McDiaFeliz 30anospelavida FINAL
McDiaFeliz 30anospelavida FINAL
McDiaFeliz 30anospelavida FINAL
COORDENAÇÃO EDITORIAL
Bianca Provedel e Suéllen Gomes
REDAÇÃO
Luciana Bento e Mariana Oliveira
EDIÇÃO
Bianca Provedel, Mariana Oliveira e Suéllen Gomes
REVISÃO
Cynthia Azevedo - Expressão Editorial
IMPRESSÃO
Zit Gráfica
FOTOS E IMAGENS
Acervos do Instituto Ronald McDonald,
Allegro Produções Artísticas, instituições
e empresas participantes da campanha,
pacientes, ex-pacientes e voluntários.
Obrigado a todos os fotógrafos e artistas que cederam os direitos de uso de suas imagens. Agradecimentos
especiais aos fotógrafos Breno Martins, Bruno Machado, Edna Motta e ao ilustrador e artista gráfico Hiro Kawahara.
Obrigado a todos os capturados nas imagens que autorizaram a publicação de suas fotos.
Obrigado a toda a equipe do Instituto Ronald McDonald que contribuiu e viabilizou em tempo recorde a
produção desta publicação:
Alessandro Velloso, Amanda Bueno, Andressa Bonance, Antonio Lopes, Bianca Provedel,
Carla Lettieri, Danielle Basto, Francisco Neves, Helen Pedroso, Ilana Lourenço, Keitt Lomiento,
Luiz Costa, Mariana Gomes, Marcos Ramos, Maycon Medeiros, Michelle Barçal, Nínive Gonçalves,
Pedro Barros, Sandhia Prates, Suéllen Gomes, Vanusia Oliveira, Vinicius Araújo, Viviane Junqueira.
Muito obrigado!
A todos que de alguma forma contribuíram e contribuem para o sucesso que é o McDia Feliz.
Nossa especial homenagem in memoriam a todos que tanto nos ensinaram, mas não puderam estar aqui
hoje para receber homenagens e agradecimentos.
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1
O McDIA FELIZ QUE
APRENDEMOS A AMAR 7
CAPÍTULO 2
O QUE ACONTECE NO DIA 47
CAPÍTULO 3
OS OUTROS 365 DIAS 89
CAPÍTULO 4
O IMPACTO NA
ONCOLOGIA PEDIÁTRICA 147
1
O McDIA FELIZ
QUE APRENDEMOS
A AMAR
O QUE É O
McDIA FELIZ
Dois hambúrgueres, alface, queijo, molho especial, cebola e
picles num pão com gergelim. Adicione solidariedade e você
tem a receita de uma das maiores campanhas de mobilização
e doação do Brasil: o McDia Feliz.
Anualmente, no último sábado do tos financiados com os recursos captados durante o McDia Feliz: projetos
mês de agosto, milhares de pes- ligados ao diagnóstico precoce, encaminhamento adequado, tratamento
soas se dirigem a um restaurante de qualidade e todo o suporte psicossocial para crianças e adolescentes
McDonald’s para participar: são com câncer no Brasil.
funcionários e franqueados da rede
Hoje, os principais hospitais com atendimento gratuito do país especializa-
que vão produzir o Big Mac, clientes,
dos no tratamento de crianças e adolescentes com câncer têm ou tiveram
médicos e profissionais de saúde,
projetos beneficiados pela campanha.
voluntários, pacientes, ex-pacien-
tes, suas famílias, representantes de Tudo começou com a visão de dois empresários na década de 1980: Gregory
instituições de apoio à criança e ao Ryan (in memoriam) e Peter Rodenbeck, responsáveis pelas franquias do
adolescente com câncer e, desde McDonald’s no Brasil. Para eles, o sucesso empresarial não se resumia a
2018, também pessoas preocupa- um bom faturamento, lojas cheias e reconhecimento de marca. Era, bem
das com a educação de jovens. aos moldes americanos e à essência da marca McDonald’s, permeado
por uma vontade genuína de retribuir à comunidade. Foi assim que eles
Ao longo de 30 edições, esta cam-
resolveram reproduzir por aqui o que já era uma campanha bem-sucedida
panha se tornou referência para
na América do Norte.
milhões de brasileiros. O McDia
Feliz é uma das campanhas cor- O sonho deles rapidamente se tornou o sonho de muita gente: médicos,
porativas vinculadas a causas so- voluntários, pais e mães de pacientes que naquela época lutavam contra o
ciais de maior sucesso no país. É tabu que era conviver e tratar crianças com câncer. No Sistema McDonald’s,
referência também na sociedade os fornecedores, franqueados e funcionários embarcaram na missão. Na
civil, pela mobilização que alcan- sociedade, artistas, personalidades, atletas, jornalistas e muita gente tam-
çou e pelo sucesso e impacto na bém quis participar e fazer o bem.
McDia Feliz 30 anos pela vida
oncologia pediátrica.
Conheça nas próximas páginas algumas das pessoas e histórias que
Milhares de pacientes e suas famílias transformaram o McDia Feliz no sucesso que é hoje. Contagie-se com a
têm sido beneficiados pelos proje- motivação, alegria e vontade de ajudar.
9
RAÍZES DO
McDIA FELIZ
Um conceito cunhado pelo funda- tal onde Kim realizava seu tratamento, de forma a transformá-lo em uma
dor da rede McDonald’s, Ray Kroc casa de apoio para pacientes e seus acompanhantes que precisam sair de
(in memoriam), e o relações públicas suas cidades de origem para tratar alguma grave enfermidade. Essa “casa
Al Golin (in memoriam) é essencial longe de casa” na Filadélfia se tornou a primeira Casa Ronald McDonald
para compreender o porquê de a do mundo, programa da Ronald McDonald House Charities (RMHC) que
rede dedicar parte de seus esforços oferece hospedagem e apoio psicossocial a jovens e suas famílias.
a promover ações sociais. O “banco
Essa iniciativa foi uma inspiração para diversas outras semelhantes. Dois
de confiança” faz parte da essência
anos depois, o McDonald’s vendeu milkshakes laranja – a cor do Chicago
da marca: significa retribuir a con-
Bears para financiar a construção de uma Casa Ronald McDonald em Chi-
fiança da comunidade onde está
cago. E isso se repetiu nas 13 primeiras comunidades onde foram instaladas
inserido por meio de ações de valor
unidades do programa.
social, estabelecendo uma relação
sólida entre o negócio e seus clien- O McDia Feliz seguiu a mesma dinâmica, mas foram inseridos outros in-
tes, que se estende para além das gredientes: um novo produto (seu carro-chefe e recorde de vendas – o Big
trocas comerciais. Mac), a proposta de ser realizado com periodicidade anual e o engajamento
de voluntários nos restaurantes.
Um dos primeiros exemplos des-
sa relação com a comunidade é o Uma das versões sobre o surgimento da campanha indica que a primeira
Shamrock Milkshake. A iniciativa fez edição ocorreu no Canadá em 1977, quando a administração da empresa
parte da mobilização por Kim Hill, decidiu destinar um percentual do sanduíche campeão de vendas, o Big
uma menina diagnosticada com leu- Mac, a iniciativas relacionadas à saúde de crianças e adolescentes. A cam-
cemia em 1971, quando seu pai Fred panha foi um sucesso e arrecadou cerca de US$ 460 mil.
era jogador de futebol americano no Rapidamente a ideia se espalhou, tendo o sanduíche Big Mac como refe-
Philadelphia Eagles. rência, já que era um item comum a todos os cardápios no mundo.
Toda a comunidade se articulou Aos poucos, as novas praças onde o McDonald’s se estabeleceu passaram
pelo tratamento de Kim, inclusive o a incorporar a campanha a seu calendário anual e a adaptá-la, até mesmo
McDonald’s. A cor do time era verde, utilizando outros produtos como fonte de doação.
a cor do milkshake também, porque
Somente a partir de 2001 a campanha se tornou global, vinculada ao Dia
inicialmente seria comercializado
McDia Feliz 30 anos pela vida
NO MUNDO
_Desde
Rússia 2017
_Mês de realização _Mês de realização
Novembro Outubro
_Doações _Doações
Percentual de Para cada McLanche
vendas sobre Feliz vendido, JPY 50
as batatas fritas são doados + doações
dos cofrinhos
Beneficia 12 Casas
Ronald McDonald
Taiwan
_Desde
2002
_Mês de realização
Hungria
Novembro ou abril
_Desde
Canadá _Doações
1994
Percentual sobre a Austrália
_Desde
_Mês de realização venda do McLanche _Desde
1977
Novembro Feliz, Coca-Cola, 1991
_Mês de realização
_Doações venda de produtos _Mês de realização
Maio
Percentual de promocionais e Outubro ou novembro
_Doações vendas sobre as doações para os _Doações
C$ 1 de cada Big Mac, batatas fritas + brinde cofrinhos AU$ 2 de cada
McLanche Feliz e comercializado no Big Mac, meias
McCafé quente restaurante Ronald (AU$ 5),
mãozinhas solidárias
e doações individuais
13
McDIA FELIZ
NO BRASIL
Quando o primeiro McDia Feliz palmente, retribuir o que ele e Gregory vinham recebendo da comunidade.
foi realizado no Brasil, em 1988, o Mais do que isso, reflete um sentimento de pertencimento e responsabi-
McDonald’s já havia fincado sua ban- lidade em relação ao ambiente que cerca o negócio.
deira em terras brasileiras há quase
Não se sabe ao certo o que motivou a escolha da primeira instituição que
uma década.
recebeu os recursos da campanha. Somente que a arrecadação foi des-
A primeira loja foi aberta em 1979 tinada à Ação Social de São Paulo, um grupo de voluntários do Instituto
e está lá até hoje, na Rua Hilário de da Criança do Hospital das Clínicas. Naquela época, o Dr. Vicente Odone
Gouveia, uma transversal entre a Rua já era uma referência em oncologia pediátrica na capital paulista e estava
Barata Ribeiro e a Avenida Nossa Se- à frente do atendimento no hospital, sendo responsável por casos de
nhora de Copacabana, no Rio de Ja- crianças em sua maioria muito pobres. Ele queria fazer mais por elas, por
neiro. À frente da empreitada estava isso cultivava há quase uma década a ideia de abordar o McDonald’s para
um americano fascinado pelo Brasil, ser seu parceiro nessa causa.
obstinado e genial nos negócios, Odone havia estudado em Memphis e feito sua especialização em on-
mas igualmente gentil em palavras cologia pediátrica no renomado Saint Jude Children’s Research Hospital,
e gestos. Peter Rodenbeck, nascido uma referência mundial na área. Não por coincidência, na mesma cidade
em Grand Rapids, no Michigan. Ele se encontra também uma casa de apoio que se tornou referência: a Casa
era dono da franquia Realco, res- Ronald McDonald Memphis. O médico ficou fascinado com o funcionamen-
ponsável por lojas e franqueados do to e profissionalismo da gestão da unidade, comandada como programa
Rio de Janeiro, Centro-Oeste, Norte global da Ronald McDonald House Charities – braço social do McDonald’s
e Nordeste. que tem como missão promover a saúde e o bem-estar de famílias pelo
A segunda unidade veio dois anos mundo – para acolher pais e responsáveis que buscam tratamento para
depois pelas mãos de Gregory Ryan seus filhos em hospitais distantes de suas casas ou cidades de origem. A
(in memoriam), outro americano na- ideia de fazer algo similar no Brasil foi inevitável, afinal, tantas famílias se
turalizado brasileiro, responsável deslocavam para receber tratamento para seus filhos. Um tratamento longo,
pela operação da Restco, em São extenuante e que precisava de todo o apoio possível para fazer paciente
Paulo e na região Sul. A loja se lo- e responsável aderirem por completo, aumentando as chances de cura.
calizava na Avenida Paulista. Foi ali O Dr. Vicente Odone voltou para o Brasil em 1980, um ano depois que
que se realizou também o primeiro o McDonald’s havia aberto a primeira loja no Brasil. Ele pensou consigo
McDia Feliz no Brasil. mesmo: “Ainda não é o momento. Vamos esperar vingar”. E assim a ideia
McDia Feliz 30 anos pela vida
Entre todas as exigências de padro- ficou adormecida durante quase 10 anos, até que seu amigo Aron Belfer,
nização das franquias McDonald’s, médico radiologista, o colocasse em contato com Gregory Ryan e falasse
das necessidades da instituição.
sabe-se que a adesão ao McDia
Feliz não era uma delas. Segundo Os recursos arrecadados no dia 28 de novembro de 1988, cerca de
Peter, era um sonho poder ir além US$ 900, e doados à Ação Social de São Paulo possibilitaram a infraes-
da alimentação, contribuir e, princi- trutura para viabilizar os transplantes autólogos de medula (que usavam a
14
própria medula do próprio paciente) vos não identificados, mas estreou no Rio de Janeiro beneficiando a Casa
no Instituto da Criança do Hospi- do Hemofílico (1989). Herbert José de Souza, o Betinho, estava à frente
tal das Clínicas. Esse foi o primeiro da campanha. Figura conhecida por sua dedicação à sociedade civil
equipamento do gênero adquirido brasileira e à Ação da Cidadania contra a fome, a miséria e pela vida, ele
para um hospital público no Brasil. também liderava os esforços em benefício de crianças que, ao fazerem as
transfusões de sangue, eram contaminadas por outras doenças, como a
O “manual” do McDia Feliz indicava
Aids. Ele mesmo havia sido acometido pelas duas enfermidades. Este era
algumas orientações gerais para
um tema amplamente coberto pela imprensa e que despertava imensa
a campanha: o Big Mac era o car-
simpatia da população. O empenho de Betinho, sua atuação com forne-
ro-chefe, pois era um sanduíche
cedores do Sistema McDonald’s e a sociedade em geral foi incansável,
que existia no mundo inteiro, com
resultando em mais de US$ 150 mil de doação.
a mesma receita e as mesmas ca-
racterísticas, independentemente Em 1990, os líderes das duas franquias brasileiras e suas equipes se
do país. A ideia naquele momento, reuniram para discutir e planejar o McDia Feliz daquele ano. Era consenso
pelo menos no Brasil, era fazer a que a campanha deveria envolver as duas empresas, ser realizada na
doação do valor total do produto mesma data e com um objetivo comum. Depois de avaliar diversas causas
num grande ato de generosidade ligadas ao bem-estar e à saúde de crianças e adolescentes, chegou-se
que possibilitasse um impacto re- à conclusão de que o combate ao câncer era imperativo. Havia muito o
levante a uma causa social. que contribuir para essa causa com a arrecadação da campanha: equi-
pamentos, tratamento e casas de apoio. Além disso, existia expertise
Outras decisões estavam a cargo da
internacional do sistema McDonald’s para atuação nessa área. Nesse
administração local: data, causa –
mesmo ano, duas organizações foram beneficiadas pela primeira vez:
sempre relacionada a crianças
a Associação Paranaense de Apoio à Criança com Neoplasia (APACN),
e adolescentes – e qual institui-
em Curitiba; e no Rio de Janeiro, o Hospital Mario Kreuff.
ção seria beneficiada, já que ain-
da não existia uma Casa Ronald Em 1991, a campanha já era nacional: 12 instituições foram beneficiadas
McDonald ou outro programa da pelos US$ 335.931 arrecadados com a venda de 89.059 sanduíches Big
Ronald McDonald House Charities Mac. Todas elas relacionadas ao tratamento do câncer. Uma dessas insti-
no Brasil. tuições era o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
Apesar da escolha de um hospital Era ali que um engenheiro civil doava algumas horas de seu dia, entre seu
especializado em câncer para a pri- trabalho no Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), a dedi-
McDia Feliz 30 anos pela vida
meira edição, esta não era cons- cação à mulher e ao filho e aos momentos de lazer no Tijuca Tênis Clube.
cientemente uma diretriz adotada
Chico e sua mulher Sônia haviam dedicado muitos anos de suas vidas ao
para a campanha. Pelo menos na-
tratamento de seu filho mais novo contra a leucemia. Marquinhos havia se
quele momento.
tratado no Inca, mas, naquela época, fim dos anos 1980, o tratamento que
No ano seguinte, o McDia Feliz não poderia salvar sua vida não existia no Brasil. Eles decidiram juntar todas
foi realizado em São Paulo por moti- as economias e fizeram uma campanha para levantar recursos para levar
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seu filho para se tratar no Memorial Chico aguardou pacientemente o momento de abordar aquele que era apon-
Hospital em Nova York. As chances tado como o mentor de toda aquela agitação: o presidente do McDonald’s
eram pequenas, mas somente lá Brasil. Ele se aproximou e proferiu a pergunta que mudaria a vida de muita
poderiam fazer um transplante de gente dali em diante: “Por que não existe uma Casa Ronald McDonald
medula não aparentado – quando no Brasil?” Surpreso com a pergunta, mas ao mesmo tempo feliz pela
o doador não é da família. Foi com audácia e carisma daquele interlocutor, Peter Rodenbeck devolveu a
a ajuda de uma grande rede de questão: “Você conhece a Casa Ronald McDonald?”
amigos que conseguiram juntar o
Chico e o grupo de amigos que ajudaram na campanha de Marquinhos
dinheiro por meio de rifas, bingos,
fizeram naquele ano um McDia Feliz diferente no restaurante Barra Dri-
doações e até uma partida de fute-
ve, na Barra da Tijuca. Eles levaram jogadores de futebol, atores, atrizes,
bol beneficente com os craques da
cantores e personalidades para demonstrar o apoio à causa. Enfeitaram
época. Com o dinheiro em mãos, to-
o restaurante com balões de gás e ofereceram diversas atividades para
maram o rumo dos Estados Unidos.
as crianças. Os voluntários eram em sua maioria os grandes amigos que
Chegando lá, foram encaminhados a
ajudaram na campanha SOS Marquinhos.
uma Casa Ronald McDonald. O mes-
mo programa que havia encantado o O sucesso foi tanto que tiveram de buscar pães em outra unidade para
Dr. Vicente Odone alguns anos an- continuar a festa. O McDia Feliz se transformou numa grande celebração
tes em Memphis, agora servia uma capaz de reunir milhares de pessoas em torno de uma causa.
família brasileira em Nova York. Peter visitou o restaurante naquele dia, admirado e feliz com o sucesso da
Infelizmente, Marquinhos não resis- iniciativa e com a energia daquele grupo de amigos e voluntários. Ele e
tiu. Ele faleceu no dia 31 de janeiro Chico continuaram a conversa iniciada no Inca dias antes sobre um sonho
de 1990. A família juntou os cacos em comum: construir uma Casa Ronald McDonald no Brasil.
da dor e retornou ao Brasil. Mas toda E o sonho virou realidade com muita luta e os recursos arrecadados pelo
aquela experiência fez com que não McDia Feliz. Em 1994, inaugurou-se a primeira Casa Ronald McDonald da
só Chico mas também seus amigos América Latina. Chico foi presidente da Casa Ronald McDonald do Rio de
quisessem ajudar outras famílias. Foi Janeiro por alguns anos e, desde 1999, está à frente do Instituto Ronald
assim que ele e sua esposa Sônia se McDonald, organização sem fins lucrativos fundada com a missão de
tornaram voluntários na oncologia promover saúde e qualidade de vida de crianças e adolescentes no Brasil
pediátrica do Inca. Mas Chico queria e que coordena a mobilização do McDia Feliz no Brasil para a causa do
mais: ele e seus amigos acalenta- câncer infantojuvenil.
vam o sonho de fundar uma casa de
apoio nos moldes da que ele tinha
visto nos Estados Unidos.
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O PRIMEIRO McDIA FELIZ
UM RELATO EMOCIONAL
Havia uma grande expectativa da sociedade sobre o McDia Feliz porque,
naquela época, falar de câncer era um tabu. As pessoas imaginavam que o
câncer, assim como a Aids, era contagioso. Existia um medo muito grande
de interagir com pessoas com a doença e havia um desalento em relação
às chances de cura daquelas crianças carequinhas. Era improvável que
aqueles pequenos pacientes se curassem da doença e, por isso, muitas
pessoas se recusavam a ajudar.
17
Quando o cliente chegava no restaurante eu tinha que explicar que toda a venda
do Big Mac era para ajudar as crianças com câncer. Isso tinha que ser falado antes de o
cliente comprar outro produto. Foi cansativo, afinal todo McDia Feliz começa muito cedo
pra quem trabalha no restaurante e vai até tarde. A verdade é que quando termina esse
dia, você está super satisfeito e contente. O primeiro McDia Feliz – principalmente em
comparação com que é hoje no Brasil com uma força tremenda – foi muito diferente.
Começou muito fraco no sentido de que as pessoas ainda estavam conhecendo, mas
a ideia era sempre superar. Foi crescendo de forma espantosa. Hoje o McDia Feliz faz
parte do calendário e é um dia muito especial .
ROGÉRIO BARREIRA
Gerente assistente do McDonald’s do Shopping Morumbi em 1988.
Hoje é presidente da divisional Nolad da Arcos Dourados, sediada no México
CARLOS CAMBRAIA
Intérprete do Ronald McDonald, hoje dirige
outros atores que incorporam o personagem
McDia Feliz 30 anos pela vida
18
PRIMEIRA EDIÇÃO
DA CAMPANHA
LOGOMARCAS
E MATERIAIS DE CAMPANHA
FUNCIONÁRIOS DO McDONALD’S E DO INSTITUTO RONALD McDONALD
Cuiabá (2003)
Funcionários do Instituto
Ronald McDonald (2018) Curitiba (2018)
21
Atores do
McDIA FELIZ
Formadores
de opinião
Empresas
parceiras
(nacionais e locais)
Sociedade civil
(Instituições,
Sistema McDonald’s
voluntários e
(Franqueados, fornecedores
Instituto Ronald
e funcionários) Clientes
McDonald)
McDonald’s
Beneficiários
(pacientes, ex-pacientes
de câncer e suas famílias)
+ Jovens
Premiações
Reconhecimentos concedidos
ao McDia Feliz por sua transparência
e impacto à sociedade.
1999
PRÊMIO DE CIDADANIA DO PENSAMENTO
NACIONAL DAS BASES EMPRESARIAIS (PNBE)
O McDia Feliz recebeu o prêmio como o mais importante
evento em favor de crianças e adolescentes com câncer
no Brasil.
2005
PRÊMIO RACINE
Foi agraciado com o prêmio em reconhecimento às ações que contribuem
para a transformação das condições de saúde da sociedade brasileira.
23
* Veja no capítulo 2 outros parceiros nacionais e locais que fazem a diferença no McDia Feliz.
CARLOS CAMBRAIA
Diretor artístico da Allegro Produções
McDia Feliz 30 anos pela vida
24
Outras grandes empresas colaboram para o sucesso da campanha.
A Ticket Serviços doa a fabricação e distribuição de tíquetes, que são
responsáveis por, em média, 66% da arrecadação da campanha.
DENISE COELHO
Superintendente de marketing da Ticket Serviços
A Coca-Cola é uma parceira mundial do McDonald’s e do Sistema Ronald McDonald House Charities, repre-
sentado no Brasil pelo Instituto Ronald McDonald e mostra há muito tempo o engajamento e comprometi-
mento com o McDia Feliz.
Apoiar o Instituto e as Casas Ronald McDonald é uma honra para todos nós da Coca-Cola, não só
no Brasil como no mundo inteiro. E o McDia feliz é realmente um dia especial para nós. Além de doarmos
toda a bebida consumida nesse dia, conseguimos envolver e tocar o coração de todos os funcionários
McDia Feliz 30 anos pela vida
da empresa por essa causa tão nobre e linda. Há 30 anos estamos juntos nessa jornada, que venham
os próximos 30!
LUCAS FIÚZA
Gerente sênior de Key Accounts da Coca-Cola Brasil
25
Ao longo de seus 30 anos, o McDia feliz conquis-
tou reconhecimento no Brasil e no mundo. Não é
para menos! A campanha inaugurou uma nova
forma de captar recursos no Brasil, baseada num
modelo americano de engajamento da comu-
nidade e doação de empresários. Foi inovadora
em muitos aspectos, inspirando diversas outras
iniciativas semelhantes.
26
O poder público também se transformou num parceiro para o McDia
Feliz. Em algumas cidades, como Botucatu, no interior de São Paulo, a
campanha já tem a cara da cidade e entrou para o calendário oficial
do município. O projeto de lei do vereador Izaías Colino foi aprovado
por unanimidade.
IZAÍAS COLINO
Vereador e presidente da Câmara Municipal na cidade de Botucatu
McDia Feliz 30 anos pela vida
27
Voluntários sempre foram a alma do McDia Feliz. Muita coisa mudou
desde a primeira edição da campanha, mas são eles que mobilizam,
correm atrás de atrações, convencem os clientes a fazer a doação.
Sempre com dedicação e simpatia.
DARCY CARVALHO
Voluntária há mais de 30 anos, participou do primeiro McDia Feliz
McDia Feliz 30 anos pela vida
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Uma nova geração de voluntários está começando cedo. Incentivados
por pais, professores, amigos e familiares, eles vestem a camisa do
McDia Feliz.
GABRIEL MOURA
Estudante e apoiador do McDia Feliz em Brasília
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À frente do McDia Feliz desde 2001, o Instituto Ronald McDonald
montou uma equipe que profissionalizou o McDia Feliz, ajudando-o
a se tornar a referência que é hoje. Tudo isso exigiu muitos esforços
daqueles que estavam envolvidos com a campanha desde o começo.
ROBERTO MACK
Fundador do Instituto Ronald McDonald e ex-gerente geral
30
Atualmente, o McDia Feliz é uma campanha consolidada, mas
continua surpreendendo e mobilizando, mesmo aqueles que já
trabalham com causas sociais.
HELEN PEDROSO
Gerente geral do Instituto Ronald McDonald desde 2016
McDia Feliz 30 anos pela vida
31
O McDia Feliz, como é hoje, é liderado localmente pela força das
instituições participantes. Cada uma delas tem um papel especial
para levantar as necessidades das crianças de sua região ou cidade
e mobilizar voluntários, empresários, poder público e doadores em
torno da causa do câncer infantojuvenil. Saiba mais sobre como tudo
começou na APACN, uma das primeiras instituições participantes do
McDia Feliz.
32
Em 2018, pela primeira vez, a Fundação São Francisco Xavier,
instituição que administra o Hospital Márcio Cunha em Ipatinga,
Minas Gerais, participou do McDia Feliz. Mesmo depois de tantos
anos desde a primeira edição, a campanha continua acolhendo
novos projetos relevantes para o aumento das chances de cura do
câncer infantojuvenil.
Esse ano foi a primeira vez que o Hospital Márcio Cunha participou
do McDia Feliz com um projeto. E a presença da instituição durante o
evento foi muito boa! Vivenciamos momentos de doação e alegria. Por
se tratar de um projeto da unidade de Oncologia Pediátrica que atende
à região, as pessoas se sentiram empenhadas em contribuir com um
projeto que faz parte de uma instituição conhecida. E a recepção foi
excelente! Tanto durante a venda antecipada de tíquetes quanto
no dia do evento, muitas pessoas compareceram nos restaurantes
para participar do McDia Feliz. Quando nos unimos para praticar o
bem nos sentimos pessoas melhores. E cada vez mais temos que
nos cercar de pessoas que estão dispostas a ajudar umas às outras,
pois, por meio da ajuda mútua, vamos conseguir melhorar o mundo
em que vivemos. Esse evento serviu para que os colaboradores se
unissem ainda mais e se engajassem em um projeto tão grandioso
como é o McDia Feliz.
33
INSTITUIÇÕES
O McDia Feliz só faz sentido por eles e para eles: as famílias e os pacientes que
bravamente lutam pela vida. Saiba como a campanha pode curar.
Marquinhos ficou doente aos dois anos. Ele foi diagnosticado com leucemia em 1983. Eu tinha
30 anos e meu outro filho, seis anos. Fizemos de tudo para curá-lo, inclusive uma campanha que nos
permitiu buscar ajuda fora do Brasil. Apesar de todos os nossos esforços, depois de seis anos de luta,
Marquinhos não resistiu. Voltamos para o Brasil e, logo depois, eu e Chico começamos a atuar no Inca
como voluntários. Lá vimos as mães pedindo uma maca para dormir, pois se voltassem para seus lares
não teriam como retornar para dar continuidade ao tratamento e nem teriam outro lugar perto para ficar
se saíssem do hospital. Foi lá que conhecemos o diretor do Hospital, Dr. Marcos Moraes, que nos disse
que precisava de uma casa de apoio para aquelas famílias que vinham de longe para ficar durante a
fase do tratamento, que já era um sonho dele. A partir daí resolvemos fundar a Associação de Apoio à
Criança com Neoplasia, com o objetivo principal de buscar uma casa para essa finalidade. No ano de 1991,
o McDia Feliz iria beneficiar o Inca, e como voluntários dessa instituição, eu e o Chico inauguramos os
papéis de anfitriões de restaurante: éramos responsáveis por todas as atividades fora do balcão e, com a
ajuda de nossos amigos, os mesmos que tinham ajudado na campanha do Marquinhos, desenvolvemos
brincadeiras, ginástica rítmica e até a visita dos jogadores do Vasco. Foi um sucesso! Foi nesse dia que
conhecemos melhor o Peter [Rodenbeck], que ficou encantado com nosso grupo e quis conversar com
o Chico sobre a possibilidade de trazer um projeto internacional para o Brasil, a Casa Ronald McDonald.
Como não houve sequência na ideia, seguimos com nosso sonho de construir uma casa de apoio sem o
McDonald’s. Mas, para nossa surpresa, o Peter respondeu ao contato anunciando que a arrecadação do
McDia Feliz de 1993 seria para nossa instituição construir a primeira Casa Ronald McDonald da América
Latina. Refizemos nossa estrutura e embarcamos no projeto. Com o resultado da campanha, começamos
a procurar imóveis que pudessem atender aos requisitos para ser uma Casa Ronald McDonald. Finalmente
McDia Feliz 30 anos pela vida
encontramos a casa da Rua Pedro Guedes, onde inauguramos em 1994 a primeira Casa Ronald McDonald
da América Latina, a 162ª no mundo. Nossa casa já tem 24 anos e por aqui já passaram quase três mil
crianças em tratamento.
SÔNIA NEVES
Presidente voluntária da Casa Ronald McDonald Rio de Janeiro
34
O acolhimento em instituições de apoio à criança e ao adolescente com
câncer pode mudar a vida de uma família. Conheça a história de Davi.
DAVI BRITO
25 anos, ex-paciente
McDia Feliz 30 anos pela vida
35
LINHA
DO TEMPO
Os primeiros anos da campanha McDia Feliz foram marcados pela
experimentação de estratégias que fariam a campanha ser um
sucesso no país.
O McDia Feliz era uma coisa que não se via com muita frequência no Brasil.
Hoje já existem muitas atividades comunitárias, tem muitos jovens envolvidos socialmente
no Brasil de uma forma maravilhosa. É uma experiência única ver as pessoas se inserirem
McDia Feliz 30 anos pela vida
num movimento social. É uma festa! Eu sinto satisfação em ver que está com o mesmo
espírito. A cada ano que vou, vejo que está o mesmo. E isto é muito bom.
PETER RODENBECK
Fundador do McDonald’s no Brasil
36
Em 1993, Chico e seus amigos convocaram Peter Rodenbeck e toda a
equipe do McDonald’s para uma reunião, na qual apresentaram tudo o
que já haviam feito: projeto da casa de apoio, estrutura organizacional,
manuais de funcionamento e voluntariado. O projeto estava caminhando
e eles queriam entender se ainda havia interesse em sonhar juntos. Todo
o esforço valeu a pena: alguns meses mais tarde, Peter anunciou que a
arrecadação do McDia Feliz daquele ano seria destinada à fundação da
primeira Casa Ronald McDonald da América Latina.
37
Foi nesse período que se decidiu pelo último sábado do mês de agosto
para a realização da campanha. A princípio era uma decisão meramente de
negócios tomada pelo departamento de marketing, uma vez que aquele era
um dia, historicamente, de movimento fraco. Os voluntários e as pessoas
atuantes na campanha logo apoiaram a escolha pois agosto era um mês
sem férias escolares, sem festas regionais ou nacionais significativas, além
de ser uma época do ano com clima favorável na maior parte do Brasil. O
McDia Feliz segue sendo realizado no mesmo período desde então, com
exceção de 2004, quando houve a tentativa de alinhar a data do Brasil
com a de outros países, em novembro, por conta da celebração do Dia
Mundial das Crianças. A mudança, no entanto, não funcionou e logo no
ano seguinte voltou a ser como era. Hoje, o McDia Feliz é considerado o
dia do ano de maior movimento nos restaurantes McDonald’s.
SERGIO ALONSO
Presidente da Arcos Dorados - Divisão Brasil entre 2003 e 2008
McDia Feliz 30 anos pela vida
38
Nos quatro anos em que estive encarregado da operação da
Arcos Dourados no Brasil, uma das minhas principais motivações para
o crescimento do negócio foi ver o quanto podíamos colaborar com
o Instituto Ronald McDonald para ajudar meninas e meninos no Brasil
a ter uma vida melhor. Muito obrigado ao Instituto Ronald McDonald
por sua liderança e por me permitir ser parte desta história. O melhor
ainda está por vir.
MARCELO RABACH
Presidente da Arcos Dorados - Divisão Brasil entre 2008 e 2011
39
Esse período foi marcado por uma intensa profissionalização da campanha
e pelo estrondoso crescimento da arrecadação. Da parte do Instituto Ronald
McDonald, houve um esforço da coordenação da campanha em aplicar
diversas ferramentas de marketing no planejamento e estabelecimento
de metas. Desde 2007, há um calendário de encontros para a organização,
troca de experiências e reconhecimento de melhores práticas. Durante
esse período, houve uma participação muito positiva das instituições e
do Instituto Ronald McDonald para construir as melhores estratégias e
alcançar resultados.
30.000.000 1.00
900
25.000.000 800
700
20.000.000
600
15.000.000 500
400
10.000.000 300
McDia Feliz 30 anos pela vida
200
5.000.000
100
0 0
40
Fazer algo pelos demais é maravilhoso e o Instituto me deu esta oportunidade. Jamais me esquecerei
desta experiência: o sorriso de uma criança que sabe que estamos ajudando. É um carinho na alma que
levarei por toda a minha vida. Felicidades para o McDia Feliz por muitos anos mais!
JOSÉ VALLEDOR
Presidente da Arcos Dourados - Divisão Brasil entre 2011 e 2015
Ao ver o empenho e entrega dos nossos funcionários e franqueados, a mobilização dos voluntários e
a solidariedade de nossos clientes e fornecedores, sinto um imenso orgulho de representar uma empresa
que promove a iniciativa que se tornou a maior campanha de mobilização e arrecadação de recursos por
meio de investimento social privado no Brasil: o McDia Feliz. Acredito que um dos segredos do sucesso está
na alta credibilidade que a campanha conquistou ao abordar uma preocupação genuína de nossos clientes
McDia Feliz 30 anos pela vida
com o futuro da sociedade: seja ao cuidar da saúde da criança com câncer e do bem-estar de sua família
ou ao oferecer uma educação de qualidade para quando se tornam jovens. Os excelentes resultados das
últimas edições demonstram a alta relevância da causa na vida das pessoas.
PAULO CAMARGO
Presidente da Arcos Dorados - Divisão Brasil desde 2015
41
O McDia Feliz continua crescendo em alcance e arrecadação. Em 2013,
foram vendidas 1.771.407 unidades de Big Mac em 755 restaurantes em
todo o Brasil. Ao todo, foram R$ 20.565.185,77. Desde então, a campanha
nunca arrecadou menos de R$ 20 milhões.
42
1988 2018
São Paulo recebe o 1º McDia Feliz no Brasil. Pela primeira vez, o McDia Feliz beneficiou
A arrecadação de US$ 986 foi destinada outra causa além da cura do câncer
à Ação Solidária de São Paulo infantojuvenil. Representada pelo Instituto
Ayrton Senna, a campanha também
beneficiou a educação de jovens
1990
1º McDia Feliz em nível nacional.
Duas instituições foram beneficiadas: 2017
a APACN em Curitiba e o Hospital Mario Primeira edição do Troféu Atitude de Ouro,
Kreuff no Rio de Janeiro que premia boas práticas das instituições
participantes
1991
Participação dos voluntários da Tijuca em 2016
campanha que teve o Inca como uma das Programa Diagnóstico Precoce passou a
instituições beneficiadas ser financiado pelo McDia Feliz
1992 2013
Não houve McDia Feliz por Campanha ultrapassou a marca de
causa da profunda crise econômica R$ 20 milhões em arrecadação
instalada no Brasil
2007
1993 Arcos Dourados se torna franqueada
Início da venda de tíquetes antecipados. máster da marca McDonald’s no Brasil,
A arrecadação desse McDia Feliz em todo o A campanha ultrapassou pela primeira vez
Brasil foi usada para fundar a Casa Ronald a cifra de R$ 10 milhões
McDonald Rio de Janeiro
2003
1994 Estabelecimento do fundo nacional
Inauguração da primeira Casa Ronald
McDonald do Brasil no Rio de Janeiro
2001
1995 Instituto Ronald McDonald passa
a coordenar o McDia Feliz
Definição de que a campanha ocorreria em
agosto (com exceção do ano de 2004)
McDia Feliz 30 anos pela vida
1998 1999
McDia Feliz alcançou a marca de Fundação do
1 milhão de Big Mac vendidos Instituto Ronald McDonald
43
Curitiba (1990) Barra da Tijuca (1991) Vitória (1991) Roberto Dinamite no Rio de Janeiro (1993)
Florianópolis (2003) Rio de Janeiro (2003) Brasília (2004) Minas Gerais (2001)
São Paulo (2005) Campo Grande (2006) Salvador (2006) Maringá (2007)
Angélica no Rio de Janeiro (1994) Joinville (1995) Rio de Janeiro (1996) Maceió (1997)
Casa Ronald McDonald ABC (1999) Vitória (1999) Natal (1999) Vitória (2000)
720 HORAS DE
McDia Feliz
MAIS DE
R$ 280 milhões
ARRECADADOS
126 INSTITUIÇÕES
BENEFICIADAS
30 mil
McDia Feliz 30 anos pela vida
VOLUNTÁRIOS
participantes a cada ano
48
de
33
milhões
DE SANDUÍCHES
BIG MAC
Apresentações
do personagem
1.205 RONALD
McDONALD
em lançamentos, aberturas, visitas a restaurantes
e desfiles motorizados na campanha
MILHARES
de pacientes beneficiados
juntamente com suas famílias
McDia Feliz 30 anos pela vida
49
POR QUE O
McDIA FELIZ
É UM SUCESSO?
O McDia Feliz se tornou a maior mobilização pela cura do câncer infan-
tojuvenil no Brasil. A campanha é também considerada referência em
investimento social privado e uma das mais significativas iniciativas que
envolvem voluntários no país.
PROFISSIONALISMO
O planejamento e a execução do McDia Feliz envolvem diversos profis-
sionais que se dedicam a fazer a campanha cada ano melhor. A Arcos
Dourados disponibiliza profissionais de áreas como finanças, jurídico,
marketing, comunicação e muitas outras especialidades para fazer o
processo de planejamento, execução e apuração funcionar da melhor
forma possível. Além disso, na sociedade civil há contínua capacitação
para atender a todas as demandas da campanha, desde o planejamen-
to estratégico até a prestação de contas. A equipe do Instituto Ronald
McDonald também atua com as instituições participantes realizando
encontros de capacitação, planejamento, acompanhamento ao longo de
todo o processo da campanha, buscando solucionar todas as demandas
e conduzir a campanha de modo que seja o mais eficiente e bem-sucedi-
da. A equipe do Instituto Ronald McDonald junto com diversos parceiros
viabiliza ferramentas para potencializar as vendas entre os envolvidos,
além de contar com o apoio de agências responsáveis pela comunicação
e a divulgação das ações do McDia Feliz.
TRANSPARÊNCIA
McDia Feliz 30 anos pela vida
Qualquer pessoa que deseje saber ou conhecer mais sobre o McDia Feliz
encontrará nas plataformas digitais do Instituto Ronald McDonald infor-
mações seguras e auditadas sobre prestação de contas e destinação de
recursos. Além disso, há uma rede de pessoas beneficiadas ou voluntários
da campanha que poderão atestar a efetividade dos projetos e programas,
50
garantindo a seriedade da iniciativa. São pacientes, ex-pacientes e seus
familiares que usufruem dos projetos beneficiados, médicos que traba-
lham em unidades que já foram beneficiadas pela campanha ou mesmo
receberam capacitação graças à campanha, funcionários do McDonald’s
ou instituições que conhecem pessoalmente o trabalho de determinada
organização, voluntários, artistas, jornalistas, entre muitos outros agentes
ativos na promoção da campanha.
CAPILARIDADE
O McDia Feliz se aproxima do doador na medida em que descentraliza a
mobilização por meio das instituições locais participantes e beneficiadas
pela campanha. Não é uma campanha que impõe um modo de operação
internacionalizado ou impessoal. Pelo contrário: as instituições participan-
tes têm autonomia para trabalhar a campanha localmente, escolher seus
apoios e porta-vozes em sua cidade ou estado, destacar exemplos de
pacientes e ex-pacientes que já usufruíram do trabalho da própria organi-
zação, conversar com jornais e revistas de sua região, mobilizar voluntários
de seu entorno. Tudo isso dá credibilidade e aproxima a comunidade da
realidade e das necessidades locais, trazendo para si a responsabilidade
de uma mudança social no ambiente em que estão inseridos.
51
UM TRABALHO
DE EQUIPE
OS PARCEIROS
NACIONAIS DA
CAMPANHA
Uma das razões do sucesso do McDia Feliz é a solida-
riedade de empresas que foram tocadas pela vontade
de ajudar crianças e adolescentes com câncer e seus
familiares. Felizmente, não são poucas as pessoas que
se disponibilizam, inclusive no horário de trabalho, a se
dedicar à causa do câncer infantojuvenil.
53
APOIADORES
NACIONAIS
E EMPRESAS DOADORAS DO SISTEMA
McDONALD’S (2018)
McDia Feliz 30 anos pela vida
54
McDia Feliz 30 anos pela vida
55
NOSSO AGRADECIMENTO A TODAS AS EMPRESAS APOIADORAS NACIONAIS E DOADORAS
QUE FIZERAM PARTE DA HISTÓRIA DO McDIA FELIZ NAS ÚLTIMAS DÉCADAS:
ABFM Creata
ABN Credsystem
ABNote Danemann, Siemsen Advogados
Aços Macom DART – Extra Package Com. Alim. Ltda.
AllegroArt Dauper
Amacoco Dearo Marketing
AmBev Deck
Amex DeMarchi
Antonio Carlos Transp Mar Ltda. Denise Comercial
Arcos Dourados Diversey Lever
Artcp Dixie-Toga S.A.
Aryzta ECAD
Assistec Ecolab Química
Atento Edgar Refrigeração
Banco Bradesco Edmar Teixeira
Banco do Brasil Effem
Banco Ibi Embalagens Jaguaré
Banco Itaú Empresas Águas Ouro Fino
Batavia S.A. Industria de Alimentos - Batavo Escala 7
Bemis Exótica Agro Comercial Ltda.
Bimbo Famex Serv. Equip.Contra Incêndio - Protefire
Brapelco Fast Print
Brasil Espresso Fastway (Pauling)
Brasilgrafica Fischer Fraiburgo S.A.
Braskarne (Grupo Cargill) FJ Projetos e Construções Ltda.
Braslo Flavors
Bremil Ind. de Prod. A. Ltda. FNS Importação
Bunge Alimentos - Santista Franco Brasil
Cabify Frigorífico Margem
Cahdam Volta Grande Frigorífico Mataboi Alimentos
Canal Y Frigorífico Matupá
Cargill Internacional Frivale
Carino Prod. Alimentícios FSB
Catuai Galvonotek Embalagens
CDN Gold Presentes
Cebrapa Gráfica 43
Cellier Grupo VR & Moore
Celucat GS Plásticos
McDia Feliz 30 anos pela vida
RIBEIRAR
McDonald’s Corporation
Ripasa
Medial Saúde
Rodoviário Michelon
Meias M3
Rodoviario Rodomax
MEI-Montagem Ind.
Meio Ambiente Ruiz Filho Advogados
MHA S Teixeira Ltda.
57
O CICLO DO
McDIA FELIZ
1º TRIMESTRE 2º TRIMESTRE
PLANEJAMENTO LANÇAMENTO
Realização de reuniões com McDonald’s ealização das demais reuniões
R
Definição do preço do tíquete antecipado com comitês regionais de
instituições participantes
Realização das primeiras reuniões
com comitês regionais de Produção e entrega dos
instituições participantes tíquetes antecipados
Após a reunião de avaliação do McDia Feliz do ano ante- O planejamento para os pedidos do McDia Feliz começa
rior, o Instituto Ronald McDonald já começa a planejar o cerca de um mês antes da data da campanha. A proje-
McDia Feliz seguinte. Alguns meses antes da campanha, ção de vendas do Big Mac envolve diversas análises,
as instituições participantes já estão em contato direta- incluindo o contexto econômico e nível de engajamen-
mente com as gerências operacionais e funcionários de to daquela comunidade, a concorrência comercial, a
restaurantes, dividindo o território (no caso de mais de realização de outras campanhas beneficentes locais
uma organização por cidade), compartilhando os planos ou nacionais, o histórico da campanha nos últimos três
para a campanha e disponibilizando equipes para tirar anos e a evolução das vendas de tíquetes antecipados.
dúvidas e inspirar os colaboradores no McDia Feliz, in-
McDia Feliz 30 anos pela vida
58
Para o Big Mac chegar quentinho e saboroso às mãos dos consumidores no
McDia Feliz, é preciso que muita gente trabalhe duro: os fornecedores do Sistema
McDonald’s, os funcionários e até os voluntários. Conheça as várias etapas antes do
Big Mac chegar às mãos dos consumidores.
3º TRIMESTRE 4º TRIMESTRE
MOBILIZAÇÃO PRESTAÇÃO
R ealização de lançamentos locais DE CONTAS E
Instituições promovem a venda de tíquetes
antecipados, seleção de voluntários, RECOMEÇO
produção de produtos promocionais
Realização do McDia Feliz no epasse do valor arrecadado para as
R
último sábado de agosto instituições participantes
dos famosos ingredientes do Big Mac: dois hambúr- O sucesso do McDia Feliz é possível graças ao
gueres, alface, queijo, molho especial, cebola, picles trabalho árduo de muita gente, mas, na linha de
e pão com gergelim, é preciso planejar o pedido frente, estão os funcionários e voluntários em con-
de mais embalagens, guardanapos, canudos, sacos tato direto com os clientes. Por ser um dia atípico,
de lixo, bandejas, lâminas de bandeja, batata frita há filas, e os voluntários têm o papel imprescindível
e refrigerante, entre outros itens. de convencer os clientes a fazer a doação. Além
Na reta final da campanha, é possível fazer uma disso, realizam a venda de produtos promocionais.
nova análise da projeção de vendas para encami- Do mesmo modo, os funcionários se empenham
McDia Feliz 30 anos pela vida
59
O SEGREDO DO ZZZ
O RESTAURANTE
QUE MAIS VENDE
BIG MAC NO McDIA
FELIZ NO BRASIL
Eu já trabalho há 16 anos neste restaurante, os quatro últimos
anos como gerente de negócios. Tem sido um imenso orgulho
participar dessa grande festa que é o McDia Feliz e, com a minha
equipe de cerca de 70 pessoas, fazer o maior McDia Feliz do Brasil
por tantos anos seguidos. O segredo do nosso sucesso é uma
combinação de vários fatores: nosso restaurante é o único da cidade
de Cascavel, onde há um importante polo de tratamento: a Uopeccan.
Todos na cidade – inclusive nossos funcionários – conhecem a
qualidade do serviço dessa instituição, que vende muitos tíquetes
antecipados. Muita gente vem inclusive de outras cidades para
participar. Os voluntários fazem um trabalho excepcional e estamos
todos juntos num trabalho de equipe, com funcionários treinados
e motivados. O resultado é que saíram da nossa cozinha só este
ano cerca de 16 mil sanduíches Big Mac. E ano que vem queremos
vender mais!
MAIKON HOIÇA
Gerente de negócios no restaurante ZZZ
McDia Feliz 30 anos pela vida
60
UM PARCEIRO ESPECIAL
MARTIN-BROWER
O McDia Feliz tem muitos parceiros nacionais que são imprescindíveis
para o sucesso. Tivemos a difícil missão de destacar um deles para re-
fletir o comprometimento e o carinho que todos têm com a causa. Essa
empresa é a Martin-Brower, fornecedora oficial de logística do Sistema
McDonald’s, que há muitos anos viabiliza a realização da campanha
distribuindo não só os ingredientes do Big Mac em todos os restaurantes
da rede, mas também todo o material de campanha para todo o Brasil.
61
O McDia Feliz, desde seu início, me sensibilizou para a causa do
combate ao câncer infantojuvenil. Essa iniciativa é muito mais do que um
evento de arrecadação de recursos, é um agente de conscientização
para um problema real e que, muitas vezes, só nos damos conta de sua
existência quando estamos diante dele. Além do importante retorno
financeiro que o McDia Feliz vem obtendo ao longo dos anos, na minha
opinião, o maior benefício não pode ser medido, que é justamente
a conscientização e o apoio da população a uma causa tão nobre e
importante. Meu comprometimento com o McDia e com o Instituto Ronald
McDonald vai além do corporativo e, desde o momento em que decidi
fazer minha parte pelas crianças e adolescentes do país, pude também
envolver as pessoas ao meu redor em prol dessa mesma causa: familiares,
amigos, colaboradores e fornecedores da Martin-Brower. Os sete anos que
dediquei ao conselho do Instituto Ronald McDonald foram especialmente
importantes para mim, pois tive a certeza de apoiar a causa da instituição
com elevados níveis de governança e credibilidade. O engajamento de
todos que participam desse movimento foi e sempre será um ativo do
Instituto. Além de contribuirmos para esse dia tão importante, tenho
muito orgulho de apoiar – junto com a Martin-Brower – outras ações do
Instituto, como o Torneio de Golfe, que ao longo dos últimos 15 anos trouxe
importantes recursos financeiros para a instituição e é um grande reforço
para a causa perante os formadores de opinião. Um pensamento do
fundador do McDonald’s resume bem o papel do Instituto e sua importância
na promoção de um mundo melhor: ‘Devemos devolver à comunidade o
que ela nos dá tão bem’!
TUPA GOMES
McDia Feliz 30 anos pela vida
62
ENVOLVIMENTO
DE PARCEIROS LOCAIS
A campanha, por sua capilaridade, conta com apoiadores locais que ajudam as instituições a viabilizar diversas
de suas ações. Esse engajamento com a comunidade – inclusive com empresas solidárias – é uma estratégia
que acaba por sensibilizar mais gente e ampliar os canais de comunicação da instituição.
As instituições participantes do McDia Feliz 2018 indicaram parceiros que têm uma importância muito grande
no sucesso da campanha localmente.
Fazemos coro às instituições para agradecer o empenho de cada um desses parceiros e de muitos outros
que colaboram para o McDia Feliz.
PARCEIROS LOCAIS
Nosso coração é muito maior que estas páginas e cabem todos aqueles que se doam pelo McDia Feliz. Mas
aqui queremos fazer um agradecimento simbólico a parceiros locais muito especiais para as instituições par-
ticipantes da campanha em 2018:
64
Casa Ronald McDonald São Paulo/Moema | Adriana Colin; São Rafael Câmaras Frigoríficas
Centro Infantil Boldrini | Heróis na Luta contra o Câncer Infantil
Domus | Raiar Academia e Atividades Aquáticas
Famesp | Prefeitura Municipal de Botucatu e Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu
Fundação Antonio Dino | Grupo Potiguá e Grupo Mateus
Fundação Ricardo Moisés Jr | Vita Derm, Daimler Crysler
Fundação Sara Albuquerque Costa | Triggus e Construmaia
Fundação São Francisco Xavier | Harsco Metals & Minerals, Usinas
Siderúrgicas de Minas Gerais S. A. | Usiminas
GAC Recife | Banco do Brasil e Juliana Farinha
GACC Amazonas | Grupo GB Norte
GACC Bahia | Shopping Salvador e Salvador Norte
GACC Sul Bahia | Rota Transportes, Shopping Jequitibá
GACC Ribeirão Preto | Alliage
Grupo Luta pela Vida (AMGLPV) | Grupo Algar e Laboratório Sabin
Graacc | Biolab, Eurofarma, Comunidade Chinesa, Prefeitura de Barueri
GPACI (Grupo de Pesquisa e Assistência ao Câncer Infantil) | Centro Médico Diagnósticos, Unimed Sorocaba
Hospital da Criança Santo Antônio | Baltoro Group
Hospital de Amor | Plastripel, Supermercado Iquegami
Hospital de Câncer de Franca | Centro de Voluntários de Franca, Magazine Luiza S.A., Curso de Medicina da
Universidade de Franca
Instituto do Câncer Infantil (ICI-RS) | Centro Universitário Metodista (IPA)
Itaci | Umbigo do Mundo
Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria | Fremax, Rádio 89FM Joinville
Hospital Martagão Gesteira | Rotary Clube; VIVO/Fundação Telefônica
Liga Feminina de Combate ao Câncer de Passo Fundo (LFCC) | Danielle de O. Batezini, Marcia Biavatti Peruffo
Núcleo de Apoio à Criança com Câncer (NACC) | Grupo Cornélio Brennand
Oasis | Shopping Center Uberaba, Alta Genetics
ONG Viver | Folha de Londrina
Rede Feminina de Combate ao Câncer RFCC | Maringá - Plaenge, Ingraph Digital
Rede Feminina de Combate ao Câncer RFCC | Santa Bárbara d’Oeste - Rede Pratika; Faculdade de
Santa Bárbara d´Oeste
Rede Feminina de Combate ao Câncer RFCC-PI | Teresina Shopping, Criativa Comunicação Visual
Rede Feminina de Combate ao Câncer RFCC | Hospital Erasto Gaertner - Minauro Informática Ltda., Berry Global Group
McDia Feliz 30 anos pela vida
65
PARCEIROS LOCAIS
DO McDIA FELIZ
CENTRO-OESTE
LOJAS MODA VERÃO
Uma semana antes do McDia Feliz,
a empresa mato-grossense Moda
Verão fez uma visita ao Hospital de
Câncer do Mato Grosso. Na ocasião,
os representantes da companhia se
sentiram muito tocados pela impor-
tância do McDia Feliz para a institui-
ção e resolveram apoiar a campa-
nha. A equipe do hospital preparou
uma apresentação sobre o trabalho
realizado ali para os funcionários das
lojas e, a partir daí, muita gente co-
meçou a comprar camisetas e tíque-
tes antecipados. Só para esse públi-
co, foram vendidas 406 camisetas,
18 camisetas premium e 102 tíquetes
antecipados em apenas uma sema-
na, somando R$ 13.033,00. Além dis-
McDia Feliz 30 anos pela vida
SUDESTE
SUPERMERCADOS IQUEGAMI
Na cidade de Bebedouro (SP), um dos grandes parceiros
da campanha McDia Feliz em 2018 foi o Supermercado
Iquegami. Foram cerca de 700 combos (tíquete antecipa-
do + copo promocional) vendidos. Para tanto, os adminis-
tradores desse supermercado disponibilizaram para cada
operador de caixa os tíquetes para serem vendidos, sen-
do que todos esses funcionários informavam os clientes
da importância da campanha, bem como da destinação
dos recursos obtidos: o Hospital de Amor. Além do mais,
uma funcionária dessa rede de supermercados foi escala-
da para, exclusivamente, ficar na porta da loja abordando
cada um dos clientes consumidores, divulgando a cam-
panha, exibindo o vídeo e o copo decorativo.
SUL
MOBILIZA, CHAPECÓ
Com a participação do Grupo Emílias e do parceiro Clu-
be Chapecoense, a ação da Associação de Voluntários
de Apoio e Assistência à Criança e ao Adolescente (Avos)
teve como objetivo aumentar a quantidade de volun-
tários para atuar no McDia Feliz na cidade de Chapecó
(SC). Outros objetivos alcançados foram o crescimento
da venda dos tíquetes antecipados e a mobilização da
McDia Feliz 30 anos pela vida
67
CONFIRA A SEGUIR DEPOIMENTOS
INSPIRADORES DE ALGUNS DESSES PARCEIROS:
NUNO SILVA
McDia Feliz 30 anos pela vida
68
Prova da força da parceria entre a Chapecoense e o McDia Feliz
é que ela já acontece há três anos. Desde o começo, o clube utilizou
da sua influência para divulgar a ação – nos nossos jogos e nas
nossas redes sociais – e mobilizar o maior número de pessoas para
que adquirissem os tíquetes do Big Mac. Para nós, que abraçamos a
causa e fazemos com que ela seja abraçada por todos os torcedores,
é gratificante perceber que a força da paixão pela Chape também
pode ser uma ferramenta para fomentar o bem.
JULIANA SÁ ZONTA
Gerente de Marketing da Chapecoense
69
VOLUNTARIADO
Há aqueles que chegaram à causa do câncer infantojuvenil porque viveram na pele a expe-
riência de ser ou ter alguém na família acometido pela doença. Há aqueles que conheceram as
instituições e se solidarizam com a importância do trabalho; há aqueles cujos amigos, parentes
ou alguém que respeita já é voluntário e, por isso, resolveu experimentar a sensação de se
doar. Não importam as origens do voluntariado, o importante é realizar a tarefa com o coração.
No McDia Feliz há muito a fazer para que a campanha seja um sucesso ano após ano. Grande
parte desse trabalho é feito com a doação do tempo e do trabalho de voluntários e volun-
tárias Brasil afora. Estima-se que 30 mil pessoas físicas estejam envolvidas anualmente na
realização do McDia Feliz de forma voluntária, o que coloca a campanha em evidência por
sua capacidade de mobilização. No Brasil, nenhuma outra iniciativa associada a uma grande
empresa movimenta tantos voluntários como o McDia Feliz.
Novos ou antigos, os voluntários são unânimes em dizer que não importa o quanto eles doam,
sempre recebem muito mais em troca.
Conheça algumas das atividades que estão sob a responsabilidade de voluntários no McDia Feliz:
• Venda de tíquetes antecipados – venda de tíquetes antecipados do Big Mac, que podem
ser trocados pelo sanduíche no dia da campanha.
• Realização de performances artísticas – há aqueles que doam sua imagem para divulgação
da campanha ou até realizam performances no dia da campanha: cantores, atores e atrizes,
bailarinos, personagens infantis, entre outros.
• Divulgação e persuasão – nem todo mundo lembra que o McDia Feliz é no último sábado
de agosto, por isso há aqueles voluntários responsáveis por fazer esse lembrete nas ruas ou
mesmo nos restaurantes, convencendo as pessoas que estão nas filas a comprar o Big Mac.
• Organização geral – algumas instituições mantêm seus quadros inteiramente com vo-
McDia Feliz 30 anos pela vida
71
Depois da campanha SOS Marquinhos, tínhamos um grupo enorme de amigos
tijucanos cujos filhos jogavam futebol. Todos queriam ajudar no luto do Chico e da Sonia.
Sobrou dinheiro que arrecadamos para o tratamento do Marquinhos e, por isso, o casal
decidiu usar esse saldo para construir uma casa de apoio aos moldes do que o Chico
conheceu nos Estados Unidos. Foi nesse intervalo que ele, como voluntário do Inca,
soube do McDia Feliz. O convite para participar veio através do presidente do Conselho
de Administração do Inca, que também era o presidente do McDonald’s na época, o
Peter Rodenbeck. Chico me chamou para ajudar no tal McDia Feliz, e eu fiquei pensando
que raios de campanha era aquela! Como se já não tivéssemos muito o que fazer com
os nossos próprios planos. Mas eu topei. E fui lá com o Chico no restaurante Barra Drive
entender o que podia ser feito: era uma área enorme, tanto o salão quanto o entorno do
restaurante, com o estacionamento. Conversamos com o outro Chico, que era gerente
da loja naquela época para entender quais eram os horários de pico, o que podia e o
que não podia. Ele disse: eu cuido do balcão para dentro e vocês do balcão para fora. As
atividades daquele dia foram inspiradas na minha experiência como professora, quando
organizávamos as semanas de integração nas escolas. Tinha atividade leve, moderada,
de relaxamento, para crianças de todas as idades, de acordo com o funcionamento do
restaurante. Organizamos entre os amigos do grupo quem ficaria responsável pelo quê:
quem convidaria os artistas, quem tinha carro para pegar o convidado, que horas o time
de futebol ia chegar, etc. No dia tivemos que lidar com vários imprevistos, mas, em meio
ao caos, deu tudo certo! Chegou uma hora que faltou pão, carne, queijo e mesmo assim
ninguém desanimou. Deu no que deu: muito Big Mac sendo vendido. Foi um dia totalmente
atípico, mas o segredo foi o entrosamento e a certeza de que tudo seria voltado para
a causa do câncer infantojuvenil. Tenho orgulho de ter participado desta e de muitas
outras edições que se seguiram (participei de praticamente todas até hoje no Instituto
e na Casa Ronald McDonald Rio de Janeiro). Tenho muito carinho por todos que fazem
este dia acontecer, principalmente os voluntários. São eles – aqui em especial reconheço
aqueles com quem trabalhei no estado do Rio de Janeiro e os que conheci Brasil afora –
que são os responsáveis por ter transformado o McDia Feliz na maior mobilização de
McDia Feliz 30 anos pela vida
REGINA COBO
Voluntária do McDia Feliz, uma das fundadoras da Casa Ronald McDonald Rio de Janeiro
72
Dos nossos 33 anos na causa do câncer infantojuvenil, 21 anos, desde de
1997, estamos envolvidos no McDia Feliz, mobilizando, sensibilizando, motivando e
coordenando centenas de voluntários da nossa sociedade nesse grandioso evento
em prol dessa causa. Os resultados alcançados nos enchem de alegria, disposição e
nos incentivam a dar continuidade a essa campanha. Ao longo desses anos, o McDia
Feliz esteve e continua presente na história da Avosos, desde a construção da sede
própria, a humanização de ambientes e principalmente na grande contribuição da
melhoria da qualidade de vida e na cura de centenas de crianças e adolescentes
assistidos pela instituição. Participar da campanha McDia Feliz não só engradece a
nossa instituição como também nos dá a certeza de poder contribuir com toda essa
assistência a esses pacientes.
73
O McDia Feliz é a maior campanha em prol
da criança e do adolescente no Brasil. Tenho
prazer e orgulho de participar desde o início com
vários projetos, entre eles: o Hospital do Graacc,
primeira casa de apoio do Graacc. Há 12 anos
consegui realizar um sonho em parceria com o
Instituto Ronald McDonald e Graacc através do
McDia Feliz: a Casa Ronald McDonald São Paulo
Moema, com 30 suítes individuais, qualidade no
atendimento e o carinho que nossas crianças
merecem. Pude contar com apoio da minha
família desde o início dessa empreitada como
voluntária que já dura há 47 anos. Meu marido,
filhos e netos, além do apoio emocional e
psicológico, atuavam no dia do evento nas
lojas com venda de produtos e divulgação
da campanha. Como superintendente do
voluntariado do hospital do Graacc, pude montar
um grupo de quase 500 voluntários que fazem
um trabalho árduo e melhor a cada ano, sendo
com certeza um dos pilares e responsáveis pelo
sucesso dessa campanha que tanto me orgulha
e deu condições de realizar nossos sonhos.
LEA MINGIONE
Voluntária e fundadora da Casa Ronald McDonald
McDia Feliz 30 anos pela vida
74
VOLUNTARIADO EM TODO O BRASIL
Cuiabá Campinas
75
HISTÓRIAS DE
VOLUNTARIADO
MOHAMAD ASSAF MOURÃO, O VOLUNTÁRIO MIRIM
DO HOSPITAL DE AMOR
Um menino de Palmas (TO) chamou a atenção por promover uma grande
festa de solidariedade. Para comemorar o aniversário de 10 anos, ele de-
cidiu chamar seus convidados para a Praça de Alimentação do Shopping
Capim Dourado em sua cidade para transformar Big Mac em sorrisos na
data do McDia Feliz. Mohamad Assaf Mourão se tornou um voluntário,
convertendo seus presentes em doações para a construção do Hospital
de Amor no Tocantins.
LIGA DO BEM
Desde 2015, a AACC/MS se associou ao grupo de voluntários Liga do
Bem para potencializar a venda de produtos, tíquetes antecipados e o
engajamento de voluntários. Os participantes do grupo são conhecidos
pela caracterização como heróis e realização de atividades lúdicas para
crianças em hospitais, creches e comunidades carentes de Campo Gran-
de. No McDia Feliz, eles foram além: realizaram eventos para a venda de
tíquetes, visitaram escolas, universidades e estabelecimentos privados/
públicos para divulgar a campanha, comercializaram os produtos da cam-
panha e assumiram a coordenação de uma loja – que alcançou recorde de
vendas. O resultado é que foram responsáveis por aproximadamente 80%
da venda de tíquetes antecipados e vendas no balcão em 2017.
76
VOLUNTARIADO QUE SE
MULTIPLICA EM RIBEIRÃO PRETO
Em 2009, depois de passar por um momento difícil em sua vida, o Sargento
Moreno conheceu a casa de apoio do GACC de Ribeirão Preto e ficou co-
movido com algumas histórias de crianças e adolescentes em tratamento
de câncer no Hospital das Clínicas da cidade. Ele tomou uma decisão:
se dedicar ao trabalho voluntário na instituição. Muito engajado, logo foi
convidado a integrar a diretoria, sendo eleito conselheiro. No mesmo ano,
ele havia conhecido a jovem Fabiane, que viria a se tornar sua esposa.
Eles frequentavam os eventos da entidade, como o McDia Feliz. Embora
Fabiane não fosse voluntária, seu carinho com as crianças e as famílias
atendidas ali logo chamou a atenção da administração, que a convidou
para realizar um trabalho de coordenação e governança da casa de apoio
do GACC. A aproximação dos dois com o GACC acabou se transformando
em casamento e multiplicando o número de voluntários na família. Fabiane
engravidou e teve gêmeos: Maria e João Francisco, que desde a gravidez
da mamãe participam dos eventos da casa. Hoje a família está mais unida
do que nunca, inclusive no McDia Feliz.
UMA SUPERVOLUNTÁRIA
A voluntária Aida Maria Ribeiro da Silva, de 65 anos, se dedica há mais de 15
anos ao trabalho voluntário no Hospital da Criança Santo Antônio, em Porto
Alegre. Em toda sua trajetória nesses anos, sempre se fez presente nas
inúmeras atividades realizadas com as crianças internadas e os pacientes
ambulatoriais e suas famílias. Quando o hospital anunciou sua participa-
ção no McDia Feliz, ela foi a primeira dos 40 voluntários que hoje realizam
suas atividades a se prontificar a assumir mais esse compromisso com a
instituição. Já se passaram três anos desde que o Hospital da Criança Santo
Antônio começou a fazer parte da campanha, e em todas as edições Aida
esteve presente doando seu tempo, entusiasmo e amor pela causa. Neste
último ano, em especial, faltou luz na loja em que ela estava na rua 24 de
outubro (lotada!), justamente no período do almoço, fato que impossibi-
litou que as pessoas pudessem adquirir o Big Mac. Mas Aida, junto com
os demais voluntários, não desistiu. Muito engajada no trabalho, se dispôs
a batalhar a venda dos produtos da sua loja nas ruas para compensar o
que não estava sendo vendido no balcão. A cada retorno à loja, voltava
com um sorriso no rosto pela conquista de vendas. O resultado é que a
sua loja foi a que mais vendeu produtos promocionais para a instituição.
Aida comemora: "Recebo mais do que dou neste trabalho. Sou muito feliz
McDia Feliz 30 anos pela vida
de ser voluntária".
77
McDIA FELIZ EM TODO O BRASIL
Cascavel
Cuiabá
McDia Feliz 30 anos pela vida
Barretos Campinas
78
Campinas Londrina
Teresina
Jahu
McDia Feliz 30 anos pela vida
79
RAIO-X
da mobilização
PERFIL DEMOGRÁFICO
feminino masculino
PERFIL ALTRUÍSMO
CLIENTES E FUNCIONÁRIOS VOLUNTÁRIOS
De 2 a 5 anos
De 1 a 2 anos
Até 6 meses
McDia Feliz 30 anos pela vida
80
CLIENTES
RELAÇÃO COM O McDONALD’S
15%
apenas
comer
17% 15%
85% 11%
McDia 7%
Feliz
2%
CLIENTE 74% 24% 24%
4%
CLIENTE 37% 37% 50%
* Os dados que constam neste infográfico são produto de uma pesquisa de percepção realizada pela agência Santo Caos durante o McDia Feliz 2016 com três públicos estratégicos
para a campanha: funcionários McDonald’s, voluntários das instituições participantes da campanha e clientes McDonald’s. Entendemos que embora possa haver variações nos
números ano a ano, a análise oferece um retrato confiável da relação desses públicos com a campanha.
81
OS CONSUMIDORES
DO McDIA FELIZ
82
ARTISTAS NACIONAIS
O McDia Feliz se tornou uma grande festa que conta com
diversas frentes de mobilização da sociedade. Uma delas é
o apoio de artistas, atletas e personalidades que doam sua
imagem para divulgar a campanha. Nomes como Thiago
Lacerda, Angélica, Professor Pasquale, Sandy e Júnior, e
muitos outros já tiveram a importante missão de ser padri-
nhos e madrinhas, porta-vozes oficiais e rostos da campanha.
A participação de cada um deles ajudou a construir uma
imagem de credibilidade para a iniciativa em todo o Brasil.
Participar do McDia Feliz por dois anos seguidos foi uma grande
honra. Ao longo da minha participação na campanha, descobri que
sou parte de uma engrenagem muito maior do que podia imaginar.
São diversas instituições fazendo mobilização local, voluntários, mães,
crianças, médicos, equipes técnicas, empresas parceiras, todos, a sua
maneira, lutando para que o tratamento das crianças e jovens com câncer
seja dado de maneira humanizada e com maior chance de cura. É uma
luta contínua, mas que juntos temos mais chances de vencer. Entendi
então que precisava vestir a camisa, conhecer a causa de perto, bem como
seus impactos. É um trabalho que me orgulho de ter feito parte.
FÁBIO PORCHAT
Embaixador nacional do McDia Feliz 2017 e 2018
ARTISTAS LOCAIS
Os artistas locais também são uma parte essencial da cam-
panha, pois personalizam o McDia Feliz em âmbito regional,
McDia Feliz 30 anos pela vida
83
Padrinhos de 1989 a 2018
1993
Carlos
Nascimento
1994
Eri Johnson
1998
1995 1996 1997 Professor
Cid Moreira Regina Duarte Angélica Pasquale
1999
Xuxa
Meneghel
2000
Ana Maria
Braga
2005
Felipe Dylon
2004 2003 2002 2001
Sandy Thiago Tony Bellotto Leonardo
e Junior Lacerda e Malu Mader
2006
Alexandre Borges
e Julia Lemmertz
2007
Bernardinho e
Fernanda Venturini
2009* 2015*
McDia Feliz 30 anos pela vida
ABC Campinas
McDia Feliz 30 anos pela vida
86
Maceió Uberaba
Salvador
McDia Feliz 30 anos pela vida
Itabuna Salvador
87
3
OS OUTROS
365 DIAS
NÚMEROS DO
Instituto Ronald McDonald
}
os projetos para análise. Os projetos
70
instituições fico e executivo e passam a compor
cadastradas
presentes de 21 estados e
a carteira de projetos e poderão re-
o Distrito Federal ceber recursos. Os projetos em sua
maioria contemplam a construção
e reforma de hospitais, construção
6
Casas
Ronald 17 Hospitais
e reforma de casas de apoio, com-
pra de equipamentos, infraestrutu-
McDonald
ra (mobiliário, veículos etc.), apoio
25 Casas
de Apoio 10 Instituições
que gerenciam
a congressos e pesquisas, capaci-
tação profissional, sistemas de in-
hospitais
formação e custeio (alimentação,
12 Instituições
de Apoio transporte, materiais etc.).
6
Espaços da Família
Ronald McDonald
atendimentos a CRIANÇAS,
ADOLESCENTES e SEUS
DESTINADOS
FAMILIARES por meio de A PROJETOS
PROGRAMAS DO INSTITUTO
90
ESTRATÉGIA
de atuação
OBJETIVO GERAL
Contribuir para elevar o índice de cura do câncer infantojuvenil no Brasil e para a qualidade de
vida dos jovens pacientes atendidos e seus familiares antes, durante e após o tratamento.
MÉTODO
FERRAMENTAS
1 Atuação na rede
nacional de instituições 2 Programas globais e
locais do Instituto 3 Advocacy
4 Investimento
financeiro
RESULTADOS
IMPACTO ESPERADO
Transformar o cenário do câncer infantojuvenil no país ao contribuir para aumentar o índice de cura nas
instituições apoiadas pelo Instituto Ronald McDonald.
91
OS BASTIDORES
DO ESPETÁCULO
Um dia feliz, no fim de agosto. Trios Fim de festa. Depois de muita correria, finalmente o trabalho acabou.
elétricos param as ruas. Celebrida- Acabou?
des tiram fotos com fãs. Artistas se
Fecham as cortinas. Por trás dessa linda festa, que acontece uma vez
apresentam para uma plateia que ao ano, outros tantos milhares de pessoas se mobilizam e trabalham os
vai e vem saboreando seu Big Mac. outros 364 dias para que crianças e adolescentes com câncer e seus
Mágicos, palhaços, músicos, mími- familiares recebam tratamento de qualidade e o apoio necessário para
cos. Balões por toda parte. E, claro, superar, da melhor forma possível, essa difícil fase de suas vidas.
a presença dele, o mestre de ceri-
Os milhões de reais arrecadados durante o McDia Feliz precisam ser bem
mônias da festa e embaixador da
aplicados, e projetos sérios não faltam para receber os mais que bem-
alegria: Ronald McDonald.
-vindos recursos. De casas de apoio à capacitação de agentes de saúde
Cada qual com sua função, cada para diagnosticar precocemente a doença, passando por aquisição de
qual com sua missão. Cada um equipamentos, reformas e melhorias em ambientes hospitalares. Há muito
ajuda e participa como pode. Con- a ser feito durante todo o ano.
vidando amigos, vendendo tíque-
Os projetos, que são apresentados pelas cerca de 70 instituições parceiras,
tes antecipados, oferecendo seus
precisam estar alinhados aos programas do Instituto e aprovados pelo
talentos artísticos e profissionais,
Conselho Científico e Executivo do Instituto Ronald McDonald – de acordo
levando o carro de som, distribuin-
com sua relevância, seu impacto e sua sustentabilidade.
do panfletos, vestindo a camisa e
comprando seu sanduíche. Uma vez aprovados em todas as etapas, os projetos recebem os recursos
e têm ações monitoradas e prestações de contas auditadas – garantindo
Ao fim, o balanço da festa. Milhões
transparência e efetividade na aplicação do dinheiro.
de reais arrecadados em prol do
combate ao câncer infantojuvenil. Por ano, são cerca de 50 mil atendimentos a crianças, adolescentes e seus
Milhares de voluntários mobilizados familiares por meio de programas financiados pelo McDia Feliz – juntamente
de norte a sul do país. Tíquetes ante- com outras fontes de arrecadação –, aumentando as chances de cura e
cipados são contabilizados e batem amenizando o sofrimento de quem precisa de tratamento prolongado
McDia Feliz 30 anos pela vida
cansados, mas felizes com mais um Um espetáculo que acontece durante 364 dias, em cada leito, em cada
evento de sucesso. quarto, em cada casa de apoio, na vida de cada paciente!
93
TRANSFORMANDO
O LUTO EM LUTA
Como transformar uma dor profun- Do desafio de criar uma Casa Ronald McDonald – nos moldes da que
da em uma causa que salva vidas? Marquinhos e sua família se hospedaram em Nova York durante o tratamen-
Como buscar forças dentro de si to – até a extensa rede de apoio à criança e ao adolescente com câncer
para, a partir do luto, ajudar milha- liderada pelo Instituto Ronald McDonald, há muita história para contar.
res de pessoas a terem dignidade
De lá para cá muitos atores se envolveram na causa: o próprio McDonald’s,
e apoio no momento mais difícil de
instituições, hospitais, voluntários, celebridades, funcionários, franquea-
suas vidas? Como se engajar em
dos… Milhares de pessoas que se mobilizam e se engajam na causa cuja
uma causa tão grande e ao mes-
sementinha foi plantada no início da década de 1990 pelo casal Neves.
mo tempo cuidar de cada pessoa
em suas especificidades, em uma Parceiros de peso como o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a Sociedade
vida de adolescentes e crianças com no país. Uma organização que possibilita, por ano, cerca de 50 mil aten-
câncer. Uma história que começou dimentos a crianças, adolescentes e seus familiares, por meio de seus
quando Francisco Neves – hoje su- programas, e aproximou mais de três milhões de crianças e adolescentes
McDonald – e sua família receberam Bons resultados e muitos relatos de cura fazem parte desta história. Uma
o diagnóstico de câncer para seu trajetória que é motivo de orgulho, mas que não pode parar. Muito foi feito,
filho Marquinhos. mas muito mais ainda há por fazer.
Depois de lutarem contra a doença e, Se na década de 1990 as chances de cura da criança e do adolescente com
infelizmente, Marquinhos não resistir, câncer no Brasil não passavam de 15%, hoje os índices médios já chegam
Chico e sua esposa, Sonia, transforma- a 64%. No entanto, sabemos que com diagnóstico precoce e tratamentos
ram o luto em luta. E a partir do primeiro adequados em centros especializados, as chances podem ultrapassar
McDia Feliz que participaram, realizado 80%. E que, nos países mais desenvolvidos, esse percentual chega a 85%.
McDia Feliz 30 anos pela vida
94
NOSSO APOIO ESTÁ
POR TODOS OS LADOS
O trabalho do Instituto Ronald McDonald no combate ao câncer in-
fantojuvenil é amplamente reconhecido no país. Um trabalho sério e
dedicado, com resultados que se superam ano a ano e é reconhecido
com importantes premiações.
Resultados positivos que não seriam possíveis sem nossos muitos parcei-
ros, que caminham ao nosso lado nessa trajetória, aceitando desafios e
buscando ampliar sinergias para que a luta contra o câncer infantojuvenil
seja cada vez mais eficaz.
96
Nada disso seria possível sem nossos parceiros estratégi-
cos, Sociedade Brasileira de Pediatria (Sobope), Instituto
Nacional do Câncer (Inca) e Confederação Nacional de
Instituições de Apoio e Assistência à Criança e ao O Ado-
lescente com Câncer (Coniacc). Eles constroem – junto
com o Instituto Ronald McDonald – soluções e políticas
que visam oferecer suporte e apoio ao paciente e seus
familiares em todas as etapas do tratamento.
97
É PRECISO
EVOLUIR SEMPRE!
Fui a primeira pessoa a assinar a ata de fundação do Instituto Ronald McDonald. Estive
envolvido com a luta contra o câncer infantojuvenil desde o primeiro momento e pude
acompanhar muitas edições do McDia Feliz, pois sou franqueado desde 1992.
Acredito que a campanha devolve à sociedade o apoio que ela nos dá. Sempre tivemos
um envolvimento grande da comunidade no McDia Feliz, já paramos a rua, já fechamos
trânsito, já tivemos eventos com shows, trios elétricos e até saltos de paraquedistas com
a bandeira do McDia Feliz!
Mas não podemos sentar no sucesso. Temos que evoluir sempre, e tenho certeza de que
o Instituto está muito empenhado nesse sentido.
RONALD MONTEIRO
Fundador do Instituto Ronald McDonald e franqueado
McDonald’s na Baixada Santista (SP)
McDia Feliz 30 anos pela vida
99
PARA VENCER O CÂNCER
O Instituto Ronald McDonald conta com o apoio de três
organizações para traçar planos estratégicos no com-
bate ao câncer no Brasil: o Instituto Nacional de Câncer
(Inca), a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica
(Sobope) e a Confederação Nacional de Instituições de
Apoio e Assistência à Criança e ao Adolescente com
Câncer (Coniacc). Veja o que representantes de cada
uma delas têm a dizer sobre a importância do trabalho
desempenhado e os resultados alcançados por meio
do McDia Feliz.
McDia Feliz 30 anos pela vida
100
ATUAÇÃO EM TODAS AS PEÇAS
DESSE IMENSO
QUEBRA-CABEÇAS
Embora seja uma instituição de referência no tratamento de câncer no Brasil, o
Inca não dispunha de uma estrutura para atendimento a crianças com a doença. Esse
era um grande desafio, e o apoio do Instituto Ronald McDonald foi decisivo para que,
pouco a pouco, esse projeto fosse viabilizado.
A parceria com o Inca vem, desde 1994, com a Casa Ronald McDonald, acolhendo crianças
que moravam longe e precisavam de tratamento. Em 2002, inauguramos a UTI pediátrica.
Em 2005, foi a vez do consultório oftalmológico para pacientes com retinoblastoma. A
emergência pediátrica se tornou realidade em 2009, enquanto em 2017 foi a vez da
reinauguração da ala pediátrica totalmente reformada e readequada.
Mas sabemos que a experiência positiva do Inca se repete em outras instituições pelo país
afora, de acordo com a realidade local, e é muito gratificante fazer parte desse processo,
assistindo à desejável interlocução entre o Instituto e autoridades e órgãos públicos para
que os investimentos sejam feitos nas ações necessárias.
O que vejo hoje é o Instituto Ronald McDonald atuar em todas as fases do tratamento
do câncer infantojuvenil, desde o diagnóstico precoce dos pacientes até a evolução
de pesquisas e estudos científicos. Onde você olha, nesse grande quebra-cabeças
que é o tratamento adequado para crianças e jovens com câncer, lá está o Instituto
Ronald McDonald.
McDia Feliz 30 anos pela vida
SIMA FERMAN
Chefe da Oncologia Pediátrica do Instituto Nacional de Câncer (Inca)
e membro do Conselho Científico do Instituto Ronald McDonald
101
A ONCOLOGIA
PEDIÁTRICA NO BRASIL
DEVE MUITO AO
INSTITUTO RONALD
McDONALD
A atuação do Instituto Ronald McDonald é um marco na oncologia
pediátrica brasileira, seja na parte científica, seja na parte técnica, seja na
parte estrutural, seja na parte psicossocial.
TERESA FONSECA
Presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope)
McDia Feliz 30 anos pela vida
102
SÓ TEMOS
A COMEMORAR
A causa de combate ao câncer infantojuvenil tem no Instituto Ronald
McDonald um grande parceiro, e é uma satisfação ver que o Instituto
durante estes anos não se acomodou. Ao contrário, só evoluiu, atuando
em diferentes frentes, estabelecendo parâmetros para a profissionalização
das instituições, melhorando instalações, oferecendo serviços, oferecendo
apoio integral às famílias…
RILDER CAMPOS
Presidente da Confederação Nacional de Instituições de Apoio
e Assistência à Criança e ao Adolescente com Câncer (Coniacc)
McDia Feliz 30 anos pela vida
103
SEM ELES O
McDIA FELIZ
NEM EXISTIRIA
No mundo e no Brasil, o McDia Feliz nem existiria sem
os franqueados McDonald’s. Foram eles que lideraram
os esforços de engajamento com a comunidade e doa-
ção, viabilizaram, a partir de seus próprios negócios, o
benefício a uma causa social. Aqui em nosso país, é
notável o amor e empenho dos franqueados na causa
do câncer infantojuvenil e o respeito que têm pelo tra-
balho dos profissionais do Instituto Ronald McDonald
e das instituições beneficiadas. Nossa gratidão a todos!
McDia Feliz 30 anos pela vida
104
Abilio José de Sá José Carlos de Benedette
Adolfo Bichucher Neto José Luiz Pacheco Fernandes
Alberto Dawidowitsch José Roberto Constantino Nogueira
Alexandre de Fraia Blotta Kemel Francisco Kalif de Souza
Ana Paula Monteiro Abdalla Lara Sperb
André Stauffer Laura de Oliveira Vieira
Antonio Maria Rocha Lélio Pires Studart
Ari Pereira da Silva Junior Luis Amadeu Sadalla
Carlos Alberto Morales Luiz Carlos Shiraishi
Carlos Emilio Cavaliere Sartorio Luiz Cláudio Zavarize Fernandes
Cezar Cesa Márcio Alves de Almeida Moreira
Cláudio Alves Costa Marco Antonio Braga Correia
David Procaccia Maria Aparecida Queiroz Machado Pires
Eder Bornelli Maria Cristina Rodriguez Fernandez
105
A MEDICINA
NOS ENSINA A SERVIR
Eu tinha um sonho de ser franqueado do McDonald’s desde que eu estudava
Medicina no Rio de Janeiro. Atuei como médico por 11 anos e, em 1997, tive a oportunidade
de me candidatar a uma franquia. Achei que não teria chances, mas deu certo e, por
conta dos restaurantes, tive que me afastar do exercício diário da profissão.
O primeiro McDia em Belém foi em 1999 e, de lá para cá, conseguimos concretizar vários
projetos importantes para o combate do câncer em crianças e adolescentes no estado.
Durante muitos anos foram alocados recursos para a adequação da quimioterapia
infantil do hospital Ophir Loyola, mas depois de um tempo achamos que era o momento
de investir em um hospital inteiramente voltado para a oncologia pediátrica no Pará.
E, numa saudável parceria entre o Instituto e o governo, vimos o estado abraçar a causa
e inaugurar, em 2015, o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo – com 110 leitos e
100% gratuito. Esse alinhamento se estende a outros programas, como o Diagnóstico
Precoce, que já capacitou mais de 350 profissionais em todo o estado.
Nossos esforços então se voltaram para a construção da Casa Ronald em Belém, que
hoje atende 35 crianças, com cinco refeições por dia, acompanhamento psicossocial
e todo o apoio aos familiares.
KEMEL KALIF
Médico, franqueado McDonald’s e presidente do Conselho Científico do Instituto Ronald McDonald
106
ME SINTO PARTE
DE UMA HISTÓRIA
MUITO BONITA
Este ano completei 20 anos de McDia Feliz. Me lembro do meu
primeiro, em 1998, como se fosse hoje: eu estava com uma expectativa
muito grande, tinha acabado de assumir a minha primeira franquia, de
realizar meu sonho de ter um restaurante McDonald’s.
Sempre tive uma veia social muito forte, sempre fiz trabalhos voluntários,
e o McDia Feliz só veio somar e fortalecer este meu lado. Eu me sinto
parte de uma história muito bonita.
LAURA OLIVEIRA
Franqueada de Brasília (DF)
McDia Feliz 30 anos pela vida
107
TIVEMOS O ORGULHO DE TER
DOM HÉLDER CÂMARA
COMO EMBAIXADOR DO
McDIA EM RECIFE
Sou franqueado desde 1992 e já passei por várias situações
muito interessantes durante o McDia Feliz. Mas uma das mais marcantes
foi sem dúvida quando conseguimos que Dom Hélder Câmara fosse
embaixador do McDia Feliz em Recife. Foi um fato muito importante,
que deu muita credibilidade à campanha.
108
O BIG MAC JÁ
SERVIU DE “BOIA”
PARA O PRESIDENTE
DA REPÚBLICA
Desde que inaugurei a minha primeira loja em Brasília, há 25
anos, comecei a me aproximar das instituições e pessoas que abraçavam
a causa do combate ao câncer na criança e no adolescente.
Uma curiosidade desse meu período de McDia Feliz foi quando a então
primeira-dama do país, dona Marisa Letícia, veio ao meu restaurante
com a dona Marisa Gomes, esposa do vice-presidente José Alencar,
e pediram três sanduíches Big Mac para levar.
Dona Marisa Letícia apenas disse: “Vou levar a boia pro meu marido
porque hoje não tem janta lá em casa!” Fiquei impressionado com a
simplicidade dela, porque o marido a que ela se referia era o presidente
da República!
NADIM HADDAD
McDia Feliz 30 anos pela vida
109
JÁ VIAJEI TRÊS HORAS PARA
ENTREGAR SANDUÍCHES
NO McDIA!
Sou franqueado desde 1994 e tive que lidar com uma certa desconfiança em relação
ao McDia Feliz no início. As pessoas não sabiam direito o que era a campanha, se o dinheiro
ia mesmo para as instituições. Mas com o tempo e os resultados do trabalho, essa
desconfiança passou e tivemos grandes momentos.
Me lembro de uma vez em que recebemos um pedido por telefone para a entrega de
50 sanduíches Big Mac. Tudo ótimo, não fosse o fato de a cidade da entrega ficar a 120
quilômetros de Porto Alegre!
Como não queríamos perder a venda, pegamos o carro e fizemos uma viagem de três
horas para levar os lanches. Mas foi muito gratificante pois os sanduíches foram doados
para crianças carentes de uma escola pública. Valeu a pena!
O McDia é um momento que prezo muito, tenho muito orgulho de participar. Fazemos
tudo o que podemos em nossos restaurantes para que tudo ocorra da melhor maneira
possível. E como sou médico de formação, tenho mais uma motivação para participar
dessa causa mais que justa.
ANTÔNIO ROCHA
Franqueado do Rio Grande do Sul (RS)
McDia Feliz 30 anos pela vida
110
O McDIA FELIZ EXPRESSA NOSSO
ENVOLVIMENTO SOCIAL COM
NOSSAS COMUNIDADES
Para mim, o McDia Feliz é sempre especial. É um dia no qual abrimos nossos
restaurantes para mostrar que o câncer infantil pode ter cura e que a união da comunidade
com os restaurantes McDonald’s representa uma parte importante dessa luta.
Há 22 anos faço o McDia Feliz no meu restaurante, e o mais marcante é encontrar alguns
voluntários que participam do evento há muitos anos, alguns há mais de 20 anos. São
ex-funcionários, clientes, amigos, alguns que pouco vemos ao longo do ano, mas que na
data com certeza estão presentes.
111
PROJETOS APOIADOS
PELO McDIA FELIZ
POR REGIÃO TOTAL GERAL
1.457
Ao longo de décadas, o McDia Feliz foi a
principal fonte de recursos para inúmeras
iniciativas de oncologia pediátrica em 63
todo o Brasil. Desde 1999, contabiliza-
259
mos 1.457 projetos vinculados ao quatro
programas do Instituto Ronald McDonald:
Programa Diagnóstico Precoce, Programa 85
Atenção Integral, Programa Casa Ronald
751
McDonald e Programa Espaço da Família
Ronald McDonald. Nas próximas páginas
você vai conhecer mais de como esse 299
investimento ocorreu.
0 0 23 108 0 131
0 3 0 1 3 7
9 0 0 16 3 28
McDia Feliz 30 anos pela vida
* Não foi possível resgatar o histórico anterior a 1999, pois o Instituto Ronald McDonald não existia e o investi-
mento não era feito por meio de projetos, mas sim como doação à instituição participante, que muitas vezes
tinha a liberdade de investir em suas ações prioritárias.
113
NORTE
Ao todo, cerca de
63 projetos
apoiados em 3 diferentes
instituições R$ 11 milhões
investidos
Construção/Reforma 5
Equipamento/Mobília 3
Veículo 1
Linha D | Estratégicos
Capacitação 1
114
Inauguração da Casa Ronald McDonald Belém Inauguração da casa de apoio do GACC Manaus – AM
115
NORDESTE
Ao todo, cerca de
259 projetos
apoiados em 15 diferentes
instituições R$ 29 milhões
investidos
Humanização de ambientes 1
Imóvel 3
Veículo 12
116
Linha C | Projetos de apoio psicossocial
Adequação e/ou reforma de moradias 3
Capacitação 2
Construção/Reforma 2
Custeio 21
Equipamento/Mobília 1
Congresso/Publicação 7
Capacitação 3
Outros
30
Inauguração do Ambulatório de
Onco-hematologia Pediátrica da
Santa Casa de Misericórdia de Itabuna
McDia Feliz 30 anos pela vida
Inauguração de Unidade de
Internação Pediátrica do Hospital
Congresso Brasileiro de Oncologia Pediátrica (2012) Napoleão Laureano em Maceió
117
CENTRO-OESTE
Ao todo, cerca de
85 projetos
apoiados em 5 diferentes
instituições R$ 20 milhões
investidos
Capacitação 1
Congresso/Publicação 1
Construção/Reforma 16
Equipamento/Mobília 15
Custeio 8
Equipamento/Mobília 3
Imóvel 3
Outros 1
Sistemas de informação 2
Veículo 4
Construção/Reforma 1
Humanização de ambientes 1
Outros
118
INSTITUIÇÕES
BENEFICIADAS
Associação de Amigos da
Criança com Câncer (MS),
Associação de Amigos da
Criança com Câncer (MT),
Associação Brasileira de
Assistência às Famílias de
Crianças Portadoras de
Câncer e Hemopatias (DF),
Associação de Combate
ao Câncer em Goiás (GO) e
Associação Matogrossense
de Combate ao Câncer (MT).
Ampliação da casa de apoio da AACC-MS
119
SUDESTE
Ao todo, cerca de
751 projetos
apoiados em 53 diferentes
instituições R$ 185 milhões
investidos
Equipamento/Mobília 22
Estudo de viabilidade 1
Estudo de viabilidade para implantação de Espaço da Família 1
Humanização de ambientes 1
Humanização de ambientes (4) 1
Imóvel 4
120
Linha B | Projetos em instituições e casas de apoio
Outros 6
Sistemas de informação 1
Veículo 34
Capacitação 1
Congresso/Publicação 11
Outros 19
Sistemas de informação 2
Outros
Construção/Reforma 4
Outros 50
Construção/Reforma 32
Custeio CRM 57
Equipamento/Mobília 6
Imóvel 2
McDia Feliz 30 anos pela vida
Veículo 6
Construção EF 3
Custeio EF 12
121
INSTITUIÇÕES
BENEFICIADAS
Associação de Apoio ao Portador de Câncer de Presidente
Prudente (SP) , Associação Bauruense de Combate ao Câncer
(SP), Associação Capixaba de Combate ao Câncer Infantil (ES),
Associação Limeirense de Combate ao Câncer (SP), Grupo Luta
pela Vida (MG), Associação dos Amigos da Criança com Câncer
São José do Rio Preto (SP), Associação Pais e Amigos da Criança
com Câncer e Hemopatias (SP), Associação São Rafael de Pouso
Alegre (MG), Associação Unificada de Recuperação e Apoio (MG),
Associação do Voluntariado Contra o Câncer de Poços de Caldas
(MG), Hospital Infantil Boldrini, Casa de Apoio Jose Eduardo Cavichio
(SP), Casa de Acolhida Padre Eustáquio, Campanha de Combate
ao Câncer Infantil de Araçatuba (SP), Casa Ronald McDonald ABC,
Casa Ronald McDonald Campinas, Casa Ronald McDonald Jahu,
Casa Ronald McDonald Rio de Janeiro, Casa Ronald McDonald São
Paulo/Moema, Centro de Voluntários da Saúde de Franca (SP),
Fundação Dr. Amaral Carvalho, Fundação para o Desenvolvimento
Médico e Hospitalar, Fundação Ricardo Moysés Jr. (MG), Fundação
Bons Ares (SP), Fundação do Câncer (RJ), Fundação Sara
Albuquerque Costa (MG), Fundação Pio XII – Hospital de Amor (SP),
HemoRio (RJ), Fundação Faculdade Regional de Medicina São
José do Rio Preto (SP), Grupo de Apoio a Crianças com Câncer de
Rio Claro (SP), Grupo de Apoio a Crianças com Câncer de Ribeirão
Preto (SP), Grupo de Apoio a Crianças com Câncer de São José dos
Campos (SP), Grupo de Pesquisa e Assistência ao Câncer Infantil –
Hospital Sarina R. Caracante (SP), Grupo de Apoio ao Adolescente
e a Criança com Câncer (SP), Grupo em Defesa da Criança com
Câncer (SP), Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas
Gerais (MG), Hospital Materno Infantil Antoninho da Rocha Marmo
de São José dos Campos (SP), Hospital Mário Kroeff (RJ), Hospital
Universitário São Francisco de Bragança Paulista (SP), Irmandade
Santa Casa de Misericórdia de Marília (SP), Instituto de Tratamento
do Câncer Infantil – Fundação Criança (SP), Liga Araraquarense
de Combate ao Câncer (SP), Leuceminas (MG), Organização dos
Amigos Solidários à Infância e Saúde (MG), Rede Feminina de
Combate ao Câncer de Mogi das Cruzes (SP), Rede Feminina de
Combate ao Câncer de Santa Bárbara d’Oeste (SP), Rede Feminina
McDia Feliz 30 anos pela vida
122
Aquisição de camas e berços para o Itaci (SP) Compra de equipamento (ultrassom) para Hospital em Botucatu
123
SUL
Ao todo, cerca de
299 projetos
apoiados em 24 diferentes
instituições R$ 31 milhões
investidos
124
Linha C | Projetos de apoio psicossocial
Aquisição de cestas básicas, medicamentos não 2
quimioterápicos, suplementos alimentares e/ou próteses
Aquisição de medicamentos não quimioterápicos 1
Construção/Reforma 1
Custeio 13
Equipamento/Mobília 1
Manutenção de projetos psicossociais 4
Outros 1
Reforma de casa de apoio 1
Outros
Equipamento/Mobília 1
Outros 42
McDia Feliz 30 anos pela vida
125
INSTITUIÇÕES BENEFICIADAS
Associação dos Amigos da Oncologia de
Novo Hamburgo (RS), Associação Paranaense
de Apoio à Criança com Neoplasia (PR),
Associação dos Voluntários de Saúde do
Hospital Infantil Joana de Gusmão (SC), Centro
de Apoio a Criança com Câncer de Santa Maria
(RS), Associação de amparo à Criança e ao
Adolescente com Câncer da Serra Gaúcha (RS),
Fundação Universidade de Caxias do Sul (RS),
Hospital Materno Infantil de Santa Catarina (SC),
Hospital Municipal São José (SC), Hospital Santo
Antônio – Blumenau (SC), Hospital São José
(SC), HUSM-SMA, Instituto do Câncer Infantil
(RS), Instituto do Câncer de Londrina (PR), Liga
Feminina de Combate ao Câncer (RS), Liga
Feminina de Combate ao Câncer de Canoas
(RS), Liga Feminina de Combate ao Câncer de
Pelotas (RS), Liga Feminina de Combate ao
Câncer de Passo Fundo (RS), Rede Feminina
de Combate ao Câncer (SC), Rede Feminina
de Combate ao Câncer de Maringá (PR), Rede
Feminina de Combate ao Câncer de Ponta
Grossa (PR), Rede Feminina da Liga Paranaense
de Combate ao Câncer (PR), SCM POA, União
Oeste Paranaense de Estudos e Combate ao
Câncer (PR), ONG Viver (PR).
McDia Feliz 30 anos pela vida
126
Nova sede da ONG Viver (Londrina - PR)
Aquisição da Biblioteca
Itinerante em Joinville (SC) Inauguração do Espaço da Família Ronald McDonald no Hospital Erasto Gaertner em Curitiba
127
INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES
N UF CIDADE REGIONAL SIGLA INSTITUIÇÃO PARTICIPANTE
14 MG Belo Horizonte LET HC - UFMG Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais
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N UF CIDADE REGIONAL SIGLA INSTITUIÇÃO PARTICIPANTE
38 SC Florianópolis SOU AVOS Assoc. Voluntários de Saúde do Hosp. Infantil Joana de Gusmão
39 CE Fortaleza BRA APP Associação Peter Pan - Hospital Infantil Albert Sabin
DONOS DO
52 PB João Pessoa BRA Associação Donos do Amanhã
AMANHÃ
55 SC Joinville SOU HJAF Hospital Materno Infantil Dr. Jeser Amarante Faria
57 MG Juiz de Fora LET Hospital Maria José Baeta Rei / Ass. Fem. Prev. Comb. Câncer)
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N UF CIDADE REGIONAL SIGLA INSTITUIÇÃO PARTICIPANTE
67 SP Mogi das Cruzes SAO RCC Rede de Combate ao Câncer Guiomar Pinheiros Franco
71 RN Natal BRA CACCDP Casa de Apoio à Criança com Câncer Durval Paiva
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N UF CIDADE REGIONAL SIGLA INSTITUIÇÃO PARTICIPANTE
99 SP S. José do Rio Preto SAO AMICC Associação dos Amigos da Criança com Câncer
100 SP S. José dos Campos SAO Hospital Materno-Infantil Antoninho da Rocha Marmo
101 SP S. José dos Campos SAO GACC Grupo de Apoio a Criança com Câncer
102 SP S. José Rio Preto SAO FUNFARME Fundação Faculdade Regional de Medicina
105 BA Salvador BRA GACC Grupo de Apoio à Criança com Câncer Bahia
106 SP Santa Bárbara SAO RFCC Rede Feminina de Combate ao Câncer - Santa Bárbara d'Oste
107 RS Santa Maria SOU CACC-RS Centro de Apoio à Criança com Câncer
108 SP Santo André SAO CRM-ABC Casa Ronald McDonad's ABC (Associação Projeto Crescer)
110 SP São Paulo SAO ITACI* Instituto de Tratamento do Câncer Infantil - Fundação Criança
113 SP São Paulo SAO GACC Grupo de Apoio à Criança com Câncer
114 SP São Paulo SAO Hospital do Câncer (A. C. Camargo) - Fundação Antônio Prudente
116 SP São Paulo SAO ASCI Instituto da Criança - Hospital das Clínicas
117 SP São Paulo SAO GRAACC Grupo de Apoio ao Adolescente e a Criança com Câncer
119 SP São Paulo SAO TUCCA Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer
120 SP São Paulo SAO CRM-SP Casa Ronald McDonald - São Paulo Moema
123 SP Taboão da Serra SAO CAJEC Casa de Apoio Jose Eduardo Cavichio
125 MG Uberaba LET OASIS Organização dos Amigos Solidários à Infância e Saúde
134
2000
2006
2009
2008
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2002
2004
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AS FASES DA DOENÇA:
DO DIAGNÓSTICO À CURA
O Instituto Ronald McDonald atua em todas as fases do câncer por meio
de seus programas, de forma a oferecer ao paciente e sua família atenção
integral e completa: antes do tratamento com a suspeita da doença e
encaminhamento adequado, durante o tratamento com a infraestrutura,
profissionais capacitados e apoio psicossocial; e após o tratamento, com
a cura e o retorno do paciente ao lar, preferencialmente sem sequelas.
DIAGNÓSTICO
O tempo entre a suspeita e o início do tratamento é de,
em média, 13 semanas.*
TRATAMENTO
Cada paciente segue um protocolo de tratamento que depende
de fatores como tipo e estágio da doença e situação geral
de saúde do paciente. A criança ou o adolescente pode ser
encaminhado para sessões de quimioterapia, radioterapia,
cirurgia, entre outros.
136
Os programas do Instituto Ronald McDonald: Atenção
Integral, Casa Ronald McDonald e Espaço da Família
Ronald McDonald são um importante apoio nessa fase,
pois as famílias encontram o suporte que precisam
para a completa adesão ao tratamento: hospeda-
gem, transporte, suporte psicossocial, qualidade do
tratamento médico e unidades médicas adaptadas
ao tratamento infantojuvenil. Muitos dos projetos be-
neficiados nesses programas são financiados pela
arrecadação do McDia Feliz.
ACOMPANHAMENTO
Com o sucesso do tratamento, o paciente
entra na fase de acompanhamento, em que
voltará à unidade médica periodicamente
para fazer exames e confirmar que o câncer
entrou em remissão.
CURA
Um paciente é considerado curado do câncer
após pelo menos cinco anos sem recidivas da
doença. Esse tempo varia de caso a caso, mas
esse é o tempo mínimo para se falar em cura.
McDia Feliz 30 anos pela vida
137
CASOS
DE SUCESSO
138
João Vinícius, ex-paciente
e hóspede da AACC
Ter o suporte da Casa de Apoio da Associação de Amigos à Criança com Câncer de Cuiabá (AACC),
que tem financiamento do Instituto Ronald McDonald, fez toda a diferença. Nós moramos longe, a 500
quilômetros de Cuiabá, e nem sei como seria se não tivéssemos esta estrutura.
Ali conheci vários familiares, várias mães, acaba virando uma família pois você pode contar com essas
pessoas, trocar informações, acolher e ajudar também, porque todo mundo está na mesma situação.
Por conta desse apoio, o João Vinícius passou o tratamento todo brincando. Ele ficou doente muito
novinho, com um ano e dez meses, então ele nem sabia como era ser diferente. Ele ia para o centro
cirúrgico do hospital na motinha que ele tinha e, quando chegava, ia direto brincar com as outras crianças.
Hoje ele está curado e virou atleta, joga futebol e treina em um clube há três anos. Não tem nada que
pague isso.
McDia Feliz 30 anos pela vida
139
Mariele, ex-paciente
Em alguns momentos, durante o tratamento, pensava que iria perder minha filha, porque ela tinha muito
intercorrência e convulsões, chegando a ir várias vezes para a UTI. E quando isso acontecia, eu tinha que
aguardar no leito e era a pior espera da minha vida. Uma angústia que só terminava quando ela retornava
para o leito. Ela recebeu alta do HOL em 2012, e a assistente social me chamou disse: ‘Mãezinha, vamos
encaminhá-las para um lugar muito bonito e especial, uma casa de apoio que inaugurou para recebê-las
e vai ser muito bom para a recuperação de Mariele’.
Quando cheguei à Casa Ronald McDonald, não imaginava o que estava vendo, eu não tinha ideia de que
seria um lugar com todo o suporte e a estrutura como aquele. A Casa Ronald McDonald Belém virou a
segunda casa de Mariele, já com quatro anos de idade. Ela foi a quinta criança a dar entrada na Casa.
Mariele tinha leucemia com 7% de chances de cura e ficamos hospedadas por dois anos.
Em 2015 recebi a notícia mais esperada da minha vida: Mariele estava respondendo bem ao tratamento,
não iria precisar de transplante e estava curada. Eu não acreditava, mesmo com toda a fé e esperança
que um coração de mãe carrega, foi uma grande surpresa. Fomos escolhidas para estampar o material
impresso da campanha do McDia Feliz 2015 e foi uma sensação muito boa ver a foto da minha filha e
meu depoimento sobre sua cura nos folhetos. Todo ano fazemos questão de participar do McDia Feliz em
Belém. Mesmo morando no município de Ananindeua, a dez quilômetros de Belém, a Mariele não falta a
nenhuma consulta e não deixa de fazer nenhum exame que precisa ser feito para acompanhamento no
HOL. Meu sentimento pela Casa Ronald Belém é de gratidão, por todo o acolhimento, carinho e cuidado
que deram para minha filha.
Hoje temos um grupo de mães com seus filhos curados e, juntos, vamos toda quarta-feira na adoração
McDia Feliz 30 anos pela vida
“Adorar Jesus” na Igreja Basílica de Nazaré. Agradecemos juntas a cura dos nossos filhos e fazemos
questão de levá-los para ensinar a gratidão e o amor de Deus. E sempre que possível, também visitamos
a casa e damos forças para as mães que estão passando pelo mesmo problema que passei.
141
ELA LEVA UMA
VIDA NORMAL,
COMO QUALQUER
MENINA DE 16 ANOS
Gabriella Aparecida Viero Nune
Gabriella adoeceu quando era um bebê. Passamos por cinco
médicos e ninguém descobria o que ela tinha. Apenas um nos alertou
de que poderia ser um tumor maligno e fomos para Foz do Iguaçu
fazer exames mais precisos. Ela passou por biópsia, ressonância,
tomografia… Quando tivemos o diagnóstico, o chão se abriu.
Ela ficou três anos em tratamento até conseguir fazer a cirurgia para
remoção do tumor. Durante todo esse tempo fomos muito bem recebidos
e acolhidos no hospital, tivemos muito apoio – principalmente quando
ela precisou ficar 28 dias em coma induzido, um momento muito difícil
para nós.
Gabriella é hoje uma moça linda, muito ligada à irmã, que nasceu
enquanto ela estava em tratamento, está no primeiro ano do ensino
médio e é artesã. Leva uma vida normal de uma menina de 16 anos.
McDia Feliz 30 anos pela vida
142
MINHA GRATIDÃO
ÀS PESSOAS QUE
ACREDITARAM
NA MINHA CURA
Fui diagnosticada com leucemia linfoblástica aguda em 2004,
quando eu tinha dez anos. Minha família, que é de origem muito humilde,
me deixou no hospital e eu fui cuidada o tempo todo por voluntárias, que
praticamente me adotaram durante o tratamento.
Minha família não estava comigo no meu tratamento, mas posso dizer que
ganhei uma mãe, a Magali, que é tesoureira da instituição. Ela sempre
me acompanhou em todos os momentos, era ela quem ia às reuniões de
escola, quem estava comigo no tratamento. Sou muito grata por todo o
cuidado e carinho que ela e toda a equipe tiveram comigo...
McDia Feliz 30 anos pela vida
143
NA CASA RONALD McDONALD
RECEBI O REMÉDIO
ESSENCIAL PARA
A CURA: O AMOR
Em 2006, com 18 anos e cheia de planos, comecei a sentir fortes dores. Foi aí que começou uma longa
batalha entre exames, consultas e internações seguida do diagnóstico de leucemia linfoblástica aguda. Fui
encaminhada para o Centro Infantil Boldrini em Campinas para iniciar o tratamento e, como somos de
Minas, a assistente social nos indicou a Casa Ronald McDonald Campinas. O fato de estar doente e longe
de casa nos assustava muito, mas na época recebemos tudo de que precisávamos naquele momento:
amor, carinho, um conforto amigo, um lar longe de casa. O previsto para o tratamento eram dois anos e
meio e, em 2008, em meio a quimioterapias e intercorrências, resolvi que voltaria a estudar, entrei para
a Faculdade de Publicidade e Propaganda e voltei a trabalhar.
Em 2011, faltando duas semanas para a apresentação do trabalho de conclusão de curso, voltei a
sentir fortes dores: a doença havia voltado. Voltei para Pouso Alegre (MG) para apresentar o trabalho de
conclusão de curso e retornei para a segunda e mais difícil etapa do tratamento. Foram mais três anos de
quimioterapias, radioterapias, passagens pela UTI e a indicação para transplante de medula. Perdi minha
formatura pois tive que ser internada às pressas. Professores e alunos da minha faculdade fizeram uma
campanha de doação de medula (Seja compatível com a vida) e mais uma vez fui acolhida com todo o
carinho na Casa Ronald McDonald Campinas.
Em 2014, recebi a notícia de que estaria curada mesmo sem o transplante, pois não tivemos doadores
compatíveis no momento exato. A felicidade de receber a notícia da cura é enorme, mas a tristeza de ouvir
que a doença havia voltado pela terceira vez e que teríamos que ir para transplante é de rasgar o peito.
Em 2015, reiniciamos o tratamento e recomeçamos a campanha de doação de medula. Tive um apoio enorme
da minha universidade (Univas), da Apacc, dos meus familiares, da minha companheira e dos meus amigos.
Em 2016, tivemos a notícia de um doador fora do Brasil. Fui encaminhada para Jahu, para o Hospital
Amaral Carvalho e para a Casa Ronald McDonald de lá, onde também recebi todo o apoio necessário.
Fiz o transplante no dia 20 de maio de 2016 e foi a melhor coisa que poderia ter acontecido nestes dez
longos anos de idas e vindas de hospitais. Hoje estou bem, voltei a estudar e a trabalhar, tenho uma loja
de roupas e acessórios masculinos e femininos. Meu plano para o futuro é que a loja cresça e evolua e
que eu possa ajudar e dar força para os que estão na luta contra o câncer.
Nos meus tratamentos, as Casas Ronald McDonald Campinas e Jahu foram essenciais. Sem o apoio e a acolhida
McDia Feliz 30 anos pela vida
que tivemos em ambas casas eu jamais conseguiria ganhar essa batalha. Tenho uma eterna gratidão por todos
que ali conheci. Fomos acolhidos, respeitados e recebemos o remédio essencial para a cura: o amor.
SUÉLLEN SÉQUI
Ex-paciente e hóspede das Casas Ronald McDonald Campinas e Jaú (SP)
144
4
O IMPACTO
NA ONCOLOGIA
PEDIÁTRICA
A cada hora, um novo caso
de câncer surge em crianças
e jovens no Brasil
O
NessaCÂNCER ÉCRESCE
faixa etária, o CÂNCER A PRIMEIRA
MAIS
CAUSA DE MORTE
RAPIDAMENTE DO QUE EM ADULTOS,
porém, responde melhor ao tratamento
CHANCES DE CURA
1990 Hoje
Somente 15% Média de 64%*
McDia Feliz 30 anos pela vida
148
PERCENTUAL DE INCIDÊNCIA
DE 0 A 19 ANOS 26%
Leucemias
Tumores epiteliais e linfomas
14% 13%
Tumores do sistema
nervoso central
Fonte: Estimativa 2018 – Incidência de Câncer no Brasil; Estimativa 2017 – Incidência de Câncer no Brasil (Inca).
149
PRECISAMOS FALAR
SOBRE CÂNCER INFANTOJUVENIL
Muita gente prefere nem pensar no Dados e informações confiáveis, que permitam fazer análises, cruzamen-
assunto, mas falar sobre câncer infan- tos e monitoramentos, também são determinantes para a ampliação do
tojuvenil pode salvar muitas vidas. As conhecimento da realidade brasileira e elaboração de políticas públicas
estatísticas mostram que não há mo- específicas para esse público.
tivos para alimentar o medo: sobre-
De acordo com o Inca, o câncer é hoje a primeira causa de morte por doença
tudo com o diagnóstico precoce e o
entre pessoas com idade de 1 a 19 anos no Brasil, sendo que, nessa faixa
tratamento adequado, as chances de
etária, a doença apresenta características específicas em relação a como
cura aumentam significativamente.
uma doença afeta um conjunto de células, ao comportamento clínico e
Segundo dados do Instituto Nacional às localizações primárias.
do Câncer (Inca), a sobrevida estima-
Enquanto, na criança e no adolescente, a neoplasia geralmente afeta as
da em crianças e adolescentes (de
células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação (cartilagem,
0 a 19 anos) para 2018 é de cerca
ossos, etc.), nos adultos, as células epiteliais, que recobrem órgãos, são
de 64%, chegando a 75% na Região
as mais afetadas.
Sul do país. Números especialmente
expressivos quando sabemos que, Por essas especificidades, existe um entendimento por parte da comunidade
na década de 1990, as chances de científica e de órgãos públicos de saúde de que é necessária uma aborda-
cura do câncer infantojuvenil no país gem específica na divulgação de informações, diagnóstico e tratamento do
eram de apenas 15%. câncer nos grupos de idade que compreendem crianças e adolescentes.
Mas, para curar, é preciso diagnos- O câncer em crianças e adolescentes (de 0 a 19 anos) é considerado raro
ticar e, para diagnosticar, é preciso quando comparado com o câncer em adultos, correspondendo a entre 2%
suspeitar. E por ser uma doença rara, e 3% de todos os tumores malignos registrados no Brasil. E embora tenha
que pode ser confundida em seus um período menor de latência (tempo em que a doença já está instalada,
primeiros estágios com doenças co- mas sem apresentação de sintomas) e possa crescer rapidamente e tor-
muns, o câncer muitas vezes não nar-se bastante invasivo, ele responde melhor à quimioterapia do que o
saúde e por familiares. Entre os tipos mais comuns de câncer infantojuvenil em todo o mundo, a
Por isso, é importante falar sobre o leucemia é o mais presente na maioria das populações (cerca de 25% a
assunto, unindo esforços para re- 35%), seguida de linfomas. Já os carcinomas (câncer desenvolvido a partir
duzir o tempo entre o aparecimento de células da pele), que são o tipo de câncer mais frequente em adultos,
McDia Feliz 30 anos pela vida
o encaminhamento para um trata- Segundo o Inca, surgem cerca de 12.500 novos casos de câncer em crian-
mento especializado e de qualidade, ças e adolescentes por ano no país.
contribuindo efetivamente para a
elevação das chances de cura.
Fonte: Estimativa 2018 – Incidência de Câncer no Brasil; Estimativa 2017 – Incidência de Câncer no Brasil (Inca).
150
O McDIA FELIZ
NOS INCENTIVOU
A SONHAR
O Instituto Ronald McDonald faz parte da história do Graacc desde 1993, quando
entramos no McDia Feliz. Na época, tínhamos o sonho de construir um hospital de oncologia
pediátrica e recebemos, naquele ano, um cheque de cerca de R$ 100 mil.
O McDonald’s acreditou no nosso sonho desde o princípio e, de lá para cá, essa parceria
só se fortaleceu. Conseguimos construir o hospital em 1998, inclusive com uma estrutura
bem maior do que a prevista: o projeto original tinha três andares e conseguimos construir
um prédio de onze andares.
Posso afirmar que o Instituto Ronald McDonald teve um papel fundamental no desenvolvimento
da oncologia pediátrica no Brasil e é hoje a principal agência financiadora do desenvolvimento
dessa especialidade no país.
Na vida real, isso representa aumento na sobrevida de crianças com câncer, aumento nas
chances de cura, melhoria das condições de tratamento e acolhida das famílias, entre
outros tantos avanços.
Não é exagero dizer que se não fosse o McDia Feliz, o Graacc não existiria como ele é hoje.
Posso dizer que o que existe entre o Graacc e o Instituto Ronald McDonald é uma parceria,
acima de tudo.
McDia Feliz 30 anos pela vida
151
Sinais e sintomas
do câncer infantojuvenil
Em sua fase inicial, os sinais e sintomas do câncer infantojuvenil podem se
assemelhar aos de doenças comuns da infância, o que muitas vezes dificulta
a suspeita e o diagnóstico correto do câncer em crianças e adolescentes.
AUMENTO
DO ABDÔMEN
DORES DE CABEÇA
Especialmente se incomum, persistente
ou grave, vômitos (normalmente, pela
manhã ou com piora ao longo dos dias)
SANGRAMENTOS
NO NARIZ OU NA GENGIVA
McDia Feliz 30 anos pela vida
TONTURA
Perda de equilíbrio ou coordenação
152
PALIDEZ E
HEMATOMAS
EMAGRECIMENTO
Quando a criança não ganha peso, ganha
peso de forma insuficiente ou perde peso
ALTERAÇÕES OCULARES
Pupila branca, estrabismo de início recente,
perda visual, hematomas ou inchaço ao redor dos olhos.
FADIGA, LETARGIA OU
MUDANÇAS NO COMPORTAMENTO
Como isolamento
DOR EM MEMBRO
OU DOR ÓSSEA
CAROÇOS OU INCHAÇOS
Especialmente se forem indolores
e sem febre ou outros sinais de infecção
McDia Feliz 30 anos pela vida
LINFOMAS
Os linfomas estão entre os três grupos de câncer mais comuns na faixa
etária pediátrica e se apresentam normalmente pelo aumento de gânglios
(adenomegalia). Esse sintoma é considerado suspeito quando apresenta
as seguintes características:
154
Com a suspeita, o paciente deve ser encaminhado rapidamente para um
serviço especializado em oncologia pediátrica para ser submetido a exames
complementares (mielograma, ultrassonografia, tomografias computado-
rizadas e biópsias linfonodais).
MASSAS ABDOMINAIS
A presença de massa abdominal palpável é uma das principais formas de
apresentação clínica dos tumores sólidos em crianças. A maioria desses
tumores abdominais é assintomática e reconhecida acidentalmente pelos
pais, cuidadores ou, menos frequentemente, em exames clínicos de rotina.
Isso se deve, em parte, ao pico de idade em que ocorre esse tipo de câncer,
que é de um a cinco anos – idade em que o cuidado diário (banhos, troca
de roupa) é feito por terceiros e a criança ainda não consegue definir com
precisão a fonte da dor.
155
TUMORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Os tumores do sistema nervoso central (SNC) são considerados os tumores
sólidos mais frequentes em crianças. Sua apresentação varia de acordo com sua
localização, tipo histológico, taxa de crescimento do tumor e idade da criança.
TUMORES OCULARES
O retinoblastoma é o tumor intraocular maligno mais comum em crianças.
Origina-se nas células embrionárias neurais da retina. Cerca de 80% dos
casos são diagnosticados antes que o paciente tenha três ou quatro anos.
156
em frequência pelo estrabismo e por outros menos comuns, relacionados
à irritação ocular, como hiperemia ocular (“olho vermelho”) e por aque-
les que evidenciam a progressão da doença, como proptose (protusão
do globo ocular) e adenomegalia pré-auricular (aumento dos gânglios
próximos à orelha).
TUMORES ÓSSEOS
Esse tipo de câncer tende a acometer com mais frequência os adolescen-
tes. Dor óssea no local envolvido associada ao aumento regional de partes
moles são as principais formas de manifestações dos tumores ósseos.
157
PROGRAMAS DO
Instituto Ronald McDonald
SAUDÁVEIS
OUTRAS PATOLOGIAS
McDia Feliz 30 anos pela vida
CÂNCER
158
Programas locais desenvolvidos pelo
Instituto Ronald McDonald para enfrentar os
desafios da oncologia pediátrica no Brasil.
159
O SISTEMA
RONALD McDONALD
HOUSE CHARITIES
APROXIMANDO FAMÍLIAS
Promover saúde e bem-estar de crianças, adolescentes
90%
DOS PRINCIPAIS HOSPITAIS
e suas famílias, garantindo os cuidados, apoio e cari-
INFANTIS DO MUNDO CONTAM
nho que necessitam durante essa difícil fase. Esse é o
COM UM PROGRAMA GLOBAL
principal objetivo do sistema global Ronald McDonald DA RONALD McDONALD
House Charities (RMHC), que coordena os programas HOUSE CHARITIES
globais Casa Ronald McDonald e Espaço da Família
Ronald McDonald, entre outros.
CRIANÇAS E FAMÍLIAS
definição de diretrizes para o combate ao câncer in- ATENDIDAS ANUALMENTE
fantojuvenil. São eles: Ministério da Saúde, por meio
do Instituto Nacional de Câncer (Inca), da Sociedade
Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope) e da Con- 300 mil
federação Nacional das Instituições de Apoio à Criança VOLUNTÁRIOS
com Câncer (Coniacc).
160
PROGRAMAS
DESENVOLVIDOS PELO
INSTITUTO RONALD McDONALD
CASA RONALD
McDONALD PROGRAMA
(PROGRAMA GLOBAL) DIAGNÓSTICO PRECOCE
Oferecer um lar, mesmo distante de casa, (PROGRAMA LOCAL)
às famílias durante o tratamento: “uma casa Potencializar chances de cura com
longe de casa”. São oferecidos, por ano, cerca o diagnóstico da doença em seus
de 50 mil atendimentos a crianças, adolescentes estágios iniciais e garantir
e seus familiares por meio dos programas
encaminhamento adequado
desenvolvidos pelo Instituto Ronald McDonald
162
TRANSPARÊNCIA E CREDIBILIDADE
Os projetos selecionados pelo Instituto Ronald McDonald devem atender
a critérios e regras previamente estabelecidos nos editais lançados anual-
mente pela organização.
Entre elas, estão a Portaria 874, que trata da inclusão da sociedade civil e
de todos os níveis da saúde na atenção ao paciente oncológico), a Portaria
741, que define novos critérios de credenciamento de serviços em onco-
logia pediátrica; e a Portaria 140, que redefine os critérios e parâmetros
para a organização, planejamento, monitoramento, controle e avaliação
dos estabelecimentos de saúde habilitados na atenção especializada
em oncologia e define as condições estruturais, de funcionamento e de
recursos humanos para a habilitação desses estabelecimentos no âmbito
do Sistema Único de Saúde (SUS).
163
PROGRAMA DIAGNÓSTICO PRECOCE:
QUANTO MAIS CEDO, MAIS CHANCES DE CURA
Uma das maiores dificuldades no diagnóstico do câncer em crianças e adolescentes é o fato
de os sinais e sintomas da doença serem muito parecidos com os de doenças comuns nessa
faixa etária, tais como viroses, dores de cabeça, pneumonia e infecções, entre outras.
Com foco nessa meta e buscando diminuir o tempo entre o diagnóstico e o tratamento –
fazendo com que casos suspeitos sejam encaminhados adequadamente – é que o Instituto
Ronald McDonald criou, em 2008, o Programa Diagnóstico Precoce em parceria com o Inca
e a Sobope.
Esses profissionais passam por um curso com uma equipe especializada e carga horária de
20 horas/aula para não médicos e 24 horas/aula para médicos. Entre os temas, estão a or-
ganização da rede de atenção oncológica, direitos das crianças e adolescentes com câncer,
possibilidades e limites da detecção precoce, sinais e sintomas do câncer infantojuvenil e
aspectos psicológicos no cuidado da criança e do adolescente com câncer.
Desde o início do programa, foram capacitados mais de 20 mil profissionais em 178 unidades
básicas de saúde de 14 estados brasileiros e o Distrito Federal. Ao todo, cerca de 350 mil
crianças estão dentro da área coberta pelo programa.
O trabalho já colhe resultados positivos. De acordo com pesquisa realizada com o apoio do
Núcleo de Avaliação de Tecnologias de Saúde da Fundação Oswaldo Cruz, vinculada ao
Ministério da Saúde, a taxa de detecção precoce do câncer infantojuvenil aumentou 23% nas
localidades onde o programa foi implementado. No mesmo período, o tempo de diagnóstico
e tratamento diminuiu 61% (redução de 13 para 5 semanas).
Essas taxas são ainda mais importantes quando sabemos que o câncer é a primeira causa de
McDia Feliz 30 anos pela vida
morte por doença na faixa etária entre 1 e 19 anos, de acordo com o Inca.
Por sua relevância no processo de cura do câncer infantojuvenil no país, o Programa Diagnós-
tico Precoce – que completou 10 anos em 2018 – recebeu vários prêmios e reconhecimentos
de organizações nacionais e internacionais.
164
É PRECISO DESENVOLVER
O DESCONFIÔMETRO
Um grande avanço que vemos em Alagoas é a articulação
institucional, o envolvimento de diversos atores, para que o
diagnóstico precoce seja uma política permanente no estado.
Hoje os municípios procuram criar um fluxo no atendimento para
que a criança diagnosticada chegue mais rápido ao tratamento,
por exemplo.
165
PROGRAMA
ATENÇÃO INTEGRAL
APOIO COMPLETO
167
O PROGRAMA ATENÇÃO INTEGRAL É DIVIDIDO EM QUATRO LINHAS DE AÇÃO:
LINHA A LINHA C
APOIO À QUALIFICAÇÃO E SUPORTE PSICOSSOCIAL E
HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE REINTEGRAÇÃO À SOCIEDADE
MÉDIA E DE ALTA COMPLEXIDADE Suporte psicossocial de adolescentes e crianças
Ampliação e/ou aperfeiçoamento da capacidade com câncer e seus familiares durante e após
instalada e da atuação de equipe multidisciplinar o tratamento com o objetivo de minimizar os
de serviços formalmente habilitados pelo impactos que a doença gera na vida pessoal,
Ministério da Saúde a oferecer diagnóstico e familiar e social.
tratamento em oncopediatria.
Exemplos:
Exemplos:
• Construção ou reforma de espaço para
• Aquisição, construção, adequação ou reforma ações de suporte psicossocial como classes
de espaço físico específico para assistência hospitalares e bibliotecas
oncopediátrica (espaços para atividades
• Distribuição de cestas básicas e
terapêuticas, serviços de transplante de
suplementos alimentares
medula óssea, laboratórios, UTIs etc.)
• Aquisição de passagens aéreas e terrestres
• Reforma e/ou compra de equipamentos
em território nacional
e mobiliário para ambulatório, enfermaria,
sala de cirurgia e UTI • Oficinas profissionalizantes para
acompanhantes
• Treinamento ou capacitação para equipe de
médicos, enfermeiros, psicólogos etc. • Terapias ocupacionais
LINHA B LINHA D
ACESSO, REDUÇÃO DO ABANDONO DISSEMINAÇÃO
E DA NÃO ADERÊNCIA AO TRATAMENTO DO CONHECIMENTO
Ações de hospedagem, alimentação e/ou Produção e disseminação do conhecimento
transporte de pacientes e/ou familiares para o fortalecimento da rede de oncologia
buscando o início imediato e a não interrupção pediátrica em âmbito regional e nacional.
do tratamento. Estão incluídos nessa linha os
Exemplos:
projetos apresentados para a implantação dos
programas Casa Ronald McDonald e Espaço da • Apoio a fóruns, seminários e congressos
168
PARCERIA COM O INSTITUTO
É DIVISOR DE ÁGUAS
NO HOSPITAL
O Serviço de Oncologia Pediátrica do Hospital de Câncer de Mato Grosso tem um divisor de
águas: antes e depois dos programas do Instituto Ronald McDonald. As mudanças envolveram
adequações estruturais, aquisição de mobiliários e humanização. O apoio do Instituto Ronald
McDonald foi fundamental para viabilização de um centro de oncologia pediátrica que abrange
todo o seguimento no atendimento intra-hospitalar: ambulatório-internação-UTI.
Não contávamos com uma área de convivência para a realização de atividades lúdicas, recreativas,
de educação, de socialização, etc. Com o Espaço da Família Ronald McDonald, o processo de
hospitalização de pacientes com doenças crônicas, que exigem sucessivas internações, amenizou
muito. É impressionante como os pacientes pedem aos profissionais para não perder o momento
de ir ao Espaço da Família.
O convênio do hospital com a Secretaria de Educação só veio a somar com tanta benfeitoria, criando
a classe hospitalar, que funciona no Espaço da Família Ronald McDonald, reduzindo o abandono
escolar. E a Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTI) só veio coroar a parceria do Hospital de
Câncer com o Instituto Ronald McDonald.
O reflexo de tudo isso se traduz em aumento nas taxas de cura, além de satisfação dos
pacientes e familiares. Quando se concentram esforços e recursos, este é o resultado:
amenizar a dor, oferecendo conforto e dignidade no tratamento, mesmo para os pacientes
fora de possibilidade terapêutica.
169
PROGRAMA ESPAÇO DA
FAMÍLIA RONALD McDONALD
UM LOCAL DE ACOLHIMENTO
DENTRO DA UNIDADE MÉDICA
Com o objetivo de oferecer conforto e acolhimento dentro dos hospitais,
esse programa oferece infraestrutura, ambiente e atividades que tornam
o tempo de espera menos desgastante para crianças e adolescentes em
tratamento de câncer e seus familiares.
170
UM ESPAÇO DE
CONVIVÊNCIA
E ACOLHIDA
A leucemia da Mari foi diagnosticada em agosto de 2015, quando ela tinha
apenas quatro anos e meio. Só quem passa por isso sabe como é difícil. Sua vida
muda de uma hora para outra. O tratamento é longo, você passa muito tempo
no hospital. Ela chegou a ficar internada por 36 dias ininterruptos, fazendo
quimioterapia, tomando medicamentos pesados.
Dentro dessa realidade, onde você está completamente fora da sua rotina, é
um alívio poder contar com o Espaço da Família Ronald McDonald. Para a Mari,
o Espaço virou uma casa, virou um lar. Era lá que ela conseguia ter uma vida
minimamente normal, podia ter amigos, se distraía, brincava. É realmente um
local de acolhimento.
171
PROGRAMA
CASA RONALD McDONALD
UMA CASA LONGE DE CASA
Uma casa longe de casa. Este é o conceito das seis
Casas Ronald McDonald existentes no Brasil: Rio de
Janeiro (RJ), Santo André (SP), São Paulo-Moema (SP),
Campinas (SP), Belém (PA) e Jahu (SP).
172
NÃO FUI HÓSPEDE,
FUI MORADORA DA CASA
Recebemos o diagnóstico do Eduardo, de leucemia linfoblástica aguda, em setembro de
2011, quando ele tinha seis anos. Eu tinha perdido meu pai em março, então foram dois baques,
um atrás do outro.
Eu morava em Londrina, no Paraná, na época, e estava no Rio a passeio quando meu pai morreu e
o Eduardo começou a apresentar os sinais da doença. Decidimos ficar até descobrir o que ele tinha
e, quando tivemos o diagnóstico definitivo, fiquei sem chão.
Estávamos na casa de parentes, provisoriamente, não tínhamos como ficar o tratamento todo. Foi
quando a assistente social do hospital em que ele estava, o Instituto de Puericultura e Pediatria
Martagão Gesteira (IPPMG) da Universidade Federal do Rio de Janeiro, nos indicou a Casa Ronald
McDonald Rio de Janeiro.
Foi bem duro. As quimios de leucemia são diárias e demoram quatro, às vezes, até oito horas. Você
volta esgotada, e ter uma casa, com gente que te deixa confiante em relação ao tratamento e te
dá apoio 24 horas, não tem preço. Eu digo que não fui hóspede. Eu morei na casa por oito meses.
Hoje sou anfitriã voluntária de um restaurante em Maricá (RJ), e o que me motivou muito foi o
fato de poder ajudar a inaugurar a ala familiar da Casa. Sei como fez falta pra mim e quero ajudar
outros a não passar pela mesma dificuldade. Comecei em 2012, quando o Eduardo nem tinha
recebido alta definitiva. Somos prova viva de que o Instituto e a Casa Ronald McDonald existem e
são instituições sérias.
Estou no quinto ano como anfitriã do McDia Feliz e hoje consigo mobilizar muita gente da comunidade
para a causa.
É o mínimo que posso fazer. O que tenho de gratidão pela Casa Ronald McDonald é absurdo.
É minha casa.
ÉRICA PASSOS
Mãe de Eduardo, ex-hóspede da Casa Ronald McDonald
e voluntária anfitriã do McDia Feliz há cinco anos
McDia Feliz 30 anos pela vida
173
FONTES DE
RECURSOS
McDIA FELIZ
É a maior campanha do país pela
cura do câncer infantojuvenil e
maior fonte de recursos do Instituto
Ronald McDonald. Criada em 1988,
a campanha já arrecadou mais de
R$ 285 milhões e hoje conta com
DOAÇÃO NAS ALTURAS a participação de mais de 900
Parceria entre o Instituto Ronald restaurantes McDonald’s de todo
McDonald e a Avianca Linhas o país. Os resultados consideram
Aéreas, a campanha é realizada também a venda de tíquetes
durante os voos da companhia: os antecipados do Big Mac e de
passageiros são convidados a fazer produtos promocionais, além de
doações por meio de envelopes eventos de mobilização e doações
entregues aos comissários. de empresas solidárias à causa.
174
QUERO PARTICIPAR E NÃO SEI COMO
Existem várias formas de apoiar os programas do Instituto Ronald McDonald
como pessoa física ou jurídica. Destacamos algumas das principais nesta página:
McDia Feliz
Cofrinhos
Moedas do Bem
Doação nas Alturas
Doações pontuais e recorrentes (membro contribuinte)
Invitational Golf Cup
Jantar de Gala
Doação de produtos e serviços
Membro mantenedor
Marketing de causa (parcerias)
Para saber mais informações sobre como fazer a doação, entre em contato com a área de desenvolvimento institucional do
Instituto Ronald McDonald pelo telefone (21) 2176-3843.
O Instituto Ronald McDonald está permanentemente aberto a oportunidades para captação de recursos, de modo que possa
ampliar sua atuação na causa do câncer infantojuvenil e ajudar pacientes e familiares a vencer a doença. Somente com a
ajuda de pessoas e empresas, poderemos seguir nossa missão e mudar o panorama do câncer infantojuvenil no Brasil.
em mais de 150 lojas das redes de acontece com a empresa Alphabeto, que
supermercado Campeão, Vianense, destina um percentual da comercialização
Intercontinental, Costazul, Princesa, da marca “Aproximando Sorrisos” para as
Mundial e Casa Prendas e nas redes ações do Instituto Ronald McDonald contra
de farmácia Drogasmil e Tamoio. o câncer infantojuvenil.
175
COMO CONTINUAR
MOBILIZANDO COM
O McDIA FELIZ
177
gerenciando uma programação que incluía atividades
para as crianças, atrações e a visita de artistas, atletas
e personalidades que garantiram o sucesso de vendas
naquele dia. Foi um grande sucesso!
178
que desde as décadas de 1980 e 1990 está disposta
a transformar Big Mac em sorrisos. Alguns, como eu,
continuam até hoje e com a perspectiva de seguir
firmes e fortes por muitos anos. A campanha deve
muito a esses voluntários e voluntárias, que certa-
mente continuarão participando e contribuindo com
o McDia Feliz. No entanto, se queremos continuar
crescendo, precisamos engajar também as novas
gerações a fazer parte desse grande movimento de
doação e solidariedade.
FRANCISCO NEVES
McDia Feliz 30 anos pela vida
179
30 ANOS