, para curar, é preciso diagnos- O câncer em crianças e adolescentes (de 0 a 19 anos) é considerado raro

ticar e, para diagnosticar, é preciso quando comparado com o câncer em adultos, correspondendo a entre 2%

suspeitar. E por ser uma doença rara, e 3% de todos os tumores malignos registrados no Brasil. E embora tenha

que pode ser confundida em seus um período menor de latência (tempo em que a doença já está instalada,

primeiros estágios com doenças co- mas sem apresentação de sintomas) e possa crescer rapidamente e tor-

muns, o câncer muitas vezes não nar-se bastante invasivo, ele responde melhor à quimioterapia do que o

é cogitado pelos profissionais de câncer em adultos.

saúde e por familiares. Entre os tipos mais comuns de câncer infantojuvenil em todo o mundo, a

Por isso, é importante falar sobre o leucemia é o mais presente na maioria das populações (cerca de 25% a

assunto, unindo esforços para re- 35%), seguida de linfomas. Já os carcinomas (câncer desenvolvido a partir

duzir o tempo entre o aparecimento de células da pele), que são o tipo de câncer mais frequente em adultos,
McDia Feliz 30 anos pela vida

dos primeiros sinais e sintomas e representam menos de 5% dos tumores na infância.

o encaminhamento para um trata- Segundo o Inca, surgem cerca de 12.500 novos casos de câncer em crian-
mento especializado e de qualidade, ças e adolescentes por ano no país.
contribuindo efetivamente para a
elevação das chances de cura.
Fonte: Estimativa 2018 – Incidência de Câncer no Brasil; Estimativa 2017 – Incidência de Câncer no Brasil (Inca).

150
O McDIA FELIZ
NOS INCENTIVOU
A SONHAR
O Instituto Ronald McDonald faz parte da história do Graacc desde 1993, quando
entramos no McDia Feliz. Na época, tínhamos o sonho de construir um hospital de oncologia
pediátrica e recebemos, naquele ano, um cheque de cerca de R$ 100 mil.

O McDonald’s acreditou no nosso sonho desde o princípio e, de lá para cá, essa parceria
só se fortaleceu. Conseguimos construir o hospital em 1998, inclusive com uma estrutura
bem maior do que a prevista: o projeto original tinha três andares e conseguimos construir
um prédio de onze andares.

Nestes 27 anos de parceria, o Graacc arrecadou mais de R$ 68 milhões só nas campanhas


do McDia Feliz. Esta foi a maior fonte de renda para a construção do hospital e, durante
muito tempo, também para manutenção dos nossos serviços.

Hoje, o Hospital do Graacc é referência na América Latina, sobretudo em casos de maior


complexidade, como transplante de medula em crianças pequenas. E oferecemos residência
especializada em oncologia pediátrica para médicos, enfermeiros, psicólogos e nutricionistas,
que saem do hospital especializados no tratamento de crianças com câncer.

Posso afirmar que o Instituto Ronald McDonald teve um papel fundamental no desenvolvimento
da oncologia pediátrica no Brasil e é hoje a principal agência financiadora do desenvolvimento
dessa especialidade no país.

Na vida real, isso representa aumento na sobrevida de crianças com câncer, aumento nas
chances de cura, melhoria das condições de tratamento e acolhida das famílias, entre
outros tantos avanços.

Não é exagero dizer que se não fosse o McDia Feliz, o Graacc não existiria como ele é hoje.
Posso dizer que o que existe entre o Graacc e o Instituto Ronald McDonald é uma parceria,
acima de tudo.
McDia Feliz 30 anos pela vida

DR. ANTÔNIO SÉRGIO PETRILLI


Superintendente médico do Graacc
e membro do Conselho Científico do Instituto Ronald McDonald

151
Sinais e sintomas
do câncer infantojuvenil
Em sua fase inicial, os sinais e sintomas do câncer infantojuvenil podem se
assemelhar aos de doenças comuns da infância, o que muitas vezes dificulta
a suspeita e o diagnóstico correto do câncer em crianças e adolescentes.

AUMENTO
DO ABDÔMEN

DORES DE CABEÇA
Especialmente se incomum, persistente
ou grave, vômitos (normalmente, pela
manhã ou com piora ao longo dos dias)

SANGRAMENTOS
NO NARIZ OU NA GENGIVA
McDia Feliz 30 anos pela vida

TONTURA
Perda de equilíbrio ou coordenação

152
PALIDEZ E
HEMATOMAS

EMAGRECIMENTO
Quando a criança não ganha peso, ganha
peso de forma insuficiente ou perde peso

ALTERAÇÕES OCULARES
Pupila branca, estrabismo de início recente,
perda visual, hematomas ou inchaço ao redor dos olhos.

FADIGA, LETARGIA OU
MUDANÇAS NO COMPORTAMENTO
Como isolamento

DOR EM MEMBRO
OU DOR ÓSSEA

CAROÇOS OU INCHAÇOS
Especialmente se forem indolores
e sem febre ou outros sinais de infecção
McDia Feliz 30 anos pela vida

FEBRE E TOSSE PERSISTENTE


Ou falta de ar, sudorese noturna
153
TIPOS DE CÂNCER
MAIS COMUNS ENTRE
CRIANÇAS E ADOLESCENTES
LEUCEMIAS AGUDAS
É o tipo de câncer mais presente nessa faixa etária. Tem um período de
latência curto, com surgimento dos primeiros sintomas em poucas semanas.
A partir da aparição de sinais e sintomas como palidez, fadiga, sangramen-
tos anormais, febre e dor óssea, entre outros, é necessária a realização de
hemograma com diferencial realizado por profissional capacitado.

Sendo observadas alterações em duas ou mais séries (anemia e/ou leuco-


penia/leucocitose e/ou plaquetopenia), o paciente deve ser encaminhado
para um serviço especializado em onco-hematologia pediátrica em caráter
de urgência para ser submetido a exames diagnósticos mais profundos.

É desejável que o serviço de referência seja o mesmo que vai iniciar o


tratamento para que não ocorram atrasos entre o diagnóstico e o início
do tratamento adequado.

LINFOMAS
Os linfomas estão entre os três grupos de câncer mais comuns na faixa
etária pediátrica e se apresentam normalmente pelo aumento de gânglios
(adenomegalia). Esse sintoma é considerado suspeito quando apresenta
as seguintes características:

• Febre sem causa determinada, perda de peso e sudorese noturna

• Alterações em duas ou mais séries do hemograma (anemia e/ou leuco-


penia/leucocitose e/ou plaquetopenia)

• Hepatoesplenomegalia (aumento do tamanho do fígado e do baço)

• Sorologias negativas (toxoplasmose, rubéola, HIV, citomegalovirose,


mononucleose infecciosa, sífilis)

• Persistência de enfartamento ganglionar, maior do que três centímetros,


depois de seis semanas de evolução, mesmo após tratamento adequado
McDia Feliz 30 anos pela vida

• Aumento progressivo da adenomegalia após duas semanas de observação

• Adenomegalia supraclavicular e da região inferior do pescoço

• Adenomegalia axilar e epitroclear na ausência de sinais de porta de


entrada para infecção ou dermatite

• Adenomegalia dura, indolor e aderida aos planos profundos

154
Com a suspeita, o paciente deve ser encaminhado rapidamente para um
serviço especializado em oncologia pediátrica para ser submetido a exames
complementares (mielograma, ultrassonografia, tomografias computado-
rizadas e biópsias linfonodais).

É desejável que o serviço de referência seja o mesmo que vai iniciar o


tratamento para que não ocorram atrasos entre o diagnóstico e o início
do tratamento adequado.

MASSAS ABDOMINAIS
A presença de massa abdominal palpável é uma das principais formas de
apresentação clínica dos tumores sólidos em crianças. A maioria desses
tumores abdominais é assintomática e reconhecida acidentalmente pelos
pais, cuidadores ou, menos frequentemente, em exames clínicos de rotina.

Isso se deve, em parte, ao pico de idade em que ocorre esse tipo de câncer,
que é de um a cinco anos – idade em que o cuidado diário (banhos, troca
de roupa) é feito por terceiros e a criança ainda não consegue definir com
precisão a fonte da dor.

A dor abdominal é uma das queixas mais comuns em pediatria e está


relacionada, na maioria das vezes, a processos infecciosos gastrointes-
tinais benignos de curta duração. A dor, entretanto, é um sintoma fun-
damental na identificação de condições cirúrgicas agudas que exigem
tratamento de urgência.

O tumor, para causar dor abdominal, deve, portanto, apresentar crescimento


rápido, assumindo grande volume até causar compressão ou mau funcio-
namento de um órgão. É essencial, na abordagem das massas abdominais,
a realização de um exame físico completo.

As parasitoses intestinais e a constipação intestinal são muitas vezes atri-


buídas como causa do desconforto abdominal das crianças. Elas de fato
podem estar associadas ao diagnóstico oncológico e não raro serem causa
de atraso do diagnóstico de câncer em crianças e adolescentes. Por isso,
a persistência dos sintomas, mesmo após diagnóstico e tratamento ade-
quado, deve ser sempre mais bem investigada.

Crianças e adolescentes com aumento rápido e progressivo do volume


abdominal, associado à presença de massa palpável no exame clínico e
qualquer suspeita de síndrome de compressão medular, devem ser enca-
minhadas imediatamente para um serviço especializado em onco-hemato-
McDia Feliz 30 anos pela vida

logia pediátrica para a realização de exames e procedimentos diagnósticos


(ultrassonografia, mielograma, tomografias, ressonâncias e biópsias).

É desejável que o serviço de referência seja o mesmo que vai iniciar o


tratamento para que não ocorram atrasos entre o diagnóstico e o início
do tratamento adequado.

155
TUMORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Os tumores do sistema nervoso central (SNC) são considerados os tumores
sólidos mais frequentes em crianças. Sua apresentação varia de acordo com sua
localização, tipo histológico, taxa de crescimento do tumor e idade da criança.

A maioria desses tumores está localizada, nas crianças e adolescentes, na


fossa posterior, na região denominada infratentorial, causando obstrução
da circulação liquórica que, por sua vez, ocasiona quadro de hidrocefalia
e hipertensão intracraniana.

Os tumores de localização supratentorial geram sintomas ao realizarem um


efeito de massa nas estruturas vizinhas, podendo acarretar anormalidades
focais e convulsões.

A hipertensão intracraniana causada pela hidrocefalia ou por lesão com


efeito de massa tem, como principais sintomas, a cefaleia matinal, as
náuseas e os vômitos que, muitas vezes, aliviam a dor. Nas crianças que
mamam, a hidrocefalia resulta no sinal de “olhar em sol poente”, em razão
da paralisia do olhar para cima.

A cefaleia (dor de cabeça) é uma queixa muito comum em pediatria e,


embora seja o principal sintoma apresentado pelos tumores malignos do
sistema nervoso central, em geral, as dores de cabeça são causadas por
outros motivos. Quando secundária a um tumor, a cefaleia apresenta uma
evolução crônica e progressiva, além da associação com outras queixas,
como dificuldades visuais, vômitos, distúrbios de comportamento, altera-
ções de personalidade e dificuldades escolares, entre outros.

A investigação inicial de um paciente com suspeita clínica de tumor intra-


craniano se dá por meio de exames de neuroimagem (tomografia com-
putadorizada de crânio e/ou ressonância nuclear magnética, quando
disponível). Esses exames são essenciais na identificação da lesão e do
planejamento neurocirúrgico.

A identificação de uma lesão tumoral implica o encaminhamento do pa-


ciente em caráter de urgência para um serviço de oncologia pediátrica
com serviço de neurocirurgia.

TUMORES OCULARES
O retinoblastoma é o tumor intraocular maligno mais comum em crianças.
Origina-se nas células embrionárias neurais da retina. Cerca de 80% dos
casos são diagnosticados antes que o paciente tenha três ou quatro anos.

O sinal mais comum é a leucocoria (“reflexo de olho de gato”, reflexo pu-


pilar branco-amarelado), geralmente identificado pela família do paciente,
McDia Feliz 30 anos pela vida

podendo ser observada em fotos usando-se o flash. Esse sinal é seguido

156
em frequência pelo estrabismo e por outros menos comuns, relacionados
à irritação ocular, como hiperemia ocular (“olho vermelho”) e por aque-
les que evidenciam a progressão da doença, como proptose (protusão
do globo ocular) e adenomegalia pré-auricular (aumento dos gânglios
próximos à orelha).

Nos casos de doença avançada, podem ocorrer sintomas de comprome-


timento do sistema nervoso central (cefaleia e vômitos) e de infiltração da
medula óssea (dor óssea). O atraso no encaminhamento médico para centros
especializados representa 30% das causas de diagnóstico tardio, que está
intimamente ligado ao risco da doença extraocular e, consequentemente,
ao avanço da idade do paciente. Para se ter uma ideia, enquanto o tempo
de encaminhamento entre o aparecimento do primeiro sinal até a procura
por atendimento médico especializado é maior que seis meses, o risco
para o diagnóstico de tumor extraocular é nove vezes maior.

Os pacientes que apresentam sinais e sintomas devem ser encaminha-


dos para serviço de oncologia e oftalmologia pediátrica e precisam ser
submetidos a exame oftalmológico sob sedação e a exames de imagem
específicos (tomografia e ressonância de crânio e órbitas).

Pacientes com história familiar de retinoblastoma devem ser avaliados


por meio de exame oftalmológico com maior frequência. O ideal é que
a avaliação onco-oftalmológica seja realizada em até uma semana após
a suspeita clínica.

TUMORES ÓSSEOS
Esse tipo de câncer tende a acometer com mais frequência os adolescen-
tes. Dor óssea no local envolvido associada ao aumento regional de partes
moles são as principais formas de manifestações dos tumores ósseos.

Os diagnósticos diferenciais que podem atrasar o diagnóstico oncológi-


co são a tendinite e a osteomielite. O primeiro passo na abordagem de
um paciente com sinais e sintomas sugestivos de neoplasia óssea é a
solicitação e avaliação de radiografia da região acometida.

É desejável que o serviço de referência seja o mesmo que vai iniciar o


tratamento para que não ocorram atrasos entre o diagnóstico e o início
do tratamento adequado. A biópsia realizada de maneira inadequada
pode comprometer o tratamento da doença, não permitindo a reali-
zação de cirurgia conservadora e implicando, na maioria das vezes, a
amputação do membro.

Em todos os casos, a realização de exames complementares, de qua-


McDia Feliz 30 anos pela vida

lidade e em tempo hábil, não deve atrasar o encaminhamento para


confirmação diagnóstica.

157
PROGRAMAS DO
Instituto Ronald McDonald

SAUDÁVEIS

OUTRAS PATOLOGIAS
McDia Feliz 30 anos pela vida

CÂNCER

158
Programas locais desenvolvidos pelo
Instituto Ronald McDonald para enfrentar os
desafios da oncologia pediátrica no Brasil.

LINHA A LINHA B LINHA C LINHA D


Apoio à qualificação Acesso, redução do abandono e Suporte Pesquisa e
e humanização da não aderência ao tratamento psicossocial intercâmbio
da assistência e reintegração científico
de média e de alta à sociedade
complexidade

Programas Globais Ronald McDonald


House Charities (RMHC), desenvolvidos em todo
o mundo para manter as famílias com crianças
doentes próximas dos cuidados e dos recursos
de que necessitam para o tratamento.
McDia Feliz 30 anos pela vida

159
O SISTEMA
RONALD McDONALD
HOUSE CHARITIES
APROXIMANDO FAMÍLIAS
Promover saúde e bem-estar de crianças, adolescentes
90%
DOS PRINCIPAIS HOSPITAIS
e suas famílias, garantindo os cuidados, apoio e cari-
INFANTIS DO MUNDO CONTAM
nho que necessitam durante essa difícil fase. Esse é o
COM UM PROGRAMA GLOBAL
principal objetivo do sistema global Ronald McDonald DA RONALD McDONALD
House Charities (RMHC), que coordena os programas HOUSE CHARITIES
globais Casa Ronald McDonald e Espaço da Família
Ronald McDonald, entre outros.

Sediada em Chicago, Estados Unidos, a RMHC conta 365


com o suporte do sistema McDonald’s, de doadores CASAS RONALD
corporativos e individuais e apoio de médicos e volun- McDONALD
tários, oferecendo serviços para milhões de crianças e
suas famílias em todo o mundo.

O Sistema Beneficente Global Ronald McDonald House


50
UNIDADES MÓVEIS
Charities (RMHC) coordena os programas globais Casa
RONALD McDONALD
Ronald McDonald, Unidades Móveis e Espaço da Família
Ronald McDonald, concedendo certificações de exce-
lência e garantido unidade de ação entre os programas 228
em todo o mundo.
ESPAÇOS DA FAMÍLIA
No Brasil, os programas globais da RMHC são coorde- RONALD McDONALD
nados e desenvolvidos pelo Instituto Ronald McDonald,
que atua com uma rede de cerca de 70 instituições
com atuação focada no combate ao câncer infantoju-
64
venil (hospitais, casas de apoio, instituições de apoio, PAÍSES
sociedades científicas etc.).

O Instituto Ronald McDonald também conta com 5,5 milhões


parceiros estratégicos que atuam nacionalmente na
McDia Feliz 30 anos pela vida

CRIANÇAS E FAMÍLIAS
definição de diretrizes para o combate ao câncer in- ATENDIDAS ANUALMENTE
fantojuvenil. São eles: Ministério da Saúde, por meio
do Instituto Nacional de Câncer (Inca), da Sociedade
Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope) e da Con- 300 mil
federação Nacional das Instituições de Apoio à Criança VOLUNTÁRIOS
com Câncer (Coniacc).
160
PROGRAMAS
DESENVOLVIDOS PELO
INSTITUTO RONALD McDONALD

CASA RONALD
McDONALD PROGRAMA
(PROGRAMA GLOBAL) DIAGNÓSTICO PRECOCE
Oferecer um lar, mesmo distante de casa, (PROGRAMA LOCAL)
às famílias durante o tratamento: “uma casa Potencializar chances de cura com
longe de casa”. São oferecidos, por ano, cerca o diagnóstico da doença em seus
de 50 mil atendimentos a crianças, adolescentes estágios iniciais e garantir
e seus familiares por meio dos programas
encaminhamento adequado
desenvolvidos pelo Instituto Ronald McDonald

PROGRAMA ESPAÇO DA FAMÍLIA


ATENÇÃO INTEGRAL RONALD McDONALD
(PROGRAMA LOCAL) (PROGRAMA GLOBAL)
Atendimento integral de qualidade Promover conforto e
(tratamento e atenção psicossocial) acolhimento às famílias durante
aos pacientes e seus familiares o tratamento dentro dos hospitais
McDia Feliz 30 anos pela vida

162
TRANSPARÊNCIA E CREDIBILIDADE
Os projetos selecionados pelo Instituto Ronald McDonald devem atender
a critérios e regras previamente estabelecidos nos editais lançados anual-
mente pela organização.

As ações devem ser propostas pelas instituições previamente cadastradas


no Instituto, via Portal de Projetos, quando os editais se encontram abertos.
Essas instituições atendem a requisitos de regularidade jurídica e fiscal e
atuam no atendimento de crianças e adolescentes com câncer.

Para concorrer, o projeto precisa estar alinhado aos programas e requisitos


do Instituto, à Política Nacional de Atenção Oncológica e aos princípios da
Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança (1990).

Uma vez que trabalha para fortalecer a política nacional de controle do


câncer, o instituto atua, de forma cooperativa e complementar, com o
sistema público de saúde. Sendo assim, todos os seus programas estão
alinhados com a Portaria 2.439, de 8 de dezembro de 2005, que institui a
Política Nacional de Atenção Oncológica, e portarias subsequentes baixadas
pelo Ministério da Saúde sobre o tema.

Entre elas, estão a Portaria 874, que trata da inclusão da sociedade civil e
de todos os níveis da saúde na atenção ao paciente oncológico), a Portaria
741, que define novos critérios de credenciamento de serviços em onco-
logia pediátrica; e a Portaria 140, que redefine os critérios e parâmetros
para a organização, planejamento, monitoramento, controle e avaliação
dos estabelecimentos de saúde habilitados na atenção especializada
em oncologia e define as condições estruturais, de funcionamento e de
recursos humanos para a habilitação desses estabelecimentos no âmbito
do Sistema Único de Saúde (SUS).

Uma vez selecionados e aprovados pelos conselhos Científico e Executivo,


os projetos passam por acompanhamento físico-financeiro e são submetidos
McDia Feliz 30 anos pela vida

a auditorias, garantindo transparência e credibilidade às ações.

163
PROGRAMA DIAGNÓSTICO PRECOCE:
QUANTO MAIS CEDO, MAIS CHANCES DE CURA
Uma das maiores dificuldades no diagnóstico do câncer em crianças e adolescentes é o fato
de os sinais e sintomas da doença serem muito parecidos com os de doenças comuns nessa
faixa etária, tais como viroses, dores de cabeça, pneumonia e infecções, entre outras.

No entanto, um diagnóstico errado ou tardio pode diminuir drasticamente as chances de


cura dos pequenos pacientes – no Brasil, os índices médios de cura são de 64% dos casos,
mas podem chegar a 85%, se diagnosticados precocemente e tratados adequadamente, de
acordo com o Inca.

Com foco nessa meta e buscando diminuir o tempo entre o diagnóstico e o tratamento –
fazendo com que casos suspeitos sejam encaminhados adequadamente – é que o Instituto
Ronald McDonald criou, em 2008, o Programa Diagnóstico Precoce em parceria com o Inca
e a Sobope.

A principal frente do Programa Diagnóstico Precoce é a capacitação de profissionais da atenção


primária à saúde (em especial as equipes da Estratégia Saúde da Família formadas por agentes
comunitários, dentistas, enfermeiros e médicos) – seguindo as diretrizes da Política Nacional
de Atenção Oncológica (Portaria 2.439, do Ministério da Saúde, de 8 de dezembro de 2015).

A proximidade e o acompanhamento contínuo das famílias de um determinado território colo-


cam esses profissionais em situação privilegiada para a identificação dos sinais e sintomas da
doença, possibilidade de diagnóstico precoce e encaminhamento de crianças e adolescentes
com suspeita da doença para exames mais aprofundados.

Esses profissionais passam por um curso com uma equipe especializada e carga horária de
20 horas/aula para não médicos e 24 horas/aula para médicos. Entre os temas, estão a or-
ganização da rede de atenção oncológica, direitos das crianças e adolescentes com câncer,
possibilidades e limites da detecção precoce, sinais e sintomas do câncer infantojuvenil e
aspectos psicológicos no cuidado da criança e do adolescente com câncer.

Desde o início do programa, foram capacitados mais de 20 mil profissionais em 178 unidades
básicas de saúde de 14 estados brasileiros e o Distrito Federal. Ao todo, cerca de 350 mil
crianças estão dentro da área coberta pelo programa.

O trabalho já colhe resultados positivos. De acordo com pesquisa realizada com o apoio do
Núcleo de Avaliação de Tecnologias de Saúde da Fundação Oswaldo Cruz, vinculada ao
Ministério da Saúde, a taxa de detecção precoce do câncer infantojuvenil aumentou 23% nas
localidades onde o programa foi implementado. No mesmo período, o tempo de diagnóstico
e tratamento diminuiu 61% (redução de 13 para 5 semanas).

Essas taxas são ainda mais importantes quando sabemos que o câncer é a primeira causa de
McDia Feliz 30 anos pela vida

morte por doença na faixa etária entre 1 e 19 anos, de acordo com o Inca.

Por sua relevância no processo de cura do câncer infantojuvenil no país, o Programa Diagnós-
tico Precoce – que completou 10 anos em 2018 – recebeu vários prêmios e reconhecimentos
de organizações nacionais e internacionais.

164
É PRECISO DESENVOLVER
O DESCONFIÔMETRO
Um grande avanço que vemos em Alagoas é a articulação
institucional, o envolvimento de diversos atores, para que o
diagnóstico precoce seja uma política permanente no estado.
Hoje os municípios procuram criar um fluxo no atendimento para
que a criança diagnosticada chegue mais rápido ao tratamento,
por exemplo.

Parte de nosso trabalho é justamente identificar os municípios que


mais precisam de capacitação e envolver a Secretaria de Saúde e
a Prefeitura para que entendam a importância da capacitação de
seus profissionais e se somem a essa grande articulação, utilizando
a estrutura que o município tem disponível. Hoje os municípios já
nos procuram para participar do programa.

Nos 10 anos em que atuamos no programa, atendemos 14 municípios


com turmas de até 40 profissionais com formação mista, que passam
por uma capacitação de 20 horas/aula. Dizemos aqui que eles
passam a ‘desenvolver o desconfiômetro’ em relação aos sintomas do
câncer infantojuvenil e saem estimulados a aprofundar a investigação
com alguns exames clínicos adicionais.

Outro grande trunfo que temos aqui no estado é a aproximação com


a academia, já que o Programa Diagnóstico Precoce faz parte da
Pró-Reitoria de Extensão da Universidade de Ciências da Saúde do
Estado de Alagoas. Vemos que hoje os alunos saem da universidade
com um novo olhar em relação ao diagnóstico precoce do câncer
em crianças e adolescentes, com certeza muito mais atentos.
McDia Feliz 30 anos pela vida

ROBERTA FERNANDES MARINHO


Coordenadora técnica do Programa Diagnóstico Precoce em Alagoas e
coordenadora de Projetos da Associação de Pais e Amigos dos Leucêmicos
de Alagoas (Apala)

165
PROGRAMA
ATENÇÃO INTEGRAL
APOIO COMPLETO

O Programa Atenção Integral abarca um variado leque


de ações e é atualmente a mais abrangente iniciativa
do Instituto Ronald McDonald. O programa tem como
objetivo aumentar as chances de cura da doença ofe-
recendo um atendimento integral a adolescentes e
crianças com câncer.

As iniciativas do programa visam promover um tratamen-


to de qualidade aos pacientes, a adesão ao tratamento,
o suporte psicossocial aos pacientes e seus familiares
e a produção e disseminação de conhecimento sobre
a causa.

Por meio do Programa Atenção Integral, o Instituto Ro-


nald McDonald identifica as regiões do país com de-
mandas prioritárias na área de oncologia pediátrica e
destina recursos para a realização de projetos – sempre
alinhado às portarias do Ministério da Saúde relativas à
Política Nacional de Atenção Oncológica.

Desde sua criação, em 2009, o programa já destinou


mais de R$ 100 milhões em recursos para ações priori-
tárias no combate ao câncer infantojuvenil antes, durante
e depois do tratamento.
McDia Feliz 30 anos pela vida

167
O PROGRAMA ATENÇÃO INTEGRAL É DIVIDIDO EM QUATRO LINHAS DE AÇÃO:

LINHA A LINHA C
APOIO À QUALIFICAÇÃO E SUPORTE PSICOSSOCIAL E
HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE REINTEGRAÇÃO À SOCIEDADE
MÉDIA E DE ALTA COMPLEXIDADE Suporte psicossocial de adolescentes e crianças
Ampliação e/ou aperfeiçoamento da capacidade com câncer e seus familiares durante e após
instalada e da atuação de equipe multidisciplinar o tratamento com o objetivo de minimizar os
de serviços formalmente habilitados pelo impactos que a doença gera na vida pessoal,
Ministério da Saúde a oferecer diagnóstico e familiar e social.
tratamento em oncopediatria.
Exemplos:
Exemplos:
• Construção ou reforma de espaço para
• Aquisição, construção, adequação ou reforma ações de suporte psicossocial como classes
de espaço físico específico para assistência hospitalares e bibliotecas
oncopediátrica (espaços para atividades
• Distribuição de cestas básicas e
terapêuticas, serviços de transplante de
suplementos alimentares
medula óssea, laboratórios, UTIs etc.)
• Aquisição de passagens aéreas e terrestres
• Reforma e/ou compra de equipamentos
em território nacional
e mobiliário para ambulatório, enfermaria,
sala de cirurgia e UTI • Oficinas profissionalizantes para
acompanhantes
• Treinamento ou capacitação para equipe de
médicos, enfermeiros, psicólogos etc. • Terapias ocupacionais

LINHA B LINHA D
ACESSO, REDUÇÃO DO ABANDONO DISSEMINAÇÃO
E DA NÃO ADERÊNCIA AO TRATAMENTO DO CONHECIMENTO
Ações de hospedagem, alimentação e/ou Produção e disseminação do conhecimento
transporte de pacientes e/ou familiares para o fortalecimento da rede de oncologia
buscando o início imediato e a não interrupção pediátrica em âmbito regional e nacional.
do tratamento. Estão incluídos nessa linha os
Exemplos:
projetos apresentados para a implantação dos
programas Casa Ronald McDonald e Espaço da • Apoio a fóruns, seminários e congressos

Família Ronald McDonald. • Produção e divulgação de pesquisas e


publicações de interesse da comunidade
Exemplos:
de oncologia pediátrica
• Aquisição de veículos

McDia Feliz 30 anos pela vida

Implantação de sistemas eletrônicos e


• Aquisição de mobiliário para casa e/ou operacionalização de data manager para
instituição de apoio registro hospitalar de câncer

• Aquisição, construção ou reforma de


espaço físico de casas de apoio e espaços
no interior das unidades hospitalares

168
PARCERIA COM O INSTITUTO
É DIVISOR DE ÁGUAS
NO HOSPITAL
O Serviço de Oncologia Pediátrica do Hospital de Câncer de Mato Grosso tem um divisor de
águas: antes e depois dos programas do Instituto Ronald McDonald. As mudanças envolveram
adequações estruturais, aquisição de mobiliários e humanização. O apoio do Instituto Ronald
McDonald foi fundamental para viabilização de um centro de oncologia pediátrica que abrange
todo o seguimento no atendimento intra-hospitalar: ambulatório-internação-UTI.

Com isso, o paciente é atendido na integralidade, em estrutura adequada e ambiente humanizado,


repercutindo numa situação de bem-estar, redução de estresse e satisfação para todos que fazem
parte desse cenário diariamente, incluindo a equipe multiprofissional.

Não contávamos com uma área de convivência para a realização de atividades lúdicas, recreativas,
de educação, de socialização, etc. Com o Espaço da Família Ronald McDonald, o processo de
hospitalização de pacientes com doenças crônicas, que exigem sucessivas internações, amenizou
muito. É impressionante como os pacientes pedem aos profissionais para não perder o momento
de ir ao Espaço da Família.

O convênio do hospital com a Secretaria de Educação só veio a somar com tanta benfeitoria, criando
a classe hospitalar, que funciona no Espaço da Família Ronald McDonald, reduzindo o abandono
escolar. E a Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTI) só veio coroar a parceria do Hospital de
Câncer com o Instituto Ronald McDonald.

O reflexo de tudo isso se traduz em aumento nas taxas de cura, além de satisfação dos
pacientes e familiares. Quando se concentram esforços e recursos, este é o resultado:
amenizar a dor, oferecendo conforto e dignidade no tratamento, mesmo para os pacientes
fora de possibilidade terapêutica.

JOSEANY SALOMÃO GUIMARÃES


Enfermeira coordenadora da Pediatria do Hospital de Câncer do Mato Grosso
McDia Feliz 30 anos pela vida

e especialista pela Sociedade Brasileira de Enfermagem Oncológica (SBEO)

169
PROGRAMA ESPAÇO DA
FAMÍLIA RONALD McDONALD
UM LOCAL DE ACOLHIMENTO
DENTRO DA UNIDADE MÉDICA
Com o objetivo de oferecer conforto e acolhimento dentro dos hospitais,
esse programa oferece infraestrutura, ambiente e atividades que tornam
o tempo de espera menos desgastante para crianças e adolescentes em
tratamento de câncer e seus familiares.

Além de aproximar familiares e equipe médica, o programa reduz as chances


de abandono do tratamento e humaniza as relações dentro do hospital,
durante o geralmente difícil período de tratamento.

O Programa Espaço da Família Ronald McDonald faz parte do portfólio


global da Ronald McDonald House Charities e tem 228 unidades em mais
de 20 países. No Brasil, o programa é coordenado pelo Instituto Ronald
McDonald, que é o responsável por prospectar as instituições, acompanhar a
implantação, obter a licença de funcionamento com a RMHC e coordenar
a gestão do espaço em parceria com a instituição no qual está instalado –
sempre dentro dos padrões de qualidade e excelência recomendados
pela Ronald McDonald House Charities.

Atualmente, existem seis unidades em funcionamento nos seguintes


locais: Hospital GPACI, em Sorocaba (SP), Hospital de Câncer de Barretos
(SP), Hospital de Câncer de Mato Grosso, localizado na capital do estado,
Cuiabá, Hospital Erasto Gaertner, em Curitiba (PR), Hospital da Criança de
Brasília José Alencar e Hospital do Graacc em São Paulo (SP).

Em breve, uma nova unidade do Espaço da Família Ronald McDonald será


inaugurada no Hospital Itaci, na cidade de São Paulo.

Salas de TV, banheiros privativos com chuveiro hospitalar, computadores


com acesso à internet e acompanhamento escolar são algumas das fun-
cionalidades oferecidas aos pacientes nos Espaços da Família. Todas as
McDia Feliz 30 anos pela vida

unidades seguem padrões de excelência e qualidade necessários para a


execução do programa global da RMHC.

170
UM ESPAÇO DE
CONVIVÊNCIA
E ACOLHIDA
A leucemia da Mari foi diagnosticada em agosto de 2015, quando ela tinha
apenas quatro anos e meio. Só quem passa por isso sabe como é difícil. Sua vida
muda de uma hora para outra. O tratamento é longo, você passa muito tempo
no hospital. Ela chegou a ficar internada por 36 dias ininterruptos, fazendo
quimioterapia, tomando medicamentos pesados.

Dentro dessa realidade, onde você está completamente fora da sua rotina, é
um alívio poder contar com o Espaço da Família Ronald McDonald. Para a Mari,
o Espaço virou uma casa, virou um lar. Era lá que ela conseguia ter uma vida
minimamente normal, podia ter amigos, se distraía, brincava. É realmente um
local de acolhimento.

Quando a Mari perdeu os cabelinhos e ficou em estado de choque por isso, a


convivência com crianças na mesma situação ajudou-a a aceitar melhor e relaxar
um pouco. Hoje a Mari está curada, mas fazemos acompanhamento no hospital e
ela espera ansiosamente o momento de ver os amiguinhos e brincar no Espaço.

Não é só uma estrutura maravilhosa, mas um espaço de convivência, onde


eu também me encontrava com outras mães, trocava experiências, falava das
dificuldades. As pessoas não têm ideia do que isso significa.

LILIAN DE PAULA VIEIRA


McDia Feliz 30 anos pela vida

Auxiliar de enfermagem, mãe de Mariana, de 8 anos – elas foram estrelas da campanha


do cofrinho nos Estados Unidos e tiveram sua foto estampada em cartazes e materiais

171
PROGRAMA
CASA RONALD McDONALD
UMA CASA LONGE DE CASA
Uma casa longe de casa. Este é o conceito das seis
Casas Ronald McDonald existentes no Brasil: Rio de
Janeiro (RJ), Santo André (SP), São Paulo-Moema (SP),
Campinas (SP), Belém (PA) e Jahu (SP).

As casas recebem famílias e crianças de outras cidades


e estados que precisam ficar semanas ou até meses em
tratamento, deixando para trás seus lares, sua rotina,
seus familiares e amigos. A ideia é oferecer estrutura
e apoio para que essas famílias atravessem esse difícil
período de forma menos traumática.

As Casas Ronald McDonald oferecem gratuitamente


hospedagem, alimentação, transporte e suporte psi-
cossocial para os pacientes e seus acompanhantes,
mantendo os pequenos próximos a quem amam du-
rante o tempo longe de casa. Esse suporte colabora
decisivamente para o não abandono do tratamento e
facilita o acesso dos pacientes e de seus familiares a
consultas e internações.

Por ser um programa global, a instituição recebe uma


certificação internacional da Ronald McDonald House
Charities, que reconhece os padrões de qualidade e
atendimento e garante que o modelo de uma Casa
Ronald McDonald seja o mesmo em qualquer lugar
do mundo.

Cada Casa tem sua própria equipe, diretoria e conselho.


Existem hoje 365 Casas Ronald McDonald no mundo,
espalhadas por diversos países. No Brasil, a primeira
casa foi fundada no Brasil em 1994, no Rio de Janeiro,
McDia Feliz 30 anos pela vida

sendo também a primeira Casa Ronald McDonald da


América Latina.

172
NÃO FUI HÓSPEDE,
FUI MORADORA DA CASA
Recebemos o diagnóstico do Eduardo, de leucemia linfoblástica aguda, em setembro de
2011, quando ele tinha seis anos. Eu tinha perdido meu pai em março, então foram dois baques,
um atrás do outro.

Eu morava em Londrina, no Paraná, na época, e estava no Rio a passeio quando meu pai morreu e
o Eduardo começou a apresentar os sinais da doença. Decidimos ficar até descobrir o que ele tinha
e, quando tivemos o diagnóstico definitivo, fiquei sem chão.

Estávamos na casa de parentes, provisoriamente, não tínhamos como ficar o tratamento todo. Foi
quando a assistente social do hospital em que ele estava, o Instituto de Puericultura e Pediatria
Martagão Gesteira (IPPMG) da Universidade Federal do Rio de Janeiro, nos indicou a Casa Ronald
McDonald Rio de Janeiro.

Foi bem duro. As quimios de leucemia são diárias e demoram quatro, às vezes, até oito horas. Você
volta esgotada, e ter uma casa, com gente que te deixa confiante em relação ao tratamento e te
dá apoio 24 horas, não tem preço. Eu digo que não fui hóspede. Eu morei na casa por oito meses.

Hoje sou anfitriã voluntária de um restaurante em Maricá (RJ), e o que me motivou muito foi o
fato de poder ajudar a inaugurar a ala familiar da Casa. Sei como fez falta pra mim e quero ajudar
outros a não passar pela mesma dificuldade. Comecei em 2012, quando o Eduardo nem tinha
recebido alta definitiva. Somos prova viva de que o Instituto e a Casa Ronald McDonald existem e
são instituições sérias.

Estou no quinto ano como anfitriã do McDia Feliz e hoje consigo mobilizar muita gente da comunidade
para a causa.

É o mínimo que posso fazer. O que tenho de gratidão pela Casa Ronald McDonald é absurdo.
É minha casa.

ÉRICA PASSOS
Mãe de Eduardo, ex-hóspede da Casa Ronald McDonald
e voluntária anfitriã do McDia Feliz há cinco anos
McDia Feliz 30 anos pela vida

173
FONTES DE
RECURSOS
McDIA FELIZ
É a maior campanha do país pela
cura do câncer infantojuvenil e
maior fonte de recursos do Instituto
Ronald McDonald. Criada em 1988,
a campanha já arrecadou mais de
R$ 285 milhões e hoje conta com
DOAÇÃO NAS ALTURAS a participação de mais de 900
Parceria entre o Instituto Ronald restaurantes McDonald’s de todo
McDonald e a Avianca Linhas o país. Os resultados consideram
Aéreas, a campanha é realizada também a venda de tíquetes
durante os voos da companhia: os antecipados do Big Mac e de
passageiros são convidados a fazer produtos promocionais, além de
doações por meio de envelopes eventos de mobilização e doações
entregues aos comissários. de empresas solidárias à causa.

INVITATIONAL COFRINHOS INSTITUTO


GOLF CUP RONALD McDONALD
Em sua 15ª edição, o já tradicional Parece pouco, mas cada moeda
torneio de golfe beneficente faz a diferença. Criada há 19 anos,
Invitational Golf Cup é realizado a campanha dos cofrinhos é a
em campos localizados no estado segunda maior fonte de arrecadação
de São Paulo e reúne apaixonados do Instituto. Espalhado pelos
pelo esporte em prol do combate restaurantes McDonald’s, eles
ao câncer infantojuvenil. recolhem o troco doado por clientes.

JANTAR DE GALA TROCO PREMIADO


O tradicional Jantar de Gala Instituto Há 12 anos, o Instituto Ronald
Ronald McDonald ocorre todos McDonald e a Icatu Seguros mantêm
McDia Feliz 30 anos pela vida

os anos, no mês de outubro, e o Troco Premiado – aquisição de um


reúne cerca de 500 convidados, título de capitalização de R$ 0,01
entre executivos e presidentes a R$ 10,00, com o valor do
de grandes empresas. Em 2018, troco em pagamento de
o evento chegou à 10ª edição. redes parceiras.

174
QUERO PARTICIPAR E NÃO SEI COMO
Existem várias formas de apoiar os programas do Instituto Ronald McDonald
como pessoa física ou jurídica. Destacamos algumas das principais nesta página:

FONTES DE RECURSOS PESSOA FÍSICA PESSOA JURÍDICA

McDia Feliz  
Cofrinhos 
Moedas do Bem 
Doação nas Alturas 
Doações pontuais e recorrentes (membro contribuinte) 
Invitational Golf Cup 
Jantar de Gala 
Doação de produtos e serviços 
Membro mantenedor 
Marketing de causa (parcerias) 

Para saber mais informações sobre como fazer a doação, entre em contato com a área de desenvolvimento institucional do
Instituto Ronald McDonald pelo telefone (21) 2176-3843.
O Instituto Ronald McDonald está permanentemente aberto a oportunidades para captação de recursos, de modo que possa
ampliar sua atuação na causa do câncer infantojuvenil e ajudar pacientes e familiares a vencer a doença. Somente com a
ajuda de pessoas e empresas, poderemos seguir nossa missão e mudar o panorama do câncer infantojuvenil no Brasil.

MOEDAS DO BEM DOAÇÕES DIRETAS


Parceria do Instituto Ronald Pessoas físicas e jurídicas constituem uma
McDonald com a Associação importante fonte de recursos do Instituto.
de Supermercados do Rio de Para pessoas físicas, é possível doar de
Janeiro, pela qual diversas redes forma única (pontual) ou recorrente (mensal)
disponibilizam cofrinhos em seus pelo site institutoronald.org.br/doacao
pontos de venda. O troco depositado com valores a partir de R$ 25. Para pessoas
pelos clientes é transformado em jurídicas, há diversas oportunidades sob
doação. Desde 2016, a campanha consulta, inclusive a doação de parte da
Moedas do Bem está disponível venda de produtos, a exemplo do que
McDia Feliz 30 anos pela vida

em mais de 150 lojas das redes de acontece com a empresa Alphabeto, que
supermercado Campeão, Vianense, destina um percentual da comercialização
Intercontinental, Costazul, Princesa, da marca “Aproximando Sorrisos” para as
Mundial e Casa Prendas e nas redes ações do Instituto Ronald McDonald contra
de farmácia Drogasmil e Tamoio. o câncer infantojuvenil.

175
COMO CONTINUAR
MOBILIZANDO COM
O McDIA FELIZ

Meu primeiro McDia Feliz foi inesquecível. Eu me lembro


de detalhes, como se tivesse ocorrido há algumas se-
manas e não há 27 anos como o calendário faz questão
de me lembrar.
Como tudo começou:
O ano era 1991. Eu era voluntário da oncologia pediá- Marquinhos, Chico e Carlinhos

trica do Instituto Nacional de Câncer (Inca), missão que


fiz questão de seguir após a morte do meu filho Mar-
quinhos, em 1990. Era ali que eu encontrava inspiração
para seguir minha vida ao lado dos meus amigos e da
minha família.

Um dia notei uma movimentação diferente no au-


ditório do 8º andar: muita gente, muitos artistas e
fui ver do que se tratava. Foi assim que descobri
que o Inca seria beneficiado pela arrecadação de
uma campanha do McDonald’s chamada McDia Feliz.
Eu e muita gente ali nunca tínhamos ouvido falar.
Primeira participação
A promessa era inaugurar o Centro de Transplan-
(1991)
tes de Medula Óssea, certamente isso beneficiaria
muitos pacientes. Foi natural querer participar.

Alguns dias depois eu, minha esposa Sonia, meu filho


Carlinhos, mais uma colega voluntária do Inca e um
grupo de amigos que nos ajudou durante a campanha
SOS Marquinhos, inclusive os coleguinhas que joga-
vam futebol com ele, estávamos no McDonald’s do
McDia Feliz 30 anos pela vida

Barra Drive, Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, fazendo


uma grande festa pela cura do câncer infantojuvenil.
Eu, Sonia e Carlinhos, com muita ajuda dos amigos,
pela primeira vez, fomos anfitriões de restaurante,
Com o Barão Vermelho
(1994)

177
gerenciando uma programação que incluía atividades
para as crianças, atrações e a visita de artistas, atletas
e personalidades que garantiram o sucesso de vendas
naquele dia. Foi um grande sucesso!

Desde então participei de todas as edições da campa-


nha no Brasil. Tudo é contagiante: a mobilização dos
voluntários, a dedicação dos funcionários, o apoio dos
fornecedores e dos franqueados, da Arcos Dourados
e, principalmente, a solidariedade do povo brasileiro,
que transformou o McDia Feliz do Brasil no maior
(1999)
do mundo... Temos muito que nos orgulhar do que
construímos até aqui, em 30 anos.

O McDia Feliz realizou sonhos – como inaugurar a


primeira Casa Ronald McDonald da América Latina
(expandir esse programa e criar outros programas
essenciais para a oncologia pediátrica), mas acredito
que ainda há muito mais a alcançar.

As chances de cura do câncer em crianças e adoles-


centes cresceram significativamente desde a primeira
campanha, em 1988. Naquela época girava em torno
de 35%. Hoje, esses índices giram em torno de 64%,
mas nossa meta é chegar a 85%, igualando com os
índices de países desenvolvidos.

Além disso, o Big Mac também passou a alimentar


outros sonhos: educação para que jovens possam se
inserir no mercado trabalho e conseguir renda. Certa-
mente é um desafio para os próximos anos, liderado
pelo Instituto Ayrton Senna e a Arcos Dourados, fran-
queada máster da marca McDonald’s na América Latina.

Destaco também o desafio da renovação: o McDia


McDia Feliz 30 anos pela vida

Feliz está repleto de veteranos da campanha, gente Tijuca (2010)

178
que desde as décadas de 1980 e 1990 está disposta
a transformar Big Mac em sorrisos. Alguns, como eu,
continuam até hoje e com a perspectiva de seguir
firmes e fortes por muitos anos. A campanha deve
muito a esses voluntários e voluntárias, que certa-
mente continuarão participando e contribuindo com
o McDia Feliz. No entanto, se queremos continuar
crescendo, precisamos engajar também as novas
gerações a fazer parte desse grande movimento de
doação e solidariedade.

O McDia Feliz é uma campanha que está alcançan-


do a maturidade. Na década de 1990, tivemos a
primeira onda de inovação que seguiu depois nos
anos 2000 passando por novas mudanças. É hora
de acreditar nessa nova geração de coordenadores
da campanha, que tenho muito orgulho de conhecer,
incentivar e apoiar.

Vejo uma geração de jovens entusiastas liderando


novas frentes do McDia Feliz: novas abordagens de
voluntariado, novos canais de divulgação e novos pú-
blicos. A campanha precisa disso para se modernizar
e continuar relevante.

A paixão, a vontade de ajudar, a entrega e a disposição


desses jovens são transformadoras.

E o McDia Feliz é justamente sobre isso: transformar


a sociedade e ajudar crianças e jovens do Brasil.

Estamos no caminho certo e seguiremos vibrando


juntos a cada nova vitória.

FRANCISCO NEVES
McDia Feliz 30 anos pela vida

Superintendente - Instituto Ronald McDonald (2017)

179
30 ANOS

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